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REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
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A GENESE - ALLAN KARDEC
VIDE PRINCIPALEMENTE CAPITULO VI – URANOLOGIA
GERAL POR GALILEU GALILEI
Um princípio elementar e que, de tão verdadeiro,
passou a axioma é o de que todo efeito inteligente
tem que decorrer de uma causa inteligente.
Sendo Deus a causa primária de todas as coisas, a
origem de tudo o que existe, a base sobre que
repousa o edifício da criação, é também o ponto
que importa consideremos antes de tudo.
A providência é a solicitude de Deus para com as
suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a
tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É
nisto que consiste a ação providencial.
Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra
os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica
primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe
inerentes as forças que presidiram às metamorfoses
da matéria, as leis imutáveis e necessárias que
regem o mundo.
Existindo, por sua natureza, desde toda a
eternidade, Deus criou desde toda eternidade e não
poderia ser de outro modo, visto que, por mais
longínqua que seja a época a que recuemos, pela
imaginação, os supostos limites da criação, haverá
sempre, além desse limite, uma eternidade –
ponderai bem esta ideia, uma eternidade durante a
qual as divinas hipóstases, as volições infinitas
teriam permanecido sepultadas em muda letargia
inativa e infecunda, uma eternidade de morte
aparente para o Pai eterno que dá vida aos seres;
de mutismo indiferente para o Verbo que os
governa; de esterilidade fria e egoísta para o
Espírito de amor e vivificação.
Hipóstases = existência individual, persona,
o individuo de uma natureza racional,
Pessoa, princípios e realidades divinas.
O começo absoluto das coisas remonta, pois, a
Deus. As sucessivas aparições delas no domínio da
existência constituem a ordem da criação perpétua.
OS SÓIS E OS PLANETAS
Sucedeu que, num ponto do Universo, perdido
entre as miríades de mundos, a matéria cósmica se
condensou sob a forma de imensa nebulosa,
animada esta das leis universais que regem a
matéria.
Em virtude dessas leis, notadamente da força
molecular de atração, tomou ela a forma de um
esferoide, a única que pode assumir uma massa de
matéria insulada no espaço.
O movimento circular produzido pela gravitação,
rigorosamente igual, de todas as zonas moleculares
em direção ao centro, logo modificou a esfera
primitiva, a fim de a conduzir, de movimento em
movimento, à forma lenticular.
FALAMOS DO CONJUNTO DA NEBULOSA.
Novas forças surgiram em consequência desse
movimento de rotação: a força centrípeta e a força
centrífuga, a primeira tendendo a reunir todas as
partes no centro, tendendo a segunda a afastá-las
dele.
Ora, acelerando-se o movimento, à medida que a
nebulosa se condensa, e aumentando o seu raio, à
medida que ela se aproxima da forma lenticular, a
força centrífuga, incessantemente desenvolvida por
essas duas causas, predominou de pronto sobre a
atração central.
Assim como um movimento demasiado rápido da
funda lhe quebra a corda, indo o projetil cair longe,
também a predominância da força centrífuga
destacou o circo equatorial da nebulosa e desse
anel uma nova massa se formou, isolada da
primeira, mas, todavia, submetida ao seu império.
Aquela massa conservou o seu movimento
equatorial que, modificado, se lhe tornou
movimento de translação em torno do astro solar.
Ao demais, o seu novo estado lhe dá um
movimento de rotação em torno do próprio centro.
A nebulosa geratriz, que deu origem a esse novo
mundo, condensou-se e retomou a forma esférica;
mas, como o primitivo calor, desenvolvido por seus
diversos movimentos, só com extrema lentidão se
atenuasse, o fenômeno que acabamos de descrever
se reproduzirá muitas vezes e durante longo
período, enquanto a nebulosa não se haja tornado
bastante densa, bastante sólida, para oferecer
resistência eficaz às modificações de forma, que o
seu movimento de rotação sucessivamente lhe
imprime.
Ela, pois, não terá dado nascimento a um só astro,
mas a centenas de mundos destacados do foco
central, saídos dela pelo modo de formação
mencionado acima. Ora, cada um de seus mundos,
revestido, como o mundo primitivo, das forças
naturais que presidem à criação dos universos
gerará sucessivamente novos globos que desde
então lhe gravitarão em torno, como ele,
juntamente com seus irmãos, gravita em torno do
foco que lhes deu existência e vida.
Cada um desses mundos será um Sol, centro de um
turbilhão de planetas sucessivamente destacados
do seu equador.
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
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Esses planetas receberão uma vida especial,
particular, embora dependente do astro que os
gerou.
Os planetas são, assim, formados de massas de
matéria condensada, porém, ainda não solidificada,
destacadas da massa central pela ação de força
centrífuga e que tomam, em virtude das leis do
movimento, a forma esferoidal, mais ou menos
elíptica, conforme o grau de fluidez que
conservaram. Um desses planetas será a Terra que,
antes de se resfriar e revestir de uma crosta sólida,
dará nascimento à Lua, pelo mesmo processo de
formação astral a que ela própria deveu a sua
existência. A Terra, doravante inscrita no livro da
vida, berço de criaturas cuja fraqueza as asas da
divina Providência protege, nova corda colocada na
harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de
vibrar no concerto universal dos mundos.
OS SATÉLITES
Antes que as massas planetárias houvessem
atingido um grau de resfriamento bastante a lhes
operar a solidificação, massas menores, verdadeiros
glóbulos líquidos, se desprenderam de algumas no
plano equatorial, plano em que é maior a força
centrífuga, e, por efeito das mesmas leis,
adquiriram um movimento de translação em torno
do planeta que as gerou, como sucedeu a estes com
relação ao astro central que lhes deu origem.
Foi assim que a Terra deu nascimento à Lua, cuja
massa, menos considerável, teve que sofrer um
resfriamento mais rápido. Ora, as leis e as forças
que presidiram ao fato de ela se destacar do
equador terreno, e o seu movimento de translação
no mesmo plano, agiram de tal sorte que esse
mundo, em vez de revestir a forma esferoidal,
tomou a de um globo ovoide, isto é, a forma
alongada de um ovo, com o centro de gravidade
fixado na parte inferior.
As condições em que se efetuou a desagregação da
Lua pouco lhe permitiram afastar-se da Terra e a
constrangeram a conservar-se perpetuamente
suspensa no seu firmamento, como uma figura
ovoide cujas partes mais pesadas formaram a face
inferior voltada para a Terra e cujas partes menos
densas lhe constituíram o vértice, se com essa
palavra se designar a face que, do lado oposto à
Terra, se eleva para o céu.
É o que faz que esse astro nos apresente sempre a
mesma face. Para melhor compreender-se o seu
estado geológico, pode ele ser comparado a um
globo de cortiça, tendo formada de chumbo a face
voltada para a Terra.
Daí, duas naturezas essencialmente distintas na
superfície do mundo lunar: uma, sem qualquer
analogia com o nosso, porquanto lhe são
desconhecidos os corpos fluidos e etéreos; a outra,
leve, relativamente à Terra, pois que todas as
substâncias menos densas se encaminharam para
esse hemisfério.
A primeira, perpetuamente voltada para a Terra,
sem águas e sem atmosfera, a não secundários.
(1) Esta teoria da Lua, nova inteiramente, explica,
pela lei da gravitação, o motivo por que esse
astro apresenta sempre a mesma face para a
Terra. Tendo o centro de gravidade num dos
pontos de sua superfície, em vez de estar no
centro da esfera, e sendo, em consequência,
atraído para a Terra por uma força maior do
que a que atrai as partes mais leves, a Lua pode
ser tida como uma dessas figuras chamadas
vulgarmente João-bobo, que se levantam
constantemente sobre a sua base, ao passo que
os planetas, cujo centro de gravidade está a
distâncias iguais da superfície, giram
regularmente sobre o próprio eixo. Os fluidos
vivificantes, gasosos ou líquidos, por virtude da
sua leveza especifica, se encontrariam
acumulados no hemisfério superior,
perenemente oposto à Terra. O hemisfério
inferior, o único que vemos, seria desprovido de
tais fluidos e, por isso, impróprio à vida que,
entretanto, reinaria no outro. Se, pois, o
hemisfério superior é habitado, seus habitantes
jamais viram a Terra, a menos que excursionem
pelo outro, o que lhes seria impossível, desde
que este carece das condições indispensáveis à
vitalidade. Por muito racional e científica que
seja essa teoria, como ainda não foi confirmada
por nenhuma observação direta, somente a
título de hipótese pode ser aceita e como idéia
capaz de servir de baliza à Ciência. Não se pode,
porém, deixar de convir em que é a única, até
ao presente, que dá uma explicação satisfatória
das particularidades que apresenta o globo
lunar.
OS COMETAS
Astros errantes, os cometas, ainda mais do que os
planetas, que conservaram a denominação
etimológica, serão os guias que nos ajudarão a
transpor os limites do sistema a que pertence a
Terra e nos levarão às regiões longínquas da
extensão sideral.
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
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ANJOS DECAÍDOS E DA PERDA DO PARAÍSO
Os mundos progridem, fisicamente, pela elaboração
da matéria e, moralmente, pela purificação dos
Espíritos que os habitam.
A felicidade neles está na razão direta da
predominância do bem sobre o mal e a
predominância do bem resulta do adiantamento
moral dos Espíritos.
O progresso intelectual não basta, pois que com a
inteligência podem eles fazer o mal.
Logo que um mundo tem chegado a um de seus
períodos de transformação, a fim de ascender na
hierarquia dos mundos, operam-se mutações na
sua população encarnada e desencarnada. É
quando se dão as grandes emigrações e imigrações.
Os que, apesar da sua inteligência e do seu saber,
perseveraram no mal, sempre revoltados contra
Deus e suas leis, se tornariam daí em diante um
embaraço ao ulterior progresso moral, uma causa
permanente de perturbação para a tranquilidade e
a felicidade dos bons, pelo que são excluídos da
humanidade a que até então pertenceram e
tangidos para mundos menos adiantados, onde
aplicarão a inteligência e a intuição dos
conhecimentos que adquiriram ao progresso
daqueles entre os quais passam a viver, ao mesmo
tempo que expiarão, por uma série de existências
penosas e por meio de árduo trabalho, suas
passadas faltas e seu voluntário endurecimento.
Que serão tais seres, entre essas outras populações,
para eles novas, ainda na infância da barbárie,
senão anjos ou Espíritos decaídos, ali vindos em
expiação? Não é, precisamente, para eles, um
paraíso perdido a terra donde foram expulsos?
Essa terra não lhes era um lugar de delícias, em
comparação com o meio ingrato onde vão ficar
relegados por milhares de séculos, até que hajam
merecido libertar-se dele?
A vaga lembrança intuitiva que guardam da terra
donde vieram é uma como longínqua miragem a
lhes recordar o que perderam por culpa própria.
Mas, ao mesmo tempo em que os maus se afastam
do mundo em que habitavam, Espíritos melhores aí
os substituem, vindos quer da erraticidade,
concernente a esse mundo, quer de um mundo
menos adiantado, que mereceram abandonar;
Espíritos esses para os quais a nova habitação é
uma recompensa.
Assim renovada e depurada a população espiritual
dos seus piores elementos, ao cabo de algum
tempo o estado moral do mundo se encontra
melhorado.
São às vezes parciais essas mutações, isto é,
circunscritas a um povo, a uma raça; doutras vezes,
são gerais, quando chega para o globo o período de
renovação.
A raça adâmica apresenta todos os caracteres de
uma raça proscrita. Os Espíritos que a integram
foram exilados para a Terra, já povoada, mas de
homens primitivos, imersos na ignorância, que
aqueles tiveram por missão fazer progredir,
levando-lhes as luzes de uma inteligência
desenvolvida.
