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ENFILEIRAMENTO ESCOLAR: CONSIDERAÇÕES SOBRE A
FORMAÇÃO DA AUTONOMIA E CRITICIDADE
Tatiane Cristina Joaquim de Lima
Curso de Pós-graduação em gestão educacional
Polo Edurio-Rio Claro – SP
Orientadora: Karen Fernanda da Silva Bortoloti
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo específico investigar se as salas de aula foram estruturadas e
idealizadas para a promoção do desenvolvimento completo do indivíduo enquanto cidadão
crítico participativo. O objetivo geral é demonstrar a necessidade de reestruturação da sala de
aula, nos momentos de diálogos dirigidos, proporcionando que os alunos organizem suas
carteiras em semicírculos/círculos de forma a privilegiar o contato entre seus pares e o
educador. Com a pesquisa bibliográfica, pôde-se constatar que no passado as salas de aula
eram usadas como instrumento para produzir pessoas passivas, sem autonomia, criticidade e
sem o conhecimento de seu potencial. Notamos que a escola de hoje, ainda carrega um pouco
destas características. No entanto, sabemos que a sociedade precisa de participação consciente
em direitos e deveres. Formar pessoas que saibam expor ideias e produzir novos saberes,
constituindo-se parte da sociedade e não margem desta.
Palavras-chave: Sala de aula, indivíduo participativo, autonomia, criticidade
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INTRODUÇÃO
A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. (Art. 205- Constituição federal de 1988)
Uma pessoa pode adquirir desenvolvimento e preparo em vários ambientes sociais. Estes
podem dar-se na família, na igreja, entre amigos, pelos meios de comunicação em massa
como a televisão, o rádio, a internet e ocorre também por meio da simples observação. Porém
estas formas de aquisição, nem sempre se dão conscientemente. São formas de educação
assistemática.
A escola proporciona um conhecimento intencional e sistemático. Ou seja, o conhecimento
sistematizado ou produzido nela, é feito de forma consciente. Potencializa os conhecimentos
que o aluno já possui e promove transformação no indivíduo, como explica Saviani (2009)
A existência humana é, pois, um processo de transformação que o homem
exerce sobre o meio, ou seja, o homem é um ser em situação, dotado de
consciência e liberdade, agindo no mundo, com o mundo e sobre o mundo.
Na maior parte do tempo as ações humanas se desenvolvem normalmente,
espontaneamente, ao nível, portanto da consciência irrefletida, até que algo
interrompe seu curso e interfere no processo, alterando sua sequência
natural. Aí então o homem é obrigado a se deter e examinar, a procurar
descobrir o que é esse algo que, normalmente nomeamos com a palavra
“problema”. A partir desse momento ele começa a refletir, isto é, ele
tematiza a realidade, voltando-se intencionalmente para ela a fim de
compreende-la tendo em vista resolver os problemas que interrompem o
curso de sua ação vital. Em consequência, a atividade anterior de caráter
espontâneo, natural, assistemático é substituída por uma atividade
intencional, refletida, sistematizada (p.43).
Na escola se sistematiza os conhecimentos e a cultura que a humanidade veio construindo no
decorrer da história, visando o desenvolvimento completo do ser humano, ou seja, social,
moral, intelectual, emocional e físico. Assim, entende-se a escola, instituição de ensino, como
sendo fundamental ferramenta na promoção do desenvolvimento humano de forma completa.
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Os indivíduos organizam sua vida em sociedade formando instituições
sociais. As instituições sociais são formas de ação ou de vivência a que os
homens recorrem, sistematicamente, visando a satisfazer determinadas
necessidades. Essa recorrência sistemática vai organizando essas formas de
ação, de tal modo que as instituições do todo social por terem uma função ou
finalidade, um objetivo que satisfaça a determinadas necessidades do
homem, e uma estrutura, isto é, regras que organizam tanto as relações
humanas dos que dela participam, como o espaço físico onde acontecem
estas relações, (Sonia Kruppa, 1994, p.24)
No entanto, para que o objetivo desta seja alcançado, os educadores e gestores devem revisar
conceitos e atitudes como forma de adequação, para alcançar seus alunos, os ajudando a ter o
pleno desenvolvimento esperado. Calaes de Andrade (2004) assegura:
As discussões e as abordagens levam a delimitação do aluno que se quer
formar cidadão autônomo, critico ativo, responsável, mobilizado e
compromissado com as questões sociais e do ambiente. A reflexão sobre o
que se quer e o que se faz, entre o pensar e o fazer, necessariamente conduz
a constatação de que há uma grande distância entre o modelo de aluno,
versus cidadão e a prática de sala de aula, em que os alunos permanecem
passivos, não atuantes, desinteressados e mobilizados... (p. 65)
A sala de aula vem neste trabalho se fazer objeto de análise, na busca de proporcionar aos
alunos um ambiente colaborador do aprendizado, nestes momentos em que estiverem também
construindo sua autonomia e criticidade.
O presente artigo se constitui em um estudo bibliográfico, acerca da possível influência que a
organização da sala de aula, aluno atrás de aluno no enfileiramento das carteiras escolares,
pode ter no desenvolvimento destes no que diz respeito a sua criatividade, espontaneidade e
segurança, prejudicando ou não sua cidadania crítica. Elucida como importante a
reorganização das salas de aula em alguns momentos, desfazendo as fileiras de forma que ao
reorganizar as carteiras, haja a propiciação do aluno em contato com o outro; ajudando a
promover nestes, o desenvolvimento da sua criticidade e autonomia.
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1. AUTONOMIA E CRITICIDADE: FORMAÇÃO DO CIDADÃO
PARTICIPATIVO
De acordo com o dicionário Houaiss (2009), a autonomia faz da pessoa alguém que sabe
decidir seu próprio caminho. Que sabe o que deve ser feito e faz simplesmente. Alguém que
não vai ser meramente dominado e manipulado. Assim lemos que “Autonomia s.f. 1
capacidade de governar a si próprio... 3 liberdades, independência moral ou intelectual
(p.78).”
No que diz respeito a criticidade, podemos perceber que esta vem completar o
desenvolvimento de um ser cidadão, pois vemos que a partir dela a pessoa vai analisar seus
caminhos após escolhe-los com sua autonomia. A criticidade vai ajudá-lo a compreender se
aquele caminho é adequado a seu momento e/ou as suas necessidades. Afinal é necessário
saber distinguir entre algo que vai ou não propiciar o bem. Não só a própria pessoa, mas as
demais que a rodeia, seja familiar, amigos, colegas de escola ou trabalho.
Sendo a criticidade a capacidade de uma pessoa em criticar. O dicionário Houaiss (2009)
define “Criticar v. {mod. 1} t.d. 1 analisar, julgar (obras, peças, filmes etc) 2 p.ext. Apontar
defeitos, dizer mal de; depreciar... (p.202) ”
Tendo autonomia e sendo crítica a pessoa passa a analisar os caminhos no decorrer da vida.
Saberá escolher com total confiança em si. Poderemos esperar assim uma sociedade de
pessoas pensantes e não meros reprodutores das opiniões alheias, opiniões estas que
normalmente são “dos mais fortes” que oprimem os “mais fracos”. Uma sociedade de pessoas
preparadas para escolher tanto seus representantes na política ou simplesmente a roupa,
palavra ou comportamento adequados para o ambiente escolar ou de trabalho por exemplo.
Cidadãos que saberão respeitar a opinião do outro, sem desmerecer a sua própria opinião. Que
saberão seus limites e respeitam o espaço do outro. Que terão o poder no diálogo produtivo.
