1) A visita domiciliar é uma ferramenta importante para o Programa Saúde da Família para entender as condições de vida e cultura das famílias.
2) A assistência domiciliar evoluiu de ações pontuais com foco em saúde para um atendimento contínuo e multidisciplinar.
3) A visita domiciliar requer a participação da família e da comunidade para o sucesso dos cuidados de saúde no domicílio.
SAVASSI, LCM. Visita Domiciliar. Aula dada para a Disciplina Iniciação a Atenção Primária a Saúde 2. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2015 [Seminário] [Online] [Disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/aulas-ufmg] [acesso em ##/##/20##]
SAVASSI, LCM. Visita Domiciliar. Aula dada para a Disciplina Iniciação a Atenção Primária a Saúde 2. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2015 [Seminário] [Online] [Disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/aulas-ufmg] [acesso em ##/##/20##]
RELATÓRIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL-MÊS DE DEZEMBRO DE 2018Geraldina Braga
Confira as principais ações realizadas pela Secretaria da Assistência Social no mês de Dezembro de 2018. Fazemos isso para dar transparência e ciência do nosso trabalho à população. Todos os dados descritos neste relatório poderão ser comprovados por frequências, fotos, relatórios e anotações diárias feitas por cada setor. Agradecemos ao empenho e dedicação de todos os funcionários que estiveram presentes nas ações.
SAVASSI, LCM. Processo de trabalho em Saúde: Acolhimento. Diamantina: Faculdade Senac, 2011.[aula][online][disponivel em https://sites.google.com/site/leosavassi/senac-diamantina][acesso em ##/##/20##]
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) surgiu em São Paulo, no ano de 1987. Com recursos federais e de caráter público, esse novo serviço veio atender a demanda de atendimentos em saúde mental, tendo recebido o nome, a princípio, de Centro de Atenção Psicossocial Luiz da Rocha Cerqueira, com a sigla CAPS, que foi seguida posteriormente em todo o país pelos próprios usuários do serviço. O centro tornou-se um modelo institucional para os demais CAPS brasileiros.
Artigo apresentado (comunicação) e publicado nas Atas do 10º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde - “Tendências em Psicologia da Saúde: Contextos e Interdisciplinaridades” - Porto - Portugal.
https://sites.google.com/site/psaude10congresso/
Sistematização de Instrumento de Estratificação: A Escala de Risco de CoelhoLeonardo Savassi
Artigo não publicado:
LAGE, Joana Lourenço ; COELHO, Flávio Lúcio Gonçalves; SAVASSI, Leonardo Cançado Monteiro. SISTEMATIZAÇÃO DE INSTRUMENTO DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO FAMILIAR: A ESCALA DE COELHO. Manuscrito (2006), 5p.
RELATÓRIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL-MÊS DE DEZEMBRO DE 2018Geraldina Braga
Confira as principais ações realizadas pela Secretaria da Assistência Social no mês de Dezembro de 2018. Fazemos isso para dar transparência e ciência do nosso trabalho à população. Todos os dados descritos neste relatório poderão ser comprovados por frequências, fotos, relatórios e anotações diárias feitas por cada setor. Agradecemos ao empenho e dedicação de todos os funcionários que estiveram presentes nas ações.
SAVASSI, LCM. Processo de trabalho em Saúde: Acolhimento. Diamantina: Faculdade Senac, 2011.[aula][online][disponivel em https://sites.google.com/site/leosavassi/senac-diamantina][acesso em ##/##/20##]
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) surgiu em São Paulo, no ano de 1987. Com recursos federais e de caráter público, esse novo serviço veio atender a demanda de atendimentos em saúde mental, tendo recebido o nome, a princípio, de Centro de Atenção Psicossocial Luiz da Rocha Cerqueira, com a sigla CAPS, que foi seguida posteriormente em todo o país pelos próprios usuários do serviço. O centro tornou-se um modelo institucional para os demais CAPS brasileiros.
Artigo apresentado (comunicação) e publicado nas Atas do 10º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde - “Tendências em Psicologia da Saúde: Contextos e Interdisciplinaridades” - Porto - Portugal.
https://sites.google.com/site/psaude10congresso/
Sistematização de Instrumento de Estratificação: A Escala de Risco de CoelhoLeonardo Savassi
Artigo não publicado:
LAGE, Joana Lourenço ; COELHO, Flávio Lúcio Gonçalves; SAVASSI, Leonardo Cançado Monteiro. SISTEMATIZAÇÃO DE INSTRUMENTO DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO FAMILIAR: A ESCALA DE COELHO. Manuscrito (2006), 5p.
2015 - Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi e o e-SUSLeonardo Savassi
SAVASSI, LCM. Produção de cuidado na ESF: Estratificação da Vulnerabilidade familiar. In: II Simpósio de Atenção Domiciliar e Estratégia Saúde da Família. Cascavel, PR. [24/04/2013] [Palestra][online] [disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/] [acesso em ##/##/20##]
Palestra sobre a Escala de Classificação da Vulnerabilidade Familiar de Coelho-Savassi com foco inicial nas adaptações para o e-SUS/ SIS-AB.
SAVASSI, LCM. Escala de Vulnerabilidade Familiar e critérios de elegibilidade para AD1 - Mesa Atenção Domiciliar In: 13o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade. Natal-RN: SBMFC, 2015. [palestra] [online] [disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/] [acesso em ##
SAVASSI, LCM. Palestra: Atenção Domiciliar. VII Congresso Mineiro de Medicina de Família e Comunidade. Belo Horizonte: AMMFC, 2014. Apresentação. [online] [disponivel em: https://sites.google.com/site/leosavassi/] [acesso em ##/##/20##]
III Simpósio de Medicina de Família e Comunidade da Liga de Medicina de Famíl...Leonardo Savassi
SAVASSI, LCM. Atenção Domiciliar. In: III Simpósio de Medicina de Família e Comunidade. Belo Horizonte: Liga de Medicina de Família e Comunidade Unifenas Campus BH , 2014.
Evento ocorrido em 25 de setembro de 2014.
Savassi, LCM. Escalas de risco e vulnerabilidade familiar. VI CMMFC. Montes Claros: AMMFC, 2012. [aula][online][disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/] [acesso em ##/##/20##]
2014 - IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica/ Saúde da Família...Leonardo Savassi
Mini-curso: A Atenção Domiciliar na Atenção Básica
Promovido pela Comissão Geral de Atenção Domiciliar (CGAD) do Departamento de Atenção Básica (DAB) do Ministério da Saúde.
Site do evento: http://www.mostrasaude.net/
COELHO, F. L. G. ; SAVASSI, L. C. M. . Aplicação da Escala de Risco Familiar ...Leonardo Savassi
Artigo:
COELHO, F. L. G. ; SAVASSI, L. C. M. . Aplicação da Escala de Risco Familiar como instrumento de priorização das visitas domiciliares. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Brasil, v. 1, n. 2, p. 19-26, 2004
AULA Atenção Domiciliar UFOP 2014 - 02 - Disciplina Medicina de Família e Com...Leonardo Savassi
SAVASSI, LCM. Atenção Domiciliar. Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto, 2014. [aula] [online] [disponivel em: https://sites.google.com/site/leosavassi/] [acesso em ##/##/20##]
SAVASSI, LCM. Abordagem Familiar . Aula dada para a Disciplina Iniciação a Atenção Primária a Saúde 2. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2015 [Seminário] [Online] [Disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/aulas-ufmg] [acesso em ##/##/20##]
"Outros Olhares sobre a Vida"
Seminário Violência contra as Pessoas Idosas
Equipa de Cuidados Continuados Integrados - Centro de Saúde de Odivelas
Outubro de 2008
Objetivos
Descrever um breve histórico da Atenção Domiciliar à Saúde, desde o seu surgimento até o cenário atual, demonstrando o potencial da modalidade como ferramenta de redução de custos e gestão de leitos hospitalares. Apresentar alguns números do setor, necessidades logísticas, éticas, regulatórias e legais. Além de demonstrar o potencial da Atenção Domiciliar para influenciar a sustentabilidade dos sistemas de saúde.
Palestrante
Dr. Ari Bolonhezi
Savassi LCM. Cuidados Paliativos e Atenção Domiciliar (LACP e Ubuntu 2023)Leonardo Savassi
Savassi LCM. Cuidados Paliativos e Atenção Domiciliar (Aula Inaugural). UFOP: Liga Acadêmica de Cuidados Paliativos (LACP) e Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade (Ubuntu), 2023.