Não é esse, com efeito, o papel que essa raça há
desempenhado até hoje? Sua superioridade
intelectual prova que o mundo donde vieram os
Espíritos que a compõem era mais adiantado do
que a Terra. Havendo entrado esse mundo numa
nova fase de progresso e não tendo tais Espíritos
querido, pela sua obstinação, colocar-se à altura
desse progresso, lá estariam deslocados e
constituiriam um obstáculo à marcha providencial
das coisas. Foram, em consequência, desterrados
de lá e substituídos por outros que isso mereceram.
Relegando aquela raça para esta terra de labor e de
sofrimentos, teve Deus razão para lhe dizer: «Dela
tirarás o alimento com o suor da tua fronte.»
Na sua mansuetude, prometeu-lhe que lhe enviaria
um Salvador, isto é, um que a esclareceria sobre o
caminho que lhe cumpria tomar, para sair desse
lugar de miséria, desse inferno, e ganhar a
felicidade dos eleitos. Esse Salvador ele, com efeito,
lho enviou, na pessoa do Cristo, que lhe ensinou a
lei de amor e de caridade que ela desconhecia e
que seria a verdadeira âncora de salvação.
É igualmente com o objetivo de fazer que a
Humanidade se adiante em determinado sentido
que Espíritos superiores, embora sem as qualidades
do Cristo, encarnam de tempos a tempos na Terra
para desempenhar missões especiais, proveitosas,
simultaneamente, ao adiantamento pessoal deles,
se as cumprirem de acordo com os desígnios do
Criador. Sem a reencarnação, a missão do Cristo
seria um contrassenso, assim como a promessa
feita por Deus.
Suponhamos, com efeito, que a alma de cada
homem seja criada por ocasião do nascimento do
corpo e não faça mais do que aparecer e
desaparecer da Terra: nenhuma relação haveria
entre as que vieram desde Adão até Jesus-Cristo,
nem entre as que vieram depois; todas são
estranhas umas às outras.
A promessa que Deus fez de um Salvador não
poderia entender-se com os descendentes de Adão,
uma vez que suas almas ainda não estavam criadas.
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
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Para que a missão do Cristo pudesse corresponder
às palavras de Deus, fora mister se aplicassem às
mesmas almas.
Se estas são novas, não podem estar maculadas
pela falta do primeiro pai, que é apenas pai carnal e
não pai espiritual. A não ser assim, Deus houvera
criado almas com a mácula de uma falta que não
podia deixar nelas vestígio, pois que elas não
existiam. A doutrina vulgar do pecado original
implica, conseguintemente, a necessidade de uma
relação entre as almas do tempo do Cristo e as do
tempo de Adão; implica, portanto, a reencarnação.
Dizei que todas essas almas faziam parte da colônia
de Espíritos exilados na Terra ao tempo de Adão e
que se achavam manchadas dos vícios que lhes
acarretaram ser excluídas de um mundo melhor e
tereis a única interpretação racional do pecado
original, pecado peculiar a cada indivíduo e não
resultado da responsabilidade da falta de outrem a
quem ele jamais conheceu. Dizei que essas almas
ou Espíritos renascem diversas vezes na Terra para
a vida corpórea, a fim de progredirem, depurando-
se; que o Cristo veio esclarecer essas mesmas
almas, não só acerca de suas vidas passadas, como
também com relação às suas vidas ulteriores e
então, mas só então, lhe dareis à missão um sentido
real e sério, que a razão pode aceitar.
Um exemplo familiar, mas frisante pela analogia,
ainda mais compreensíveis tornará os princípios
que acabam de ser expostos.
A 24 de maio de 1861, a fragata Ifigênia
transportou à Nova Caledônia uma
companhia disciplinar composta de 291
homens. À chegada, o comandante lhes
baixou uma ordem do dia concebida assim:
Pondo os pés nesta terra longínqua, já sem
dúvida compreendestes o papel que vos
está reservado. A exemplo dos bravos
soldados da nossa marinha, que servem sob
as vossas vistas, ajudar-nos-eis a levar com
brilho o facho da civilização ao seio das
tribos selvagens da Nova Caledônia.
Não é uma bela e nobre missão, pergunto?
Desempenhá-la-eis dignamente. Escutai a
palavra e os conselhos dos vossos chefes.
Estou à frente deles.
Entendei bem as minhas palavras. A escolha
do vosso comandante, dos vossos oficiais,
dos vossos suboficiais e cabos constitui
garantia certa de que todos os esforços
serão tentados para fazer-vos excelentes
soldados, digo mais: para vos elevar à altura
de bons cidadãos e vos transformar em
colonos honrados, se o quiserdes.
A nossa disciplina é severa e assim tem que
ser. Colocada em nossas mãos, ela será
firme e inflexível, ficai sabendo, do mesmo
modo que, justa e paternal, saberá
distinguir o erro do vício e da degradação...
»
Aí tendes um punhado de homens expulsos, pelo
seu mau proceder, de um país civilizado e
mandados, por punição, para o meio de um povo
bárbaro. Que lhes diz o chefe? –
Infringistes as leis do vosso país; nele vos
tornastes causa de perturbação e escândalo
e fostes expulsos; mandam-vos para aqui,
mas aqui podeis resgatar o vosso passado;
podeis, pelo trabalho, criar-vos aqui uma
posição honrosa e tornar-vos cidadãos
honestos. Tendes uma bela missão a
cumprir: levar a civilização a estas tribos
selvagens. A disciplina será severa, mas
justa, e saberemos distinguir os que
procederem bem. Tendes nas mãos a vossa
sorte; podeis melhorá-la, se o quiserdes,
porque tendes o livre-arbítrio.
Para aqueles homens, lançados ao seio da
selvajaria, a mãe-pátria não é um paraíso que eles
perderam pelas suas próprias faltas e por se
rebelarem contra a lei?
Naquela terra distante, não são eles anjos
decaídos? A linguagem do chefe não é idêntica à de
que usou Deus falando aos Espíritos exilados na
Terra:
Desobedecestes às minhas leis e, por isso,
eu vos expulsei do mundo onde podíeis
viver ditosos e em paz.
Aqui, estareis condenados ao trabalho; mas,
podereis, pelo vosso bom procedimento,
merecer perdão e reganhar a pátria que
perdestes por vossa falta, isto é, o Céu?
À primeira vista, a ideia de decaimento parece em
contradição com o princípio segundo o qual os
Espíritos não podem retrogradar.
Deve-se, porém, considerar que não se trata de um
retrocesso ao estado primitivo. O Espírito, ainda
que numa posição inferior, nada perde do que
adquiriu; seu desenvolvimento moral e intelectual é
o mesmo, qualquer que seja o meio onde se ache
colocado.
Ele está na situação do homem do mundo
condenado à prisão por seus delitos.
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
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Certamente, esse homem se encontra degradado,
decaído, do ponto de vista social, mas não se torna
nem mais estúpido, nem mais ignorante.
Será crível, perguntamos agora, que esses homens
mandados para a Nova Caledônia vão transformar-
se de súbito em modelos de virtude? Que vão
abjurar repentinamente seus erros do passado?
Para supor tal coisa, fora necessário desconhecer a
Humanidade. Pela mesma razão, os Espíritos da
raça adâmica, uma vez transplantados para a terra
do exílio, não se despojaram instantaneamente do
seu orgulho e de seus maus instintos; ainda por
muito tempo conservaram as tendências que
traziam, um resto da velha levedura. Ora, não é
esse o pecado original?
(2) Quando, na Revue Spirite de janeiro de 1862,
publicamos um artigo sobre a interpretação da
doutrina dos anjos decaídos apresentamos essa
teoria como simples hipótese, sem outra
autoridade afora a de uma opinião pessoal
controversível, porque nos faltavam então
elementos bastantes para uma afirmação
peremptória. Expusemo-la a título de ensaio,
tendo em vista provocar o exame da questão,
decidido, porém, a abandoná-la ou modificá-la,
se fosse preciso. Presentemente, essa teoria já
passou pela prova do controle universal. Não só
foi bem aceita pela maioria dos espíritas, como
a mais racional e a mais concorde com a
soberana justiça de Deus, mas também foi
confirmada pela generalidade das instruções
que os Espíritos deram sobre o assunto. O
mesmo se verificou com a que concerne à
origem da raça adâmica.
Pelo Espiritismo, o homem sabe donde vem, para
onde vai, por que está na Terra, por que sofre
temporariamente e vê por toda parte a justiça de
Deus.
Sabe que a alma progride incessantemente, através
de uma série de existências sucessivas, até atingir o
grau de perfeição que a aproxima de Deus.
Sabe que todas as almas, tendo um mesmo ponto
de origem, são criadas iguais, com idêntica aptidão
para progredir, em virtude do seu livre-arbítrio; que
todas são da mesma essência e que não há entre
elas diferença, senão quanto ao progresso
realizado; que todas têm o mesmo destino e
alcançarão a mesma meta, mais ou menos
rapidamente, pelo trabalho e boa vontade.
Sabe que não há criaturas deserdadas, nem mais
favorecidas umas do que outras; que Deus a
nenhuma criou privilegiada e dispensada do
trabalho imposto às outras para progredirem; que
não há seres perpetuamente votados ao mal e ao
sofrimento; que os que se designam pelo nome de
demônios são Espíritos ainda atrasados e
imperfeitos, que praticam o mal no espaço, como o
praticavam na Terra, mas que se adiantarão e
aperfeiçoarão; que os anjos ou Espíritos puros não
são seres à parte na criação, mas Espíritos que
chegaram à meta, depois de terem percorrido a
estrada do progresso; que, por essa forma, não há
criações múltiplas, nem diferentes categorias entre
os seres inteligentes, mas que toda a criação deriva
da grande lei de unidade que rege o Universo e que
todos os seres gravitam para um fim comum que é
a perfeição, sem que uns sejam favorecidos à custa
de outros, visto serem todos filhos das suas
próprias obras.
Pelas relações que hoje pode estabelecer com
aqueles que deixaram a Terra, possui o homem não
só a prova material da existência e da
individualidade da alma, como também
compreende a solidariedade que liga os vivos aos
mortos deste mundo e os deste mundo aos dos
outros planetas.
Conhece a situação deles no mundo dos Espíritos,
acompanha-os em suas migrações, aprecia-lhes as
alegrias e as penas; sabe a razão por que são felizes
ou infelizes e a sorte que lhes está reservada,
conforme o bem ou o mal que fizerem.
Essas relações iniciam o homem na vida futura, que
ele pode observar em todas as suas fases, em todas
as suas peripécias; o futuro já não é uma vaga
esperança: é um fato positivo, uma certeza
matemática.
Desde então, a morte nada mais tem de aterrador,
por lhe ser a libertação, a porta da verdadeira vida.
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REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
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Perda do paraíso - bíblico:
CAPÍTULO II.
- Ora, o Senhor Deus plantara desde o começo um
jardim de delícias, no qual pôs o homem que ele
formara.
- O Senhor Deus também fizera sair da terra toda
espécie de árvores belas ao olhar e cujo fruto era
agradável ao paladar e, no meio do paraíso, a
árvore da vida, com a árvore da ciência do bem e
do mal. (Ele fez sair, Jeová Eloim, da terra (min
haadama) toda árvore bela de ver-se e boa para
comer-se e a árvore da vida (vehetz hachayim) no
meio do jardim e a árvore da ciência do bem e do
mal.).
