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LIVRO PRIMEIRO: AS CAUSAS PRIMEIRAS
CAPÍTULO III: DA CRIAÇÃO
3.1 – FORMAÇÃO DOS MUNDOS
3.2 – FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS
3.3 – POVOAMENTO DATERRA. ADÃO.
3.4 – DIVERSIDADE DAS RAÇAS HUMANAS
3.5 – PLURALIDADE DOS MUNDOS
3.6 – CONSIDERAÇÕES E CONCORDÂNCIAS BÍBLICAS NO TOCANTE
À CRIAÇÃO.
Slides:
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https://pt.slideshare.net/MartaMiranda6/13-da-criacao-213031687
https://pt.slideshare.net/MartaMiranda6/13-questao-59-do-livro-dos-espritos
3.1 – FORMAÇÃO DOS MUNDOS
Allan Kardec:O Universo abrange a infinidade dos mundos que vemos e
dos que não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os
astros que se movem no espaço,assim como os fluidos que o enchem.
37. O Universo foi criado, ou existe de toda a eternidade, como Deus?
É fora de dúvida que ele não pode ter-se feito a si mesmo.Se existisse,como
Deus, de toda a eternidade, não seria obra de Deus.
Allan Kardec: Diz-nos a razão não ser possível que o Universo se tenha
feito a si mesmo e que, não podendo também ser obra do acaso, há de
ser obra de Deus.
Comentários:
Não podemos confundir a criatura com o Criador.
Se Deus é eterno e gerador de tudo, não faz sentido que o Universo exista
antes dele.
- Comentar sobre o surgimento do universo (Big Bang), sua dimensão, a
formação e extinção dos astros.
Deus é uma causa invisível, mas real. Constatamos sua existência pela sua
criação visível, com o que apalpamos e enxergamos.Crer em Deus é função
da inteligência.
38. Como criou Deus o Universo?
Para me servir de uma expressão corrente, direi: pela sua Vontade. Nada
caracteriza melhor essa vontade onipotente do que estas belas palavras da
Gênese - “Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita.
Comentários:
Há muitas teorias pertinentes,no meio científico,que têm sido formuladas por
destemidos especialistas humanos. A do Big Bang é a mais aceita.
Do ponto de vista espírita, concordamos que “o começo absoluto das coisas
remonta a Deus” e que “o mundo, no nascedouro,não se apresentouassente
na sua virilidade e na plenitude da sua vida”, pois, “como todas as coisas, o
Universo nasceu criança”
Conforme vimos na questão nº 27, o Fluido Cósmico Universal é a matéria
elementar primitiva, da qual derivam todos os demais tipos de fluidos,seja em
que estado for, constituindo, por isso, a origem de todos os corpos orgânicos
e não orgânicos.
Tendo criado o Fluido Cósmico Universal, a Suprema Inteligência utiliza este
poderoso fluido para plasmar o universo, de acordo com sua vontade,
utilizando os próprios Espíritos como cocriadores.
É óbvio que, na etapa evolutiva atual, ainda estamos muito longe de sondar,
com precisão, os mistérios da criação do Universo.
39. Poderemos conhecer o modo de formação dos mundos?
Tudo o que a esse respeito se pode dizer e podeis compreender é que os
mundos se formam pela condensação da matéria disseminada no Espaço.
Comentários:
Na questão anterior, Kardec pergunta “como” Deus criou o Universo, tendo
sido respondido que foi por meio da luz. Na presente questão, porém, a
pergunta é sobre o “modo” de formação dos mundos.
A resposta, tão surpreendente quanto a primeira, foi a de que os mundos se
formam pela condensação da matéria disseminada no espaço.
A Gênese – Capítulo VI – itens 20 a 23 – pág. 74
Em um ponto do universo a matéria cósmica se condensou sob a forma de
imensa nebulosa, animada das leis universais que regem a matéria.
Em virtude da forçamolecular de atração, ela tomoua formade um esferoide.
A única que pode assumir uma massa de matéria isolada no espaço.
O movimento circular produzido pela gravitação, logo modificou a esfera
primitiva, à forma lenticular. Aqui nos referimos ao conjunto da nebulosa.
Novas forças surgiram em consequênciadesse movimento de rotação:a força
centrípeta (reúne todas as partes no centro) e a força centrífuga (afasta as
partes do centro).
Acelerando-se o movimento à proporção que a nebulosa se condensa, e
aumentando o seu raio à medida que ela se aproxima da forma lenticular, a
força centrífuga, incessantemente desenvolvida por essas duas causas, logo
predominou sobre a atração central.
Da nebulosa se formouuma nova massa, isolada da primeira, mas submetida
ao seu domínio.
Esta nebulosa geratriz não terá dado origem a um só astro, mas a centenas
de mundos destacados do foco central.
Cada um desses mundos, revestido, como o mundo primitivo, das forças
naturais que presidemà criação dos universos, gerará sucessivamente novos
globos que desde então lhe gravitarão em torno, como ele, juntamente com
seus irmãos, gravita em torno do foco que lhes deu existência e vida. Cada
um desses mundos será um Sol, centro de um turbilhão de planetas
sucessivamente destacados do seu equador.
Esses planetas receberão uma vida especial, particular, embora dependente
do astro que os gerou.
Os planetas são, assim, formados de massas de matéria condensada,porém
ainda não solidificada, destacadas da massa central pela ação da força
centrífuga.
Um dessesplanetas é aTerra que,antes de se resfriare revestirde uma crosta
sólida, deu nascimento à Lua, pelo mesmo processode formação astral a que
ela própria deveu a sua existência.
A Terra, doravante inscrita no livro da vida, é berço de criaturas cuja fraqueza
a divina Providência protege,nova corda colocada na harpa infinita e que, no
lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
Nebulosas, termo da Astronomia, constituem conglomerados de partículas,
hidrogênio e plasma (um dos estados físicos da matéria, similar ao gás),
denominadas “os pilares da criação”.
40. Serão os cometas, como agora se pensa, um começo de
condensação da matéria, mundos em via de formação?
Isso está certo; absurdo, porém, é acreditar-se na influência deles.Refiro-me
à influência que vulgarmente lhes atribuem, porquanto todos os corpos
celestes influem de algum modo em certos fenômenos físicos.
Comentários:
Vimos, na questão nº 38, que Deus criou o Universo pela sua vontade e, na
questão n. 39, que os mundos se formam pela condensação da matéria
disseminada no espaço.
Nesta questão,os espíritos confirmam que os cometas seriam um começoda
condensação da matéria, mundos em processo de formação.
Cometas são “pedras de gelo sujo”: o gelo é formado por material volátil, que passa do
estado sólido diretamente para o gasoso, e a “sujeira” é formada por poeira e pedras dos
mais variados tamanhos.
Cometas são objetos do Sistema Solar (estão presos gravitacionalmente ao Sol). Ao
contrário dos planetas, cujas órbitas são quase circulares (a distância de um planeta ao Sol
varia pouco), os cometas têm órbitas muito elípticas, o que realça o seu aproximar-afastar
do Sol. Quanto mais distante for o afélio de um cometa (ponto de sua órbita mais distante
do Sol) mais tempo o cometa levará para dar uma volta completa em torno do Sol.
Os cometas dividem-se em 3 (três) partes:
NÚCLEO: É a parte central [sólida] de um cometa, formada por gases congelados, gelo e
restos rochosos. O núcleo é, aproximadamente, do tamanho de uma montanha da Terra.
Estando bastante afastado do Sol, o cometa apresenta-se apenas com o seu núcleo.
COMA ou cabeleira: É uma nuvem de gás, conhecida vulgarmente como “cabeleira”, mais
ou menos esférica, que circunda o núcleo de um cometa, nuvem essa que se origina da
vaporização do material congelado, graças à aproximação do Sol. O NÚCLEO e a COMA
formam, juntos, a “cabeça” do cometa. As comas dos cometas podem atingir a extensão de
até meio milhão de quilômetros a partir do núcleo.
CAUDA: A cauda de um cometa, que pode se estender por milhões de quilômetros, é
constituída pelos materiais desintegrados da superfície do NÚCLEO, formando uma trilha.
O cometa possui duas caudas: uma de poeira, situada ao longo da sua trajetória orbital,
que é arrancada e deixada para trás, à medida que se desloca no espaço, e outra de íons
ou gás, sempre apontada na direção contrária ao Sol.
Segundo consta em “A Gênese” (cap. VI, Uranografia Geral, itens 28 a 31), os cometas são
denominados “astros errantes”, cuja natureza intrínseca é diversa da dos corpos
planetários, não tendo por destinação, como estes, servir de habitação a humanidades. O
papel dos cometas, embora modesto, é muito útil, pois estes servem de “exploradores” dos
impérios solares.
Como se vê, tudo tem uma utilidade na Natureza. Deus não criaria os cometas
ou qualquer outra coisa inutilmente.
A Gênese – Cap. IX, nº 12 – pág 119
Não cabe aos Espíritos revelar aos homens aquilo que eles podem descobrir
por si mesmos.
Cometa Halley – 1986 - 2062
Cometa Hale-Bopp – janeiro a abril de 1997
→ Sonda Rosetta
Após 12 anos coletando dados sobre o Sistema Solar, a sonda Rosetta terminou sua
missão no dia 30 de setembro de 2016, quando colidiu com o cometa67P/Churyumov-
Gersasimenko. Responsável pelo desenvolvimento da missão, a Agência Espacial
Europeia (ESA) divulgou nesta semana uma série de registros em alta definição com as
imagens captadas pela Rosetta em seus últimos momentos de operação.
A Rosetta chegou ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (seu nome completo) em
agosto de 2014, após uma viagem de mais de dez anos a partir da Terra.
Por mais de dois anos, rondou esse imenso corpo estelar, acumulando mais de 100 mil
imagens e leituras por instrumentos. Isso permitiu analisar de forma inédita o
comportamento do cometa, sua estrutura e composição química.
A sonda inclusive lançou um pequeno módulo até a superfície do cometa em novembro de
2014 para obter informações adicionais, um feito histórico na exploração espacial.
Os dados da Rosetta serão analisados por décadas.
A missão Rosetta permitiu avançar de maneira significativa no conhecimento dos cometas,
especialmente no papel que esses pequenos corpos celestes do Sistema Solar
desempenharam no surgimento da vida na Terra.
41. Pode um mundo completamente formado desaparecer e disseminar-
se de novo no Espaço a matéria que o compõe?
Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos.
Comentários:
As forças diretrizes da natureza é a única lei, primordial e geral que foi
conferida ao universo para lhe assegurar eternamente a estabilidade. (A
Gênese – cap. VI – Item 48)
Toda matéria caminha para o perecimento.
Ou seja, a matéria se desintegra para se transformar, se renovar.
Ex: as estrelas – supernova, anã branca, estrela de nêutron, buraco negro
Gênese – pág. 85
Miramez: A matéria, quanto mais velha - velha da forma que tomou - mais se
aproxima da desintegração. O Espírito, quanto mais velho - velho de
despertamento - mais se integra na juventude, e a sua consciência avança
para o infinito. A evolução da alma é, pois, sem limites, transcendendo os
limites que os homens compreendem.
O espírito nunca perece.
O espírito se renova também, transformando em bons os maus sentimentos
que existiam.
Vamos buscar essa transformação em nós, sabendo que tudo evolui, tudo
caminha para a perfeição.
42. Poder-se-á conhecer o tempo que dura a formação dos mundos: da
Terra, por exemplo?
Nada te posso dizer a respeito,porque só o Criador o sabe e bem louco será
quem pretenda sabê-lo, ou conhecer que número de séculos dura essa
formação.
Comentários:
A idade da Terra foi calculada pelo método absoluto e indica que o nosso
planeta tem 4,56 bilhões de anos, portanto bem mais velho do que os
estudiosos antigos imaginavam. Porém, o registro mais antigo do planeta,
determinado em cristais contidosem rocha,tem 4,4 bilhões (Austrália). A Terra
está em constante mudança. Sua crosta está continuamente sendo criada,
modificadae destruída(saiba mais sobre o ciclo das rochas). Como resultado,
rochas que registram a história embrionária do planeta não foram encontradas
e provavelmente não existem mais. Portanto, a idade da Terra não pode ser
obtida diretamente de material terrestre.
Então como saber que a Terra tem essa idade? Os cientistas presumem que
todos os corpos do Sistema Solar se formaram na mesmaépoca,inclusive os
meteoritos (provenientes do cinturão de asteroides). Sendo assim, como os
meteoritos são corpos extraterrestres que caem na superfície da Terra, eles
podem ser datados e sua idade é a mesma da formação do planeta, ou seja,
4,56 bilhões de anos. Esta idade foi determinada,pela primeira vez, por Claire
Patterson em 1956, usando os isótopos de chumbo (Pb).
Por estas considerações emanadas dos cientistas humanos, parece-nos
razoável deduzirque os Espíritos foram humildes,ao reconhecerque somente
o Criador sabe o número de séculos ou milênios que dura a formação dos
mundos, aí incluída a Terra, sobretudo se levarmos em consideração que o
FCU – Fluido Cósmico Universal, de onde se origina a matéria densa, é
imponderável aos aparelhos humanos, conforme ensinam os Espíritos
Superiores.
3.2 – FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS
43. Quando começou a Terra a ser povoada?
No começotudo eracaos;os elementosestavam em confusão.Pouco apouco
cada coisa tomou o seu lugar. Apareceram então os seres vivos apropriados
ao estado do globo.
Comentários:
O surgimento dos seres vivos na terra data de bilhões de anos, sem que
possamos nos certificardaverdadeira data pornos faltarem recursos para tais
determinações. Porém, a geologia aliada à biologia e à paleontologia tem
obtido informações através dos fósseis encontrados nas diversas partes do
planeta.
Até 2,5 bilhões de anos - Surgimento de organismos unicelulares (simples).
De 2,5 bilhões de anos a 540 milhões de anos - Surgimento de organismos
multicelulares, como, algas, liquens, musgos e bactérias.
De 540 à 250 milhões de anos - Desenvolvimento de peixes,corais,moluscos,
plantas terrestres (samambaias e coníferas),insetos, anfíbios e répteis (mais
tarde – 350 milhões de anos atrás).
De250 a65 milhões de anos -Desenvolvimento de plantas com flores,domínio
dos dinossauros, primeiros mamíferos e aves.
De 65 milhões de anos até hoje - Diversificação e desenvolvimento dos
mamíferos, aparecimento do homem.
44. Donde vieram para a Terra os seres vivos?
A Terra lhes continha os germens, que aguardavam momento favorável para
se desenvolverem. Os princípios orgânicos se congregaram, desde que
cessouaatuação da forçaque os mantinha afastados,e formaram os germens
de todos os seres vivos. Estes germens permaneceram em estado latente de
inércia, como a crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício
ao surto de cada espécie. Os seres de cada uma destas se reuniram, então,
e se multiplicaram.
Comentários:
O germe da vida foi colocado por Deus em toda a sua formação, que
permaneceuem estado latente (oculto) até o momento adequado,quando as
moléculas começam a se agrupar por afinidades.
Explicam os Espíritos que a formação dos seres vivos segue as mesmas leis
que regulam a formação das substâncias minerais, isto é, obediência às
afinidades existentes entre seus elementos constitutivos e às leis das
combinaçõesquímicas,acrescidas,do princípio vital, elemento que comunica
aos vegetais e aos animais a vida orgânica, possibilitando-lhes o exercício de
todas as funções vitais. Este assunto será abordado a partir da questão n. 60.
Sobre a origem dos seres vivos na Terra, encontramos estudo detalhado no
capítulo X de “A Gênese”
A Gênese - Item 12 – pág. 125
A Gênese - Item 14 – pág. 126
Os germens são sistemas orgânicos minúsculos, em que potencialidades
funcionais se encontram em estado latente (oculto), à espera de condições
propícias de calor, umidade, meio nutritivo apropriado, para eclodirem,
determinando o crescimento, o desenvolvimento e a multiplicação celular, de
modo que surja do gérmen o embrião, e do embrião o ser completo.
A Caminho da Luz – pág. 26 e 27.
Não importa como veio ou de onde veio a vida no planeta, o que temos que
ter em mente é que toda a formação da vida no planeta foi dirigida pela
comunidade de espíritos puros, espíritos superiores, direcionados por Jesus,
nosso querido Mestre e Diretor espiritual do nosso planeta, sempre
obedecendo as leis criadas por Deus.
Concluindo: A vida veio de Deus
45. Onde estavam os elementosorgânicos,antes da formação da Terra?
Achavam-se, por assim dizer, em estado de fluido no Espaço, no meio dos
Espíritos, ou em outros planetas, à espera da criação da Terra para
começarem existência nova em novo globo.
Allan Kardec: A Química nos mostra as moléculas dos corpos
inorgânicos unindo-se para formarem cristais de uma regularidade
constante, conforme cada espécie, desde que se encontrem nas
condições precisas. A menor perturbação nestas condições basta para
impedir a reunião dos elementos, ou, pelo menos, para obstar à
disposição regularque constituio cristal.Por que não se daria o mesmo
com os elementos orgânicos? Durante anos se conservam germens de
plantas e de animais, que não se desenvolvem senão a uma certa
temperatura e em meio apropriado. Têm-se visto grãos de trigo
germinarem depois de séculos. Há, pois, nesses germens um princípio
latente de vitalidade, que apenas espera uma circunstância favorável
para se desenvolver. O que diariamente ocorre debaixo das nossas
vistas, por que não pode ter ocorrido desde a origem do globo
terráqueo? A formação dos seres vivos, saindo eles do caos pela força
mesma da Natureza,diminuide alguma coisa a grandezade Deus? Longe
disso: corresponde melhor à ideia que fazemos do Seu poder a se
exercer sobre a infinidade dos mundos por meio de leis eternas. Esta
teoria não resolve,é verdade,a questão da origem dos elementos vitais;
mas, Deus tem Seus mistérios e pôs limites às nossas investigações.
Comentários:
Segundo a doutrina nos ensina, nossos sentidos ainda são incapazes de
compreender os meandros da criação divina.
Porém, os espíritos superiores nos informam que a formação da vida se deu
com muito trabalho, de numerosas assembleias de operários espirituais,
direcionados pelo nosso Grande Mestre Jesus.
A Caminho da Luz – pág. 26
Ao criar o universo pela ação lenta e gradual das leis da natureza, Deus não
se faz menor ou menos poderoso. Tudo começa pequeno para um dia se
tornar grande, o que nos remete à inevitável conclusão de que há um Poder
Supremo que planejou a Criação nos seus mínimos detalhes, planejamento
esse que continua em curso e que, paulatinamente, vai nos fornecendo boas
e grandes surpresas, à medida que trabalhamos e aprofundamos os estudos
dessas leis.
“Deus jamais deixou de criar” (Jo, 5,17), portanto, continua criando; e, os Espíritos (com “E”
maiúsculo, isto é, o princípio inteligente individualizado), a partir de um dado momento que
desconhecemos, atua como cocriador, coparticipe do ato majestoso do desenvolvimento
dessa Criação.
Respeitemos o trabalho desses irmãos mais velhos nos dando essa casa
como habitat necessário e útilpara o nosso aprendizado,nossaevolução,para
aprendermos a amar como ensinou o nosso grande Mestre, pois é através do
amor que vamos construindo um novo reino. O Reino de Deus,onde haverá a
plena felicidade.
46. Ainda há seres que nasçam espontaneamente?
Sim, mas o gérmen primitivo já existia em estado latente. Sois todos os dias
testemunhas desse fenômeno.Os tecidos do corpo humano e do dos animais
não encerram os germens de uma multidão de vermes que só esperam,para
desabrochar,a fermentação pútrida que lhes é necessáriaà existência? É um
mundo minúsculo que dormita e se cria.
Comentários:
A pergunta revela que Kardec acreditava na teoria da geração espontânea. O
pensador francês estava equivocado ao acreditar na geração espontânea
como hipótese científica? Hoje,estaria. Naquela época,não, pois,em 1857,a
teoria da geração espontânea ainda era uma hipótese plausível.
O espírito entrevistado afirma que existe nascimento espontâneo,mas desde
que haja um gérmen em estado latente. Ora, se existe um gérmen em estado
latente, já não há geração espontânea.
A espontaneidade a que necessariamente devemos nos referir é a de
formação de animais mais evoluídos, e não a de surgimento de bactérias. Já
nos encontramos em um mundo capaz de gerar pela espécie, dada à idade
do planeta, na escala dos mundos.
Toda análise da vida, em seus múltiplos aspectos, sem a consideração do
elemento espiritual,perde a consistência,esbarrando o homem em obstáculos
intransponíveis, pois a matéria não é capaz, por si mesma, de gerar seres
vivos.
47. A espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos
contidos no globo terrestre?
Sim, e veio a seu tempo.Foi o que deu lugar a que se dissesseque o homem
se formou do limo da terra.
Comentários:
Moisés se aproxima um tanto mais da verdade, dizendo que Deus formou o
homem do limo da terra. De fato, a Ciência demonstra(cap. X) que o corpo do
homem se compõe de elementos tomados à matéria inorgânica, ou, por outra,
ao limo da terra. A Gênese – Capítulo VII – Item 11.
A Gênese – pág. 131 – item 26
O esquema do corpo humano foi feito há bilhões de anos pelos espíritos
superiores. Foram marcados de etapa a etapa os escalões evolutivos, para
que o Espírito pudesse despertar mais depressa as qualidades que lhe
dormem no fundo d'alma. Tudo foi feito com a perfeição dos que construíram,
faltando apenas o despertamento dos valores.
Nós enquanto seres eternos dacriação somos espíritos que fomoscriadospor
Deus simples e ignorantes. Nos reencarnamos para que, através da
necessidade do trabalho e da convivência, proporcione aprendizado e
crescimento intelectual, moral e espiritual, sendo o corpo apenas um
instrumento da Lei Divina que vai nos oferecer esse aprendizado e
crescimento. A Gênese – pág. 132 – item 29
48. Poderemos conhecer a época do aparecimento do homem e dos
outros seres vivos na Terra?
Não; todos os vossos cálculos são quiméricos.
Comentários:
Não podemos determinar a época exata do surgimento do homem na Terra,
nem dos seres vivos de forma geral. A evolução é um livro que vai se abrindo
aos poucos, para aqueles que crescem pela força do progresso. O que se
pode fazer é uma estimativa, como sempre.
Muitas datas já foram demonstradas pelos cientistas, mas depois vem outras
descobertas e mostram que elas estavam equivocadas. As datas reais se
perdem nos arquivos da natureza.
Lucy é um fóssil de Australopithecus afarensis de 3,2 milhões de anos, descoberto em 1974.
Há mais ou menos 2,5 milhões de anos, andava sobre a Terra o homo habilis, que lembrava muito mais um
macaco do que um homem. Mas bastou mais alguns milhões de anos para que surgisse o homo erectus, que
era um “rascunho” do que somos hoje.
Há mais ou menos 500 mil anos atrás, surgiu o homo neanderthalensis, que é considerado o primeiro ser
humano como nós conhecemos hoje. É claro que eles foram extintos, dando lugar ao homo sapiens, que
somos nós, mas devido as grandes semelhanças, podemos dizer que os neanderthalensis foram os primeiros
humanos do planeta.
De tal modo, há apenas 500 mil anos, surgiu o homem atual na Terra. E ninguém sabe até quando ele ainda
vai durar, afinal, mesmo com toda tecnologia e avanços, a evolução não para e, provavelmente, daqui alguns
milhares ou milhões de anos, nós seremos bem diferentes do que somos hoje.
Somente sabemos que o homem é o ser mais novo na Terra. É a herança de
gigantescos esforços da natureza, que vem subindo de degrau a degrau,
assinalando a sua posição como tipo aprimorado no laboratório da vida.
Se nos empenharmos somente em conhecer os primórdios dos nossos
ancestrais, se somente nos preocuparmos com as ciências que nos levam a
conhecero corpo físico,diminuiremos os nossos conhecimentos sobre aalma,
dos quais tanto carecemos. Procuremos estudar o Espírito.
49. Se o gérmen da espécie humana se encontrava entre os elementos
orgânicos do globo, por que não se formam espontaneamente homens,
como na origem dos tempos?
O princípio das coisas está nos segredos de Deus. Entretanto, pode dizer-se
que os homens, uma vez espalhados pela Terra, absorvem em si mesmos os
elementos necessários à sua própria formação, para os transmitir segundo as
leis da reprodução. O mesmo se deu com as diferentes espécies de seres
vivos.
Comentários:
A questão trata do homem matéria, pois o homem espírito é eterno.
O aparecimento do homem na Terra não aconteceu diretamente, do gérmen
a ele, sem as devidas escalas, sem as variadas formas organizadas pelas
inteligências superiores.Há um progresso em tudo que existe, cuja força vem
de Deus, que comanda tudo por intermédio de seus filhos maiores,
encarregados do aperfeiçoamento de todas as coisas.
Já paraste para meditar na transformação de um protozoário unicelular, pelas
mãos do tempo e de Deus, a se expressar em um homem da atualidade? Já
pensaste também nos caminhos percorridos? Todos os cálculos de tempo
feitos estão sujeitos a reparos, porque a distância é muito grande. É um
verdadeiro mistério, dentro dos mistérios maiores.
Depois que os corpos, tanto dos homens quanto dos animais de todas as
ramificações, tomam as posições desejadas, a forma delineada pelos
engenheiros siderais, neles mesmos contém a semente da continuação da
espécie, que prolifera em todas as direções. Quem acredita na evolução das
espécies e estuda o assunto com profundidade, passa a entender e sentir a
mão divina, em todas as nuances da vida.
Do gérmenao homem há uma escaladaque devemos todos estudar,examinar
os nossos ancestrais, sem esquecer do fundamento das nossas vidas, que é
Deus, cumprindo aquilo que Jesus nos pede:amá-Lo sobre todas as coisas e
ao próximo como a nós mesmos.
3.3 – POVOAMENTO DA TERRA. ADÃO
50. A espécie humana começou por um único homem?
Não; aquele a quem chamais Adão não foi o primeiro, nem o único a povoar a
Terra.
Comentários:
Na bíblia, no livro de Gênesis nós temos o mito de Adão e Eva, como sendo
Adão criado por Deus, do limo da Terra e Eva criada depois a partir de uma
parte da costela de Adão. Não dá para interpretar ao pé da letra, pois isso é
uma representação, uma linguagem simbólica, uma alegoria.
No livro Gênesis, capítulo 4, a partir do versículo 16 narra Adão e Eva como
os primeiros seres humanos a existirem na Terra tiveram dois filhos: Abel e
Caim. Caim matou Abel e para fugir da face de Deus e daqueles que queriam
mata-lo foipara o país de Nod ao oriente do Édem.Depois ele se casounessa
cidade e teve um filho chamado Henoc, que mais tarde edificou uma cidade
colocando nela o nome do seu filho Henoc.
De onde veio a esposa de Caim?
Ele estava fugindo de quem?
Quem eram os habitantes dessa cidade que ele edificou?
Portanto, há incoerências nas informações,principalmente,se analisarmos ao
pé da letra.
No estado atual dos conhecimentos, não é admissível a doutrina segundo a
qual todo gênero humano procede de uma individualidade única.
Do ponto de vista fisiológico, algumas raças apresentam tipos particulares,
que não permite que lhes assinale origem comum.Há diferenças que não são
simples efeitos do clima, pois que os brancos que se reproduzem nos países
dos negros não se tornam negros e reciprocamente.O sol pode tostar a pele,
mas nunca transformará um branco em negro, ou lhe dará as formas físicas
características daqueles. A cor do negro provém de um ácido próprio,
subcutâneo, peculiar à espécie.
Há que considerar as raças negras, mongólicas, caucásicas, como tendo
origem própria, nascida simultânea ou sucessivamente em diversas partes do
globo. O cruzamento delas produziu as raças mistas, secundárias. Os
caracteres fisiológicosdas raças primitivas constituem indício evidente de que
elas procedem de tipos especiais.As mesmas consideraçõesse aplicam tanto
aos homens, como aos animais, no que concerne à pluralidade dos troncos.
→ Raça adâmica – A Caminho da Luz, pág. 33
51. Poderemos saber em que época viveu Adão?
Mais ou menos na que lhe assinais: cerca de 4.000 anos antes do Cristo.
Allan Kardec:O homem,cuja tradiçãose conservou sob o nomede Adão,
foi dos que sobreviveram, em certa região, a alguns dos grandes
cataclismosque revolveramem diversas épocasa superfíciedo globo,e
se constituiu tronco de uma das raças que atualmenteo povoam.As leis
da Natureza se opõem a que os progressos da Humanidade,
comprovados muito tempo antes do Cristo, se tenham realizado em
alguns séculos, como houvera sucedido se o homem não existisse na
Terra senão a partir da época indicadaparaa existência de Adão.Muitos,
com mais razão, consideram Adão um mito ou uma alegoria que
personifica as primeiras idades do mundo.
Comentários:
Não existiu um Adão, como pessoabíblica,sendo a primeira pessoaa habitar
a Terra.
Mas provavelmente, Adão, um homem que se tornou o tronco de uma
civilização, que por certo com posses e uma boa liderança, tornou-se uma
pessoa famosa, criando assim o mito que se espalhou por toda a Terra que
seria ele o primeiro ser humano a habitar o nosso planeta.
É a forma que naquele momento histórico a sociedadecom seunível intelecto
do período seria capaz de compreender a criação. Não se poderia exigir que
compreendessem a realidade do espírito eterno que somos, que espíritos de
outro orbe viriam auxiliar no desenvolvimento das civilizações aqui nascentes.
Não conseguiriam compreenderas questões transcendentais. Então criou-se
o mito que durante muitos séculos perdurou com a verdade.
A ciência já desmistificouisso,demonstrando aimpossibilidade de em apenas
quatro a seis milanos ocorrertodo o desenvolvimento do serhumano e demais
seres vivos. Cientistas sempre encontram fósseis ou ossadas de seres
humanos que viveram há milhares de anos atrás. Portanto, as civilizações são
muito anteriores ao mito Adão. O corpo do ser humano veio modificando ao
longo do tempo e, com certeza, modicará pelo futuro afora. Assim como toda
a sociedade vai se modificando e desenvolvendo as tecnologias em todos os
setores.
Enfim, pode ter existido a figura de uma pessoachamada Adão que por ser o
tronco de uma sociedade, provavelmente, detentor de posses e um grande
líder foi tido como o início de tudo e a lenda foi caminhando por várias
gerações, chegando até os dias de hoje.
3.4 – DIVERSIDADE DAS RAÇAS HUMANAS
52.Donde provêm as diferenças físicase moraisquedistinguem as raças
humanas na Terra?
Do clima, da vida e dos costumes. Dá-se aí o que se dá com dois filhos de
uma mesma mãe que, educados longe um do outro e de modos diferentes,
em nada se assemelharão, quanto ao moral.
Comentários:
A diversidade em toda a criação de Deus é mostra de Sua inteligência
soberana. A beleza que constitui as coisas do Senhor está nas variações sem
perda da harmonia, que sublimam todos os ritmos.
→ Isolamento – Países europeus – China – Cuiabá
Em se falando do Espírito encarnado,as diferenças físicas vêm davontade do
Criador, que certamente achou melhor que assim fosse,para a nossa própria
alegria
O corpo de carne é, pois, obediente às leis físicas, bem como atende às
heranças do empréstimo biológico.Tudo que existe naTerra foiidealizado nos
planos do Espírito por engenheiros siderais, que copiam e entendem a lei de
Deus, executando sempre a Sua vontade. Se existe diversidade no mundo
físico, muito mais no mundo moral de cada criatura.
O Senhor assegurou para tais diversidades os climas correspondentes,
criando a lei da afinidade para sustentar assim aquilo que deveria ser. Deixou
para o homem alguma coisa a ser feita, no sentido de que ele pudesse
cooperarnessas mudanças,formando novos tipos de acasalamento de etnias
diferentes,como também animais e plantas, dando novas cores às belezas já
estabelecidas pela Divindade.
Fomos criados por Deus enquanto espíritos eternos que somos, simples e
ignorantes e iniciamos a nossa escalada evolutiva. Mas Deus nos deu a
missão de trilhar em busca da nossa felicidade e nos deu também o livre
arbítrio para que possamos fazeras nossas próprias escolhas.Nós diferimos
uns dos outros quanto à moral, quanto aos costumes, quanto à forma de ser
e de ver a vida. Portanto, quando ao nascer já trazemos a herança de tudo
aquilo que aprendemos, realizamos e fomos nas reencarnações anteriores e
também as nossas experiências obtidas na erraticidade.
53. O homem surgiu em muitos pontos do globo?
Sim e em épocas várias, o que também constitui uma das causas da
diversidade das raças. Depois,dispersando-se os homens porclimas diversos
e aliando-se os de uma aos de outras raças, novos tipos se formaram.
53.a) - Estas diferenças constituem espécies distintas?
Certamente que não; todos são da mesma família. Porventura as múltiplas
variedades de um mesmo fruto são motivo para que elas deixem de formar
uma só espécie?
Comentários:
Hoje o termo raça não é muito utilizado, pois há muitas controvérsias no meio
científico, sendo levado mais para o lado social e cultural.
O termo mais utilizado na atualidade é população.
O ser humano apareceu em diversas épocas e em diversas partes do globo
terrestre e depois foi feita a miscigenação, através da dispersão pelo planeta
onde foram se encontrando e os diversos povos foram se misturando.
Todos os humanos encarnados pertencem à mesma espécie (Homo sapiens)
e subespécie (Homo sapiens sapiens).
As diferenciações dos povos não fazem espécies distintas: o negro da África
subsaariana, o negro da Oceania, o branco da Europa,do Magreb e do Oriente
Médio, o amarelo asiático, o indígena americano, o pigmeu da floresta
africana.
Portanto, cada grupo populacional faz parte de uma única espécie que é do
serhumano e todos nós somos espíritos eternosque habitamos esses corpos.
Hoje aquele que encarnado pertence a determinado grupo populacional, na
próxima reencarnação poderáanimar um corpo de outro grupo populacionala
fim de buscar seu aprimoramento com novas experiências.
Ex: A manga, o cachorro.
Os diferentes povos foram feitos para se mesclarem, e essa disposição foi
entregue aos homens. E nesse cruzamento surge a fraternidade e o respeito
entre todos, como também o perdão e o amor.
O comércio,que hoje se estende portodas as nações da Terra, é para que os
homens se confraternizem e sintam o mesmo valor em outros povos.
É bom que vejamos que a natureza não se esqueceu de guardar valores na
superfície e no seio do solo de uma nação; que propiciou faculdades de
trabalho a determinados povos, coisa que outros encontram dificuldades de
execução. E tudo isso, para que se processassem as trocas, muito comuns
entre os povos, e com isso, a convivência altamente necessária ao
despertamento do amor ao próximo, tão falado no Evangelho e necessário à
paz entre as nações.
54. Pelo fato de não proceder de um só indivíduo a espécie humana,
devem os homens deixar de considerar-se irmãos?
Todos os homens são irmãos em Deus, porque são animados pelo espírito e
tendem para o mesmo fim. Estais sempre inclinados a tomar as palavras na
sua significação literal.
Comentários:
Devemos entender que não somos corpos que temos um espírito.
Nós somos espírito.
Nós habitamos o corpo como instrumento divino paravivermos no planeta para
propiciar o nosso aprendizado e a nossa evolução enquanto espíritos eternos
que somos.
Todos nós, como espíritos, fomos criados por Deus simples e ignorantes.
Todos nós temos a mesma origem e teremos o mesmo destino.
Se somos filhos do mesmo pai, logicamente, somos todos irmãos.
Ninguém vive à parte do criador.
Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós
sois irmãos.
E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.
Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.
Mateus 23:8-10
3.5 – PLURALIDADE DOS MUNDOS
55. São habitados todos os globos que se movem no espaço?
Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em
inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm
por espíritos muito fortes e que imaginam pertencera este pequenino globo o
privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que só para
eles criou Deus o Universo.
Allan Kardec: Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo
todos esses seres para o objetivo final da Providência.Acreditar que só
os haja no planeta que habitamosfora duvidarda sabedoria de Deus,que
não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há de ele ter dado
uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista.Aliás,nada
há, nem na posição,nem no volume,nem na constituiçãofísica da Terra,
que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser
habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos
semelhantes.
Comentários:
Não há vazio no Universo.
Vivemos em um dos menores planetas.
O nosso Sol é uma estrela de 5.ª grandeza, portanto não é das maiores.
Nosso sistema solar está na Via Láctea, ocupando um pequeno lugar na
extremidade dessa galáxia.
A Via Láctea é uma entre os bilhões de galáxias espalhadas pelo Universo.
Para atravessá-la de uma extremidade a outra, levaríamos cerca de 100.000
anos na velocidade da luz (300.000 km/s).
Nossa ciência ainda está muito longe de conhecer a magnitude da criação.
É muita presunção imaginar que apenas a Terra abriga vida inteligente.
Há muitas moradas na casa de meu pai – João 14,2
A vida pulsa, a vida brilha em todos os lugares da criação para a glória de
Deus.
Exemplos:
Júpiter
Segundo Palissy, a temperatura é sempre igual, suave e temperada. As plantas têm analogia com
as nossas, mas são mais belas. Toda a natureza é mais etérea, inclusive a água.
A forma corporal dos habitantes é a mesma que a nossa, embora maiores, mais belos, sendo a sua
beleza o reflexo da beleza e virtuosidade dos seus Espíritos. A matéria que compõe os corpos é
menos densa, o que lhes permite transportarem-se de um lugar para outro, sem ficarem presos ao
solo. A comunicação é feita pelo pensamento.
A base da alimentação dos habitantes é puramente vegetal, sendo uma parte absorvida do meio
ambiente, do qual aspiram as emanações. A duração média de vida é mais longa, mais ou menos
cinco séculos e não existem as doenças a oprimir o Homem. Este conserva a sua superioridade
intelectual na infância e na velhice.
Revista de abril de 1858, Conversa com o Espírito Bernard Palissy (oleiro do Séc. XVI)
Livro dos Espíritos, pág. 87 – Comentário (1)
Se alguém que não conhecesse a Terra tivesse uma visão de todas as casas nela construídas, e
perguntasse se todas elas são habitadas por seres humanos, o que responderíamos? -
"Certamente, que nem todas. Muitas delas estão desabitadas; outras foram feitas com
determinados objetivos que não o de moradia; outras serão destruídas por já terem cumprido suas
missões"... e, assim, sucessivamente. O mesmo se dá com os mundos que circulam no universo
de Deus. Nem todos são habitados, por seres humanos, por formas visíveis. A lógica nos leva a
essarealidade, constatada durante nossoaprendizado, nas oportunidades de visitar alguns mundos
desabitados, estudando a missão dos mesmos em outros rumos da harmonia divina, quando
tivemos a ventura de constatar mundos habitados por seres com aparência idêntica à dos
companheiros da Terra, uns mais adiantados, outros mais atrasados. É bom que salientemos que
não existe algo inútil no seio da criação, pois, se Deus é a Inteligência Suprema, como iria fazer
coisas sem proveito? Isso não cabe na mente do homem dotado de raciocínio e dominado pelo
saber. (Miramez)
56. É a mesma a constituição física dos diferentes globos?
Não; de modo algum se assemelham.
Comentários:
A constituição físicados mundos que circulam no universo apresentaalgumas
diferenças, principalmente naqueles que não são da mesma idade sideral. A
maturidade é que modifica a sua composição.
A matéria primitiva é a mesma em todos os mundos (o fluído cósmico
universal).
A ciência, através das pesquisas que realiza nos planetas vizinhos nos tem
mostrado que são encontrados neles,segundoseusaparelhos de observação,
elementos que existem na Terra e, certamente, outros que escapam às
sensibilidades dos instrumentos dos homens.
Os próprios cientistas revelam as diferenças na atmosfera, umas mais
pesadas, outras rarefeitas, as diferenças na gravidade e a liberdade que têm
os raios cósmicos,pornão encontrarem a camada protetorade ozônio, de que
a Terra foimerecedora,a falta de mares e, consequentemente,de vegetação,
não sendo constatada a presença dos animais.
Cada mundo é adequado a uma finalidade e que os Espíritos que os habitam
têm características peculiares,emboraalei geral de equilíbrio e finalidade seja
a mesma, portanto, as condições de vida também em nada se assemelham.
Acostumados,comoestamos,ajulgar ou fazeruma ideiade outras habitações
pelos referenciais que possuímos, fica-nos difícil plasmar, imaginar outras
condiçõesde vida, diferentes dos referenciais que possuímos,das regras que
conhecemos na Terra.
Entretanto, há produção de variedade infinita, de atividade sem par na qual a
Natureza age conforme os lugares,os tempos e as circunstâncias, sendo uma
harmonia geral, mas múltipla em suas produções.
57. Não sendo uma só para todos a constituição física dos mundos,
seguir-se-á tenhamorganizações diferentes os seres que os habitam?
Sem dúvida, do mesmo modo que no vosso os peixes são feitos para viver na
água e os pássaros no ar.
Comentários:
Os Espíritos falam da casa do Pai como o Universo, com diferentes moradas
que circulam no espaço infinito e oferecem aos Espíritos, moradas, estágios
apropriados ao seu adiantamento.
Os diversos mundos apresentam-se em condições muito diferentes uns dos
outros, estando em relação com o grau de adiantamento ou inferioridade de
seus habitantes. Portanto, as organizações sociais e o modo de viver dos seus
habitantes são bem diferentes, em conformidade com suas necessidades
físicas e morais.
Podemosdizer que há mundos inferiores à Terra, físicae moralmente; outros
estão no mesmo grau e outros ainda superiores em todos os aspectos.
Não podemos fazer uma classificação absoluta das categorias dos mundos
habitados, mas Kardec nos oferece uma que nos permite uma visão geral
sobre o assunto: (Evangelho, cap. III)
 Mundos primitivos – destinados às primeiras encarnações da alma
humana, a vida, toda material, se limita à luta pelasubsistência,o senso moral
é quase nulo e, por isso mesmo,as paixões reinam soberanas. Com homens
bem animalescos,vivendo quase que exclusivamente segundo seus instintos,
cada um por si, e somente após um algum desenvolvimento da razão,
começam perceber o outro como um indivíduo igual a ele; A Terra já passou
por essa fase.
 Mundos de provas e expiação – caracterizado pela ação do mal, como
dominante. Conhecidos por nós, pois a Terra é um deles, onde o mal
predominae o bem encontra dificuldade para agir. Razão por que vivemos em
meio a tantas misérias.
 Mundos regeneradores – ainda haverá neles, ação do mal, porém, o
bem já é a força maior. As almas que ainda têm débitos a expiar, haurem
novas forças, repousando das fadigas da luta. Todavia essa expiação já não
é feita com tanta angústia e sofrimento como na Terra, visto que seus
habitantes a compreendem como libertação de um passado de ignorância e
faltas contra seus irmãos. Expiam-nas com alegria, no exercício do bem a
todos;
 Mundos felizes – São os planetas onde o bem supera o mal, tornando-
se o viver pleno de realizações nobres,em gozos espirituais que nós, homens
da Terra nem temos condições de avaliar, e, por isso, a felicidade impera.
 Mundos celestes ou divinos – moradas dos espíritos purificados, já
totalmente libertos da matéria, onde exclusivamente reina o bem, visto que
todos que aí vivem já alcançaram o cume da sabedoria e da bondade.
O Espírito não se liga indefinidamente aum mundo e nem cumprem nele todas
as fases progressivas que devem percorrer para atingir a perfeição.
Quando atingem, num mundo, o grau de adiantamento que o mesmo
comporta,passam para mundos mais avançados e assim sucessivamente até
o ponto em que, fruto do trabalho pessoal, se tornam Espíritos puros.
Cada mundo, portanto, oferece elementos de progresso, proporcional ao
adiantamento moral.
Se nos encontrarmos num planeta onde a alimentação dos seus habitantes é rarefeita, onde
eles já não precisam mais dos pesados manjares dos homens na Terra, é lógico que a
organização fisiológica tem de ser diferente, por não precisarem mais de certos órgãos
como estômago, intestinos, etc. Se uma civilização planetária já enxerga sem usar os olhos,
é desnecessário esse instrumento da visão, que se atrofiará com o tempo, desabrochando
outro sentido que se sobrepõe aos olhos com maior riqueza de detalhes.
O mundo tem a forma que lhe cabe pela sua própria evolução, e isso não altera nada nas
leis naturais; antes, as embeleza em todos os sentidos. Queremos dizer que a gênese em
todos os globos do universo é a mesma, movida pela mesma lei; no entanto, o tempo e o
espaço requerem dela mudanças engenhosas; também o Espírito é o mesmo, só que nos
graus de ascensão se afiguram grandes diferenças. (Miramez)
Será terrível, e entendido como castigo prolongar sua estada num mundo
infeliz ou ser relegado aum mundo inferior, quando obstinados no mal. Passar
para um mundo mais adiantado será, sempre, para o Espírito, alegria e
recompensa.
58.Os mundos mais afastados do Solestarão privados de luz e calor,por
motivo de esse astro se lhes mostrar apenas com a aparência de uma
estrela?
Pensais então que não há outras fontes de luz e calor além do Sol e em
nenhuma conta tendes a eletricidade que, em certos mundos, desempenha
um papel que desconheceis e bem mais importante do que o que lhe cabe
desempenharna Terra? Demais,não dissemos que todos os seres são feitos
de igual matéria que vós outros e com órgãos de conformação idêntica à dos
vossos.
Allan Kardec: As condições de existência dos seres que habitam os
diferentes mundos hão de ser adequadas ao meio em que lhes cumpre
viver. Se jamais houvéramos visto peixes, não compreenderíamos
pudesse haver seres que vivessem dentro d’água. Assim acontece com
relação aos outros mundos, que sem dúvida contêm elementos que
desconhecemos. Não vemos na Terra as longas noites polares
iluminadas pela eletricidade das auroras boreais? Que há de impossível
em ser a eletricidade,nalgunsmundos,mais abundante do que na Terra
e desempenhar neles uma função de ordem geral, cujos efeitos não
podemos compreender? Bem pode suceder, portanto, que esses
mundos tragam em si mesmos as fontes de calor e de luz necessáriasa
seus habitantes.
Comentários:
Somos habituados a identificar, aceitar o que conhecemos e daquilo que
escapa à percepção de nossos cinco sentidos, compreendemos ou somos
abertos a compreender muito pouco.
Possível, portanto, é que em outras dimensões vibratórias, outros mundos, o
fluido cósmico possua propriedades, seja suscetível de combinações, das
quais não temos condição nem de fazerideia;que produza efeitos apropriados
a necessidades que desconhecemos, dando lugar a percepções novas ou a
outras formas ou modos de percepção.
Essas inúmeras forças,indefinidamente variadas segundo as combinações da
matéria, diversificadas em seu modo de ação segundo as circunstâncias e os
meios,são conhecidas na Terra com o nome de gravidade, coesão,afinidade,
atração, magnetismo, eletricidade ativa. Os movimentos vibratórios são aqui
conhecidos, sob o nome de som, luz, calor etc. Em outros mundos,
apresentam-se sob outros aspectos; revelam características desconhecidas
por nós.
Assim, como há só uma substância simples, primitiva, geradora de todos os
corpos,diversificadaem suas combinações,também essas forças dependem
de uma lei universal diversificada em seus efeitos e que, pelos desígnios
eternos, imprimem harmonia e estabilidade ao Universo.
Os diversos mundos são fisicamente diferentes,adaptados às condições dos
seres que ali habitam, de acordo com o seu estágio evolutivo.
Sempre haverá mundos mais próximos e mais distantes das estrelas em que
gravitam em seu entorno.
Não podemosafirmarque todas as formas de vidanecessitem exclusivamente
da luz e do calor proporcionado pela estrela de que depende.
Ex: animais e plantas nas profundezas oceânicas que não dependemda luz e
calor solar.
Deus nos provê de todas as nossas necessidades.
Ninguém é privado das bênçãos de Deus. Todos nós recebemos o que necessitamos para
viver. É de raciocínio comum que não podemos dizer que onde não há calor não existe
vida, que onde falta a luz visível, escapa a inteligência. Os recursos da Divindade são
inumeráveis, os Espíritos tomam corpos diferentes nos diferentes mundos em que habitam.
Há almas que pouco dependem do exterior; elas vivem na própria luz que as circunda.
Deus fez de tudo com abundância, dependendo das inteligências procurarem ser
obedientes às Suas leis. Cada globo se apresenta na escala dos planetas com diferenças
inumeráveis, no tempo e no espaço, por motivos diversos, e essas diferenças é que tornam
o universo em harmonia e beleza indescritíveis. (Miramez)
3.6 – CONSIDERAÇÕES E CONCORDÂNCIAS BÍBLICAS
CONCERNENTES À CRIAÇÃO
Allan Kardec:
59. Os povos hão formado ideias muito divergentes acerca da Criação,
de acordo com as luzes que possuíam. Apoiada na Ciência, a razão
reconheceu a inverossimilhança de algumas dessas teorias. A que os
Espíritos apresentam confirma a opinião de há muito partilhada pelos
homens mais esclarecidos.
A objeção que se lhe pode fazer é a de estar em contradiçãocom o texto
dos livros sagrados. Mas, um exame sério mostrará que essa
contradição é mais aparente do que real e que decorre da interpretação
dada ao que muitas vezes só tinha sentido alegórico.
A questão de ter sido Adão, como primeiro homem, a origem exclusiva
da Humanidade, não é a única a cujo respeito as crenças religiosas
tiveram que se modificar. O movimento da Terra pareceu, em
determinada época,tão em oposição às letras sagradas,que não houve
gênero de perseguições a que essa teoria não tivesse servido de
pretexto, e, no entanto, a Terra gira, mau grado aos anátemas, não
podendo ninguém hoje contestá-lo, sem agravo à sua própria razão.
Diz também a Bíblia que o mundo foi criado em seis dias e põe a época
da sua criação há quatro mil anos, mais ou menos, antes da era cristã.
Anteriormente, a Terra não existia; foi tirada do nada: o texto é formal.
Eis,porém,que a ciência positiva,a inexorávelciência,provao contrário.
A história da formação do globo terráqueo está escrita em caracteres
irrecusáveis no mundo fóssil, achando-se provado que os seis dias da
criação indicam outros tantos períodos, cada um de, talvez, muitas
centenasde milharesde anos.Isto não é um sistema,uma doutrina,uma
opinião insulada; é um fato tão certo como o do movimento da Terra e
que a Teologia não pode negar-se a admitir, o que demonstra
evidentemente o erro em que se está sujeito a cair tomando ao pé daletra
expressões de uma linguagem frequentemente figurada. Dever-se-á daí
concluir que a Bíblia é um erro? Não; a conclusão a tirar-se é que os
homens se equivocaram ao interpretá-la.
Escavando os arquivos da Terra, a Ciência descobriu em que ordem os
seres vivoslhe apareceram na superfície,ordem que está de acordocom
o que diz a Gênese, havendo apenas a notar-se a diferença de que essa
obra,em vez de executada milagrosamente por Deusem algumas horas,
se realizou, sempre pela Sua vontade, mas conformemente à lei das
forças da Natureza, em alguns milhões de anos. Ficou sendo Deus, por
isso, menor e menos poderoso?Perdeu em sublimidadea Sua obra,por
não ter o prestígio da instantaneidade?
Indubitavelmente, não. Fora mister fazer-se da Divindade bem
mesquinha ideia, para se não reconhecer a sua onipotência nas leis
eternas que ela estabeleceu para regerem os mundos. A ciência, longe
de diminuir a obra divina, no-la mostra sob aspecto mais grandioso e
mais acordecom as noções que temosdo poder e da majestade de Deus,
pela razão mesma de ela se haver efetuado sem derrogação das leis da
Natureza.
De acordo, neste ponto, com Moisés, a Ciência coloca o homem em
último lugar na ordem da criação dos seres vivos.Moisés,porém,indica,
como sendo o do dilúvio universal, o ano 1654 da formação do mundo,
ao passo que a Geologia nos aponta o grande cataclismo como anterior
ao aparecimento do homem, atendendo a que, até hoje, não se
encontrou, nas camadas primitivas, traço algum de sua presença, nem
da dos animais de igual categoria, do ponto de vista físico. Contudo,
nada prova que isso seja impossível.
Muitas descobertas já fizeram surgir dúvidas a tal respeito. Pode dar-se
que, de um momento para outro, se adquira a certeza material da
anterioridade da raça humana e então se reconhecerá que, a esse
propósito, como a tantos outros, o texto bíblico encerra uma figura.
A questão está em saber se o cataclismo geológico é o mesmo a que
assistiu Noé. Ora, o tempo necessário à formação das camadas fósseis
não permite confundi-los e, desde que se achem vestígios da existência
do homem antes da grande catástrofe,provado ficará,ou que Adão não
foi o primeiro homem,ou quea sua criaçãose perde na noite dostempos.
Contra a evidência nãohá raciocíniospossíveis; forçoso será aceitar-se
esse fato,como se aceitaram o do movimento da Terra e os seis períodos
da Criação.
A existência do homem antes do dilúvio geológico ainda é, com efeito,
hipotética. Eis aqui, porém, alguma coisa que o é menos.
Admitindo-se que o homem tenha aparecido pela primeira vez na Terra
4.000 anos antes do Cristo e que, 1650 anos mais tarde, toda a raça
humana foi destruída, com exceção de uma só família, resulta que o
povoamento da Terra data apenas de Noé, ou seja: de 2.350 anos antes
da nossa era.Ora,quando os hebreusemigraram parao Egito,no décimo
oitavo século, encontraram esse país muito povoado e já bastante
adiantado em civilização.A História prova que,nessa época,as Índias e
outros paísestambém estavam florescentes,sem mesmose ter em conta
a cronologia de certos povos, que remonta a uma época muito mais
afastada. Teria sido preciso, nesse caso, que do vigésimo quarto ao
décimo oitavo século,isto é, que num espaço de 600 anos,não somente
a posteridade de um único homem houvesse podido povoar todos os
imensos países então conhecidos,suposto que os outros não o fossem,
mas também que, nesse curto lapso de tempo, a espécie humana
houvesse podido elevar-se da ignorância absoluta do estado primitivo
ao mais alto grau de desenvolvimento intelectual, o que é contrário a
todas as leis antropológicas.
A diversidade das raças corrobora, igualmente, esta opinião, O clima e
os costumes produzem,é certo,modificaçõesno caráterfísico; sabe-se,
porém,até onde pode ir a influência dessascausas.Entretanto,o exame
fisiológico demonstra haver, entre certas raças, diferenças
constitucionais mais profundas do que as que o clima é capaz de
determinar.O cruzamentodas raças dá origem aos tipos intermediários.
Ele tende a apagar os caracteres extremos, mas não os cria; apenas
produz variedades. Ora, para que tenha havido cruzamento de raças,
preciso era que houvesse raças distintas. Como, porém, se explicará a
existência delas, atribuindo-se-lhes uma origem comum e, sobretudo,
tão pouco afastada? Como se há de admitir que, em poucos séculos,
alguns descendentes de Noé se tenham transformado ao ponto de
produzirem a raça etíope, por exemplo?
Tão pouco admissível é semelhante metamorfose, quanto a hipótese de
uma origem comum para o lobo e o cordeiro,para o elefante e o pulgão,
para o pássaro e o peixe.Ainda uma vez: nada pode prevalecer contraa
evidência dos fatos. Tudo, ao invés, se explica, admitindo-se: que a
existência do homem é anteriorà épocaem que vulgarmente se pretende
que ela começou; que diversas são as origens; que Adão, vivendo há
seis mil anos,tenha povoado uma região ainda desabitada; que o dilúvio
de Noé foi uma catástrofe parcial, confundida com o cataclismo
geológico; e atentando-se, finalmente, na forma alegórica peculiar ao
estilo oriental,forma que se nos deparanos livros sagradosde todos os
povos. Isto faz ver quanto é prudente não lançar levianamente a pecha
de falsas a doutrinas que podem, cedo ou tarde, como tantas outras,
desmentir os queas combatem.As ideias religiosas,longe de perderem
alguma coisa,se engrandecem,caminhando de par com a Ciência.Esse
o meio único de não apresentarem lado vulnerável ao cepticismo.
REFERÊNCIAS:
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o
Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2018.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de
Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª
Ed. Araras – SP: IDE, 2009.
TERRA,Lygia (et. Al). Conexões:Estudosde Geografia Gerale do Brasil.
1ª ed. São Paulo: Moderna, 2010, vol. 2. Capítulo 8: Estruturas, formas
terrestres e atividade mineradora, pág. 128 a 131.
XAVIER,Chico. A Caminho da Luz. 21ª ed. Rio de Janeiro: FEB,1995. Pelo
Espírito Emmanuel.
https://www.bibliaonline.com.br/
https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl

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A Formação dos Mundos

  • 1. LIVRO PRIMEIRO: AS CAUSAS PRIMEIRAS CAPÍTULO III: DA CRIAÇÃO 3.1 – FORMAÇÃO DOS MUNDOS 3.2 – FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS 3.3 – POVOAMENTO DATERRA. ADÃO. 3.4 – DIVERSIDADE DAS RAÇAS HUMANAS 3.5 – PLURALIDADE DOS MUNDOS 3.6 – CONSIDERAÇÕES E CONCORDÂNCIAS BÍBLICAS NO TOCANTE À CRIAÇÃO. Slides: https://pt.slideshare.net/MartaMiranda6/13-a-criacao-213031158 https://pt.slideshare.net/MartaMiranda6/13-da-criacao-213031687 https://pt.slideshare.net/MartaMiranda6/13-questao-59-do-livro-dos-espritos 3.1 – FORMAÇÃO DOS MUNDOS Allan Kardec:O Universo abrange a infinidade dos mundos que vemos e dos que não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço,assim como os fluidos que o enchem. 37. O Universo foi criado, ou existe de toda a eternidade, como Deus? É fora de dúvida que ele não pode ter-se feito a si mesmo.Se existisse,como Deus, de toda a eternidade, não seria obra de Deus. Allan Kardec: Diz-nos a razão não ser possível que o Universo se tenha feito a si mesmo e que, não podendo também ser obra do acaso, há de ser obra de Deus. Comentários: Não podemos confundir a criatura com o Criador. Se Deus é eterno e gerador de tudo, não faz sentido que o Universo exista antes dele. - Comentar sobre o surgimento do universo (Big Bang), sua dimensão, a formação e extinção dos astros.
  • 2. Deus é uma causa invisível, mas real. Constatamos sua existência pela sua criação visível, com o que apalpamos e enxergamos.Crer em Deus é função da inteligência. 38. Como criou Deus o Universo? Para me servir de uma expressão corrente, direi: pela sua Vontade. Nada caracteriza melhor essa vontade onipotente do que estas belas palavras da Gênese - “Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita. Comentários: Há muitas teorias pertinentes,no meio científico,que têm sido formuladas por destemidos especialistas humanos. A do Big Bang é a mais aceita. Do ponto de vista espírita, concordamos que “o começo absoluto das coisas remonta a Deus” e que “o mundo, no nascedouro,não se apresentouassente na sua virilidade e na plenitude da sua vida”, pois, “como todas as coisas, o Universo nasceu criança” Conforme vimos na questão nº 27, o Fluido Cósmico Universal é a matéria elementar primitiva, da qual derivam todos os demais tipos de fluidos,seja em que estado for, constituindo, por isso, a origem de todos os corpos orgânicos e não orgânicos. Tendo criado o Fluido Cósmico Universal, a Suprema Inteligência utiliza este poderoso fluido para plasmar o universo, de acordo com sua vontade, utilizando os próprios Espíritos como cocriadores. É óbvio que, na etapa evolutiva atual, ainda estamos muito longe de sondar, com precisão, os mistérios da criação do Universo. 39. Poderemos conhecer o modo de formação dos mundos? Tudo o que a esse respeito se pode dizer e podeis compreender é que os mundos se formam pela condensação da matéria disseminada no Espaço. Comentários: Na questão anterior, Kardec pergunta “como” Deus criou o Universo, tendo sido respondido que foi por meio da luz. Na presente questão, porém, a pergunta é sobre o “modo” de formação dos mundos. A resposta, tão surpreendente quanto a primeira, foi a de que os mundos se formam pela condensação da matéria disseminada no espaço.
  • 3. A Gênese – Capítulo VI – itens 20 a 23 – pág. 74 Em um ponto do universo a matéria cósmica se condensou sob a forma de imensa nebulosa, animada das leis universais que regem a matéria. Em virtude da forçamolecular de atração, ela tomoua formade um esferoide. A única que pode assumir uma massa de matéria isolada no espaço. O movimento circular produzido pela gravitação, logo modificou a esfera primitiva, à forma lenticular. Aqui nos referimos ao conjunto da nebulosa. Novas forças surgiram em consequênciadesse movimento de rotação:a força centrípeta (reúne todas as partes no centro) e a força centrífuga (afasta as partes do centro). Acelerando-se o movimento à proporção que a nebulosa se condensa, e aumentando o seu raio à medida que ela se aproxima da forma lenticular, a força centrífuga, incessantemente desenvolvida por essas duas causas, logo predominou sobre a atração central. Da nebulosa se formouuma nova massa, isolada da primeira, mas submetida ao seu domínio. Esta nebulosa geratriz não terá dado origem a um só astro, mas a centenas de mundos destacados do foco central. Cada um desses mundos, revestido, como o mundo primitivo, das forças naturais que presidemà criação dos universos, gerará sucessivamente novos globos que desde então lhe gravitarão em torno, como ele, juntamente com seus irmãos, gravita em torno do foco que lhes deu existência e vida. Cada um desses mundos será um Sol, centro de um turbilhão de planetas sucessivamente destacados do seu equador. Esses planetas receberão uma vida especial, particular, embora dependente do astro que os gerou. Os planetas são, assim, formados de massas de matéria condensada,porém ainda não solidificada, destacadas da massa central pela ação da força centrífuga. Um dessesplanetas é aTerra que,antes de se resfriare revestirde uma crosta sólida, deu nascimento à Lua, pelo mesmo processode formação astral a que ela própria deveu a sua existência. A Terra, doravante inscrita no livro da vida, é berço de criaturas cuja fraqueza a divina Providência protege,nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos. Nebulosas, termo da Astronomia, constituem conglomerados de partículas, hidrogênio e plasma (um dos estados físicos da matéria, similar ao gás), denominadas “os pilares da criação”.
  • 4. 40. Serão os cometas, como agora se pensa, um começo de condensação da matéria, mundos em via de formação? Isso está certo; absurdo, porém, é acreditar-se na influência deles.Refiro-me à influência que vulgarmente lhes atribuem, porquanto todos os corpos celestes influem de algum modo em certos fenômenos físicos. Comentários: Vimos, na questão nº 38, que Deus criou o Universo pela sua vontade e, na questão n. 39, que os mundos se formam pela condensação da matéria disseminada no espaço. Nesta questão,os espíritos confirmam que os cometas seriam um começoda condensação da matéria, mundos em processo de formação. Cometas são “pedras de gelo sujo”: o gelo é formado por material volátil, que passa do estado sólido diretamente para o gasoso, e a “sujeira” é formada por poeira e pedras dos mais variados tamanhos. Cometas são objetos do Sistema Solar (estão presos gravitacionalmente ao Sol). Ao contrário dos planetas, cujas órbitas são quase circulares (a distância de um planeta ao Sol varia pouco), os cometas têm órbitas muito elípticas, o que realça o seu aproximar-afastar do Sol. Quanto mais distante for o afélio de um cometa (ponto de sua órbita mais distante do Sol) mais tempo o cometa levará para dar uma volta completa em torno do Sol. Os cometas dividem-se em 3 (três) partes: NÚCLEO: É a parte central [sólida] de um cometa, formada por gases congelados, gelo e restos rochosos. O núcleo é, aproximadamente, do tamanho de uma montanha da Terra. Estando bastante afastado do Sol, o cometa apresenta-se apenas com o seu núcleo. COMA ou cabeleira: É uma nuvem de gás, conhecida vulgarmente como “cabeleira”, mais ou menos esférica, que circunda o núcleo de um cometa, nuvem essa que se origina da vaporização do material congelado, graças à aproximação do Sol. O NÚCLEO e a COMA formam, juntos, a “cabeça” do cometa. As comas dos cometas podem atingir a extensão de até meio milhão de quilômetros a partir do núcleo. CAUDA: A cauda de um cometa, que pode se estender por milhões de quilômetros, é constituída pelos materiais desintegrados da superfície do NÚCLEO, formando uma trilha. O cometa possui duas caudas: uma de poeira, situada ao longo da sua trajetória orbital, que é arrancada e deixada para trás, à medida que se desloca no espaço, e outra de íons ou gás, sempre apontada na direção contrária ao Sol. Segundo consta em “A Gênese” (cap. VI, Uranografia Geral, itens 28 a 31), os cometas são denominados “astros errantes”, cuja natureza intrínseca é diversa da dos corpos planetários, não tendo por destinação, como estes, servir de habitação a humanidades. O papel dos cometas, embora modesto, é muito útil, pois estes servem de “exploradores” dos impérios solares. Como se vê, tudo tem uma utilidade na Natureza. Deus não criaria os cometas ou qualquer outra coisa inutilmente. A Gênese – Cap. IX, nº 12 – pág 119 Não cabe aos Espíritos revelar aos homens aquilo que eles podem descobrir por si mesmos.
  • 5. Cometa Halley – 1986 - 2062 Cometa Hale-Bopp – janeiro a abril de 1997 → Sonda Rosetta Após 12 anos coletando dados sobre o Sistema Solar, a sonda Rosetta terminou sua missão no dia 30 de setembro de 2016, quando colidiu com o cometa67P/Churyumov- Gersasimenko. Responsável pelo desenvolvimento da missão, a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou nesta semana uma série de registros em alta definição com as imagens captadas pela Rosetta em seus últimos momentos de operação. A Rosetta chegou ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (seu nome completo) em agosto de 2014, após uma viagem de mais de dez anos a partir da Terra. Por mais de dois anos, rondou esse imenso corpo estelar, acumulando mais de 100 mil imagens e leituras por instrumentos. Isso permitiu analisar de forma inédita o comportamento do cometa, sua estrutura e composição química. A sonda inclusive lançou um pequeno módulo até a superfície do cometa em novembro de 2014 para obter informações adicionais, um feito histórico na exploração espacial. Os dados da Rosetta serão analisados por décadas. A missão Rosetta permitiu avançar de maneira significativa no conhecimento dos cometas, especialmente no papel que esses pequenos corpos celestes do Sistema Solar desempenharam no surgimento da vida na Terra. 41. Pode um mundo completamente formado desaparecer e disseminar- se de novo no Espaço a matéria que o compõe? Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos. Comentários: As forças diretrizes da natureza é a única lei, primordial e geral que foi conferida ao universo para lhe assegurar eternamente a estabilidade. (A Gênese – cap. VI – Item 48) Toda matéria caminha para o perecimento. Ou seja, a matéria se desintegra para se transformar, se renovar. Ex: as estrelas – supernova, anã branca, estrela de nêutron, buraco negro Gênese – pág. 85 Miramez: A matéria, quanto mais velha - velha da forma que tomou - mais se aproxima da desintegração. O Espírito, quanto mais velho - velho de despertamento - mais se integra na juventude, e a sua consciência avança para o infinito. A evolução da alma é, pois, sem limites, transcendendo os limites que os homens compreendem. O espírito nunca perece.
  • 6. O espírito se renova também, transformando em bons os maus sentimentos que existiam. Vamos buscar essa transformação em nós, sabendo que tudo evolui, tudo caminha para a perfeição. 42. Poder-se-á conhecer o tempo que dura a formação dos mundos: da Terra, por exemplo? Nada te posso dizer a respeito,porque só o Criador o sabe e bem louco será quem pretenda sabê-lo, ou conhecer que número de séculos dura essa formação. Comentários: A idade da Terra foi calculada pelo método absoluto e indica que o nosso planeta tem 4,56 bilhões de anos, portanto bem mais velho do que os estudiosos antigos imaginavam. Porém, o registro mais antigo do planeta, determinado em cristais contidosem rocha,tem 4,4 bilhões (Austrália). A Terra está em constante mudança. Sua crosta está continuamente sendo criada, modificadae destruída(saiba mais sobre o ciclo das rochas). Como resultado, rochas que registram a história embrionária do planeta não foram encontradas e provavelmente não existem mais. Portanto, a idade da Terra não pode ser obtida diretamente de material terrestre. Então como saber que a Terra tem essa idade? Os cientistas presumem que todos os corpos do Sistema Solar se formaram na mesmaépoca,inclusive os meteoritos (provenientes do cinturão de asteroides). Sendo assim, como os meteoritos são corpos extraterrestres que caem na superfície da Terra, eles podem ser datados e sua idade é a mesma da formação do planeta, ou seja, 4,56 bilhões de anos. Esta idade foi determinada,pela primeira vez, por Claire Patterson em 1956, usando os isótopos de chumbo (Pb). Por estas considerações emanadas dos cientistas humanos, parece-nos razoável deduzirque os Espíritos foram humildes,ao reconhecerque somente o Criador sabe o número de séculos ou milênios que dura a formação dos mundos, aí incluída a Terra, sobretudo se levarmos em consideração que o FCU – Fluido Cósmico Universal, de onde se origina a matéria densa, é imponderável aos aparelhos humanos, conforme ensinam os Espíritos Superiores.
  • 7. 3.2 – FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS 43. Quando começou a Terra a ser povoada? No começotudo eracaos;os elementosestavam em confusão.Pouco apouco cada coisa tomou o seu lugar. Apareceram então os seres vivos apropriados ao estado do globo. Comentários: O surgimento dos seres vivos na terra data de bilhões de anos, sem que possamos nos certificardaverdadeira data pornos faltarem recursos para tais determinações. Porém, a geologia aliada à biologia e à paleontologia tem obtido informações através dos fósseis encontrados nas diversas partes do planeta. Até 2,5 bilhões de anos - Surgimento de organismos unicelulares (simples). De 2,5 bilhões de anos a 540 milhões de anos - Surgimento de organismos multicelulares, como, algas, liquens, musgos e bactérias. De 540 à 250 milhões de anos - Desenvolvimento de peixes,corais,moluscos, plantas terrestres (samambaias e coníferas),insetos, anfíbios e répteis (mais tarde – 350 milhões de anos atrás). De250 a65 milhões de anos -Desenvolvimento de plantas com flores,domínio dos dinossauros, primeiros mamíferos e aves. De 65 milhões de anos até hoje - Diversificação e desenvolvimento dos mamíferos, aparecimento do homem. 44. Donde vieram para a Terra os seres vivos? A Terra lhes continha os germens, que aguardavam momento favorável para se desenvolverem. Os princípios orgânicos se congregaram, desde que cessouaatuação da forçaque os mantinha afastados,e formaram os germens de todos os seres vivos. Estes germens permaneceram em estado latente de inércia, como a crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício ao surto de cada espécie. Os seres de cada uma destas se reuniram, então, e se multiplicaram. Comentários: O germe da vida foi colocado por Deus em toda a sua formação, que permaneceuem estado latente (oculto) até o momento adequado,quando as moléculas começam a se agrupar por afinidades.
  • 8. Explicam os Espíritos que a formação dos seres vivos segue as mesmas leis que regulam a formação das substâncias minerais, isto é, obediência às afinidades existentes entre seus elementos constitutivos e às leis das combinaçõesquímicas,acrescidas,do princípio vital, elemento que comunica aos vegetais e aos animais a vida orgânica, possibilitando-lhes o exercício de todas as funções vitais. Este assunto será abordado a partir da questão n. 60. Sobre a origem dos seres vivos na Terra, encontramos estudo detalhado no capítulo X de “A Gênese” A Gênese - Item 12 – pág. 125 A Gênese - Item 14 – pág. 126 Os germens são sistemas orgânicos minúsculos, em que potencialidades funcionais se encontram em estado latente (oculto), à espera de condições propícias de calor, umidade, meio nutritivo apropriado, para eclodirem, determinando o crescimento, o desenvolvimento e a multiplicação celular, de modo que surja do gérmen o embrião, e do embrião o ser completo. A Caminho da Luz – pág. 26 e 27. Não importa como veio ou de onde veio a vida no planeta, o que temos que ter em mente é que toda a formação da vida no planeta foi dirigida pela comunidade de espíritos puros, espíritos superiores, direcionados por Jesus, nosso querido Mestre e Diretor espiritual do nosso planeta, sempre obedecendo as leis criadas por Deus. Concluindo: A vida veio de Deus 45. Onde estavam os elementosorgânicos,antes da formação da Terra? Achavam-se, por assim dizer, em estado de fluido no Espaço, no meio dos Espíritos, ou em outros planetas, à espera da criação da Terra para começarem existência nova em novo globo. Allan Kardec: A Química nos mostra as moléculas dos corpos inorgânicos unindo-se para formarem cristais de uma regularidade constante, conforme cada espécie, desde que se encontrem nas condições precisas. A menor perturbação nestas condições basta para impedir a reunião dos elementos, ou, pelo menos, para obstar à disposição regularque constituio cristal.Por que não se daria o mesmo com os elementos orgânicos? Durante anos se conservam germens de plantas e de animais, que não se desenvolvem senão a uma certa temperatura e em meio apropriado. Têm-se visto grãos de trigo germinarem depois de séculos. Há, pois, nesses germens um princípio latente de vitalidade, que apenas espera uma circunstância favorável para se desenvolver. O que diariamente ocorre debaixo das nossas
  • 9. vistas, por que não pode ter ocorrido desde a origem do globo terráqueo? A formação dos seres vivos, saindo eles do caos pela força mesma da Natureza,diminuide alguma coisa a grandezade Deus? Longe disso: corresponde melhor à ideia que fazemos do Seu poder a se exercer sobre a infinidade dos mundos por meio de leis eternas. Esta teoria não resolve,é verdade,a questão da origem dos elementos vitais; mas, Deus tem Seus mistérios e pôs limites às nossas investigações. Comentários: Segundo a doutrina nos ensina, nossos sentidos ainda são incapazes de compreender os meandros da criação divina. Porém, os espíritos superiores nos informam que a formação da vida se deu com muito trabalho, de numerosas assembleias de operários espirituais, direcionados pelo nosso Grande Mestre Jesus. A Caminho da Luz – pág. 26 Ao criar o universo pela ação lenta e gradual das leis da natureza, Deus não se faz menor ou menos poderoso. Tudo começa pequeno para um dia se tornar grande, o que nos remete à inevitável conclusão de que há um Poder Supremo que planejou a Criação nos seus mínimos detalhes, planejamento esse que continua em curso e que, paulatinamente, vai nos fornecendo boas e grandes surpresas, à medida que trabalhamos e aprofundamos os estudos dessas leis. “Deus jamais deixou de criar” (Jo, 5,17), portanto, continua criando; e, os Espíritos (com “E” maiúsculo, isto é, o princípio inteligente individualizado), a partir de um dado momento que desconhecemos, atua como cocriador, coparticipe do ato majestoso do desenvolvimento dessa Criação. Respeitemos o trabalho desses irmãos mais velhos nos dando essa casa como habitat necessário e útilpara o nosso aprendizado,nossaevolução,para aprendermos a amar como ensinou o nosso grande Mestre, pois é através do amor que vamos construindo um novo reino. O Reino de Deus,onde haverá a plena felicidade. 46. Ainda há seres que nasçam espontaneamente? Sim, mas o gérmen primitivo já existia em estado latente. Sois todos os dias testemunhas desse fenômeno.Os tecidos do corpo humano e do dos animais não encerram os germens de uma multidão de vermes que só esperam,para desabrochar,a fermentação pútrida que lhes é necessáriaà existência? É um mundo minúsculo que dormita e se cria.
  • 10. Comentários: A pergunta revela que Kardec acreditava na teoria da geração espontânea. O pensador francês estava equivocado ao acreditar na geração espontânea como hipótese científica? Hoje,estaria. Naquela época,não, pois,em 1857,a teoria da geração espontânea ainda era uma hipótese plausível. O espírito entrevistado afirma que existe nascimento espontâneo,mas desde que haja um gérmen em estado latente. Ora, se existe um gérmen em estado latente, já não há geração espontânea. A espontaneidade a que necessariamente devemos nos referir é a de formação de animais mais evoluídos, e não a de surgimento de bactérias. Já nos encontramos em um mundo capaz de gerar pela espécie, dada à idade do planeta, na escala dos mundos. Toda análise da vida, em seus múltiplos aspectos, sem a consideração do elemento espiritual,perde a consistência,esbarrando o homem em obstáculos intransponíveis, pois a matéria não é capaz, por si mesma, de gerar seres vivos. 47. A espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos contidos no globo terrestre? Sim, e veio a seu tempo.Foi o que deu lugar a que se dissesseque o homem se formou do limo da terra. Comentários: Moisés se aproxima um tanto mais da verdade, dizendo que Deus formou o homem do limo da terra. De fato, a Ciência demonstra(cap. X) que o corpo do homem se compõe de elementos tomados à matéria inorgânica, ou, por outra, ao limo da terra. A Gênese – Capítulo VII – Item 11. A Gênese – pág. 131 – item 26 O esquema do corpo humano foi feito há bilhões de anos pelos espíritos superiores. Foram marcados de etapa a etapa os escalões evolutivos, para que o Espírito pudesse despertar mais depressa as qualidades que lhe dormem no fundo d'alma. Tudo foi feito com a perfeição dos que construíram, faltando apenas o despertamento dos valores. Nós enquanto seres eternos dacriação somos espíritos que fomoscriadospor Deus simples e ignorantes. Nos reencarnamos para que, através da necessidade do trabalho e da convivência, proporcione aprendizado e crescimento intelectual, moral e espiritual, sendo o corpo apenas um instrumento da Lei Divina que vai nos oferecer esse aprendizado e crescimento. A Gênese – pág. 132 – item 29
  • 11. 48. Poderemos conhecer a época do aparecimento do homem e dos outros seres vivos na Terra? Não; todos os vossos cálculos são quiméricos. Comentários: Não podemos determinar a época exata do surgimento do homem na Terra, nem dos seres vivos de forma geral. A evolução é um livro que vai se abrindo aos poucos, para aqueles que crescem pela força do progresso. O que se pode fazer é uma estimativa, como sempre. Muitas datas já foram demonstradas pelos cientistas, mas depois vem outras descobertas e mostram que elas estavam equivocadas. As datas reais se perdem nos arquivos da natureza. Lucy é um fóssil de Australopithecus afarensis de 3,2 milhões de anos, descoberto em 1974. Há mais ou menos 2,5 milhões de anos, andava sobre a Terra o homo habilis, que lembrava muito mais um macaco do que um homem. Mas bastou mais alguns milhões de anos para que surgisse o homo erectus, que era um “rascunho” do que somos hoje. Há mais ou menos 500 mil anos atrás, surgiu o homo neanderthalensis, que é considerado o primeiro ser humano como nós conhecemos hoje. É claro que eles foram extintos, dando lugar ao homo sapiens, que somos nós, mas devido as grandes semelhanças, podemos dizer que os neanderthalensis foram os primeiros humanos do planeta. De tal modo, há apenas 500 mil anos, surgiu o homem atual na Terra. E ninguém sabe até quando ele ainda vai durar, afinal, mesmo com toda tecnologia e avanços, a evolução não para e, provavelmente, daqui alguns milhares ou milhões de anos, nós seremos bem diferentes do que somos hoje. Somente sabemos que o homem é o ser mais novo na Terra. É a herança de gigantescos esforços da natureza, que vem subindo de degrau a degrau, assinalando a sua posição como tipo aprimorado no laboratório da vida. Se nos empenharmos somente em conhecer os primórdios dos nossos ancestrais, se somente nos preocuparmos com as ciências que nos levam a conhecero corpo físico,diminuiremos os nossos conhecimentos sobre aalma, dos quais tanto carecemos. Procuremos estudar o Espírito. 49. Se o gérmen da espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos do globo, por que não se formam espontaneamente homens, como na origem dos tempos? O princípio das coisas está nos segredos de Deus. Entretanto, pode dizer-se que os homens, uma vez espalhados pela Terra, absorvem em si mesmos os elementos necessários à sua própria formação, para os transmitir segundo as leis da reprodução. O mesmo se deu com as diferentes espécies de seres vivos.
  • 12. Comentários: A questão trata do homem matéria, pois o homem espírito é eterno. O aparecimento do homem na Terra não aconteceu diretamente, do gérmen a ele, sem as devidas escalas, sem as variadas formas organizadas pelas inteligências superiores.Há um progresso em tudo que existe, cuja força vem de Deus, que comanda tudo por intermédio de seus filhos maiores, encarregados do aperfeiçoamento de todas as coisas. Já paraste para meditar na transformação de um protozoário unicelular, pelas mãos do tempo e de Deus, a se expressar em um homem da atualidade? Já pensaste também nos caminhos percorridos? Todos os cálculos de tempo feitos estão sujeitos a reparos, porque a distância é muito grande. É um verdadeiro mistério, dentro dos mistérios maiores. Depois que os corpos, tanto dos homens quanto dos animais de todas as ramificações, tomam as posições desejadas, a forma delineada pelos engenheiros siderais, neles mesmos contém a semente da continuação da espécie, que prolifera em todas as direções. Quem acredita na evolução das espécies e estuda o assunto com profundidade, passa a entender e sentir a mão divina, em todas as nuances da vida. Do gérmenao homem há uma escaladaque devemos todos estudar,examinar os nossos ancestrais, sem esquecer do fundamento das nossas vidas, que é Deus, cumprindo aquilo que Jesus nos pede:amá-Lo sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
  • 13. 3.3 – POVOAMENTO DA TERRA. ADÃO 50. A espécie humana começou por um único homem? Não; aquele a quem chamais Adão não foi o primeiro, nem o único a povoar a Terra. Comentários: Na bíblia, no livro de Gênesis nós temos o mito de Adão e Eva, como sendo Adão criado por Deus, do limo da Terra e Eva criada depois a partir de uma parte da costela de Adão. Não dá para interpretar ao pé da letra, pois isso é uma representação, uma linguagem simbólica, uma alegoria. No livro Gênesis, capítulo 4, a partir do versículo 16 narra Adão e Eva como os primeiros seres humanos a existirem na Terra tiveram dois filhos: Abel e Caim. Caim matou Abel e para fugir da face de Deus e daqueles que queriam mata-lo foipara o país de Nod ao oriente do Édem.Depois ele se casounessa cidade e teve um filho chamado Henoc, que mais tarde edificou uma cidade colocando nela o nome do seu filho Henoc. De onde veio a esposa de Caim? Ele estava fugindo de quem? Quem eram os habitantes dessa cidade que ele edificou? Portanto, há incoerências nas informações,principalmente,se analisarmos ao pé da letra. No estado atual dos conhecimentos, não é admissível a doutrina segundo a qual todo gênero humano procede de uma individualidade única. Do ponto de vista fisiológico, algumas raças apresentam tipos particulares, que não permite que lhes assinale origem comum.Há diferenças que não são simples efeitos do clima, pois que os brancos que se reproduzem nos países dos negros não se tornam negros e reciprocamente.O sol pode tostar a pele, mas nunca transformará um branco em negro, ou lhe dará as formas físicas características daqueles. A cor do negro provém de um ácido próprio, subcutâneo, peculiar à espécie. Há que considerar as raças negras, mongólicas, caucásicas, como tendo origem própria, nascida simultânea ou sucessivamente em diversas partes do globo. O cruzamento delas produziu as raças mistas, secundárias. Os caracteres fisiológicosdas raças primitivas constituem indício evidente de que elas procedem de tipos especiais.As mesmas consideraçõesse aplicam tanto aos homens, como aos animais, no que concerne à pluralidade dos troncos. → Raça adâmica – A Caminho da Luz, pág. 33
  • 14. 51. Poderemos saber em que época viveu Adão? Mais ou menos na que lhe assinais: cerca de 4.000 anos antes do Cristo. Allan Kardec:O homem,cuja tradiçãose conservou sob o nomede Adão, foi dos que sobreviveram, em certa região, a alguns dos grandes cataclismosque revolveramem diversas épocasa superfíciedo globo,e se constituiu tronco de uma das raças que atualmenteo povoam.As leis da Natureza se opõem a que os progressos da Humanidade, comprovados muito tempo antes do Cristo, se tenham realizado em alguns séculos, como houvera sucedido se o homem não existisse na Terra senão a partir da época indicadaparaa existência de Adão.Muitos, com mais razão, consideram Adão um mito ou uma alegoria que personifica as primeiras idades do mundo. Comentários: Não existiu um Adão, como pessoabíblica,sendo a primeira pessoaa habitar a Terra. Mas provavelmente, Adão, um homem que se tornou o tronco de uma civilização, que por certo com posses e uma boa liderança, tornou-se uma pessoa famosa, criando assim o mito que se espalhou por toda a Terra que seria ele o primeiro ser humano a habitar o nosso planeta. É a forma que naquele momento histórico a sociedadecom seunível intelecto do período seria capaz de compreender a criação. Não se poderia exigir que compreendessem a realidade do espírito eterno que somos, que espíritos de outro orbe viriam auxiliar no desenvolvimento das civilizações aqui nascentes. Não conseguiriam compreenderas questões transcendentais. Então criou-se o mito que durante muitos séculos perdurou com a verdade. A ciência já desmistificouisso,demonstrando aimpossibilidade de em apenas quatro a seis milanos ocorrertodo o desenvolvimento do serhumano e demais seres vivos. Cientistas sempre encontram fósseis ou ossadas de seres humanos que viveram há milhares de anos atrás. Portanto, as civilizações são muito anteriores ao mito Adão. O corpo do ser humano veio modificando ao longo do tempo e, com certeza, modicará pelo futuro afora. Assim como toda a sociedade vai se modificando e desenvolvendo as tecnologias em todos os setores. Enfim, pode ter existido a figura de uma pessoachamada Adão que por ser o tronco de uma sociedade, provavelmente, detentor de posses e um grande líder foi tido como o início de tudo e a lenda foi caminhando por várias gerações, chegando até os dias de hoje.
  • 15. 3.4 – DIVERSIDADE DAS RAÇAS HUMANAS 52.Donde provêm as diferenças físicase moraisquedistinguem as raças humanas na Terra? Do clima, da vida e dos costumes. Dá-se aí o que se dá com dois filhos de uma mesma mãe que, educados longe um do outro e de modos diferentes, em nada se assemelharão, quanto ao moral. Comentários: A diversidade em toda a criação de Deus é mostra de Sua inteligência soberana. A beleza que constitui as coisas do Senhor está nas variações sem perda da harmonia, que sublimam todos os ritmos. → Isolamento – Países europeus – China – Cuiabá Em se falando do Espírito encarnado,as diferenças físicas vêm davontade do Criador, que certamente achou melhor que assim fosse,para a nossa própria alegria O corpo de carne é, pois, obediente às leis físicas, bem como atende às heranças do empréstimo biológico.Tudo que existe naTerra foiidealizado nos planos do Espírito por engenheiros siderais, que copiam e entendem a lei de Deus, executando sempre a Sua vontade. Se existe diversidade no mundo físico, muito mais no mundo moral de cada criatura. O Senhor assegurou para tais diversidades os climas correspondentes, criando a lei da afinidade para sustentar assim aquilo que deveria ser. Deixou para o homem alguma coisa a ser feita, no sentido de que ele pudesse cooperarnessas mudanças,formando novos tipos de acasalamento de etnias diferentes,como também animais e plantas, dando novas cores às belezas já estabelecidas pela Divindade. Fomos criados por Deus enquanto espíritos eternos que somos, simples e ignorantes e iniciamos a nossa escalada evolutiva. Mas Deus nos deu a missão de trilhar em busca da nossa felicidade e nos deu também o livre arbítrio para que possamos fazeras nossas próprias escolhas.Nós diferimos uns dos outros quanto à moral, quanto aos costumes, quanto à forma de ser e de ver a vida. Portanto, quando ao nascer já trazemos a herança de tudo aquilo que aprendemos, realizamos e fomos nas reencarnações anteriores e também as nossas experiências obtidas na erraticidade.
  • 16. 53. O homem surgiu em muitos pontos do globo? Sim e em épocas várias, o que também constitui uma das causas da diversidade das raças. Depois,dispersando-se os homens porclimas diversos e aliando-se os de uma aos de outras raças, novos tipos se formaram. 53.a) - Estas diferenças constituem espécies distintas? Certamente que não; todos são da mesma família. Porventura as múltiplas variedades de um mesmo fruto são motivo para que elas deixem de formar uma só espécie? Comentários: Hoje o termo raça não é muito utilizado, pois há muitas controvérsias no meio científico, sendo levado mais para o lado social e cultural. O termo mais utilizado na atualidade é população. O ser humano apareceu em diversas épocas e em diversas partes do globo terrestre e depois foi feita a miscigenação, através da dispersão pelo planeta onde foram se encontrando e os diversos povos foram se misturando. Todos os humanos encarnados pertencem à mesma espécie (Homo sapiens) e subespécie (Homo sapiens sapiens). As diferenciações dos povos não fazem espécies distintas: o negro da África subsaariana, o negro da Oceania, o branco da Europa,do Magreb e do Oriente Médio, o amarelo asiático, o indígena americano, o pigmeu da floresta africana. Portanto, cada grupo populacional faz parte de uma única espécie que é do serhumano e todos nós somos espíritos eternosque habitamos esses corpos. Hoje aquele que encarnado pertence a determinado grupo populacional, na próxima reencarnação poderáanimar um corpo de outro grupo populacionala fim de buscar seu aprimoramento com novas experiências. Ex: A manga, o cachorro. Os diferentes povos foram feitos para se mesclarem, e essa disposição foi entregue aos homens. E nesse cruzamento surge a fraternidade e o respeito entre todos, como também o perdão e o amor. O comércio,que hoje se estende portodas as nações da Terra, é para que os homens se confraternizem e sintam o mesmo valor em outros povos. É bom que vejamos que a natureza não se esqueceu de guardar valores na superfície e no seio do solo de uma nação; que propiciou faculdades de trabalho a determinados povos, coisa que outros encontram dificuldades de execução. E tudo isso, para que se processassem as trocas, muito comuns entre os povos, e com isso, a convivência altamente necessária ao
  • 17. despertamento do amor ao próximo, tão falado no Evangelho e necessário à paz entre as nações. 54. Pelo fato de não proceder de um só indivíduo a espécie humana, devem os homens deixar de considerar-se irmãos? Todos os homens são irmãos em Deus, porque são animados pelo espírito e tendem para o mesmo fim. Estais sempre inclinados a tomar as palavras na sua significação literal. Comentários: Devemos entender que não somos corpos que temos um espírito. Nós somos espírito. Nós habitamos o corpo como instrumento divino paravivermos no planeta para propiciar o nosso aprendizado e a nossa evolução enquanto espíritos eternos que somos. Todos nós, como espíritos, fomos criados por Deus simples e ignorantes. Todos nós temos a mesma origem e teremos o mesmo destino. Se somos filhos do mesmo pai, logicamente, somos todos irmãos. Ninguém vive à parte do criador. Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. Mateus 23:8-10
  • 18. 3.5 – PLURALIDADE DOS MUNDOS 55. São habitados todos os globos que se movem no espaço? Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm por espíritos muito fortes e que imaginam pertencera este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que só para eles criou Deus o Universo. Allan Kardec: Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência.Acreditar que só os haja no planeta que habitamosfora duvidarda sabedoria de Deus,que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há de ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista.Aliás,nada há, nem na posição,nem no volume,nem na constituiçãofísica da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes. Comentários: Não há vazio no Universo. Vivemos em um dos menores planetas. O nosso Sol é uma estrela de 5.ª grandeza, portanto não é das maiores. Nosso sistema solar está na Via Láctea, ocupando um pequeno lugar na extremidade dessa galáxia. A Via Láctea é uma entre os bilhões de galáxias espalhadas pelo Universo. Para atravessá-la de uma extremidade a outra, levaríamos cerca de 100.000 anos na velocidade da luz (300.000 km/s). Nossa ciência ainda está muito longe de conhecer a magnitude da criação. É muita presunção imaginar que apenas a Terra abriga vida inteligente. Há muitas moradas na casa de meu pai – João 14,2 A vida pulsa, a vida brilha em todos os lugares da criação para a glória de Deus. Exemplos: Júpiter Segundo Palissy, a temperatura é sempre igual, suave e temperada. As plantas têm analogia com as nossas, mas são mais belas. Toda a natureza é mais etérea, inclusive a água. A forma corporal dos habitantes é a mesma que a nossa, embora maiores, mais belos, sendo a sua beleza o reflexo da beleza e virtuosidade dos seus Espíritos. A matéria que compõe os corpos é
  • 19. menos densa, o que lhes permite transportarem-se de um lugar para outro, sem ficarem presos ao solo. A comunicação é feita pelo pensamento. A base da alimentação dos habitantes é puramente vegetal, sendo uma parte absorvida do meio ambiente, do qual aspiram as emanações. A duração média de vida é mais longa, mais ou menos cinco séculos e não existem as doenças a oprimir o Homem. Este conserva a sua superioridade intelectual na infância e na velhice. Revista de abril de 1858, Conversa com o Espírito Bernard Palissy (oleiro do Séc. XVI) Livro dos Espíritos, pág. 87 – Comentário (1) Se alguém que não conhecesse a Terra tivesse uma visão de todas as casas nela construídas, e perguntasse se todas elas são habitadas por seres humanos, o que responderíamos? - "Certamente, que nem todas. Muitas delas estão desabitadas; outras foram feitas com determinados objetivos que não o de moradia; outras serão destruídas por já terem cumprido suas missões"... e, assim, sucessivamente. O mesmo se dá com os mundos que circulam no universo de Deus. Nem todos são habitados, por seres humanos, por formas visíveis. A lógica nos leva a essarealidade, constatada durante nossoaprendizado, nas oportunidades de visitar alguns mundos desabitados, estudando a missão dos mesmos em outros rumos da harmonia divina, quando tivemos a ventura de constatar mundos habitados por seres com aparência idêntica à dos companheiros da Terra, uns mais adiantados, outros mais atrasados. É bom que salientemos que não existe algo inútil no seio da criação, pois, se Deus é a Inteligência Suprema, como iria fazer coisas sem proveito? Isso não cabe na mente do homem dotado de raciocínio e dominado pelo saber. (Miramez) 56. É a mesma a constituição física dos diferentes globos? Não; de modo algum se assemelham. Comentários: A constituição físicados mundos que circulam no universo apresentaalgumas diferenças, principalmente naqueles que não são da mesma idade sideral. A maturidade é que modifica a sua composição. A matéria primitiva é a mesma em todos os mundos (o fluído cósmico universal). A ciência, através das pesquisas que realiza nos planetas vizinhos nos tem mostrado que são encontrados neles,segundoseusaparelhos de observação, elementos que existem na Terra e, certamente, outros que escapam às sensibilidades dos instrumentos dos homens. Os próprios cientistas revelam as diferenças na atmosfera, umas mais pesadas, outras rarefeitas, as diferenças na gravidade e a liberdade que têm os raios cósmicos,pornão encontrarem a camada protetorade ozônio, de que a Terra foimerecedora,a falta de mares e, consequentemente,de vegetação, não sendo constatada a presença dos animais.
  • 20. Cada mundo é adequado a uma finalidade e que os Espíritos que os habitam têm características peculiares,emboraalei geral de equilíbrio e finalidade seja a mesma, portanto, as condições de vida também em nada se assemelham. Acostumados,comoestamos,ajulgar ou fazeruma ideiade outras habitações pelos referenciais que possuímos, fica-nos difícil plasmar, imaginar outras condiçõesde vida, diferentes dos referenciais que possuímos,das regras que conhecemos na Terra. Entretanto, há produção de variedade infinita, de atividade sem par na qual a Natureza age conforme os lugares,os tempos e as circunstâncias, sendo uma harmonia geral, mas múltipla em suas produções. 57. Não sendo uma só para todos a constituição física dos mundos, seguir-se-á tenhamorganizações diferentes os seres que os habitam? Sem dúvida, do mesmo modo que no vosso os peixes são feitos para viver na água e os pássaros no ar. Comentários: Os Espíritos falam da casa do Pai como o Universo, com diferentes moradas que circulam no espaço infinito e oferecem aos Espíritos, moradas, estágios apropriados ao seu adiantamento. Os diversos mundos apresentam-se em condições muito diferentes uns dos outros, estando em relação com o grau de adiantamento ou inferioridade de seus habitantes. Portanto, as organizações sociais e o modo de viver dos seus habitantes são bem diferentes, em conformidade com suas necessidades físicas e morais. Podemosdizer que há mundos inferiores à Terra, físicae moralmente; outros estão no mesmo grau e outros ainda superiores em todos os aspectos. Não podemos fazer uma classificação absoluta das categorias dos mundos habitados, mas Kardec nos oferece uma que nos permite uma visão geral sobre o assunto: (Evangelho, cap. III)  Mundos primitivos – destinados às primeiras encarnações da alma humana, a vida, toda material, se limita à luta pelasubsistência,o senso moral é quase nulo e, por isso mesmo,as paixões reinam soberanas. Com homens bem animalescos,vivendo quase que exclusivamente segundo seus instintos, cada um por si, e somente após um algum desenvolvimento da razão, começam perceber o outro como um indivíduo igual a ele; A Terra já passou por essa fase.  Mundos de provas e expiação – caracterizado pela ação do mal, como dominante. Conhecidos por nós, pois a Terra é um deles, onde o mal
  • 21. predominae o bem encontra dificuldade para agir. Razão por que vivemos em meio a tantas misérias.  Mundos regeneradores – ainda haverá neles, ação do mal, porém, o bem já é a força maior. As almas que ainda têm débitos a expiar, haurem novas forças, repousando das fadigas da luta. Todavia essa expiação já não é feita com tanta angústia e sofrimento como na Terra, visto que seus habitantes a compreendem como libertação de um passado de ignorância e faltas contra seus irmãos. Expiam-nas com alegria, no exercício do bem a todos;  Mundos felizes – São os planetas onde o bem supera o mal, tornando- se o viver pleno de realizações nobres,em gozos espirituais que nós, homens da Terra nem temos condições de avaliar, e, por isso, a felicidade impera.  Mundos celestes ou divinos – moradas dos espíritos purificados, já totalmente libertos da matéria, onde exclusivamente reina o bem, visto que todos que aí vivem já alcançaram o cume da sabedoria e da bondade. O Espírito não se liga indefinidamente aum mundo e nem cumprem nele todas as fases progressivas que devem percorrer para atingir a perfeição. Quando atingem, num mundo, o grau de adiantamento que o mesmo comporta,passam para mundos mais avançados e assim sucessivamente até o ponto em que, fruto do trabalho pessoal, se tornam Espíritos puros. Cada mundo, portanto, oferece elementos de progresso, proporcional ao adiantamento moral. Se nos encontrarmos num planeta onde a alimentação dos seus habitantes é rarefeita, onde eles já não precisam mais dos pesados manjares dos homens na Terra, é lógico que a organização fisiológica tem de ser diferente, por não precisarem mais de certos órgãos como estômago, intestinos, etc. Se uma civilização planetária já enxerga sem usar os olhos, é desnecessário esse instrumento da visão, que se atrofiará com o tempo, desabrochando outro sentido que se sobrepõe aos olhos com maior riqueza de detalhes. O mundo tem a forma que lhe cabe pela sua própria evolução, e isso não altera nada nas leis naturais; antes, as embeleza em todos os sentidos. Queremos dizer que a gênese em todos os globos do universo é a mesma, movida pela mesma lei; no entanto, o tempo e o espaço requerem dela mudanças engenhosas; também o Espírito é o mesmo, só que nos graus de ascensão se afiguram grandes diferenças. (Miramez) Será terrível, e entendido como castigo prolongar sua estada num mundo infeliz ou ser relegado aum mundo inferior, quando obstinados no mal. Passar para um mundo mais adiantado será, sempre, para o Espírito, alegria e recompensa. 58.Os mundos mais afastados do Solestarão privados de luz e calor,por motivo de esse astro se lhes mostrar apenas com a aparência de uma estrela?
  • 22. Pensais então que não há outras fontes de luz e calor além do Sol e em nenhuma conta tendes a eletricidade que, em certos mundos, desempenha um papel que desconheceis e bem mais importante do que o que lhe cabe desempenharna Terra? Demais,não dissemos que todos os seres são feitos de igual matéria que vós outros e com órgãos de conformação idêntica à dos vossos. Allan Kardec: As condições de existência dos seres que habitam os diferentes mundos hão de ser adequadas ao meio em que lhes cumpre viver. Se jamais houvéramos visto peixes, não compreenderíamos pudesse haver seres que vivessem dentro d’água. Assim acontece com relação aos outros mundos, que sem dúvida contêm elementos que desconhecemos. Não vemos na Terra as longas noites polares iluminadas pela eletricidade das auroras boreais? Que há de impossível em ser a eletricidade,nalgunsmundos,mais abundante do que na Terra e desempenhar neles uma função de ordem geral, cujos efeitos não podemos compreender? Bem pode suceder, portanto, que esses mundos tragam em si mesmos as fontes de calor e de luz necessáriasa seus habitantes. Comentários: Somos habituados a identificar, aceitar o que conhecemos e daquilo que escapa à percepção de nossos cinco sentidos, compreendemos ou somos abertos a compreender muito pouco. Possível, portanto, é que em outras dimensões vibratórias, outros mundos, o fluido cósmico possua propriedades, seja suscetível de combinações, das quais não temos condição nem de fazerideia;que produza efeitos apropriados a necessidades que desconhecemos, dando lugar a percepções novas ou a outras formas ou modos de percepção. Essas inúmeras forças,indefinidamente variadas segundo as combinações da matéria, diversificadas em seu modo de ação segundo as circunstâncias e os meios,são conhecidas na Terra com o nome de gravidade, coesão,afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa. Os movimentos vibratórios são aqui conhecidos, sob o nome de som, luz, calor etc. Em outros mundos, apresentam-se sob outros aspectos; revelam características desconhecidas por nós. Assim, como há só uma substância simples, primitiva, geradora de todos os corpos,diversificadaem suas combinações,também essas forças dependem de uma lei universal diversificada em seus efeitos e que, pelos desígnios eternos, imprimem harmonia e estabilidade ao Universo. Os diversos mundos são fisicamente diferentes,adaptados às condições dos seres que ali habitam, de acordo com o seu estágio evolutivo.
  • 23. Sempre haverá mundos mais próximos e mais distantes das estrelas em que gravitam em seu entorno. Não podemosafirmarque todas as formas de vidanecessitem exclusivamente da luz e do calor proporcionado pela estrela de que depende. Ex: animais e plantas nas profundezas oceânicas que não dependemda luz e calor solar. Deus nos provê de todas as nossas necessidades. Ninguém é privado das bênçãos de Deus. Todos nós recebemos o que necessitamos para viver. É de raciocínio comum que não podemos dizer que onde não há calor não existe vida, que onde falta a luz visível, escapa a inteligência. Os recursos da Divindade são inumeráveis, os Espíritos tomam corpos diferentes nos diferentes mundos em que habitam. Há almas que pouco dependem do exterior; elas vivem na própria luz que as circunda. Deus fez de tudo com abundância, dependendo das inteligências procurarem ser obedientes às Suas leis. Cada globo se apresenta na escala dos planetas com diferenças inumeráveis, no tempo e no espaço, por motivos diversos, e essas diferenças é que tornam o universo em harmonia e beleza indescritíveis. (Miramez)
  • 24. 3.6 – CONSIDERAÇÕES E CONCORDÂNCIAS BÍBLICAS CONCERNENTES À CRIAÇÃO Allan Kardec: 59. Os povos hão formado ideias muito divergentes acerca da Criação, de acordo com as luzes que possuíam. Apoiada na Ciência, a razão reconheceu a inverossimilhança de algumas dessas teorias. A que os Espíritos apresentam confirma a opinião de há muito partilhada pelos homens mais esclarecidos. A objeção que se lhe pode fazer é a de estar em contradiçãocom o texto dos livros sagrados. Mas, um exame sério mostrará que essa contradição é mais aparente do que real e que decorre da interpretação dada ao que muitas vezes só tinha sentido alegórico. A questão de ter sido Adão, como primeiro homem, a origem exclusiva da Humanidade, não é a única a cujo respeito as crenças religiosas tiveram que se modificar. O movimento da Terra pareceu, em determinada época,tão em oposição às letras sagradas,que não houve gênero de perseguições a que essa teoria não tivesse servido de pretexto, e, no entanto, a Terra gira, mau grado aos anátemas, não podendo ninguém hoje contestá-lo, sem agravo à sua própria razão. Diz também a Bíblia que o mundo foi criado em seis dias e põe a época da sua criação há quatro mil anos, mais ou menos, antes da era cristã. Anteriormente, a Terra não existia; foi tirada do nada: o texto é formal. Eis,porém,que a ciência positiva,a inexorávelciência,provao contrário. A história da formação do globo terráqueo está escrita em caracteres irrecusáveis no mundo fóssil, achando-se provado que os seis dias da criação indicam outros tantos períodos, cada um de, talvez, muitas centenasde milharesde anos.Isto não é um sistema,uma doutrina,uma opinião insulada; é um fato tão certo como o do movimento da Terra e que a Teologia não pode negar-se a admitir, o que demonstra evidentemente o erro em que se está sujeito a cair tomando ao pé daletra expressões de uma linguagem frequentemente figurada. Dever-se-á daí concluir que a Bíblia é um erro? Não; a conclusão a tirar-se é que os homens se equivocaram ao interpretá-la. Escavando os arquivos da Terra, a Ciência descobriu em que ordem os seres vivoslhe apareceram na superfície,ordem que está de acordocom o que diz a Gênese, havendo apenas a notar-se a diferença de que essa obra,em vez de executada milagrosamente por Deusem algumas horas, se realizou, sempre pela Sua vontade, mas conformemente à lei das forças da Natureza, em alguns milhões de anos. Ficou sendo Deus, por isso, menor e menos poderoso?Perdeu em sublimidadea Sua obra,por não ter o prestígio da instantaneidade?
  • 25. Indubitavelmente, não. Fora mister fazer-se da Divindade bem mesquinha ideia, para se não reconhecer a sua onipotência nas leis eternas que ela estabeleceu para regerem os mundos. A ciência, longe de diminuir a obra divina, no-la mostra sob aspecto mais grandioso e mais acordecom as noções que temosdo poder e da majestade de Deus, pela razão mesma de ela se haver efetuado sem derrogação das leis da Natureza. De acordo, neste ponto, com Moisés, a Ciência coloca o homem em último lugar na ordem da criação dos seres vivos.Moisés,porém,indica, como sendo o do dilúvio universal, o ano 1654 da formação do mundo, ao passo que a Geologia nos aponta o grande cataclismo como anterior ao aparecimento do homem, atendendo a que, até hoje, não se encontrou, nas camadas primitivas, traço algum de sua presença, nem da dos animais de igual categoria, do ponto de vista físico. Contudo, nada prova que isso seja impossível. Muitas descobertas já fizeram surgir dúvidas a tal respeito. Pode dar-se que, de um momento para outro, se adquira a certeza material da anterioridade da raça humana e então se reconhecerá que, a esse propósito, como a tantos outros, o texto bíblico encerra uma figura. A questão está em saber se o cataclismo geológico é o mesmo a que assistiu Noé. Ora, o tempo necessário à formação das camadas fósseis não permite confundi-los e, desde que se achem vestígios da existência do homem antes da grande catástrofe,provado ficará,ou que Adão não foi o primeiro homem,ou quea sua criaçãose perde na noite dostempos. Contra a evidência nãohá raciocíniospossíveis; forçoso será aceitar-se esse fato,como se aceitaram o do movimento da Terra e os seis períodos da Criação. A existência do homem antes do dilúvio geológico ainda é, com efeito, hipotética. Eis aqui, porém, alguma coisa que o é menos. Admitindo-se que o homem tenha aparecido pela primeira vez na Terra 4.000 anos antes do Cristo e que, 1650 anos mais tarde, toda a raça humana foi destruída, com exceção de uma só família, resulta que o povoamento da Terra data apenas de Noé, ou seja: de 2.350 anos antes da nossa era.Ora,quando os hebreusemigraram parao Egito,no décimo oitavo século, encontraram esse país muito povoado e já bastante adiantado em civilização.A História prova que,nessa época,as Índias e outros paísestambém estavam florescentes,sem mesmose ter em conta a cronologia de certos povos, que remonta a uma época muito mais afastada. Teria sido preciso, nesse caso, que do vigésimo quarto ao décimo oitavo século,isto é, que num espaço de 600 anos,não somente a posteridade de um único homem houvesse podido povoar todos os imensos países então conhecidos,suposto que os outros não o fossem, mas também que, nesse curto lapso de tempo, a espécie humana houvesse podido elevar-se da ignorância absoluta do estado primitivo
  • 26. ao mais alto grau de desenvolvimento intelectual, o que é contrário a todas as leis antropológicas. A diversidade das raças corrobora, igualmente, esta opinião, O clima e os costumes produzem,é certo,modificaçõesno caráterfísico; sabe-se, porém,até onde pode ir a influência dessascausas.Entretanto,o exame fisiológico demonstra haver, entre certas raças, diferenças constitucionais mais profundas do que as que o clima é capaz de determinar.O cruzamentodas raças dá origem aos tipos intermediários. Ele tende a apagar os caracteres extremos, mas não os cria; apenas produz variedades. Ora, para que tenha havido cruzamento de raças, preciso era que houvesse raças distintas. Como, porém, se explicará a existência delas, atribuindo-se-lhes uma origem comum e, sobretudo, tão pouco afastada? Como se há de admitir que, em poucos séculos, alguns descendentes de Noé se tenham transformado ao ponto de produzirem a raça etíope, por exemplo? Tão pouco admissível é semelhante metamorfose, quanto a hipótese de uma origem comum para o lobo e o cordeiro,para o elefante e o pulgão, para o pássaro e o peixe.Ainda uma vez: nada pode prevalecer contraa evidência dos fatos. Tudo, ao invés, se explica, admitindo-se: que a existência do homem é anteriorà épocaem que vulgarmente se pretende que ela começou; que diversas são as origens; que Adão, vivendo há seis mil anos,tenha povoado uma região ainda desabitada; que o dilúvio de Noé foi uma catástrofe parcial, confundida com o cataclismo geológico; e atentando-se, finalmente, na forma alegórica peculiar ao estilo oriental,forma que se nos deparanos livros sagradosde todos os povos. Isto faz ver quanto é prudente não lançar levianamente a pecha de falsas a doutrinas que podem, cedo ou tarde, como tantas outras, desmentir os queas combatem.As ideias religiosas,longe de perderem alguma coisa,se engrandecem,caminhando de par com a Ciência.Esse o meio único de não apresentarem lado vulnerável ao cepticismo.
  • 27. REFERÊNCIAS: KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2018. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. TERRA,Lygia (et. Al). Conexões:Estudosde Geografia Gerale do Brasil. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2010, vol. 2. Capítulo 8: Estruturas, formas terrestres e atividade mineradora, pág. 128 a 131. XAVIER,Chico. A Caminho da Luz. 21ª ed. Rio de Janeiro: FEB,1995. Pelo Espírito Emmanuel. https://www.bibliaonline.com.br/ https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl