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FORMAÇÃO
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL I
JUNHO-2013
“Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma”
Fernando Pessoa
Ensino de Língua Portuguesa
Como era?Como era?
Ao longo da história, o ensino de LP foi, muitas vezes, visto
através da “linguagem pela linguagem” com o estudo
simples da palavra “solta” ou em situações irreais. Um
exemplo claro disso é a alfabetização silábica.
Como está agora?Como está agora?
O novo Parâmetro Curricular Nacional (PCN) de Língua
Portuguesa trabalha com conceitos que foram construídos
ao longo das últimas décadas e que são uma revolução para
todo o ensino, principalmente em relação às ideias de língua,
discurso e textualidade.
LÍNGUA
A língua é um sistema de signos histórico e
social que possibilita ao homem significar o
mundo e a realidade. (PCN, p. 22)
Esclarecendo: a língua é o código que usamos para a comunicar, nomear e
organizar nosso pensamento. Esse código é compartilhado socialmente
e é historicamente construído e modificado.
DISCURSO
É a produção linguística que ocorre com o uso
de uma linguagem (seja ela verbal ou não-
verbal) em uma determinada situação.
Esclarecendo: é uma produção de linguagem dentro de um contexto.
TEXTO
É a manifestação de um discurso. Um uso de
linguagem dentro de um contexto (discurso)
se materializa através de um texto.
Esclarecendo: texto é tudo aquilo que produzimos dentro de uma situação
discursiva. Assim, um romance é um texto e uma placa de trânsito
também é um texto (independentemente de haver palavras nela ou não).
Existem várias maneiras de um discurso aparecer aos falantes, logo,
existem várias categorias de texto. A esse diferentes modos de
apresentação do texto damos o nome de...
Os gêneros textuais são “formas relativamente estáveis” de construção
do texto, assim, conseguimos ver vários textos diferentes e dizer que
eles fazem parte, por exemplo, da categoria ‘carta’.
Esses gêneros são historicamente determinados e socialmente
compartilhados, assim, sabemos que certo gênero tem
características próprias e uma função discursiva.
Todo discurso que produzimos está dentro de um texto que,
obrigatoriamente, está dentro de um gênero textual que tem uma
função discursiva, logo, tudo que dizemos tem uma função. Em
outras palavras, nada do que dizemos é ingênuo, sem propósito.
GÊNEROS TEXTUAISGÊNEROS TEXTUAIS
Produzir linguagem significa produzir discursos. Significa dizer alguma
coisa para alguém, de uma determinada forma, num determinado
contexto histórico. Isso significa que as escolhas feitas ao dizer, ao
produzir um discurso, não são aleatórias — ainda que possam ser
inconscientes —, mas decorrentes das condições em que esse
discurso é realizado. (PCN, p. 22)
(Essa ideia vem de uma vertente do estudo de
Linguística chamada “sistêmico-funcional”. Podemos ler
mais sobre isso nos trabalhos de Michael Halliday)
GÊNEROS TEXTUAISGÊNEROS TEXTUAIS
Por que trabalhamos comPor que trabalhamos com
gêneros textuais?gêneros textuais?
Porque todas as vezes que usamos a língua,
usamos um gênero textual, logo, ao
estudarmos um temos que,
obrigatoriamente, estudarmos o outro. Se
não fizermos dessa forma, não estaremos
usando a língua em uma realidade
significativa.
Frases soltas fora de contexto não são um
texto, logo, não têm função social.
E O ESTUDO DE GRAMÁTICA?!?!E O ESTUDO DE GRAMÁTICA?!?!
Sobre isso, leiamos o que está nos PCNs:
A prática de reflexão sobre a língua.doc
CONCLUIMOS QUE:CONCLUIMOS QUE:
O estudo de gramática não é um fim,
mas um meio.
Então, qual é o fim do estudo de Língua
Portuguesa?
O TEXTO.
CONTEXTUALIZAÇÃO
A todo tempo, ouvimos de nossos coordenadores que as atividades
didáticas precisam ser contextualizadas, mas o que isso significa?
( ) Que precisamos tirar o exemplo a ser analisado do texto.
Ex.: Na oração “a bolsa amarela estava velha” retirada do texto, indique
quais são os adjetivos.
( ) Que precisamos interpretar o texto para depois cobrar a gramática.
Ex.: 1 – Quando João conversa com Maria, como ele se sente?
2 – Qual a classe gramatical da palavra que qualifica João?
( ) Que precisamos buscar a importância discursiva do termo gramatical.
Ex.: No texto, o autor emprega vários adjetivos. Qual o objetivo dele ao
fazer isso?
CONTEXTUALIZAÇÃO
Portanto, contextualizar é apresentar aos alunos a língua em situação real,
empregada com uma função e provocando um efeito de leitura.
Não devemos usar o texto como “pretexto” para ensinar “conteúdos”
(gramática metalinguística), mas devemos pensá-lo como o próprio
objeto de estudo, ao qual devemos dar muita atenção.
Por isso, também, que a interpretação é muito importante (muito mais do
que a gramática). Fazer com que o aluno leia, entenda e perceba, na
leitura, não só o que está explícito, mas também o que está velado,
aumenta sua competência de leitura.
Um texto não serve só para retirarmos informações dele, mas para
percebermos as relações sociais, os sentidos produzidos, as intenções
discursivas e todos os elementos que estão implicados em um processo
de leitura interpretativa e compreensão ativa.

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CONTEXTUALIZAÇÃO

  • 1. FORMAÇÃO LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL I JUNHO-2013 “Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma” Fernando Pessoa
  • 2. Ensino de Língua Portuguesa Como era?Como era? Ao longo da história, o ensino de LP foi, muitas vezes, visto através da “linguagem pela linguagem” com o estudo simples da palavra “solta” ou em situações irreais. Um exemplo claro disso é a alfabetização silábica. Como está agora?Como está agora? O novo Parâmetro Curricular Nacional (PCN) de Língua Portuguesa trabalha com conceitos que foram construídos ao longo das últimas décadas e que são uma revolução para todo o ensino, principalmente em relação às ideias de língua, discurso e textualidade.
  • 3. LÍNGUA A língua é um sistema de signos histórico e social que possibilita ao homem significar o mundo e a realidade. (PCN, p. 22) Esclarecendo: a língua é o código que usamos para a comunicar, nomear e organizar nosso pensamento. Esse código é compartilhado socialmente e é historicamente construído e modificado.
  • 4. DISCURSO É a produção linguística que ocorre com o uso de uma linguagem (seja ela verbal ou não- verbal) em uma determinada situação. Esclarecendo: é uma produção de linguagem dentro de um contexto.
  • 5. TEXTO É a manifestação de um discurso. Um uso de linguagem dentro de um contexto (discurso) se materializa através de um texto. Esclarecendo: texto é tudo aquilo que produzimos dentro de uma situação discursiva. Assim, um romance é um texto e uma placa de trânsito também é um texto (independentemente de haver palavras nela ou não). Existem várias maneiras de um discurso aparecer aos falantes, logo, existem várias categorias de texto. A esse diferentes modos de apresentação do texto damos o nome de...
  • 6. Os gêneros textuais são “formas relativamente estáveis” de construção do texto, assim, conseguimos ver vários textos diferentes e dizer que eles fazem parte, por exemplo, da categoria ‘carta’. Esses gêneros são historicamente determinados e socialmente compartilhados, assim, sabemos que certo gênero tem características próprias e uma função discursiva. Todo discurso que produzimos está dentro de um texto que, obrigatoriamente, está dentro de um gênero textual que tem uma função discursiva, logo, tudo que dizemos tem uma função. Em outras palavras, nada do que dizemos é ingênuo, sem propósito. GÊNEROS TEXTUAISGÊNEROS TEXTUAIS
  • 7. Produzir linguagem significa produzir discursos. Significa dizer alguma coisa para alguém, de uma determinada forma, num determinado contexto histórico. Isso significa que as escolhas feitas ao dizer, ao produzir um discurso, não são aleatórias — ainda que possam ser inconscientes —, mas decorrentes das condições em que esse discurso é realizado. (PCN, p. 22) (Essa ideia vem de uma vertente do estudo de Linguística chamada “sistêmico-funcional”. Podemos ler mais sobre isso nos trabalhos de Michael Halliday) GÊNEROS TEXTUAISGÊNEROS TEXTUAIS
  • 8. Por que trabalhamos comPor que trabalhamos com gêneros textuais?gêneros textuais? Porque todas as vezes que usamos a língua, usamos um gênero textual, logo, ao estudarmos um temos que, obrigatoriamente, estudarmos o outro. Se não fizermos dessa forma, não estaremos usando a língua em uma realidade significativa. Frases soltas fora de contexto não são um texto, logo, não têm função social.
  • 9. E O ESTUDO DE GRAMÁTICA?!?!E O ESTUDO DE GRAMÁTICA?!?! Sobre isso, leiamos o que está nos PCNs: A prática de reflexão sobre a língua.doc
  • 10. CONCLUIMOS QUE:CONCLUIMOS QUE: O estudo de gramática não é um fim, mas um meio. Então, qual é o fim do estudo de Língua Portuguesa? O TEXTO.
  • 11. CONTEXTUALIZAÇÃO A todo tempo, ouvimos de nossos coordenadores que as atividades didáticas precisam ser contextualizadas, mas o que isso significa? ( ) Que precisamos tirar o exemplo a ser analisado do texto. Ex.: Na oração “a bolsa amarela estava velha” retirada do texto, indique quais são os adjetivos. ( ) Que precisamos interpretar o texto para depois cobrar a gramática. Ex.: 1 – Quando João conversa com Maria, como ele se sente? 2 – Qual a classe gramatical da palavra que qualifica João? ( ) Que precisamos buscar a importância discursiva do termo gramatical. Ex.: No texto, o autor emprega vários adjetivos. Qual o objetivo dele ao fazer isso?
  • 12. CONTEXTUALIZAÇÃO Portanto, contextualizar é apresentar aos alunos a língua em situação real, empregada com uma função e provocando um efeito de leitura. Não devemos usar o texto como “pretexto” para ensinar “conteúdos” (gramática metalinguística), mas devemos pensá-lo como o próprio objeto de estudo, ao qual devemos dar muita atenção. Por isso, também, que a interpretação é muito importante (muito mais do que a gramática). Fazer com que o aluno leia, entenda e perceba, na leitura, não só o que está explícito, mas também o que está velado, aumenta sua competência de leitura. Um texto não serve só para retirarmos informações dele, mas para percebermos as relações sociais, os sentidos produzidos, as intenções discursivas e todos os elementos que estão implicados em um processo de leitura interpretativa e compreensão ativa.

Notas do Editor

  1. “ O grão que se semeia, a árvore que se planta não dão fruto imediatamente.” Pe. Gailhac