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ECA: conheça o Estatuto da Criança e do Adolescente!
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A Lei nº 8.069, conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi criada em 13
de julho de 1990. A norma que dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente é
bastante famosa no mundo inteiro, pela amplitude de seus preceitos e pela forma como protege
nossas crianças.
Por que foi criado?
Na década de 70, surgiu o Código de Menores, uma lei de proteção aos menores — ao menos
em teoria. De acordo com seu primeiro artigo, ele dispunha sobre assistência, proteção e
vigilância a menores de até 18 anos em situação irregular.
Fruto de uma época autoritária, visto que estávamos em plena Ditadura Militar, não demonstrava
preocupação em compreender e atender à criança e ao adolescente. De acordo com o
entendimento da época, o “menor em situação irregular é aquele que se encontrava abandonado
materialmente, vítima de maus-tratos, em perigo moral, desassistido juridicamente, com desvio
de conduta ou o autor da infração penal”.
Vê-se que não há diferenciação entre o menor infrator e o menor em situação de abuso, o que
uniformiza o afastamento deles da sociedade. Em outras palavras, o Código de Menores
objetivava apenas a punição dos menores infratores.
Constituição Cidadã
Com o advento da Constituição de 1988, também chamada de Constituição Cidadã, difundiu-se
os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, além do fomento à participação popular. Como
fruto dos movimentos sociais que realmente defendiam seus direitos, nasceu o Estatuto da
Criança e do Adolescente, que reúne normas para garantir a tão sonhada proteção.
Qual é a sua importância?
A Constituição Federal estabeleceu a família, a sociedade e o Estado como responsáveis pela
formação e estruturação dos indivíduos, conforme dispõe o artigo 227:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.
É o reconhecimento das crianças e dos adolescentes como sujeitos de direitos protegidos pela
lei. A importância do ECA deriva exatamente disso: reafirmar a proteção de pessoas que vivem
em períodos de intenso desenvolvimento psicológico, físico, moral e social.
Portanto, veio para colocar a Constituição em prática. Essa prática, conforme nossa Lei Maior,
dá-se pelo Estado, por meio da promoção de programas de assistência integral à saúde da
criança, do adolescente e do jovem, sendo também admitida a participação de entidades não
governamentais, mediante políticas específicas.
O que o ECA garante?
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) é o documento que traz a Doutrina da Proteção
Integral dos Direitos da Criança, que coloca a criança e o adolescente como sujeitos de direito
com proteção e garantias específicas, como dito anteriormente. Para que isso seja alcançado,
estruturou-se em dois princípios fundamentais:
Princípio do Interesse do Menor: todas as decisões que dizem respeito ao menor devem levar
em conta seu interesse superior. Ao Estado, cabe garantir que a criança ou o adolescente
tenham os cuidados adequados quando pais ou responsáveis não são capazes de realizá-los;
Princípio da Prioridade Absoluta: contido na norma constitucional (artigo 227), ele estabelece
que os direitos das crianças e dos adolescentes devem ser tutelados com absoluta prioridade.
Considerando esses princípios, o ECA tenta garantir aos menores os direitos fundamentais que
todo sujeito possui: vida, saúde, liberdade, respeito, dignidade, convivência familiar e
comunitária, educação, cultura, esporte, lazer, profissionalização e proteção no trabalho. Enfim,
tudo para que possam exercer a cidadania plena.
Quais são os deveres dos Conselheiros Tutelares?
Conforme dispõe o artigo 131 do ECA, Conselho Tutelar é o órgão que possui o dever de zelar
pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Para que isso seja possível, são
funções dos conselheiros, dentre outras:
Atender as crianças e adolescentes cujos direitos foram ameaçados ou violados, bem como os
menores que praticaram ato infracional;
Atender e aconselhar os pais ou responsável (encaminhar para serviços de apoio à família,
cursos de orientação, tratamentos psicológicos);
Promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e
treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes.
O que diz o ECA sobre o trabalho infantil?
O ECA segue o disposto na Constituição de 1988, que proíbe o trabalho noturno, perigoso ou
insalubre a menores de 18 anos e qualquer trabalho a menores de 16 anos, exceto na condição
de aprendiz, a partir dos 14 anos. É também proibido o trabalho realizado em locais prejudiciais
à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social, além daquele
realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola.
Portanto, a regra é a proibição do trabalho infantil. Ela tem sido afastada em alguns casos por
autorização judicial, principalmente quando a ocupação é indispensável à sua própria
subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos.
Prevenção e combate ao trabalho infantil: ChildFund Brasil e Fundação Telefônica Vivo
O Brasil é um dos países comprometidos em eliminar as piores formas de trabalho infantil até
2015 e de erradicar a totalidade do trabalho infantil até 2020, conforme proposta da OIT
(Organização Internacional do Trabalho).
Com o fim de contribuir para esta finalidade, a Fundação Telefônica Vivo e o ChildFund Brasil
atuam em parceria, desde 2012, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, na prevenção e
combate ao trabalho infantil. A iniciativa mapeou as áreas de maiores riscos e hoje, com dois
anos de trabalho, já apresenta resultados positivos para crianças e adolescentes, além de toda a
comunidade envolvida.
Dentre o universo de crianças e adolescentes identificados em situação de vulnerabilidade, 74%
encontrava-se em situação de trabalho infantil ou trabalho adolescente desprotegido no início do
projeto. Em dois anos de atuação, a parceria já retirou 46% dessas crianças e adolescentes
atendidas da situação de trabalho infantil e trabalho adolescente desprotegido.
O ECA é o melhor guia de como lidar e como educar socialmente todas as crianças e
adolescentes respeitando sua dignidade humana, sua vida, sua liberdade, sua saúde e todos os
seus direitos. Como o Estado não consegue suprir as necessidades desse grupo, as entidades
do terceiro setor, como o ChildFund, devem intervir para ajudar a fornecê-las!

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Conheça os principais pontos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA

  • 1. ECA: conheça o Estatuto da Criança e do Adolescente! Parte superior do formulário A Lei nº 8.069, conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi criada em 13 de julho de 1990. A norma que dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente é bastante famosa no mundo inteiro, pela amplitude de seus preceitos e pela forma como protege nossas crianças. Por que foi criado? Na década de 70, surgiu o Código de Menores, uma lei de proteção aos menores — ao menos em teoria. De acordo com seu primeiro artigo, ele dispunha sobre assistência, proteção e vigilância a menores de até 18 anos em situação irregular. Fruto de uma época autoritária, visto que estávamos em plena Ditadura Militar, não demonstrava preocupação em compreender e atender à criança e ao adolescente. De acordo com o entendimento da época, o “menor em situação irregular é aquele que se encontrava abandonado materialmente, vítima de maus-tratos, em perigo moral, desassistido juridicamente, com desvio de conduta ou o autor da infração penal”. Vê-se que não há diferenciação entre o menor infrator e o menor em situação de abuso, o que uniformiza o afastamento deles da sociedade. Em outras palavras, o Código de Menores objetivava apenas a punição dos menores infratores. Constituição Cidadã Com o advento da Constituição de 1988, também chamada de Constituição Cidadã, difundiu-se os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, além do fomento à participação popular. Como fruto dos movimentos sociais que realmente defendiam seus direitos, nasceu o Estatuto da Criança e do Adolescente, que reúne normas para garantir a tão sonhada proteção. Qual é a sua importância? A Constituição Federal estabeleceu a família, a sociedade e o Estado como responsáveis pela formação e estruturação dos indivíduos, conforme dispõe o artigo 227: Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. É o reconhecimento das crianças e dos adolescentes como sujeitos de direitos protegidos pela lei. A importância do ECA deriva exatamente disso: reafirmar a proteção de pessoas que vivem em períodos de intenso desenvolvimento psicológico, físico, moral e social. Portanto, veio para colocar a Constituição em prática. Essa prática, conforme nossa Lei Maior, dá-se pelo Estado, por meio da promoção de programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, sendo também admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas. O que o ECA garante? O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) é o documento que traz a Doutrina da Proteção Integral dos Direitos da Criança, que coloca a criança e o adolescente como sujeitos de direito com proteção e garantias específicas, como dito anteriormente. Para que isso seja alcançado, estruturou-se em dois princípios fundamentais:
  • 2. Princípio do Interesse do Menor: todas as decisões que dizem respeito ao menor devem levar em conta seu interesse superior. Ao Estado, cabe garantir que a criança ou o adolescente tenham os cuidados adequados quando pais ou responsáveis não são capazes de realizá-los; Princípio da Prioridade Absoluta: contido na norma constitucional (artigo 227), ele estabelece que os direitos das crianças e dos adolescentes devem ser tutelados com absoluta prioridade. Considerando esses princípios, o ECA tenta garantir aos menores os direitos fundamentais que todo sujeito possui: vida, saúde, liberdade, respeito, dignidade, convivência familiar e comunitária, educação, cultura, esporte, lazer, profissionalização e proteção no trabalho. Enfim, tudo para que possam exercer a cidadania plena. Quais são os deveres dos Conselheiros Tutelares? Conforme dispõe o artigo 131 do ECA, Conselho Tutelar é o órgão que possui o dever de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Para que isso seja possível, são funções dos conselheiros, dentre outras: Atender as crianças e adolescentes cujos direitos foram ameaçados ou violados, bem como os menores que praticaram ato infracional; Atender e aconselhar os pais ou responsável (encaminhar para serviços de apoio à família, cursos de orientação, tratamentos psicológicos); Promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. O que diz o ECA sobre o trabalho infantil? O ECA segue o disposto na Constituição de 1988, que proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e qualquer trabalho a menores de 16 anos, exceto na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. É também proibido o trabalho realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social, além daquele realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola. Portanto, a regra é a proibição do trabalho infantil. Ela tem sido afastada em alguns casos por autorização judicial, principalmente quando a ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos. Prevenção e combate ao trabalho infantil: ChildFund Brasil e Fundação Telefônica Vivo O Brasil é um dos países comprometidos em eliminar as piores formas de trabalho infantil até 2015 e de erradicar a totalidade do trabalho infantil até 2020, conforme proposta da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Com o fim de contribuir para esta finalidade, a Fundação Telefônica Vivo e o ChildFund Brasil atuam em parceria, desde 2012, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, na prevenção e combate ao trabalho infantil. A iniciativa mapeou as áreas de maiores riscos e hoje, com dois anos de trabalho, já apresenta resultados positivos para crianças e adolescentes, além de toda a comunidade envolvida. Dentre o universo de crianças e adolescentes identificados em situação de vulnerabilidade, 74% encontrava-se em situação de trabalho infantil ou trabalho adolescente desprotegido no início do projeto. Em dois anos de atuação, a parceria já retirou 46% dessas crianças e adolescentes atendidas da situação de trabalho infantil e trabalho adolescente desprotegido. O ECA é o melhor guia de como lidar e como educar socialmente todas as crianças e adolescentes respeitando sua dignidade humana, sua vida, sua liberdade, sua saúde e todos os
  • 3. seus direitos. Como o Estado não consegue suprir as necessidades desse grupo, as entidades do terceiro setor, como o ChildFund, devem intervir para ajudar a fornecê-las!