- O Senhor tomou, pois, do homem e o colocou
em o paraíso de delícias, a fim de que o cultivasse
e guardasse.
- Deu-lhe também esta ordem e lhe disse: Come
de todas as árvores do paraíso. (Ele ordenou,
Jeová Eloim, ao homem (hal haadam) dizendo: De
toda árvore do jardim podes comer.) Mas, não
comas absolutamente o fruto da árvore da ciência
do bem e do mal; porquanto, logo que o comeres,
morrerás com toda a certeza. (E da árvore do bem
e do mal (oumehetz hadaat tob vara) não
comerás, pois que no dia em que dela comeres
morrerás.)
CAPÍTULO III.
- Ora, a serpente era o mais fino de todos os
animais que o Senhor Deus formara na Terra. E ela
disse à mulher: Por que vos ordenou Deus que
não comêsseis os frutos de todas as árvores do
paraíso? (E a serpente (nâhâsch) era mais astuto
do que todos os animais terrestres que Jeová
Eloim havia feito; ela disse à mulher (el haïscha):
Terá dito Eloim: Não comereis de nenhuma árvore
do jardim?). A mulher respondeu: Comemos dos
frutos de todas as árvores que estão no paraíso.
(Disse ela, a mulher, à serpente, do fruto (miperi)
das árvores do jardim podemos comer.)
- Mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio
do paraíso, Deus nos ordenou que não
comêssemos dele e que não lhe tocássemos, para
que não corramos o perigo de morrer.
- A serpente replicou à mulher: Certamente não
morrereis. - Mas, é que Deus sabe que, assim
houverdes comido desse fruto, vossos olhos se
abrirão e sereis como deuses, conhecendo o bem
e o mal.
A mulher considerou então que o fruto daquela
árvore era bom de comer; que era belo e
agradável à vista. E, tomando dele, o comeu e o
deu a seu marido, que também comeu. (Ela viu, a
mulher, que ela era boa, a árvore como alimento,
e que era desejável a árvore para compreender
(léaskil), e tomou de seu fruto, etc.)
- E como ouvissem a voz do Senhor Deus, que
passeava à tarde pelo jardim, quando sopra um
vento brando, eles se retiraram para o meio das
árvores do paraíso, a fim de se ocultarem de
diante da sua face. Então o Senhor Deus chamou
Adão e lhe disse: Onde estás? Adão lhe
respondeu: Ouvi a tua vos no paraíso e tive medo,
porque estava nu, essa a razão por que me
escondi.
- O Senhor lhe retrucou: E como soubeste que
estavas nu, senão porque comeste o fruto da
árvore da qual eu vos proibi que comêsseis? Adão
lhe respondeu: A mulher que me deste por
companheira me apresentou o fruto dessa árvore
e eu dele comi.
- O Senhor Deus disse à mulher: Por que fizeste
isso? Ela respondeu: A serpente me enganou e eu
comi desse fruto.
- Então, o Senhor Deus disse à serpente: Por teres
feito isso, serás maldita entre todos os animais e
todas as bestas da terra; rojar-te-ás sobre o ventre
e comerás a terra por todos os dias de tua vida.
Porei uma inimizade entre ti e a mulher, entre a
sua raça e a tua. Ela te esmagará a cabeça e tu
tentarás morder-lhe o calcanhar.
- Deus disse também à mulher: Afiigir-te-ei com
muitos males durante a tua gravidez; parirás com
dor; estarás sob a dominação de teu marido e ele
te dominará.
- Disse em seguida a Adão: Por haveres escutado a
voz de tua mulher e haveres comido do fruto da
árvore de que te proibi que comesses, a terra te
será maldita por causa do que fizeste e só com
muito trabalho tirarás dela com que te alimentes,
durante toda a tua vida.
-Ela te produzirá espinhos e sarças e te
alimentarás com a erva da terra.
- E comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até
que voltes à terra donde foste tirado, porque és
pó e em pó te tornarás.
E Adão deu à sua mulher o nome de Eva, que
significa a vida, porque ela era a mãe de todos os
viventes.
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
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- O Senhor Deus também fez para Adão e sua
mulher vestiduras de peles com que os cobriu. E
disse:
- Eis aí Adão feito um de nós, sabendo o bem e o
mal. Impeçamos, pois, agora, que ele deite a mão
à árvore da vida, que também tome do seu fruto e
que, comendo desse fruto, viva eternamente.
- (Ele disse, Jeová Eloim: Eis aí, o homem foi como
um de nós para o conhecimento do bem e do mal;
agora ele pode estender a mão e tomar da árvore
da vida (veata pen ischlachyado velakach mehetz
hachayim); comerá dela e viverá eternamente.)
- O Senhor Deus o fez sair do jardim de delicias, a
fim de que fosse trabalhar no cultivo da terra
donde ele fora tirado.
- E, tendo-o expulsado, colocou querubins (1
diante do jardim de delícias, os quais faziam luzir
uma espada de fogo, para guardarem o caminho
que levava à árvore da vida. Deve-se, além disso,
notar que o termo hebreu nâhâsch, traduzido por
serpente, vem da raiz nâhâsch, que significa: fazer
encantamentos, adivinhar as coisas ocultas,
podendo, pois, significar: encantador, adivinho. O
termo nâhâsch existia na língua egípcia, com a
significação de negro, provavelmente porque os
negros tinham o dom dos encantamentos e da
adivinhação. Talvez também por isso é que as
esfinges, de origem assíria, eram representadas
por uma figura de negro.
- Deus sabe que, logo que houverdes comido
desse fruto, vossos olhos se abrirão e sereis como
deuses. - Ela, a mulher, viu que era cobiçável a
árvore para compreender (léaskil) e tomou do seu
fruto.
- Deus não lhes fala como a crianças, mas como a
seres em estado de o compreenderem e que o
compreendem, prova evidente de que ambos
trazem aquisições anteriormente realizadas.
Admitamos, ao demais, que hajam vivido em um
mundo mais adiantado e menos material do que o
nosso, onde o trabalho do Espírito substituía o do
corpo; que, por se haverem rebelado contra a lei
de Deus, figurada na desobediência, tenham sido
afastados de lá e exilados, por punição, para a
Terra, onde o homem, pela natureza do globo, é
constrangido a um trabalho corporal e
reconheceremos que a Deus assistia razão para
lhes dizer:
«No mundo onde, daqui em diante, ides viver,
cultivareis a terra e dela tirareis o alimento, com o
suor da vossa fronte»;
E, à mulher: «Parirás com dor», porque tal é a
condição desse mundo. (Cap. XI, nos 31 e
seguintes.).
O paraíso terrestre, cujos vestígios têm sido
inutilmente procurados na Terra, era, por
conseguinte, a figura do mundo ditoso, onde
vivera Adão, ou, antes, a raça dos Espíritos que ele
personifica.
A expulsa do paraíso marca o momento em que
esses Espíritos vieram encarnar entre os
habitantes do mundo terráqueo e a mudança de
situação foi a consequência da expulsão.
O anjo que, empunhando uma espada flamejante,
veda a entrada do paraíso simboliza a
impossibilidade em que se acham os Espíritos dos
mundos inferiores, de penetrar nos mundos
superiores, antes que o mereçam pela sua
depuração.
Só muito mais tarde, na idade de cento e trinta
anos, foi que Adão teve um terceiro filho, que se
chamou Seth, depois de cujo nascimento, ele
ainda viveu, segundo a genealogia bíblica,
oitocentos anos, e teve mais filhos e filhas.
Está hoje perfeitamente reconhecido que a
palavra hebréia haadam não é um nome próprio,
mas significa: o homem em geral, a Humanidade,
o que destrói toda a estrutura levantada sobre a
personalidade de Adão.
Em nenhum texto o fruto é especializado na maçã,
palavra que só se encontra nas versões infantis. O
termo do texto hebreu é peri, que tem as mesmas
acepções que em francês, sem determinação de
espécie e pode ser tomado em sentido material,
moral, alegórico, em sentido próprio e figurado.
Para os Israelitas, não há interpretação
obrigatória; quando uma palavra tem muitas
acepções, cada um a entende como quer,
contanto que a interpretação não seja contraria à
gramática.
O termo peri foi traduzido em latim por malum,
que se aplica tanto à maçã, como a qualquer
espécie de frutos.
Deriva do grego melon, particípio do verbo melo,
interessar, cuidar, atrair.
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
Pagina: 9
A CAMINHO DA LUZ – EMMANUEL &
CHICO XAVIER
OS ENSAIOS ASSOMBROSOS
Nessa altura, os artistas da criação inauguram
novos períodos evolutivos, no plano das formas.
A Natureza torna-se uma grande oficina de
ensaios monstruosos.
Após os répteis, surgem os animais horrendos das
eras primitivas.
Os trabalhadores do Cristo, como os alquimistas
que estudam a combinação das substâncias, na
retorta de acuradas observações, analisavam,
igualmente, a combinação prodigiosa dos
complexos celulares, cuja formação eles próprios
haviam delineado, executando, com as suas
experiências, uma justa aferição de valores,
prevendo todas as possibilidades e necessidades
do porvir.
Todas as arestas foram eliminadas.
Aplainaram-se dificuldades e realizaram-se novas
conquistas.
A máquina celular foi aperfeiçoada, no limite do
possível, em face das leis físicas do globo.
Os tipos adequados à Terra foram consumados
em todos os reinos da Natureza, eliminando-se os
frutos teratológicos e estranhos, do laboratório de
suas perseverantes experiências.
A prova da intervenção das forças espirituais,
nesse vasto campo de operações, é que, enquanto
o escorpião, gêmeo dos crustáceos marinhos,
conserva até hoje, de modo geral, a forma
primitiva, os animais monstruosos das épocas
remotas, que lhe foram posteriores,
desapareceram para sempre da fauna terrestre,
guardando os museus do mundo as interessantes
reminiscências de suas formas atormentadas.
OS ANTEPASSADOS DO HOMEM
O reino animal experimenta as mais estranhas
transições no período terciário, sob as influências
do meio e em face dos imperativos da lei de
seleção.
Mas, o nosso raciocínio ansioso procura os
legítimos antepassados das criaturas humanas,
nessa imensa vastidão do proscênio da evolução
anímica.
Onde está Adão com a sua queda do paraíso?
Debalde nossos olhos procuram, aflitos, essas
figuras legendárias, com o propósito de localizá-
las no Espaço e no Tempo.
Compreendemos, afinal, que Adão e Eva
constituem uma lembrança dos Espíritos
degredados ria paisagem obscura da Terra, como
Caim e Abel são dois símbolos para a
personalidade das criaturas.
Examinada, porém, a questão nos seus prismas
reais, vamos encontrar os primeiros antepassados
do homem sofrendo os processos de
aperfeiçoamento da Natureza.
No período terciário a que nos reportamos, sob a
orientação das esferas espirituais notavam-se
algumas raças de antropoides, no Plioceno
inferior.
Esses antropoides, antepassados do homem
terrestre, e os ascendentes dos símios que ainda
existem no mundo, tiveram a sua evolução em
pontos convergentes, e daí os parentescos
sorológicos entre o organismo do homem
moderno e o do chimpanzé da atualidade.
Reportando-nos, todavia, aos eminentes
naturalistas dos últimos tempos, que examinaram
meticulosamente os transcendentes assuntos do
evolucionismo, somos compelidos a esclarecer
que não houve propriamente uma "descida da
árvore", no início da evolução humana.
As forças espirituais que dirigem os fenômenos
terrestres, sob a orientação do Cristo,
estabeleceram, na época da grande maleabilidade
dos elementos materiais, uma linhagem definitiva
para todas as espécies, dentro das quais o
princípio espiritual encontraria o processo de seu
acrisolamento, em marcha para a racionalidade.
Os peixes, os répteis, os mamíferos, tiveram suas
linhagens fixas de desenvolvimento e o homem
não escaparia a essa regra geral.
A GRANDE TRANSIÇÃO
Os antropoides das cavernas espalharam-se,
então, aos grupos, pela superfície do globo, no
curso vagaroso dos séculos, sofrendo as
influências do meio e formando os pródomos das
raças futuras em seus tipos diversificados; a
realidade, porém, é que as entidades espirituais
auxiliaram o homem do sílex, imprimindo-lhe
novas expressões biológicas.
Extraordinárias experiências foram realizadas
pelos mensageiros do invisível.
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
Pagina: 10
As pesquisas recentes da Ciência sobre o tipo de
Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de
homem bestializado, e outras descobertas
interessantes da Paleontologia, quanto ao homem
fóssil, são um atestado dos experimentos
biológicos a que procederam os prepostos de
Jesus, até fixarem no "primata" os característicos
aproximados do homem futuro.
Os séculos correram o seu velário de experiências
penosas sobre a fronte dessas criaturas de braços
alongados e de pelos densos, até que um dia as
hostes do invisível operaram uma definitiva
transição no corpo perispiritual preexistente, dos
homens primitivos, nas regiões siderais e em
certos intervalos de suas reencarnações.
Surgem os primeiros selvagens de compleição
melhorada, tendendo à elegância dos tempos do
porvir. Uma transformação visceral verificara-se
na estrutura dos antepassados das raças
humanas.
Como poderia operar-se semelhante transição?
Perguntará o vosso critério científico. Muito
naturalmente. Também as crianças têm os
defeitos da infância corrigidos pelos pais, que as
preparam em face da vida, sem que, na
maioridade, elas se lembrem disso.
ESPÍRITOS EXILADOS NA TERRA
Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de
amor e de justiça, aquela turba de seres
sofredores e infelizes.
Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou
essas almas desventuradas à edificação da
consciência pelo cumprimento dos deveres de
solidariedade e de amor, no esforço regenerador
de si mesmas.
Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se
desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo
bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem
limites.
Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras,
fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro
e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e
a sua vinda no porvir.
Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam
atrás de si todo um mundo de afetos, não
obstante os seus corações empedernidos na
prática do mal, seriam degredados na face
obscura do planeta terrestre; andariam
desprezados na noite dos milênios da saudade e
da amargura; reencarnariam no seio das raças
ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso
perdido nos firmamentos distantes.
Por muitos séculos não veriam a suave luz da
Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por
Jesus e confortados na sua imensa misericórdia.
FIXAÇÃO DOS CARACTERES RACIAIS
Com o auxílio desses Espíritos degredados,
naquelas eras remotíssimas, as falanges do Cristo
operavam ainda as últimas experiências sobre os
fluidos renovadores da vida, aperfeiçoando os
caracteres biológicos das raças humanas.
A Natureza ainda era, para os trabalhadores da
espiritualidade, um campo vasto de experiências
infinitas; tanto assim que, se as observações do
mendelismo fossem transferidas àqueles milênios
distantes, não se encontraria nenhuma equação
definitiva nos seus estudos de biologia.
A moderna genética não poderia fixar, como hoje,
as expressões dos "genes", porquanto, no
laboratório das forças invisíveis, as células ainda
sofriam longos processos de acrisolamento,
imprimindo-se lhes elementos de astralidade,
consolidando-se lhes as expressões definitivas,
com vistas às organizações do porvir.
Se a gênese do planeta se processara com a
cooperação dos milênios, a gênese das raças
humanas requeria a contribuição do tempo, até
que se abandonasse a penosa e longa tarefa da
sua fixação.
ORIGEM DAS RAÇAS BRANCAS
Aquelas almas aflitas e atormentadas reencar-
naram, proporcionalmente, nas regiões mais
importantes, onde se haviam localizado as tri bos
e famílias primitivas, descendentes dos
"primatas", a que nos referimos ainda há pouco.
Com a sua reencarnação no mundo terreno,
estabeleciam-se fatores definitivos na história
etnológica dos seres.
Um grande acontecimento se verificara no
planeta.
É que, com essas entidades, nasceram no orbe os
ascendentes das raças brancas.
Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de
onde atravessaram o istmo de Suez para a África,
na região do Egito, encaminhando-se igualmente
para a longínqua Atlântida, de que várias regiões
da América guardam assinalados vestígios.
Não obstante as lições recebidas da palavra sábia
e mansa do Cristo, os homens brancos olvidaram
os seus sagrados compromissos.
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
Pagina: 11
Grande percentagem daqueles Espíritos rebeldes,
com muitas exceções, só puderam voltar ao país
da luz e da verdade depois de muitos séculos de
sofrimentos expiatórios; outros, porém, infelizes e
retrógrados, permanecem ainda na Terra, nos dias
que correm, contrariando a regra geral, em
virtude do seu elevado passivo de débitos
clamorosos.
O aproveitamento desse processo educativo
deveria ser levado a efeito pela capital do mundo,
de acordo com os desígnios do plano espiritual.
Pesadas forças da Treva, porém, aliaram-se às
mais fortes tendências do homem terrestre,
constantemente inclinado aos liames do mal que
o prendiam à Terra, adstrito aos mais grosseiros
instintos de conservação, e, enquanto os Espíritos
abnegados, do Alto, choram sobre os abusos de
liberdade dos romanos, a cidade dos Césares
embriaga-se cada vez mais no vinho do ódio e da
ambição, contraindo dívidas penosas,
entrelaçando os seus sentimentos com o ódio dos
vencidos e dos humilhados, criando negras
perspectivas para o longínquo futuro.
QUATRO GRANDES POVOS
As raças adâmicas guardavam vaga lembrança da
sua situação pregressa, tecendo o hino sagrado
das reminiscências.
As tradições do paraíso perdido passaram de
gerações a gerações, até que ficassem arquivadas
nas páginas da Bíblia.
Aqueles seres decaídos e degradados, a maneira
de suas vidas passadas no mundo distante da
Capela, com o transcurso dos anos reuniram-se
em quatro grandes grupos que se fixaram depois
nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades
sentimentais e lingüísticas que os associavam na
constelação do Cocheiro.
Unidos, novamente, na esteira do Tempo,
formaram desse modo o grupo dos árias, a
civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da
Índia.
Dos árias descende a maioria dos povos brancos
da família indo-europeia nessa descendência,
porém, é necessário incluir os latinos, os celtas e
os gregos, além dos germanos e dos eslavos.
As quatro grandes massas de degredados
formaram os pródomos de toda a organização das
civilizações futuras, introduzindo os mais largos
benefícios no seio da raça amarela e da raça
negra, que já existiam.
É de grande interesse o estudo de sua
movimentação no curso da História.
Através dessa análise, é possível examinarem-se
os defeitos e virtudes que trouxeram do seu
paraíso longínquo, bem como os antagonismos e
idiossincrasias peculiares a cada qual.
A bondade do Mestre fez florescer cidades
valorosas e progressistas, países cultos e fartos,
onde as almas decaídas encontrassem todos os
elementos de edificação e aprimoramento.
O homem físico continuou a linha ascensional de
sua evolução nas conquistas e descobrimentos,
mas o homem transcendente, a personalidade
imortal, teria saído do oceano de lodo onde se
mergulhou, voluntariamente, há dois milênios?
Respondam por nós as angustiosas expectativas
da hora presente.
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
Pagina: 12
EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS – ANDRÉ
LUIZ – CHICO XAVIER
CO-CRIAÇÃO EM PLANO MAIOR
Nessa substância original, ao influxo do próprio
Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas
a Ele agregadas, em processo de comunhão
indescritível, os grandes Devas da teologia hindu
ou os Arcanjos da interpretação de variados
templos religiosos, extraindo desse hálito
espiritual os celeiros da energia com que
constroem os sistemas da Imensidade, em serviço
de Co-criação em plano maior, de conformidade
com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz
deles agentes orientadores da Criação Excelsa.
Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma
divino e convertem-no em habitações cósmicas,
de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras,
gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis
predeterminadas, quais moradias que perduram
por milênios e milênios, mas que se desgastam e
se transformam, por fim, de vez que o Espírito
Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus ê o
Criador de Toda a Eternidade.
IMPÉRIOS ESTELARES
Devido à atuação desses Arquitetos Maiores,
surgem nas galáxias as organizações estelares
como vastos continentes do Universo em
evolução e as nebulosas intergalácticas como
imensos domínios do Universo, encerrando a
evolução em estado potencial, todas gravitando
ao redor de pontos atrativos, com admirável
uniformidade coordenadora.
É aí, no seio dessas formações assombrosas, que
se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o
espaço e o tempo, a se renovarem constantes,
oferecendo campos gigantescos ao progresso do
Espírito.
Cada galáxia quanto cada constelação guardam no
cerne a força centrífuga própria, controlando a
força gravítica, com determinado teor energético,
apropriado a certos fins.
A Engenharia Celeste equilibra rotação e massa,
harmonizando energia e movimento, e mantêm-
se, desse modo, na vastidão sideral, magnificentes
florestas de estrelas, cada qual transportando
consigo os planetas constituídos e em formação,
que se lhes vinculam magneticamente ao fulcro
central, como os eletrões se conjugam ao núcleo
atômico, em trajetos perfeitamente ordenados na
órbita que se lhes assinala de início.
NOSSA GALÁXIA
Para idearmos, de algum modo, a grandeza
inconcebível da Criação, comparemos a nossa
galáxia a grande cidade, perdida entre incontáveis
grandes cidades de um país cuja extensão não
conseguimos prever.
Tomando o Sol e os mundos nossos vizinhos como
apartamentos de nosso edifício, reconheceremos
que em derredor repontam outros edifícios em
todas as direções.
Assestando instrumentos de longo alcance da
nossa sala de estudo, perceberemos que nossa
casa não é a mais humilde, mas que inúmeras
outras lhe superam as expressões de magnitude e
beleza.
Aprendemos que, além de nossa edificação,
salientam-se palácios e arranha-céus como
Betelgeuze, no distrito de Órion, Canópus, na
região do Navio, Arctúrus, no conjunto do Boieiro,
Antares, no centro do Escorpião, e outras muitas
residências senhoriais, imponentes e belas,
exibindo uma glória perante a qual todos os
nossos valores se apagariam.
Por processos ópticos, verificamos que a nossa
cidade apresenta uma forma espiralada e que a
onda de rádio, avançando com a velocidade da
luz, gasta mil séculos terrenos para percorrer-lhe
o diâmetro.
Nela surpreenderemos milhões de lares, nas mais
diversas dimensões e feitios, instituídos de há
muito, recém-organizados, envelhecidos ou em
vias de instalação, nos quais a vida e a experiência
enxameiam vitoriosas.
FORÇAS ATÔMICAS
Toda essa riqueza de plasmagem, nas linhas da
Criação, ergue-se à base de corpúsculos sob
irradiações da mente, corpúsculos e irradiações
que, no estado atual dos nossos conhecimentos,
embora estejamos fora do plano físico, não
podemos definir em sua multiplicidade e
configuração, porquanto a morte apenas dilata as
nossas concepções e nos aclara a introspecção,
iluminando-nos o senso moral, sem resolver, de
maneira absoluta, os problemas que o Universo
nos propõe a cada passo, com os seus espetáculos
de grandeza.
Sob a orientação das Inteligências Superiores,
congregam-se os átomos em colmeias imensas, e,
sob a pressão, espiritualmente dirigida, de ondas
eletromagnéticas, são controladamente reduzidas
as áreas espaciais intra-atômicas, sem perda de
REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO
Pagina: 13
movimento, para que se transformem na massa
nuclear adensada, de que se esculpem os
planetas, em cujo seio as Mônadas celestes
encontrarão adequado berço ao desenvolvimento.
Semelhantes mundos servem à finalidade a que se
destinam, por longas eras consagradas à evolução
do Espírito, até que, pela sobre pressão
sistemática, sofram o colapso atômico pelo qual
se transmutam em astros cadaverizados.
Essas esferas mortas, contudo, volvem a novas
diretrizes dos Agentes Divinos, que dispõem sobre
a desintegração dos materiais de superfície,
dando ensejo a que os elementos comprimidos se
libertem através de explosão ordenada, surgindo
novo acervo corpuscular para a reconstrução das
moradias celestes, nas quais a obra de Deus se
estende e perpetua, em sua glória criativa.
CO-CRIAÇÃO EM PLANO MENOR
Em análogo alicerce, as Inteligências humanas que
ombreiam conosco utilizam o mesmo fluído
cósmico, em permanente circulação no Universo,
para a Co-criação em plano menor, assimilando os
corpúsculos da matéria com a energia espiritual
que lhes é própria, formando assim o veículo
fisiopsicossomático em que se exprimem ou
cunhando as civilizações que abrangem no mundo
a humanidade Encarnada e a Humanidade
Desencarnada.
Dentro das mesmas bases, plasmam também os
lugares entenebrecidos pela purgação infernal,
gerados pelas mentes desequilibradas ou
criminosas nos círculos inferiores e abismais, e
que valem por aglutinações de duração breve, no
microcosmo em que estagiam, sob o mesmo
princípio de comando mental com que as
Inteligências Maiores modelam as edificações
macrocósmicas, que desafiam a passagem dos
milênios.
Cabe-nos assinalar, desse modo, que, na essência,
toda a matéria é energia tornada visível e que
toda a energia, originariamente, é força divina de
que nos apropriamos para interpor os nossos
propósitos aos propósitos da Criação, cujas leis
nos conservam e prestigiam o bem praticado,
constrangendo-nos a transformar o mal de nossa
autoria no bem que devemos realizar, porque o
Bem de Todos é o seu Eterno Princípio.
Compete-nos, pois, anotar que o fluído cósmico
ou plasma divino é a força em que todos vivemos,
nos ângulos variados da Natureza, motivo pelo
qual já se afirmou, e com toda a razão, que “em
Deus nos movemos e existimos”.
Uberaba, 15/1/58.

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REFERENCIA PARA OS ALUNDOS - EAE 2 - OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO

  • 1. REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO Pagina: 1 A GENESE - ALLAN KARDEC VIDE PRINCIPALEMENTE CAPITULO VI – URANOLOGIA GERAL POR GALILEU GALILEI Um princípio elementar e que, de tão verdadeiro, passou a axioma é o de que todo efeito inteligente tem que decorrer de uma causa inteligente. Sendo Deus a causa primária de todas as coisas, a origem de tudo o que existe, a base sobre que repousa o edifício da criação, é também o ponto que importa consideremos antes de tudo. A providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que consiste a ação providencial. Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhe inerentes as forças que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que regem o mundo. Existindo, por sua natureza, desde toda a eternidade, Deus criou desde toda eternidade e não poderia ser de outro modo, visto que, por mais longínqua que seja a época a que recuemos, pela imaginação, os supostos limites da criação, haverá sempre, além desse limite, uma eternidade – ponderai bem esta ideia, uma eternidade durante a qual as divinas hipóstases, as volições infinitas teriam permanecido sepultadas em muda letargia inativa e infecunda, uma eternidade de morte aparente para o Pai eterno que dá vida aos seres; de mutismo indiferente para o Verbo que os governa; de esterilidade fria e egoísta para o Espírito de amor e vivificação. Hipóstases = existência individual, persona, o individuo de uma natureza racional, Pessoa, princípios e realidades divinas. O começo absoluto das coisas remonta, pois, a Deus. As sucessivas aparições delas no domínio da existência constituem a ordem da criação perpétua. OS SÓIS E OS PLANETAS Sucedeu que, num ponto do Universo, perdido entre as miríades de mundos, a matéria cósmica se condensou sob a forma de imensa nebulosa, animada esta das leis universais que regem a matéria. Em virtude dessas leis, notadamente da força molecular de atração, tomou ela a forma de um esferoide, a única que pode assumir uma massa de matéria insulada no espaço. O movimento circular produzido pela gravitação, rigorosamente igual, de todas as zonas moleculares em direção ao centro, logo modificou a esfera primitiva, a fim de a conduzir, de movimento em movimento, à forma lenticular. FALAMOS DO CONJUNTO DA NEBULOSA. Novas forças surgiram em consequência desse movimento de rotação: a força centrípeta e a força centrífuga, a primeira tendendo a reunir todas as partes no centro, tendendo a segunda a afastá-las dele. Ora, acelerando-se o movimento, à medida que a nebulosa se condensa, e aumentando o seu raio, à medida que ela se aproxima da forma lenticular, a força centrífuga, incessantemente desenvolvida por essas duas causas, predominou de pronto sobre a atração central. Assim como um movimento demasiado rápido da funda lhe quebra a corda, indo o projetil cair longe, também a predominância da força centrífuga destacou o circo equatorial da nebulosa e desse anel uma nova massa se formou, isolada da primeira, mas, todavia, submetida ao seu império. Aquela massa conservou o seu movimento equatorial que, modificado, se lhe tornou movimento de translação em torno do astro solar. Ao demais, o seu novo estado lhe dá um movimento de rotação em torno do próprio centro. A nebulosa geratriz, que deu origem a esse novo mundo, condensou-se e retomou a forma esférica; mas, como o primitivo calor, desenvolvido por seus diversos movimentos, só com extrema lentidão se atenuasse, o fenômeno que acabamos de descrever se reproduzirá muitas vezes e durante longo período, enquanto a nebulosa não se haja tornado bastante densa, bastante sólida, para oferecer resistência eficaz às modificações de forma, que o seu movimento de rotação sucessivamente lhe imprime. Ela, pois, não terá dado nascimento a um só astro, mas a centenas de mundos destacados do foco central, saídos dela pelo modo de formação mencionado acima. Ora, cada um de seus mundos, revestido, como o mundo primitivo, das forças naturais que presidem à criação dos universos gerará sucessivamente novos globos que desde então lhe gravitarão em torno, como ele, juntamente com seus irmãos, gravita em torno do foco que lhes deu existência e vida. Cada um desses mundos será um Sol, centro de um turbilhão de planetas sucessivamente destacados do seu equador.
  • 2. REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO Pagina: 2 Esses planetas receberão uma vida especial, particular, embora dependente do astro que os gerou. Os planetas são, assim, formados de massas de matéria condensada, porém, ainda não solidificada, destacadas da massa central pela ação de força centrífuga e que tomam, em virtude das leis do movimento, a forma esferoidal, mais ou menos elíptica, conforme o grau de fluidez que conservaram. Um desses planetas será a Terra que, antes de se resfriar e revestir de uma crosta sólida, dará nascimento à Lua, pelo mesmo processo de formação astral a que ela própria deveu a sua existência. A Terra, doravante inscrita no livro da vida, berço de criaturas cuja fraqueza as asas da divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos. OS SATÉLITES Antes que as massas planetárias houvessem atingido um grau de resfriamento bastante a lhes operar a solidificação, massas menores, verdadeiros glóbulos líquidos, se desprenderam de algumas no plano equatorial, plano em que é maior a força centrífuga, e, por efeito das mesmas leis, adquiriram um movimento de translação em torno do planeta que as gerou, como sucedeu a estes com relação ao astro central que lhes deu origem. Foi assim que a Terra deu nascimento à Lua, cuja massa, menos considerável, teve que sofrer um resfriamento mais rápido. Ora, as leis e as forças que presidiram ao fato de ela se destacar do equador terreno, e o seu movimento de translação no mesmo plano, agiram de tal sorte que esse mundo, em vez de revestir a forma esferoidal, tomou a de um globo ovoide, isto é, a forma alongada de um ovo, com o centro de gravidade fixado na parte inferior. As condições em que se efetuou a desagregação da Lua pouco lhe permitiram afastar-se da Terra e a constrangeram a conservar-se perpetuamente suspensa no seu firmamento, como uma figura ovoide cujas partes mais pesadas formaram a face inferior voltada para a Terra e cujas partes menos densas lhe constituíram o vértice, se com essa palavra se designar a face que, do lado oposto à Terra, se eleva para o céu. É o que faz que esse astro nos apresente sempre a mesma face. Para melhor compreender-se o seu estado geológico, pode ele ser comparado a um globo de cortiça, tendo formada de chumbo a face voltada para a Terra. Daí, duas naturezas essencialmente distintas na superfície do mundo lunar: uma, sem qualquer analogia com o nosso, porquanto lhe são desconhecidos os corpos fluidos e etéreos; a outra, leve, relativamente à Terra, pois que todas as substâncias menos densas se encaminharam para esse hemisfério. A primeira, perpetuamente voltada para a Terra, sem águas e sem atmosfera, a não secundários. (1) Esta teoria da Lua, nova inteiramente, explica, pela lei da gravitação, o motivo por que esse astro apresenta sempre a mesma face para a Terra. Tendo o centro de gravidade num dos pontos de sua superfície, em vez de estar no centro da esfera, e sendo, em consequência, atraído para a Terra por uma força maior do que a que atrai as partes mais leves, a Lua pode ser tida como uma dessas figuras chamadas vulgarmente João-bobo, que se levantam constantemente sobre a sua base, ao passo que os planetas, cujo centro de gravidade está a distâncias iguais da superfície, giram regularmente sobre o próprio eixo. Os fluidos vivificantes, gasosos ou líquidos, por virtude da sua leveza especifica, se encontrariam acumulados no hemisfério superior, perenemente oposto à Terra. O hemisfério inferior, o único que vemos, seria desprovido de tais fluidos e, por isso, impróprio à vida que, entretanto, reinaria no outro. Se, pois, o hemisfério superior é habitado, seus habitantes jamais viram a Terra, a menos que excursionem pelo outro, o que lhes seria impossível, desde que este carece das condições indispensáveis à vitalidade. Por muito racional e científica que seja essa teoria, como ainda não foi confirmada por nenhuma observação direta, somente a título de hipótese pode ser aceita e como idéia capaz de servir de baliza à Ciência. Não se pode, porém, deixar de convir em que é a única, até ao presente, que dá uma explicação satisfatória das particularidades que apresenta o globo lunar. OS COMETAS Astros errantes, os cometas, ainda mais do que os planetas, que conservaram a denominação etimológica, serão os guias que nos ajudarão a transpor os limites do sistema a que pertence a Terra e nos levarão às regiões longínquas da extensão sideral.
