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Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 1
RIOS, Teresinha Azerêdo. Ética e competência. 20 ed. São Paulo: Cortez, 2011, v.7.
Organização do livro:
 Prefácio à 20ª ed.;
 Introdução
 Cap.1: A filosofia e a compreensão da realidade: ética – política- filosofia no contexto profissional
 Cap. 2: Educação e sociedade: perspectiva política e prática educativa
 Cap. 3: As dimensões da competência do educador
 Cap. 4: Ética e competência no contexto das organizações
 Cap. 5: Competência e utopia: prática profissional e projeto
 Trata-se da dissertação de mestrado da autora defendida em 1988 na PUC-SP.
Prefácio:
- Em 2011 havia passado 18 anos da 1ªed.;
- Na forma original procurou desenvolver uma reflexão sobre os desafios do cotidiano docente – filosofia
da prática profissional;
- A dimensão ética da competência não está presente apenas na competência do educador;
- a reflexão crítica contribui para novas maneiras de olhar sua realidade de trabalho e para mudanças nas
práticas cotidianas;
- Como se organiza a obra.
Introdução
Formação do educador: dimensão técnica (ideia de neutralidade na educação) e dimensão política (ideia
de militância como indispensável para a educação).
Não se trata de elementos contraditórios, mas que se interpenetram e completam o sentido de
competência.
A dimensão da competência media (conexão dialética de tudo) a dimensão técnica e a dimensão política.
“Penso que uma visão clara, abrangente e profunda do papel que desempenha e deve desempenhar na
sociedade permite ao educador uma atuação mais competente. Não quero dizer que basta ver claro para
agir bem, uma vez que consciência e vontade não são sinônimos, mas que a atitude crítica – filosófica –
do educador sobre os meios e os fins de sua atuação o ajudará a caminhar mais seguramente na direção
de seus objetivos”. (p.20)
Cap. 1 - Cap.1: A filosofia e a compreensão da realidade: ética – política- filosofia no contexto profissional
Aponta as características da reflexão filosófica que usa como instrumento de trabalho relevando a
dimensão ética e a filosofia política.
Filosofia: procura amorosa da sabedoria/ busca do saber inteiro/ver claro, fundo e largo o seu objeto.
Todo homem torna-se filósofo quando interroga o mundo, busca compreendê-lo a fim de transformá-lo.
Moralidade: qualificar em bom ou mau/verdade e erro – são conceitos construídos socialmente.
Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 2
Segundo Rios (2011) o papel ou papéis, tem fundamento no conjunto de hábitos, crenças, ou seja,
no ethos de uma sociedade, o que “conferem um caráter àquela organização social”.
O conteúdo dos papéis não tem sido o mesmo em toda as sociedades, indistintamente. Em cada
sociedade, em função da organização específica da vida de seus membros, do trabalho, da produção da
vida material, organiza-se também o comportamento “desejável” para cada um daqueles membros (grifo
da autora, p.31).
O comportamento é o arranjo dos diversos papéis que desempenhamos em sociedade. Há, sabemos, em
cada sociedade, “modelos”, “scripts” prontos para esses papéis, entendendo-se “pronto” como “preparado”
pelos homens que compõem essa sociedade. Se me refiro, por exemplo, a “uma jovem educadora”, já
indico três papéis que ela desempenha: uma me remete ao papel que lhe cabe enquanto mulher, jovem
acena para os qualitativos próprios de uma faixa de idade, educadora traz os indicativos de uma
determinada profissão (grifos da autora, p.30).
O domínio do ethos é o da moralidade – moral (VÀZQUEZ) conjunto de normas e regras destinadas a
regular as relações dos indivíduos em uma comunidade social dada. É no espaço da moralidade que
aprovamos ou reprovamos comportamentos.
Poder político: poder do homem sobre outro homem.
Ética: reflexão crítica sobre a moralidade.
A filosofia da educação será sempre uma reflexão que se fará não apenas numa perspectiva
gnosiológica (também chamada teoria do conhecimento, é o ramo da filosofia que se ocupa do estudo do
conhecimento; reflexão em torno da origem, natureza e limites do ato cognitivo) ou ontológica (parte da
metafísica que trata da natureza, realidade e existência dos entes; trata do ser enquanto ser, isto é, do ser
concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres objeto de seu
estudo), mas ética e política.
Cap. 2: Educação e sociedade: perspectiva política e prática educativa
Explora as relações entre educação, cultura e sociedade.
- É necessário contextualizar a realidade de estudo: procurar estabelecer relações entre educação –
cultura – sociedade (ex: capitalista) centrando a atenção na perspectiva política da prática educativa.
 Cultura, sociedade e trabalho.
- Cultura: mundo transformado pelos homens/ surge da necessidade/ “[...] o mundo existe para o homem
na medida do conhecimento que o homem tem dele e da ação que exerce sobre ele”(p.41).
- A educação é transmissão da cultura.
“[...] cultura é, na verdade, tudo o que resulta da interferência dos homens no mundo que os cerca e do
qual fazem parte. Ela é a resposta humana à provocação da natureza e é ditada não por esta, mas pelo
próprio homem. [...] Por isso não se fala em cultura sem se falar em trabalho, intervenção intencional e
consciente dos homens na realidade, elemento distintivo do homem dos outros animais” (p.43).
“É o trabalho, é o labor que faz os homens saberem. É o trabalho que faz os homens serem. O trabalho é,
na verdade, a essência do homem. E a ideia de trabalho não se separa da ideia de sociedade, na medida
em que é com os outros que o homem trabalha e cria a cultura” (grifos da autora, p.44)
 Sociedade, educação e escola
Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 3
Para Rios, a função específica da escola é a transmissão da cultura; espaço de transmissão sistemática
do saber historicamente acumulado pela sociedade.
A ideologia caracteriza-se por dissimular a realidade, apresentando como “naturais” elementos que na
verdade são determinados pelas reações econômicas de produção, por interesses da classe
economicamente dominante (p.46).
Concepções do papel da escola:
a) Alavanca de mudança social;
b) Reprodutora indiscutível;
c) Relação dialética da escola: função contraditória- mantém e transforma ao mesmo tempo –
intervém nos rumos da sociedade, mas é influenciada pelo o que ocorre na sociedade global. A
contradição está na prática docente ao transmitir os conhecimentos.
 Educação e política
A partir da perspectiva política é que podemos pensar na autonomia relativa da escola;
Ser político: tomar partido; não ser indiferente. No livro o interesse é na dimensão política da educação
enquanto constituinte da prática dos professores na escola.
A função da escola possui duas dimensões: a técnica e a política.
* Dimensão técnica: está inserida a “criação de conteúdos e técnicas que possam garantir a apreensão do
saber pelos seus sujeitos e a atuação no sentido da descoberta e da invenção”.
* Dimensão política da função da escola ocorre na seleção dos conteúdos e técnicas a serem “[...]
transmitidos e transformados em função de determinados interesses existentes na sociedade” (p.54).
Enfatiza a necessidade de recorrer à reflexão filosófica para resgatar a compreensão da dimensão política
da educação “[...] para que se encontrem caminhos para sua transformação” (p.55).
Cap. 3: As dimensões da competência do educador
Traz a dimensão ética ligada às demais dimensões da competência profissional.
Escola: espaço da práxis de determinados sujeitos.
Na escola o educador exerce sua profissão, sua obrigação, o que lhe compete.
 Competência= saber fazer bem (bem= responder as necessidades historicamente construídas).
Saber fazer bem em sua dupla dimensão técnica e política (acima a definição *)
Retomando: Dimensão técnica: dar conta do recado / dimensão política: ir ao encontro do que é desejado.
 A presença da ética como dimensão da competência
Responsabilidade/compromisso: Política não é ser partidário; moralidade não é moralismo/romantismo.
Responsabilidade, que está ligada ao compromisso, é o eixo central da reflexão sobre a ética.
O bom educador não é o educador “bonzinho”.
 A dimensão estética (emoções/sentimentos)
Ser belo=ser leve – envolve inteligência, imaginação, sensibilidade, afeto – não afetivismo, que se
manifesta na atitude romântica.
Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 4
Dimensão ligada a sensibilidade do professor= conhecer os alunos e estar aberto às diferenças,
preocupar-se com as desigualdades.
 Ética e política
É a reflexão que nos fará ver a consistência até de nossa própria conceituação, e que, articulada à nossa
ação, estará permanentemente transformando o processo social, o processo educativo, em busca de uma
significação mais profunda para a vida e para o trabalho ( p. 83)
Cap. 4: Ética e competência no contexto das organizações
Desenvolve o tema da competência profissional e suas dimensões nas empresas e organizações,
considerando as características da sociedade tecnológica a qual está inserida.
A reflexão nos faz ver com clareza nosso ponto de vista e reconhecer que existem outros pontos de vista.
A crítica nos permite “iluminar” o que estamos investigando, no sentido de aprimorar o que está bom e
procurar superar o que não está. Na atitude crítica, encontra-se um questionamento, uma indagação, um
desejo de ampliar o nosso conhecimento (p.86).
A autora completa que a atitude crítica é humilde e corajosa. Humilde por reconhecermos que temos muito
a aprender, e corajosa devido ao incomodo, provação, a abertura frente ao inesperado, ao desconhecido.
 Trabalho no mundo contemporâneo: tecnologia e globalização
O mundo do trabalho é a própria cultura humana – é pela maneira que homens e mulheres trabalham que
se organiza as diversas formas de sociedade.
Mercado de trabalho (espaço de negociações, embate, competição, exploração) – sociedade capitalista:
detentores dos meios de produção e indivíduos que vendem a força de trabalho (esforço intelectual e
manual).
