1. Módulo 6, História A 1
11
História A
Revisões para o Exame Nacional de 12º ano de
2021
Módulo 6 (11º ano)
A Civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
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2. História A - Módulo 6
A civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
Unidade 1
As transformações económicas na Europa e no
Mundo
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3. Módulo 6, História A 3
A Expansão da Revolução Industrial
A expansão da Revolução Industrial é muitas vezes chamada de 2ª
Revolução Industrial, desenrola-se na segunda metade do século XIX,
na Europa, EUA e Japão;
Corresponde a um conjunto de transformações rápidas na indústria:
novas fontes de energia (petróleo e eletricidade); novas máquinas
(motor de explosão, lâmpada), novos setores industriais de ponta
(siderurgia e química), novos métodos de trabalho e
estandardização da produção.
4. Módulo 6, História A 4
Inicia-se uma estreita ligação entre as Universidades e as
indústrias, as escolas formam os técnicos que trabalham na
investigação e nas fábricas;
As grandes empresas investem na investigação para
ultrapassarem a concorrência com novos produtos ou novas
máquinas que permitam aumentar ou melhorar a produção;
5. Módulo 6, História A 5
Os laboratórios tornam-se fundamentais para o progresso;
A investigação torna-se um trabalho de equipa;
Cada avanço coloca novos desafios pelo que começa uma
época de progressos cumulativos;
As grandes inovações na indústria vão afetar toda a sociedade;
6. Módulo 6, História A 6
Novos inventos e novas formas de energia
A siderurgia torna-se a indústria de ponta da 2ª Revolução Industrial
na segunda metade do século XIX;
Bessemer, em 1856, inventou um processo de transformar o ferro
em aço mais rápido e barato;
Outros inventos permitiram aumentar a produção;
7. Módulo 6, História A 7
As necessidades de aço não paravam de aumentar: caminhos de
ferro, pontes, edifícios, construção naval, armamento, etc.;
Entre 1870 e 1914, a produção mundial de aço aumentou mais de
cinco vezes;
O aço substituiu o ferro;
8. Módulo 6, História A 8
Outro setor industrial que, nesta época, conheceu um grande
desenvolvimento foi a indústria química;
W. H. Perkin, em 1856, sintetiza matérias corantes que
revolucionam a industria têxtil;
Surgem novos medicamentos, como a aspirina criada pela Bayer,
em 1899;
9. Módulo 6, História A 9
Produzem-se novos inseticidas e fertilizantes;
Goodyear, em 1884, descobre o processo de vulcanização da
borracha, dando origem à indústria dos pneus;
A indústria química, ligada à inovação e investigação, criou novos
produtos que vão desenvolver vários setores industriais;
10. Módulo 6, História A 10
Novas formas de energia
A primeira Revolução Industrial utilizou o carvão como a principal
forma de energia, nas vésperas da 1ª Guerra Mundial (1914), a
maior parte (90%) da energia produzida na Europa dependia do
carvão;
Nas últimas décadas do século XIX desenvolvem-se duas outras
formas de energia: eletricidade e petróleo;
Em 1859, na Pensilvânia (EUA) perfura-se o primeiro poço de
petróleo;
Surge a indústria petroquímica (petróleo e derivados);
11. Módulo 6, História A 11
Em 1886, Daimler inventa o motor de explosão que
funciona a gasolina;
Em 1897, Diesel, inventa um motor que funciona com
óleo pesado (diesel);
Os derivados do petróleo são também utilizados em
lubrificantes e outros produtos;
12. Módulo 6, História A 12
Outra forma de energia que se desenvolveu foi a eletricidade;
Edison inventou a lâmpada elétrica, que nas cidades permitiu
substituir o gás pela eletricidade quer na iluminação pública quer
na privada;
A eletricidade vai levar a outros inventos: comboio elétrico
(Siemens, 1897); telefone (Bell, 1876); telégrafo, cinema (irmãos
Lumière, 1895), rádio (1887), metropolitanos e carros elétricos,
etc.;
Todas estas invenções contribuíram para o desenvolvimento da
vida moderna dos inícios do século XX;
13. Módulo 6, História A 13
A aceleração dos transportes
O desenvolvimento dos transportes foi fundamental para o sucesso
da Revolução Industrial;
Era necessário transportar pessoas, matérias-primas e produtos a
velocidades e distâncias cada vez maiores;
Em 1830 surgiu o comboio, George Stephenson inaugurou a linha
Liverpool-Manchester;
Em 1914, existiam um milhão de km de linhas construídas em todo o
mundo;
15. Módulo 6, História A 15
O comboio modificou a vida das pessoas, permitiu o crescimento
das cidades e tornou possível a circulação rápida dos produtos;
Os navios a vapor tiveram uma ascensão mais lenta;
Na segunda década do século XIX começam a ser mais utilizados;
O desenvolvimento das rotas comerciais marítimas levou à
realização de grandes obras de engenharia como os canais do Suez
(1869) e do Panamá (1914);
16. Módulo 6, História A 16
O êxito do vapor levou a algumas tentativas de conseguir um
transporte viável por estrada;
Foi o motor de explosão que resolveu o problema da deslocação por
estrada;
Surge uma nova indústria, a automóvel, que movimenta imensos
capitais e emprega milhares de operários;
Os irmãos Wright, em 1903, criam o primeiro avião, que
rapidamente vai desenvolver a indústria da aeronáutica e
revolucionar os transportes de longa distância;
https://www.youtube.com/watch?v=RriKI7u72Xs
17. Módulo 6, História A 17
Todo o desenvolvimento económico do século XIX tem por base a
interligação que esse estabeleceu entre ciência e técnica;
Foi o desenvolvimento da investigação científica que permitiu os
novos inventos;
A concorrência obrigava as empresas a investir na investigação e na
modernização da produção;
Os novos inventos criavam novas necessidades que estimulavam
novas investigações;
O objetivo era produzir a maior quantidade, no menor espaço de
tempo e o mais barato possível;
18. Módulo 6, História A 18
A partir do último quartel do século XIX podemos falar de uma
“civilização industrial”;
As pequenas oficinas cederam o seu lugar às grandes empresas
industriais;
Significa que no Mundo Ocidental (EUA e Europa) a vida económica
é dominada pela grande indústria;
As grandes empresas dominam do ponto de vista económico mas
também condicionam a tomada de decisões políticas;
Concentração industrial e bancária
19. Módulo 6, História A 19
A necessidade de investir em investigação, as máquinas cada vez
mais complexas exigiam grandes investimentos e a construção de
grandes espaços (fábricas) onde trabalham, por vezes, milhares de
operários;
As empresas ramificam-se e constroem sucursais, muitas vezes
noutros países;
Esta necessidade de investir avultados capitais levou ao
desenvolvimento das sociedades por ações, o investimento era
dividido pelos acionistas;
20. Módulo 6, História A 20
A concentração empresarial aumenta na segunda metade do
século XIX:
Devido à necessidade de grandes investimentos;
As grandes empresas tinham mais capacidade de financiar a
investigação e desenvolver novos projetos;
As grandes empresas resistem melhor às crises cíclicas da
economia;
As grandes empresas vão absorvendo as mais pequenas e muitas
vezes fundem-se entre si;
21. Módulo 6, História A 21
Surgem dois tipos de concentração empresarial:
Concentração vertical: a empresa controla as várias etapas da
produção desde a matéria-prima até à comercialização do produto;
Este tipo de concentração foi muito comum na indústria siderúrgica;
As concentrações verticais podem ser de dois tipos:
Trusts: uma sociedade única;
Holdings: cada empresa mantém a sua autonomia mas existe uma
gestão centralizada;
22. Módulo 6, História A 22
Concentração horizontal: agrupamento de empresas de um mesmo
ramo de produção, o que lhes permite dominar a concorrência;
Cartel: forma mais comum de concentração horizontal. As
empresas não perdem a sua autonomia, mas combinam os preços,
a quantidade a produzir, a colocação no mercado, de modo a
aniquilar a concorrência;
Combinando, por vezes estes dois tipos de associação surgem
gigantescos grupos económicos que vão dar origem às
multinacionais;
23. Módulo 6, História A 23
Devido ao crescimento gigantesco da indústria e das necessidades
de investimentos, na segunda metade do século XIX, surgiram
várias formas de criar monopólios de modo a garantir e domínio
dos mercados e por conseguinte, melhores lucros;
Há uma clara divisão entre os proprietários (alta burguesia) e os
operários (proletariado);
24. Módulo 6, História A 24
O sistema bancário foi uma peça fundamental deste
desenvolvimento económico:
Os bancos mais pequenos foram absorvidos pelos maiores;
As grandes instituições bancárias dominam o mundo das finanças e
abrem um grande número de sucursais, muitas delas em países
estrangeiros;
Os bancos também investem no desenvolvimento industrial
fomentando o crédito, surgem bancos especializados nesse tipo de
negócios, os bancos de negócios ou investimento;
25. Módulo 6, História A 25
A racionalização do trabalho
A necessidade de produzir com qualidade e ao mais baixo preço
possível levou a Frederick Taylor publicasse um livro onde expunha
os seus métodos para racionalizar o trabalho, esse método ficou
conhecido por taylorismo:
A produção é dividida num séria de movimentos essenciais que cada
operário executa;
O tempo para executar essa tarefa é predefinido e articulado com os
outros operários constituindo uma cadeia de produção ;
Os objetos produzidos eram todos iguais, a estandardização;
26. Módulo 6, História A 26
Henry Ford foi o primeiro a aplicar estas ideias;
Em 1913, o seu carro Ford, Modelo T, é produzido numa linha de
montagem. O produto é que se desloca e não os operários. Estes
tinham de trabalhar ao ritmo imposto pelas máquinas;
Foram introduzidos sucessivos melhoramentos;
O Modelo T foi o primeiro carro de massas, só existia na cor preta;
O tempo de montagem do carro foi reduzido das 12 horas iniciais
para 1,5 horas;
O preço do carro foi diminuído para um terço;
27. Módulo 6, História A 27
De modo a compensar a dureza do trabalho os salários foram
elevados para o dobro do corrente na indústria;
A empresa permitia que os operários comprassem um carros,
proporcionando-lhes suaves prestações, era uma forma de
recuperar uma parte do investimento no aumento dos salários;
Os métodos empresarias de Henry Ford ficaram conhecidos como
fordismo;
https://www.youtube.com/w
atch?v=Gi9zUU3FsdU
28. Módulo 6, História A 28
Estes novos métodos de trabalho foram contestados por sindicatos
e numerosos intelectuais;
Apontavam a estes métodos o facto de serem desumanos e terem
transformado os antigos artesãos num proletários que executava
uma tarefa repetitiva sem qualquer criatividade, uma espécie de
autómato;
Charlie Chaplin, entre outros, no seu filme, “Os Tempos Modernos”,
satirizou esta situação;
Este método de trabalho veio acentuar as desigualdades entre os
proprietários e os trabalhadores;
Tempos modernos, filme completo: http://www.youtube.com/watch?v=pkf5vZFb6E8
29. Módulo 6, História A 29
A geografia da industrialização
Nos meados do século XIX a Inglaterra detém a hegemonia da
industrialização. Mostra um claro avanço sobre os restantes
países;
Iniciou a sua Revolução Industrial mais cedo do que os restantes
países;
O desenvolvimento da sua economia tem como alicerces as ideias
do liberalismo económico;
30. Módulo 6, História A 30
Era a primeira a nível mundial nos têxteis e metalurgia e o país com
maior densidade de caminhos de ferro;
Maior crescimento demográfico e urbano;
