1) O documento discute as representações sociais de professoras sobre o ensino e aprendizagem da língua portuguesa.
2) Foi realizada uma pesquisa com 100 professoras para identificar os saberes revelados sobre o processo de ensino-aprendizagem da língua portuguesa.
3) A pesquisa utilizou a técnica de associação livre de palavras para captar as representações sociais implicitas das professoras.
O documento discute o papel do pedagogo na organização do trabalho escolar no Brasil. (1) Analisa como a legislação educacional brasileira definiu o papel do pedagogo ao longo do tempo, ora como especialista em orientação educacional, ora como gestor geral. (2) Discute como a função do pedagogo evoluiu no Paraná desde os anos 1990. (3) Aponta desafios atuais do pedagogo na escola, como a realização de tarefas indefinidas que não se relacionam diretamente com sua função.
O documento discute as especificidades do trabalho do professor e sua identidade em relação a gênero, classe e formação acadêmica. Argumenta que a identidade docente é construída por fatores como o processo histórico de feminização da profissão, questões de classe social e níveis de formação. Também discute como esses elementos impactam a realização do trabalho do professor no cotidiano escolar.
Este documento discute a proposta curricular para a disciplina de Didática e Estágio Curricular no curso de Magistério. Apresenta a Didática como um campo de conhecimento pedagógico focado nos processos de ensino e aprendizagem e defende que os professores precisam desenvolver saberes específicos sobre educação. Também argumenta que é necessário questionar constantemente as práticas escolares e a função social da escola para que esta possa servir como um espaço de emancipação.
O documento discute o papel do pedagogo na articulação do trabalho pedagógico. Aponta que o pedagogo não pode ser apenas um prático ou teórico, mas sim alguém que articula ambos de forma equilibrada e constante. Cita também que o pedagogo deve pensar criticamente a educação levando em conta as condições sociais e buscando a emancipação por meio de práticas democráticas e igualitárias na escola. Por fim, ressalta que só é considerado verdadeiro pedagogo aquele que consegue produzir
UM OLHAR SOBRE AS PRÁTICAS FORMATIVAS A PARTIR DAS MOBILIZAÇÕES DOCENTESProfessorPrincipiante
Neste texto buscamos propiciar uma reflexão crítica acerca das mobilizações
docentes (TARDIF, 2002) enquanto uma dimensão formadora complexa, já que envolve
relações entre o pessoal e o social, entre o eu e o outro num entrecruzamento “dos
processos cognitivos e decisórios que orientam a ação prática”. (TARDIF e LESSARD,
2009, p.41). Os autores, situando a atividade docente, caracterizam-na como uma
construção social que integra múltiplas facetas, implicando os sujeitos a fazerem
escolhas epistemológicas e essas escolhas acabam por tornar algumas coisas visíveis,
embora simultaneamente ocultando outras. Destacam, dessa forma, a importância da
tomada de consciência perante as decisões.
Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscassrfilgueira
1) O documento discute a natureza e identidade da Pedagogia, argumentando que ela não deve ser reduzida a ensino ou formação de professores.
2) A Pedagogia é o campo do conhecimento que estuda a educação em toda a sua amplitude, incluindo diversas práticas educativas formais e informais na sociedade.
3) O autor defende que a Pedagogia investiga teoricamente o fenômeno educativo e orienta a prática educativa com base na reflexão sobre processos formativos dos indivíduos.
Tardif, maurice saberes docentes e formação profissioanalmarcaocampos
O livro analisa os saberes dos professores, provenientes da formação, experiência e cultura pessoal. Defende que o saber docente é plural e social, construído ao longo da carreira. Critica a visão do professor como mero transmissor de conhecimento e defende a valorização de sua prática e saber profissional.
O documento discute a importância dos professores no sistema educacional brasileiro e as mudanças necessárias. Aponta que é preciso investir na formação continuada de professores para lidar com as novas demandas da educação e da globalização, mas que as condições de trabalho precisam melhorar também.
O documento discute o papel do pedagogo na organização do trabalho escolar no Brasil. (1) Analisa como a legislação educacional brasileira definiu o papel do pedagogo ao longo do tempo, ora como especialista em orientação educacional, ora como gestor geral. (2) Discute como a função do pedagogo evoluiu no Paraná desde os anos 1990. (3) Aponta desafios atuais do pedagogo na escola, como a realização de tarefas indefinidas que não se relacionam diretamente com sua função.
O documento discute as especificidades do trabalho do professor e sua identidade em relação a gênero, classe e formação acadêmica. Argumenta que a identidade docente é construída por fatores como o processo histórico de feminização da profissão, questões de classe social e níveis de formação. Também discute como esses elementos impactam a realização do trabalho do professor no cotidiano escolar.
Este documento discute a proposta curricular para a disciplina de Didática e Estágio Curricular no curso de Magistério. Apresenta a Didática como um campo de conhecimento pedagógico focado nos processos de ensino e aprendizagem e defende que os professores precisam desenvolver saberes específicos sobre educação. Também argumenta que é necessário questionar constantemente as práticas escolares e a função social da escola para que esta possa servir como um espaço de emancipação.
O documento discute o papel do pedagogo na articulação do trabalho pedagógico. Aponta que o pedagogo não pode ser apenas um prático ou teórico, mas sim alguém que articula ambos de forma equilibrada e constante. Cita também que o pedagogo deve pensar criticamente a educação levando em conta as condições sociais e buscando a emancipação por meio de práticas democráticas e igualitárias na escola. Por fim, ressalta que só é considerado verdadeiro pedagogo aquele que consegue produzir
UM OLHAR SOBRE AS PRÁTICAS FORMATIVAS A PARTIR DAS MOBILIZAÇÕES DOCENTESProfessorPrincipiante
Neste texto buscamos propiciar uma reflexão crítica acerca das mobilizações
docentes (TARDIF, 2002) enquanto uma dimensão formadora complexa, já que envolve
relações entre o pessoal e o social, entre o eu e o outro num entrecruzamento “dos
processos cognitivos e decisórios que orientam a ação prática”. (TARDIF e LESSARD,
2009, p.41). Os autores, situando a atividade docente, caracterizam-na como uma
construção social que integra múltiplas facetas, implicando os sujeitos a fazerem
escolhas epistemológicas e essas escolhas acabam por tornar algumas coisas visíveis,
embora simultaneamente ocultando outras. Destacam, dessa forma, a importância da
tomada de consciência perante as decisões.
Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscassrfilgueira
1) O documento discute a natureza e identidade da Pedagogia, argumentando que ela não deve ser reduzida a ensino ou formação de professores.
2) A Pedagogia é o campo do conhecimento que estuda a educação em toda a sua amplitude, incluindo diversas práticas educativas formais e informais na sociedade.
3) O autor defende que a Pedagogia investiga teoricamente o fenômeno educativo e orienta a prática educativa com base na reflexão sobre processos formativos dos indivíduos.
Tardif, maurice saberes docentes e formação profissioanalmarcaocampos
O livro analisa os saberes dos professores, provenientes da formação, experiência e cultura pessoal. Defende que o saber docente é plural e social, construído ao longo da carreira. Critica a visão do professor como mero transmissor de conhecimento e defende a valorização de sua prática e saber profissional.
O documento discute a importância dos professores no sistema educacional brasileiro e as mudanças necessárias. Aponta que é preciso investir na formação continuada de professores para lidar com as novas demandas da educação e da globalização, mas que as condições de trabalho precisam melhorar também.
O pedagogo e sua práxis: desafios e possibilidades na sociedade contemporâneaMirianne Almeida
O documento discute o papel do pedagogo na sociedade contemporânea, destacando que: (1) A educação ultrapassou os limites da escola e o pedagogo pode atuar em diversos setores; (2) Historicamente, o papel do pedagogo era limitado à escola, mas hoje ele pode atuar de forma multifacetada; (3) Isso traz desafios para o pedagogo demonstrar seu valor em novos espaços e combater paradigmas limitantes.
O documento discute a importância da reflexão pedagógica sobre o currículo e as práticas de ensino levando em conta o contexto sociocultural dos estudantes e as novas tecnologias. Propõe a discussão em grupo sobre como abordar o componente curricular de forma crítica e humanizadora, relacionando as atividades com os valores e necessidades dos alunos.
O documento discute a relação entre prática educativa e sociedade. A educação é determinada socialmente e objetiva preparar os indivíduos para a vida social. A prática docente faz parte do processo educativo global da sociedade.
O documento discute formas de agrupamento de estudantes e organização do espaço e tempo escolar. Ele explica que os agrupamentos podem ser homogêneos ou heterogêneos e cada tipo tem vantagens e desvantagens. Também discute a distribuição do espaço físico da escola e a importância de variar a distribuição do tempo de acordo com as atividades.
Este documento resume um artigo que discute a formação inicial de professores de geografia e suas práticas pedagógicas na educação básica. O artigo relata a experiência da autora em sua formação inicial em geografia em modalidade EaD e seu trabalho como professora em escolas públicas no sul de Minas Gerais. Analisa os desafios de sua formação inicial e práticas pedagógicas, incluindo a falta de envolvimento dos tutores e consideração das identidades dos alunos.
Resumo livro terezinha rios - compreender e ensinarSoares Junior
Este documento discute a importância da formação de professores e da melhoria das condições de trabalho nas escolas. Também aborda os desafios do mundo contemporâneo para a Filosofia, Didática e docência, incluindo a necessidade de compreensão global, trabalho interdisciplinar e visão crítica. Defende uma aproximação entre Filosofia, Didática e outras ciências da educação.
Elementos da didática do online.Algumas reflexões. .Diene Eire Mello
Este documento discute a didática do ensino online, fornecendo diretrizes para seu desenvolvimento. Apresenta conceitos de didática e sua evolução histórica, além de analisar pesquisas sobre o tema. Defende que a didática online deve privilegiar comunidades de aprendizagem, espaços práticos e criativos, considerando os diversos estilos de aprendizagem.
O trabalho docente. Maurice Tardif e Claude Lessard.Fábio Oliveira
Este documento resume um livro sobre o trabalho docente. O livro analisa o trabalho docente como uma profissão baseada em interações humanas e discute tópicos como a organização do trabalho na escola, a carga de trabalho dos professores, os objetivos do trabalho docente e como a interatividade é central à atividade dos professores.
