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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – ECI
DISCIPLINA: DIG TGI034 - Memória e Patrimônio Cultural
PROFESSOR: Rene Lommez Gomes
ALUNA: Rita de Cássia Gonçalves - CURSO: Biblioteconomia
4º Período Noturno.
ATIVIDADE: Fichamento (3) - DATA: 15 de outubro de 2012
“Neste mundo em que esquecemos, somos sombras de quem somos” (Fernando Pessoa)
“ Esquecer um período de sua vida é perder contato com aqueles que nos rodeavam”.
“O mundo, para a criança, não é jamais vazio de humanos, de influências benfazejas ou
malignas”.

A Memória coletiva e memória individual
TESTEMUNHOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS – EVOCAÇÃO- LEMBRANÇA EM
GRUPO – DESAPEGO - ESQUECIMENTO- APRENDIZADOS – ESPÍRITO –
ABSTRAÇÃO –
DESCONTINUIDADE
–
RELAÇÕES DESIGUAIS DE
AFETIVAMENTE – AMNÉSIAS PATOLÓGICAS – MEMÓRIAS DIMINUÍDAS E
ANULADAS – LEMBRANÇAS VAGAS – INTUIÇÃO SENSÍVEL-UNIVERSO
INFANTIL – ESPÍRITO CRÍTICO - COMPLEXIDADE

1- CONFRONTAÇÕES
Quem são os testemunhos da nossa história? - eu, nós, eles. É possível que
conheçamos muitas coisas pelos olhos dos outros ,

pelas narrativas e aprendizados ,

trata-se da experiência compartilhada que chega e auxilia nossa lembranças de um
passado vivido e que não temos certezas .A verdade é que compartilhamos sensações
ainda que estejamos passeando por um local turístico ou mesmo caminhando
rotineiramente.
2- O ESQUECIMENTO PELO DESAPEGO DE UM GRUPO
“Uma ou várias pessoas reunindo suas lembranças” podem assimilar os fatos ocorridos
ou objetos que foram vistos num dado momento, embora, individualmente não consigamos
lembrar de tudo sozinhos. (em 2009, estive em Salvador para conhecer amigos de uma rede
social , referente um grupo de leitura ; algo incrível aconteceu: eu os conhecia apenas pelo
Orkut. Estabeleci-me em um hotel e acabamos indo para Itaparica , na casa de praia de um
colega. Todos as pessoas da família, os pais, filhos, namorados foram gentis e bem receptivos ,
era como se nos conhecêssemos a anos e tudo era motivo de alegria. Faltou-nos algo muito
importante: uma máquina para registrar aqueles momentos, não tínhamos nada para o registro
a não ser o nosso testemunho (grupo). Atualmente , quando relembramos este acontecimento ,
falamos de “virar plantinhas em Itaparica”, “nosso encontro” ,

tudo que conversamos ,

vimos, ouvimos e vivenciamos estão na memória individual e do grupo . Interessante, que ao
voltar a BH, outros colegas que não compareceram estavam curiosos para saber como eram
todos. Disse-lhes que eram tais como se descreviam na comunidade, daí pediam: „onde estão as
fotos?‟, simplesmente não as temos. O registro se encontra puramente na memória daqueles
que participaram desse momento e que se tornou um fato „memorável‟. Para o próximo ano
estaremos desejosos e nos preparando para um outro encontro em Natal, no Rio Grande do
Norte, espero que possamos tirar “algumas fotos”. Muitos que não participaram pretendem
comparecer uma vez que sentiram confiança nos nossos relatos. Engraçado que os colegas de
BH, não os conheço pessoalmente).
O autor nos dá o exemplo da relação existente entre professor e alunos, ou seja, relações
desiguais de afetividade. Anualmente o professor vivencia experiência com turmas diferentes,
alguns conseguem manter as lembranças mais duráveis, quanto ao professor , as lembranças não
se fazem da mesma maneira daquelas dos alunos

porque estes repassavam detalhes para

„sociedades menores‟, nas famílias , os rastros ficariam e ali teriam a sua repercussão.

3- NECESSIDADE DE UMA COMUNIDADE AFETIVA
Memória individual X memória coletiva : “Que me importa que os outros ainda
estejam dominados por um sentimento que eu experimentava com eles outrora, e que
não experimento hoje mais”? Significa que o indivíduo não tem mais nada em comum
com os antigos colegas – não é uma questão de culpa, simplesmente ocorreu “um
desaparecimento” daquilo que havia em comum, ou seja, “não falam mais a mesma
língua”.
4- DA POSSIBILIDADE DE UMA MEMÓRIA ESTRITAMENTE INDIVIDUAL:
 EVOCAÇÃO

E

CONSTRUÇÃO

; A PRIMEIRA INFÂNCIA;

EX:

ESCORPIÃO.
 INTUIÇÃO SENSÍVEL: não significa toda percepção, mas , uma situação para
que possamos

reconstituir o nosso passado dos demais , - “um estado de

consciência puramente individual”, uma lembrança individual que cubra que
subjaz à memória particularizada.

Provavelmente a memória coletiva não

explique todas as nossas lembranças;
 Importância da família para as lembranças da infância, ou ainda , conforme
exemplo citado (Blondel) , o autor não contou à família e ele se recordava do
acontecido.
 "[...] dizemos algumas vezes de alguns homens que eles não tiveram infância,
porque a necessidade de ganhar seu pão, impondo-se a eles muito cedo, forçouos a entrar nos domínios da sociedade onde os homens lutam pela vida,
enquanto que a maioria das crianças nem sabem que essas regiões existem; ou
porque em consequência de uma morte conheceram uma espécie de sofrimento
de ordinário reservado aos adultos, e tiveram que enfrentá-lo no mesmo plano
que eles[...]"
 LEMBRANÇAS DE ADULTO: quanto à memória de um grupo prevalecem „as
lembranças dos acontecimentos e das experiências que concernem ao maior
número de seus membros‟.
 Grupos se inter-relacionam e lembranças são comuns aos membros dos dois
grupos.
5- A LEMBRANÇA INDIVIDUAL COMO LIMITE DAS INTERFERÊNCIAS
COLETIVAS
Somos apenas um eco?

Ideias, reflexões, sentimentos , paixões, onde se

encontra o momento inicial de tudo isso? Simplesmente reproduzimos o que “vibramos
em uníssono” por estarmos „enquadrados‟ com aqueles ao nosso redor. “ De uma
maneira, ou de outra, cada grupo social empenha-se em manter uma semelhante
persuasão junto a seus membros” .
Quantos de nós possuem “pensamento crítico” para discernir o que é individual
e aquilo que é coletivo? Lembranças que nos parecem pessoais , o são devido à
complexidade, ou seja, existe em nosso passado situações passíveis de serem evocadas e
outras que apesar de queremos , não damos conta. As lembranças que vem à tona
facilmente situam-se numa esfera comum a todos, enquanto que as outras “que não
podemos nos lembrar à vontade”, pertencem a nós mesmos e portanto “constituem
nosso bem mais exclusivo”, as lembranças comuns estão sempre ao alcance – nos
pensamentos coletivos, enquanto que o “bem exclusivo” se encontram mais distantes,
“sendas ocultas”. Nos silêncios individualizados perante um grupo, fica perceptível aos
integrantes, quando alguém literalmente se „ausentou‟ , refletiu, ou seja, não estava
“inteiramente com eles”.
A força da memória coletiva se impõe pelo fato de ter por “suporte um conjunto”
de pessoas, no entanto, convém salientar: “do instrumento comum, nem todos
aproveitam do mesmo modo”. O estado individual (percepção, memória, liberdade,
medo, entre outros ) revela a complexidade de situações de onde saíram; a criança
perdida na floresta que retorna diferente é um bom exemplo ou mesmo a criança que
precisou crescer antes do tempo, amadureceu em meio às dificuldades da vida .
Jasper , filósofo alemão dizia que “melhor é não pensar filosoficamente”, corre-se o
risco de não conseguir-se sustentar por muito tempo. Nietzsche criticava a mentalidade
e sentimentos impostos aos indivíduos , chamava-os “rebanhos”.
REFERÊNCIA
HALBWACHS, Maurice. Memória coletiva e memória individual. In:______. A
Memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990. p . 25-52.

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – ECI DISCIPLINA: DIG TGI034 - Memória e Patrimônio Cultural PROFESSOR: Rene Lommez Gomes ALUNA: Rita de Cássia Gonçalves - CURSO: Biblioteconomia 4º Período Noturno. ATIVIDADE: Fichamento (3) - DATA: 15 de outubro de 2012 “Neste mundo em que esquecemos, somos sombras de quem somos” (Fernando Pessoa) “ Esquecer um período de sua vida é perder contato com aqueles que nos rodeavam”. “O mundo, para a criança, não é jamais vazio de humanos, de influências benfazejas ou malignas”. A Memória coletiva e memória individual TESTEMUNHOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS – EVOCAÇÃO- LEMBRANÇA EM GRUPO – DESAPEGO - ESQUECIMENTO- APRENDIZADOS – ESPÍRITO – ABSTRAÇÃO – DESCONTINUIDADE – RELAÇÕES DESIGUAIS DE AFETIVAMENTE – AMNÉSIAS PATOLÓGICAS – MEMÓRIAS DIMINUÍDAS E ANULADAS – LEMBRANÇAS VAGAS – INTUIÇÃO SENSÍVEL-UNIVERSO INFANTIL – ESPÍRITO CRÍTICO - COMPLEXIDADE 1- CONFRONTAÇÕES Quem são os testemunhos da nossa história? - eu, nós, eles. É possível que conheçamos muitas coisas pelos olhos dos outros , pelas narrativas e aprendizados , trata-se da experiência compartilhada que chega e auxilia nossa lembranças de um passado vivido e que não temos certezas .A verdade é que compartilhamos sensações ainda que estejamos passeando por um local turístico ou mesmo caminhando rotineiramente. 2- O ESQUECIMENTO PELO DESAPEGO DE UM GRUPO “Uma ou várias pessoas reunindo suas lembranças” podem assimilar os fatos ocorridos ou objetos que foram vistos num dado momento, embora, individualmente não consigamos lembrar de tudo sozinhos. (em 2009, estive em Salvador para conhecer amigos de uma rede social , referente um grupo de leitura ; algo incrível aconteceu: eu os conhecia apenas pelo Orkut. Estabeleci-me em um hotel e acabamos indo para Itaparica , na casa de praia de um colega. Todos as pessoas da família, os pais, filhos, namorados foram gentis e bem receptivos , era como se nos conhecêssemos a anos e tudo era motivo de alegria. Faltou-nos algo muito importante: uma máquina para registrar aqueles momentos, não tínhamos nada para o registro a não ser o nosso testemunho (grupo). Atualmente , quando relembramos este acontecimento ,
  • 2. falamos de “virar plantinhas em Itaparica”, “nosso encontro” , tudo que conversamos , vimos, ouvimos e vivenciamos estão na memória individual e do grupo . Interessante, que ao voltar a BH, outros colegas que não compareceram estavam curiosos para saber como eram todos. Disse-lhes que eram tais como se descreviam na comunidade, daí pediam: „onde estão as fotos?‟, simplesmente não as temos. O registro se encontra puramente na memória daqueles que participaram desse momento e que se tornou um fato „memorável‟. Para o próximo ano estaremos desejosos e nos preparando para um outro encontro em Natal, no Rio Grande do Norte, espero que possamos tirar “algumas fotos”. Muitos que não participaram pretendem comparecer uma vez que sentiram confiança nos nossos relatos. Engraçado que os colegas de BH, não os conheço pessoalmente). O autor nos dá o exemplo da relação existente entre professor e alunos, ou seja, relações desiguais de afetividade. Anualmente o professor vivencia experiência com turmas diferentes, alguns conseguem manter as lembranças mais duráveis, quanto ao professor , as lembranças não se fazem da mesma maneira daquelas dos alunos porque estes repassavam detalhes para „sociedades menores‟, nas famílias , os rastros ficariam e ali teriam a sua repercussão. 3- NECESSIDADE DE UMA COMUNIDADE AFETIVA Memória individual X memória coletiva : “Que me importa que os outros ainda estejam dominados por um sentimento que eu experimentava com eles outrora, e que não experimento hoje mais”? Significa que o indivíduo não tem mais nada em comum com os antigos colegas – não é uma questão de culpa, simplesmente ocorreu “um desaparecimento” daquilo que havia em comum, ou seja, “não falam mais a mesma língua”. 4- DA POSSIBILIDADE DE UMA MEMÓRIA ESTRITAMENTE INDIVIDUAL:  EVOCAÇÃO E CONSTRUÇÃO ; A PRIMEIRA INFÂNCIA; EX: ESCORPIÃO.  INTUIÇÃO SENSÍVEL: não significa toda percepção, mas , uma situação para que possamos reconstituir o nosso passado dos demais , - “um estado de consciência puramente individual”, uma lembrança individual que cubra que subjaz à memória particularizada. Provavelmente a memória coletiva não explique todas as nossas lembranças;  Importância da família para as lembranças da infância, ou ainda , conforme exemplo citado (Blondel) , o autor não contou à família e ele se recordava do acontecido.
  • 3.  "[...] dizemos algumas vezes de alguns homens que eles não tiveram infância, porque a necessidade de ganhar seu pão, impondo-se a eles muito cedo, forçouos a entrar nos domínios da sociedade onde os homens lutam pela vida, enquanto que a maioria das crianças nem sabem que essas regiões existem; ou porque em consequência de uma morte conheceram uma espécie de sofrimento de ordinário reservado aos adultos, e tiveram que enfrentá-lo no mesmo plano que eles[...]"  LEMBRANÇAS DE ADULTO: quanto à memória de um grupo prevalecem „as lembranças dos acontecimentos e das experiências que concernem ao maior número de seus membros‟.  Grupos se inter-relacionam e lembranças são comuns aos membros dos dois grupos. 5- A LEMBRANÇA INDIVIDUAL COMO LIMITE DAS INTERFERÊNCIAS COLETIVAS Somos apenas um eco? Ideias, reflexões, sentimentos , paixões, onde se encontra o momento inicial de tudo isso? Simplesmente reproduzimos o que “vibramos em uníssono” por estarmos „enquadrados‟ com aqueles ao nosso redor. “ De uma maneira, ou de outra, cada grupo social empenha-se em manter uma semelhante persuasão junto a seus membros” . Quantos de nós possuem “pensamento crítico” para discernir o que é individual e aquilo que é coletivo? Lembranças que nos parecem pessoais , o são devido à complexidade, ou seja, existe em nosso passado situações passíveis de serem evocadas e outras que apesar de queremos , não damos conta. As lembranças que vem à tona facilmente situam-se numa esfera comum a todos, enquanto que as outras “que não podemos nos lembrar à vontade”, pertencem a nós mesmos e portanto “constituem nosso bem mais exclusivo”, as lembranças comuns estão sempre ao alcance – nos pensamentos coletivos, enquanto que o “bem exclusivo” se encontram mais distantes, “sendas ocultas”. Nos silêncios individualizados perante um grupo, fica perceptível aos integrantes, quando alguém literalmente se „ausentou‟ , refletiu, ou seja, não estava “inteiramente com eles”. A força da memória coletiva se impõe pelo fato de ter por “suporte um conjunto” de pessoas, no entanto, convém salientar: “do instrumento comum, nem todos aproveitam do mesmo modo”. O estado individual (percepção, memória, liberdade,
  • 4. medo, entre outros ) revela a complexidade de situações de onde saíram; a criança perdida na floresta que retorna diferente é um bom exemplo ou mesmo a criança que precisou crescer antes do tempo, amadureceu em meio às dificuldades da vida . Jasper , filósofo alemão dizia que “melhor é não pensar filosoficamente”, corre-se o risco de não conseguir-se sustentar por muito tempo. Nietzsche criticava a mentalidade e sentimentos impostos aos indivíduos , chamava-os “rebanhos”. REFERÊNCIA HALBWACHS, Maurice. Memória coletiva e memória individual. In:______. A Memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990. p . 25-52.