Utilizava, em larga escala, a força do vapor;
Dominava o comércio internacional;
31. Módulo 6, História A 31
Tinha um sistema financeiro extremamente avançado;
A libra esterlina (a moeda inglesa) é a moeda-padrão, a referência
nas trocas internacionais;
A realização da primeira Exposição Universal, em 1851, em Londres
foi uma exibição do seu poderio industrial e tecnológico;
https://www.youtube.com/watch?v=ecPR-W5CRmQ
32. Módulo 6, História A 32
Todavia na segunda metade do século XIX, a Inglaterra começa a
sentir dificuldades;
A sua tecnologia que tinha sido a mais avançada do Mundo começa a
ser ultrapassada;
A Alemanha, com uma industrialização mais recente, apresenta um
parque industrial mais moderno e, por conseguinte, mais produtivo;
No início do século XX, a economia inglesa é ultrapassada pelos
Estados Unidos da América;
Terminavam 150 anos de supremacia económica;
33. Módulo 6, História A 33
A afirmação de novas potências
Durante o século XIX, vários países iniciaram a sua industrialização:
Europa: França, Alemanha, Bélgica e Suíça;
América: EUA
Ásia: Japão
34. Módulo 6, História A 34
A França foi o segundo país, após a Inglaterra, a iniciar a sua
industrialização;
Mas o ritmo da sua industrialização foi lento, tinha poucas minas de
carvão, e por isso tinha de importar;
Outro problema residia no elevado número de pequenos
agricultores que se mantiveram apegados aos seus modos de vida;
Só na primeira década do século XX a França conheceu um grande
dinamismo;
Os setores mais evoluídos foram a eletricidade, automóvel,
construção civil e cinema;
Apesar deste surto, a França não conseguiu alcançar os países mais
evoluídos;
35. Módulo 6, História A 35
A Alemanha só iniciou o seu arranque industrial em meados do
século XIX mas demonstrou um grande dinamismo;
Não investiram nos têxteis e passaram diretamente para a grande
indústria, carvão, aço e caminhos de ferro;
Mais tarde desenvolveram as indústrias químicas, construção naval
e eletricidade;
A Alemanha, entretanto unificada, compete diretamente com a
Inglaterra, desenvolvendo uma forte competitividade e rivalidade
que vai originar conflitos;
36. Módulo 6, História A 36
Nos Estados Unidos da América as matérias-primas e recursos
naturais eram abundantes, como carvão, petróleo, rios (produção
de eletricidade), e minerais variados;
O arranque industrial data de 1830 e inicia-se no setor têxtil;
O grande dinamismo provém da siderurgia, entre 1870 e 1890,
neste setor deram-se grandes concentrações empresariais, e a
United States Steel Corporation, tornou-se a principal empresa
mundial no setor da metalurgia;
37. Módulo 6, História A 37
A indústria automóvel, com Henry Ford, conhece um significativo
arranque;
Adotaram uma política protecionista e beneficiaram de enorme
crescimento demográfico (mercado interno);
No início do século XX, lideravam a economia mundial;
Eram os primeiros na produção de carvão, petróleo, ferro, aço,
cobre, zinco, chumbo e alumínio e o segundo no têxtil;
A destruição na Europa provocada pela Primeira Guerra Mundial
vai acentuar o domínio económico americano;
38. Módulo 6, História A 38
O Japão iniciou a sua industrialização com a era Meiji;
Depois de muitos anos fechados ao Mundo, a partir de 1868, com o
imperador Mutsu-Hito, abriram-se ao progresso;
O Japão era um país agrícola e atrasado que rapidamente se
industrializou;
39. Módulo 6, História A 39
O dinamismo da industrialização foi promovido pelo Estado que
financiou industrias, concedeu monopólios e outros privilégios e
promoveu a entrada de capitais e técnicos estrangeiros;
Verificou-se um intenso crescimento demográfico (mercado
nacional);
Criou-se um espírito nacional de superioridade dos japoneses em
relação aos outros povos;
Os setores de maior desenvolvimento foram a siderurgia, a
construção naval e as sedas;
40. Módulo 6, História A 40
A permanência de formas de economia tradicional
A História do século XIX foi marcada pelo desenvolvimento
industrial;
O aumento da produção conseguiu acompanhar o crescimento
populacional e, nos países industrializados, um número cada vez
maior de pessoas usufruíam de uma melhor qualidade de vida;
Neste séculos todos os setores da atividade económica (agricultura,
indústria, comércio, sistema financeiro, comunicações, transportes)
sofreram profundas alterações que provocam mudanças
irreversíveis no modo de vida das populações;
41. Módulo 6, História A 41
No entanto, a par desta industrialização continua a existir um
mundo atrasado, onde permaneciam as técnicas e modos de
produção antigos;
Países como o Império Austro-Húngaro, Império Russo, a
Europa do Sul (Portugal, Espanha, Itália, Grécia), o tempo
permanecia imóvel, mantinham modos de produção
medievais e conheceram um arranque industrial muito
tardio;
42. Módulo 6, História A 42
Existiam ainda regiões, sobretudo em África e na América Latina que
eram colónias e estavam dependentes das decisões tomadas nas
metrópoles;
Na Ásia o Japão foi o único país a industrializar-se;
Nos próprios países mais desenvolvidos coexistiam formas de
produção tradicional, sobretudo na agricultura, com as forma mais
modernas de produção;
A industrialização desenrolou-se a ritmos muito diferentes,
consoante as regiões.
43. Módulo 6, História A 43
A agudização das diferenças
No século XIX, a maior parte dos países permanece
subdesenvolvida, com exceção da Europa, EUA e Japão;
A baixa produtividade agrícola criava poucos lucros e por isso não
existiam capitais para investir na indústria, impossibilitando o
desenvolvimento dessas regiões;
As diferenças entre países ricos e pobres aumenta;
44. Módulo 6, História A 44
A confiança nos mecanismos autorreguladores do mercado
Nos séculos XVI, XVII e XVIII, vários países adotaram medidas
protecionistas, sobretudo com base nas ideias mercantilistas;
Proteger a produção nacional da concorrência estrangeira era a
ideia central;
O Estado intervinha na economia fomentando determinados
setores e criando regras e tabelando preços;
No entanto a Revolução Industrial foi suportada por um sistema
económico livre-cambista;
45. Módulo 6, História A 45
O livre-cambismo tinha por base as ideias de Adam Smith (1720-
1790) e foi desenvolvido por outros teóricos como David Ricardo
(1772-1823), Thomas Malthus e Jean Baptiste Say;
Defendiam a total liberdade da iniciativa privada, sem qualquer
atuação por parte do Estado, porque segundo a sua opinião, através
da lei da oferta e da procura e da livre concorrência o mercado
autorregulava-se;
Segundo as suas ideias seria o livre-cambismo que iria assegurar o
desenvolvimento do Mundo;
46. Módulo 6, História A 46
Na Inglaterra estas ideias são executas pelo Governo de Sir Robert
Peel, que assumiu o poder em 1841, e em 1860 só 48 produtos
pagavam taxas alfandegárias para entrar em Inglaterra contrastando
com os 1150 produtos em 1840;
A adoção do livre-cambismo pela Inglaterra vai influenciar outros
países e entre 1850 e 1870, o livre-cambismo dominou as políticas
económicas europeias;
Mesmo os EUA que sempre mantiveram uma atitude protecionista
baixaram as suas taxas alfandegárias;
47. Módulo 6, História A 47
As debilidades do livre-cambismo. As crises cíclicas do capitalismo
O livre-cambismo apresentava um problema intrínseco ao sistema,
com uma periocidade de 6 a 10 anos existiam crises, estas crises
eram de um novo tipo, não eram originadas por falta de produtos
mas pelo excesso de produtos no mercado, eram crises de
superprodução;
Eram resultado da concorrência e da necessidade de produzirem
mais e mais barato;
48. Módulo 6, História A 48
O economista Clément Juglar (1824-1905) foi o primeiro a estudar
estes ciclos económicos que por isso foram denominados ciclos de
Juglar, duram aproximadamente 10 anos:
50. Módulo 6, História A 50
Na fase de crescimento económico, a procura é maior do que a
oferta, os preços sobem;
A perspetiva de grandes lucros levam ao aumento do investimento,
a especulação na Bolsa aumenta;
Esta situação gera um aumento da produção que leva a que a
oferta seja maior do que a procura;
51. Módulo 6, História A 51
Os produtos acumulam-se nos armazéns, os preços baixam, para
reduzir a produção os salários baixam e recorre-se ao
despedimento de trabalhadores;
Muitas empresas não resistem e abrem falência, arrastando
consigo alguns Bancos (que tinham emprestado dinheiro);
Muitos investidores perdem dinheiro na Bolsa;
Os despedimentos fazem diminuir o consumo que leva a produção
a diminuir ainda mais;
52. Módulo 6, História A 52
Estas crises iniciam-se num ou em vários países e propagam-se
rapidamente;
Em 1810 regista-se a primeira crise, em 1929 a mais grave;
Entre essas datas verificara-se 15 períodos de recessão económica
que provocaram o aumento da miséria e agitação política e social;
Os teóricos do liberalismo consideram estas crises cíclicas como
simples ajustamentos económicos;
53. Módulo 6, História A 53
Outros veem nas crises os sinais de que o mercado não é capaz de
se autorregular;
No final do século XIX, muitos países adotaram medidas
protecionistas para proteger a sua economia da concorrência
estrangeira;
Estas crises suscitaram protestos;
Após a crise de 1929, ficou patente a necessidade dos Estados
intervirem na vida económica;
54. Módulo 6, História A 54
O mercado internacional e a divisão do trabalho
Durante o século XIX e até à Primeira Guerra Mundial o comércio
registou um crescimento acelerado;
Devido ao aumento da produção agrícola e industrial, ao
crescimento demográfico e ao desenvolvimento dos transportes e
das comunicações;
Este comércio é dominado pela Europa, no início do século XX detém
2/3 do comércio mundial;
Inglaterra, EUA, França e Alemanha são responsáveis por cerca de
50% do comércio mundial;
55. Módulo 6, História A 55
No século XIX surgem zonas económicas especializadas e a
repartição mundial do trabalho;
O surgir de zonas especializadas teve que ver com as potencialidades
naturais e humanas de cada região;
A especialização de uma região num determinado produto
conseguia gerar muitos lucros que compensavam a necessidade de
importar outros produtos;
56. Módulo 6, História A 56
A Revolução Industrial agudizou as diferenças na divisão
internacional do trabalho;
Inglaterra, EUA, Alemanha e França produziam cerca de 70% de
toda a produção industrial mundial;
Estes fornecem os países mais atrasados da Europa e dos outros
continentes com os produtos industrializados e adquirem a estes
produtos agrícolas e matérias-primas;
57. Módulo 6, História A 57
Este sistema de trocas favorecia os países mais ricos;
Apesar de alguns países em vias de desenvolvimento terem sido
estimulados na procura de diminuírem as suas dependências
económicas, ao longo do século XIX, estas diferenças, entre “países
pobres e países ricos”, foram aumentando;
O capitalismo industrial contribuiu para criar um mundo desigual;
Um grupo muito restrito de países controla a economia mundial;
58. Módulo 6, História A 58
Nos finais do século XIX, e como forma de defender os países
menos desenvolvidos da livre concorrência, desenvolveram-se
novas medidas protecionistas, de modo a tornar possível a
industrialização desses países;
59. Módulo 6, História A 59
Esquema in “Preparação para o
Exame Nacional, História A 11,
Porto Editora
60. Módulo 6, História A 60
Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:
FORTES, Alexandra; Freitas Gomes, Fátima e Fortes, José, Linhas da
História 11, Areal Editores, 2014
COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo
da História 11, Porto Editora, 2011
SANCHES, Mário, História A, Edições ASA, 2006
2018/2019
61. História A - Módulo 6
A civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
Unidade 2
A sociedade industrial e urbana
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62. Módulo 6, História A 62
A explosão populacional; a expansão urbana; e o novo urbanismo;
migrações internas e emigração
Entre 1800 e 1914 a população mundial duplicou, há um
crescimento acentuado da população sobretudo nos países
industrializados, pelo que se fala de explosão demográfica;
A Europa representa 20% da população mundial em 1800 e 27,5%
em 1900;
A Ásia e África, neste período tiverem um crescimento de 33% a
Europa duplicou o número de habitantes;
Em 1900, a densidade populacional europeia era de 40 habitantes
por km2;
63. Módulo 6, História A 63
A vida em Londres no século XIX
http://www.youtube.com/watch?v=KlNzeoyAokE
64. Módulo 6, História A 64
Ainda teremos de somar a emigração europeia para a América,
África e Oceânia (Austrália e Nova Zelândia);
Por isso a explosão demográfica é uma explosão caucasiana, em
1900, um em cada quatro seres humanos era europeu;
No entanto na própria Europa o crescimento é desigual;
A Europa do Norte, industrializada, cresce a um ritmo muito
superior da Europa do Sul e Oriental;
Os países que têm uma maior taxa de crescimento são a Inglaterra
(78%) e a Alemanha (64%);
65. Módulo 6, História A 65
Novo modelo demográfico:
Diminuição da mortalidade (melhores cuidados médicos; maior
abundância de alimentos; progressos na higiene);
Diminuição da elevada natalidade;
Descida da idade do casamento;
Aumento da esperança média de vida;
Aumento da densidade populacional;
66. Módulo 6, História A 66
Na medicina difundiu-se a vacina contra a varíola, seguida do
aparecimento de outras; são realizadas operações com anestesia, e
são utilizados os desinfetantes;
Estão disponíveis mais alimentos em qualidade e variedade;
A higiene melhora a nível individual e a nível público (esgotos e
estações de tratamento de água potável, edifícios de tijolos,
substituindo os de madeira, difusão da utilização do sabão);
Aumenta, nos países industrializados, a esperança de vida, 50
anos no início do século XX (mais 15 anos que em 1850);
As taxas de natalidade mantiveram-se elevadas, decrescendo
significativamente após 1860;
67. Módulo 6, História A 67
Esta explosão demográfica levou ao renascimento das ideias de
Thomas Malthus (malthusianismo);
Foi nas classes mais abastadas que se iniciou o controlo voluntária
dos nascimentos que pouco a pouco se foi estendendo ao
proletariado;
A criança passa a ser o centro da família burguesa, há um
investimento social e afetivo na criança
68. Módulo 6, História A 68
A expansão urbana
Durante o século XIX, as cidades cresceram em número, em
superfície, em número de habitantes e em densidade
populacional, em especial nos países industrializados;
Na Europa em 1800 existiam 23 cidades com mais de cem mil
habitantes, em 1850 eram 42, em 1900 eram 135;
Em 1915, 15% das cidades têm mais de cem mil habitantes;
69. Módulo 6, História A 69
Nos EUA, o crescimento urbano é espetacular, em 1900, Nova
Iorque é a segunda maior cidade do mundo para no início da
Primeira Guerra Mundial, suplantar Londres;
Na Europa a taxa de crescimento urbano ultrapassou, pela
primeira vez em mil anos, o crescimento rural;
70. Módulo 6, História A 70
Causas do crescimento urbano:
O crescimento natural das populações;
Êxodo rural, as populações do campo são atraídas pelos melhores
salários nas fábricas e outras atividades urbanas;
Sobretudo na Inglaterra e Alemanha esta emigração rural é
esmagadora, a maior parte da população vive em cidades no início
da Primeira Guerra Mundial;
Estas migrações provocaram um acentuado recuo da população a
trabalhar no setor primário, e um aumento dos setores secundário
e terciário, a estrutura profissional modificava-se;
71. Módulo 6, História A 71
A imigração é outro fator de crescimento, a população rural dos
países mais atrasados emigra para as cidades dos países mais
desenvolvidos;
A cidade torna-se o símbolo do progresso, da riqueza, do
espetáculo, da cultura, do sucesso profissional, social e pessoal;
Quem emigra para a cidade, procura não só emprego mas
também promoção social e busca a modernidade;
72. Módulo 6, História A 72
Os problemas da vida urbana:
As cidades não estavam preparadas para este crescimento
repentino;
Em primeiro lugar, para o recém-chegado, representa uma rutura
com o modo de vida no campo;
73. Módulo 6, História A 73
Problemas de circulação: sobrelotação dos centros urbanos e
mediocridade dos transportes públicos;
Problemas de falta de espaço e de habitação: o proletariado vivia
em bairros construídos no subúrbios, na maior parte das vezes
com condições insalubres, no centro constrói-se em altura, marca
dos centros urbanos norte-americanos;
74. Módulo 6, História A 74
Problemas de higiene e saúde pública: habitações mal construídas ,
sem saneamento; ruas sem pavimentação, sem iluminação;
Muitas vezes estes bairros operários eram assolados por epidemias
de cólera e tuberculose;
Problemas de abastecimento: de alimentos, água e combustíveis,
75. Módulo 6, História A 75
Problemas de desregulamento da vida social e
delinquência: a degradação da vida urbana levou a
surgirem problemas de alcoolismo, prostituição, filhos
ilegítimos, miséria, mendicidade, marginalidade,
criminalidade;
76. Módulo 6, História A 76
Para os moralistas a cidade era o símbolo da destruição dos valores
tradicionais;
Nas cidades organizavam-se manifestações, surgiam greves,
fermentavam as ideias revolucionárias entre a classe operária;
Punha-se em causa o domínio da burguesia;
77. Módulo 6, História A 77
Perante o avolumar destas problemáticas as autoridades urbanas e
os governos começaram a repensar a organização urbana;
Vai surgir um novo urbanismo pensado por engenheiros e
arquitetos;
Ao longo do século XIX, nas principais cidades do mundo
industrializado vão realizar-se profundas obras de renovação,
reordenamento e requalificação urbana;
78. Módulo 6, História A 78
As cidades tinham crescido, muitas vezes englobando as cidades
vizinhas mais pequenas;
79. Módulo 6, História A 79
O novo urbanismo desenvolve duas vertentes principais:
Criar espaços para a burguesia;
Proporcionar condições de habitação mais dignas aos operários;
Nas cidades europeias são iniciadas grandes obras nos centros
urbanos, é o local mais cuidado da cidade, é o espaço burguês, os
operários são relegados para os subúrbios;
80. Módulo 6, História A 80
Muralhas e edifícios antigos são derrubados para construir os
novos edifícios do orgulho burguês: bancos, Bolsas de Comércio,
grandes armazéns, mercados, edifícios municipais e
governamentais, teatros, estações ferroviárias, museus, cafés,
ópera, etc.;
81. Módulo 6, História A 81
Os centros das cidades americanas crescem em altura;
As mais famosas obras foram executadas em meados do século XIX,
em Paris, pelo barão Haussmann;
As zonas verdes são arranjadas, as ruas e passeios pavimentados,
são abertas grandes avenidas e praças facilitando a circulação e
racionalizando a cidade;
São construídos esgotos e é dada atenção ao fornecimento de água
potável e à iluminação pública das ruas;
82. Módulo 6, História A 82
Os bairros operários, nos subúrbios raramente foram alvo
dessa atenção urbanística e continuaram a ser habitações
com poucas condições de habitabilidade;
O crescimento urbano replicou as diferenças sociais, e ricos e
pobres foram segregados geograficamente nas cidades;
83. Módulo 6, História A 83
Migrações internas e emigração
No século XIX, a principal origem das migrações internas foi o campo,
porque a mecanização da agricultura tinha roubado empregos ou
porque a agricultura de subsistência não proporcionava rendimentos
suficientes;
O êxodo rural, sobretudo em Inglaterra e na Alemanha, foi o grande
responsável pelo crescimento urbano;
Os camponeses e camponesas procuravam nas cidades empregos nas
fábricas, caminhos de ferro, construção civil e nos serviço doméstico;
Para além destas emigrações definitivas também existiam migrações
sazonais, realizadas em determinadas alturas do ano em trabalhos
temporários;
84. Módulo 6, História A 84
Na Ásia os chineses emigraram para a América;
Na Europa também existiram vários movimentos populacionais;
Mas o grande contingente de emigração foi da Europa para o resto
do Mundo;
45 milhões de europeus emigraram ao longo do século XIX para a
América, (EUA, Canadá e América Latina), Oceânia (Austrália e Nova
Zelândia, África, Cáucaso (russos) ;
Dá-se uma explosão branca à escala global;
85. Módulo 6, História A 85
Quais as causas desta emigração em massa?
Pressão populacional: governos e sindicatos apoiavam as políticas
de emigração como forma de resolver o problema do emprego;
Problemas no mundo rural: nos países mais desenvolvidos os
trabalhadores rurais eram substituídos por máquinas e nos mais
atrasados persistiam as fomes provocadas por maus anos agrícolas
(fomes na Irlanda na década de 1840 levou à emigração de 1/7 da
sua população;
86. Módulo 6, História A 86
Problemas ligados à industrialização: uma industrialização rápida
(Inglaterra) produzia desemprego tecnológico, os homens eram
substituídos por máquinas, nos países mais atrasados, a
industrialização lenta não oferecia empregos em quantidade
suficiente;
Revolução dos transportes: embarateceu o preço das passagens,
nomeadamente nos barcos a vapor;
87. Módulo 6, História A 87
Idealização dos países de destino: Os EUA (receberam metade da
emigração) e o Brasil (principal destino da emigração portuguesa)
eram vistos como a terra das oportunidades, e onde existiam
possibilidades de enriquecimento e promoção social;
Fuga a perseguições políticas e religiosas: Europeus que fogem
devido a serem perseguidos pelas suas convicções políticas ou
religiosas. Movimentos revolucionários falhados na França (1848),
Polónia (1831,1863), Alemanha (1840, 1871).Perseguições aos
judeus russo, etc.;
88. Módulo 6, História A 88
Os ritmos e origens da emigração foram variando ao longo do
século XIX;
Até 1880 existiu uma forte emigração da Grã-Bretanha e Norte da
Europa;
A partir dessa data engrossou a corrente eslava, latina, alemã,
escandinava e balcânica;
Só a França não teve um grande contributo para esta emigração
europeia;
A emigração europeia foi uma válvula de escape para as múltiplas
tensões (sociais, económicas, políticas, religiosas) que se viviam no
Velho Continente;
89. Módulo 6, História A 89
A emigração portuguesa
Na década de 1870, cerca de 10 mil portugueses emigram
anualmente;
Na década 1880 esse número sobe para 18 mil;
A maior parte tinham como destino o Brasil, era a terra das
oportunidades, da possibilidade de enriquecer;
A lenta industrialização portuguesa não possibilitava empregos para
cobrir o crescimento demográfico;
No início do século XX cerca de 80% dos portugueses viviam no
campo;
90. Módulo 6, História A 90
No norte a pequena propriedade rural, onde se praticava uma
agricultura de subsistência não proporcionava lucros e no Sul havia
falta de trabalho por causa da concorrência dos cereais americanos;
A emigração portuguesa foi uma forma de fugir à fome e à
proletarização.