Poderá também ser um cidadão participativo não só votando nos dias de eleições, mas
propondo algo, colocando suas ideias e pontos de vista para a valorização ou estruturação de
um bem ou necessidade comum. (Uma questão que faria para vc aqui seria essa: O que
especificamente a estrutura da escola, ou seja, sala, laboratórios, páteo, carteiras enfileiradas
ou não auxiliam nessa autonomia e criticidade? E os professores, diretores, gestores,
funcionários como ficam em sua práxis nesse processo? Esse aspecto não seria mais relevante
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do que a estrutura física da escola? Penso que o trecho acima se refere a essas questões,
porém a estrutura física da escola também é importante, mas não fundamental.
Visto que a nossa constituição coloca sob a família e também sob o estado (entenda-se escola)
o dever de formar cidadão, como veremos abaixo, é preciso necessariamente utilizar todos os
meios disponíveis para que tal ação se concretize.
A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. (Art. 205, Constituição federal de 1988).
Cabe a escola estar sempre repensando seus atos, suas práticas e estratégias com o intuito de
cumprir com sua função no total sentido desta como nos orienta também a Lei de Diretrizes e
Bases (1996):
Art. 22° A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando,
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania
e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Art. 32° O ensino fundamental [...] terá por objetivo a formação básica do
cidadão, mediante:
III- desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores.
Art.2° A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho.
É preciso conhecer os caminhos que a escola tem para promover uma sociedade da qual
podemos contemplar e sentir satisfação. Hoje vemos pessoas manipuladas facilmente através
de todas as mídias, nos tempos de eleições ou fora destes. (fora do objetivo proposto do
artigo)
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Paulo Freire (1969), afirma:
[...] A falta desta permeabilidade parece vir sendo dos mais sérios
descompassos dos regimes democráticos atuais, pela ausência, dela
decorrente, de correspondência entre o sentido da mudança, característico
não só da democracia, mas da civilização tecnológica e uma certa rigidez
mental do homem que, massificando-se, deixa de assumir postura
conscientemente critica diante da vida. Excluído da orbita das decisões, cada
vez mais adstritas a pequenas minorias, é comandado pelos meios de
publicidade, a tal ponto que, em nada confia ou acredita, se não ouvir no
rádio, na televisão ou se não leu nos jornais (p. 90 e 91).
Podemos notar indivíduos com dificuldades em se expressar. São tímidos, inseguros. São
pessoas que quando perguntado sobre sua opinião a respeito de algo, não sabem o que dizer,
pois não foram, em sua maioria, ensinadas a pensar e a dar suas opiniões. Não foi dado
provavelmente a estes o direito que lhes é inerente de verbalizar seu ponto de vista, de discuti-
lo e até mesmo de mudá-lo, como afirma Paulo Freire (1969):
De um modo geral, os analistas de nossa formação histórico-cultural, têm
insistido direta ou indiretamente na nossa “inexperiência democrática”. Na
ausência do tipo de formação que tivemos, daquelas condições necessárias à
criação de um comportamento participante, que nos tivesse levado à feitura
de nossa sociedade, com “nossas próprias mãos”, o que caracteriza, [...], a
essência da própria democracia, (p. 66).
Na escola, em todas as suas dependências e na sala de aula com seus professores e juntamente
com os colegas de classe, no decorrer das atividades propostas pela grade curricular e pelo
próprio professor, o aluno tem o direito de ser estimulado/ensinado a oralizar suas ideias,
ponto de vista e suas dúvidas. Debater com os amigos e educadores, as questões das ciências e
do dia a dia, formando sua autonomia e criticidade, pois:
Na medida, porém, em que faz esta imersão do tempo, libertando-se de sua
unidimensionalidade, discernindo-a, suas relações com o mundo se
impregnam de um sentido consequente. Na verdade, já é quase um lugar
comum afirma-se que a posição normal do homem no mundo, visto como
não está apenas nele, mas com ele, não se esgota em mera passividade. Não
se reduzindo tão somente a uma das dimensões a que participa – a natural e a
cultural – da primeira, pelo seu aspecto biológico, da segunda, pelo seu
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poder criador, o homem pode ser eminentemente interferidor, (Paulo Freire
1969 p. 41).
Assim a formação dos móveis na sala de aula deve propiciar este “interferir” entre as crianças.
Os alunos precisam se ver e olhar nos olhos com firmeza, aprendendo a se colocarem e a se
respeitarem. Precisam estar perto dos seus educadores, tendo segurança em falar com eles
sempre que sentirem necessidade. O enfileiramento tem sido um entrave para que isso ocorra
e a escola precisa repensar esta condição, pois como coloca Cury (2003):
Apesar de parecer tão inofensivo enfileirar os alunos um atrás do outro na
sala de aula, esta disposição é lesiva, produz distrações e obstrui a
inteligência. O enfileiramento dos alunos destrói a espontaneidade e a
segurança para expor as ideias. Gera um conflito caracterizado por medo e
inibição (p. 124).
Perfeita essa reflexão, porém, ela deveria ter sido mais trabalhada neste capítulo, apontando
mais autores que se preocupam com os estudos sobre os malefícios do conservadorismo desde
as escolas jesuíticas, ou seja, a disciplina em sala de aula, cadeiras enfileiradas, não falar, não
responder ao professor ao menos que seja indagado, etc, em sala de aula.
2. PRIMEIRA ESCOLA: AUSENCIA DE CRITICIDADE
“Nem um homem em 300 anos”
(Michelet – escritor e historiador)
Literatura e estudos sobre a gestão dos espaços na sala de aula são bastante escassos. O que
temos em maior quantidade são literaturas e estudos sobre a origem da educação escolar e
seus objetivos.
No Brasil, podemos dizer que a educação escolar, teve como ponto de partida os moldes greco
romano e judaico – cristã, como afirma Aranha (1996) “...nossa cultura e, consequentemente
nossa educação, são tributárias da herança greco–romana e da tradição judaico–cristã. ”
(p.36).
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Por ter natureza militar e religiosa, muitas vezes nossas escolas são tratadas como um local
onde se recebe crianças a serem preenchidas, com conhecimentos “prontos e acabados”,
conhecimentos estes que não necessitem ser questionados. Ainda segundo Aranha (1996):
“Decorre daí o caráter tradicionalista da educação, ocupada com a transmissão do saber do
passado, o que a torna rígida e estática” (p.36).
A primeira escola no Brasil foi formada pelos Jesuítas da companhia da ordem de Jesus em
1549. Porém foi idealizada em 1534 e deu seus primeiros passos em 1540, com a aprovação
do papa Paulo III. Esta escola era formada por uma disciplina rígida e militar, como coloca
Aranha (1996, p. 91).
Os professores que lecionavam nestas escolas eram também rigidamente orientados quanto a
terem ação e pensamentos únicos, através de um documento chamado “organização e plano
de estudos”, (Ratio Studiorum) e do manual de normas gerais e informações bibliográficas
necessárias ao magistério, como vemos a seguir:
Cuidadosos, com regras práticas sobre a ação pedagógica, a organização
administrativa e outros assuntos, destina-se a toda a hierarquia, desde o
provincial, o reitor e o prefeito dos estudos, até o mais simples professor,
sem se esquecer do aluno [...]
[...] reduzindo os riscos decorrentes do arbítrio e da iniciativa dos mestres
mais jovens.
Uma farta correspondência entre os membros da companhia mantém a
comunicação contínua, garantia da unidade de pensamento e ação. (Aranha
1996, p. 92)
Compreendemos assim, que o professor não tinha direito ao arbítrio e a iniciativa. A
obediência era vista como algo necessário para se evitar inovações personalistas, como cita
Aranha (1996): “A obediência é considerada virtude não só de alunos, como também de
padres, submetidos a rígida disciplina de trabalho, sem inovações personalistas” (p.91).