2021 "A importância da MFC para a Saúde Pública do país". UBUNTU Liga acadêmi...Leonardo Savassi
Savassi LCM. A importância da Medicina de Família e Comunidade na saúde pública do país. Ouro Preto: Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade (Ubuntu), 2021.
Ventilacao Mecanica Domiciliar - Especificidades da CriançaLeonardo Savassi
Savassi, LCM. Ventilacao Mecanica Domiciliar - Especificidades da Criança. Mesa Redonda Atenção Domiciliar. Cuiabá: Centro de Eventos do Pantanal. 15o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade.
Atencao Domiciliar e Vulnerabilidade - III Congresso MT de MFCLeonardo Savassi
Savassi, LCM. Atenção Domiciliar na APS e Estratificacao de Risco. III Congresso Matogrossense de Medicina de Família e Comunidade. Cuiabá: UFMT e SBMFC, 2018. [palestra] [online]
Facebook: estratégia pedagógica sobre evidências na disciplina “Medicina de F...Leonardo Savassi
Savassi LCM; Toneli BR; Santos AO; Pereira RPA. Facebook: estratégia pedagógica sobre evidências na disciplina “Medicina de Família e Comunidade” In: 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, 2017, Curitiba-PR. Anais do 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade.
Avaliação clínico-assistencial das Visitas Domiciliares por Profissionais da ...Leonardo Savassi
Savassi LCM; Pimenta NDQ; Esperidiao ALS; Pereira RPA. Avaliação clínico-assistencial das Visitas Domiciliares por Profissionais da Estratégia Saúde da Família. In: 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, 2017, Curitiba-PR. Anais do 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade.
Análise das práticas de Acolhimento entre profissionais da Atenção Primária a...Leonardo Savassi
PASTOR ALVES PEREIRA, RODRIGO ; PIMENTA, N. D. Q. ; ESPERIDIAO, A. L. S. ; SAVASSI, L. C. M. . Análise das práticas de Acolhimento entre profissionais da Atenção Primária a Saúde. In: 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, 2017, Curitiba-PR. Anais do 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade.
14o CBMFC Curitiba-PR - Mesa AD na APS - DesafiosLeonardo Savassi
SAVASSI, LCM. Desafios da Atencao Domiciliar na Atencao Primaria a Saude. In: 14o Congresso Brasileiro de Medicina de Familia e Comunidade. Curitiba: SBMFC, 2017. [Palestra] [Online] [Disponivel em http://sites.google.com/site/leosavassi] [Acesso em **/**/**]
IAPS 3 UFMG Educação em saúde mudança de comportamento e habilidade de comuni...Leonardo Savassi
Savassi, LCM. Habilidade de comunicação, Educação em Saúde e Mudança de Comportamento. Disciplina Iniciação a Atenção Primária a Saúde II. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2016. [aula] [online] [disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/aulas-ufmg] [acesso em ##/##/20##]
Savassi, LCM. Habilidade de comunicação na Visita Domiciliar. Disciplina Iniciação a Atenção Primária a Saúde II. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2016. [aula] [online] [disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/aulas-ufmg] [acesso em ##/##/20##]
Savassi, LCM. Habilidade de comunicação para entrevistas. Disciplina Iniciação a Atenção Primária a Saúde II. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2016. [aula[ [online] [disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/aulas-ufmg] [acesso em ##/##/20##]
Cartilha de exercícios de reabilitação para ombro, modelos de execícios, sugestões de exercícios para academia, fortalecimento e ganho de força e amplitude de movimento.
1. Visita Domiciliar
Leonardo C M Savassi
Marcelo de Freitas Dias
Introdução
A literatura nacional e internacional discute a fundo a Visita Domiciliar (VD) e a Atenção Domiciliar
em uma série de eventos e momentos na saúde. Na grande maioria destas discussões, há um objetivo
claro para a realização da Visita Domiciliar, seja para busca ativa de casos, seja como alternativa
assistencial - para realizar cuidados específicos de enfermagem (tratamento de feridas, avaliação da PA,
coleta de exames), atendimento de enfermagem (visitas de puericultura, puerpério, no pós-operatório
ou egressos) ou médico em caráter excepcional (pacientes restritos ao leito ou ao domicílio, doença
mental, zona rural remota). Poucos trabalhos estudam a realização de visita domiciliar na dinâmica do
Programa Saúde da Família, onde a Visita é uma importante ferramenta de trabalho que, junto a
outras, diferencia o profissional da estratégia saúde da família dos demais.
Há uma indicação de que o atendimento ao paciente em seu domicílio não deve ser feito por
profissional médico ou de enfermagem em todas as circunstâncias, sendo esta ação não custo-
efetiva, além de ocupar o profissional de nível superior por parte considerável do tempo, o que
atrapalharia a realização de suas atividades na Unidade de Saúde da Família. Por outro lado, torna-se
claro o papel da Visita Domiciliar no cuidado ao paciente acamado temporariamente, no paciente
restrito ao leito ou ao lar, no paciente sem condições de acesso a Unidade de Saúde da Família, seja
por barreiras físicas, pessoais, geográficas ou familiares. Neste caminho entre o que é necessário e o
que não é indicado, situam-se inúmeros casos não definidos por protocolos, diretrizes ou referenciais
teóricos que tem sido individualizados pelas Equipes de acordo com a demanda de atendimentos, e com
a disponibilidade dos profissionais para atividades "extraconsultórios". Esta individualização de casos
não deve ser abandonada, devendo sempre nortear a equipe no seu cotidiano, porém algumas
diretrizes devem ser estabelecidas para que ela possa pautar seu trabalho em bases mais científicas e
formais.
Histórico
Inicialmente os Médicos de Família eram os profissionais legais de medicina que atendiam seus
abastados clientes em casa, proporcionando uma assistência humanizada e de qualidade. Aos menos
favorecidos cabia a filantropia, o curandeirismo e a medicina caseira.
Após a abolição vieram os imigrantes trazendo sua força de trabalho, ideais anarquistas e uma gama
de novas doenças que se espalharam pela população. Entendendo a necessidade de cuidar da saúde da
população para manter saudável sua mão de obra, o governo da primeira república cria serviços de
saúde pública, com o objetivo de conter as epidemias, instituindo a obrigatoriedade das vacinas e
visitas domiciliares feitas pelos agentes sanitários para detecção de focos de doenças, porem com uma
perspectiva de vigilância, punição e denúncia.
Com o golpe de 1930, Getulio cria o Estado Novo, centralizando todas as ações no maquina estatal e
bloqueando as reivindicações populares com medidas populistas. Cria o Ministério do Trabalho e
implementa ações de atenção primaria à saúde, com sensíveis avanços na área. São criados os
Institutos de Aposentadoria e Pensão-IAP’s e o sanitarismo campanhista atinge seu auge.
Após a deposição de Getulio surge um modelo de governo mais liberal. Os IAP’s constroem e
equipam seus próprios hospitais. A atenção primaria, juntamente com os centros de saúde e as visitas
domiciliares, é esquecida e se investe no modelo hospitalocêntrico.
Esse contexto criado na época de JK, ganha força e atravessa todo o período militar, culminando
numa grave crise da assistência à saúde da população.
Com a crise surgem alternativas. No final da década de setenta e inicio dos oitenta ganhou força o
movimento sanitarista, impulsionado pelas discussões da Conferência de Alma-Ata, que reconheciam a
importância da atenção primaria e a participação comunitária. É feita a VIII Conferência Nacional de
Saúde em 1986, quando se consolidam as propostas de mudança do setor de saúde através da
Reforma Sanitária Brasileira. A partir daí foi aprovada a criação do SUS pela Constituição Federal de
1988. Com a implantação do SUS, o setor de saúde passou a privilegiar as ações de saúde coletiva,
apostando na promoção desta, através do PSF. Há, então, um retorno do médico de família, médico
esse situado agora em outro contexto e com outras possibilidades de intervenção. O profissional médico
pode lançar mão da VD como uma ferramenta de assistência à população menos favorecida.
2. Definição
A Organização Mundial da Saúde define Assistência Domiciliar como “a provisão de serviços de saúde
por prestadores formais e informais com o objetivo de promover, restaurar e manter o conforto, função
e saúde das pessoas num nível máximo, incluindo cuidados para uma morte digna. Serviços de
assistência domiciliar podem ser classificados nas categorias de preventivos, terapêuticos,
reabilitadores, acompanhamento por longo tempo e cuidados paliativos”.
Para implementar um programa de saúde dirigido à família torna necessário conhecer seu modo de
vida, a comunidade em que vive, sua cultura, crenças e padrões de comportamento. Para que isso
ocorra, é de grande importância conhecer o território onde a família está inserida, seu modo de vida,
podendo isso ser facilitado por meio da visita domiciliar, que pode ser considerada como um dos
instrumentos de compreensão do viver em família.
A VD proporciona uma visão mais ampla das reais condições de vida da família e possibilita uma
interação em ambiente tanto familiar, quanto social, através do conhecimento de seu cotidiano, de sua
cultura, seus costumes, suas crenças, o que torna essas vivências enriquecedoras para ambos.
Conceitos
São expostos a seguir os significados dos termos usados na assistência domiciliar apresentados no
Regulamento Técnico para o Funcionamento de Serviços de Atenção Domiciliar contido na Resolução da
Diretoria Colegiada - RDC nº11, de 26 de janeiro de 2006.
1 Admissão em Atenção domiciliar: processo que se caracteriza pelas seguintes etapas: indicação,
elaboração do Plano de Atenção Domiciliar e início da prestação da assistência ou internação domiciliar.
2 Alta da Atenção domiciliar: ato que determina o encerramento da prestação de serviços de
atenção domiciliar em função de: internação hospitalar, alcance da estabilidade clínica, cura, a pedido
do paciente e/ou responsável, óbito.
3 Atenção domiciliar: termo genérico que envolve ações de promoção à saúde, prevenção,
tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas em domicílio.
4 Assistência domiciliar: conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e continuadas
desenvolvidas em domicílio.
5 Cuidador: pessoa com ou sem vínculo familiar capacitada para auxiliar o paciente em suas
necessidades e atividades da vida cotidiana.
6 Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar - EMAD: profissionais que compõem a equipe
técnica da atenção domiciliar, com a função de prestar assistência clínico-terapêutica e psicossocial ao
paciente em seu domicílio.
7 Internação Domiciliar: conjunto de atividades prestadas no domicílio, caracterizadas pela atenção
em tempo integral ao paciente com quadro clínico mais complexo e com necessidade de tecnologia
especializada.
8 Plano de Atenção Domiciliar - PAD: documento que contempla um conjunto de medidas que
orienta a atuação de todos os profissionais envolvidos de maneira direta e ou indireta na assistência a
cada paciente em seu domicílio desde sua admissão até a alta.
9 Serviço de Atenção Domiciliar - SAD: instituição pública ou privada responsável pelo
gerenciamento e operacionalização de assistência e/ou internação domiciliar.
10 Tempo de Permanência: período compreendido entre a data de admissão e a data de alta ou
óbito do paciente.
Discussão
As mudanças e potencialização da Atenção Primária à Saúde no Brasil, a partir da implantação da
Estratégia de Saúde da Família têm repercutido na assistência domiciliar, que passou de uma
assistência pontual com conotações exclusivamente sanitárias, a ser parte de um processo de atenção
continuado, integral e multidisciplinar no qual se realizam funções e tarefas sanitárias, assistenciais e
sociais, dentro da lógica da vigilância à saúde. O processo de assistência no contexto domiciliar é
complexo, dentre outras razões pelas seguintes:
1- Não é específico de uma patologia concreta, nem de nenhum grupo de idade, sendo que sua
indicação vem determinada pelo grau de necessidade e/ou incapacidade do enfermo.
2- A demanda de assistência nem sempre é gerada pelo enfermo e sua família, e sim pelo sistema de
saúde.
3. 3- Requer em muitos casos, a prestação de serviços ou cuidados tanto assistenciais como sociais, sendo
necessário que exista uma boa conexão entre estes dois.
4- Em razão do grau de complexidade dos cuidados a serem prestados pode ser necessária a
colaboração e adequada articulação entre recursos da Atenção Secundária e Terciária com da Atenção
Primária à Saúde.
5- É imprescindível que exista uma integração adequada com outros elementos e recursos que
complementam a assistência, tais como hospitais dia, reabilitação e outros, formando uma linha de
cuidado.
6- Para que possa desenvolver-se corretamente a assistência domiciliar necessita a participação e apoio
dos elementos familiares, da vizinhança e do uso de uma rede de apoio disponível ou a ser construída
na comunidade e sociedade.
A visita domiciliar é o instrumento de realização da assistência domiciliar. Sendo constituído pelo
conjunto de ações sistematizadas para viabilizar o cuidado a pessoas com algum nível de alteração no
estado de saúde (dependência física ou emocional) ou para realizar atividades vinculadas aos
programas de saúde. Para sua efetividade são necessários vários procedimentos, entre eles priorizar os
grupos mais vulneráveis (idade avançada, doenças crônico-degenerativas, dependência física ou
psíquica, situações terminais e AIDS) , definir os objetivos da VD, reunir todas as informações possíveis
sobre a família e o paciente (prontuários, informações dos ACS), reunir materiais apropriados para o
atendimento, dentre outros.
Outro ator importante para a assistência domiciliar ser bem sucedida é o cuidador. Sem ele não há
continuidade da atenção. O cuidador pode ser um membro da família ou comunidade que, idealmente
deve atuar como um colaborador para a equipe de saúde e a família, pois em geral não tem vínculo
legal com a instituição que presta assistência domiciliar. Cria-se um vínculo de trabalho solidário, para
alcançar um mesmo objetivo: manter nas melhores condições de saúde e conforto o paciente.
Finalmente, é importante citar princípios que norteiam a assistência domiciliar:
• Abordagem integral à família;
• Consentimento da família, participação do usuário e existência do cuidador;
• Trabalho em equipe e interdisciplinaridade;
• Adscrição da clientela;
• Inserção na política social local;
• Estímulo a redes de solidariedade.
Diante disto, depara-se com uma série de regulamentações e normatizações não voltadas
especificamente para a Equipe de Saúde da Família que, independente disto, precisa definir prioridades,
indicações e possibilidades de utilização desta importante ferramenta. Some-se a isto a dificuldade da
produção científica oriunda dos profissionais que atuam hoje em Atenção Primária, seja pelo pouco
acesso aos meios científicos convencionais, seja pela falta de base científica específica em Saúde da
Família proveniente da academia, ou ainda pela pouca disponibilidade de tempo dos mesmos em
transformar o seu trabalho cotidiano em informação. Faz-se portanto fundamental a avaliação do papel
da Visita Domiciliar na melhoria dos conceitos de acessibilidade, de integralidade e de cuidados pela
Equipe, definido seu papel e critérios de maneira clara e concisa.
Referências
(1) Tulio, E., Stefanelli, M., & Centa, M. VIVENCIANDO A VISITA DOMICILIAR APESAR DE TUDO.
Família, Saúde e Desenvolvimento [Online], Curitiba, v.2, n.2, p.71-79, jul./dez. 2000. Disponível
em: http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/refased/article/view/4923/3749
(2) Coelho, FLG; SAVASSI, LCM. Aplicação de Escala de Risco Familiar como instrumento de
priorização das Visitas Domiciliares. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. 2005,
2. Disponível em: http://www.smmfc.org.br/Escaladerisco.pdf
(3) Fernandes, Maria das Graças Melo; Fragoso, Kyldery de Melo ATENDIMENTO DOMICILIÁRIO AO
IDOSO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. Revista APS [Online] v.8, n.2, p. 173-180, jul/dez 2005.
Disponível em http://www.nates.ufjf.br/novo/revista/pdf/v8n2/idoso.pdf
(4) Rehem, Tânia Cristina Morais Santa Bárbara; Trad , Leny Alves Bomfim. Assistência domiciliar
em saúde: subsídios para um projeto de atenção básica brasileira Ciência e Saúde Coletiva 10
(sup): 231-42, 2005. disponível em http://www.scielo.br/pdf/csc/v10s0/a24v10s0.pdf
(5) Campos, Francisco Eduardo, et al. Planejamento e Gestão em Saúde. Cadernos de Saúde. Belo
Horizonte. Coopmed, v-1, 1998.
(6) Lopes, J.M.C., et al.Manual de assistência domiciliar na atenção primária à saúde.Porto
Alegre: Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição, 2003.Disponível em:
http://dtr2001.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Manual_Cuidadores_Profissionais.pdf