91. Módulo 6, História A 91
Unidade e diversidade na sociedade oitocentista
As revoluções liberais levaram ao progressivo fim da sociedade do
Antigo Regime, a sociedade de ordens é substituída por uma
sociedade de classes;
A igualdade dos cidadãos perante a lei leva ao fim dos privilégios da
nobreza e do clero;
Na sociedade de classes o que determina a posição social é a posse
de riqueza e de propriedades;
A sociedade de classes é mais aberta e a mobilidade social é
constante;
92. Módulo 6, História A 92
A sociedade do século XIX divide-se em dois grandes grupos:
Burguesia que domina mas também se divide em vários estatutos
sociais (alta, média, pequena burguesia);
Proletariado que providencia a força de trabalho;
Nesta sociedade é possível a um indivíduo de baixa condição social
alcançar o topo da hierarquia social;
93. Módulo 6, História A 93
A base do pensamento liberal assenta na ideia que a capacidade e
inteligência de cada um tornará possível a sua subida na escala
social;
Depois de alcançado o topo deveria assegurar-se a continuidade
através de estratégias que permitissem a permanência nos mais
altos escalões;
94. Módulo 6, História A 94
A alta burguesia empresarial e financeira é constituída pelos
empresários industriais, banqueiros, diretores das grandes
companhias de transportes e comunicações e proprietários de
grandes empresas de negócios;
Devido à concentração das atividades económicas a alta burguesia
domina o poder económico, controla os meios de produção e o
acesso às matérias-primas;
95. Módulo 6, História A 95
O poder tem tendência a manter-se num número reduzido de
famílias, surgem as dinastias burguesas, nos mais variados ramos
económicos:
França: Schneider, Peugeot, Périer;
Alemanha: Krupp, Fürstenberg, Rothschild;
Itália: Agnelli, Pirelli
EUA: Rockefeller
96. Módulo 6, História A 96
Ao poder económico a alta burguesia junta o poder político,
criando grupos de pressão (lobbies) ou participando diretamente
nas decisões políticas como deputados ou ministros;
Influenciam as tomadas de decisões dos governos de forma a
favorecerem os seus interesses;
Difundem as suas ideias na imprensa e jornais;
Através da publicidade lançam modas;
Influenciam o ensino;
Divulgam os seus valores de modo a influenciarem a opinião pública
de acordo com os seus interesses;
97. Módulo 6, História A 97
A alta burguesia vai desenvolver comportamentos e valores
próprios;
Em muitas atitudes vão imitar a antiga nobreza, adquirindo
propriedades, muitas vezes compradas à nobreza, nas cidades
mandam construir palácios;
Organizam festas, bailes, e outros sinais exteriores de riqueza;
Os seus filhos frequentam as melhores escolas;
Muitas vezes estabelecesse uma comunidade de interesses entre a
antiga aristocracia e a lata burguesias, e muitos casamentos são
realizados;
98. Módulo 6, História A 98
Outras vezes a alta burguesia era nobilitada pelos serviços
prestados;
Assiste-se a uma fusão de interesses entre a velha e a nova elite;
99. Módulo 6, História A 99
A burguesia foi lentamente desenvolvendo uma consciência de
classe, afirmando-se como um grupo autónomo com os seus
próprios valores e comportamentos;
O culto da ostentação e do luxo foi sendo substituído pela
valorização do trabalho, do estudo, da poupança, da moderação e
da prudência;
Estas são as virtudes burguesas;
Nelas a família assumia um papel relevante, e dá-se muita
importância à solidariedade familiar;
100. Módulo 6, História A 100
A maior parte pertence ao setor terciário das atividades
económicas;
Muitos provêm das classes mais baixas;
É um grupo conservador (contra todas as mudanças sociais e
económicas);
101. Módulo 6, História A 101
A burguesia distancia-se do culto da ociosidade das elites
aristocráticas e mostram a sua riqueza como fruto do trabalho, da
iniciativa e do esforço pessoal;
Atribuem a pobreza à preguiça, e à falta de empenho e talento;
Apontam como exemplos os casos de ascensão de pessoas de
origem humilde, os “self-made men” que também são o exemplo da
mobilidade social da nova sociedade;
102. Módulo 6, História A 102
As classes médias são constituídos por um numeroso e heterogéneo
grupo de pessoas;
Situam-se entre a alta burguesia e o proletariado;
Este grupo é constituído pelas pessoas que não executam trabalhos
manuais mas também não pertencem à alta burguesia;
103. Módulo 6, História A 103
O desenvolvimento do setor terciário fez engrossar este grupo;
A maior parte destas profissões vão ficar conhecidas como
“colarinhos brancos”, distinguindo-os dos trabalhadores que se
sujavam no exercício da sua profissão;
104. Módulo 6, História A 104
Pequenos empresários industriais que, apesar de afetados pelas
crises e pela concentração empresarial, não cessaram de crescer;
Profissões liberais todos os que trabalhavam por conta própria
(advogados, médicos, professores);
Empregados de escritórios e funcionários públicos que veem o seu
número crescer devido ao desenvolvimento dos serviços e do
Estado. Muitas vezes ganham menos que operários mas têm
estatuto social. É um tipo de emprego muito procurado;
105. Módulo 6, História A 105
Professores são cada vez mais numerosos. Transmitem os valores
da burguesia nas escolas. Profissão mal paga mas com prestígio;
Empregados comerciais todos os que trabalhavam no comércio;
Pessoas com rendimentos tais como proprietários, investidores na
Bolsa, etc.;
106. Módulo 6, História A 106
As classes médias, criam a sua consciência de classe, eram grandes
defensoras dos valores da burguesia;
Muitos deles tinham origens humildes e sonhavam subir na
sociedade, sobretudo tinham pavor de voltarem a ser proletários;
São conservadores e defensores da ordem e moral públicas;
107. Módulo 6, História A 107
Veem com desconfiança a contestação dos operários;
Cultivam a ordem, o estatuto, o respeito pelas hierarquias, a
importância da poupança, o respeito pelo trabalho;
Procuram pequenos luxos como comprar uma moradia, uma boa
escola para os filhos, idas ao teatros e à ópera, férias, etc.;
108. Módulo 6, História A 108
O respeito pela família é o pilar da moral burguesa;
Advogam uma moral austera (puritanismo) e o culto das aparências;
Na família burguesa o poder está no homem, as qualidades
domésticas na mulher a obediência nos filhos;
As festas da classe média decorriam em família (aniversários,
casamentos, etc.);
109. Módulo 6, História A 109
A condição operária: salários e modos de vida
A Revolução Industrial criou, nos escalões inferiores da sociedade,
um novo grupo social, o operariado;
O liberalismo económico, ao abster-se de intervencionar a vida
económica, deixou os operários nas mãos dos grandes industriais;
110. Módulo 6, História A 110
Os proletários não têm qualquer poder sobre a produção que
pertence à burguesia, os operários apenas possuem os seus filhos
(prole) e um salários pelo seu trabalho;
O salário não é regulamentado, e baixa ou sobe de acordo com os
interesses dos donos das indústrias;
Os operários viveram e trabalharam em condições muito precárias
e difíceis;
111. Módulo 6, História A 111
Os proletários que no século XIX afluíam às cidades eram o produto
da falta de empregos na agricultura e da ruína dos pequenos
proprietários rurais ou das atividades artesanais;
Chegavam às cidades sem qualquer preparação, foram uma mão de
obra não qualificada e foram explorados e sujeitos a grandes
arbitrariedades;
112. Módulo 6, História A 112
Os operários foram sujeitos a variadíssimos problemas:
Salários precários e baixos, completamente dependentes dos jogos
da oferta e da procura. Quando os lucros diminuíam ou a ganância
dos patrões era muita, os salários baixavam, muitas vezes abaixo do
limiar de sobrevivência;
Horários de trabalho que podiam chegar às 16 horas diárias;
Ausência de direito a férias, descanso semanal, subsídio de
desemprego, reforma ou doença;
Mão de obra infantil que recebia por vezes metade do salário dos
homens. As mulheres também tinham salários mais baixos;
113. Módulo 6, História A 113
O cinema
Os irmãos Lumière
http://www.youtube.com/watch?v=BO0EkMKfgJI
114. Módulo 6, História A 114
Ausência de redes de solidariedade. Oriundos do campo tinham de
sobreviver na cidade sem o apoio familiar;
Locais de trabalho sem condições mínimas;
Elevado risco de contrair doenças profissionais que levavam ao
despedimento;
Proibição de todos os tipos de manifestações ou reivindicações
(greve era proibida por lei);
115. Módulo 6, História A 115
Habitações sem condições de habitabilidade e muitas vezes
sobrelotadas;
Estavam sujeitos a uma alimentação pobre e desequilibrada;
Mal alimentados, sem tempo para descansar, habitando em bairros
insalubres eram muitas vezes vítimas de doenças, as epidemias de
cólera eram frequentes;
Perante este quadro de problemas e pobreza extremas os problemas
a ele associados eram frequentes: alcoolismo, prostituição,
criminalidade, mendicidade, etc.;
116. Módulo 6, História A 116
O movimento operários: associativismo e sindicalismo
Os primeiros movimentos contra estas duras condições de trabalho
e de vida foram espontâneas e desorganizadas;
Um dos primeiros foi liderado por Ned Ludd, em Inglaterra, entre
1811 e 1818. Foi o “luddismo”, era um movimento que levava os
operários a destruírem máquinas (mecanoclasta) que roubavam o
trabalho;
Outros movimentos semelhantes, bem como greves e outras
manifestações irromperam por toda a Europa;
117. Módulo 6, História A 117
As medidas de repressão foram extremamente duras: os operários
foram perseguidos, presos e até condenados à morte;
Esta violenta repressão levou os operários a organizarem as suas
lutas;
Esta organização assumiu , essencialmente, duas formas:
118. Módulo 6, História A 118
Associativismo – para substituir as tradicionais solidariedades
familiares, da igreja ou das confrarias, criaram-se associações de
socorros mútuos, ou mutualidades;
Os associados pagavam uma quota e eram apoiados em caso de
doença, morte, acidentes, desemprego, etc.;
Também foram criadas cooperativas que eram associações de tipo
económico;
119. Módulo 6, História A 119
Outra forma de organização do movimento operário foi o
sindicalismo;
Os sindicatos são organizações que agregam os trabalhadores de um
determinado ramo profissional, para protegerem os seus interesses;
Os sindicatos começaram por ser organizações clandestinas:
Lutavam pela melhoria das condições de trabalho através de
manifestações e greves;
120. Módulo 6, História A 120
A legalização dos sindicatos, a influência de doutrinas políticas
como o socialismo e o anarquismo levaram ao crescimento dos
sindicatos;
A partir de 1870-80, a força dos sindicatos cresce visivelmente;
Os sindicato britânicos, as Trade Unions, transformaram-se em
organizações de massas;
121. Módulo 6, História A 121
Nos países industrializados os sindicatos organizam-se e
multiplicavam-se;
Reivindicam o dia de trabalho de 8 horas, melhores salários, dia de
descanso semanal, indeminização em caso de acidente de
trabalho, etc.;
As lutas operárias foram muitas vezes reprimidas violentamente;
No dia 1 de maio de 1886, em Chicago (EUA) 500 mil trabalhadores
saíram às ruas, em manifestação pacífica, exigindo a redução da
jornada para oito horas de trabalho. A polícia reprimiu a
