Fichamento (1) memória e patrimônio cultural einaudi
Estudo dirigido linguagens da indexação prof. kátia
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – UFMG
DISCIPLINA – OTI 081 : Linguagens da Indexação
Profª :Kátia Pacheco
Aluna: Rita de Cássia Gonçalves
Data: 19 de Março de 2012
ESTUDO DIRIGIDO COM BASENO TEXTO “TEORIA DO CONCEITO”
1- O QUE É LINGUAGEM?
Não há sociedade sem linguagem.Toda linguagemé fonte inesgotável para a compreensão
e expressão do pensamento humano . Ela é comunicação e os homens designam, nominamas
coisas que estão ao seu redor. A isso chamamos Linguagem Natural, ou seja, faz parte do
cotidiano. As ações exercidas pelo homem são formas de linguagem e sempre dizem alguma
coisa . Assim como outras ciências, a Linguagem enfrentou uma história em suas concepções e
há vários tipos de linguagens .
2- O QUE SÃO LINGUAGENS ESPECIAIS OU FORMALIZADAS?
Linguagens especiais ou formalizadas são aquelas criadas pelos homens que atendem
àsdisciplinas específicas , podemos citar: linguagem da matemática, química, física, lógica,
direito, sistemas de classificação, entre outras.
3- PODE-SE DIZER QUE AS LINGUAGENS ESTÃO SEMPRE EM CONTÍNUO
PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO?
Certamente que a linguagem foi se modificando objetivando atender o momento histórico.
As linguagens sãoprocessos que não se esgotam porque pretendem uma função que demarcam ,
significam e comunicam as coisas.
4- O QUE CARACTERIZA UM OBJETO INDIVIDUAL?
A partir do momentoem que um objeto é entendido como “único”, ele se distingue por
apresentar características inconfundíveis – uma essência que faz com que ele seja o que ele é.
Suas característicasse fazem pela forma do tempo e o espaço.
5- O QUE DISTINGUE CONCEITOS INDIVIDUAIS E GERAIS?
Conceitos individuais são aqueles que dizem respeito às características singulares de um
determinadoobjeto individual . Ex: UFMG, ou PUCao passo que se dissermos
UNIVERSIDADES, estaríamos referendando conceitos gerais, estes prescindem das formas do
tempo e do espaço.
2. 6- QUAL É A DEFINIÇÃO DE CONCEITO?
Umconceito é uma ideia abstrata e geral. Trata-se de uma representação intelectual acerca
do objeto por meio de suas características gerais. Em filosofia: “ a razão que se dá de algo”, o
logos, a “palavra”. Para a autoracada enunciado verdadeiro representa um elemento do conceito,
ou seja, compilação de enunciados verdadeiros sobre determinado objeto.”
7- COMO OCORRE A FORMAÇÃO DE CONCEITOS?
Formação de conceitos é a “reunião e compilação de enunciados verdadeiros a respeito de
um , ou seja, forma-se conceitos a partir do momento em que se articulam elementos numa
unidade estruturada . Ao formular enunciados sobre os atributos essenciais ou possíveis dos
objetos formulamos os respectivos conceitos.
8- QUAIS AS ESPÉCIES DE CARACTERÍSTICAS APRESENTADAS PELA
AUTORA ? QUE CATEGORIAS ELAS TOMAM POR BASE?
Categorias Aristotélicas
CARACTERÍSTICAS: um atributo predicável do objeto. Podem ser simples ou complexas,
as primeiras referem-se a uma única propriedade. Ex: “colorido”; as complexas dizem respeito a
mais de uma característica. Ex: “pintado com tinta azul”.
Espécies: Matéria (substância:aquilo que é em si mesmo) , Qualidade , Quantidade (extensão) ,
Relação, Processo (Atividade) , Modo de ser, Passividade, Posição, Localização (lugar) ,
Tempo.
SUBSTÂNCIA:OS ATRIBUTOS PODEM SER ESSENCIAIS OU ACIDENTAIS;
MATÉRIA: princípio indeterminado de que o mundo físico é composto, ou seja, aquilo de
que é feito algo, Ex: Mármore , madeira ; FORMA: é aquilo que faz com que uma coisa seja ela
mesma e não outra, princípio inteligível .
9- QUAL É A UTILIDADE DE COMPREENDER AS RELAÇÕES
CONCEITUAISNO CONTEXTO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO?
Torna-se importante compreender as relações conceituais de forma a organizá-los não só
nos sistemas de classificação mas também nos tesauros.
10- QUAIS SÃO OS TIPOS DE RELAÇÕES LÓGICAS RESSALTADAS PELA
AUTORA?
Baseadas na posse de características comuns: Identidade, Implicação, Intersecção,
Disjunção, Negação.
Identidade: mesmas características; Implicação: o conceito A está contido no conceito B; Os
dois conceitos coincidem algum elemento; Disjunção: Os conceitosse excluem mutuamente.
3. Não há característica comum; Negação: O conceito A inclui uma característica cuja negação se
encontra em B.
TIPOS DE RELAÇÕES: Relação hierárquica (implicação); Relação partitiva; Relação de
oposição (negação); Relação funcional ( intersecção).
11- O QUE SÃO RELAÇÕES HIERÁRQUICAS?
É possível falar de conceitos mais amplos ou mais restritos ou conceito superior e o inferior.
Implicam conceitos diferentes que possuem as mesmas características e um deles tem uma
característica a mais que o outro – estabelece a relação de gênero e espécie. Ex.: Macieira,
árvore frutífera, macieira.
12- O QUE SÃO RELAÇÕES FUNCIONAIS?
As relações funcionais implicam conceitos que expressam processos. Faz-se valer o
caráter semântico das relações. Ex: Produção – produto produtor – comprador. A
valência semântica do verbo é a soma dos lugares a serem preenchidos de acordo com a
ligação do conceito com outros. Ex.: Medição – objeto medido – fins da medição –
instrumento de medição – graus de medição. O que medimos? A temperatura, usando o
termômetro, o sistema de celsius em uma célula viva.
13- COMO SE CARACTERIZA A EXTENSÃO DO CONCEITO? E A INTENSÃO?
A extensão do conceito é a soma total dos conceitos mais específicos que possui. A
soma dos conceitos para as quais a intensão é verdadeira, a classe dos conceitos de tais objetos
dos quais se pode afirmar que possuem características em comum que se encontram na intensão
do mesmo conceito. Ex.: casa, Casa de pedra – Casa de madeira.
A intensão do conceito é a soma total das suas características. É também asoma total
dos conceitos genéricos e das diferenças específicas. Na representação da intensão do conceito
numa definição nem todos os conceitos genéricos necessitam ser mencionados.Basta mencionar
o mais próximo uma vez que já está contido os demais.
Ex.: A intensão do conceito casa é a seguinte: Edifício, feito de pedra ou madeira ,tem quartos,
etc.
14- QUAL É A UTILIDADE DAS DEFINIÇÕES CONCEITUAIS.
Tratam-se de condições essenciaisna argumentação e nas comunicações verbais e que
constituem elementos importantes na construção de sistemas científicos. Um desenvolvimento
contínuo de novos termos e o intercâmbio no processo de comunicação internacional.
Equaciona-se o sentido, limita o conceito.
4. 15- O QUE DISTINGUE AS DEFINIÇÕES NOMINAIS E REAIS?
A definição nominal tem por objetivo fixar o sentido de uma palavra. Relaciona-se com o
conhecimento implícito na linguagem. Ex.: opacidade: não permeabilidade à luz.
A definição real procura delimitar a intensão de um conceito entre outros que possuam as
mesmas características. Ela relaciona-se com o conhecimento do objeto, são citadas as
características essenciais ou acidentais. Ex.: Discografia: catalogação de discos (ou, descrição
metódica dos discos de uma coleção).
16- QUE RELAÇÃO EXISTE ENTRECONCEITOS E TERMOS INDEXADORES?
Os conceitos permitem conhecer intelectualmente um objeto de forma a possibilitar uma
linguagem de indexaçãoconstruída de maneira rigorosa, sem ambiguidade, termos organizados
e bem estruturados. A atividade da linguagemestá ao lado da atividade técnico-científica. Ao
analisar um texto torna-se necessário identificar os conteúdos mais pertinentes e representá-los
de maneira padronizada e sintética.
17- É POSSÍVEL ESTABELECER RELAÇÕES CONCEITUAIS NO MOMENTO
DA INDEXAÇÃO? POR QUE?
Sim. Conhecendo o conceito de um determinado objeto torna-se possível representá-lo de
forma compreensível para as áreas de interesse. Partimos de um termo mais generalizado para
chegarmos ao termo maisespecífico uma vez que este já está contido no outro. A LD
(indexação) exige um vocabulário controlado, objetiva, sem ambiguidade.
O conceito é “unidade de pensamento constituído por propriedades comuns a uma classe de
objetos” (ISSO 1087citado por CINTRA, p. 36 ). Ao definir o conceito adequadamente torna-se
possívela organização do trabalho documentário de uma área do conhecimento.
REFERÊNCIA
DAHLBERG, Ingetraut. Teoria do Conceito. CI. Inf., Rio de Janeiro, 7 (2): 101-107 , 1978.
Disponível em <http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/viewArticle/1680>Acesso
em 18 Mar 2012.