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Luana Cunha Ferreira 
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coisas dela faz-me ter 
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“Se gerarmos novas situações, 
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destrói o desejo...” (P45) 
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estabiliza (P8) 
Estável(P8) 
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Diferenciação 
Aumento 
(P18) 
Estável 
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Como se desenvolve a diferenciação no casal? 
Riscos da 
‘fusão’ 
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• Prevenção: Pontos de viragem (filho, coabitação)
Projecto Intimidades: Referências chave 
Ferreira, L. C., Narciso. I. & Novo, R (2012). Intimacy, sexual desire and differentiation in 
couplehood: A theoretical and methodological review. Journal of Sex and Marital 
Therapy, 38, 263-280. 
Ferreira, L. C., Narciso, I., & Novo, R. F. (2013). Authenticity, work and change: A 
qualitative study on couple intimacy. Families, Relationships and Societies, 2, 339- 
354. 
Ferreira, L. C., Narciso, I., & Novo, R. F. (in press). Is commited desire intencional desire? 
Family Process 
Ferreira, L. C., Narciso, I., & Novo, R. F. (in press). Predicting couple satisfaction. Sexual 
and Relationship Therapy 
• Leiblum, S. (2010). Treating sexual desire disorders,: A Clinical casebook. São Paulo: 
Artmed 
• Perel, E. (2008). Mating in Captivity: Reconciling the erotic and the domestic. NY: 
Harper Collins. 
• Schnarch, D. M. (2010). Intimacy and Desire. NY: Beaufort Books. 
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Desejo, Intimidade e Diferenciação em Casais Portugueses

  • 1. IX Congresso Ibero-Americano de Psicologia – Lisboa 2014 Desejo, intimidade e diferenciação em casais Portugueses: Resultados finais do Projecto Intimidades Luana Cunha Ferreira Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra Morgan Center for the Study of Relationships and Personal Life (Universidade de Manchester, UK) Ackerman Institute for the Family & City College of New York (NY,C EUA)
  • 2. Perel, 2007 O aumento da intimidade emocional entre parceiros leva à diminuição do desejo sexual O desejo erótico cresce no mistério, no desconhecido e no imprevisível, não na familiaridade, nas rotinas e nos hábitos das relações domésticas O desafio para os casais modernos é reconciliar a necessidade de segurança e previsibilidade com o desejo de descobrir o que é novo , misterioso e fascinante. Será a diferenciação do self a missing link entre intimidade e desejo?
  • 3. Diferenciação do self Fusão Autonomia na intimidade Distanciamento (Bowen, 1979; Schnarch, 2001)
  • 4. Pertinência Intimidade Desejo Diferenciação Satisfação conjugal Bem estar Saúde física e mental Saúde física e mental • Poucos estudos focados na díade – casal • Poucos estudos de ênfase qualitativo focado na experiência e vivência conjugal • Não há estudos que enderecem o tema específico
  • 5. Casais Pessoas a viver em casal Entrevista conjunta: Intimidade; Desejo; Diferenciação; Trajectórias; inter-relações Estudos Qualitativos Estudos Quantitativos Intimidade N=428 Questionário de auto-relato: Intimidade (MSIS); Diferenciação do self (DSI-R); Desejo sexual (HISD); Satisfação conjugal (EASAVIC) Desejo & Diferenciação Discrepâncias no casal Modelos preditivos N=33 Estudos ed validação de escalas N=492 33 casais heterossexuais (N=66) Idade : M= 40 anos Tempo de coabitação: M=13 anos Casais com filhos (62.5%) Análise Qualitativa: Constructivist Grounded Theory
  • 6. Estudo 1: INTIMIDADE O que é a Intimidade Conjugal? Quais os fatores que mais influenciam a Intimidade no Casal? Ferreira, L. C., Narciso, I., & Novo, R. F. (2013). Authenticity, work and change: A qualitative study on couple intimacy Families, Relationships and Societies, 2 (3), 339-354.
  • 7. MODELO SISTÉMICO DA INTIMIDADE Autenticidade Partilha compreensão Confiança Estudo 1: Intimidade Autenticidade: A diferença que faz a diferença? “é estar à vontade para dizer o que penso, o que sinto…é não ter que me esconder atrás de máscaras [S: é poder ser eu própria] (…) sem estar com defesas” (C11)
  • 8. O que é que globalmente mais influencia a intimidade? Filhos(43) Estudo 1: Intimidade
  • 9. Estudo 2 Como é que os casais encaram a articulação e o desenvolvimento do desejo sexual e da diferenciação ao longo da relação de casal? Que factores são identificados pelos casais como influenciadores dos processos e das trajectórias do desejo e da diferenciação? Ferreira, L. C., Fraenkel. P., Narciso, I., & Novo, R. F. (in press). Is committed desire intentional? A qualitative exploration of sexual desire and differentiation of self in couples. Family Process Estudo 2: Desejo Sexual e diferenciação
  • 10. Fatores potenciadores do desejo Autonomia Tempo e (27) despreocu pação (17) Autonomia (27) Atratividade (20) Mudança (24) Homens Mulheres Monotonia (12) Conflito (20) Ter filhos e gravidez(26) Falta de tempo (15) Fatores perturbadores do desejo Mudança (25) Tempo e despreocup ação (20) Filhos e gravidez(12) Conflito (18) Fatiga (13) Falta de tempo (14) Erotismo (20) Sentir-se desejado (13) Estudo 2: Desejo Sexual e Diferenciação
  • 11. Quais as estratégias de manutenção do desejo sexual co-construídas pelo casal? INOVAÇÃO (22) ESFORÇO E INVESTIMENTO (16) PARTILHA E COMUNICAÇÃO (15) AUTONOMIA (11) Estudo 2: Desejo Sexual e Diferenciação
  • 12. Inovação Autonomia Partilha A mudança requer esforço consciente “Reinventar a relação, descobrir de novo e fazer diferente…não aceitar que as coisas são assim…porque sim” Esforço “O facto de ela fazer as coisas dela faz-me ter orgulho nela, admirá-la...e isso aumenta o meu desejo” P46 “Se gerarmos novas situações, fora da rotina, o desejo pode ser aumentado. Se a nossa vida for sempre a mesma coisa, isso destrói o desejo...” (P45) “Partilhar medos, e apoiarmo-nos que há algo partilhado ali…e isso mexe connosco (P61) “Ir passear e parar num jardim, as vezes é quase como forçar o estar juntos, a falar, a desenvolver, a crescer, a continuar a construir” Estudo 2: Desejo Sexual e Diferenciação
  • 13. Trajectórias mais frequentes Intimidade Aumento (P30) Desejo Altos e baixos (P18) Diminuição (P15) Aumento (P12) Aumento e depois estabiliza (P8) Estável(P8) U curve (P3) Diferenciação Aumento (P18) Estável (P16)
  • 14. Como se desenvolve a diferenciação no casal? Riscos da ‘fusão’ •Padrões disfuncionais de poder •Baixa confiança - ciúme •Saturação Benefícios da diferenciação •Manter o interesse-curiosidade •Promover a autonomia •Sublinhar a identidade “A paixão é fusão” (duração da relação) “Amor é diferenciação” (adap.P64) Estratégias de promoção da diferenciação
  • 15. : As estratégias de promoção da diferenciação conjugal Diferenciação conjugal Desenvolver interesses pessoais Investir numa ligação positiva Potenciar a integridade pessoal
  • 16. Estudo3 Como é que as semelhanças entre parceiros estão relacionadas com os seus níveis de diferenciação, desejo e satisfação? Ferreira, L. C., Narciso, I., Novo, R. F., & Pereira, C. Partner’s similarity in differentiation of self contributes to higher couple sexual desire: A quantitative dyadic study. (submitted)
  • 17. Resultados seleccionados: análise multinível A discrepância entre parceiros ao nível da diferenciação (alta vs. baixa) prediz negativamente o desejo sexual
  • 18. Principais limitações Estudo transversal Amostra de conveniência • Baixa diversidade • Sobretudo casais satisfeitos Estudos Quantitativos • Multicolinearidade; Interdependência Estudos Qualitativos • Entrevista conjunta
  • 19. Principais contributos Para a investigação • Definição da intimidade baseada em dados empíricos • Percepção de impacto de vários subsistemas na intimidade e no desejo • Diversidade de trajectórias do desejo sexual • Percepção sobre a trajectória e processo de diferenciação conjugal • Papel estrutural da diferenciação no desejo, intimidade e satisfação • Papel central do desejo como preditor da intimidade e satisfação
  • 20. Principais contributos Para a Clínica • Postura agentic dos casais satisfeitos (espontaneidade vs estratégias) • Integração da partilha e da autonomia • Papel da autenticidade • Relevância da perspectiva diádica nas questões de desejo e de diferenciação • Tomada de consciência da ‘fusão’ pode desencadear a promoção da diferenciação conjugal • Avaliação: Stress e Trabalho como factores determinantes • Prevenção: Pontos de viragem (filho, coabitação)
  • 21. Projecto Intimidades: Referências chave Ferreira, L. C., Narciso. I. & Novo, R (2012). Intimacy, sexual desire and differentiation in couplehood: A theoretical and methodological review. Journal of Sex and Marital Therapy, 38, 263-280. Ferreira, L. C., Narciso, I., & Novo, R. F. (2013). Authenticity, work and change: A qualitative study on couple intimacy. Families, Relationships and Societies, 2, 339- 354. Ferreira, L. C., Narciso, I., & Novo, R. F. (in press). Is commited desire intencional desire? Family Process Ferreira, L. C., Narciso, I., & Novo, R. F. (in press). Predicting couple satisfaction. Sexual and Relationship Therapy • Leiblum, S. (2010). Treating sexual desire disorders,: A Clinical casebook. São Paulo: Artmed • Perel, E. (2008). Mating in Captivity: Reconciling the erotic and the domestic. NY: Harper Collins. • Schnarch, D. M. (2010). Intimacy and Desire. NY: Beaufort Books. www.luanacunhaferreira.com

Notas do Editor

  1. Papouchis (1982) Intimacy. Uma intimidade diferenciada
  2. Definição longitudinal
  3. Propriedades dos sistemas totalidade, circularidade, complexidade, sistema aberto, equifinalidade
  4. Alteridade potencia novas descobertas “Se a relação está estática e o olhar para o outro continua o mesmo, há um desinvestimento. O desejo precisa de um olha renovado” (P2) “Estar exposto à diferença e tolerar que o outro não está em fusão comigo….” (P77,78)