manifestação, dispersando a concentração, depois de ferir e matar
dezenas de operários;
122. Módulo 6, História A 122
Em 1889 o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris,
decretou o 1º de Maio, como o Dia Internacional dos
Trabalhadores, um dia de luto e de luta. E, em 1890, os
trabalhadores americanos conquistaram a jornada de trabalho de
oito horas;
As greves foram uma das melhores armas porque paravam a
produção e causavam diminuição dos lucros;
Fruto destas lutas as duras condições do trabalho forma-se
suavizando e os salários cresceram;
123. Módulo 6, História A 123
Os primeiros sindicatos a serem legalizados foram os britânicos;
No último quartel do século XIX, a legislação social nos países
industrializados evoluiu: foram publicadas leis que regulamentavam
o horário de trabalho, o repouso semanal, pensões (velhice,
doença, acidente);
124. Módulo 6, História A 124
As propostas socialistas de transformação revolucionária da
sociedade
As condições de miséria dos proletários levou vários pensadores a
refletirem sobre esta situação e a proporem medidas de intervir na
sociedade, criticavam a desumanidade do sistema capitalista e
propunham a diminuição das desigualdades sociais;
No século XIX surgem as teorias socialistas que se vão dividir em
dois campos teóricos diferentes;
125. Módulo 6, História A 125
Socialismo utópico – consistiu em propostas de reforma da
sociedade e alternativas ao sistema capitalista;
Propunham a criação de cooperativas de produção e consumo e
uma maior justiça social. As ideias começaram a surgir por volta de
1820;
Alguns dos principais pensadores foram: Robert Owen, Saint-
Simon, Charles Fourier, etc.;
126. Módulo 6, História A 126
Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) foi um dos principais
pensadores;
Propôs a organização de cooperativas de produção e por
conseguinte a abolição da propriedade privada e do estado para
terminar com a “exploração do homem pelo homem”;
A proposta de Proudhon consista na criação de uma sociedade
igualitária de pequenos produtores associados em cooperativas que
seriam capazes de assegurar o bem-estar, sem luta de classes ou sem
a intervenção do Estado;
127. Módulo 6, História A 127
Socialismo científico (marxismo) – Karl Marx (1818-1883) e
Friederich Engels (1820-1895) publicaram em 1848, o Manifesto do
Partido Comunista;
Nesta obra defendem que a luta de classes, o verdadeiro motor da
História, atravessou todas as épocas históricas e propõem um
modo de atingir uma sociedade sem classes e sem Estado, o
comunismo;
A sociedade burguesa e capitalista será destruída pelo proletariado
que instaurará a ditadura do proletariado;
Nesta fase o estado deterá todos os meios de produção (fim da
propriedade privada) para construir uma sociedade sem classes e
sem exploração, onde o próprio Estado desaparecerá, o comunismo;
128. Módulo 6, História A 128
Segundo Karl Marx, o modo de produção capitalista assenta na
mais-valia;
O salário do trabalhador não corresponde ao valor do seu trabalho
mas apenas ao valor dos bens de que necessita para sobreviver. A
exploração do proletário é o lucro do capitalista;
Os explorados deveriam lutar contra os exploradores (luta de
classes);
Para Marx era necessário que o proletariado se organizasse em
partidos e sindicatos e conquistasse o poder político;
129. Módulo 6, História A 129
Marx apela ao internacionalismo proletários, é célebre a frase,
“Proletários de todos os países, uni-vos”, segundo ele a única forma
de lutar contra o capital internacional é os operários também se
organizarem internacionalmente;
Para coordenar a luta a nível internacional surgem as Associações
Internacionais de Trabalhadores ou Internacional Operária
(Internacionais);
Marx redigiu os estatutos da I Internacional (Londres, 1864;
Apoiou a Comuna de Paris (março de 1871) insurreição de
operários em Paris que, após dominar a capital francesa durante 40
dias, foi esmagada com enorme violência, mais de 20 mil revoltosos
foram executados;
130. Módulo 6, História A 130
Surgem partidos operários com a designação de socialistas ou
sociais-democratas;
Na Internacional surgem teses diferentes de Karl Marx;
Bakunine (1814-1876) criou o anarquismo, criticava no marxismo o
princípio da ditadura do proletariado e da supremacia do Estado e
preconizava a organização dos operários nos sindicatos e outras
associações;
Estes desacordos levaram ao fim da I Internacional em 1876;
131. Módulo 6, História A 131
A II Internacional (Paris, 1889) afastou os anarquistas, mas surgiu
outra tendência, o revisionismo de Bernstein (1850-1932) que
propunha uma evolução pacífica e gradual do capitalismo para o
socialismo, substituindo a luta de classes por uma colaboração
entre os partidos operários e os burgueses;
Na sequência desta nova proposta os partidos voltaram-se a dividir;
A II Internacional vai desaparecer em 1914 no início da I Guerra
Mundial;
132. Módulo 6, História A 132
Esquema in “Preparação para o Exame Nacional, História A 11, Porto Editora
133. Módulo 6, História A 133
Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:
FORTES, Alexandra; Freitas Gomes, Fátima e Fortes, José, Linhas da
História 11, Areal Editores, 2014
COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo
da História 11, Porto Editora, 2011
SANCHES, Mário, História A, Edições ASA, 2006
2018/2019
134. História A - Módulo 6
A civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
Unidade 4
Portugal, uma sociedade capitalista dependente
http://divulgacaohistoria.com/
135. Módulo 6, História A 135
A Regeneração entre o livre-cambismo e o protecionismo (1851-
1880)
Um golpe de estado, em 1851, liderada pelo Duque de Saldanha,
depôs Costa Cabral e iniciou uma nova etapa do liberalismo
português conhecida por Regeneração;
136. Módulo 6, História A 136
Os principais objetivos deste movimento eram conciliar as diversas
fações do Liberalismo e harmonizar os interesses da alta burguesia
com os da pequena e média burguesia bem como dos camponeses;
Revisão da Carta Constitucional;
Ato Adicional (1852) alarga o sufrágio, determina eleições diretas
para o Parlamento;
Consagra-se o rotativismo partidário (alternância de partidos no
poder);
137. Módulo 6, História A 137
Livre-cambismo é um modelo de mercado no qual o comércio entre
países não é afetado por restrições (taxas aduaneiras) do estado.
Livre-cambismo é contrário ao protecionismo, que é a política
económica que pretende restringir o comércio entre países.
A nível económico desenvolveram uma política livre-cambista,
desenvolvem reformas para modernizar o país;
138. Módulo 6, História A 138
O desenvolvimento de infraestruturas:
A Regeneração desenvolveu os transportes e os meios de
comunicação (infraestruturas essenciais);
O seu principal dinamizador foi o ministro das Obras Públicas,
Comércio e Indústria (1852-1856), António Fontes Pereira de Melo
(1819-1887),
A esta política de desenvolvimento das atividades económicas
chama-se fontismo;
139. Módulo 6, História A 139
Revolução dos transportes:
Construção de estradas (macadamizadas);
Desenvolvimento dos transportes ferroviários;
Construção de pontes;
Construção e remodelação de portos;
Instalação do telégrafo (1857);
Estabelecimento do telefone (1882) em Lisboa e Porto;
Reforma dos correios (1853, primeiros selos adesivos);
140. Módulo 6, História A 140
Vantagens do desenvolvimentos dessas políticas económicas:
Criação de um mercado nacional, os produtos chegam a áreas até
então isoladas;
Incremento da produção agrícola e industrial;
Desenvolvimento das relações internacionais, sobretudo com a
Europa mais evoluída;
141. Módulo 6, História A 141
No entanto estes melhoramentos exigiram um grande esforço
financeiro;
Os governos regeneradores recorreram a empréstimos obtidos na
banca internacional, muitas vezes a juros elevados;
Uma consequência foi o endividamento do estado;
Para resolver esta situação os governos socorreram-se de sucessivos
aumentos de impostos, o que piorou a situação económica do país;
142. Módulo 6, História A 142
Por outro lado o desenvolvimento das comunicações criou condições
de concorrência económica para a qual, a maior parte dos
portugueses não estava preparado;
Portugal vai caindo nas mãos dos credores estrangeiros;
Apesar dos problemas a economia portuguesa entre 1850-1875 vive
um período de expansão.
143. Módulo 6, História A 143
A dinamização da atividade produtiva
A Regeneração procurou aumentar e diversificar as atividades
produtivas no país;
Defendeu políticas de liberalização do comércio, contrárias ao
protecionismo;
O livre-cambismo está expresso na pauta alfandegária (impostos
que os produtos pagam na alfandega) de 1852, publicada por
Fontes Pereira de Melo;
144. Módulo 6, História A 144
As taxas alfandegárias foram reduzidas com a argumentação:
A diminuição das taxas contribuía para a redução do contrabando;
A redução de preços das matérias-primas ajudava a indústria
nacional;
Permitia a baixa de preço dos produtos importados, beneficiando o
consumidor;
Até 1880, Portugal, vai adotar uma política livre-cambista, embora
por vezes se tenham tomado medidas protecionistas;
145. Módulo 6, História A 145
Nesta fase da vida económica, Portugal participou e até
promoveu exposições internacionais;
Estas exposições são o símbolo do progresso e desenvolvimento
industrial;
146. Módulo 6, História A 146
A exploração capitalista dos campos
Em 1863, foi decretada a abolição definitiva dos morgadios e foram
promulgadas leis no sentido de terminar com todas as obrigações de
carácter feudal;
São abolidos os baldios e pastos comuns o que vai contribuir para o
aumento das terras cultivadas;
Arroteadas terras;
147. Módulo 6, História A 147
Introduzidas novas máquinas agrícolas;
Aplicadas técnicas de cultivo que permitem uma agricultura mais
intensiva com a diminuição do pousio;
Divulgação da utilização dos adubos químicos;
148. Módulo 6, História A 148
Apesar de todos esses progressos, a inovação tecnológico foi
travada pela falta de dinheiro para investir e propriedades
agrícolas reduzidas, em especial no Norte e Centro do país;
As inovações foram sobretudo realizadas no Sul (Alentejo (trigo) e
Ribatejo (arroz));
A produção portuguesa foi orientada para a exportação:
Vinhos (Dão, Bairrada, Douro, Estremadura, Ribatejo);
Laranjas e frutos secos;
Cortiça, casulos de seda, gado vivo;
Esta especialização na exportação da agricultura portuguesa criou
graves problemas na nossa economia;
149. Módulo 6, História A 149
A industrialização: o difícil crescimento
O arranque industrial português começou com muito atraso em
relação aos países mais desenvolvidos;
Inicia-se a partir de 1870:
Difusão da energia do vapor;
Diversificação das atividades (têxtil, vidro, tabaco, cortiça, conservas
de peixe, metalurgia, cerâmica, etc.;
Aperfeiçoamento tecnológico;
150. Módulo 6, História A 150
Aumento do número de sociedades anónimas (lei de 22 de junho
de 1867);
Aumento da população operária;
Maiores investimentos na indústria;
Introdução da energia elétrica na indústria no século XX;
Sociedade anónima (S.A.) é uma forma jurídica de constituição
de empresas na qual o capital social não se encontra atribuído a um
nome específico, mas está dividido em ações que podem ser
transacionadas livremente.
151. Módulo 6, História A 151
Apesar de todos estes investimentos a indústria portuguesa tem
muitas dificuldades em competir internacionalmente, e demonstra
muitas dificuldades de crescimento, demonstrado pelo lento
aumento da população ativa no setor secundários:
1890= 18,4%
1900=19,4%
1911=21,1%
152. Módulo 6, História A 152
A Portugal faltam matérias-primas no território nacional (carvão,
algodão);
O arranque industrial português começou com cerca de 100 anos
de atraso em relação à Inglaterra;
Falta de operários especializados;
153. Módulo 6, História A 153
Orientação dos investimentos para a especulação e para as
atividades imobiliárias em detrimento das atividades industriais;
Dependência do capital estrangeiro;
Mercado interno muito pequeno;
Sistema económico baseado nas atividades comerciais e agrícolas;
O nosso mercado era abastecido por produtos estrangeiros , cujos
preços eram muito competitivos;
154. Módulo 6, História A 154
A necessidade de capitais e os mecanismos de dependência
A política dos sucessivos governos da Regeneração levaram à
abertura da economia portuguesa ao capital estrangeiro;
As obras públicas (estradas, comboio) foram realizadas com
recurso a capitais estrangeiros (Inglaterra, França, Brasil, Espanha);
Os investimentos estrangeiros tornaram possível o desenvolvimento
das companhias de telégrafos, telefones, águas, gás, transportes
urbanos, seguros, atividades bancárias e comerciais;
A própria indústria foi, em muitos casos, desenvolvida com recurso
a capitais estrangeiros;
155. Módulo 6, História A 155
Os governos da Regeneração caíram na dependência dos capitais
estrangeiros;
O défice das finanças públicas não parou de crescer ( o estado
tinha mais despesas do que receitas);
Os sucessivos aumentos de impostos não conseguiram criar uma
situação de equilíbrio;
A solução foi recorrer a mais empréstimos estrangeiros;
Entrou-se num círculo vicioso: as despesas e os juros da dívida
pública eram pagos com recurso a empréstimos estrangeiros, isto
leva a que o défice vá ficando progressivamente fora de controlo;
156. Módulo 6, História A 156
Entre a depressão e a expansão (1880-1914)
A crise financeira de 1880-1890
A política dos governos da Regeneração de livre-cambismo
favoreceu as exportações agrícolas, a partir da década de 70 os
nossos produtos vítimas de doenças e da concorrência perderam
mercados;
As importações de produtos industrias aumentaram;
Em consequência a balança comercial é negativa, em 1889-90, o
valor das importações é quase o dobro das exportações;
157. Módulo 6, História A 157
Os juros e a dívida pública continuam a aumentar, fruto dos
sucessivos empréstimos contraídos;
Entre 1851-1890, a dívida pública aumentou quase 8 vezes;
Grande parte do desenvolvimento português foi realizado com
investimentos estrangeiros, logo uma parte substancial dos lucros
revertia para fora do país;
Um dos grandes credores de Portugal, o banco inglês, Baring &
Brothers, abriu falência, depois de terem acordado um grande
empréstimo ao governo português;
As remessas de emigrantes no Brasil diminuíram;
158. Módulo 6, História A 158
Não havia dinheiro para pagar as dívidas;
Entre 1890 e 1892, Portugal viveu uma situação financeira muito
grave;
Em janeiro de 1892, o governo português declarou a bancarrota;
A crise levou ao repensar do modelo económico da Regeneração;
159. Módulo 6, História A 159
O surto industrial de final do século
Devido ao fracasso do livre-cambismo o governo publicou uma
nova pauta aduaneira em 1892, era o retorno do protecionismo;
Garantiam-se à agricultura e indústria condições vantajosas para
colocar os seus produtos nos mercados nacional e colonial;
Entre 1892 e 1914, o comércio colonial foi um fator importante
para o desenvolvimento económico português;
160. Módulo 6, História A 160
Dá-se a concentração empresarial e surgem grandes empresas que
estão mais bem preparadas para suportar as crises económicas:
CUF (produção de adubos);
Companhia Aliança (têxteis)
Companhia dos Tabacos, Companhia dos Fósforos, Companhia de
Cimentos Tejo, etc.;
Surgem também grandes companhias nos transportes Caminhos de
Ferro e Carris), serviços públicos (água, eletricidade, gás, telefones),
Seguros (Fidelidade, Bonança), na exploração colonial, etc.;
Também surgem novos bancos;
161. Módulo 6, História A 161
Desenvolvimento tecnológico com a difusão da eletricidade,
indústria química, metalurgia, etc.;
Surgem polos urbanos e de industrialização em Lisboa, Porto, Braga,
Setúbal, Barreiro, Guimarães;
No entanto apesar deste crescimento a população urbana em
Portugal era reduzida se comparada com países europeus
desenvolvidos;
162. Módulo 6, História A 162
As transformações do regime político na viragem do século
Os problemas da sociedade portuguesa e a contestação da
monarquia
Apesar de Portugal continuar um país essencialmente rural, as
cidades cresceram e nelas desenvolveram-se a classe média e o
proletariado;
Os progresso ocorridos no ensino permitiram o desenvolvimento da
imprensa;
Estes fatores contribuíram para que nas últimas décadas da
monarquia se tivesse criado a opinião pública, fator que os
governos tiveram de passar a considerar;
163. Módulo 6, História A 163
Nas últimas décadas do século XIX, o país tomava consciência
dos seus problemas agravados com a crise económica;
O descontentamento com a monarquia cresce:
O rotativismo partidário entre o Partido Progressista e o Partido
Regenerador provocava desânimo pois não conseguiam resolver a
crise económica. O rei era culpado pela opinião pública por não
conseguir que os partidos resolvessem a situação;
164. Módulo 6, História A 164
A crise económica de 1880-1890 e a bancarrota de 1892 deixaram
marcas na sociedade portuguesa apesar das políticas protecionistas
e de desenvolvimento industrial;
Os problemas estruturais não foram resolvidos (falta de
investimento em atividades produtivas, atraso da agricultura,
emigração);
Sucedem-se vários escândalos financeiros;
165. Módulo 6, História A 165
O Ultimato inglês opondo-se ao mapa cor de rosa, ameaçando
recorrer à força contra Portugal foi aceite pelo governo português, o
que gerou muita contestação entre a população. A monarquia foi
acusada de não defender os interesses nacionais;
Curiosidade – Nesta altura foi composto “A Portuguesa”, o atual
Hino Nacional. O atual verso “Contra os canhões marchar” na
versão inicial era “Contra os Bretões marchar”;
166. Módulo 6, História A 166
O Partido Republicano, fundado em 1876, conquistou grande parte
deste descontentamento, sobretudo no seio da classe média;
As suas críticas ao sistema iam granjeando apoios;
Obteve 6% dos votos nas eleições de 1879 e 33% em 1884;
167. Módulo 6, História A 167
Em 31 de janeiro de 1891, dá-se no Porto uma tentativa de
derrube da monarquia e implantação da República realizada por
militares;
A tentativa gorou-se mas era um sinal do descontentamento
popular que grassava entre a população;
A agitação social, greves, protestos estudantis e contestação
generalizada aos governos monárquicos vai aumentando;
Criaram-se associações secretas com o intuito de derrubar a
monarquia. A mais importante foi a Carbonária;
168. Módulo 6, História A 168
Em 1907, o rei D. Carlos dissolveu o parlamento e o primeiro-
ministro, João Franco governa com plenos poderes, este período
foi denominado a ditadura de João Franco, esta situação
contribuiu para o reforço do descontentamento;
O rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe foram
assassinados (Regicídio) em Lisboa em 1908, por membros da
Carbonária;
169. Módulo 6, História A 169
A Primeira República
No dia 5 de Outubro é implantada a República em Portugal;
http://www.youtube.com/watch?v=3jVhrnPCV3U
170. Módulo 6, História A 170
Constitui-se um Governo Provisório presidido por Teófilo Braga;
Em 1911 são realizadas eleições para uma Assembleia Nacional
Constituinte;
Em 21 de agosto de 1911 é promulgada a Constituição da
República Portuguesa;
Em 24 de agosto, Manuel de Arriaga é eleito o primeiro Presidente
da República Portuguesa;
171. Módulo 6, História A 171
A Constituição de 1911 estabelece que:
Existe uma superioridade do poder legislativo. A Câmara dos
Deputados e o Senado controla o governo, pode destituir o
Presidente da República;
Esta característica é uma das razões da instabilidade governativa
em que viveu a Primeira República;
O Presidente da República é uma figura simbólica, é eleito pelo
parlamento e não pode vetar as leis;
Estabelece-se o sufrágio direto e universal para os maiores de 21
anos alfabetizados ou que fossem chefes de família;
172. Módulo 6, História A 172
Os governos da República tiveram como principais linhas de
atuação:
A laicização do Estado, a separação do Estado e da Igreja (Lei da
Separação do Estado e da Igreja);
As medidas anticlericais foram mal aceites pelo povo
profundamente católico e originou que a República perdesse uma
grande parte do apoio;
173. Módulo 6, História A 173
Abolição definitiva da sociedade de ordens com a aniquilação
definitiva dos privilégios do clero e da nobreza;
Lei do divórcio;
Defesa da justiça social, é promulgada a lei que reconhece o
direito à greve, é instituído o descanso obrigatório para os
trabalhadores ao domingo;
Em 1916, é criado o ministério do Trabalho e da Previdência Social;
O Registo Civil passa a obrigatório;
174. Módulo 6, História A 174
Desenvolveu-se o ensino público. A taxa de analfabetismo (76%)
era uma das maiores da Europa;
O ensino primário foi tornado obrigatório e gratuito;
Foram criadas novas escolas e programas de formação de
professores;
Foram criadas as universidades do Porto e Lisboa;
175. Módulo 6, História A 175
A Primeira República não conseguiu resolver os problemas
estruturais da sociedade portuguesa;
Foi uma época extremamente conturbada devido a fatores internos
e externos (1ª Guerra Mundial 1914-1918);
176. Módulo 6, História A 176
Os governos da República nunca conseguiram uma estabilidade
governativa, entre 1910 e 1926 existiram 45 governos e 8
Presidentes da República;
O Partido Republicano, devido a diferenças ideológicas, dividiu-se
em três partidos: Partido Democrático (Afonso Costa), Partido
Evolucionista (António José da Almeida) e União Republicana (Brito
Camacho);
Surgem outros partidos políticos: socialista, independentista,
monárquico, esquerdista, etc.;
177. Módulo 6, História A 177
A oposição ao regime vai crescendo liderada pelos setores mais
conservadores da sociedade:
Igreja, devido ao anticlericalismo do regime;
Os adeptos do retorno à monarquia;
A alta burguesia descontente com a legislação de caráter social;
Dividiram o país e, por vezes, assumiram o carácter de guerra civil;
178. Módulo 6, História A 178
Surge o Integralismo Lusitano, que agrupa os opositores
monárquicos e religiosos;
Este movimento apoiou várias tentativas de derrube da República
(Monarquia do Norte (1919), Ditadura de Sidónio Pais (1917-1918);
As lutas internas entre os partidos republicanos e a oposição
179. Módulo 6, História A 179
A situação económica e social do país era marcada por uma
industrialização atrasada e Portugal permanecia essencialmente
rural, setor que se opunha às tentativas de modernização da
República;
A produção continuava deficitária o que provocava a alta dos preços
e a balança de pagamento do estado era negativa;
180. Módulo 6, História A 180
Apesar de toda a legislação promulgada os operários e o
campesinato viam-se numa miséria extrema e sujeitos aos abusos
do patronato;
Esta situação provocou um descontentamento em muitos setores
da população;
No dia 28 de maio de 1926 dá-se um golpe militar que irá
estabelecer uma nova ditadura em Portugal.