Devido a estas e outras tradições dos Jesuítas da companhia da ordem de Jesus, muitas críticas
foram feitas a esta forma de educação. Isto no séc. XVIII, após mais de 200 anos desta ação
pedagógica. As falas enfatizam a questão de a ordem não ter formado pessoas prontas para
agir de forma crítica e participativa:
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[...] não leva ao desenvolvimento do espirito crítico.
[...] distancia o aluno do mundo e, portanto, torna-se ineficaz para a vida
prática.
[...] Esses aspectos não fazem mais sentido num mundo em que a revolução
nas ciências e nas técnicas requer um homem prático, que precisa saber para
transformar. Não mais se justifica o desprezo ao espírito crítico, a pesquisa e
a experimentação. (Aranha 1996, p. 94)
Os Jesuítas tinham pleno suporte para educarem desta forma. Os governantes do Brasil, não
demonstravam nenhuma objeção. Muito pelo contrário, os jesuítas eram fortalecidos a agirem
desta maneira. Eram os meios pelos quais a coroa conseguia pessoas sem autonomia e
criticidade. Pessoas que não se antepunham as questões sociais da época. Aranha, (1996)
explica que “O governo de Portugal sabe o quanto a educação é importante como meio de
submissão e de domínio político e, portanto, não intervém nos planos Jesuítas. (p. 102)”.
Fica evidenciada nas colocações acima, a ausência da permissão dos conteúdos e assuntos
trabalhados serem conversados, analisados e enfim de serem refletidos pelos professores e
alunos. Vemos que a escola, ainda não tinha como função, formar cidadãos críticos e
participativos. Formava pessoas alienadas e prontas a reproduzir o que a igreja e a coroa
precisavam que fosse reproduzido.
2.1 ARQUITETURA DE CONTROLE – CORPOS ANALISÁVEIS E
MANIPULÁVEIS
A disciplina “fabrica” indivíduos; ela é a técnica específica de um
poder que toma os indivíduos ao mesmo tempo como objetos e como instrumentos.
(Foucault, Pag. 195)
Existe clareza no fato de que a disciplina, a organização e a arquitetura são fundamentais em
qualquer ambiente. Precisamos disto tudo para nos orientar, nos localizar e nos sentir seguros.
Desta forma, temos em nosso dia a dia, a possibilidade de que o mesmo transcorra com certa
tranquilidade.
Nas escolas, na sala de aula, não deve e não pode ser diferente. Precisamos ter disciplina,
organização e arquitetura muito bem estruturadas para o melhor andamento das aulas e
atividades que lá se realizam. Para tanto, é utilizado nas salas de aula as fileiras.
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As disciplinas, organizando as [...] “fileiras” criam espaços complexos: ao
mesmo tempo arquiteturais, funcionais e hierárquicos. São espaços que
realizam a fixação e permitem a circulação; recortam segmentos individuais
e estabelecem ligações operatórias; marcam lugares e indicam valores;
garantem a obediência dos indivíduos, mas também uma melhor economia
do tempo e dos gestos (FOUCAULT,1987, p174).
Porém esta arquitetura, deve também ter a intenção de não prejudicar o desenvolvimento
completo das aptidões de cada educando.
Tal arquitetura não pode em momento algum, atrapalhar o desenvolvimento indispensável
para o exercício da cidadania que buscamos mediar com o aluno. Esta deve, pelo contrário,
promover o contato com o outro. O olho no olho, a interação social.
No entanto, podemos perceber que a intenção da arquitetura escolar nos sec. XVII e XVIII
não era a de permitir que o aluno se colocasse, pensasse, analisasse, discutisse por entre os
conhecimentos a ele propostos: Para Foucault (1987) “... as disciplinas se tornaram no decorrer
dos séculos XVII e XVIII fórmulas gerais de dominação” (p.164).
Como nas escolas jesuítas, os alunos ainda eram vistos como objetos manipuláveis para
realizar funções pré-determinadas sem questionamentos e/ ou desobediência. Foucault (1987):
Importa estabelecer as presenças e as ausências, saber onde e como
encontrar os indivíduos, instaurar as comunicações úteis, interromper as
outras, poder a cada instante vigiar o comportamento de cada um, apreciá-lo,
sancioná-lo, medir as qualidades ou os méritos. Procedimento, portanto, para
conhecer, dominar e utilizar (p.169).
A ordenação por fileiras, no século XVIII, começa a definir a grande forma
de repartição dos indivíduos na ordem escolar: filas de alunos na sala, nos
corredores, nos pátios;
[...] Determinando lugares individuais tornou possível o controle de cada um
e o trabalho simultâneo de todos. Organizou uma nova economia do tempo
de aprendizagem. Fez funcionar o espaço escolar como uma máquina de
ensinar, mas também de vigiar, de hierarquizar, de recompensar (p.173).
Toda a atividade do indivíduo disciplinar deve ser repartida e sustentada por
injunções cuja eficiência repousa na brevidade e na clareza; a ordem não tem
que ser explicada, nem mesmo formulada; é necessário e suficiente que
provoque o comportamento desejado. Do mestre de disciplina àquele que lhe
é sujeito, a relação é de sinalização: o que importa não é compreender a
injunção, mas perceber o sinal, reagir logo a ele, de acordo com um código
mais ou menos artificial estabelecido previamente. Colocar os corpos num
pequeno mundo de sinais a cada um dos quais está ligada uma resposta
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obrigatória e só uma: técnica do treinamento que exclui despoticamente em
tudo a menor representação, e o menor murmúrio; o soldado disciplinado
começa a obedecer ao que quer que lhe seja ordenado; sua obediência é
pronta e cega; a aparência de indocilidade, o menor atraso seria um crime. O
treinamento das escolares deve ser feito da mesma maneira; poucas palavras,
nenhuma explicação, no máximo um silêncio total... (p.191- Léon Faucher,
De la réforme des prisons, 1838, p. 6.)
Nossas escolas hoje, não devem ser e acredito que não são, idealizadas ou vistas como prédios
cheios de pessoas vazias a serem preenchidas. Pessoas sem o direito de verbalizar suas
reflexões. Sem na verdade serem estimuladas a refletir e verbalizar criticamente suas
considerações a respeito dos conhecimentos ali sistematizados. Tem-se direito a explicação,
mesmo que sejam necessárias muitas palavras ou debates. Somos cidadãos e este estado de
cidadãos deve ser iniciado e solidificado principalmente na escola, que deve fazer isso de
maneira intencional e agradável.
2.2 ENFILEIRAMENTOS COMO UM DOS ENTRAVES À
CRITICIDADE
Sentados um atrás do outro. Tendo as nucas dos amigos como visão. Calados. Tímidos para
perguntar ou responder a qualquer pergunta da professora. Dificuldade em opinar sobre os
temas trabalhados. Distraído com outros objetos mais próximos que o rosto e a voz da
professora.
Augusto Cury (2003), pontua que as mesas e cadeiras devem estar colocadas em sala de aula,
de forma a beneficiar não só a visão do aluno a lousa, como também o seu contato com o
professor e os demais alunos que os cerca. Vejamos:
As grandes teorias educacionais não estudam os papéis da memória. Por
isso, elas não percebem que bastam dois anos em que os alunos se sentam
enfileirados na escola para gerar um trauma inconsciente. Um trauma que
produz um grande desconforto para expressar as opiniões em reuniões, falar
“não” e discutir dúvidas em sala de aula. A escola clássica gera conflitos nos
alunos sem perceber. Além de bloquear a capacidade de argumentar, o
enfileiramento dos alunos coloca combustível na síndrome do pensamento
acelerado [...]