  • 3. REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO Pagina: 3 ANJOS DECAÍDOS E DA PERDA DO PARAÍSO Os mundos progridem, fisicamente, pela elaboração da matéria e, moralmente, pela purificação dos Espíritos que os habitam. A felicidade neles está na razão direta da predominância do bem sobre o mal e a predominância do bem resulta do adiantamento moral dos Espíritos. O progresso intelectual não basta, pois que com a inteligência podem eles fazer o mal. Logo que um mundo tem chegado a um de seus períodos de transformação, a fim de ascender na hierarquia dos mundos, operam-se mutações na sua população encarnada e desencarnada. É quando se dão as grandes emigrações e imigrações. Os que, apesar da sua inteligência e do seu saber, perseveraram no mal, sempre revoltados contra Deus e suas leis, se tornariam daí em diante um embaraço ao ulterior progresso moral, uma causa permanente de perturbação para a tranquilidade e a felicidade dos bons, pelo que são excluídos da humanidade a que até então pertenceram e tangidos para mundos menos adiantados, onde aplicarão a inteligência e a intuição dos conhecimentos que adquiriram ao progresso daqueles entre os quais passam a viver, ao mesmo tempo que expiarão, por uma série de existências penosas e por meio de árduo trabalho, suas passadas faltas e seu voluntário endurecimento. Que serão tais seres, entre essas outras populações, para eles novas, ainda na infância da barbárie, senão anjos ou Espíritos decaídos, ali vindos em expiação? Não é, precisamente, para eles, um paraíso perdido a terra donde foram expulsos? Essa terra não lhes era um lugar de delícias, em comparação com o meio ingrato onde vão ficar relegados por milhares de séculos, até que hajam merecido libertar-se dele? A vaga lembrança intuitiva que guardam da terra donde vieram é uma como longínqua miragem a lhes recordar o que perderam por culpa própria. Mas, ao mesmo tempo em que os maus se afastam do mundo em que habitavam, Espíritos melhores aí os substituem, vindos quer da erraticidade, concernente a esse mundo, quer de um mundo menos adiantado, que mereceram abandonar; Espíritos esses para os quais a nova habitação é uma recompensa. Assim renovada e depurada a população espiritual dos seus piores elementos, ao cabo de algum tempo o estado moral do mundo se encontra melhorado. São às vezes parciais essas mutações, isto é, circunscritas a um povo, a uma raça; doutras vezes, são gerais, quando chega para o globo o período de renovação. A raça adâmica apresenta todos os caracteres de uma raça proscrita. Os Espíritos que a integram foram exilados para a Terra, já povoada, mas de homens primitivos, imersos na ignorância, que aqueles tiveram por missão fazer progredir, levando-lhes as luzes de uma inteligência desenvolvida. Não é esse, com efeito, o papel que essa raça há desempenhado até hoje? Sua superioridade intelectual prova que o mundo donde vieram os Espíritos que a compõem era mais adiantado do que a Terra. Havendo entrado esse mundo numa nova fase de progresso e não tendo tais Espíritos querido, pela sua obstinação, colocar-se à altura desse progresso, lá estariam deslocados e constituiriam um obstáculo à marcha providencial das coisas. Foram, em consequência, desterrados de lá e substituídos por outros que isso mereceram. Relegando aquela raça para esta terra de labor e de sofrimentos, teve Deus razão para lhe dizer: «Dela tirarás o alimento com o suor da tua fronte.» Na sua mansuetude, prometeu-lhe que lhe enviaria um Salvador, isto é, um que a esclareceria sobre o caminho que lhe cumpria tomar, para sair desse lugar de miséria, desse inferno, e ganhar a felicidade dos eleitos. Esse Salvador ele, com efeito, lho enviou, na pessoa do Cristo, que lhe ensinou a lei de amor e de caridade que ela desconhecia e que seria a verdadeira âncora de salvação. É igualmente com o objetivo de fazer que a Humanidade se adiante em determinado sentido que Espíritos superiores, embora sem as qualidades do Cristo, encarnam de tempos a tempos na Terra para desempenhar missões especiais, proveitosas, simultaneamente, ao adiantamento pessoal deles, se as cumprirem de acordo com os desígnios do Criador. Sem a reencarnação, a missão do Cristo seria um contrassenso, assim como a promessa feita por Deus. Suponhamos, com efeito, que a alma de cada homem seja criada por ocasião do nascimento do corpo e não faça mais do que aparecer e desaparecer da Terra: nenhuma relação haveria entre as que vieram desde Adão até Jesus-Cristo, nem entre as que vieram depois; todas são estranhas umas às outras. A promessa que Deus fez de um Salvador não poderia entender-se com os descendentes de Adão, uma vez que suas almas ainda não estavam criadas.
  • 4. REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO Pagina: 4 Para que a missão do Cristo pudesse corresponder às palavras de Deus, fora mister se aplicassem às mesmas almas. Se estas são novas, não podem estar maculadas pela falta do primeiro pai, que é apenas pai carnal e não pai espiritual. A não ser assim, Deus houvera criado almas com a mácula de uma falta que não podia deixar nelas vestígio, pois que elas não existiam. A doutrina vulgar do pecado original implica, conseguintemente, a necessidade de uma relação entre as almas do tempo do Cristo e as do tempo de Adão; implica, portanto, a reencarnação. Dizei que todas essas almas faziam parte da colônia de Espíritos exilados na Terra ao tempo de Adão e que se achavam manchadas dos vícios que lhes acarretaram ser excluídas de um mundo melhor e tereis a única interpretação racional do pecado original, pecado peculiar a cada indivíduo e não resultado da responsabilidade da falta de outrem a quem ele jamais conheceu. Dizei que essas almas ou Espíritos renascem diversas vezes na Terra para a vida corpórea, a fim de progredirem, depurando- se; que o Cristo veio esclarecer essas mesmas almas, não só acerca de suas vidas passadas, como também com relação às suas vidas ulteriores e então, mas só então, lhe dareis à missão um sentido real e sério, que a razão pode aceitar. Um exemplo familiar, mas frisante pela analogia, ainda mais compreensíveis tornará os princípios que acabam de ser expostos. A 24 de maio de 1861, a fragata Ifigênia transportou à Nova Caledônia uma companhia disciplinar composta de 291 homens. À chegada, o comandante lhes baixou uma ordem do dia concebida assim: Pondo os pés nesta terra longínqua, já sem dúvida compreendestes o papel que vos está reservado. A exemplo dos bravos soldados da nossa marinha, que servem sob as vossas vistas, ajudar-nos-eis a levar com brilho o facho da civilização ao seio das tribos selvagens da Nova Caledônia. Não é uma bela e nobre missão, pergunto? Desempenhá-la-eis dignamente. Escutai a palavra e os conselhos dos vossos chefes. Estou à frente deles. Entendei bem as minhas palavras. A escolha do vosso comandante, dos vossos oficiais, dos vossos suboficiais e cabos constitui garantia certa de que todos os esforços serão tentados para fazer-vos excelentes soldados, digo mais: para vos elevar à altura de bons cidadãos e vos transformar em colonos honrados, se o quiserdes. A nossa disciplina é severa e assim tem que ser. Colocada em nossas mãos, ela será firme e inflexível, ficai sabendo, do mesmo modo que, justa e paternal, saberá distinguir o erro do vício e da degradação... » Aí tendes um punhado de homens expulsos, pelo seu mau proceder, de um país civilizado e mandados, por punição, para o meio de um povo bárbaro. Que lhes diz o chefe? – Infringistes as leis do vosso país; nele vos tornastes causa de perturbação e escândalo e fostes expulsos; mandam-vos para aqui, mas aqui podeis resgatar o vosso passado; podeis, pelo trabalho, criar-vos aqui uma posição honrosa e tornar-vos cidadãos honestos. Tendes uma bela missão a cumprir: levar a civilização a estas tribos selvagens. A disciplina será severa, mas justa, e saberemos distinguir os que procederem bem. Tendes nas mãos a vossa sorte; podeis melhorá-la, se o quiserdes, porque tendes o livre-arbítrio. Para aqueles homens, lançados ao seio da selvajaria, a mãe-pátria não é um paraíso que eles perderam pelas suas próprias faltas e por se rebelarem contra a lei? Naquela terra distante, não são eles anjos decaídos? A linguagem do chefe não é idêntica à de que usou Deus falando aos Espíritos exilados na Terra: Desobedecestes às minhas leis e, por isso, eu vos expulsei do mundo onde podíeis viver ditosos e em paz. Aqui, estareis condenados ao trabalho; mas, podereis, pelo vosso bom procedimento, merecer perdão e reganhar a pátria que perdestes por vossa falta, isto é, o Céu? À primeira vista, a ideia de decaimento parece em contradição com o princípio segundo o qual os Espíritos não podem retrogradar. Deve-se, porém, considerar que não se trata de um retrocesso ao estado primitivo. O Espírito, ainda que numa posição inferior, nada perde do que adquiriu; seu desenvolvimento moral e intelectual é o mesmo, qualquer que seja o meio onde se ache colocado. Ele está na situação do homem do mundo condenado à prisão por seus delitos.
  • 5. REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO Pagina: 5 Certamente, esse homem se encontra degradado, decaído, do ponto de vista social, mas não se torna nem mais estúpido, nem mais ignorante. Será crível, perguntamos agora, que esses homens mandados para a Nova Caledônia vão transformar- se de súbito em modelos de virtude? Que vão abjurar repentinamente seus erros do passado? Para supor tal coisa, fora necessário desconhecer a Humanidade. Pela mesma razão, os Espíritos da raça adâmica, uma vez transplantados para a terra do exílio, não se despojaram instantaneamente do seu orgulho e de seus maus instintos; ainda por muito tempo conservaram as tendências que traziam, um resto da velha levedura. Ora, não é esse o pecado original? (2) Quando, na Revue Spirite de janeiro de 1862, publicamos um artigo sobre a interpretação da doutrina dos anjos decaídos apresentamos essa teoria como simples hipótese, sem outra autoridade afora a de uma opinião pessoal controversível, porque nos faltavam então elementos bastantes para uma afirmação peremptória. Expusemo-la a título de ensaio, tendo em vista provocar o exame da questão, decidido, porém, a abandoná-la ou modificá-la, se fosse preciso. Presentemente, essa teoria já passou pela prova do controle universal. Não só foi bem aceita pela maioria dos espíritas, como a mais racional e a mais concorde com a soberana justiça de Deus, mas também foi confirmada pela generalidade das instruções que os Espíritos deram sobre o assunto. O mesmo se verificou com a que concerne à origem da raça adâmica. Pelo Espiritismo, o homem sabe donde vem, para onde vai, por que está na Terra, por que sofre temporariamente e vê por toda parte a justiça de Deus. Sabe que a alma progride incessantemente, através de uma série de existências sucessivas, até atingir o grau de perfeição que a aproxima de Deus. Sabe que todas as almas, tendo um mesmo ponto de origem, são criadas iguais, com idêntica aptidão para progredir, em virtude do seu livre-arbítrio; que todas são da mesma essência e que não há entre elas diferença, senão quanto ao progresso realizado; que todas têm o mesmo destino e alcançarão a mesma meta, mais ou menos rapidamente, pelo trabalho e boa vontade. Sabe que não há criaturas deserdadas, nem mais favorecidas umas do que outras; que Deus a nenhuma criou privilegiada e dispensada do trabalho imposto às outras para progredirem; que não há seres perpetuamente votados ao mal e ao sofrimento; que os que se designam pelo nome de demônios são Espíritos ainda atrasados e imperfeitos, que praticam o mal no espaço, como o praticavam na Terra, mas que se adiantarão e aperfeiçoarão; que os anjos ou Espíritos puros não são seres à parte na criação, mas Espíritos que chegaram à meta, depois de terem percorrido a estrada do progresso; que, por essa forma, não há criações múltiplas, nem diferentes categorias entre os seres inteligentes, mas que toda a criação deriva da grande lei de unidade que rege o Universo e que todos os seres gravitam para um fim comum que é a perfeição, sem que uns sejam favorecidos à custa de outros, visto serem todos filhos das suas próprias obras. Pelas relações que hoje pode estabelecer com aqueles que deixaram a Terra, possui o homem não só a prova material da existência e da individualidade da alma, como também compreende a solidariedade que liga os vivos aos mortos deste mundo e os deste mundo aos dos outros planetas. Conhece a situação deles no mundo dos Espíritos, acompanha-os em suas migrações, aprecia-lhes as alegrias e as penas; sabe a razão por que são felizes ou infelizes e a sorte que lhes está reservada, conforme o bem ou o mal que fizerem. Essas relações iniciam o homem na vida futura, que ele pode observar em todas as suas fases, em todas as suas peripécias; o futuro já não é uma vaga esperança: é um fato positivo, uma certeza matemática. Desde então, a morte nada mais tem de aterrador, por lhe ser a libertação, a porta da verdadeira vida.
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  • 7. REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO Pagina: 7 Perda do paraíso - bíblico: CAPÍTULO II. - Ora, o Senhor Deus plantara desde o começo um jardim de delícias, no qual pôs o homem que ele formara. - O Senhor Deus também fizera sair da terra toda espécie de árvores belas ao olhar e cujo fruto era agradável ao paladar e, no meio do paraíso, a árvore da vida, com a árvore da ciência do bem e do mal. (Ele fez sair, Jeová Eloim, da terra (min haadama) toda árvore bela de ver-se e boa para comer-se e a árvore da vida (vehetz hachayim) no meio do jardim e a árvore da ciência do bem e do mal.). - O Senhor tomou, pois, do homem e o colocou em o paraíso de delícias, a fim de que o cultivasse e guardasse. - Deu-lhe também esta ordem e lhe disse: Come de todas as árvores do paraíso. (Ele ordenou, Jeová Eloim, ao homem (hal haadam) dizendo: De toda árvore do jardim podes comer.) Mas, não comas absolutamente o fruto da árvore da ciência do bem e do mal; porquanto, logo que o comeres, morrerás com toda a certeza. (E da árvore do bem e do mal (oumehetz hadaat tob vara) não comerás, pois que no dia em que dela comeres morrerás.) CAPÍTULO III. - Ora, a serpente era o mais fino de todos os animais que o Senhor Deus formara na Terra. E ela disse à mulher: Por que vos ordenou Deus que não comêsseis os frutos de todas as árvores do paraíso? (E a serpente (nâhâsch) era mais astuto do que todos os animais terrestres que Jeová Eloim havia feito; ela disse à mulher (el haïscha): Terá dito Eloim: Não comereis de nenhuma árvore do jardim?). A mulher respondeu: Comemos dos frutos de todas as árvores que estão no paraíso. (Disse ela, a mulher, à serpente, do fruto (miperi) das árvores do jardim podemos comer.) - Mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do paraíso, Deus nos ordenou que não comêssemos dele e que não lhe tocássemos, para que não corramos o perigo de morrer. - A serpente replicou à mulher: Certamente não morrereis. - Mas, é que Deus sabe que, assim houverdes comido desse fruto, vossos olhos se abrirão e sereis como deuses, conhecendo o bem e o mal. A mulher considerou então que o fruto daquela árvore era bom de comer; que era belo e agradável à vista. E, tomando dele, o comeu e o deu a seu marido, que também comeu. (Ela viu, a mulher, que ela era boa, a árvore como alimento, e que era desejável a árvore para compreender (léaskil), e tomou de seu fruto, etc.) - E como ouvissem a voz do Senhor Deus, que passeava à tarde pelo jardim, quando sopra um vento brando, eles se retiraram para o meio das árvores do paraíso, a fim de se ocultarem de diante da sua face. Então o Senhor Deus chamou Adão e lhe disse: Onde estás? Adão lhe respondeu: Ouvi a tua vos no paraíso e tive medo, porque estava nu, essa a razão por que me escondi. - O Senhor lhe retrucou: E como soubeste que estavas nu, senão porque comeste o fruto da árvore da qual eu vos proibi que comêsseis? Adão lhe respondeu: A mulher que me deste por companheira me apresentou o fruto dessa árvore e eu dele comi. - O Senhor Deus disse à mulher: Por que fizeste isso? Ela respondeu: A serpente me enganou e eu comi desse fruto. - Então, o Senhor Deus disse à serpente: Por teres feito isso, serás maldita entre todos os animais e todas as bestas da terra; rojar-te-ás sobre o ventre e comerás a terra por todos os dias de tua vida. Porei uma inimizade entre ti e a mulher, entre a sua raça e a tua. Ela te esmagará a cabeça e tu tentarás morder-lhe o calcanhar. - Deus disse também à mulher: Afiigir-te-ei com muitos males durante a tua gravidez; parirás com dor; estarás sob a dominação de teu marido e ele te dominará. - Disse em seguida a Adão: Por haveres escutado a voz de tua mulher e haveres comido do fruto da árvore de que te proibi que comesses, a terra te será maldita por causa do que fizeste e só com muito trabalho tirarás dela com que te alimentes, durante toda a tua vida. -Ela te produzirá espinhos e sarças e te alimentarás com a erva da terra. - E comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra donde foste tirado, porque és pó e em pó te tornarás. E Adão deu à sua mulher o nome de Eva, que significa a vida, porque ela era a mãe de todos os viventes.
  • 8. REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO Pagina: 8 - O Senhor Deus também fez para Adão e sua mulher vestiduras de peles com que os cobriu. E disse: - Eis aí Adão feito um de nós, sabendo o bem e o mal. Impeçamos, pois, agora, que ele deite a mão à árvore da vida, que também tome do seu fruto e que, comendo desse fruto, viva eternamente. - (Ele disse, Jeová Eloim: Eis aí, o homem foi como um de nós para o conhecimento do bem e do mal; agora ele pode estender a mão e tomar da árvore da vida (veata pen ischlachyado velakach mehetz hachayim); comerá dela e viverá eternamente.) - O Senhor Deus o fez sair do jardim de delicias, a fim de que fosse trabalhar no cultivo da terra donde ele fora tirado. - E, tendo-o expulsado, colocou querubins (1 diante do jardim de delícias, os quais faziam luzir uma espada de fogo, para guardarem o caminho que levava à árvore da vida. Deve-se, além disso, notar que o termo hebreu nâhâsch, traduzido por serpente, vem da raiz nâhâsch, que significa: fazer encantamentos, adivinhar as coisas ocultas, podendo, pois, significar: encantador, adivinho. O termo nâhâsch existia na língua egípcia, com a significação de negro, provavelmente porque os negros tinham o dom dos encantamentos e da adivinhação. Talvez também por isso é que as esfinges, de origem assíria, eram representadas por uma figura de negro. - Deus sabe que, logo que houverdes comido desse fruto, vossos olhos se abrirão e sereis como deuses. - Ela, a mulher, viu que era cobiçável a árvore para compreender (léaskil) e tomou do seu fruto. - Deus não lhes fala como a crianças, mas como a seres em estado de o compreenderem e que o compreendem, prova evidente de que ambos trazem aquisições anteriormente realizadas. Admitamos, ao demais, que hajam vivido em um mundo mais adiantado e menos material do que o nosso, onde o trabalho do Espírito substituía o do corpo; que, por se haverem rebelado contra a lei de Deus, figurada na desobediência, tenham sido afastados de lá e exilados, por punição, para a Terra, onde o homem, pela natureza do globo, é constrangido a um trabalho corporal e reconheceremos que a Deus assistia razão para lhes dizer: «No mundo onde, daqui em diante, ides viver, cultivareis a terra e dela tirareis o alimento, com o suor da vossa fronte»; E, à mulher: «Parirás com dor», porque tal é a condição desse mundo. (Cap. XI, nos 31 e seguintes.). O paraíso terrestre, cujos vestígios têm sido inutilmente procurados na Terra, era, por conseguinte, a figura do mundo ditoso, onde vivera Adão, ou, antes, a raça dos Espíritos que ele personifica. A expulsa do paraíso marca o momento em que esses Espíritos vieram encarnar entre os habitantes do mundo terráqueo e a mudança de situação foi a consequência da expulsão. O anjo que, empunhando uma espada flamejante, veda a entrada do paraíso simboliza a impossibilidade em que se acham os Espíritos dos mundos inferiores, de penetrar nos mundos superiores, antes que o mereçam pela sua depuração. Só muito mais tarde, na idade de cento e trinta anos, foi que Adão teve um terceiro filho, que se chamou Seth, depois de cujo nascimento, ele ainda viveu, segundo a genealogia bíblica, oitocentos anos, e teve mais filhos e filhas. Está hoje perfeitamente reconhecido que a palavra hebréia haadam não é um nome próprio, mas significa: o homem em geral, a Humanidade, o que destrói toda a estrutura levantada sobre a personalidade de Adão. Em nenhum texto o fruto é especializado na maçã, palavra que só se encontra nas versões infantis. O termo do texto hebreu é peri, que tem as mesmas acepções que em francês, sem determinação de espécie e pode ser tomado em sentido material, moral, alegórico, em sentido próprio e figurado. Para os Israelitas, não há interpretação obrigatória; quando uma palavra tem muitas acepções, cada um a entende como quer, contanto que a interpretação não seja contraria à gramática. O termo peri foi traduzido em latim por malum, que se aplica tanto à maçã, como a qualquer espécie de frutos. Deriva do grego melon, particípio do verbo melo, interessar, cuidar, atrair.
  • 9. REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO Pagina: 9 A CAMINHO DA LUZ – EMMANUEL & CHICO XAVIER OS ENSAIOS ASSOMBROSOS Nessa altura, os artistas da criação inauguram novos períodos evolutivos, no plano das formas. A Natureza torna-se uma grande oficina de ensaios monstruosos. Após os répteis, surgem os animais horrendos das eras primitivas. Os trabalhadores do Cristo, como os alquimistas que estudam a combinação das substâncias, na retorta de acuradas observações, analisavam, igualmente, a combinação prodigiosa dos complexos celulares, cuja formação eles próprios haviam delineado, executando, com as suas experiências, uma justa aferição de valores, prevendo todas as possibilidades e necessidades do porvir. Todas as arestas foram eliminadas. Aplainaram-se dificuldades e realizaram-se novas conquistas. A máquina celular foi aperfeiçoada, no limite do possível, em face das leis físicas do globo. Os tipos adequados à Terra foram consumados em todos os reinos da Natureza, eliminando-se os frutos teratológicos e estranhos, do laboratório de suas perseverantes experiências. A prova da intervenção das forças espirituais, nesse vasto campo de operações, é que, enquanto o escorpião, gêmeo dos crustáceos marinhos, conserva até hoje, de modo geral, a forma primitiva, os animais monstruosos das épocas remotas, que lhe foram posteriores, desapareceram para sempre da fauna terrestre, guardando os museus do mundo as interessantes reminiscências de suas formas atormentadas. OS ANTEPASSADOS DO HOMEM O reino animal experimenta as mais estranhas transições no período terciário, sob as influências do meio e em face dos imperativos da lei de seleção. Mas, o nosso raciocínio ansioso procura os legítimos antepassados das criaturas humanas, nessa imensa vastidão do proscênio da evolução anímica. Onde está Adão com a sua queda do paraíso? Debalde nossos olhos procuram, aflitos, essas figuras legendárias, com o propósito de localizá- las no Espaço e no Tempo. Compreendemos, afinal, que Adão e Eva constituem uma lembrança dos Espíritos degredados ria paisagem obscura da Terra, como Caim e Abel são dois símbolos para a personalidade das criaturas. Examinada, porém, a questão nos seus prismas reais, vamos encontrar os primeiros antepassados do homem sofrendo os processos de aperfeiçoamento da Natureza. No período terciário a que nos reportamos, sob a orientação das esferas espirituais notavam-se algumas raças de antropoides, no Plioceno inferior. Esses antropoides, antepassados do homem terrestre, e os ascendentes dos símios que ainda existem no mundo, tiveram a sua evolução em pontos convergentes, e daí os parentescos sorológicos entre o organismo do homem moderno e o do chimpanzé da atualidade. Reportando-nos, todavia, aos eminentes naturalistas dos últimos tempos, que examinaram meticulosamente os transcendentes assuntos do evolucionismo, somos compelidos a esclarecer que não houve propriamente uma "descida da árvore", no início da evolução humana. As forças espirituais que dirigem os fenômenos terrestres, sob a orientação do Cristo, estabeleceram, na época da grande maleabilidade dos elementos materiais, uma linhagem definitiva para todas as espécies, dentro das quais o princípio espiritual encontraria o processo de seu acrisolamento, em marcha para a racionalidade. Os peixes, os répteis, os mamíferos, tiveram suas linhagens fixas de desenvolvimento e o homem não escaparia a essa regra geral. A GRANDE TRANSIÇÃO Os antropoides das cavernas espalharam-se, então, aos grupos, pela superfície do globo, no curso vagaroso dos séculos, sofrendo as influências do meio e formando os pródomos das raças futuras em seus tipos diversificados; a realidade, porém, é que as entidades espirituais auxiliaram o homem do sílex, imprimindo-lhe novas expressões biológicas. Extraordinárias experiências foram realizadas pelos mensageiros do invisível.