181. Módulo 6, História A 181
Esquema in “Preparação para o
Exame Nacional, História A 11, Porto
Editora
182. Módulo 6, História A 182
Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:
FORTES, Alexandra; Freitas Gomes, Fátima e Fortes, José, Linhas da
História 11, Areal Editores, 2014
COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo
da História 11, Porto Editora, 2011
SANCHES, Mário, História A, Edições ASA, 2006
2018/2019
183. História A - Módulo 6
A civilização industrial – economia e sociedade;
nacionalismos e choques imperialistas
Unidade 5
Os caminhos da cultura
http://divulgacaohistoria.com/
184. Módulo 6, História A 184
A confiança no progresso científico
Na segunda metade do século XIX, os avanços na ciência, na
Revolução Industrial e os seus efeitos na vida quotidiana dos
cidadãos levou ao desenvolvimento da crença na ciência;
Surge o Cientismo, a crença que a ciência resolveria todos os
problemas da Humanidade;
O Universo funcionava segundo regras (leis) e aos cientistas
competia descobrir essas leis. Não havia limite para o conhecimento
humano;
Os fenómenos inexplicáveis, só o eram devido à ignorância;
185. Módulo 6, História A 185
August Comte (1798-1857) criou o Positivismo;
Segundo esta teoria o saber e a Humanidade tinham passado por
três estados:
O teológico – os fenómenos são explicados pela intervenção de
forças sobrenaturais;
O metafísico – os fenómenos são explicados pela intervenção de
entidades abstratas, não observáveis;
O positivo (ou cientifico) – o estudo da natureza, através da
observação e da experimentação, permite conhecer as leis naturais
que determinam os fenómenos;
186. Módulo 6, História A 186
Este pensamento filosófico foi conhecido através do livro “Curso
de Filosofia Positiva”;
Estas ideias influenciaram todo o pensamento do século XIX e
vão levar ao investimento do Estado na investigação científica;
Surgem universidades, institutos e laboratórios financiados por
fundos públicos,
187. Módulo 6, História A 187
O avanço das ciências exatas e a emergência das ciências sociais
No século XIX o conhecimento da natureza foi alargado em todas
as áreas das ciências:
Na Biologia, Charles Darwin (1809-1882), publicou a “Origem das
Espécies” que defendia a tese da evolução das espécies;
Johan Mendel (1822-1884) realizou estudos sobre a
hereditariedade;
Na Medicina, Louis Pasteur (1822-1895) e Robert Koch (1843-
1910) fizeram importantes descobertas;
188. Módulo 6, História A 188
Na Química, Dimitri Mendeleïev (1834-1907) elaborou a tabela
periódica dos elementos;
No campo da Física, o casal Pierre (1859-1906) e Marie Curie
(1867-1934) realizaram estudos sobre a radioatividade;
James Joule (1818-1889) e James Clarck Maxwell (1831-1879)
realizaram descobertas fundamentais na teoria do
eletromagnetismo;
189. Módulo 6, História A 189
Este desenvolvimento científico e tecnológico levou a uma reflexão
mais profunda sobre o funcionamento das sociedades , o que levou
as ciências sociais, procurassem imitar as ciências exatas, e
tentassem encontrar leis que explicassem o funcionamento do
Homem em sociedade;
Em 1838, Comte, criou o termo Sociologia que parte da verificação
que os indivíduos isolados comportam-se de modo diferente dos
grupos;
Comte chamou a esta nova disciplina a “física social”;
Émile Durkheim (1858-1917) sistematizou as leis desta nova
disciplina;
190. Módulo 6, História A 190
O espírito positivista estendeu-se a todas as áreas do conhecimento:
Karl Marx desenvolveu e teoria do socialismo científico;
A História criou regras para selecionar as fontes e assim
“reconstruir” o passado de forma científica (exata), destacou-se o
trabalho de Fustel de Coulanges (1830-1889);
Desenvolveram-se os estudos sobre Economia;
Sigmund Freud (1856-1939) desenvolveu a Psicologia;
191. Módulo 6, História A 191
A progressiva generalização do ensino público
Este clima de favorável ao desenvolvimento científico contribuiu
para o reforço da importância dada ao ensino, como, já os
iluministas no século XVIII, tinham defendido;
A educação é vista como um instrumento fundamental para o
progresso e a felicidade;
O desenvolvimento do setor terciários (serviços) e os progressos da
democracia liberal exigem a propagação do ensino e da cultura;
192. Módulo 6, História A 192
Fatores que contribuíram para o desenvolvimento do ensino:
A progressiva extensão do voto a todos os cidadãos exigia que a
população fosse informada e instruída;
O positivismo, ao valorizar o conhecimento científico;
A laicização do Estado que torna necessária a existência de um
grupo numeroso de funcionários instruídos;
As classes médias que veem no ensino uma forma de promoção
social;
193. Módulo 6, História A 193
No século XIX iniciaram-se campanhas de alfabetização e o ensino
público é progressivamente alargado a todas as classes sociais;
O ensino primário torna-se progressivamente gratuito e sustentado
pelo estado;
Surge a escola pública, obrigatória e laica;
O ensino secundário e superior também se desenvolvem devido à
necessidade, cada vez maior, de quadros instruídos;
Modificam-se os currículos e as pedagogias , organiza-se um ensino
com base científica que se contrapõe ao ensino de base humanista
herdado do Renascimento;
194. Módulo 6, História A 194
Os países que estão na vanguarda da modernização do ensino,
sobretudo do superior, são os Estados Unidos e a Alemanha;
Desenvolve-se o conceito de que o professor universitário é um
orientador do trabalho dos alunos e juntos formam uma equipa de
investigação;
Surge o MIT (Massachusetts Institute of Techonology);
O investimento no ensino vai levar à liderança destes dois países no
capítulo da investigação científica;
195. Módulo 6, História A 195
O interesse pela realidade social na literatura e nas artes – as
novas correntes estéticas na viragem do século
196. Módulo 6, História A 196
A fuga para o passado, nomeadamente para a Idade Média, parecia,
agora desadequada ao espírito positivista;
Surge uma corrente que pretende mostrar o Mundo com Realismo;
197. Módulo 6, História A 197
O Realismo começou por ser, na pintura, a representação de
paisagens de forma desapaixonada e neutra;
Depois evoluiu no sentido de representar temas do quotidiano de
forma simples e realista;
198. Módulo 6, História A 198
Gustave Courbet afirmou: “Eu não posso pintar um anjo porque
nunca vi nenhum. Mostrem-me um anjo e eu pintá-lo-ei”;
O Realismo abandona as temáticas religiosas, fantasistas de
inspiração histórica, mitológica ou literária;
Procuram libertar a arte do subjetivismo e sentimentalismo;
199. Módulo 6, História A 199
Triunfa o desejo de
representar com objetividade;
As personagens já não são
heróis mas pessoas banais;
200. Módulo 6, História A 200
Alguns artistas usam a arte como
instrumento de denúncia política e
social;
A Arte tem uma utilidade;
Daumier, A lavadeira, 1863
201. Módulo 6, História A 201
Alguns destas pinturas escandalizaram a sociedade pelos temas
tratados (banais), pelo tratamento menos cuidado da composição;
203. Módulo 6, História A 203
Principais artistas ligados ao Realismo:
James Whistler (1834-1903);
Gustave Courbet (1819-1877);
Honoré Daumier (1808-1879);
Jean François Millet (1814-1875);
Camile Corot (1796-1875);
Édouard Manet (1832 -1883).
204. Módulo 6, História A 204
Na literatura centram-se na crítica da sociedade e na denúncia das
injustiças sociais;
Destacam-se Émile Zola (1840-1902) e Gustave Flaubert (1821-
1880);
205. Módulo 6, História A 205
Claude Monet, Impressão, Sol Nascente,
1872, óleo sobre tela, 47x64 cm
Impressionismo
206. Módulo 6, História A 206
Um novo olhar sobre a realidade: Claude Monet, A catedral de
Ruão, 1894
207. Módulo 6, História A 207
Um novo olhar sobre a realidade: Claude Monet, A catedral de
Ruão, 1894
Na Aurora;
Sol Matinal, Harmonia Azul;
De Manhã, Harmonia Branca;
Em pleno Sol, Harmonia Azul;
Tempo Cinzento, Harmonia Cinzenta;
A fachada vista de frente, Harmonia Castanha;
208. Módulo 6, História A 208
O real em mudança;
A realidade estava em constante mutação;
A pintura devia ser capaz de traduzir esta ideia de mudança;
É um método científico de análise da realidade através da
observação e da utilização das técnicas adequadas para a
reproduzir;
209. Módulo 6, História A 209
Os impressionistas pretendiam uma pintura espontânea e
realizada perante o motivo (no local, fora do atelier);
Pretendiam captar uma realidade em mutação ou seja os efeitos
da luz sobre os objetos, a natureza e as pessoas;
O tema não era importante;
Pintaram a vida quotidiana e alegre de Paris;
210. Tecnicamente caracteriza-se
por:
Executar-se no momento,
perante o motivo, não há
estudos nem esboços;
Feita exclusivamente com a
cor pura, aplicada
diretamente dos tubos de
tinta;
210Módulo 6, História A
211. Módulo 6, História A 211
A tinta é aplicada em pinceladas curtas, rápidas, fragmentadas;
Muitas vezes em forma de vírgula;
Justapostas de acordo com a lei das complementares, de modo
A obter a fusão dos tons nos olhos do observador, em vez de se
misturarem na paleta;
213. Esta técnica produziu quadros com um aspeto de inacabados e
rugosos (tinta não alisada);
As cores eram aplicadas com base nos estudos científicos da cor;
Tentavam reproduzir o carácter prismático da luz natural servindo-se
das cores do arco-íris;
213Módulo 6, História A
214. Módulo 6, História A 214
Esta técnica veio permitir a captação dos efeitos coloridos da luz do
Sol e da sua atmosfera e teve como resultado a dissolução da forma,
da superfície e dos volumes, os seus quadros tem um aspeto fluído,
dinâmico e libertando-se das velhas noções de claro-escuro;
215. A pintura desmaterializava-se e tornava-se cada vez mais uma
atmosfera de transparências;
As imagens deixam de ser delimitadas pela linha de contorno;
215Módulo 6, História A
216. Módulo 6, História A 216
O impressionismo foi constituído por um grupo de jovens
pintores:
Claude Monet,
Camille Pissarro,
Edgar Degas;
Paul Cézanne,
August Renoir,
Frédéric Basile,
Alfred Sisley,
Berthe Morisot,
Mary Cassat, etc.;
217. Módulo 6, História A 217
Arte Nova – movimento cultural e artístico
que atingiu todas as artes (pintura, escultura,
arquitetura e design);
Procurou a rutura com a tradição (formal,
estética e técnica);
Procurou adaptar-se aos novos gostos que as
sociedades ocidentais haviam desenvolvido;
Privilegiavam a sensibilidade, a fantasia, a
imaginação, o refinamento estético, o gosto
pelo decorativo, pelo pitoresco;
J. Rippi-Ronai, Vaso
cerâmico, Hungria
218. Módulo 6, História A 218
A Arte nova foi uma reação ao facto da industrialização ter inundado
a sociedade com objetos de mau gosto estético;
Foi um movimento complexo e com muitas variações regionais;
Modernismo Catalão (Catalunha, Espanha);
Jugendstile (Alemanha);
Art Noveau (França e Bélgica);
Sezession (Secessão Vienense) (Áustria);
Liberty e Floreale (Itália);
Modern Style (Inglaterra);
Escola de Chicago (Estados Unidos);
Escola de Glasgow (Escócia);
219. Módulo 6, História A 219
Estes movimentos apresentam alguns princípios unificadores:
Inovação formal, procura de originalidade e criatividade;
Rejeição dos princípios académicos, históricos e revivalistas da
época;
Formas inspiradas na natureza (fauna e flora) e no Homem;
Movimentos sinuosos, formas estilizadas, sintetizadas ou
geometrizadas;
220. Módulo 6, História A 220
Adesão ao progresso, recursos aos novos materiais e técnicas;
Adoção de uma nova estética expressa através da linha sinuosa,
elástica, flexível, estilizada ou geometrizada;