Ao tecer algumas considerações sobre o mundo contemporâneo em que nos encontramos, Rios
(201, p.88-89) enfatiza que há um “processo acelerado de desenvolvimento da tecnologia” e a
globalização, o que afeta as relações, designando a “[...] expansão de inter-relações, principalmente de
natureza econômica [...]” a cultura, a vida dos sujeitos, e evidentemente o papel da escola.
Nas palavras de Bauman (1999 apud Rios, 2011, p.90):
Para alguns, “globalização” é o que devemos fazer se quisermos ser felizes; para outros, é
a causa da nossa infelicidade. Para todos, porém, “globalização” é o destino irremediável do
mundo, um processo irreversível [...] (grifos do autor).
Teresinha Rios (2011, p.91) complementa:
O que parece, sim, fora de dúvida, é que se está diante de algo que desafia as sociedades
e as instituições no sentido de buscar alternativas coletivas para superar os problemas e
internacionalizar benefícios, na direção de uma cidadania mundial ou planetária, como se
tem afirmado.
 Profissão e cidadania
Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 5
No mundo em que vivemos é necessário que o professor questione o seu papel na direção das mudanças
necessárias. Para tanto, a autora retoma as dimensões da competência:
 Considera, conhece, domina e ensina os conteúdos, os saberes que já foram desvendados,
construídos e acumulados em nossa sociedade e faz uso das técnicas apropriadas para que
seus sujeitos tomem posse deste conhecimento (dimensão técnica);
 É sensível aos seus sujeitos, ouvindo com atenção às palavras ditas e, principalmente, o
não ditas verbalmente, considera os conhecimentos destes, observa e busca compreender
o comportamento de toda sua comunidade escolar para que, caso necessário, venha a
intervir para um bem comum (dimensão estética);
 Contribui para que os seus tenham consciência de seu papel na sociedade e o poder que
tem para a manutenção do que o sistema impõe, do que vivem do contexto de cada um,
assim como do poder que tem para transformá-lo, ou seja, ensina aos seus sujeitos a não
serem vítimas do que tentam lhes impor (dimensão política);
 Tem como base o respeito, a solidariedade, a justiça, o bem comum, ou seja, a escola tanto
ensina os seus sujeitos como também pratica a dimensão ética.
No entanto, não podemos responsabilizar os profissionais que atuam no espaço escolar,
funcionários de apoio, professores, gestores, pela competência ou não de uma escola, pois, a
competência esta relacionada ao contexto e ao saber, como afirma Rios (2011, p.92), o que depende das
relações estabelecidas entre seus sujeitos e das condições em que o trabalho ocorre. Sendo assim, a
escola exercer seu papel com competência ou não é de responsabilidade partilhada de todos os seus
sujeitos.
Moral: tem caráter normativo.
Ética: tem caráter reflexivo. Seus princípios são: respeito, solidariedade e justiça.
Respeito é seu princípio nuclear, o que significa reconhecer a presença do outro como igual.
“Marx falou da alienação econômica. Podemos falar de uma alienação de caráter ético, que significa o não
reconhecimento do outro, o desrespeito à diversidade e, portanto, a impossibilidade de se instalar o
diálogo”. (p.95)
 “A gente não quer só dinheiro” – ética no trabalho, para além dos códigos.
O que chamamos de código de ética é, na verdade código de moral, porque é normativo, estipula deveres,
assim como indica direitos.
Ética: responsabilidade coletiva.
Felicidade: concretização da vida, com a realização do ser humano, que ganha sentido pleno na
coletividade.
Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 6
Tese da autora: “ o trabalho competente é um trabalho que faz bem. É aquele em que o profissional
mobiliza todas as dimensões de sua ação com o objetivo de proporcionar algo bom para si mesmo, para
aqueles com quem partilha o trabalho e para a sociedade”. [...] Dispõe dos recursos e faz de maneira
crítica, consciente e comprometida com as necessidades concretas do contexto social [...]”. (p.101)
Liderança não é cargo, é condição, é comportamento humano. É autoridade que se constrói pelo exemplo,
pela admiração, pelo respeito (RIOS, 2011 apud CORTELLA; MUSSAK, 2009).
Cap. 5: Competência e utopia: prática profissional e projeto
Relaciona questões de ética e utopia.
O profissional competente terá de ser exigente. Ser exige demanda agir com rigor, o que não quer dizer
rigidez, mas sim assumir atitude crítica das dos desafios.
Há dificuldades no trabalho profissional, mas se deve pensar “nos que nos cabe”.
Questões que devem estar no dia a dia do profissional: o que resulta da minha intervenção na realidade?
Para que e por que realizamos nosso trabalho? Que significado tem isso para a sociedade em que
vivemos?
Professor/ Educação = Mediação/ ação mediadora = professor – mundo; aluno-mundo.
Gestor: deixar de lado a concepção de chefia; ser mediador – acompanhamento responsável do trabalho
de outros profissionais; estimuladores; sensíveis às propostas; líderes.
Elaborar projetos de ação: O futuro é gestado no momento em que vivemos – é preciso considerar o que
temos, o que queremos e o que precisamos.
A ideia de projeto abrigada pela ideia de utopia está ligada a ideia de esperança.
“O conceito de esperança está muito próximo do conceito de horizonte. Quando chegamos a um horizonte,
nos deparamos com outro. Se nossa esperança é atingida, certamente esperamos outra, sempre no
sentido da utopia”.
“O verbo da utopia é esperançar. Não se trata de esperar por algo melhor, mas de planejar e mobilizar
desde já o esforço na realização do ideal, utilizando os recursos de que dispomos e que vamos
construindo” (RIOS, p.112, grifo da autora).
As condições para a realização de um trabalho competente estão na competência do profissional e na
articulação dessa competência com os outros e com as circunstâncias (p.116).
Questões sobre o livro: RIOS, Teresinha Azerêdo. Ética e competência. 20 ed. São Paulo: Cortez, 2011, v.7.
01. De acordo com Rios, é correto afirmar que
(A) a contradição é inerente à escola, pois, ao mesmo tempo, ela mantém e transforma a sociedade.
(B) as diversas instituições sociais não têm como objetivo primordial a preservação e a transmissão da cultura.
(C) o processo de educar não pode ser definido como processo de transmissão de cultura, não é essa a função da
escola.
(D) a educação é atribuição única e exclusiva da escola, não estando presente em todas as instituições sociais.
(E) a escola enquanto instituição tem sido, na sociedade capitalista, o espaço de inserção dos sujeitos nos valores da
classe dominada.
02. Rios defende o ponto de vista de que a escola
Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 7
(A) tem sido eficiente e eficaz, pois, atualmente, tem estado a serviço da classe oprimida, veiculando a ideologia dessa
classe.
(B) é a alavanca da mudança social, porque, por estar fora da dinâmica social, ela pode mudar a estrutura da
sociedade.
(C) é o espaço de transmissão sistemática do saber historicamente acumulado pela sociedade, fonte de apropriação da
herança social.
(D) falha em sua função social porque tem apenas reproduzido os valores da sociedade capitalista no âmbito escolar.
(E) possui autonomia absoluta, por isso não pode funcionar como “aparelho” privilegiado para a inculcação
ideológica.
03. Rios, referindo-se ao trabalho de boa qualidade e competente a ser feito pela docência, afirma que a dimensão
__________________ diz respeito à orientação da ação, fundada nos princípios do respeito, da solidariedade e da
justiça, na direção da realização de um bem coletivo.
Assinale a alternativa que, de acordo com a autora, preenche corretamente a lacuna do texto.
(A) ética
(B) política
(C) antropológica
(D) técnica
(E) estética
04. Em sua obra Ética e Competência, Rios (2011) reflete sobre o projeto educacional e seu processo de
elaboração, o qual implica confrontar o que temos com o que
queremos, em relação ao trabalho educativo escolar. Nessa reflexão, a autora aborda a utopia como:
(A) idealização que impede os educadores de verem a realidade e de nela atuarem.
(B) metas impossíveis que têm desviado os educadores de enxergar e realizar aquilo que é possível.
(C) grandes ideais da humanidade, que ressurgem em momentos de crise social sem alcançar efeitos práticos.
(D) ideais ainda não realizados, mas que sinalizam “ao caminhante” a direção desejada.
(E) empecilho à eficiência do planejamento educacional na escola pública, por roubar-lhe a objetividade.
05. Rios (2011), desafiada pelas questões que envolvem a qualidade da educação pública e, por consequência, a
formação dos professores, inicial e continuada, contribui com uma reflexão filosófica a respeito da competência
docente. Afirma que ser competente é “saber fazer bem o dever” e aprofunda a discussão sobre a competência do
trabalho docente como aquela que
(A) se enraíza na formação inicial, preponderantemente, cabendo, ao exercício da profissão, apenas sua
manutenção.
(B) se relaciona fortemente com a vocação, responsável pela dedicação aos educandos e a seu desenvolvimento ético.
(C) se manifesta na ação e se constrói explorando limites e possibilidades da realidade, no diálogo entre
educadores.
(D) é própria de cada profissional, pois é motivada pelo compromisso político de cada um e tem natureza técnico-
pedagógica e individual.
(E) responde pela qualidade do ensino na escola pública e, por isso, depende de política salarial, com bônus aos mais
dedicados.
6) Para Rios (2001), não é apenas no campo da moralidade que se encontram valores. Dizemos que existe valorização
na medida em que qualquer interferência do homem na realidade se dá na perspectiva de conferir um significado a esta
realidade. Para a autora, quando se qualifica um comportamento como bom ou mau, tem-se em vista um critério que é
definido no espaço
(A) da moralidade.
