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A PREOCUPAÇÃO COM O
CONHECIMENTO

Texto: Iniciação à Filosofia – Marilena Chauí
Vol. Único – Ensino Médio
Professora: Claudete Furtado
O CONHECIMENTO COMO
CARACTERÍSTICA DA HUMANIDADE

● As

várias espécies animais apresentam padrões de
comportamento que ordenam sua vida comunitária a
partir da herança genética ou instintiva de cada espécie.

●O
.

homem também desenvolveu processos de
convivência
e
estratégias
de
sobrevivência, apresentando atividades “instintivas” ao
mesmo tempo que demonstra habilidades fruto do
aprendizado.
● Nem

todo o comportamento humano se desenvolve
automaticamente. As crianças dependem dos adultos e
da
aprendizagem
para
formar-se
enquanto
humanos, adquirindo determinados comportamentos.

●

Nos demais animais, as características genéticas
predominam. Nos homens é necessário um longo
aprendizado transmitido pelas gerações anteriores para
que o mesmo possa sobreviver e criar.

●A

possibilidade de criação de sistemas
simbólicos, deu ao homem a supremacia sobre as
demais formas vivas. Através da linguagem, a
humanidade dá sentido ao mundo ao seu
redor,
significando
suas
experiências
e
transmitindo
suas
impressões
para
a
posteridade.
A TRANSMISSÃO DAS CAPACIDADES
E HABILIDADES

● O homem é a única espécie que pensa, capaz de
transformar suas experiências em um discurso
válido e transmiti-lo para outros de sua espécie.

● Imagina

ações e reações dentro do campo do
simbólico, recriando sentimentos e emoções
mesmo quando não estimulado.

● Sendo

o único ser vivo apto à apreender as
dimensões temporais, pode fazer projeções para o
futuro e avaliar o passado.
●O

homem estabelece uma relação de
conhecimento, avaliação, significados e
domínio sobre o mundo que o cerca.

●A

relação estabelecida com a natureza e a
consequente transformação do mundo natural
chamamos de cultura.

●A

sociabilidade gerou-se a partir das relações
com o meio e das representações construídas que
provocando modos próprios de vida.
AS CULTURAS COMO PROCESSO

 O conhecimento surgiu da capacidade humana de
pensar o mundo e de atribuir significado à
realidade.

 Desde

a pré-história que o homem supera os
obstáculos
naturais
de
forma
criativa, modificando o meio e buscando
explicações sobre si e a natureza que o cerca.
 O desenvolvimento da capacidade simbólica e
da linguagem diferenciou os primeiros grupos
humanos
que,
procuraram
estabelecer
interpretações em torno dos fatos que os
envolviam, originando novos conhecimentos.

 Cada

novo desafio posto criava-se a
possibilidade de uma nova resposta, dando
origem ao trabalho, ao ritual e a tradição.

 As

culturas humanas deram respostas
diferentes aos desafios impostos pelo meio
ambiente, o que foi determinado pela dinâmica
cultural comum a cada grupo.
A CIÊNCIA COMO RAMO DO
CONHECIMENTO
 Egito antigo: conhecimentos de geometria elaborados a
partir do controle das águas do rio Nilo. Aplicação deste
conhecimento na construção das pirâmides e templos.
Saberes ligados à crença na vida após a morte .
 Grécia antiga: o saber como um fim em si
próprio, associado à vida prática ou à solução de
problemas metafísicos. Surgimento da filosofia e da
ciência. Os gregos abandonaram as explicações míticas e
a crença na interferência de forças sobrenaturais na vida
humana para uma compreensão centrada na razão, o que
propiciou o chamado milagre grego.
O MILAGRE GREGO- O ESPÍRITO
ESPECULATIVO
 A partir

da reflexão filosófica, o aparecimento de vários
saberes
ou
disciplinas:
geometria, aritmética, astronomia, medicina.

O

uso da razão para alcançar a verdade e o desprezo ao
mito e às forças sobrenaturais.

 Sistematização

e estudo do objeto a partir de uma
perspectiva racionalista.