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Para os adultos já é difícil suportar a fadiga, a ansiedade e a inquietação [...]
Agora imagine para as crianças e jovens obrigados a ficar sentados, inertes e,
ainda por cima, tendo como paisagem à sua frente a nuca dos seus colegas de
classe? Para não explodir de ansiedade, eles tumultuarão o ambiente, terão
conversas paralelas, mexerão com seus amigos. É uma questão de
sobrevivência. Não os culpe. Culpe o sistema (CURY, 2003. p.124).
Como já citamos, a escola tem o dever de formar cidadãos críticos, que intervenham na
sociedade a melhorando, a modificando. Cidadãos devem entender que tem o direito e o dever
de estar pensando e agindo sobre a sociedade que o cerca. Não podemos nos desatentar destas
colocações de Cury, visto que estamos falando e agindo sobre uma escola que recebeu como
uma de suas funções a formação completa das pessoas. Sabemos que este processo só se
confirma na ação do mesmo, na prática.
Cury sugere uma possível solução:
Como resolver este problema? Fazendo com que os alunos sentem em meia
lua, em U ou em duplo círculo. Eles precisam ver os rostos um dos outros.
Por favor, retirem os alunos da Pré-escola à universidade do enfileiramento.
Ele fomenta a inércia intelectual [...]
Sentar em forma de U ou em círculo aquieta o pensamento, melhora a
concentração, diminui a ansiedade dos alunos. O clima da classe fica
agradável e a interação social dá um grande salto (2003, p.124 e 125).
Segundo Cury estas orientações auxiliariam não só na formação da cidadania e criticidade,
mas também na concentração, atenção e interesse dos alunos nas atividades propostas.
Desta forma, realmente é preciso repensarmos esta sala de aula para o benefício dos alunos e
da futura sociedade.
3 A ESCOLA QUE PRECISAMOS
Uma educação que possibilite ao homem a discussão corajosa de sua
problemática. De sua inserção nesta problemática. Que o advertisse dos
perigos de seu tempo, para que, consciente deles, ganhasse a força e a
coragem de lutar, ao invés de ser levado e arrastado à perdição de seu
próprio eu, submetido às prescrições alheias. Educação que o colocasse em
diálogo constante com o outro. Que o predispusesse a constantes revisões. À
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análise críticas de seus “achados. ” À uma certa rebeldia, no sentido mais
humano da expressão. Que o identificasse com métodos e processos
científicos, (FREIRE,1969, p.90).
Não seria correto, a partir da visão da escola que queremos, aceitar alunos disciplinados, no
sentido de não participador ativo do seu próprio aprendizado e formação de conhecimentos.
Conceber um aluno que não possa ao refletir, debater com seus pares sobre os assuntos
didáticos e das atualidades que lhe são colocados diariamente seja pela mídia, pela família ou
pela própria escola.
Não houvesse esta integração, que é uma nota das suas relações, e que se
aperfeiçoa na medida em que a consequência se torna crítica, fosse ele
apenas um ser de acomodação ou de ajustamento, e a história e a cultura,
domínios exclusivamente seus, não teriam sentido. Faltar-lhes-ia a marca da
liberdade. Por isso, toda vez que se suprime a liberdade, fica ele um ser
meramente ajustado ou acomodado. E é por isso que, minimizado e
cerceado, acomodados a ajustamentos que lhe sejam impostos, sem o direito
de discuti-los, o homem sacrifica imediatamente a sua capacidade criadora
(FREIRE,1969, p.41).
Como pontua o autor supracitado, precisamos de educação escolar que repense suas
atribuições. Que as analisem, verificando se estão sendo efetivamente realizadas.
Se estão permitindo aos alunos o ser cada vez mais conscientes
Não podia compreender, em uma sociedade dinamicamente em fase de
transição, uma educação que levasse o homem a posições quietistas ao invés
daquela que a levasse à procura da verdade em comum, “ouvindo,
perguntando, investigando”. Só podíamos compreender uma educação que
fizesse do homem um ser cada vez mais consciente de sua transitividade.
Que deve ser usada tanto quanto possível criticamente, ou com acento cada
vez maior na racionalidade (Paulo Freire,1969, p. 91).
O olhar do professor às crianças, oportunizando o interferir e o contribuir em seu próprio
aprendizado, desenvolvimento escolar e, portanto, social. A realidade de nossas escolas,
oportunizando ao aluno, a consciência de si enquanto formador e participador em seu meio na
prática e não somente nos documentos e livros é o dever que temos.
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Para que o aluno seja autônomo frente à sociedade, é preciso que ele seja
capaz de criar opiniões, conceitos e discursos. Tais capacidades terão de ser
frutos de uma reflexão cuidadosa a ser desencadeada pelo processo
educativo. Também é preciso que aquilo que o indivíduo assume como
convicção para a sua vida, seja fruto de um conhecimento elaborado,
transmitido, em grande parte pela escola (Odilon Roble,2012, p. 39).
Diante de tais considerações, o caminho seria firmar nossos passos nisto que sabemos e
acreditamos ser o correto aos alunos e a sociedade que esperamos. Estejamos onde for, seja
enquanto profissionais da educação em sala de aula ou profissionais da educação a frente da
escola como gestores, precisamos cumprir com nosso dever.
CONCLUSÃO
Precisamos de pessoas que saibam falar suas opiniões sobre política, sobre religião, sobre
sexualidade, enfim, sobre todos os aspectos que os rodeia. Pessoas que também saibam
respeitar a opinião dos demais. Que saibam conviver em grupo e a partir desta convivência
sadia, não desvalorizar ou agredir o outro.
Precisamos de pessoas capazes de criar novos caminhos, novas perspectivas, novas realidades
dentro das possibilidades que a integração proporciona. O olhar para o outro nos olhos, frente
a frente, situação esta que o enfileiramento não proporciona.
Não queremos mais “cidadãos” manipuláveis nem por pessoas físicas nem pelos meios de
publicidade que dizem o que querem como se fosse a mais pura verdade dos fatos. São muitos
os que aceitam o que lhes é colocado, sem pensar, sem se posicionarem criticamente e pôr
seus próprios meios averiguar a veracidade dos fatos ou histórias.
Não queremos mais pessoas que não tenham posicionamentos conscientes. A sociedade está
passando e já passou antes por muitas crises, que podem muito bem ser associadas a este
descompasso em escolas, onde ao aluno é muitas vezes negado o direito de falar sobre como
compreende os acontecimentos que os rodeiam. De falar sobre suas dúvidas e porque não,
medos e anseios. Escolas que não possibilitam a esta pessoa o “ser inquiridor”.
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A escola é o fio condutor que pode dar realidade nova a esta velha realidade. Que o empenho
nesta, seja para realmente cumprir com seu papel de formar cidadão, visando ao “pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para
o trabalho, ” (Art. 205- Constituição federal de 1988). Não podemos nos furtar desta
necessidade, principalmente diante das crises políticas e sociais que estamos vivendo.
Precisamos fazer a nossa parte para que a realidade seja transformada.
O enfileiramento, que tira a possibilidade da real interação e socialização, deve em momentos
planejados, ao menos semanalmente, mas preferencialmente no dia a dia ser desfeito, dando
vez aos círculos/semicírculos onde assuntos diversos devem ser colocados, socializados e
discutidos.
Desta forma, o professor e sua sala de aula passam a ser, de fato, meios por onde o aluno se
perceba e se aproprie do ser cidadão participativo, demostrando autonomia e fazendo pleno
uso de sua criticidade.
16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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ArtMed 2004
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ENFILEIRAMENTO ESCOLAR: CONSIDERAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DA AUTONOMIA E CRITICIDADE

  • 1. 1 ENFILEIRAMENTO ESCOLAR: CONSIDERAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DA AUTONOMIA E CRITICIDADE Tatiane Cristina Joaquim de Lima Curso de Pós-graduação em gestão educacional Polo Edurio-Rio Claro – SP Orientadora: Karen Fernanda da Silva Bortoloti RESUMO Este trabalho tem como objetivo específico investigar se as salas de aula foram estruturadas e idealizadas para a promoção do desenvolvimento completo do indivíduo enquanto cidadão crítico participativo. O objetivo geral é demonstrar a necessidade de reestruturação da sala de aula, nos momentos de diálogos dirigidos, proporcionando que os alunos organizem suas carteiras em semicírculos/círculos de forma a privilegiar o contato entre seus pares e o educador. Com a pesquisa bibliográfica, pôde-se constatar que no passado as salas de aula eram usadas como instrumento para produzir pessoas passivas, sem autonomia, criticidade e sem o conhecimento de seu potencial. Notamos que a escola de hoje, ainda carrega um pouco destas características. No entanto, sabemos que a sociedade precisa de participação consciente em direitos e deveres. Formar pessoas que saibam expor ideias e produzir novos saberes, constituindo-se parte da sociedade e não margem desta. Palavras-chave: Sala de aula, indivíduo participativo, autonomia, criticidade
  • 2. 2 INTRODUÇÃO A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Art. 205- Constituição federal de 1988) Uma pessoa pode adquirir desenvolvimento e preparo em vários ambientes sociais. Estes podem dar-se na família, na igreja, entre amigos, pelos meios de comunicação em massa como a televisão, o rádio, a internet e ocorre também por meio da simples observação. Porém estas formas de aquisição, nem sempre se dão conscientemente. São formas de educação assistemática. A escola proporciona um conhecimento intencional e sistemático. Ou seja, o conhecimento sistematizado ou produzido nela, é feito de forma consciente. Potencializa os conhecimentos que o aluno já possui e promove transformação no indivíduo, como explica Saviani (2009) A existência humana é, pois, um processo de transformação que o homem exerce sobre o meio, ou seja, o homem é um ser em situação, dotado de consciência e liberdade, agindo no mundo, com o mundo e sobre o mundo. Na maior parte do tempo as ações humanas se desenvolvem normalmente, espontaneamente, ao nível, portanto da consciência irrefletida, até que algo interrompe seu curso e interfere no processo, alterando sua sequência natural. Aí então o homem é obrigado a se deter e examinar, a procurar descobrir o que é esse algo que, normalmente nomeamos com a palavra “problema”. A partir desse momento ele começa a refletir, isto é, ele tematiza a realidade, voltando-se intencionalmente para ela a fim de compreende-la tendo em vista resolver os problemas que interrompem o curso de sua ação vital. Em consequência, a atividade anterior de caráter espontâneo, natural, assistemático é substituída por uma atividade intencional, refletida, sistematizada (p.43). Na escola se sistematiza os conhecimentos e a cultura que a humanidade veio construindo no decorrer da história, visando o desenvolvimento completo do ser humano, ou seja, social, moral, intelectual, emocional e físico. Assim, entende-se a escola, instituição de ensino, como sendo fundamental ferramenta na promoção do desenvolvimento humano de forma completa.
  • 3. 3 Os indivíduos organizam sua vida em sociedade formando instituições sociais. As instituições sociais são formas de ação ou de vivência a que os homens recorrem, sistematicamente, visando a satisfazer determinadas necessidades. Essa recorrência sistemática vai organizando essas formas de ação, de tal modo que as instituições do todo social por terem uma função ou finalidade, um objetivo que satisfaça a determinadas necessidades do homem, e uma estrutura, isto é, regras que organizam tanto as relações humanas dos que dela participam, como o espaço físico onde acontecem estas relações, (Sonia Kruppa, 1994, p.24) No entanto, para que o objetivo desta seja alcançado, os educadores e gestores devem revisar conceitos e atitudes como forma de adequação, para alcançar seus alunos, os ajudando a ter o pleno desenvolvimento esperado. Calaes de Andrade (2004) assegura: As discussões e as abordagens levam a delimitação do aluno que se quer formar cidadão autônomo, critico ativo, responsável, mobilizado e compromissado com as questões sociais e do ambiente. A reflexão sobre o que se quer e o que se faz, entre o pensar e o fazer, necessariamente conduz a constatação de que há uma grande distância entre o modelo de aluno, versus cidadão e a prática de sala de aula, em que os alunos permanecem passivos, não atuantes, desinteressados e mobilizados... (p. 65) A sala de aula vem neste trabalho se fazer objeto de análise, na busca de proporcionar aos alunos um ambiente colaborador do aprendizado, nestes momentos em que estiverem também construindo sua autonomia e criticidade. O presente artigo se constitui em um estudo bibliográfico, acerca da possível influência que a organização da sala de aula, aluno atrás de aluno no enfileiramento das carteiras escolares, pode ter no desenvolvimento destes no que diz respeito a sua criatividade, espontaneidade e segurança, prejudicando ou não sua cidadania crítica. Elucida como importante a reorganização das salas de aula em alguns momentos, desfazendo as fileiras de forma que ao reorganizar as carteiras, haja a propiciação do aluno em contato com o outro; ajudando a promover nestes, o desenvolvimento da sua criticidade e autonomia.
  • 4. 4 1. AUTONOMIA E CRITICIDADE: FORMAÇÃO DO CIDADÃO PARTICIPATIVO De acordo com o dicionário Houaiss (2009), a autonomia faz da pessoa alguém que sabe decidir seu próprio caminho. Que sabe o que deve ser feito e faz simplesmente. Alguém que não vai ser meramente dominado e manipulado. Assim lemos que “Autonomia s.f. 1 capacidade de governar a si próprio... 3 liberdades, independência moral ou intelectual (p.78).” No que diz respeito a criticidade, podemos perceber que esta vem completar o desenvolvimento de um ser cidadão, pois vemos que a partir dela a pessoa vai analisar seus caminhos após escolhe-los com sua autonomia. A criticidade vai ajudá-lo a compreender se aquele caminho é adequado a seu momento e/ou as suas necessidades. Afinal é necessário saber distinguir entre algo que vai ou não propiciar o bem. Não só a própria pessoa, mas as demais que a rodeia, seja familiar, amigos, colegas de escola ou trabalho. Sendo a criticidade a capacidade de uma pessoa em criticar. O dicionário Houaiss (2009) define “Criticar v. {mod. 1} t.d. 1 analisar, julgar (obras, peças, filmes etc) 2 p.ext. Apontar defeitos, dizer mal de; depreciar... (p.202) ” Tendo autonomia e sendo crítica a pessoa passa a analisar os caminhos no decorrer da vida. Saberá escolher com total confiança em si. Poderemos esperar assim uma sociedade de pessoas pensantes e não meros reprodutores das opiniões alheias, opiniões estas que normalmente são “dos mais fortes” que oprimem os “mais fracos”. Uma sociedade de pessoas preparadas para escolher tanto seus representantes na política ou simplesmente a roupa, palavra ou comportamento adequados para o ambiente escolar ou de trabalho por exemplo. Cidadãos que saberão respeitar a opinião do outro, sem desmerecer a sua própria opinião. Que saberão seus limites e respeitam o espaço do outro. Que terão o poder no diálogo produtivo. Poderá também ser um cidadão participativo não só votando nos dias de eleições, mas propondo algo, colocando suas ideias e pontos de vista para a valorização ou estruturação de um bem ou necessidade comum. (Uma questão que faria para vc aqui seria essa: O que especificamente a estrutura da escola, ou seja, sala, laboratórios, páteo, carteiras enfileiradas ou não auxiliam nessa autonomia e criticidade? E os professores, diretores, gestores, funcionários como ficam em sua práxis nesse processo? Esse aspecto não seria mais relevante
  • 5. 5 do que a estrutura física da escola? Penso que o trecho acima se refere a essas questões, porém a estrutura física da escola também é importante, mas não fundamental. Visto que a nossa constituição coloca sob a família e também sob o estado (entenda-se escola) o dever de formar cidadão, como veremos abaixo, é preciso necessariamente utilizar todos os meios disponíveis para que tal ação se concretize. A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Art. 205, Constituição federal de 1988). Cabe a escola estar sempre repensando seus atos, suas práticas e estratégias com o intuito de cumprir com sua função no total sentido desta como nos orienta também a Lei de Diretrizes e Bases (1996): Art. 22° A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Art. 32° O ensino fundamental [...] terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: III- desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores. Art.2° A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. É preciso conhecer os caminhos que a escola tem para promover uma sociedade da qual podemos contemplar e sentir satisfação. Hoje vemos pessoas manipuladas facilmente através de todas as mídias, nos tempos de eleições ou fora destes. (fora do objetivo proposto do artigo)
  • 6. 6 Paulo Freire (1969), afirma: [...] A falta desta permeabilidade parece vir sendo dos mais sérios descompassos dos regimes democráticos atuais, pela ausência, dela decorrente, de correspondência entre o sentido da mudança, característico não só da democracia, mas da civilização tecnológica e uma certa rigidez mental do homem que, massificando-se, deixa de assumir postura conscientemente critica diante da vida. Excluído da orbita das decisões, cada vez mais adstritas a pequenas minorias, é comandado pelos meios de publicidade, a tal ponto que, em nada confia ou acredita, se não ouvir no rádio, na televisão ou se não leu nos jornais (p. 90 e 91). Podemos notar indivíduos com dificuldades em se expressar. São tímidos, inseguros. São pessoas que quando perguntado sobre sua opinião a respeito de algo, não sabem o que dizer, pois não foram, em sua maioria, ensinadas a pensar e a dar suas opiniões. Não foi dado provavelmente a estes o direito que lhes é inerente de verbalizar seu ponto de vista, de discuti- lo e até mesmo de mudá-lo, como afirma Paulo Freire (1969): De um modo geral, os analistas de nossa formação histórico-cultural, têm insistido direta ou indiretamente na nossa “inexperiência democrática”. Na ausência do tipo de formação que tivemos, daquelas condições necessárias à criação de um comportamento participante, que nos tivesse levado à feitura de nossa sociedade, com “nossas próprias mãos”, o que caracteriza, [...], a essência da própria democracia, (p. 66). Na escola, em todas as suas dependências e na sala de aula com seus professores e juntamente com os colegas de classe, no decorrer das atividades propostas pela grade curricular e pelo próprio professor, o aluno tem o direito de ser estimulado/ensinado a oralizar suas ideias, ponto de vista e suas dúvidas. Debater com os amigos e educadores, as questões das ciências e do dia a dia, formando sua autonomia e criticidade, pois: Na medida, porém, em que faz esta imersão do tempo, libertando-se de sua unidimensionalidade, discernindo-a, suas relações com o mundo se impregnam de um sentido consequente. Na verdade, já é quase um lugar comum afirma-se que a posição normal do homem no mundo, visto como não está apenas nele, mas com ele, não se esgota em mera passividade. Não se reduzindo tão somente a uma das dimensões a que participa – a natural e a cultural – da primeira, pelo seu aspecto biológico, da segunda, pelo seu
  • 7. 7 poder criador, o homem pode ser eminentemente interferidor, (Paulo Freire 1969 p. 41). Assim a formação dos móveis na sala de aula deve propiciar este “interferir” entre as crianças. Os alunos precisam se ver e olhar nos olhos com firmeza, aprendendo a se colocarem e a se respeitarem. Precisam estar perto dos seus educadores, tendo segurança em falar com eles sempre que sentirem necessidade. O enfileiramento tem sido um entrave para que isso ocorra e a escola precisa repensar esta condição, pois como coloca Cury (2003): Apesar de parecer tão inofensivo enfileirar os alunos um atrás do outro na sala de aula, esta disposição é lesiva, produz distrações e obstrui a inteligência. O enfileiramento dos alunos destrói a espontaneidade e a segurança para expor as ideias. Gera um conflito caracterizado por medo e inibição (p. 124). Perfeita essa reflexão, porém, ela deveria ter sido mais trabalhada neste capítulo, apontando mais autores que se preocupam com os estudos sobre os malefícios do conservadorismo desde as escolas jesuíticas, ou seja, a disciplina em sala de aula, cadeiras enfileiradas, não falar, não responder ao professor ao menos que seja indagado, etc, em sala de aula. 2. PRIMEIRA ESCOLA: AUSENCIA DE CRITICIDADE “Nem um homem em 300 anos” (Michelet – escritor e historiador) Literatura e estudos sobre a gestão dos espaços na sala de aula são bastante escassos. O que temos em maior quantidade são literaturas e estudos sobre a origem da educação escolar e seus objetivos. No Brasil, podemos dizer que a educação escolar, teve como ponto de partida os moldes greco romano e judaico – cristã, como afirma Aranha (1996) “...nossa cultura e, consequentemente nossa educação, são tributárias da herança greco–romana e da tradição judaico–cristã. ” (p.36).
  • 8. 8 Por ter natureza militar e religiosa, muitas vezes nossas escolas são tratadas como um local onde se recebe crianças a serem preenchidas, com conhecimentos “prontos e acabados”, conhecimentos estes que não necessitem ser questionados. Ainda segundo Aranha (1996): “Decorre daí o caráter tradicionalista da educação, ocupada com a transmissão do saber do passado, o que a torna rígida e estática” (p.36). A primeira escola no Brasil foi formada pelos Jesuítas da companhia da ordem de Jesus em 1549. Porém foi idealizada em 1534 e deu seus primeiros passos em 1540, com a aprovação do papa Paulo III. Esta escola era formada por uma disciplina rígida e militar, como coloca Aranha (1996, p. 91). Os professores que lecionavam nestas escolas eram também rigidamente orientados quanto a terem ação e pensamentos únicos, através de um documento chamado “organização e plano de estudos”, (Ratio Studiorum) e do manual de normas gerais e informações bibliográficas necessárias ao magistério, como vemos a seguir: Cuidadosos, com regras práticas sobre a ação pedagógica, a organização administrativa e outros assuntos, destina-se a toda a hierarquia, desde o provincial, o reitor e o prefeito dos estudos, até o mais simples professor, sem se esquecer do aluno [...] [...] reduzindo os riscos decorrentes do arbítrio e da iniciativa dos mestres mais jovens. Uma farta correspondência entre os membros da companhia mantém a comunicação contínua, garantia da unidade de pensamento e ação. (Aranha 1996, p. 92) Compreendemos assim, que o professor não tinha direito ao arbítrio e a iniciativa. A obediência era vista como algo necessário para se evitar inovações personalistas, como cita Aranha (1996): “A obediência é considerada virtude não só de alunos, como também de padres, submetidos a rígida disciplina de trabalho, sem inovações personalistas” (p.91). Devido a estas e outras tradições dos Jesuítas da companhia da ordem de Jesus, muitas críticas foram feitas a esta forma de educação. Isto no séc. XVIII, após mais de 200 anos desta ação pedagógica. As falas enfatizam a questão de a ordem não ter formado pessoas prontas para agir de forma crítica e participativa:
  • 9. 9 [...] não leva ao desenvolvimento do espirito crítico. [...] distancia o aluno do mundo e, portanto, torna-se ineficaz para a vida prática. [...] Esses aspectos não fazem mais sentido num mundo em que a revolução nas ciências e nas técnicas requer um homem prático, que precisa saber para transformar. Não mais se justifica o desprezo ao espírito crítico, a pesquisa e a experimentação. (Aranha 1996, p. 94) Os Jesuítas tinham pleno suporte para educarem desta forma. Os governantes do Brasil, não demonstravam nenhuma objeção. Muito pelo contrário, os jesuítas eram fortalecidos a agirem desta maneira. Eram os meios pelos quais a coroa conseguia pessoas sem autonomia e criticidade. Pessoas que não se antepunham as questões sociais da época. Aranha, (1996) explica que “O governo de Portugal sabe o quanto a educação é importante como meio de submissão e de domínio político e, portanto, não intervém nos planos Jesuítas. (p. 102)”. Fica evidenciada nas colocações acima, a ausência da permissão dos conteúdos e assuntos trabalhados serem conversados, analisados e enfim de serem refletidos pelos professores e alunos. Vemos que a escola, ainda não tinha como função, formar cidadãos críticos e participativos. Formava pessoas alienadas e prontas a reproduzir o que a igreja e a coroa precisavam que fosse reproduzido. 2.1 ARQUITETURA DE CONTROLE – CORPOS ANALISÁVEIS E MANIPULÁVEIS A disciplina “fabrica” indivíduos; ela é a técnica específica de um poder que toma os indivíduos ao mesmo tempo como objetos e como instrumentos. (Foucault, Pag. 195) Existe clareza no fato de que a disciplina, a organização e a arquitetura são fundamentais em qualquer ambiente. Precisamos disto tudo para nos orientar, nos localizar e nos sentir seguros. Desta forma, temos em nosso dia a dia, a possibilidade de que o mesmo transcorra com certa tranquilidade. Nas escolas, na sala de aula, não deve e não pode ser diferente. Precisamos ter disciplina, organização e arquitetura muito bem estruturadas para o melhor andamento das aulas e atividades que lá se realizam. Para tanto, é utilizado nas salas de aula as fileiras.
  • 10. 10 As disciplinas, organizando as [...] “fileiras” criam espaços complexos: ao mesmo tempo arquiteturais, funcionais e hierárquicos. São espaços que realizam a fixação e permitem a circulação; recortam segmentos individuais e estabelecem ligações operatórias; marcam lugares e indicam valores; garantem a obediência dos indivíduos, mas também uma melhor economia do tempo e dos gestos (FOUCAULT,1987, p174). Porém esta arquitetura, deve também ter a intenção de não prejudicar o desenvolvimento completo das aptidões de cada educando. Tal arquitetura não pode em momento algum, atrapalhar o desenvolvimento indispensável para o exercício da cidadania que buscamos mediar com o aluno. Esta deve, pelo contrário, promover o contato com o outro. O olho no olho, a interação social. No entanto, podemos perceber que a intenção da arquitetura escolar nos sec. XVII e XVIII não era a de permitir que o aluno se colocasse, pensasse, analisasse, discutisse por entre os conhecimentos a ele propostos: Para Foucault (1987) “... as disciplinas se tornaram no decorrer dos séculos XVII e XVIII fórmulas gerais de dominação” (p.164). Como nas escolas jesuítas, os alunos ainda eram vistos como objetos manipuláveis para realizar funções pré-determinadas sem questionamentos e/ ou desobediência. Foucault (1987): Importa estabelecer as presenças e as ausências, saber onde e como encontrar os indivíduos, instaurar as comunicações úteis, interromper as outras, poder a cada instante vigiar o comportamento de cada um, apreciá-lo, sancioná-lo, medir as qualidades ou os méritos. Procedimento, portanto, para conhecer, dominar e utilizar (p.169). A ordenação por fileiras, no século XVIII, começa a definir a grande forma de repartição dos indivíduos na ordem escolar: filas de alunos na sala, nos corredores, nos pátios; [...] Determinando lugares individuais tornou possível o controle de cada um e o trabalho simultâneo de todos. Organizou uma nova economia do tempo de aprendizagem. Fez funcionar o espaço escolar como uma máquina de ensinar, mas também de vigiar, de hierarquizar, de recompensar (p.173). Toda a atividade do indivíduo disciplinar deve ser repartida e sustentada por injunções cuja eficiência repousa na brevidade e na clareza; a ordem não tem que ser explicada, nem mesmo formulada; é necessário e suficiente que provoque o comportamento desejado. Do mestre de disciplina àquele que lhe é sujeito, a relação é de sinalização: o que importa não é compreender a injunção, mas perceber o sinal, reagir logo a ele, de acordo com um código mais ou menos artificial estabelecido previamente. Colocar os corpos num pequeno mundo de sinais a cada um dos quais está ligada uma resposta
  • 11. 11 obrigatória e só uma: técnica do treinamento que exclui despoticamente em tudo a menor representação, e o menor murmúrio; o soldado disciplinado começa a obedecer ao que quer que lhe seja ordenado; sua obediência é pronta e cega; a aparência de indocilidade, o menor atraso seria um crime. O treinamento das escolares deve ser feito da mesma maneira; poucas palavras, nenhuma explicação, no máximo um silêncio total... (p.191- Léon Faucher, De la réforme des prisons, 1838, p. 6.) Nossas escolas hoje, não devem ser e acredito que não são, idealizadas ou vistas como prédios cheios de pessoas vazias a serem preenchidas. Pessoas sem o direito de verbalizar suas reflexões. Sem na verdade serem estimuladas a refletir e verbalizar criticamente suas considerações a respeito dos conhecimentos ali sistematizados. Tem-se direito a explicação, mesmo que sejam necessárias muitas palavras ou debates. Somos cidadãos e este estado de cidadãos deve ser iniciado e solidificado principalmente na escola, que deve fazer isso de maneira intencional e agradável. 2.2 ENFILEIRAMENTOS COMO UM DOS ENTRAVES À CRITICIDADE Sentados um atrás do outro. Tendo as nucas dos amigos como visão. Calados. Tímidos para perguntar ou responder a qualquer pergunta da professora. Dificuldade em opinar sobre os temas trabalhados. Distraído com outros objetos mais próximos que o rosto e a voz da professora. Augusto Cury (2003), pontua que as mesas e cadeiras devem estar colocadas em sala de aula, de forma a beneficiar não só a visão do aluno a lousa, como também o seu contato com o professor e os demais alunos que os cerca. Vejamos: As grandes teorias educacionais não estudam os papéis da memória. Por isso, elas não percebem que bastam dois anos em que os alunos se sentam enfileirados na escola para gerar um trauma inconsciente. Um trauma que produz um grande desconforto para expressar as opiniões em reuniões, falar “não” e discutir dúvidas em sala de aula. A escola clássica gera conflitos nos alunos sem perceber. Além de bloquear a capacidade de argumentar, o enfileiramento dos alunos coloca combustível na síndrome do pensamento acelerado [...]
  • 12. 12 Para os adultos já é difícil suportar a fadiga, a ansiedade e a inquietação [...] Agora imagine para as crianças e jovens obrigados a ficar sentados, inertes e, ainda por cima, tendo como paisagem à sua frente a nuca dos seus colegas de classe? Para não explodir de ansiedade, eles tumultuarão o ambiente, terão conversas paralelas, mexerão com seus amigos. É uma questão de sobrevivência. Não os culpe. Culpe o sistema (CURY, 2003. p.124). Como já citamos, a escola tem o dever de formar cidadãos críticos, que intervenham na sociedade a melhorando, a modificando. Cidadãos devem entender que tem o direito e o dever de estar pensando e agindo sobre a sociedade que o cerca. Não podemos nos desatentar destas colocações de Cury, visto que estamos falando e agindo sobre uma escola que recebeu como uma de suas funções a formação completa das pessoas. Sabemos que este processo só se confirma na ação do mesmo, na prática. Cury sugere uma possível solução: Como resolver este problema? Fazendo com que os alunos sentem em meia lua, em U ou em duplo círculo. Eles precisam ver os rostos um dos outros. Por favor, retirem os alunos da Pré-escola à universidade do enfileiramento. Ele fomenta a inércia intelectual [...] Sentar em forma de U ou em círculo aquieta o pensamento, melhora a concentração, diminui a ansiedade dos alunos. O clima da classe fica agradável e a interação social dá um grande salto (2003, p.124 e 125). Segundo Cury estas orientações auxiliariam não só na formação da cidadania e criticidade, mas também na concentração, atenção e interesse dos alunos nas atividades propostas. Desta forma, realmente é preciso repensarmos esta sala de aula para o benefício dos alunos e da futura sociedade. 3 A ESCOLA QUE PRECISAMOS Uma educação que possibilite ao homem a discussão corajosa de sua problemática. De sua inserção nesta problemática. Que o advertisse dos perigos de seu tempo, para que, consciente deles, ganhasse a força e a coragem de lutar, ao invés de ser levado e arrastado à perdição de seu próprio eu, submetido às prescrições alheias. Educação que o colocasse em diálogo constante com o outro. Que o predispusesse a constantes revisões. À
  • 13. 13 análise críticas de seus “achados. ” À uma certa rebeldia, no sentido mais humano da expressão. Que o identificasse com métodos e processos científicos, (FREIRE,1969, p.90). Não seria correto, a partir da visão da escola que queremos, aceitar alunos disciplinados, no sentido de não participador ativo do seu próprio aprendizado e formação de conhecimentos. Conceber um aluno que não possa ao refletir, debater com seus pares sobre os assuntos didáticos e das atualidades que lhe são colocados diariamente seja pela mídia, pela família ou pela própria escola. Não houvesse esta integração, que é uma nota das suas relações, e que se aperfeiçoa na medida em que a consequência se torna crítica, fosse ele apenas um ser de acomodação ou de ajustamento, e a história e a cultura, domínios exclusivamente seus, não teriam sentido. Faltar-lhes-ia a marca da liberdade. Por isso, toda vez que se suprime a liberdade, fica ele um ser meramente ajustado ou acomodado. E é por isso que, minimizado e cerceado, acomodados a ajustamentos que lhe sejam impostos, sem o direito de discuti-los, o homem sacrifica imediatamente a sua capacidade criadora (FREIRE,1969, p.41). Como pontua o autor supracitado, precisamos de educação escolar que repense suas atribuições. Que as analisem, verificando se estão sendo efetivamente realizadas. Se estão permitindo aos alunos o ser cada vez mais conscientes Não podia compreender, em uma sociedade dinamicamente em fase de transição, uma educação que levasse o homem a posições quietistas ao invés daquela que a levasse à procura da verdade em comum, “ouvindo, perguntando, investigando”. Só podíamos compreender uma educação que fizesse do homem um ser cada vez mais consciente de sua transitividade. Que deve ser usada tanto quanto possível criticamente, ou com acento cada vez maior na racionalidade (Paulo Freire,1969, p. 91). O olhar do professor às crianças, oportunizando o interferir e o contribuir em seu próprio aprendizado, desenvolvimento escolar e, portanto, social. A realidade de nossas escolas, oportunizando ao aluno, a consciência de si enquanto formador e participador em seu meio na prática e não somente nos documentos e livros é o dever que temos.
  • 14. 14 Para que o aluno seja autônomo frente à sociedade, é preciso que ele seja capaz de criar opiniões, conceitos e discursos. Tais capacidades terão de ser frutos de uma reflexão cuidadosa a ser desencadeada pelo processo educativo. Também é preciso que aquilo que o indivíduo assume como convicção para a sua vida, seja fruto de um conhecimento elaborado, transmitido, em grande parte pela escola (Odilon Roble,2012, p. 39). Diante de tais considerações, o caminho seria firmar nossos passos nisto que sabemos e acreditamos ser o correto aos alunos e a sociedade que esperamos. Estejamos onde for, seja enquanto profissionais da educação em sala de aula ou profissionais da educação a frente da escola como gestores, precisamos cumprir com nosso dever. CONCLUSÃO Precisamos de pessoas que saibam falar suas opiniões sobre política, sobre religião, sobre sexualidade, enfim, sobre todos os aspectos que os rodeia. Pessoas que também saibam respeitar a opinião dos demais. Que saibam conviver em grupo e a partir desta convivência sadia, não desvalorizar ou agredir o outro. Precisamos de pessoas capazes de criar novos caminhos, novas perspectivas, novas realidades dentro das possibilidades que a integração proporciona. O olhar para o outro nos olhos, frente a frente, situação esta que o enfileiramento não proporciona. Não queremos mais “cidadãos” manipuláveis nem por pessoas físicas nem pelos meios de publicidade que dizem o que querem como se fosse a mais pura verdade dos fatos. São muitos os que aceitam o que lhes é colocado, sem pensar, sem se posicionarem criticamente e pôr seus próprios meios averiguar a veracidade dos fatos ou histórias. Não queremos mais pessoas que não tenham posicionamentos conscientes. A sociedade está passando e já passou antes por muitas crises, que podem muito bem ser associadas a este descompasso em escolas, onde ao aluno é muitas vezes negado o direito de falar sobre como compreende os acontecimentos que os rodeiam. De falar sobre suas dúvidas e porque não, medos e anseios. Escolas que não possibilitam a esta pessoa o “ser inquiridor”.
  • 15. 15 A escola é o fio condutor que pode dar realidade nova a esta velha realidade. Que o empenho nesta, seja para realmente cumprir com seu papel de formar cidadão, visando ao “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, ” (Art. 205- Constituição federal de 1988). Não podemos nos furtar desta necessidade, principalmente diante das crises políticas e sociais que estamos vivendo. Precisamos fazer a nossa parte para que a realidade seja transformada. O enfileiramento, que tira a possibilidade da real interação e socialização, deve em momentos planejados, ao menos semanalmente, mas preferencialmente no dia a dia ser desfeito, dando vez aos círculos/semicírculos onde assuntos diversos devem ser colocados, socializados e discutidos. Desta forma, o professor e sua sala de aula passam a ser, de fato, meios por onde o aluno se perceba e se aproprie do ser cidadão participativo, demostrando autonomia e fazendo pleno uso de sua criticidade.
  • 16. 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ANDRADE, C. Rosamaria. Gestão da escola volume 4- Coleção em ação. Rede Pitágoras - ArtMed 2004 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1988 BRASIL. Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional. Lei n°9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996 CURY, A.J. Pais Brilhantes e Professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante 2003 FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: Nascimento das prisões. Tradução de Raquel Ramalhete, 20° Edição, Petrópolis, Vozes, 1987 Do original em Francês: Surveiller et punir. FREIRE. P. Educação como prática da liberdade, editora paz e terra LTDA 2°edição - Rio de Janeiro/ RJ – 1969 KRUPPA, Sonia M. Portella. Sociologia da Educação, Cortez Editora – São Paulo/SP- 1994 ROBLE, O. Escola e sociedade, Edição revisada. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2012 SAVIANI, Dermeval. Sistema de Educação: subsídios para a conferência Nacional da Educação, MEC- Brasília/ DF. 2009