(B) da ética.
(C) da autonomia.
(D) dos egocentrismos.
(E) da estética.
GABARITO - 01 – A 02 – C 03- A 04 –D 05 – C 06 - A

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  • 1. Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 1 RIOS, Teresinha Azerêdo. Ética e competência. 20 ed. São Paulo: Cortez, 2011, v.7. Organização do livro:  Prefácio à 20ª ed.;  Introdução  Cap.1: A filosofia e a compreensão da realidade: ética – política- filosofia no contexto profissional  Cap. 2: Educação e sociedade: perspectiva política e prática educativa  Cap. 3: As dimensões da competência do educador  Cap. 4: Ética e competência no contexto das organizações  Cap. 5: Competência e utopia: prática profissional e projeto  Trata-se da dissertação de mestrado da autora defendida em 1988 na PUC-SP. Prefácio: - Em 2011 havia passado 18 anos da 1ªed.; - Na forma original procurou desenvolver uma reflexão sobre os desafios do cotidiano docente – filosofia da prática profissional; - A dimensão ética da competência não está presente apenas na competência do educador; - a reflexão crítica contribui para novas maneiras de olhar sua realidade de trabalho e para mudanças nas práticas cotidianas; - Como se organiza a obra. Introdução Formação do educador: dimensão técnica (ideia de neutralidade na educação) e dimensão política (ideia de militância como indispensável para a educação). Não se trata de elementos contraditórios, mas que se interpenetram e completam o sentido de competência. A dimensão da competência media (conexão dialética de tudo) a dimensão técnica e a dimensão política. “Penso que uma visão clara, abrangente e profunda do papel que desempenha e deve desempenhar na sociedade permite ao educador uma atuação mais competente. Não quero dizer que basta ver claro para agir bem, uma vez que consciência e vontade não são sinônimos, mas que a atitude crítica – filosófica – do educador sobre os meios e os fins de sua atuação o ajudará a caminhar mais seguramente na direção de seus objetivos”. (p.20) Cap. 1 - Cap.1: A filosofia e a compreensão da realidade: ética – política- filosofia no contexto profissional Aponta as características da reflexão filosófica que usa como instrumento de trabalho relevando a dimensão ética e a filosofia política. Filosofia: procura amorosa da sabedoria/ busca do saber inteiro/ver claro, fundo e largo o seu objeto. Todo homem torna-se filósofo quando interroga o mundo, busca compreendê-lo a fim de transformá-lo. Moralidade: qualificar em bom ou mau/verdade e erro – são conceitos construídos socialmente.
  • 2. Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 2 Segundo Rios (2011) o papel ou papéis, tem fundamento no conjunto de hábitos, crenças, ou seja, no ethos de uma sociedade, o que “conferem um caráter àquela organização social”. O conteúdo dos papéis não tem sido o mesmo em toda as sociedades, indistintamente. Em cada sociedade, em função da organização específica da vida de seus membros, do trabalho, da produção da vida material, organiza-se também o comportamento “desejável” para cada um daqueles membros (grifo da autora, p.31). O comportamento é o arranjo dos diversos papéis que desempenhamos em sociedade. Há, sabemos, em cada sociedade, “modelos”, “scripts” prontos para esses papéis, entendendo-se “pronto” como “preparado” pelos homens que compõem essa sociedade. Se me refiro, por exemplo, a “uma jovem educadora”, já indico três papéis que ela desempenha: uma me remete ao papel que lhe cabe enquanto mulher, jovem acena para os qualitativos próprios de uma faixa de idade, educadora traz os indicativos de uma determinada profissão (grifos da autora, p.30). O domínio do ethos é o da moralidade – moral (VÀZQUEZ) conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos indivíduos em uma comunidade social dada. É no espaço da moralidade que aprovamos ou reprovamos comportamentos. Poder político: poder do homem sobre outro homem. Ética: reflexão crítica sobre a moralidade. A filosofia da educação será sempre uma reflexão que se fará não apenas numa perspectiva gnosiológica (também chamada teoria do conhecimento, é o ramo da filosofia que se ocupa do estudo do conhecimento; reflexão em torno da origem, natureza e limites do ato cognitivo) ou ontológica (parte da metafísica que trata da natureza, realidade e existência dos entes; trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres objeto de seu estudo), mas ética e política. Cap. 2: Educação e sociedade: perspectiva política e prática educativa Explora as relações entre educação, cultura e sociedade. - É necessário contextualizar a realidade de estudo: procurar estabelecer relações entre educação – cultura – sociedade (ex: capitalista) centrando a atenção na perspectiva política da prática educativa.  Cultura, sociedade e trabalho. - Cultura: mundo transformado pelos homens/ surge da necessidade/ “[...] o mundo existe para o homem na medida do conhecimento que o homem tem dele e da ação que exerce sobre ele”(p.41). - A educação é transmissão da cultura. “[...] cultura é, na verdade, tudo o que resulta da interferência dos homens no mundo que os cerca e do qual fazem parte. Ela é a resposta humana à provocação da natureza e é ditada não por esta, mas pelo próprio homem. [...] Por isso não se fala em cultura sem se falar em trabalho, intervenção intencional e consciente dos homens na realidade, elemento distintivo do homem dos outros animais” (p.43). “É o trabalho, é o labor que faz os homens saberem. É o trabalho que faz os homens serem. O trabalho é, na verdade, a essência do homem. E a ideia de trabalho não se separa da ideia de sociedade, na medida em que é com os outros que o homem trabalha e cria a cultura” (grifos da autora, p.44)  Sociedade, educação e escola
  • 3. Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 3 Para Rios, a função específica da escola é a transmissão da cultura; espaço de transmissão sistemática do saber historicamente acumulado pela sociedade. A ideologia caracteriza-se por dissimular a realidade, apresentando como “naturais” elementos que na verdade são determinados pelas reações econômicas de produção, por interesses da classe economicamente dominante (p.46). Concepções do papel da escola: a) Alavanca de mudança social; b) Reprodutora indiscutível; c) Relação dialética da escola: função contraditória- mantém e transforma ao mesmo tempo – intervém nos rumos da sociedade, mas é influenciada pelo o que ocorre na sociedade global. A contradição está na prática docente ao transmitir os conhecimentos.  Educação e política A partir da perspectiva política é que podemos pensar na autonomia relativa da escola; Ser político: tomar partido; não ser indiferente. No livro o interesse é na dimensão política da educação enquanto constituinte da prática dos professores na escola. A função da escola possui duas dimensões: a técnica e a política. * Dimensão técnica: está inserida a “criação de conteúdos e técnicas que possam garantir a apreensão do saber pelos seus sujeitos e a atuação no sentido da descoberta e da invenção”. * Dimensão política da função da escola ocorre na seleção dos conteúdos e técnicas a serem “[...] transmitidos e transformados em função de determinados interesses existentes na sociedade” (p.54). Enfatiza a necessidade de recorrer à reflexão filosófica para resgatar a compreensão da dimensão política da educação “[...] para que se encontrem caminhos para sua transformação” (p.55). Cap. 3: As dimensões da competência do educador Traz a dimensão ética ligada às demais dimensões da competência profissional. Escola: espaço da práxis de determinados sujeitos. Na escola o educador exerce sua profissão, sua obrigação, o que lhe compete.  Competência= saber fazer bem (bem= responder as necessidades historicamente construídas). Saber fazer bem em sua dupla dimensão técnica e política (acima a definição *) Retomando: Dimensão técnica: dar conta do recado / dimensão política: ir ao encontro do que é desejado.  A presença da ética como dimensão da competência Responsabilidade/compromisso: Política não é ser partidário; moralidade não é moralismo/romantismo. Responsabilidade, que está ligada ao compromisso, é o eixo central da reflexão sobre a ética. O bom educador não é o educador “bonzinho”.  A dimensão estética (emoções/sentimentos) Ser belo=ser leve – envolve inteligência, imaginação, sensibilidade, afeto – não afetivismo, que se manifesta na atitude romântica.
  • 4. Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 4 Dimensão ligada a sensibilidade do professor= conhecer os alunos e estar aberto às diferenças, preocupar-se com as desigualdades.  Ética e política É a reflexão que nos fará ver a consistência até de nossa própria conceituação, e que, articulada à nossa ação, estará permanentemente transformando o processo social, o processo educativo, em busca de uma significação mais profunda para a vida e para o trabalho ( p. 83) Cap. 4: Ética e competência no contexto das organizações Desenvolve o tema da competência profissional e suas dimensões nas empresas e organizações, considerando as características da sociedade tecnológica a qual está inserida. A reflexão nos faz ver com clareza nosso ponto de vista e reconhecer que existem outros pontos de vista. A crítica nos permite “iluminar” o que estamos investigando, no sentido de aprimorar o que está bom e procurar superar o que não está. Na atitude crítica, encontra-se um questionamento, uma indagação, um desejo de ampliar o nosso conhecimento (p.86). A autora completa que a atitude crítica é humilde e corajosa. Humilde por reconhecermos que temos muito a aprender, e corajosa devido ao incomodo, provação, a abertura frente ao inesperado, ao desconhecido.  Trabalho no mundo contemporâneo: tecnologia e globalização O mundo do trabalho é a própria cultura humana – é pela maneira que homens e mulheres trabalham que se organiza as diversas formas de sociedade. Mercado de trabalho (espaço de negociações, embate, competição, exploração) – sociedade capitalista: detentores dos meios de produção e indivíduos que vendem a força de trabalho (esforço intelectual e manual). Ao tecer algumas considerações sobre o mundo contemporâneo em que nos encontramos, Rios (201, p.88-89) enfatiza que há um “processo acelerado de desenvolvimento da tecnologia” e a globalização, o que afeta as relações, designando a “[...] expansão de inter-relações, principalmente de natureza econômica [...]” a cultura, a vida dos sujeitos, e evidentemente o papel da escola. Nas palavras de Bauman (1999 apud Rios, 2011, p.90): Para alguns, “globalização” é o que devemos fazer se quisermos ser felizes; para outros, é a causa da nossa infelicidade. Para todos, porém, “globalização” é o destino irremediável do mundo, um processo irreversível [...] (grifos do autor). Teresinha Rios (2011, p.91) complementa: O que parece, sim, fora de dúvida, é que se está diante de algo que desafia as sociedades e as instituições no sentido de buscar alternativas coletivas para superar os problemas e internacionalizar benefícios, na direção de uma cidadania mundial ou planetária, como se tem afirmado.  Profissão e cidadania
  • 5. Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 5 No mundo em que vivemos é necessário que o professor questione o seu papel na direção das mudanças necessárias. Para tanto, a autora retoma as dimensões da competência:  Considera, conhece, domina e ensina os conteúdos, os saberes que já foram desvendados, construídos e acumulados em nossa sociedade e faz uso das técnicas apropriadas para que seus sujeitos tomem posse deste conhecimento (dimensão técnica);  É sensível aos seus sujeitos, ouvindo com atenção às palavras ditas e, principalmente, o não ditas verbalmente, considera os conhecimentos destes, observa e busca compreender o comportamento de toda sua comunidade escolar para que, caso necessário, venha a intervir para um bem comum (dimensão estética);  Contribui para que os seus tenham consciência de seu papel na sociedade e o poder que tem para a manutenção do que o sistema impõe, do que vivem do contexto de cada um, assim como do poder que tem para transformá-lo, ou seja, ensina aos seus sujeitos a não serem vítimas do que tentam lhes impor (dimensão política);  Tem como base o respeito, a solidariedade, a justiça, o bem comum, ou seja, a escola tanto ensina os seus sujeitos como também pratica a dimensão ética. No entanto, não podemos responsabilizar os profissionais que atuam no espaço escolar, funcionários de apoio, professores, gestores, pela competência ou não de uma escola, pois, a competência esta relacionada ao contexto e ao saber, como afirma Rios (2011, p.92), o que depende das relações estabelecidas entre seus sujeitos e das condições em que o trabalho ocorre. Sendo assim, a escola exercer seu papel com competência ou não é de responsabilidade partilhada de todos os seus sujeitos. Moral: tem caráter normativo. Ética: tem caráter reflexivo. Seus princípios são: respeito, solidariedade e justiça. Respeito é seu princípio nuclear, o que significa reconhecer a presença do outro como igual. “Marx falou da alienação econômica. Podemos falar de uma alienação de caráter ético, que significa o não reconhecimento do outro, o desrespeito à diversidade e, portanto, a impossibilidade de se instalar o diálogo”. (p.95)  “A gente não quer só dinheiro” – ética no trabalho, para além dos códigos. O que chamamos de código de ética é, na verdade código de moral, porque é normativo, estipula deveres, assim como indica direitos. Ética: responsabilidade coletiva. Felicidade: concretização da vida, com a realização do ser humano, que ganha sentido pleno na coletividade.
  • 6. Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 6 Tese da autora: “ o trabalho competente é um trabalho que faz bem. É aquele em que o profissional mobiliza todas as dimensões de sua ação com o objetivo de proporcionar algo bom para si mesmo, para aqueles com quem partilha o trabalho e para a sociedade”. [...] Dispõe dos recursos e faz de maneira crítica, consciente e comprometida com as necessidades concretas do contexto social [...]”. (p.101) Liderança não é cargo, é condição, é comportamento humano. É autoridade que se constrói pelo exemplo, pela admiração, pelo respeito (RIOS, 2011 apud CORTELLA; MUSSAK, 2009). Cap. 5: Competência e utopia: prática profissional e projeto Relaciona questões de ética e utopia. O profissional competente terá de ser exigente. Ser exige demanda agir com rigor, o que não quer dizer rigidez, mas sim assumir atitude crítica das dos desafios. Há dificuldades no trabalho profissional, mas se deve pensar “nos que nos cabe”. Questões que devem estar no dia a dia do profissional: o que resulta da minha intervenção na realidade? Para que e por que realizamos nosso trabalho? Que significado tem isso para a sociedade em que vivemos? Professor/ Educação = Mediação/ ação mediadora = professor – mundo; aluno-mundo. Gestor: deixar de lado a concepção de chefia; ser mediador – acompanhamento responsável do trabalho de outros profissionais; estimuladores; sensíveis às propostas; líderes. Elaborar projetos de ação: O futuro é gestado no momento em que vivemos – é preciso considerar o que temos, o que queremos e o que precisamos. A ideia de projeto abrigada pela ideia de utopia está ligada a ideia de esperança. “O conceito de esperança está muito próximo do conceito de horizonte. Quando chegamos a um horizonte, nos deparamos com outro. Se nossa esperança é atingida, certamente esperamos outra, sempre no sentido da utopia”. “O verbo da utopia é esperançar. Não se trata de esperar por algo melhor, mas de planejar e mobilizar desde já o esforço na realização do ideal, utilizando os recursos de que dispomos e que vamos construindo” (RIOS, p.112, grifo da autora). As condições para a realização de um trabalho competente estão na competência do profissional e na articulação dessa competência com os outros e com as circunstâncias (p.116). Questões sobre o livro: RIOS, Teresinha Azerêdo. Ética e competência. 20 ed. São Paulo: Cortez, 2011, v.7. 01. De acordo com Rios, é correto afirmar que (A) a contradição é inerente à escola, pois, ao mesmo tempo, ela mantém e transforma a sociedade. (B) as diversas instituições sociais não têm como objetivo primordial a preservação e a transmissão da cultura. (C) o processo de educar não pode ser definido como processo de transmissão de cultura, não é essa a função da escola. (D) a educação é atribuição única e exclusiva da escola, não estando presente em todas as instituições sociais. (E) a escola enquanto instituição tem sido, na sociedade capitalista, o espaço de inserção dos sujeitos nos valores da classe dominada. 02. Rios defende o ponto de vista de que a escola
  • 7. Principais pontos da obra – Profa. Ms. Karlliny Martins da Silva Página 7 (A) tem sido eficiente e eficaz, pois, atualmente, tem estado a serviço da classe oprimida, veiculando a ideologia dessa classe. (B) é a alavanca da mudança social, porque, por estar fora da dinâmica social, ela pode mudar a estrutura da sociedade. (C) é o espaço de transmissão sistemática do saber historicamente acumulado pela sociedade, fonte de apropriação da herança social. (D) falha em sua função social porque tem apenas reproduzido os valores da sociedade capitalista no âmbito escolar. (E) possui autonomia absoluta, por isso não pode funcionar como “aparelho” privilegiado para a inculcação ideológica. 03. Rios, referindo-se ao trabalho de boa qualidade e competente a ser feito pela docência, afirma que a dimensão __________________ diz respeito à orientação da ação, fundada nos princípios do respeito, da solidariedade e da justiça, na direção da realização de um bem coletivo. Assinale a alternativa que, de acordo com a autora, preenche corretamente a lacuna do texto. (A) ética (B) política (C) antropológica (D) técnica (E) estética 04. Em sua obra Ética e Competência, Rios (2011) reflete sobre o projeto educacional e seu processo de elaboração, o qual implica confrontar o que temos com o que queremos, em relação ao trabalho educativo escolar. Nessa reflexão, a autora aborda a utopia como: (A) idealização que impede os educadores de verem a realidade e de nela atuarem. (B) metas impossíveis que têm desviado os educadores de enxergar e realizar aquilo que é possível. (C) grandes ideais da humanidade, que ressurgem em momentos de crise social sem alcançar efeitos práticos. (D) ideais ainda não realizados, mas que sinalizam “ao caminhante” a direção desejada. (E) empecilho à eficiência do planejamento educacional na escola pública, por roubar-lhe a objetividade. 05. Rios (2011), desafiada pelas questões que envolvem a qualidade da educação pública e, por consequência, a formação dos professores, inicial e continuada, contribui com uma reflexão filosófica a respeito da competência docente. Afirma que ser competente é “saber fazer bem o dever” e aprofunda a discussão sobre a competência do trabalho docente como aquela que (A) se enraíza na formação inicial, preponderantemente, cabendo, ao exercício da profissão, apenas sua manutenção. (B) se relaciona fortemente com a vocação, responsável pela dedicação aos educandos e a seu desenvolvimento ético. (C) se manifesta na ação e se constrói explorando limites e possibilidades da realidade, no diálogo entre educadores. (D) é própria de cada profissional, pois é motivada pelo compromisso político de cada um e tem natureza técnico- pedagógica e individual. (E) responde pela qualidade do ensino na escola pública e, por isso, depende de política salarial, com bônus aos mais dedicados. 6) Para Rios (2001), não é apenas no campo da moralidade que se encontram valores. Dizemos que existe valorização na medida em que qualquer interferência do homem na realidade se dá na perspectiva de conferir um significado a esta realidade. Para a autora, quando se qualifica um comportamento como bom ou mau, tem-se em vista um critério que é definido no espaço (A) da moralidade. (B) da ética. (C) da autonomia. (D) dos egocentrismos. (E) da estética. GABARITO - 01 – A 02 – C 03- A 04 –D 05 – C 06 - A