Procura do movimento, do ritmo, da expressão;
Apelo à sensibilidade estética e à fantasia do observador;
221. Módulo 6, História A 221
Desenvolveram o conceito de unidade das artes – Conceito que
tende a apagar todas as diferenças tradicionais entre as várias
modalidades artísticas (artes maiores, artes menores) considerando
que todas elas são merecedoras de igual qualidade plástica e devem,
por isso, nortear-se pelos mesmos princípios formais e estéticos;
222. Módulo 6, História A 222
Hoffmann, serviço de café
Palácio Stoclet
A sua popularidade transformou-a numa moda que se aplicou a
todas as modalidades artísticas (arquitetura, pintura, escultura,
artes aplicadas, artes gráficas, dança, etc.);
223. Módulo 6, História A 223
António Gaudí (1852-1926)
destacou-se na arquitetura;
224. Módulo 6, História A 224
A Arte Nova foi aplicada ao design e surgem peças de superfícies
ondulantes;
Procuram a graciosidade e elegância;
As formas são inspiradas no corpo feminino e na Natureza;
Majorelle, candeeiro
Lalique, pregador
226. Módulo 6, História A 226
O enorme sucesso artístico e comercial identificam a época e a sua
excessiva divulgação trouxe o rápido declínio;
Os objetos foram copiados cada vez em maior número e vão
perdendo qualidade estética;
A Arte Nova desaparece com a I Guerra Mundial;
Marcou a época história (final do século XIX e início do século XX)
conhecida como Belle Époque;
227. Surgem críticas de o Impressionismo não concretizar com rigor a
teoria da cor;
O imediatismo da execução tornava os pintores negligentes e
intuitivos na aplicação da cor, sobrepondo pinceladas misturando
a cor;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 227
Neoimpressionismo
228. Surge um grupo de pintores que pretende fazer evoluir o
Impressionismo no sentido de uma aplicação rigorosa e científica
da cor, surge o Neoimpressionismo;
O principal teórico desta corrente foi Georges Seurat (1859-1891);
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 228
233. As pinceladas eram reduzidas a pequenas manchas arredondadas,
que evoluíram para pequenos pontos (pontilhismo), de cor pura
não misturada (divisionismo), cientificamente colocadas umas ao
lado das outras, segundo a lei das complementares;
Estas manchas cromáticas, a certa distância, misturam-se nos
olhos do espectador;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 233
234. Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 234
A representação do instante luminoso passou a ser secundária;
O elemento central é a harmonia de cores;
A pintura deixou de ser uma impressão fugaz e passou a ser uma
construção rigorosa, científica;
235. Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 235
Temática principal: vida urbana, paisagens marítimas e as diversões;
Representadas em telas de grandes dimensões;
Executadas no atelier a partir de estudos ao ar livre;
Para além de Seurat, distinguem-se, Paul Signac (1863-1935) e
Pissaro;
237. O Pós-Impressionismo designa um período artístico que se
estende, mais ou menos, entre 1880 e 1890;
Surgem novas tendências e novas buscas em arte;
Derivam do Impressionismo, na medida em que se afastam da
representação mimética da Natureza;
Assumem os valores específicos da pintura: bidimensionalidade
e cor;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 237
239. Van Gogh, Noite estrelada, 1889
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 239
240. “Não conheço ainda melhor definição de arte que esta: A arte é
o Homem adicionado à Natureza que ele traz à luz; é a realidade,
a verdade, mas com um significado a que o artista dá expressão;
mesmo quando desenha tijolos, granito, vias férreas ou arcos de
uma ponte... é a pérola preciosa trazida à luz, a alma humana. Eu
vejo, expressão e até alma em toda a Natureza, como por
exemplo umas árvores…
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241. Não se conserva a beleza das cores da Natureza por meio de
imitações servis, mas sim pela sua recriação numa escala de
cores com o mesmo valor, que não devem ser de maneira alguma
as já existentes”;
Vincent van Gogh
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 241
242. Nascido na Holanda, veio
para Paris em 1886;
Personalidade atribulada;
Realiza uma pintura de um
realismo expressionista;
Teve um percurso
individual, mas a sua obra
irá influenciar os
expressionistas;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 242
243. A arte já não servia para materializar impressões, mas era antes
a expressão de sentimentos, energias e tensões;
A pintura devia recorrer à acentuação da forma e à vibração
intensa e dramática da cor, de modo a traduzir as tensões e os
sentimentos que são inerentes à própria vida e à aventura da
existência;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 243
244. A sua pintura é caracterizada por:
Desenho anguloso e violento;
Cores contrastantes e arbitrárias;
Formas sinuosas e flamejantes;
Pincelada larga;
É uma pintura intencionalmente expressiva;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 244
245. Van Gogh, Quarto em Arles, 1888
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 245
246. Van Gogh, Campo de trigo com corvos, 1890
Van Gogh foi o pintor da angústia da vida, da genialidade, da
loucura;
Personificou a Natureza, atribui-lhe estados de alma;
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248. Paul Cézanne, A montanha de Sainte-Victoire, 1900-1905
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 248
249. Aprendeu com Pissaro a técnica impressionista, mas abandonou-a
preferindo uma pintura mais reflexiva;
Passava por uma análise detalhada, lenta da luz e da forma;
Afirma: “pretendo fazer do Impressionismo algo de sólido e
duradouro, como a arte dos museus”;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 249
250. Cézanne defendia a importância da estrutura;
A organização das linhas e das cores era muito importante para a
estabilidade e clareza da pintura;
Necessitava de construir formas e não de dissolvê-las, como os
impressionistas;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 250
251. Apercebeu-se que por debaixo da superfície das coisas existia
um esqueleto sólido, que não muda com as mudanças de luz e
da atmosfera;
Tudo era geometria, afirma: “Tudo na Natureza se modela
como esferas, cones e cilindros”;
Tudo na Natureza se modela como esferas, cones e cilindros;
Devemos aprender a pintar baseados nestas formas simples e só
depois seremos capazes de fazer tudo o que quisermos;
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252. As soluções encontradas por Cézanne são muito estruturais e
geométricas, constituindo uma oposição aos princípios
impressionistas;
Cézanne procurava a materialidade da pintura, a solidez e os
volumes através de uma construção organizada do quadro;
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253. O artista não devia ser passivo diante da realidade, era necessário
observar arduamente para construir o quadro;
Pintar significa registar e organizar sensações de cor. É preciso que
os olhos e o cérebro se auxiliem mutuamente;
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254. Paul Cézanne, A montanha de Sainte-Victoire, 1900-1905
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 254
255. Paul Cézanne, A montanha de Sainte-Victoire, 1900-1905
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 255
256. Cézanne criou uma pintura autónoma em relação ao motivo;
Cézanne morreu em 1906, admirado pelos jovens pintores Braque e
Picasso, que se lançariam na aventura do Cubismo;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 256
258. Gauguin, Autorretrato com auréola, 1889
Iniciou-se tarde na pintura,
conviveu com os
Impressionistas;
Esteve ligado a Cézanne e a Van
Gogh;
Construiu uma arte pessoal
influências da estampa
japonesa nas formas planas e
simplificadas e no modo como
as fecha com uma linha a negro
- cloisonnisme - que provém,
igualmente, da arte do vitral.
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259. Influências:
Estampa japonesa nas formas planas e simplificadas ;
arte medieval do vitral no modo como as fecha com uma linha a
negro – cloisonnisme;
E preenchia-as com cores planas, sem modelado;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 259
260. Gauguin, O que somos? De onde vimos? Para onde vamos?, 1897
Admira as artes e as civilizações primitivas, em oposição à
industrialização europeia;
Procura a pureza original na vida e na arte;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 260
261. Foi o pintor da evasão, da recusa da vida moderna, do exotismo;
Vai viver para uma aldeia na Bretanha, Pont-Aven;
Mais tarde para as ilhas da Polinésia Francesa (Tahiti), onde viveu
a fase final da sua vida;
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262. Gauguin, O Cristo
Amarelo, 1889
Principais características da
pintura de Gauguin:
Temas retirados da natureza, mas
uma natureza imaginada pelo
pintor, procura o lado místico,
simbólico, sugestivo;
Formas bidimensionais,
estilizadas, sintéticas, estáticas,
circundadas pela linha a negro
(cloisonnisme);
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263. Cores anti naturalistas, simbólicas exóticas;
A sua pintura não é cópia da realidade mas a sua transposição
mágica, imaginativa, alegórica;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 263
264. Afirma: “Porque não exagerar na pintura, do mesmo modo que os
poetas empregam metáforas? Curve mais um ombro se isso torna o
corpo mais bonito. Faça-os mais brancos se assim fica melhor. Mova
os galhos das árvores ainda que não sopre vento”;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 264
265. É um pintor simbolista, a sua arte procura refletir o mundo
espírito, da magia e dos mitos, e não a realidade exterior, visível;
A cor, a linha e a forma deviam exercer funções mais expressivas
do que descritivas;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 265
266. Gauguin e o grupo de Pont-Aven, representam a pintura “sintética”
ou “sintetista”;
Outro importante pintor do grupo de Pont-Aven foi Émile Bernard
(1868-1941);
Uma das correntes da tendência simbolista, que se desenvolve após
1886;
O poeta Jean Moréas publica o seu manifesto da literatura
simbolista;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 266
267. O Simbolismo opõe-se à arte representativa e objetiva –
Naturalismo, Realismo e Impressionismo;
Valoriza o mundo subjetivo e a interioridade;
Baseiam-se em estados emocionais (angústias, sonhos,
fantasias), separam a arte da representação fiel da Natureza;
As formas cores e linhas possuem significados próprios;
Não reproduzem a realidade natural mas a realidade espiritual;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 267
268. Os temas (históricos, literários, mitológicos, quotidiano) eram
usados como símbolos;
O simbolismo não possuiu unidade estilística;
Para além da Gauguin e a escola de Pont-Aven, existem outros
pintores com percursos independentes e o grupo dos Nabis;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 268
269. Pintores simbolistas com percursos independentes:
Puvis de Chavannes (1824-1898);
Gustave Moreau (1826-1898);
Odilon Redon (1840-1916);
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270. Puvis de Chavannes, O
sonho;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 270
Puvis de Chavannes usou temáticas fantasistas, o sonho;
Formas simplificadas e grandes massas de cor, obras anti
naturalistas;