 Desenvolvimento

do conhecimento enquanto atividade
abstrata, desligada de aplicabilidade e de uma finalidade
religiosa.
 Desenvolvimento

do conhecimento enquanto atividade
abstrata, desligada de aplicabilidade e de uma finalidade
religiosa.

 Surgimento do conceito de ética.
 O homem grego era dotado da intenção pura e simples de
pensar e agir sobre o meio.

 O pensamento filosófico envolvia uma sistematização de
todos os outros campos dos saberes, possibilitando ao
homem uma nova forma de explicar o mundo e sua
relação com o mesmo.
O CONHECIMENTO E OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
 Indagações principais dos filósofos pré-socráticos:
- Por que as coisas existem?
- O que é o mundo?
- Qual a origem da natureza e quais as causas de sua
transformação?
- O que é o Ser?
 Preocupação dos primeiros filósofos com a origem e a
ordem do mundo: kosmos

- Vamos refletir sobre estas questões?
A PREOCUPAÇÃO COM O CONHECIMENTO
 Heráclito: considerava a natureza como um fluxo
perpétuo.

“Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque as águas
nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmos”. p. 110.
• Diferença entre o conhecimento obtido pelos nossos sentidos e
aquele alcançado pelo nosso pensamento.

Parmênides: afirmava que pensar é dizer o que um ser é em sua
identidade profunda e permanente. Pensar e sentir são diferentes.

“(...) percebemos mudanças impensáveis e devemos pensar
identidades imutáveis”. p. 111.

 Demócrito:

a realidade é constituída por átomos, que sendo diferentes
em suas formas, combinam-se produzindo a variedade de seres.
SÓCRATES E OS SOFISTAS
 Sofistas:
“(...) não podemos conhecer o Ser, mas só podemos ter opiniões
subjetivas sobre a realidade”
 Para os sofistas, a linguagem é o instrumento principal para o
homem relacionar-se com a realidade e com os outros homens. A
linguagem é mais importante do que a percepção e o pensamento.
 Sócrates afirmava que a verdade pode ser conhecida, mas primeiro
devemos nos afastar das ilusões dos sentidos e das palavras ou das
opiniões e alcançar a verdade pelo pensamento.
PLATÃO
Introdução na filosofia dá ideia que existem várias
maneiras de conhecer ou graus de conhecimento ( com
ausência do verdadeiro ou do falso)
• Segundo Platão, o conhecimento tem 4 graus:
crença, opinião, raciocínio e intuição intelectual
• Separação radical entre o conhecimento sensível (crença e
opinião) e o conhecimento intelectual (raciocínio e intuição
intelectual). Apenas este último alcança o Ser e a verdade.
O conhecimento sensível alcança as aparências das coisas.
ARISTÓTELES
 Distingue sete formas de conhecimento, que vão de um
grau menor a um grau maior de verdade:
sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, rac
iocínio e intuição.
 O conhecimento é formado a partir das informações
coletadas nos diferentes graus. Defende uma continuidade
entre o conhecimento sensível e o intelectual.
 O conhecimento da intuição intelectual nos dá acesso
ao conhecimento pleno da realidade.
PRINCÍPIOS GERAIS
•
As
fontes
e
formas
do
conhecimento:
sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, raciocínio e
intuição intelectual.
• Distinção entre o conhecimento sensível e o conhecimento
intelectual.
• Papel da linguagem no conhecimento
• Diferença entre opinião e saber.
• Diferença entre aparência e essência.
• Definição dos princípios do pensamento verdadeiro: identidade;
da forma do conhecimento verdadeiro: ideias, conceitos e juízos;
dos procedimentos para alcançar o conhecimento verdadeiro:
indução, dedução, intuição.
OS FILÓSOFOS MODERNOS
● Os modernos separam a fé da razão e
a teoria do conhecimento volta-se para a
relação entre o pensamento e as
coisas, a consciência e a realidade, o
entendimento e a realidade; em suma, o
sujeito e o objeto do conhecimento.
DESCARTES
 criou

um
procedimento:
a dúvida
metódica.
pelo
qual
o
sujeito
do
conhecimento, analisando cada um de seus
conhecimentos, conhece e avalia as fontes e
as causas de cada um, a forma e o conteúdo
de cada um, a falsidade e a verdade de cada
um e encontra meios para livrar-se de tudo
quanto seja duvidoso perante o pensamento.
LOCKE
 Locke

é o iniciador da teoria do
conhecimento propriamente dita porque se
propõe a analisar cada uma das formas de
conhecimento que possuímos, a origem de
nossas ideias e nossos discursos, a
finalidade das teorias e as capacidades do
sujeito
cognoscente
(capacidade
de
conhecer) relacionadas com os objetos que
ele pode conhecer.
A teoria do conhecimento no seu todo realiza-se
como reflexão do entendimento e baseia-se num
pressuposto fundamental: o de que somos seres
racionais conscientes. A consciência psicológica ou
o eu é formada por nossas vivências.
 Do ponto de vista ético e moral, a consciência é a
espontaneidade
livre
e
racional,
para
escolher, deliberar e agir conforme a liberdade, aos
direitos alheios e ao dever.
 Do ponto de vista político, a consciência é o
cidadão, isto é, tanto o indivíduo situado no tecido
das relações sociais.
 Do ponto de vista da teoria do conhecimento, a
consciência é uma atividade sensível e intelectual
dotada do poder de análise, síntese e
representação.

ENFIM...
De um modo geral, distinguem-se os
seguintes graus de consciência:
consciência
passiva,
consciência
vivida, consciência ativa e reflexiva.
CONSCIÊNCIA PASSIVA
 aquela

na qual temos uma vaga e
uma confusa percepção de nós
mesmos e do que se passa à nossa
volta, como no momento em que
precede o sono ou o despertar, na
anestesia e, sobretudo, quando
somos muito crianças ou idosos.
CONSCIÊNCIA VIVIDA
é

nossa consciência afetiva, que tem a
peculiaridade de ser egocêntrica, isto
é, de perceber os outros e as coisas
apenas
a
partir
de
nossos
sentimentos, como por exemplo a
criança que tropeça numa mesa e
julga que ela, a mesa, fez de
propósito, não separando o eu e o
outro,
o
eu
e
a
coisa.
CONSCIÊNCIA ATIVA E REFLEXIVA
 aquela

que reconhece a diferença
entre o interior e o exterior, entre si
e os outros, entre si e as coisas. Esse
grau de consciência é que permite a
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O conhecimento como característica da humanidade

  • 1. A PREOCUPAÇÃO COM O CONHECIMENTO Texto: Iniciação à Filosofia – Marilena Chauí Vol. Único – Ensino Médio Professora: Claudete Furtado
  • 2. O CONHECIMENTO COMO CARACTERÍSTICA DA HUMANIDADE ● As várias espécies animais apresentam padrões de comportamento que ordenam sua vida comunitária a partir da herança genética ou instintiva de cada espécie. ●O . homem também desenvolveu processos de convivência e estratégias de sobrevivência, apresentando atividades “instintivas” ao mesmo tempo que demonstra habilidades fruto do aprendizado.
  • 3. ● Nem todo o comportamento humano se desenvolve automaticamente. As crianças dependem dos adultos e da aprendizagem para formar-se enquanto humanos, adquirindo determinados comportamentos. ● Nos demais animais, as características genéticas predominam. Nos homens é necessário um longo aprendizado transmitido pelas gerações anteriores para que o mesmo possa sobreviver e criar. ●A possibilidade de criação de sistemas simbólicos, deu ao homem a supremacia sobre as demais formas vivas. Através da linguagem, a humanidade dá sentido ao mundo ao seu redor, significando suas experiências e transmitindo suas impressões para a posteridade.
  • 4. A TRANSMISSÃO DAS CAPACIDADES E HABILIDADES ● O homem é a única espécie que pensa, capaz de transformar suas experiências em um discurso válido e transmiti-lo para outros de sua espécie. ● Imagina ações e reações dentro do campo do simbólico, recriando sentimentos e emoções mesmo quando não estimulado. ● Sendo o único ser vivo apto à apreender as dimensões temporais, pode fazer projeções para o futuro e avaliar o passado.
  • 5. ●O homem estabelece uma relação de conhecimento, avaliação, significados e domínio sobre o mundo que o cerca. ●A relação estabelecida com a natureza e a consequente transformação do mundo natural chamamos de cultura. ●A sociabilidade gerou-se a partir das relações com o meio e das representações construídas que provocando modos próprios de vida.
  • 6. AS CULTURAS COMO PROCESSO  O conhecimento surgiu da capacidade humana de pensar o mundo e de atribuir significado à realidade.  Desde a pré-história que o homem supera os obstáculos naturais de forma criativa, modificando o meio e buscando explicações sobre si e a natureza que o cerca.
  • 7.  O desenvolvimento da capacidade simbólica e da linguagem diferenciou os primeiros grupos humanos que, procuraram estabelecer interpretações em torno dos fatos que os envolviam, originando novos conhecimentos.  Cada novo desafio posto criava-se a possibilidade de uma nova resposta, dando origem ao trabalho, ao ritual e a tradição.  As culturas humanas deram respostas diferentes aos desafios impostos pelo meio ambiente, o que foi determinado pela dinâmica cultural comum a cada grupo.
  • 8. A CIÊNCIA COMO RAMO DO CONHECIMENTO  Egito antigo: conhecimentos de geometria elaborados a partir do controle das águas do rio Nilo. Aplicação deste conhecimento na construção das pirâmides e templos. Saberes ligados à crença na vida após a morte .  Grécia antiga: o saber como um fim em si próprio, associado à vida prática ou à solução de problemas metafísicos. Surgimento da filosofia e da ciência. Os gregos abandonaram as explicações míticas e a crença na interferência de forças sobrenaturais na vida humana para uma compreensão centrada na razão, o que propiciou o chamado milagre grego.
  • 9. O MILAGRE GREGO- O ESPÍRITO ESPECULATIVO  A partir da reflexão filosófica, o aparecimento de vários saberes ou disciplinas: geometria, aritmética, astronomia, medicina. O uso da razão para alcançar a verdade e o desprezo ao mito e às forças sobrenaturais.  Sistematização e estudo do objeto a partir de uma perspectiva racionalista.  Desenvolvimento do conhecimento enquanto atividade abstrata, desligada de aplicabilidade e de uma finalidade religiosa.
  • 10.  Desenvolvimento do conhecimento enquanto atividade abstrata, desligada de aplicabilidade e de uma finalidade religiosa.  Surgimento do conceito de ética.  O homem grego era dotado da intenção pura e simples de pensar e agir sobre o meio.  O pensamento filosófico envolvia uma sistematização de todos os outros campos dos saberes, possibilitando ao homem uma nova forma de explicar o mundo e sua relação com o mesmo.
  • 11. O CONHECIMENTO E OS PRIMEIROS FILÓSOFOS  Indagações principais dos filósofos pré-socráticos: - Por que as coisas existem? - O que é o mundo? - Qual a origem da natureza e quais as causas de sua transformação? - O que é o Ser?  Preocupação dos primeiros filósofos com a origem e a ordem do mundo: kosmos - Vamos refletir sobre estas questões?
  • 12. A PREOCUPAÇÃO COM O CONHECIMENTO  Heráclito: considerava a natureza como um fluxo perpétuo. “Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmos”. p. 110. • Diferença entre o conhecimento obtido pelos nossos sentidos e aquele alcançado pelo nosso pensamento. Parmênides: afirmava que pensar é dizer o que um ser é em sua identidade profunda e permanente. Pensar e sentir são diferentes. “(...) percebemos mudanças impensáveis e devemos pensar identidades imutáveis”. p. 111.  Demócrito: a realidade é constituída por átomos, que sendo diferentes em suas formas, combinam-se produzindo a variedade de seres.
  • 13. SÓCRATES E OS SOFISTAS  Sofistas: “(...) não podemos conhecer o Ser, mas só podemos ter opiniões subjetivas sobre a realidade”  Para os sofistas, a linguagem é o instrumento principal para o homem relacionar-se com a realidade e com os outros homens. A linguagem é mais importante do que a percepção e o pensamento.  Sócrates afirmava que a verdade pode ser conhecida, mas primeiro devemos nos afastar das ilusões dos sentidos e das palavras ou das opiniões e alcançar a verdade pelo pensamento.
  • 14. PLATÃO Introdução na filosofia dá ideia que existem várias maneiras de conhecer ou graus de conhecimento ( com ausência do verdadeiro ou do falso) • Segundo Platão, o conhecimento tem 4 graus: crença, opinião, raciocínio e intuição intelectual • Separação radical entre o conhecimento sensível (crença e opinião) e o conhecimento intelectual (raciocínio e intuição intelectual). Apenas este último alcança o Ser e a verdade. O conhecimento sensível alcança as aparências das coisas.
  • 15. ARISTÓTELES  Distingue sete formas de conhecimento, que vão de um grau menor a um grau maior de verdade: sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, rac iocínio e intuição.  O conhecimento é formado a partir das informações coletadas nos diferentes graus. Defende uma continuidade entre o conhecimento sensível e o intelectual.  O conhecimento da intuição intelectual nos dá acesso ao conhecimento pleno da realidade.
  • 16. PRINCÍPIOS GERAIS • As fontes e formas do conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição intelectual. • Distinção entre o conhecimento sensível e o conhecimento intelectual. • Papel da linguagem no conhecimento • Diferença entre opinião e saber. • Diferença entre aparência e essência. • Definição dos princípios do pensamento verdadeiro: identidade; da forma do conhecimento verdadeiro: ideias, conceitos e juízos; dos procedimentos para alcançar o conhecimento verdadeiro: indução, dedução, intuição.
  • 17. OS FILÓSOFOS MODERNOS ● Os modernos separam a fé da razão e a teoria do conhecimento volta-se para a relação entre o pensamento e as coisas, a consciência e a realidade, o entendimento e a realidade; em suma, o sujeito e o objeto do conhecimento.
  • 18. DESCARTES  criou um procedimento: a dúvida metódica. pelo qual o sujeito do conhecimento, analisando cada um de seus conhecimentos, conhece e avalia as fontes e as causas de cada um, a forma e o conteúdo de cada um, a falsidade e a verdade de cada um e encontra meios para livrar-se de tudo quanto seja duvidoso perante o pensamento.
  • 19. LOCKE  Locke é o iniciador da teoria do conhecimento propriamente dita porque se propõe a analisar cada uma das formas de conhecimento que possuímos, a origem de nossas ideias e nossos discursos, a finalidade das teorias e as capacidades do sujeito cognoscente (capacidade de conhecer) relacionadas com os objetos que ele pode conhecer.
  • 20. A teoria do conhecimento no seu todo realiza-se como reflexão do entendimento e baseia-se num pressuposto fundamental: o de que somos seres racionais conscientes. A consciência psicológica ou o eu é formada por nossas vivências.  Do ponto de vista ético e moral, a consciência é a espontaneidade livre e racional, para escolher, deliberar e agir conforme a liberdade, aos direitos alheios e ao dever.  Do ponto de vista político, a consciência é o cidadão, isto é, tanto o indivíduo situado no tecido das relações sociais.  Do ponto de vista da teoria do conhecimento, a consciência é uma atividade sensível e intelectual dotada do poder de análise, síntese e representação. 
  • 21. ENFIM... De um modo geral, distinguem-se os seguintes graus de consciência: consciência passiva, consciência vivida, consciência ativa e reflexiva.
  • 22. CONSCIÊNCIA PASSIVA  aquela na qual temos uma vaga e uma confusa percepção de nós mesmos e do que se passa à nossa volta, como no momento em que precede o sono ou o despertar, na anestesia e, sobretudo, quando somos muito crianças ou idosos.
  • 23. CONSCIÊNCIA VIVIDA é nossa consciência afetiva, que tem a peculiaridade de ser egocêntrica, isto é, de perceber os outros e as coisas apenas a partir de nossos sentimentos, como por exemplo a criança que tropeça numa mesa e julga que ela, a mesa, fez de propósito, não separando o eu e o outro, o eu e a coisa.
  • 24. CONSCIÊNCIA ATIVA E REFLEXIVA  aquela que reconhece a diferença entre o interior e o exterior, entre si e os outros, entre si e as coisas. Esse grau de consciência é que permite a existência da consciência em suas quatro modalidades, isto é, eu, pessoa, cidadão e sujeito.