2. Diabetes mellitus
O Diabetes Mellitus (DM) é uma situação clinica que
reflete um desequilíbrio entre a produção, a ação e as
necessidades de insulina;
Insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, nas
ilhotas pancreáticas que permite a entrada de glicose nas
células para ser transformada em energia.
3. Dependendo da causa, o diabetes pode ser classificado
como :
Diabetes mellitus tipo 1
Diabetes mellitus tipo 2
DIABETES MELLITUS
4. Diabetes mellitus tipo 1
O Diabetes do tipo 1 é uma doença autoimune mais
comum na infância e adolescência, atingindo também
adultos em qualquer idade. Caracteriza-se pela destruição
das células beta pancreáticas, isso acontece por engano
porque o organismo as identifica como corpos estranhos
sendo a sua ação uma resposta auto-imune.
5. Quando os linfócitos T autorreativos destroem as células
beta pancreáticas, ocorre a absoluta deficiência da
produção de insulina;
Alguns fatores genéticos, imunológicos e possivelmente
ambientais combinados contribuam para a destruição das
células beta;
Sua associação com alguns antígenos de
histocompatibilidade leucocitária (HLA), demonstra
claramente sua condição de doença autoimune, podendo
ter também possível associação com outras doenças de
autoagressão.
Diabetes mellitus tipo 1
6. Diabetes mellitus tipo 1
Outros auto anticorpos encontrados no soro dos pacientes
são:
antiinsulina (IAA), antiilhotas pancreática
(ICA512), antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-
GAD), antitirosina fosfatase (IA2) e antitransportador do
Zinco.
A presença desses anticorpos pode ocorrer em pacientes com
diagnóstico em qualquer faixa etária, sendo mais comum na
infância e adolescência, porém, podendo se estender à faixa
etária adulta.
7. Não é uma doença hereditária, mas os portadores
apresentam predisposição genética para desenvolver diabetes
do tipo 1;
Mas, é considerada uma doença poligênica e dentre os fatores
genéticos de risco envolvidos no seu desencadeamento são
conhecidos os genes do sistema de histocompatibilidade
humano (HLA);
Os principais são os de classe II DR3, DR4 e DQ, eles são
responsáveis por 40% do componente genético desta doença
crônica.;
Diabetes mellitus tipo 1
8. Diabetes mellitus tipo 1
HLA-DQB1*0201 e HLA-DQB1*0302 são polimorfismos
frequentes na nossa população. Fatores conhecidos por
gatilhos ambientais que compõem e completam o quadro
para o inicio da doença;
Genes não HLA já estão identificados e também formam o
quadro de predisposição à doença, identificados em pacientes
recém diagnosticados.
9. sINTOMAS
Vontade de urinar diversas vezes;
Fome freqüente;
Sede constante;
Perda de peso;
Fraqueza;
Fadiga;
Nervosismo;
Mudanças de humor;
Náusea;
Vômito.
10. O Diabetes Mellitus antes dos seis meses de idade é
incomum. Em crianças pequenas para a idade
gestacional (PIG), pode desenvolver-se um DM
transitório.
Essa DM transitória tende a regredir em semanas ou
meses, mas que necessita na sua fase descompensada
do uso de insulina.
diagnóstico clínico
11. Diagnóstico laboratorial
O diabetes pode ser diagnosticado pelo exame simples da
glicemia e o diagnóstico na infância segue os mesmos critérios
da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas demais faixas
etárias :
GLICEMIA
EXAME RESULTADO
Após 8hrs de jejum Igual ou maior que 126g/dl
Após 2hrs de ingestão de
glicose
Igual ou maior que
200mg/dl
Em qualquer momento Igual ou maior que
200mg/dl com sintomas de
diabetes
12. A determinação dos níveis diminuídos de peptídeo C e dos
auto anticorpos IAA, GAD, ICA512 e antitransportador do
Zinco, podem ser úteis e devem ser realizados para
confirmação da etiologia autoimune da doença;
O exame de urina pode auxiliar no diagnóstico ao evidenciar a
presença de glicosúria e eventualmente de cetonúria.
Diagnóstico laboratorial
14. AJUSTE DA DOSE
Durante episódios de doenças agudas:
Se o estado geral estiver conservado e a glicemia capilar
estiver entre 180 e 360mg/dl e cetonúria menor que duas
cruzes, deve-se acrescentar dose extra de 2U de insulina
regular para crianças com idade inferior a 5 anos e 4U para
aquelas maiores.
15. diABETES MELLITUS TIPO 2
O Diabetes tipo 2 caracteriza-se por resistência periférica
a ação da insulina e usualmente apresenta uma deficiência
parcial na produção de insulina produzida pelas células β do
pâncreas. Pode predominar a resistência à insulina ou a
produção deficiente dela.
16. SINTOMAS
Infecções freqüentes;
Alteração visual (visão embaçada);
Dificuldade na cicatrização de feridas;
Formigamento nos pés;
Furunculose.
17. Diagnóstico clínico
Na maioria dos pacientes, o diagnóstico de DM2 poderá
ser baseado na apresentação clínica e no curso da doença.
Esse diagnóstico na infância deverá ser feito levando em
consideração a idade e o sexo do paciente, presença de
obesidade e história familiar positiva para DM2, já muitas
vezes sem queixas clínicas, com história familiar positiva para
a doença, e apresentando hiperglicemia e/ou glicosúria em
exame de rotina.
18. Diagnóstico laboratorial
É utilizado os mesmos critérios, exames e
valores de referência do tipo 1.
GLICEMIA
EXAME RESULTADO
Após 8hrs de jejum Igual ou maior que 126g/dl
Após 2hrs de ingestão de
glicose
Igual ou maior que
200mg/dl
Em qualquer momento Igual ou maior que
200mg/dl com sintomas de
diabetes
19. TRATAMENTO
O tratamento inicial consiste no controle da glicose
através de:
Exercício físico;
Dieta .
Se estas medidas não diminuírem o nível de glicose no
sangue, pode ser necessário recorrer à administração de
medicamentos, como a metformina ou a insulina.
20. PREVENÇÃO
Manter o peso normal;
Ter uma dieta saudável, pobre em gorduras, rica em vegetais,
frutas e alimentos integrais;
Manter o hábito de exercícios físicos regulares no mínimo 30
minutos ao dia de caminhadas ou de alguns esportes.
21. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Desenvolver atividades educativas, por meio de ações
individuais e/ou coletivas;
Capacitar os auxiliares de enfermagem e supervisionar, de
forma permanente, suas atividades;
Realizar consulta de enfermagem, abordando fatores de
risco, estratificando risco cardiovascular, orientando mudanças
no estilo de vida e tratamento não medicamentoso,
verificando adesão e possíveis intercorrências ao tratamento,
encaminhando o indivíduo ao médico, quando necessário;
22. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Estabelecer, junto à equipe, estratégias que possam favorecer
a adesão (grupos de pacientes diabéticos);
Programar, junto à equipe, estratégias para a educação do
paciente;
Solicitar, durante a consulta de enfermagem, os exames de
rotina definidos como necessários pelo médico da equipe ou de
acordo com protocolos ou normas técnicas estabelecidas pelo
gestor municipal;
23. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Orientar pacientes sobre automonitorização (glicemia
capilar) e técnica de aplicação de insulina;
Repetir a medicação de indivíduos controlados e sem
intercorrências;
Perseguir, de acordo com o plano individualizado de cuidado
estabelecido junto ao portador de diabetes, os objetivos e
metas do tratamento (estilo de vida saudável, níveis
pressóricos, hemoglobina glicada e peso);
Organizar junto ao médico, e com a participação de toda a
equipe de saúde, a distribuição das tarefas necessárias para o
cuidado integral dos pacientes portadores de diabetes.