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Graciliano Ramos
O autor
• Graciliano Ramos de Oliveira foi um
  romancista, cronista, contista e jornalista do
  século XX, mais conhecido por seu livro Vidas
  Secas (1938)
Obra de referência
O livro, narrado em terceira pessoa, aborda
uma família de retirantes do sertão brasileiro
condicionada a sua vida subumana, diante de
problemas sociais como a seca, a pobreza, e a
fome, e, consecutivamente, no caleidoscópio
de sentimentos e emoções que essa sua
condição lhe obriga a viver e a procurar meios
de sobrevivência, criando, assim, uma ligação
ainda muito forte com a situação social do
Brasil hoje.
Estrutura da narrativa
• No que diz respeito à estrutura, o livro apresenta treze
  capítulos, dentre os quais alguns podem até ser lidos
  em outra ordem (romance desmontável).
• Entretanto, alguns capítulos, como o primeiro,
  "mudança", e o último, "fuga", devem ser lidos nesta
  ordem. Esses dois capítulos reforçam a ideia de que
  toda a miséria que circunda os personagens de "Vidas
  Secas" representa um ciclo, em que, quando menos se
  espera, a situação se agrava e a família é obrigada a se
  retirar, repetidas e repetidas vezes.
A pobreza na literatura
• A obra de Graciliano pode ser considerada um
  marco para a literatura brasileira, em especial o
  Modernismo Brasileiro, visto que há a implícita
  (e, em alguns casos, até explícita) crítica social a
  toda pobreza no sertão nordestino, que atinge
  uma boa parcela da população, e que, de fato,
  acaba por prejudicar todo o país, impedindo
  maiores desenvolvimentos.
• Há a tentativa, portanto, de se mostrar a
  desarticulação dessa região com o resto do país
  (um Brasil pobre dentro de todo o Brasil).
Título : chave interpretativa
• O próprio título da obra, se analisado corretamente,
  nos dará pistas importantes da mensagem que
  Graciliano quer passar: "Vidas" se opõe a "Secas" pois
  a primeira tem sentido de abundância, enquanto, a
  segunda, de vazio, de falta, configurando um
  paradoxo.
• Além disso, denotativamente, o adjetivo "secas" se
  refere a "vidas", e, dessa forma, teria o sentido de que
  a família sofre com a seca.
• Por outro lado, conotativamente, pode-se relacionar
  aquele adjetivo a uma vida privada, miserável.
Principais características
•   Nesta obra não é a personagem que ressalta nele, mas o narrador que se faz sentir pelo
    discurso indireto, construído em frases curtas, incisivas, enxutas, quase sempre em períodos
    simples.
•   A obra pertence a um gênero intermediário entre romance e livro de contos.
•   Possui 13 capítulos até certo ponto autônomos, mas que se ligam pela repetição de alguns
    motivos e temas, como a paisagem árida, a zoomorfização das criaturas, os pensamentos
    fragmentados das personagens e seu conseqüente problema de linguagem.



    Também as personagens são focalizadas uma por vez, o que mostra o afastamento existente
    entre elas. Cada uma tem sua vida particular, acentuando-se a solidão em que vivem.
•   Vidas Secas é, portanto, a dramática descrição de pessoas que não conseguem comunicar-se.
•   Nem os opressores comunicam-se com os oprimidos, nem cada grupo comunica-se entre si.
•   A nota predominante do livro é o desencontro dos seres.
•   Os diálogos são raros e as palavras ou frases que vêm diretamente da boca das personagens
    são apenas xingatórios, exclamações, ou mesmo grunhidos.
•   A terra é seca, mas sobretudo o homem é seco.
João Cabral de Melo Neto
• João Cabral de Mello Neto nasceu em Recife,
  Pernambuco, em 1920.
• Poeta e diplomata, ingressou no Itamaraty em
  1945. Em 1947, vai à Barcelona, ocupando-se da
  divulgação da cultura brasileira. Foi cônsul na
  Inglaterra (Londres e Liverpool), França
  (Marselha), Espanha (Madrid, Sevilha e
  Barcelona) e Suíça (Genebra). É, também,
  membro da Academia Brasileira de Letras.
Interesse poético
• Mostra-se interessado em afastar o
  sentimentalismo de seus versos.
• Todo seu trabalho está marcado pela
  preocupação formal.
•
• Sua poética é auto-explicativa e sua principal
  temática é a reflexão do fazer poético em que
  a linguagem aparece reduzida ao essencial.
  Morte e Vida Severina, "auto de Natal
  pernambucano", é, segundo Alfredo Bosi, "o
  seu poema longo mais equilibrado entre rigor
  formal      e      temática      participante".

  Fonte: USP
Trecho de início da obra
• O meu nome é Severino,
  como não tenho outro de pia.
  Como há muitos Severinos,
  que é santo de romaria,
  deram então de me chamar
  Severino de Maria
  como há muitos Severinos
  com mães chamadas Maria,
  fiquei sendo o da Maria
  do finado Zacarias.
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Graciliano ramos

  • 2. O autor • Graciliano Ramos de Oliveira foi um romancista, cronista, contista e jornalista do século XX, mais conhecido por seu livro Vidas Secas (1938)
  • 3. Obra de referência O livro, narrado em terceira pessoa, aborda uma família de retirantes do sertão brasileiro condicionada a sua vida subumana, diante de problemas sociais como a seca, a pobreza, e a fome, e, consecutivamente, no caleidoscópio de sentimentos e emoções que essa sua condição lhe obriga a viver e a procurar meios de sobrevivência, criando, assim, uma ligação ainda muito forte com a situação social do Brasil hoje.
  • 4.
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  • 7. Estrutura da narrativa • No que diz respeito à estrutura, o livro apresenta treze capítulos, dentre os quais alguns podem até ser lidos em outra ordem (romance desmontável). • Entretanto, alguns capítulos, como o primeiro, "mudança", e o último, "fuga", devem ser lidos nesta ordem. Esses dois capítulos reforçam a ideia de que toda a miséria que circunda os personagens de "Vidas Secas" representa um ciclo, em que, quando menos se espera, a situação se agrava e a família é obrigada a se retirar, repetidas e repetidas vezes.
  • 8. A pobreza na literatura • A obra de Graciliano pode ser considerada um marco para a literatura brasileira, em especial o Modernismo Brasileiro, visto que há a implícita (e, em alguns casos, até explícita) crítica social a toda pobreza no sertão nordestino, que atinge uma boa parcela da população, e que, de fato, acaba por prejudicar todo o país, impedindo maiores desenvolvimentos. • Há a tentativa, portanto, de se mostrar a desarticulação dessa região com o resto do país (um Brasil pobre dentro de todo o Brasil).
  • 9. Título : chave interpretativa • O próprio título da obra, se analisado corretamente, nos dará pistas importantes da mensagem que Graciliano quer passar: "Vidas" se opõe a "Secas" pois a primeira tem sentido de abundância, enquanto, a segunda, de vazio, de falta, configurando um paradoxo. • Além disso, denotativamente, o adjetivo "secas" se refere a "vidas", e, dessa forma, teria o sentido de que a família sofre com a seca. • Por outro lado, conotativamente, pode-se relacionar aquele adjetivo a uma vida privada, miserável.
  • 10. Principais características • Nesta obra não é a personagem que ressalta nele, mas o narrador que se faz sentir pelo discurso indireto, construído em frases curtas, incisivas, enxutas, quase sempre em períodos simples. • A obra pertence a um gênero intermediário entre romance e livro de contos. • Possui 13 capítulos até certo ponto autônomos, mas que se ligam pela repetição de alguns motivos e temas, como a paisagem árida, a zoomorfização das criaturas, os pensamentos fragmentados das personagens e seu conseqüente problema de linguagem. Também as personagens são focalizadas uma por vez, o que mostra o afastamento existente entre elas. Cada uma tem sua vida particular, acentuando-se a solidão em que vivem. • Vidas Secas é, portanto, a dramática descrição de pessoas que não conseguem comunicar-se. • Nem os opressores comunicam-se com os oprimidos, nem cada grupo comunica-se entre si. • A nota predominante do livro é o desencontro dos seres. • Os diálogos são raros e as palavras ou frases que vêm diretamente da boca das personagens são apenas xingatórios, exclamações, ou mesmo grunhidos. • A terra é seca, mas sobretudo o homem é seco.
  • 11. João Cabral de Melo Neto • João Cabral de Mello Neto nasceu em Recife, Pernambuco, em 1920. • Poeta e diplomata, ingressou no Itamaraty em 1945. Em 1947, vai à Barcelona, ocupando-se da divulgação da cultura brasileira. Foi cônsul na Inglaterra (Londres e Liverpool), França (Marselha), Espanha (Madrid, Sevilha e Barcelona) e Suíça (Genebra). É, também, membro da Academia Brasileira de Letras.
  • 12.
  • 13. Interesse poético • Mostra-se interessado em afastar o sentimentalismo de seus versos. • Todo seu trabalho está marcado pela preocupação formal. •
  • 14. • Sua poética é auto-explicativa e sua principal temática é a reflexão do fazer poético em que a linguagem aparece reduzida ao essencial. Morte e Vida Severina, "auto de Natal pernambucano", é, segundo Alfredo Bosi, "o seu poema longo mais equilibrado entre rigor formal e temática participante". Fonte: USP
  • 15. Trecho de início da obra • O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias.