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 Ações educacionais remotas
 Em todos os níveis e modalidades de educação
 Análise crítica da racionalidade subjacente ao “ensino remoto”
 Premissa dialógica: Habermas, Freire, Bakhtin, Morin.
PROFESSORES/AS
ESTUDANTES
Ação comunicativa habermasiana
AÇÃO ESTRATÉGICA
AÇÃO COMUNICATIVA
X
• Pautada na lógica instrumental
• Voltada aos fins de sucesso, controle e dominação
• Atenta ao mundo da vida, às questões intersubjetivas.
• Voltada à emancipação
• Compromissada com a descolonização do mundo da vida dos
professores e estudantes
Ação comunicativa habermasiana
• Descolonização do mundo da vida (Lebenswelt) – vida social
dialógica, ética e emancipadora
• Sujeitos sociais buscam entendimento mútuo na fala e nas
ações intersubjetivas
• Linguagem
• medium regulador do entendimento mútuo
• forma de ação social
• Busca de consenso
• argumento
• problematização
• em contexto intersubjetivo (argumentos livres de coação)
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Empoderamento e interação dialógica freireana
• Cosmovisão dialética e dialógica
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• Da concretude histórica dos excluídos, à problematização do mundo
• Interação dialógica
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Relação pedagógica
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 Processos formativos
aligeirados e planificados
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sociais: acolhida
 Refundamentadas
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Morin e a Complexidade
Pensamento complexo transcende a lógica
linearizada e reducionista, a qual é caracterizada
pela maneira excludente e fragmentada de
explicar o real.
A via da complexidade explica o ser humano
imerso na rede de relações sociais, construindo-se
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• Na dialética hegeliana: tese, antítese e síntese (reconcilia os
paradoxos).
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Princípio Dialógico
yin
feminino
intuitivo
negativo
exterior
passivo
escuro
lunar
terra
yang
masculino
racional
positivo
interior
ativo
claro
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Relação Dialógica
Autopoiese ou autopoiesis
(do grego auto "próprio", poiesis "criação")
É um termo criado na década de 1970 pelos biólogos e filósofos
chilenos Humberto Maturana e Francisco Varela para designar a
capacidade dos seres vivos de produzirem a si próprios.
.
Os seres vivos se caracterizam por produzirem-se
continuamente a si mesmos.
Têm uma organização autopoiética.
Autopoiese
Autopoiese ou autopoiesis
A conservação da autopoiese de um ser vivo ao seu meio são condições sistêmicas
para a vida.
Portanto, um sistema vivo, como sistema autônomo está constantemente se
autoproduzindo, autorregulando, e sempre mantendo interações com o meio, onde
este apenas desencadeia no ser vivo mudanças determinadas em sua própria
estrutura, e não por um agente externo.
Autopoiese
A dimensão autopoiética (Maturana e Varela, 1995, 1997)
• Todo ser vivo está em intercâmbio constante com
o ambiente.
• É paradoxalmente dependente e autônomo.
• É dependente do ambiente no qual vive, pois
precisa se adaptar criativamente para nele
sobreviver.
• É autônomo porque se organiza sozinho, em
ciclos contínuos, ou seja, em interações cognitivas
recorrentes.
Autonomia e Dependência
O ser vivo não pode ser controlado, apenas
perturbado.
As mudanças não ocorrem por imposições, mas de
dentro para fora.
O ser vivo e o meio em que vivem estão em
congruência pois ambos se modificam pela ação
interativa.
Congruência
O mundo em que vivemos é o que construímos a
partir de nossas percepções, e é nossa estrutura que
permite essas percepções.
Nosso mundo é a nossa visão de mundo.
Se a realidade que percebemos depende da nossa
estrutura — que é individual —, existem tantas
realidades quantas pessoas percebedoras.
Percepções
O sistema vivo e o meio em que ele vive se
modificam de forma congruente.
O meio produz mudanças na estrutura dos sistemas,
que por sua vez agem sobre ele, alterando-o, numa
relação circular.
Quando um organismo influencia outro, este replica
influindo sobre o primeiro. Ou seja, desenvolve
uma conduta compensatória.
Acoplamento estrutural
Os seres vivos são sistemas autônomos, que
determinam o seu comportamento a partir de seus
próprios referenciais,
isto é, a partir de como interpretam as influências
que recebem do meio.
Se tal não acontecesse, seriam sistemas sujeitados,
obedientes a determinações vindas de fora.
Sujeitos
Conclusões provisórias...
porque históricas
• Atividades educacionais desenvolvidas em
caráter remoto, em tempos de pandemia: não
cabe refutar, mas ampliar a compreensão
crítica sobre tais ações.
• Distância geográfica e não simbólica.
• Distância temporal (atividades assíncronas) e
não descompasso entre as temporalidades
cronológica e kairológica.
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porque históricas
EDUCACÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Na denúncia da vertente
mercadológica, a
resistência
Na proposta da vertente
dialógica, o desejo de
superação
Nos movimentos de resistência e
superação, a busca de um projeto
educacional emancipador
Profa. Dra. Ana Maria Di Grado Hessel
PUC-SP – PPG TIDD
digrado@uol.com.br
Profa. Dra. Lucila Pesce
Unifesp - PPGE
lucila.pesce@unifesp.br
Referência:
PESCE, Lucila; HESSEL, Ana Maria Di Grado. Fundamentos
ontológicos e epistemológicos da aprendizagem on-line . Educação
e Cultura Contemporânea. v. 16, n. 43, 2019, p. 11-29.
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Fundamentos ontológicos e epistemológicos da aprendizagem online em tempos de pandemia

  • 1.
  • 2. COVID-19  Ações educacionais remotas  Em todos os níveis e modalidades de educação  Análise crítica da racionalidade subjacente ao “ensino remoto”  Premissa dialógica: Habermas, Freire, Bakhtin, Morin. PROFESSORES/AS ESTUDANTES
  • 3. Ação comunicativa habermasiana AÇÃO ESTRATÉGICA AÇÃO COMUNICATIVA X • Pautada na lógica instrumental • Voltada aos fins de sucesso, controle e dominação • Atenta ao mundo da vida, às questões intersubjetivas. • Voltada à emancipação • Compromissada com a descolonização do mundo da vida dos professores e estudantes
  • 4. Ação comunicativa habermasiana • Descolonização do mundo da vida (Lebenswelt) – vida social dialógica, ética e emancipadora • Sujeitos sociais buscam entendimento mútuo na fala e nas ações intersubjetivas • Linguagem • medium regulador do entendimento mútuo • forma de ação social • Busca de consenso • argumento • problematização • em contexto intersubjetivo (argumentos livres de coação) • em contexto provisório (aberto a novos níveis de compreensão e entendimento)
  • 5. Empoderamento e interação dialógica freireana • Cosmovisão dialética e dialógica • Premissa – utopia inerente ao projeto social emancipador • Da concretude histórica dos excluídos, à problematização do mundo • Interação dialógica • Crítica • Transformadora • Aberta à alteridade e ao novo • Constituição mútua dos sujeitos sociais • Relações sociais solidárias e emancipadoras
  • 6. Habermas / Freire – um intertexto HABERMAS FREIRE Educação Instância social em que são engendradas relações dialéticas (reprodução e reconstrução) Mídia Tensão: humanização x coisificação do homem Reconstrução social Da subjetividade para a intersubjetividade Denúncia da dominação social Razão instrumental (pensamento estratégico) Educação bancária (anti dialógica) Busca de superação Razão comunicativa Educação libertadora
  • 7. Habermas / Freire – um intertexto FREIRE HABERMAS Relação pedagógica na interação dialógica Unidade da razão comunicativa, no entendimento mútuo Temas geradores e humanização Projeto de reconstrução social reabilitador do mundo da vida
  • 8. Habermas / Freire – um intertexto FREIRE HABERMAS Horizontalidade Pela interação dialógica, a ação social Pelo agir comunicativo, o entendimento mútuo Devir História como possibilidade Inconclusão humana Modernidade como projeto inacabado Linguagem como prática social Interação dialógica Agir comunicativo Intertexto e contradições, nos processos educacionais Subsídios à refundamentação das ações educacionais
  • 9. A premissa dialógica nos processos formativos Práticas educacionais conformes às demandas mercantis Reprodução (não dialógico) Reconstrução (dialógico) Práticas educacionais ressignificadas, empoderadoras e emancipadoras
  • 10. Ações educacionais Instrumentais Comunicativas  Perspectiva funcionalista  De caráter impositivo  Conformes às demandas mercantis  Acento único nos conteúdos de ensino  Processos formativos aligeirados e planificados  Perspectiva culturalista  De caráter dialógico  Aproximação dos sujeitos sociais: acolhida  Refundamentadas  Emancipadoras  Empoderadoras A premissa dialógica nos processos formativos
  • 11. Morin e a Complexidade Pensamento complexo transcende a lógica linearizada e reducionista, a qual é caracterizada pela maneira excludente e fragmentada de explicar o real. A via da complexidade explica o ser humano imerso na rede de relações sociais, construindo-se e construindo a sociedade permanente, em movimentos dialógicos, que se perpetuam circularmente em fluxos retroativos/recursivos.
  • 12. No pensamento complexo: as contradições não são excludentes entre si, mas são reconhecidas como duas polaridades Yin e Yang complementares (masculino e feminino, razão e emoção, sujeito e objeto) No pensamento linear: os opostos se excluem. • Na dialética hegeliana: tese, antítese e síntese (reconcilia os paradoxos). • Na dialógica: os opostos são reconhecidos e se mantêm em permanente diálogo. Princípio Dialógico
  • 14. Autopoiese ou autopoiesis (do grego auto "próprio", poiesis "criação") É um termo criado na década de 1970 pelos biólogos e filósofos chilenos Humberto Maturana e Francisco Varela para designar a capacidade dos seres vivos de produzirem a si próprios. . Os seres vivos se caracterizam por produzirem-se continuamente a si mesmos. Têm uma organização autopoiética. Autopoiese
  • 15. Autopoiese ou autopoiesis A conservação da autopoiese de um ser vivo ao seu meio são condições sistêmicas para a vida. Portanto, um sistema vivo, como sistema autônomo está constantemente se autoproduzindo, autorregulando, e sempre mantendo interações com o meio, onde este apenas desencadeia no ser vivo mudanças determinadas em sua própria estrutura, e não por um agente externo. Autopoiese
  • 16. A dimensão autopoiética (Maturana e Varela, 1995, 1997) • Todo ser vivo está em intercâmbio constante com o ambiente. • É paradoxalmente dependente e autônomo. • É dependente do ambiente no qual vive, pois precisa se adaptar criativamente para nele sobreviver. • É autônomo porque se organiza sozinho, em ciclos contínuos, ou seja, em interações cognitivas recorrentes. Autonomia e Dependência
  • 17. O ser vivo não pode ser controlado, apenas perturbado. As mudanças não ocorrem por imposições, mas de dentro para fora. O ser vivo e o meio em que vivem estão em congruência pois ambos se modificam pela ação interativa. Congruência
  • 18. O mundo em que vivemos é o que construímos a partir de nossas percepções, e é nossa estrutura que permite essas percepções. Nosso mundo é a nossa visão de mundo. Se a realidade que percebemos depende da nossa estrutura — que é individual —, existem tantas realidades quantas pessoas percebedoras. Percepções
  • 19. O sistema vivo e o meio em que ele vive se modificam de forma congruente. O meio produz mudanças na estrutura dos sistemas, que por sua vez agem sobre ele, alterando-o, numa relação circular. Quando um organismo influencia outro, este replica influindo sobre o primeiro. Ou seja, desenvolve uma conduta compensatória. Acoplamento estrutural
  • 20. Os seres vivos são sistemas autônomos, que determinam o seu comportamento a partir de seus próprios referenciais, isto é, a partir de como interpretam as influências que recebem do meio. Se tal não acontecesse, seriam sistemas sujeitados, obedientes a determinações vindas de fora. Sujeitos
  • 21. Conclusões provisórias... porque históricas • Atividades educacionais desenvolvidas em caráter remoto, em tempos de pandemia: não cabe refutar, mas ampliar a compreensão crítica sobre tais ações. • Distância geográfica e não simbólica. • Distância temporal (atividades assíncronas) e não descompasso entre as temporalidades cronológica e kairológica.
  • 22. Conclusões provisórias... porque históricas EDUCACÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA Na denúncia da vertente mercadológica, a resistência Na proposta da vertente dialógica, o desejo de superação Nos movimentos de resistência e superação, a busca de um projeto educacional emancipador
  • 23. Profa. Dra. Ana Maria Di Grado Hessel PUC-SP – PPG TIDD digrado@uol.com.br Profa. Dra. Lucila Pesce Unifesp - PPGE lucila.pesce@unifesp.br Referência: PESCE, Lucila; HESSEL, Ana Maria Di Grado. Fundamentos ontológicos e epistemológicos da aprendizagem on-line . Educação e Cultura Contemporânea. v. 16, n. 43, 2019, p. 11-29. OBRIGADA!

Notas do Editor

  1. 2
  2. 3
  3. 4
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  5. 6
  6. 7
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  9. 10
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  11. 22