A pedagogia é a ciência que estuda o processo de ensino e aprendizagem tendo o ser humano como sujeito principal. Ela é responsável pelo planejamento das etapas da aprendizagem e se destaca em especializações como administração escolar, educação especial, orientação educacional e supervisão escolar.
O documento discute a didática como disciplina pedagógica que estuda o processo de ensino. A didática é fundamental na formação de professores e os auxilia a dirigir a atividade de ensino e aprendizagem. A didática também é vista como parte da pedagogia que se refere aos processos de construção do conhecimento. Diferentes tendências pedagógicas influenciam as atividades escolares e a didática.
O documento descreve os objetivos gerais e específicos da Escola E. E. Professora Raquel Saes Melhado da Silva. A escola oferece ensino fundamental e médio com foco na formação do cidadão, desenvolvimento do pensamento crítico e apropriação dos conhecimentos nas áreas de linguagem, ciências humanas, exatas e da natureza. O projeto político-pedagógico busca a transformação social por meio de uma educação aberta à realidade.
Este documento discute a formação de professores no Brasil, abordando três pontos principais:
1) Situa o problema da formação de professores no país e analisa como a Didática vem sendo concebida ao longo do tempo, passando de um enfoque em métodos e técnicas para uma abordagem mais ampla e crítica.
2) Discute a docência no Ensino Superior e na Educação Básica, ressaltando as especificidades de cada nível e a importância da formação inicial e continuada dos professores.
3) Reflete sobre conceitos
Este documento discute os sentidos do trabalho para o orientador pedagógico de acordo com a psicologia histórico-cultural. Ele revela que o trabalho de orientação configurado como missão impede parcerias e causa isolamento e sofrimento. Além disso, destaca a importância do psicólogo escolar em promover relações saudáveis.
Este documento apresenta uma pesquisa que tem como objetivo ressignificar o papel do pedagogo na escola atual. A pesquisa caracteriza-se por uma investigação teórica sobre a Pedagogia e as Ciências da Educação, complementada por dados empíricos coletados com professores. Analisa os desafios da escola pública e as demandas por serviços pedagógicos, e defende que profissionais em cargos diretivos nas escolas devem ter formação específica em Pedagogia para atuarem como pedagogos escolares. A
O documento discute a importância do projeto político-pedagógico e do coordenador pedagógico para a organização do trabalho na escola. Apresenta a função social da escola e enfatiza que o projeto político-pedagógico deve ser construído de forma coletiva com a comunidade escolar. Destaca também que o coordenador deve articular os professores na elaboração e implementação deste projeto para garantir a qualidade do ensino.
A didática é uma ciência que estuda as estratégias de ensino e aprendizagem. As tendências pedagógicas surgem de movimentos sociais e filosóficos que buscam favorecer o conhecimento de acordo com as aspirações da sociedade. A didática está presente em todos os lugares onde ocorre o processo de ensino-aprendizagem, seja na escola, faculdade ou casa.
Esta pesquisa tem como objetivo central descrever um dos Projetos desenvolvidos na
perspectiva de “educar” jovens buscando uma preparação para a vida, que inclui a inserção
e sua manutenção no mercado de trabalho. Para isso, busco promover uma reflexão sobre a
importância do educador sensibilizar-se perante a urgência de desenvolver atividades
interdisciplinares e dinâmicas visando gerirem estes “humanos” em sentido latto e para isto
analiso o Projeto “Gentileza gera gentileza” baseado na história do Profeta Gentileza, que foi
construído com/para os jovens de 14 a 24 anos participantes do Programa “Aprendiz Legal”,
da Região dos Lagos de 2010 baseado nos eixos: procedimental, atitudinal e
comportamental, articulando com a vida pessoal, social e especialmente com o mundo do
trabalho.
O documento discute a importância da produção escrita no processo de formação de futuros professores, especialmente no desenvolvimento do pensamento e discurso. Apresenta conceitos de Vigotsky e Bakhtin sobre a relação entre pensamento, linguagem e discurso. Analisa fragmentos de textos escritos por uma aluna ao longo de seu projeto de pesquisa para mostrar evidências do desenvolvimento da capacidade de produção discursiva por meio da escrita e orientação docente.
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES: REFLEXÕES ACERCA DA A...ProfessorPrincipiante
O objetivo do presente texto é investigar quais as possíveis contribuições dos
supervisores escolares no processo de desenvolvimento profissional dos professores
iniciantes, em contextos de formação continuada. Assim, nos propomos a refletir acerca
dos significados da ação supervisora para a atuação profissional desses professores.
Para atender ao objetivo proposto foram utilizados pressupostos das pesquisas
qualitativas e quantitativas, com realização de entrevistas e questionários semiestruturados,
bem como análise de dados coletados na rede municipal de ensino e na
escola em estudo. Na construção do conhecimento sobre a ação supervisora e
desenvolvimento profissional dos professores encontramos evidências de que o
supervisor pode contribuir para o desenvolvimento profissional de professores em início
de carreira. Neste sentido, é necessária a ressignificação da ação supervisora, orientada
pelo diálogo e o trabalho colaborativo com os professores. Compreendemos que é
importante a implantação de políticas públicas, no âmbito de sistema municipal de
ensino, voltadas à formação continuada com supervisores escolares da rede. Neste
sentido, entendemos que a pesquisa, mesmo diante da provisoriedade do conhecimento
construído e da existência de silêncios, pretende contribuir para uma reflexão e
compreensão acerca do panorama da ação supervisora em processos de formação
continuada com professores e constituir-se enquanto possibilidade de um conhecimento
crítico e orientador de possíveis ações transformadoras.
PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LINGUÍSTICOS E DISC...ProfessorPrincipiante
O simpósio Práticas de alfabetização no Brasil: aspectos históricos, linguísticos e
discursivos reúne trabalhos de quatro pesquisadores brasileiros de universidades
públicas de diferentes estados da federação, apresentando resultados de investigações.
No Brasil, continuamos a enfrentar índices altos de analfabetismo absoluto (cerca de
10%) e índices também altos de alfabetismo funcional (cerca de 20%). A interdição social
de uma parcela grande da população brasileira ao mundo da cultura escrita, que
historicamente se perpetua, permanece ativa. O compromisso de professores em
trabalhar por mudanças estruturais na sociedade, levando em conta esta discussão no
seu projeto pedagógico, organizado em currículos e planejamentos, e, sobretudo, nas
ações cotidianas, continua sendo um desafio político neste país com tantas
desigualdades.
O pedagogo e sua práxis: desafios e possibilidades na sociedade contemporâneaMirianne Almeida
O documento discute o papel do pedagogo na sociedade contemporânea, destacando que: (1) A educação ultrapassou os limites da escola e o pedagogo pode atuar em diversos setores; (2) Historicamente, o papel do pedagogo era limitado à escola, mas hoje ele pode atuar de forma multifacetada; (3) Isso traz desafios para o pedagogo demonstrar seu valor em novos espaços e combater paradigmas limitantes.
O documento discute a importância da reflexão pedagógica sobre o currículo e as práticas de ensino levando em conta o contexto sociocultural dos estudantes e as novas tecnologias. Propõe a discussão em grupo sobre como abordar o componente curricular de forma crítica e humanizadora, relacionando as atividades com os valores e necessidades dos alunos.
O documento discute a relação entre prática educativa e sociedade. A educação é determinada socialmente e objetiva preparar os indivíduos para a vida social. A prática docente faz parte do processo educativo global da sociedade.
O documento discute formas de agrupamento de estudantes e organização do espaço e tempo escolar. Ele explica que os agrupamentos podem ser homogêneos ou heterogêneos e cada tipo tem vantagens e desvantagens. Também discute a distribuição do espaço físico da escola e a importância de variar a distribuição do tempo de acordo com as atividades.
Este documento resume um artigo que discute a formação inicial de professores de geografia e suas práticas pedagógicas na educação básica. O artigo relata a experiência da autora em sua formação inicial em geografia em modalidade EaD e seu trabalho como professora em escolas públicas no sul de Minas Gerais. Analisa os desafios de sua formação inicial e práticas pedagógicas, incluindo a falta de envolvimento dos tutores e consideração das identidades dos alunos.
Resumo livro terezinha rios - compreender e ensinarSoares Junior
Este documento discute a importância da formação de professores e da melhoria das condições de trabalho nas escolas. Também aborda os desafios do mundo contemporâneo para a Filosofia, Didática e docência, incluindo a necessidade de compreensão global, trabalho interdisciplinar e visão crítica. Defende uma aproximação entre Filosofia, Didática e outras ciências da educação.
Elementos da didática do online.Algumas reflexões. .Diene Eire Mello
Este documento discute a didática do ensino online, fornecendo diretrizes para seu desenvolvimento. Apresenta conceitos de didática e sua evolução histórica, além de analisar pesquisas sobre o tema. Defende que a didática online deve privilegiar comunidades de aprendizagem, espaços práticos e criativos, considerando os diversos estilos de aprendizagem.
O trabalho docente. Maurice Tardif e Claude Lessard.Fábio Oliveira
Este documento resume um livro sobre o trabalho docente. O livro analisa o trabalho docente como uma profissão baseada em interações humanas e discute tópicos como a organização do trabalho na escola, a carga de trabalho dos professores, os objetivos do trabalho docente e como a interatividade é central à atividade dos professores.
A pedagogia é a ciência que estuda o processo de ensino e aprendizagem tendo o ser humano como sujeito principal. Ela é responsável pelo planejamento das etapas da aprendizagem e se destaca em especializações como administração escolar, educação especial, orientação educacional e supervisão escolar.
O documento discute a didática como disciplina pedagógica que estuda o processo de ensino. A didática é fundamental na formação de professores e os auxilia a dirigir a atividade de ensino e aprendizagem. A didática também é vista como parte da pedagogia que se refere aos processos de construção do conhecimento. Diferentes tendências pedagógicas influenciam as atividades escolares e a didática.
O documento descreve os objetivos gerais e específicos da Escola E. E. Professora Raquel Saes Melhado da Silva. A escola oferece ensino fundamental e médio com foco na formação do cidadão, desenvolvimento do pensamento crítico e apropriação dos conhecimentos nas áreas de linguagem, ciências humanas, exatas e da natureza. O projeto político-pedagógico busca a transformação social por meio de uma educação aberta à realidade.
Este documento discute a formação de professores no Brasil, abordando três pontos principais:
1) Situa o problema da formação de professores no país e analisa como a Didática vem sendo concebida ao longo do tempo, passando de um enfoque em métodos e técnicas para uma abordagem mais ampla e crítica.
2) Discute a docência no Ensino Superior e na Educação Básica, ressaltando as especificidades de cada nível e a importância da formação inicial e continuada dos professores.
3) Reflete sobre conceitos
Este documento discute os sentidos do trabalho para o orientador pedagógico de acordo com a psicologia histórico-cultural. Ele revela que o trabalho de orientação configurado como missão impede parcerias e causa isolamento e sofrimento. Além disso, destaca a importância do psicólogo escolar em promover relações saudáveis.
Este documento apresenta uma pesquisa que tem como objetivo ressignificar o papel do pedagogo na escola atual. A pesquisa caracteriza-se por uma investigação teórica sobre a Pedagogia e as Ciências da Educação, complementada por dados empíricos coletados com professores. Analisa os desafios da escola pública e as demandas por serviços pedagógicos, e defende que profissionais em cargos diretivos nas escolas devem ter formação específica em Pedagogia para atuarem como pedagogos escolares. A
O documento discute a importância do projeto político-pedagógico e do coordenador pedagógico para a organização do trabalho na escola. Apresenta a função social da escola e enfatiza que o projeto político-pedagógico deve ser construído de forma coletiva com a comunidade escolar. Destaca também que o coordenador deve articular os professores na elaboração e implementação deste projeto para garantir a qualidade do ensino.
A didática é uma ciência que estuda as estratégias de ensino e aprendizagem. As tendências pedagógicas surgem de movimentos sociais e filosóficos que buscam favorecer o conhecimento de acordo com as aspirações da sociedade. A didática está presente em todos os lugares onde ocorre o processo de ensino-aprendizagem, seja na escola, faculdade ou casa.
Esta pesquisa tem como objetivo central descrever um dos Projetos desenvolvidos na
perspectiva de “educar” jovens buscando uma preparação para a vida, que inclui a inserção
e sua manutenção no mercado de trabalho. Para isso, busco promover uma reflexão sobre a
importância do educador sensibilizar-se perante a urgência de desenvolver atividades
interdisciplinares e dinâmicas visando gerirem estes “humanos” em sentido latto e para isto
analiso o Projeto “Gentileza gera gentileza” baseado na história do Profeta Gentileza, que foi
construído com/para os jovens de 14 a 24 anos participantes do Programa “Aprendiz Legal”,
da Região dos Lagos de 2010 baseado nos eixos: procedimental, atitudinal e
comportamental, articulando com a vida pessoal, social e especialmente com o mundo do
trabalho.
O documento discute a importância da produção escrita no processo de formação de futuros professores, especialmente no desenvolvimento do pensamento e discurso. Apresenta conceitos de Vigotsky e Bakhtin sobre a relação entre pensamento, linguagem e discurso. Analisa fragmentos de textos escritos por uma aluna ao longo de seu projeto de pesquisa para mostrar evidências do desenvolvimento da capacidade de produção discursiva por meio da escrita e orientação docente.
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES: REFLEXÕES ACERCA DA A...ProfessorPrincipiante
O objetivo do presente texto é investigar quais as possíveis contribuições dos
supervisores escolares no processo de desenvolvimento profissional dos professores
iniciantes, em contextos de formação continuada. Assim, nos propomos a refletir acerca
dos significados da ação supervisora para a atuação profissional desses professores.
Para atender ao objetivo proposto foram utilizados pressupostos das pesquisas
qualitativas e quantitativas, com realização de entrevistas e questionários semiestruturados,
bem como análise de dados coletados na rede municipal de ensino e na
escola em estudo. Na construção do conhecimento sobre a ação supervisora e
desenvolvimento profissional dos professores encontramos evidências de que o
supervisor pode contribuir para o desenvolvimento profissional de professores em início
de carreira. Neste sentido, é necessária a ressignificação da ação supervisora, orientada
pelo diálogo e o trabalho colaborativo com os professores. Compreendemos que é
importante a implantação de políticas públicas, no âmbito de sistema municipal de
ensino, voltadas à formação continuada com supervisores escolares da rede. Neste
sentido, entendemos que a pesquisa, mesmo diante da provisoriedade do conhecimento
construído e da existência de silêncios, pretende contribuir para uma reflexão e
compreensão acerca do panorama da ação supervisora em processos de formação
continuada com professores e constituir-se enquanto possibilidade de um conhecimento
crítico e orientador de possíveis ações transformadoras.
PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL: ASPECTOS HISTÓRICOS, LINGUÍSTICOS E DISC...ProfessorPrincipiante
O simpósio Práticas de alfabetização no Brasil: aspectos históricos, linguísticos e
discursivos reúne trabalhos de quatro pesquisadores brasileiros de universidades
públicas de diferentes estados da federação, apresentando resultados de investigações.
No Brasil, continuamos a enfrentar índices altos de analfabetismo absoluto (cerca de
10%) e índices também altos de alfabetismo funcional (cerca de 20%). A interdição social
de uma parcela grande da população brasileira ao mundo da cultura escrita, que
historicamente se perpetua, permanece ativa. O compromisso de professores em
trabalhar por mudanças estruturais na sociedade, levando em conta esta discussão no
seu projeto pedagógico, organizado em currículos e planejamentos, e, sobretudo, nas
ações cotidianas, continua sendo um desafio político neste país com tantas
desigualdades.
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...ProfessorPrincipiante
A problemática do professor iniciante vem se constituindo como um foco de interesse
quer de pesquisas e intervenções, quer de políticas e ações institucionais. Alguns países
já reconheceram que as consequências em não atender os problemas específicos dos
docentes iniciantes trazem sérios prejuízos econômicos, tanto pela deserção dos
mesmos como pelo impacto de suas ações no sistema educativo. No Brasil, ainda não
existe uma efetiva preocupação por parte da maioria das universidades e das escolas
para pensar ações e estratégias para atender os docentes iniciantes na carreira. No
entanto, vislumbra-se que essa temática está chamando a atenção e começando a
ganhar espaço em estudos de pesquisadores da área
PROFESSOR INICIANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA: VALORIZANDO TRAJETÓRIAS E CONQUISTAS ...ProfessorPrincipiante
Este documento apresenta o relato de um professor inicante de Educação Física sobre sua trajetória profissional por meio de um memorial descritivo. O relato destaca as influências familiares e experiências durante a formação inicial que contribuíram para a escolha da profissão docente. Além disso, ressalta como a atuação na escola e a reflexão sobre a prática por meio da escrita biográfica permitiram compreender melhor o próprio processo de desenvolvimento profissional.
OS DILEMAS DA DOCÊNCIA DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLARProfessorPrincipiante
1) O documento discute os dilemas enfrentados por professores iniciantes de Educação Física, incluindo o choque com a realidade da profissão e condições de trabalho difíceis.
2) Os principais dilemas identificados foram falta de materiais, planejamento deficiente, turmas grandes, falta de interesse dos alunos, e apoio insuficiente.
3) A análise dos dados revelou que esses dilemas dificultam a prática pedagógica e a aprendizagem dos alunos.
DOCENTES NOVELES: LA REFLEXIÓN SOBRE LA PRÁCTICA EN EL PROCESO DE FORMACIÓN. ...ProfessorPrincipiante
El presente trabajo comunica una experiencia pedagógica ligada a la formación
docente de recientes graduados universitarios en la carrera de Abogacía. La finalidad es
compartir el acompañamiento a los docentes principiantes sistematizado con el objeto de
caracterizar la dinámica de la práctica docente en el mismo proceso de enseñanza.
Planteamos el problema de la vinculación o diálogo permanente entre práctica y teoría,
así como los esquemas de interacción que se buscan explicitar para formar un docente
reflexivo y transformador de su propio hacer. La posibilidad de desarrollo del
acompañamiento de docentes principiantes se ubica en la Escuela de formación de
Auxiliares Docentes de la Facultad de Derecho y Ciencia Política de la Universidad
Abierta Interamericana, escenario institucionalizado como espacio trayecto de formación.
En este escenario converge el auxiliar docente, el docente formador de la especialidad
del Derecho/ tutor, y el asesor pedagógico. Este Programa de iniciación a la docencia
universitaria se inscribe en una concepción acerca de la enseñanza en el nivel superior
en términos de objeto complejo y multidimensionado, el cual requiere para su abordaje del desarrollo de habilidades personales y profesionales singulares. La implicación del docente en formación constituye una dimensión indispensable en el proceso de profesionalización, así como su participación activa al interior de una comunidad de prácticas definida por un particular entramado de sentidos. La reflexión a lo largo del trayecto y el diálogo cooperativo con otros colegas en formación y con docentes expertos operan como posibilitadores de un mejor “aprender a enseñar”.
PROCESSOS DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICAProfessorPrincipiante
[1] O documento discute os processos de socialização profissional de professores iniciantes de Química, analisando suas trajetórias educacionais e ingresso na carreira docente. [2] A maioria dos professores entrevistados veio de famílias de baixa escolaridade e ocupações humildes, mas tiveram apoio para seguir carreira acadêmica. [3] Sua formação inicial e primeiros anos como professores revelaram aprendizados sobre a profissão decorrentes tanto da socialização primária quanto da socialização secund
O CAMPO DE CONHECIMENTO E AS PRÁTICAS SOBRE A INICIAÇÃO À DOCÊNCIA: O QUE REV...ProfessorPrincipiante
1. O documento discute as tendências de estudos sobre professores iniciantes reveladas na produção científica de um congresso internacional sobre o tema.
