2. Função do objeto
Todo conhecimento provém de uma relação entre
sujeito e objeto. Portanto: depende da subjetividade e
da objetividade numa dialética
Não se pode pensar em problema e solução sem algo
concreto
A coisa é o objeto de estudo, situado no tempo e
espaço= o objeto é o tema
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3. Natureza do objeto
Pode ser uma coisa material
Pode ser uma idéia
Uma experiencia
Ou uma relação entre idéias e coisas sensíveis ou
materiais ou experiências relacionais
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4. A construção do objeto
Para o pesquisador, o objeto é construído através de
definições, proposições, referências e citações de
autores
Entretanto, a reunião dessas idéias depende da
sensibilidade e da intuição do pesquisador
É ele quem vai juntar e separar as idéias que formam o
objeto
Ele usa conceitos relacionais: causalidade,
interdependencia, analogia, comunidade, unidade,
relação, fronteira, etc
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5. Cada pesquisador faz uma imagem ou desenho do
objeto de estudo
Alguns consideram que a subjetividade é causa
Outros consideram o objeto como coisa exterior
De qualquer modo, é o pesquisador quem traça o
desenho do seu objeto
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6. Estruturação do objeto
Depois de conhecer as proposições e formar o desenho,
Ganha estrutura racional ou lógica o objeto através da
sequencia
Ontologia
Metodologia
Axiologia
Teoria
Praxis
Contexto espaço-temporal
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7. Ontologia
As proposições iniciais apresentam ou devem
apresentar uma norma fundamental, uma
essencialidade, que faz o sistema ter coerência como
um todo
A ontologia é o ser, essencial
Existem proposições que são ou devem ser ontológicas
voltadas para uma proposta futura de investigação
empírica
Pode ter uma definição ou várias interligadas
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8. Metodologia
O desenho do objeto tem ou deve ter proposições
metodologicas
Caminhos, técnicas e métodos, procedimentos
Metodologia faz a ponte entre a idéia geral (ontologia,
crença geral, filosofia da ciência a ser praticada através
do programa de pesquisa) e os fatos, a experiencia
Proposições metodológicas apresentam linguagem
procedimental e técnica ou esquemas de trabalho
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9. Axiologia
Toda metodologia não é neutra – tem valores políticos,
religiosos, economicos, jurídicos, etc.
Estabelece o que tem valor ou não para ser pesquisado
Existem também os contravalores ou desvalores
Sua linguagem é através da crença, expectativa, utopia
Pode existir uma ou várias proposições de juizos éticos
ou morais
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10. Teoria
Todo objeto tem ou deve ter um conjunto de
enunciados ou proposições teóricas, ou seja, um tipo
de discurso que coloca o fenomeno ou objeto num
nivel alto de abstração, indicando suas verdades,
poderes e saberes para além do aqui-agora, do
imediata
Teoria tem explicações ou interpretações sobre o
fenomeno ou objeto numa linguagem transcendental,
além-do-além
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11. Exemplo político
Uma teoria universal e gradativa das instituições humanas
deve admitir
O Caos
Anarquia hobessiana
Anarquia lockiana
Ordem politicrática
Ordem autocrática
Despotismo benevolente ou ditadura do bem
Despotismo malevolente ou ditadura do mal
Tirania do bem ou
Tirania do mal
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12. Praxis
Todo objeto tem problemas e soluções virtuais
A práxis indica a dimensão do aqui-agora do objeto,
seu cotidiano, sua experiencia prática, concretude
Sua linguagem é utilitarista, pratica, operacional,
aplicada
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13. Construindo problemas
Chama-se de problematização
Técnica 1= aristotélica dos extremos
Técnica 2=kantiana da gradação
Tecnica 3= bobbiana das lacunas
Técnica 4=bobbiana das antinomias
Técnica 5=buchaniana do hibridismo
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14. Soluções correspondentes
Solução 1= meio-termo
Solução 2= mais ou menos
Solução 3=preenchimento através da analogia e
interpretação sistemica
Solução 4=neutralização e regras de compatibilização
Solução 5-sincretismo ou hibridismo ou misto- mix
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15. Contexto
Todo objeto existe no tempo e espaço
Suas proposições têm ou devem ter elementos
ligados com a história e o espaço social
O tempo é antes, agora e depois
Espaço é o lugar onde existe algo
O contexto é instável, existem fatores positivos e
negativos contra a existencia do objeto ou
fenômeno ou representação das coisas
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16. Aplicação
Todo objeto ganha uma representação lógica,
programa de pesquisa, voltado para a investigação ou
aplicação
Nesta fase = a experiência acontece através de duas
tecnologias
1-trabalho de campo
2-releitura crítica da produção intelectual selecionada
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17. Trabalho de campo
Pode ser observação participante ou à distância
Implica contato físico e alguma experiencia do
pesquisador usando a estrutura programática
anteriormente iluminada
No trabalho de campo existem pessoas por isso a
pesquisa vai envolver encontro de culturas,
subjetividades, etc, exigindo um cuidado ético na
coleta e manipulações dos dados empíricos (da
experiencia)
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18. Releitura
Muito usada, serve para afirmar criticamente a
presença do nosso objeto de estudo
Ou então serve para refutar ou negar as idéias ou
fenômenos adversários, contrários ao nosso objeto de
estudo
Usamos a análise do discurso e análise da estrutura de
comunicação social enter emissor e receptor.
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19. Representação empírica
O conhecimento empírico apresenta variações
As variantes que representam a experiencia são
Fato
Norma
Valor
Indivíduos
História
Discursos
instituições
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20. Variante varia qualitativamente
Indivíduos podem ser homens, mulheres,
crianças, jovens, racionais ou espiritualiastas,
engajados ou pouco ou nada engajados, etc
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21. História
Pode ser macro, micro, longo e medio e curto prazo,
local, nacional, global, social, politica, natural, etc
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22. Fato
Tem a ver com a realidade cotidiana, os
acontecimentos humanos e sociais, podem ser
ordinários e extraordinários
22
23. Norma
São limites ou unidades que oferecem diretrizes
São formadas por regras, princípios e critérios
Regras são estruturas determinantes...
Princípios são estruturas pensantes...
Critérios são estruturas praticantes...
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24. Valor
Representam significados, desejos, neecssidades
Pode ser ético, economico, estético, jurídico, científico,
religioso,
Varia de pessoa para pessoa
De autor para autor
Valor da cidadania, justiça, pessoa humana,
acessibilidade, direitos humanos, etc
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25. Instituições
Desempenham o papel da ordem, guardam valores,
executam interesses.
Instituições existem como estruturas sociais
Podem ser macro (governo) e micro-instituições (dia a
dia, contrato)
Variam por causa dos interesses, preferencias e
convicções dos agentes
Podem ser públicas privadas ou semipublicas
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26. Discurso
Tem a ver com a fala a comunicação a verdade, o poder
e o saber que todos dominam a seu modo
Variam no dia a dia
Variam em cada programa de pesquisa
É sempre uma representação da realidade
Mas é uma prática social (professor e advogados
ganham salário com o discurso)
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27. Discussão
Todo conhecimento científico é discutido
Mas é preciso ter dados materiais que podem ser
qualitativos e quantitativos (tabelas)
A discussão é programática, ou seja, desenvolve a
estrutura programática do objeto desenhado e
racionalizado pelo pesquisador
27
28. Discussão
Toda discussão é uma dinâmica das idéias
Confronta o ideal do objeto de estudo (na forma ideal
da estrutura racional e lógica anteriormente definida
para pesquisa) com a forma real (concreta) da
aplicação e experiência no estudo de caso – experiencia
pode ser física ou teórica dentro de um livro, por
exemplo
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30. Idealidade
Indica o ideal máximo, a utopia, a idéia perfeita do
programa de pesquisa, o absoluto imaginado pelo
pesquisador
30
31. Realidade
Indica os dados concretos, com barreiras,
limitações, fragmentações, relatividade da
ocorrência das idéias que representam nosso
objeto
A realidade é o que as tecnologias da experiencias
nos revelaram
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32. Necessidade
A confrontação do ideal com o real gera uma
necessidade para o pesquisador, alguma coisa que
deveria estar presente, que agora está faltando, ou que
nunca faltasse no futuro, visando o bem e o progresso
da ciencia e do conhecimento
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33. Alternatividade
Ao mesmo tempo, surge uma alternativa proposta pelo
autor e ela existe no meio de outras
É apenas uma alternativa e não a única solução
imaginada
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34. Possibilidade
Toda alternativa ou opção indicada como solução do
problema tem de ser possivel, exequivel, cabível,
admissível, plausível
A identifficação dos meios, da viabilidade, da infra-
estrutura aqui tem destaque
Todos os critérios estão interligados!!!!!!!!
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35. Considerações finais
Todo conhecimento produzido pelo pesquisador é
avaliado por ele ou pelos críticos
O que se focaliza é a contribuição para o progresso do
saber em geral ou especificamente
O conhecimento pode ser progressivo, degenerativo e
estagnante
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36. Progressivo
Se traz novas idéias, novas teorias, aumenta conteúdo
e alarga as fronteiras de determinada linha
programática de estudo
Se comparado com autores outros traz melhor
conteúdo, mais atualizado, mais crítico etc
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37. Degenerativo
Se provoca atraso no conhecimento de determinado
objeto
Comete erros, usa mal as ferramentas de análise
Não consegue ser atual, perdeu fôlego em relação aos
opositores ou concorrentes
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38. Apenas traz retórica, nada de novo para o avanço do
conhecimento
Reescreve apenas o que todo mundo já sabe sobre o
assunto do objeto
Na verdade, a meta da ciencia é aumentar cada vez
mais o domínio ou controle sobre a complexidade dos
fenômenos ou objetos de estudo
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39. Conclusão
Toda conclusão da pesquisa resgata quatro princípios
fundamentais
1-unidade
2-logicidade
3-aplicabilidade
4-criticidade
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40. Unidade
O autor ou pesquisador chama a atenção para a unidade do
conhecimento, através da linguagem que se inspira em
determinados modelos, ressaltando conceitos, palavras,
expressões técnicas, etc, que se juntam ou se separam na
formação da identidade do objeto de estudo e na pesquisa
que foi feita sobre ele.
Existe um sistema de idéias ou proposições, teses,
definições, que se juntam usando uma linguagem
econômica, física, política, jurídica, do direito penal,
administrativo, etc
A unidade implica a visualização da complexidade e da
instabilidade interna do objeto
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41. Logicidade voltada para aplicação
Toda pesquisa a ser realizada tem comandos,
diretrizes que são visualizados melhor dentro de
uma estrutura lógica das idéias representativas
(mesmo que o objeto na prática não tenha lógica)
Possui proposições ontológicas, metodológicas,
axiológicas, teóricas, pragmáticas, contextuais ou
sociológicas
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42. Aplicabilidade
Toda pesquisa tem uma aplicação e revela o mundo
como ele é (entenda, como a estrutura programática
ou lógica considera que é)
Pode ser através de trabalho de campo ou releitura
A aplicabilidade revela que o objeto é instável através
das variantes
A aplicabilidade apresenta conteúdo aplicado ao
conhecimento do mundo lá fora, ou das idéias lá fora
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43. Criticidade
Toda pesquisa sobre o objeto tem crítica
Apresenta uma idealidade, realidade, necessidade,
possibilidade e alternatividade
Além disso, avalia se traz progresso ou não, ou seja,
como contribui para a Ciência em geral
A criticidade permite ao pesquisador afirmar a solução
do problema de forma criteriosa e bem fundamentada
Ao mesmo tempo, podemos ver se este conhecimento
traz ou não progresso para o conhecimento do objeto
selecionado
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44. Na conclusão, o pesquisador apresenta alguma
certeza (ou inclusive que sabe muito pouco ainda
sobre a complexidade do objeto)
A conclusão não é resumo, pois apresenta um ponto
de vista que sintetiza todas as idéias trabalhadas,
colocando outra idéia nova no final do trabalho
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