2. As experiências de acompanhamento de professores iniciantes foi o tema mais estudado, mostrando um foco em iniciativas institucionais de apoio.
3. Outros temas comumente estudados incluem a construção de saberes dos professores iniciantes e os saberes de professores/alunos na formação inicial.
LA RESIDENCIA DOCENTE: UN CAMPO DE INTERACCIÓN CON MÚLTIPLES ALIANZAS, CONFLI...ProfessorPrincipiante
Este trabajo se propone acercar algunas reflexiones relacionadas con las prácticas docentes que realizan los alumnos de “Didáctica Especial y Residencia Docente” que corresponde a la carrera del profesorado en Letras.
El análisis de las estrategias de aprendizaje y recorridos de formación que van construyendo los futuros profesores en el trayecto inicial de acercamiento al aula nos permite, a quienes acompañamos como formadores, crear algunos “dispositivos de residencia” para lograr que este espacio sea una puerta abierta hacia el proceso continuo de autoeducación.
Sobre la base de materiales/registros de observaciones de clases y apuntes de corrección de planes/guiones de las mismas, el presente reporte posibilita focalizar dimensiones que condensan aspectos claves de esta experiencia formativa.
La residencia implica la inserción de los alumnos en una red de interacciones que los atraviesa con alianzas y tensiones en un recorte escolar “como si fuera real” en la relación que se establece entre el residente, el profesor de residencia y el docente del curso donde se ensaya.
El acompañamento a la prática y la inserción: desafios, perfiles y responsabi...ProfessorPrincipiante
1) O documento discute a importância do apoio e acompanhamento de professores iniciantes durante sua inserção profissional, especialmente considerando os desafios enfrentados.
2) Historicamente, professores experientes auxiliavam iniciantes de forma informal, mas políticas atuais raramente fornecem esse tipo de apoio estruturado.
3) Muitos países têm implementado programas formais de mentoria para iniciantes, utilizando professores experientes para auxiliá-los em sua transição para a docência.
1) O documento discute a formação de professores iniciantes e o desenvolvimento de sua identidade profissional.
2) É descrita uma pesquisa com professores iniciantes da educação infantil que utiliza narrativas autobiográficas para refletir sobre o "ser e estar" na profissão docente.
3) Os achados iniciais mostram que os professores desejam ser reconhecidos por seu compromisso com as crianças e contribuir para seu crescimento e aprendizagem.
Políticas e Programas de Apoio aos Professores Iniciantes no BrasilProfessorPrincipiante
Este documento discute políticas e programas de apoio a professores iniciantes no Brasil. A pesquisa analisou 15 estudos de caso em estados e municípios brasileiros e encontrou iniciativas de apoio a professores iniciantes em alguns locais, incluindo um programa no Espírito Santo onde professores passam por um processo de formação antes de um concurso público, com taxas de sucesso altas. Dois municípios possuem políticas claras de acompanhamento de professores iniciantes.
OS IMPACTOS DOS PROCESSOS DE REGULAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO DOC...ProfessorPrincipiante
brasileiro para avaliar o desenvolvimento profissional do docente da educação superior.
Para tanto, foram realizadas pesquisas documentais e teóricas sobre a educação
superior brasileira. Essa busca constituiu um procedimento de coleta de dados que
considerou o contexto histórico e social para a compreensão e explicação dos
documentos. Neste sentido, a busca pela legislação que regulamenta a educação
superior no Brasil, tanto para o ensino de graduação como o de pós-graduação, bem
como as propostas das instituições reguladoras da educação superior como MEC, INEP,
CAPES e Banco Mundial, e instituições representativas da área da educação como a
UNESCO, REDESTRADO e ANPEd, foram consideradas essenciais para o entendimento
desta proposta de estudo.
Este documento describe una experiencia de prácticas docentes en el Instituto Superior Nuestra Señora del Valle en Córdoba, Argentina. Las autoras propusieron concebir las prácticas docentes como un "Espacio de Encuentros" que promueva la formación compartida, una mirada reflexiva del contexto y la construcción conjunta entre teoría y práctica. Implementaron diversos dispositivos como encuentros con directivos, maestros y especialistas para lograr este objetivo. Entre los logros señalan la creación de un clima colaborativo
OS PROFESSORES INICIANTES E A GESTÃO DOS DILEMAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLARProfessorPrincipiante
O professor é um gestor de dilemas, ainda que de forma assistemática e com baixo nível
de consistência, notam-se dilemas no pensamento educativo, na reflexão dos
professores em suas ações. É na tomada de decisão dos professores que se encontra o
cerne do processo educativo. As “perspectivas pessoais” dos professores são uma parte
fundamental das crenças e conhecimentos profissionais dos processos que contribuem
para resolver os dilemas que enfrentam quando decidem sobre metodologias, conteúdos,
avaliação (GIMENO SACRISTÁN, 1992).
Com o intuito de melhor compreender os dilemas pelos quais os docentes se deparam no
início da carreira, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso com
dez (10) professores de Educação Física Escolar, com até três (3) anos de docência,
atuantes nas redes municipal, estadual e particular de ensino da cidade de Santa Maria
(RS- Brasil). O objetivo foi identificar os dilemas que estes professores enfrentam em
suas aulas, através do instrumento de pesquisa denominado entrevistas semiestruturadas.
Os dilemas mais recorrentes nas falas dos participantes foram: 1) o choque
com a realidade; 2) as condições de trabalho difíceis; 3) a falta de um planejamento
curricular para a Educação Física; 4) o número elevado de alunos nas turmas, 5) a falta
de interesse dos alunos pelas atividades propostas; 6) a falta de apoio da comunidade,
pais e alunos; 7) a indisciplina nas aulas; 8) as turmas com alunos de ambos os sexos; 9)
as turmas heterogêneas quanto à idade dos alunos; 10) as intempéries do tempo.
Com os dados adquiridos nesta investigação, tornou-se possível a realização de outro
estudo, complementar a este, utilizando-se do mesmo material coletado, o qual fornecia
informações suficientes para tal.
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E O PROFESSOR INGRESSANTE NA UNIVERSIDADEProfessorPrincipiante
Nos últimos anos, as universidades brasileiras têm realizado mudanças que se
encaminham para um "novo redesenho do perfil das universidades contemporâneas" e
no Estado do Rio Grande do Sul, as universidades tiveram uma evolução cujo padrão
se distinguiu do resto do país com a criação de instituições privadas de caráter
comunitário. Mas, a universidade não parece preparada para defrontar os desafios que
apontam para transformações profundas de acordo com os estudos realizados por
Leite (2003), Neves (2003) e Santos (l999), por isso, cresce a necessidade de um
assessoramento pedagógico, humano, institucional e direcionado aos seus docentes.
POR QUE PEDAGOGIA? ESCOLHA DO CURSO E VIDA ACADÊMICA DE ALUNOS SEM EXPERIÊNCI...ProfessorPrincipiante
Este trabalho versa sobre o processo de escolha do Curso de Pedagogia, por esses
alunos. Por que, sem experiência com educação, se dirigiram a um curso que prepara
para uma profissão que não é economicamente valorizada e que, nos dias de hoje,
não traz prestígio profissional e social?
O documento discute a natureza e identidade da pedagogia. Explica que pedagogia não é apenas ensino, mas sim um campo de conhecimento sobre a problemática educativa em sua totalidade. Define pedagogia como a ciência da e para a educação, que investiga o fenômeno educativo teoricamente, formula orientações para a prática, e propõe princípios e normas para a educação. A pedagogia lida com processos formativos que ocorrem em diversos lugares, não apenas na escola.
Este artigo discute como os conceitos de currículo, identidades sociais, poder e linguagem podem fornecer um referencial teórico para pesquisas sobre como a disciplina escolar de História negocia marcas identitárias em sala de aula. O autor argumenta que as práticas discursivas dos professores desempenham um papel central na produção de identidades e que o diálogo entre teorias do currículo e da linguagem pode ajudar a entender este processo.
Este documento descreve um curso para professores sobre letramentos digitais. O curso visa capacitar professores no uso de tecnologias digitais para melhorar suas práticas pedagógicas. O curso abordará conceitos de letramentos digitais, discutirá como integrar tecnologias no ensino e ajudará professores a desenvolver propostas pedagógicas usando ferramentas digitais.
O documento discute a importância do desenvolvimento de letramentos digitais entre professores. Aprender sobre novas tecnologias permite que os professores incorporem essas ferramentas de forma pedagogicamente eficaz em suas aulas, ao invés de apenas reproduzir métodos antigos em novos suportes. Isso requer formação continuada e reflexão sobre como integrar tecnologias de maneira crítica e transformadora no ensino.
UNIESP_PED03CG_DIDÁTICA_AULA 01 do curso de pedagogia.pptxfnzrb5pnbp
O documento discute o conceito de didática e sua importância para a formação de professores. A didática estuda os processos de ensino e não é neutra, considerando objetivos sociopolíticos. Um bom professor deve se basear nos saberes da didática para planejar estratégias eficazes de ensino que considerem os alunos e os objetivos educacionais.
Este documento resume uma pesquisa sobre o papel do pedagogo na organização do trabalho escolar em uma escola pública paranaense. A pesquisa investigou como os educadores viam o papel do pedagogo e identificou fatores que dificultavam e favoreciam sua atuação. Com base nos resultados, a equipe pedagógica planejou ações como grupos de estudo e discussão para ressignificar o papel do pedagogo e melhorar a organização do trabalho escolar de forma coletiva.
Líneas de Investigación - Dra. Marie Lissette Canavesi Rimbaud ( Decana Facultad Ciencias de la Educación) - Docente de la Materia: Cultura, Saberes y Prácticas. Doctora en antropología
O documento discute a natureza e identidade da pedagogia. A pedagogia é o campo do conhecimento que estuda a educação em seus diversos contextos. Os pedagogos atuam em diferentes áreas educativas e enfrentam desafios como repensar os processos de ensino-aprendizagem e fortalecer a formação dos professores.
DIÁLOGOS E ACOMPANHAMENTO: OS PROFESSORES INICIANTES E SUAS PRÁTICAS EM QUESTÃOProfessorPrincipiante
Pesquisas sobre formação de professores têm aumentado nos últimos anos e os
enfoques adotados tomam direções variadas, deixando de ser levantamento de dados
sobre o que falta para um ensino de qualidade ou o que caracteriza uma formação eficaz,
para considerar as concepções teóricas dos professores e seus maiores desafios no
enfrentamento da docência.
Nesse cenário, desponta o movimento biográfico que se consolida desde os anos 2000
(Josso, 2004, 2010; Nóvoa, 1995, 2006; Souza, 2006), construindo uma nova área de
pesquisa, inaugurando fóruns de debates internacionais como o CIPA1, em que
pesquisadores discutem suas produções de conhecimento sobre a abordagem biográfica.
O recorte aqui apresentado baseia-se no princípio da atividade de pesquisa vinculada à
formação, tendo em vista que a abordagem biográfica, presente nas escritas de si,
propicia situações que levam à interpretação dos percursos biográficos, questionando a
trajetória de profissional de cada envolvido, proporcionando condições para a
conscientização desse processo. Josso (2004) afirma que o procedimento autobiográfico
permite-nos compreender o modo pelo qual os professores formam-se e adquirem novas
competências, e auxilia na criação de estratégias de trabalho que favorecem suas
aprendizagens, permitindo aos escritores das narrativas, responder a questões como: Em
que me apoio para pensar como penso? Como me constituí no que sou? De onde vêm
referenciais em que me apóio? Com quem e como aprendi meu fazer? E, ainda, aos
pesquisadores, permite confirmar o caráter heterogêneo das motivações que dinamizam
o processo formativo dos aprendizes adultos. A esse tipo de pesquisa, Josso (2010)
intitulou pesquisa-formação, descrevendo que seu poder de transformação está pela
tomada de consciência de que ele é sujeito de suas transformações, sujeito cônscio de
suas formas de ser no mundo, suas aprendizagens, objetivações e valorizações que
elaborou em diferentes contextos que são/foram os seus.
O documento discute a didática e seu objeto de estudo, definindo didática como a reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem. Apresenta breve história da didática e conceitua educação, ensino, aprendizagem, escola. Destaca que a didática estuda o ensino e aprendizagem de forma intencional, com planejamento e objetivos, visando uma educação significativa.
Este documento discute o discurso docente sobre o uso de materiais didáticos na sala de aula com base em entrevistas com professores. Os professores veem os materiais didáticos como auxiliares importantes, que podem tornar as aulas mais dinâmicas e facilitar a aprendizagem dos alunos, porém não são essenciais se o professor for competente. O documento analisa como os professores conceitualizam e usam diferentes tipos de materiais didáticos em suas práticas.
Este documento descreve os objetivos e estrutura de uma escola localizada em Hortolândia, São Paulo. A escola oferece ensino fundamental e médio e tem como objetivos principais proporcionar aos alunos condições para seu desenvolvimento pessoal e prepará-los para participar criticamente da sociedade. O projeto político-pedagógico da escola se baseia em valores democráticos e na formação do cidadão.
LETRAMENTO DO PROFESSOR DE LÍNGUA MATERNA: A CONFLUÊNCIA DE SABERES DIVERSOSProfessorPrincipiante
O documento discute a formação inicial de professores e o letramento de professores e alunos por meio de ambientes digitais. Aborda os desafios da prática pedagógica de professores iniciantes e a importância de desenvolver o letramento digital para estabelecer novas formas de interação na sala de aula.
O coordenador pedagógico e o espaço de mudançagabrielbertoldo
1) O documento discute o papel do coordenador pedagógico como agente de transformação nas escolas.
2) Ele argumenta que o coordenador pode promover mudanças nas práticas dos professores através de ações como trabalho coletivo, formação continuada e incentivo à inovações curriculares.
3) Também defende que é importante o coordenador ajudar os professores a refletirem criticamente sobre sua prática e tornar consciente a interação entre suas dimensões políticas, técnicas e humanas.
O TRABALHO DOCENTE DE ASSISTENTES SOCIAIS E ENGENHEIROS NO ENSINO SUPERIORProfessorPrincipiante
A partir das últimas décadas do século XX, e com maior intensidade a partir dos anos de 1990, são notórias no cenário dos debates em torno do trabalho docente novas tendências epistemológicas à base da formação do educador, propondo mudanças em direção ao delineamento de um novo paradigma pedagógico de formação. Contudo, esse movimento não vem se dando de forma homogênea. Os múltiplos olhares sobre os contextos da modernidade vêm constituindo um mosaico multifacetado de concepções, disputas e tensões.
Slide - Texto 05- PINTO, Humberto de Andrade.pptxFtimaCortes4
O documento discute a função formadora da coordenação pedagógica junto aos professores, analisando a relação entre pedagogia, didática e formação de professores. A coordenação pedagógica é uma área de atuação do pedagogo e deve considerar as dimensões institucional, da unidade escolar e subjetiva do educador.
EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES APOSTILA 1.pdf4444444444ada
1. O documento discute a atuação do pedagogo em espaços não formais fora da escola, como em empresas, presídios e hospitais.
2. A pedagogia se expande para esses novos espaços devido às transformações sociais e tecnológicas.
3. O pedagogo deve articular saberes teóricos e práticos para atuar nesses diversos contextos de educação não formal.
O documento discute os saberes dos professores. Discutem-se quatro tipos de saberes: 1) saberes da formação profissional, 2) saberes disciplinares, 3) saberes curriculares e 4) saberes experienciais adquiridos na prática. Argumenta-se que esses saberes são construídos a partir da experiência pessoal e profissional dos professores, e não são meros conteúdos transmitidos formalmente.
Nadal 0 cultura escolar e conselho de classe gestão democrática do trabalho...Beatriz Nadal
O documento discute a cultura escolar em relação ao conselho de classe como instância de gestão do trabalho pedagógico em duas escolas públicas no Paraná. A pesquisa mostra que, apesar da política educacional configurar o conselho como momento democrático, a cultura escolar o vê como etapa burocrática. A institucionalização do conselho se deu nas reformas da década de 1970, mas pesquisas indicam que ele muitas vezes atua de modo contraditório aos interesses sociais.
O documento discute a importância da formação sólida em conteúdo disciplinar e do desenvolvimento de uma atitude crítica nos cursos de formação de professores. Argumenta-se que esses cursos devem promover a apropriação de conhecimentos sistematizados, o pensamento crítico sobre a realidade e a reflexão sobre a prática pedagógica.
Semelhante a PRÁTICA EDUCATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORAS (20)
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
PRÁTICA EDUCATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORAS
1. PRÁTICA EDUCATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
DE PROFESSORAS
Lima, Rosely Ribeiro
roselyl@gmail.com
UFMT, UFG - Brasil
Monteiro, Filomena Maria de Arruda
filomena@cpd.ufmt.br
UFMT - Brasil
Palavras-chave: Representações Sociais – Professoras - Prática educativa - Língua
Portuguesa.
Problema de estudo
Discussões sobre os diferentes saberes presentes no trabalho professoral,
bem como suas formas de incorporação e seus desdobramentos na prática educativa,
estão presentes em muitos debates educacionais como uma necessidade para se
compreender a complexidade do fenômeno educativo. Para Tardif (2000), não apenas os
saberes advindos da formação universitária norteiam as práticas professorais, como
também os saberes “[...] laborados, incorporados no processo de trabalho docente, que
só têm sentido em relação às situações de trabalho e que é nessas situações que são
construídos, modelados e utilizados de maneira significativa pelos trabalhadores”. (Tardif,
2000, p. 11).
Queremos neste trabalho, nos juntar a esse entendimento, conhecendo os
distintos saberes contidos nas representações sociais de professores/as que
fundamentam e orientam as suas práticas, em muitas circunstâncias, livre de influências
de estudos e de teorias advindos dos espaços reificados, locus de produção de saberes
científicos. Portanto, se as práticas professorais são também norteadas por saberes
construídos em ofício, para além daqueles de formação; nosso problema de estudo
consiste em compreender quais e de que natureza são os saberes revelados pelos/as
professores/as sobre o processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa.
Questões e objetivos
Apresentaremos aqui representações sociais, sob aparência de saberes,
que são construídas nas práticas educativas de professoras da primeira fase do ensino
fundamental, frente ao processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa. Nosso
objetivo é identificar como as professoras significam seu trabalho, buscamos assim,
entender o que as professoras dizem acerca das práticas de ensinar e de aprender a
língua na escola? Quais são as representações sociais que carregam e promovem a
significação desta realidade? São estas as questões que buscamos respostas ao longo
do texto.
Referencial teórico
O trabalho foi elaborado com as contribuições da Teoria das
Representações Sociais (TRS) de Moscovici (2003) e de alguns ensinamentos de seus
colaboradores como, Jodelet (2001), Wagner (1998), Campos (2005), Oliveira (2005) e
Sá (2002); obras estas que foram norteadoras para o entendimento e captura do
2. fenômeno representacional. Também buscamos direcionamentos sobre o conceito de
saberes a partir das orientações de Tardif (2000) para que pudéssemos compreender a
variedade de saberes mobilizados pelos professores em seu ofício. Estes saberes
favorecem a formação de representações sociais que promovem a orientação e
justificação de condutas. Além destes nortes, buscamos Sacristán (1995) para a
fundamentação sobre o que seja a prática educativa e finalmente, nos guiamos por
compreensões sobre o processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa na obra
de Bagno (2002).
Jodelet (2001), uma das principais pesquisadoras e colaboradoras da TRS,
versa sobre as representações sociais como sendo um fenômeno, que ao mesmo tempo,
se caracteriza na qualidade de produto e processo, pois tratam de uma apropriação da
realidade exterior ao pensamento e de elaboração psicológica e social dessa realidade;
trazendo a marca do sujeito e de sua prática, em que todas as funções mentalizadas são
também socializadas. Assim sendo, são fenômenos que formam um saber social e
prático de determinado objeto explicados por uma teoria psicológica e social do
conhecimento.
Segundo Jodelet (2001), as pessoas constroem representações sociais por
cinco motivos: 1º buscam informação sobre o mundo a sua volta; 2º procuram
ajustamento na realidade; 3º querem saber como se comportar; 4º tratam de dominar o
mundo física e intelectualmente e; 5º buscam identificar e resolver problemas
existenciais. Dessa maneira, as representações sociais manifestam-se na qualidade de
sistemas de interpretação que regem a relação das pessoas com o mundo e com os
outros, em que orientam e organizam as condutas e as comunicações sociais. Moscovici
(2003) preocupou-se com a maneira de como e por que as pessoas partilham os saberes
e de que modo transformam ideias em práticas. Portanto, os estudos em representações
sociais apresentam uma importância no sentido de revelarem as negociações que os
sujeitos estabelecem em relação aos outros, para significar a vida a sua volta,
construindo saberes sobre os objetos e seres do mundo, constituindo-se como uma parte
importante da realidade social.
As formações imaginárias, implícitas ou explicitas nas linguagens,
direcionam as práticas das pessoas, como por exemplo, as representações sociais do
que seja ser aluno, do que seja ser professor e do que seja o ensino da língua, norteiam
comportamentos, justificam práticas, produzem conhecimentos e formam identidades.
Dentro deste entendimento que queremos situar os/as professores/as da primeira fase do
ensino fundamental, sendo profissionais que possuem um conjunto de saberes, dentre
eles os saberes científicos e, ao mesmo tempo, buscar assimilá-los no movimento de
inserção destes na realidade de sala de aula. São profissionais que procuram lidar com a
prática educativa e, nela, produzem significados e modos de pensar e agir no seu ofício
em interação com os outros atores sociais.
Nesse percurso de discernimento, consideramos aqui a significação de
saberes unida ao conceito apresentado por Tardif (2000), que compreende os saberes,
as competências, as habilidades e as atitudes dos/as professores/as em um sentido
amplo, que engloba o chamado saber, saber-fazer e saber-ser. Para Tardif (2000), a
construção de compreensões sobre os saberes profissionais dos/as professores/as em
exercício, podemos acrescentar as representações sociais, solicita um exame crítico das
premissas que estruturam as crenças, as atitudes e a própria prática educativa de
professores/as.
Estamos falando da prática educativa em um sentido amplo, não apenas
do aspecto didático e de ações restritas de responsabilidade dos/as professores/as. Para
nós, ensinar e aprender são práticas sociais; pois são concretizadas nas interações entre
professores/as, alunos/as e outros sujeitos sociais, espelhando e influenciando a cultura
e os contextos em que todos estão inseridos. Com as contribuições de Sacristán (1995),
consideramos que o processo de ensino-aprendizagem da língua está submerso em
contextos variados, em práticas aninhadas umas nas outras. Para o pesquisador, existe
3. um sistema que rege a prática educativa, onde cada parte que o compõe afeta a ação
do/a professor/a.
Segundo Sacristán (1995, p. 69), “Existe uma prática educativa e de
ensino, em sentido antropológico, anterior e paralela à escolaridade própria de uma
determinada sociedade ou cultura”. Para o autor, as desteridades de ensinar e de
aprender estão marcadas pela historicidade dos sujeitos e não são restritas ao ofício
professoral, assim, os/as professores/as estão inseridos/as em um mundo cultural onde
existem diversos norteamentos aos conteúdos e aos métodos educativos, portanto, sua
profissão deve ser entendida enquanto um constituinte alicerçado em costumes, valores,
atitudes, saberes e crenças, socialmente partilhados.
Conforme Sacristán (1995), nesse ambiente cultural, as práticas escolares
são desenvolvidas, considerando três dimensões: 1ª O funcionamento do sistema
escolar; 2ª A organização específica de cada escola e; 3ª O contexto imediato, as
práticas educativas e didáticas no interior das salas de aula. As determinações do
sistema escolar, as normas coletivas adotadas por outros/as professores/as e as
regulamentações organizacionais regem as decisões individuais dos/as professores/as
para a realização da prática profissional.
Além dessas diversidades, Sacristán (1995) fala da existência de práticas
concorrentes, aquelas que podem ocorrer fora do sistema escolar, mas que exercem
influência sobre o mesmo; como exemplos, o autor fala do desenvolvimento curricular
realizado pela administração educativa; das editorações de manuais escolares e da
própria política educativa que podem servir como sugestões ou imposições de práticas,
tanto quanto forem as possibilidades de reflexão ou de contestação dos/as
professores/as. Portanto, podemos dizer que professores/as detêm uma autonomia
relativa, pois são dependentes de diretrizes político-administrativas reguladoras do
sistema educativo, da escola e da própria prática didática, de responsabilidade imediata
dos/as professores/as.
Dentro dessas práticas aninhadas que ocorre o processo de ensino-
aprendizagem da Língua Portuguesa; que também necessita ser direcionado por
objetivos aninhados. Buscando responder sobre quais os verdadeiros objetivos do ensino
da língua na escola, Bagno (2002, p. 18) afirma que este processo deveria proporcionar
condições para o desenvolvimento pleno de uma “[...] educação lingüística escolar [...]”.
Junto aos fundamentos construídos por este autor, compreendemos o ensino e a
aprendizagem da Língua Portuguesa enquanto um universo formativo que apresenta um
objetivo geral, produzir sentidos, significados, conhecimentos sobre o mundo físico e
social a partir da aquisição competente das práticas de ler, escrever, ouvir, falar, ou seja,
produzir a interdiscursividade entre pessoas, objetos, saberes, representações sociais,
etc. Não compreendemos todos esses elementos separados, acreditamos que todos
formam uma unidade. Sabemos que existem práticas educativas específicas para a
obtenção de determinados objetivos da aprendizagem, mas esta especificidade não pode
trazer um entendimento compartimentado.
Metodologia
No ano de 2010, contatamos 100 profissionais (de um universo de 170)
atuantes da rede pública municipal de educação de uma cidade do interior do Estado de
Goiás, no Brasil, da primeira fase do ensino fundamental. Desta amostra, obtivemos
contribuições de apenas um professor do sexo masculino, por este motivo, escolhemos
tratar os dados, considerando o quantitativo maior de participações perante a
denominação do grupo junto ao termo professoras.
A amostra foi constituída por 56 professoras que trabalham na
alfabetização, que correspondem ao 1º e 2º ano do ensino fundamental. Seus/suas
4. alunos/as têm preferencialmente1
entre 6 a 7 anos. Somando aos dados, 44 professoras,
atuantes no 3º, 4º e 5º ano, recebem alunos/as entre a faixa etária preferencialmente de
8 a 10 anos. Observamos que 90% da amostra é composta por pedagogas e 10% têm
formação em outros cursos como Letras, Geografia, História e Ciências Biológicas, com
complementação pedagógica.
Norteados pelas contribuições de Garcia (1998), consideramos essa
formação profissional inicial constituída por características pessoais e grupais dos
sujeitos, de interações sociais que se processam em seu interior e ao seu envolto, de
estruturas e conteúdos curriculares e de fatores contextuais que fomentam o processo de
aprender a ensinar. Portanto, se formar professor/a está para além da obtenção exclusiva
de saberes universitários, pois é um processo ininterrupto que se desenvolve em
contextos sociais e em espaços escolares submersos em culturas, crenças, valores,
ideologias diversificadas, representações sociais e, se concretiza em práticas educativas
aninhadas, que promovem aprendizagens ligadas diretamente à experiência professoral.
Além do exposto, Garcia (1998) nos apresenta que as pesquisas
referentes à formação de professores e acerca do saber sobre aprender a ensinar estão
considerando todos os momentos da carreira docente, que se constitui em uma jornada
de aprendizagem da docência transcorrida ao longo de toda a vida professoral; deste
modo, estas investigações preocupam-se com os professores em formação, os
professores principiantes e, também, com os professores em exercício.
Nossa pesquisa contatou profissionais principiantes e aquelas com longa
experiência professoral: oito delas apresentaram tempo de serviço docente de até três
anos; dezoito profissionais informaram que trabalham como professoras entre os quatro
até seis anos; trinta e três professoras estão na faixa de sete até dez anos de atuação;
vinte e sete professoras apresentaram que trabalham entre onze até dezenove anos e,
finalmente, catorze professoras informaram que exercem seu ofício há vinte anos ou
mais. Esta amostra de sujeitos permitiu a recolha de resultados apresentados por
professoras de diversos ciclos professorais, por este motivo, tivemos a possibilidade de
localizar um possível consenso no centro destas diversificadas influências pessoais,
profissionais e contextuais que influem sobre as professoras.
Dentro dessa diversidade que buscamos o dito mais frequente. Para
localizar de maneira rápida estes elementos de concordância professoral, utilizamos a
técnica de Associação Livre de Palavras (ALP). Segundo Oliveira (2005), esta técnica de
coleta de dados se refere à possibilidade de apreensão das projeções mentais de
maneira espontânea, apresentando os conteúdos implícitos e latentes que podem estar
escondidos nos discursos. Com a sua utilização, foram recolhidos vocábulos, solicitando
das professoras a apresentação de cinco palavras acerca do que pensam sobre o ensino
da Língua Portuguesa e mais cinco palavras sobre a aprendizagem da Língua
Portuguesa. Entendemos que tanto o ensino, quanto a aprendizagem são processos que
apresentam especificidades diferentes, ao mesmo tempo se complementam e são
fundamentais para as práticas educativas. Esta possibilidade de relação entre ambos os
processos se firma nas ideias de Pérez Gómez (1998), que considera a aula como
espaço de saber compartilhado, para o autor, o ensino significa:
[...] um processo que facilita a transformação permanente do pensamento, das
atitudes e dos comportamentos dos alunos/as, provocando a comparação de suas
aquisições mais ou menos espontâneas em sua vida cotidiana com as proposições
1
Utilizamos o termo preferencialmente para designar a entrada dos/as alunos/as na primeira fase
do ensino fundamental a partir de 6 anos de idade, conforme a LDB nº 9394/96.
5. das disciplinas científicas, artísticas e especulativas, e também estimulando sua
experimentação na realidade. (Pérez Gómez, 1998, p. 70).
E a aprendizagem significa: “[...] um prolongado processo de assimilação e
reconstrução por parte do/a aluno/a da cultura e do conhecimento público da comunidade
geral”. (Pérez Gómez, 1998, p. 67). Todavia, compreendendo a importância da relação
entre ensino e aprendizagem no processo educativo, optamos por uma coleta separada
dos temas para localizar nos discursos capturados como as professoras tratam os
mesmos em suas variadas possibilidades, não apenas em uma dimensão de
justaposição.
Nesta pesquisa, as palavras coletadas mediante o uso da técnica de ALP
foram lançadas em um programa estatístico denominado de Ensemble de programmes
permettant l’analyse des evocations (EVOC), que calculou as palavras mais frequentes e
as mais prontamente evocadas. Este processamento de dados resultou em quadros que
listam estes vocábulos, tanto pela freqüência (F) - as frequências fortes são aquelas que
apresentam altas ocorrências de palavras, e as fracas o oposto; e em relação à Ordem
Média de Evocação (OME) – são fortes as evocações com menores números de ordem
(se foi enunciado em primeiro, segundo... lugar), e fracas o inverso, com maiores
números.
Considerando a organização estatística das palavras e a Teoria do Núcleo
Central (TNC) defendida na França por Abric, conhecimento este que se assenta na TRS;
os dados foram organizados em quadros que apresentam o seguinte significado: Sá
(2002), um dos principais divulgadores e pesquisadores da TNC no Brasil, nos esclarece
que as representações sociais estão distribuídas em um Núcleo Central e em periféricos.
Quando estão no mundo consensual, definindo a homogeneidade do grupo, as
representações se localizam no Núcleo Central, tornando-se estáveis, rígidas, resistentes
a mudança e pouco sensíveis ao contexto imediato. Agora, quando permitem a
integração das experiências e histórias individuais, elas se localizam nos periféricos,
podemos também acrescentar zona de contraste, que carregam a heterogeneidade do
grupo, sendo flexíveis, evolutivas e sensíveis ao contexto imediato.
Discussão dos resultados
Neste trabalho, buscamos principalmente os saberes consensuais das
professoras, portanto, apresentamos apenas as palavras que formaram o denominado
Núcleo Central. Assim, dentro da temática investigada, as organizações centrais das
possíveis representações sociais e saberes podem ser vistos na figura de Número 1; a
coluna posicionada do lado esquerdo apresenta as palavras evocadas a partir do mote
indutor denominado Ensino da Língua Portuguesa e, a coluna direita mostra as palavras
evocadas a partir do mote indutor chamado Aprendizagem da Língua Portuguesa:
1º MOTE: ENSINO 2º MOTE: APRENDIZAGEM
OME < 3,00 OME < 3,00
F NÚCLEO CENTRAL F NÚCLEO CENTRAL
≥ 17
ATRIBUTOS F OME
≥ 16
ATRIBUTOS F OME
Leitura 55 2,345 Leitura 43 2,419
Escrita 32 2,938
Dificuldade 21 2,143
Conhecimento 18 2,944
Figura 1 Elementos centrais
Nesses dados fica evidente que a prática de leitura vem sendo valorizada
em ambos os motes, tanto no que trata do ensino da língua, quanto naquele que mostra
6. os elementos que falam sobre a aprendizagem, sendo, portanto, a possível constituição
mais central e saliente das representações sociais e dos saberes das professoras.
No mote Ensino, em termos de frequência e OME, não ocorreu o
aparecimento de qualquer outro elemento para compor o Núcleo Central. Isto possibilita a
seguinte afirmação: os saberes e as representações sociais das professoras sobre o
ensino da língua são construídos pela centralidade da prática de leitura neste processo.
Isto pode nortear escolhas pedagógicas que priorizam a leitura em detrimento de outras
práticas; ou mesmo favorece o direcionamento de um ensino da língua a partir da leitura;
entre outras possibilidades.
Além da apresentação de palavras soltas, solicitamos das professoras que
formassem uma frase sobre cada palavra evocada para nos mostrar o motivo de escolha
de cada uma delas. Sobre o vocábulo leitura, a maioria das professoras disse que: “1 Se
há leitura há conhecimento. 2 A inteligência é obtida através da leitura. 3 Cultura é o que
adquirimos através da leitura. 4 A Leitura é indispensável para o crescimento do ser
humano. 5 A leitura é essencial para o ensino de português. Não ocorre o ensino sem a
leitura e sem a interpretação, ambos geram conhecimento”. Cada uma destas frases
corresponde a uma contribuição de uma professora, que contemplam variados sentidos
sobre a prática de leitura, entretanto, todas carregam uma ampla valorização da mesma.
São estas entre outras significações que colocaram em evidência a prática de leitura no
ensino da língua, situando as outras práticas em níveis secundários.
Essa representação segue ancorada naquelas proposições sociais que
direcionam o ser humano para o mundo letrado, o mundo de conhecimento, de cultura e
de crescimento humano, tudo que se diferente dele é inapropriado, excluído da realidade
social. Quando tratamos de ancoragem dentro dos estudos sobre representações sociais,
queremos mostrar o processo de interpretação dos objetos sociais desconhecidos a partir
de entendimentos já elaborados pelos sujeitos.
Para Moscovici (2003), as representações sociais - enquanto um corpus
organizado de saberes - são elaboradas a partir de dois processos. O primeiro deles
denominado de ancoragem busca classificar, relacionar, apropriar e dar nome a algum
objeto físico ou social desconhecido da realidade a partir de referências já conhecidas; é
a busca pelo entendimento sobre algo estranho mediante relações entre referências
familiares. Mas, podemos dizer que as professoras em exercício apresentam
estranhamentos sobre suas próprias práticas educativas? Se considerarmos o dinamismo
das interações sociais que possibilitam novas significações acerca da realidade,
responderemos que sim. Os novos direcionamentos acadêmicos que surgem nas escolas
como saberes recentes mediados pelas secretarias educacionais, ou mesmo que
chegam ao saber das professoras a partir dos vários meios midiáticos, trazem
significações diferentes, desconhecidas para elas.
Quando evocaram a palavra leitura e depois apresentaram frases que
situam este vocábulo em um enunciado com um sentido discursivo maior, podemos inferir
que as professoras representam o ensino da língua como uma possibilidade de aquisição
por parte do alunado de um saber social considerado legítimo; uma forma de inserção
do/a aluno/a no mundo da leitura, no mundo do ser humano. Portanto, a compreensão
central do ensino da língua está ancorada no saber social que valoriza a prática de leitura
para a apropriação de saberes considerados valiosos pela sociedade, que possibilitam a
aquisição de conhecimento, de cultura e que geram crescimento humano.
Além de trazer um caráter de familiaridade, as representações sociais são
também construídas a partir do processo denominado de objetivação. Segundo Moscovici
(2003), este processo une as interpretações dos sujeitos que buscam entendimento das
coisas desconhecidas com a própria realidade, levam as ideias das pessoas para a
prática, para o concreto da vida social. Nos dados obtidos, tivemos a oportunidade de
observar que as docentes objetivam o ato de ler como uma representação cuja prática
desencadeia todos os outros processos educativos. Interpretamos que as professoras
compreendem o ensino da língua como uma prática de leitura; sendo esta o carro chefe
7. que guia as outras práticas educativas. Vimos este indicativo, quando comparamos os
dados obtidos entre os dois motes.
A questão sobre a aprendizagem da Língua Portuguesa possibilitou a
coleta de outras três diferentes palavras além da leitura, são elas: escrita, dificuldade e
conhecimento. Como uma prática educativa secundária - em termos de frequência e
OME - surge a escrita, estando mais ligada ao processo de aprendizagem. Podemos
dizer isto, porque não apareceu no Núcleo Central da questão sobre o ensino a palavra
escrita.
Constatamos também que existe uma força de atração entre a leitura e a
escrita nas formações imaginárias, pois é consensual nos discursos das professoras, que
dentro do processo de aprendizagem da língua, “os alunos precisam ler muito para
escrever melhor”. Concordamos com o desencadeamento da reflexão, mas nos
questionamos sobre que tipo de leitura as professoras estão falando? Estes dados nos
apontam para uma concepção de linguagem enquanto expressão do pensamento,
valorizando o uso correto da língua. Antes de seguirmos com nossas observações, se faz
necessário fazer um pequeno resumo sobre as diferentes concepções de linguagem
existentes.
Para Geraldi (1996), existem três grandes correntes de pensamentos
sobre a linguagem: 1 - a gramática tradicional, ligada a concepção de linguagem como
expressão do pensamento; 2 – o estruturalismo e o trasformacionalismo, relacionando a
linguagem como instrumento de comunicação; 3 – a lingüística de enunciação,
abordando a linguagem como forma de interação. Estas divisões de correntes não
abordam todas as ramificações e complexidade dos estudos lingüísticos.
A primeira delas define a linguagem como a externalização do
pensamento, em que destaca como prioridade a memorização de regras de uma língua
padrão para que a comunicação ocorra adequadamente. Neste entendimento existe uma
dicotomia entre certo e errado, tanto para a verbalização oral quanto para a escrita.
Regras e normas gramaticais são colocadas como fundamentais para uma correta
linguagem. Esta concepção busca explicar a linguagem a partir das condições de vida
psíquica, individual, do sujeito falante, isto é, ela é vista com um ato puramente individual.
Ela é também denominada de gramática tradicional, que defende a existência de uma
língua superior as outras existentes; estabelecida como padrão; todas as outras línguas
que se diferenciarem desta, serão ignoradas e avaliadas como erradas.
A segunda concepção de linguagem trata da língua como instrumento de
comunicação. A língua é vista como um código, um conjunto de signos que se combinam
segundo regras, capaz de transmitir ao receptor certa mensagem. “O domínio desse
código possibilita melhores condições da comunicação. A linguagem é percebida como
fenômeno externo, que não faz parte da natureza humana, servindo como canal para a
comunicação entre as pessoas.” (Andrade, 2008, p. 4011).
E finalmente, a terceira concepção entende a linguagem como um lugar de
interação humana, elaborada socialmente e construída em processos interlocutivos. “Não
é só “passar” informações, mas compartilhá-las. Assim, a linguagem é a possibilidade de
interação comunicativa buscando a produção e construção de significados, de sentidos,
enfim, de elaboração de conhecimento”. (Andrade, 2008, p. 4011). Portanto, os/as
aluno/as submersos dentro desta última concepção passam a serem considerados como
sujeitos ativos que constroem suas habilidades e conhecimentos da linguagem oral e
escrita em interação com os outros e com a própria língua, objeto do conhecimento, em
determinadas circunstâncias de enunciação e no contexto das práticas discursivas.
Interpretamos anteriormente que a leitura para as professoras é aquela
que contribui para a aquisição de conhecimento, de cultura e que gera crescimento
humano. Anunciam que este conhecimento está ligado principalmente ao conhecimento
gramatical e ortográfico, como podemos ver no exemplo da frase escrita por uma das
professoras: “Na alfabetização os alunos precisam dominar a leitura, realizando
interpretação do que leu, pois só assim eles dominarão a Língua Portuguesa, dominando
as regras de acentuação e ortografia”.
8. Do ponto de vista do lugar social das professoras, os saberes acerca da
prática educativa é dependente do contexto em que vivem. Existem regras de enunciação
sociais e institucionais que os sujeitos aderem ou não pela mediação dos grupos
(Campos, 2005). No caso identificado, as normas sociais acerca da gramática tradicional
continuam sendo uma representação social hegemônica ao longo do tempo.
Conforme Wagner (1998), representações sociais hegemônicas refletem a
homogeneidade e a estabilidade das representações partilhadas por todos os membros
de um grupo. São passadas ao longo dos anos, tendo um caráter extenso de existência.
Podemos apontar para o fato que as representações sociais e saberes das professoras
acerca do ensino e da aprendizagem da Língua Portuguesa estão submersas dentro
destes processos de manutenção da importância da gramática normativa.
A língua é uma ferramenta em formato de signos e significados e ao
mesmo tempo é o resultado de um processo de interlocução, não está pronta nos tempos
e espaços, mas é criada exatamente enquanto vamos utilizando-a. Para Bagno (2002), a
concepção da língua considerada nas escolas brasileiras ainda carrega vínculos com a
uma norma padrão, transmitida pelas gramáticas normativas, não considerando o uso
real dos recursos linguísticos e suas múltiplas variedades.
Além desses apontamentos, Bagno (2002, p. 31) diz que o ensino de
Língua Portuguesa é fundamentado por uma gramática tradicional autoritária e dogmática
que ainda recebe influências de regras da “[...] realidade lingüística falada e escrita
antigamente em Portugal, por determinadas camadas sociais”, sendo necessária a
aproximação do ensino da língua de uma “[...] realidade lingüística culta falada e escrita
hoje no Brasil”. É necessário considerar as variedades sociolinguísticas.
As professoras continuam resistindo à necessidade de um saber para além
do código, difundido pelas discussões acadêmicas; entretanto, observamos também que
seus saberes estão sofrendo transformações, estão mudando o tipo de valorização
acerca da mesma gramática normativa. Dizemos isto, pois ao longo dos anos, o ensino
da Língua Portuguesa era cercado por uma imagem positiva de valorização da aplicação
de saberes gramaticais. (Bagno, 2002). O mais importante para pesquisadores/as,
professores/as, alunos/as e para a família era a adequação correta da linguagem verbal e
escrita por parte dos sujeitos. Todavia, podemos observar nos dados que esta vertente
não assumiu um caráter de centralidade. A palavra gramática antigamente ficaria sem
sombra de dúvida localizada no Núcleo Central da estrutura das representações sociais,
entretanto cedeu espaço para o atributo leitura.
Por mais que esses resultados deixem satisfeitos pesquisadores atuais do
ensino da língua, ainda consideramos que essa estrutura é uma sombra para adequar as
demandas das teorias científicas2
às práticas educativas. Afirmamos tal ideia pela relação
que as professoras fizeram nos seus discursos entre leitura e escrita, elas dizer que “Os
alunos têm que ler muito para escrever bem”. Sendo uma linguagem de ordem, a leitura
serve como instrumento de normatização, os/as alunos/as irão ler e entender os códigos
linguísticos, para escrever melhor. É a evidência da característica hegemônica da
representação social sobre o ensino da língua, mesmo com a urgência da transformação
da mesma advinda da ciência, as professoras modificam seus discursos (falam da
vertente social e da importância da leitura), mas continuam com a representação antiga
(predominância da gramática no ensino), sem considerar o processo interlocutivo que
ocorre ininterruptamente na prática educativa.
Campos (2005) nos faz conhecer que as representações sociais funcionam
como verdadeiras normas grupais, pois definem o que pode e o que não pode ser
considerado em relação a um determinado objeto social. Partindo disto, o guia de
entendimento acadêmico sobre o processo de ensino-aprendizagem da língua é a
2
Norteamentos para o ensino da língua estão entrando nas escolas através de programas como o
Pró-Letramento oferecidos pelo Ministério da Educação e Cultura, que ensinam acerca da
importância do caráter social do ensino perante o processo de letramento.
9. apropriação da visão social neste ensino; para que o ensino seja validado pelo grupo, as
professoras necessitam considerá-lo como sendo um instrumento de auxílio para a
inserção do sujeito em diversos momentos de realização do discurso na sociedade. Esta
significação pode ser dita para toda a comunidade escolar e universitária e, nos dados
coletados, foi nucleada na palavra leitura. Todavia, a normatização da gramática também
está contida nos enunciados coletados, está também prensada no vocábulo leitura. Esta
união é possível para um ensino adequado? Nos estudos lingüísticos, a gramática
continua sendo um conjunto de prescrições e normas importantes dentro do ensino da
língua, o que observamos foi uma mudança no modo de trabalhar a gramática. Nesta, foi
acrescentada a dimensão da compreensão plena dos enunciados, assim, os professores
são direcionados para considerar o contexto que envolve os textos apresentados aos/as
alunos/as, trazendo, portanto, uma possível significação dos mesmos. Dizemos isto com
base na concepção de linguagem enquanto processo discursivo de interação humana.
O ensino da gramática produziu normas cristalizadas nas práticas
escolares, regulou comportamentos de professores/as e alunos/as desde muito tempo
atrás, prescrevendo possibilidades de ações educativas. A inserção da gramática é
aceitável, é legítima para o grupo de professoras, além de tudo é justificável dentro da
prática de leitura. Mas, a penetração da gramática dentro das significações sobre a
prática de leitura nas representações sociais das professoras sobre o processo de
ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa está considerando a especificidade de cada
uma? A junção entre leitura e gramática é necessária, como também o entendimento das
particularidades de ambas. Deste modo, precisamos entender se a junção entre elas se
fez para atualização das práticas, ou se fez para a manutenção de práticas que valorizam
os estudos gramaticais em detrimento de outros.
Trouxemos aqui o que professoras, profissionais do ensino fundamental,
dizem e representam a respeito do processo de ensino-aprendizagem da língua.
Agradecemos a estas profissionais que nos apontaram o âmago que sustenta as suas
práticas educativas e, esperamos que nosso anúncio em formato de publicação, consiga
transmitir a força desses saberes e dessas representações sociais que influenciam de
forma significativa o ofício professoral.
Referências
Andrade, M. F. R. (2008). Interações sociais em sala de aula: o ensino de Língua
Portuguesa. In A. M. Eyng (Ed.), VIII Congresso Nacional de Educação e III Congresso
Ibero-Americano Sobre Violências nas Escolas. (pp. 4010-4023). Curitiba, PR, BRA.:
Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Bagno, M. (2002). A inevitável travessia: da prescrição gramatical à educação lingüística.
In Bagno, M., Stubbs, M., & Gagné, G., Língua Materna: letramento, variação & ensino.
São Paulo, SP, BRA.: Parábola Editorial.
Campos, P. H. F. (2005). As representações sociais como forma de resistência ao
conhecimento científico. In Oliveira, D. C. & Campos, P. H. F. Representações sociais:
uma teoria sem fronteiras. Rio de Janeiro, RJ, BRA.: Museu da República.
Garcia, C. M. (1998) Pesquisa sobre formação de professores: o conhecimento sobre
aprender a ensinar. (L. L., Oliveira, Trad.). Revista Brasileira de Educação, (9), 51-75.
Geraldi, J. W. (1996). Linguagem e ensino: exercício de militância e divulgação. São
Paulo, SP, BRA.: Mercado de Letras.
Jodelet, D. (2001). Representações sociais: um domínio em expansão. In Jodelet, D. As
representações sociais. (L. Ulup, Trad.). Rio de Janeiro, RJ, BRA.: EdUERJ.
10. Moscovici, S. (2003). Representações sociais: investigações em Psicologia Social. (A.
Cabral, Trad.). Petrópolis, RJ, BRA.: Vozes, 2003.
Oliveira, D. C. (2005). Análise das evocações livres: uma técnica de análise estrutural das
representações sociais. In Moreira, A. S. P. Perspectivas teórico-metodológicas em
representações sociais. João Pessoa, PB, BRA.: Editora Universitária da UFPB.
Pérez Gómez, A. I. (1998). Ensino para a compreensão. In Pérez Gómez, A. I. &
Sacristán, J. G. Compreender e transformar o ensino. (E. F. F. Rosa, Trad.). (4a.ed.).
Porto Alegre, SC, BRA.: ArtMed.
Sá, C. P. (2002). Núcleo central das representações sociais. Petrópolis, RJ, BRA.: Vozes.
Sacristán, J. G. (1995). Consciência e acção sobre a prática como libertação profissional
dos professores. In Nóvoa, A. Profissão Professor. Lisboa, Lisboa, PRT.: Porto Editora.
Tardif, M. (2000). Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários:
elementos para uma epistemologia da prática profissional dos professores e suas
conseqüências em relação à formação para o magistério. (Revista Brasileira de
Educação, (13), pp. 5-24.
Wagner, W. (1998). Sócio-gênese e características das representações sociais. In
Moreira, A. S. P. & Oliveira, D. C. Estudos interdisciplinares de representação social.
Goiânia, GO, BRA.: AB.