  • 10. REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO Pagina: 10 As pesquisas recentes da Ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado, e outras descobertas interessantes da Paleontologia, quanto ao homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que procederam os prepostos de Jesus, até fixarem no "primata" os característicos aproximados do homem futuro. Os séculos correram o seu velário de experiências penosas sobre a fronte dessas criaturas de braços alongados e de pelos densos, até que um dia as hostes do invisível operaram uma definitiva transição no corpo perispiritual preexistente, dos homens primitivos, nas regiões siderais e em certos intervalos de suas reencarnações. Surgem os primeiros selvagens de compleição melhorada, tendendo à elegância dos tempos do porvir. Uma transformação visceral verificara-se na estrutura dos antepassados das raças humanas. Como poderia operar-se semelhante transição? Perguntará o vosso critério científico. Muito naturalmente. Também as crianças têm os defeitos da infância corrigidos pelos pais, que as preparam em face da vida, sem que, na maioridade, elas se lembrem disso. ESPÍRITOS EXILADOS NA TERRA Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes. Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a sua vinda no porvir. Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos firmamentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia. FIXAÇÃO DOS CARACTERES RACIAIS Com o auxílio desses Espíritos degredados, naquelas eras remotíssimas, as falanges do Cristo operavam ainda as últimas experiências sobre os fluidos renovadores da vida, aperfeiçoando os caracteres biológicos das raças humanas. A Natureza ainda era, para os trabalhadores da espiritualidade, um campo vasto de experiências infinitas; tanto assim que, se as observações do mendelismo fossem transferidas àqueles milênios distantes, não se encontraria nenhuma equação definitiva nos seus estudos de biologia. A moderna genética não poderia fixar, como hoje, as expressões dos "genes", porquanto, no laboratório das forças invisíveis, as células ainda sofriam longos processos de acrisolamento, imprimindo-se lhes elementos de astralidade, consolidando-se lhes as expressões definitivas, com vistas às organizações do porvir. Se a gênese do planeta se processara com a cooperação dos milênios, a gênese das raças humanas requeria a contribuição do tempo, até que se abandonasse a penosa e longa tarefa da sua fixação. ORIGEM DAS RAÇAS BRANCAS Aquelas almas aflitas e atormentadas reencar- naram, proporcionalmente, nas regiões mais importantes, onde se haviam localizado as tri bos e famílias primitivas, descendentes dos "primatas", a que nos referimos ainda há pouco. Com a sua reencarnação no mundo terreno, estabeleciam-se fatores definitivos na história etnológica dos seres. Um grande acontecimento se verificara no planeta. É que, com essas entidades, nasceram no orbe os ascendentes das raças brancas. Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios. Não obstante as lições recebidas da palavra sábia e mansa do Cristo, os homens brancos olvidaram os seus sagrados compromissos.
  • 11. REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO Pagina: 11 Grande percentagem daqueles Espíritos rebeldes, com muitas exceções, só puderam voltar ao país da luz e da verdade depois de muitos séculos de sofrimentos expiatórios; outros, porém, infelizes e retrógrados, permanecem ainda na Terra, nos dias que correm, contrariando a regra geral, em virtude do seu elevado passivo de débitos clamorosos. O aproveitamento desse processo educativo deveria ser levado a efeito pela capital do mundo, de acordo com os desígnios do plano espiritual. Pesadas forças da Treva, porém, aliaram-se às mais fortes tendências do homem terrestre, constantemente inclinado aos liames do mal que o prendiam à Terra, adstrito aos mais grosseiros instintos de conservação, e, enquanto os Espíritos abnegados, do Alto, choram sobre os abusos de liberdade dos romanos, a cidade dos Césares embriaga-se cada vez mais no vinho do ódio e da ambição, contraindo dívidas penosas, entrelaçando os seus sentimentos com o ódio dos vencidos e dos humilhados, criando negras perspectivas para o longínquo futuro. QUATRO GRANDES POVOS As raças adâmicas guardavam vaga lembrança da sua situação pregressa, tecendo o hino sagrado das reminiscências. As tradições do paraíso perdido passaram de gerações a gerações, até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia. Aqueles seres decaídos e degradados, a maneira de suas vidas passadas no mundo distante da Capela, com o transcurso dos anos reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e lingüísticas que os associavam na constelação do Cocheiro. Unidos, novamente, na esteira do Tempo, formaram desse modo o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia. Dos árias descende a maioria dos povos brancos da família indo-europeia nessa descendência, porém, é necessário incluir os latinos, os celtas e os gregos, além dos germanos e dos eslavos. As quatro grandes massas de degredados formaram os pródomos de toda a organização das civilizações futuras, introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça amarela e da raça negra, que já existiam. É de grande interesse o estudo de sua movimentação no curso da História. Através dessa análise, é possível examinarem-se os defeitos e virtudes que trouxeram do seu paraíso longínquo, bem como os antagonismos e idiossincrasias peculiares a cada qual. A bondade do Mestre fez florescer cidades valorosas e progressistas, países cultos e fartos, onde as almas decaídas encontrassem todos os elementos de edificação e aprimoramento. O homem físico continuou a linha ascensional de sua evolução nas conquistas e descobrimentos, mas o homem transcendente, a personalidade imortal, teria saído do oceano de lodo onde se mergulhou, voluntariamente, há dois milênios? Respondam por nós as angustiosas expectativas da hora presente.
  • 12. REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO Pagina: 12 EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS – ANDRÉ LUIZ – CHICO XAVIER CO-CRIAÇÃO EM PLANO MAIOR Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, os grandes Devas da teologia hindu ou os Arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de Co-criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa. Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus ê o Criador de Toda a Eternidade. IMPÉRIOS ESTELARES Devido à atuação desses Arquitetos Maiores, surgem nas galáxias as organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas intergalácticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável uniformidade coordenadora. É aí, no seio dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito. Cada galáxia quanto cada constelação guardam no cerne a força centrífuga própria, controlando a força gravítica, com determinado teor energético, apropriado a certos fins. A Engenharia Celeste equilibra rotação e massa, harmonizando energia e movimento, e mantêm- se, desse modo, na vastidão sideral, magnificentes florestas de estrelas, cada qual transportando consigo os planetas constituídos e em formação, que se lhes vinculam magneticamente ao fulcro central, como os eletrões se conjugam ao núcleo atômico, em trajetos perfeitamente ordenados na órbita que se lhes assinala de início. NOSSA GALÁXIA Para idearmos, de algum modo, a grandeza inconcebível da Criação, comparemos a nossa galáxia a grande cidade, perdida entre incontáveis grandes cidades de um país cuja extensão não conseguimos prever. Tomando o Sol e os mundos nossos vizinhos como apartamentos de nosso edifício, reconheceremos que em derredor repontam outros edifícios em todas as direções. Assestando instrumentos de longo alcance da nossa sala de estudo, perceberemos que nossa casa não é a mais humilde, mas que inúmeras outras lhe superam as expressões de magnitude e beleza. Aprendemos que, além de nossa edificação, salientam-se palácios e arranha-céus como Betelgeuze, no distrito de Órion, Canópus, na região do Navio, Arctúrus, no conjunto do Boieiro, Antares, no centro do Escorpião, e outras muitas residências senhoriais, imponentes e belas, exibindo uma glória perante a qual todos os nossos valores se apagariam. Por processos ópticos, verificamos que a nossa cidade apresenta uma forma espiralada e que a onda de rádio, avançando com a velocidade da luz, gasta mil séculos terrenos para percorrer-lhe o diâmetro. Nela surpreenderemos milhões de lares, nas mais diversas dimensões e feitios, instituídos de há muito, recém-organizados, envelhecidos ou em vias de instalação, nos quais a vida e a experiência enxameiam vitoriosas. FORÇAS ATÔMICAS Toda essa riqueza de plasmagem, nas linhas da Criação, ergue-se à base de corpúsculos sob irradiações da mente, corpúsculos e irradiações que, no estado atual dos nossos conhecimentos, embora estejamos fora do plano físico, não podemos definir em sua multiplicidade e configuração, porquanto a morte apenas dilata as nossas concepções e nos aclara a introspecção, iluminando-nos o senso moral, sem resolver, de maneira absoluta, os problemas que o Universo nos propõe a cada passo, com os seus espetáculos de grandeza. Sob a orientação das Inteligências Superiores, congregam-se os átomos em colmeias imensas, e, sob a pressão, espiritualmente dirigida, de ondas eletromagnéticas, são controladamente reduzidas as áreas espaciais intra-atômicas, sem perda de
  • 13. REFERENCIA PARA OS ALUNDOS – EAE 2 – OS 7 DIAS DA CRIAÇÃO Pagina: 13 movimento, para que se transformem na massa nuclear adensada, de que se esculpem os planetas, em cujo seio as Mônadas celestes encontrarão adequado berço ao desenvolvimento. Semelhantes mundos servem à finalidade a que se destinam, por longas eras consagradas à evolução do Espírito, até que, pela sobre pressão sistemática, sofram o colapso atômico pelo qual se transmutam em astros cadaverizados. Essas esferas mortas, contudo, volvem a novas diretrizes dos Agentes Divinos, que dispõem sobre a desintegração dos materiais de superfície, dando ensejo a que os elementos comprimidos se libertem através de explosão ordenada, surgindo novo acervo corpuscular para a reconstrução das moradias celestes, nas quais a obra de Deus se estende e perpetua, em sua glória criativa. CO-CRIAÇÃO EM PLANO MENOR Em análogo alicerce, as Inteligências humanas que ombreiam conosco utilizam o mesmo fluído cósmico, em permanente circulação no Universo, para a Co-criação em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energia espiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que se exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a humanidade Encarnada e a Humanidade Desencarnada. Dentro das mesmas bases, plasmam também os lugares entenebrecidos pela purgação infernal, gerados pelas mentes desequilibradas ou criminosas nos círculos inferiores e abismais, e que valem por aglutinações de duração breve, no microcosmo em que estagiam, sob o mesmo princípio de comando mental com que as Inteligências Maiores modelam as edificações macrocósmicas, que desafiam a passagem dos milênios. Cabe-nos assinalar, desse modo, que, na essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda a energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas leis nos conservam e prestigiam o bem praticado, constrangendo-nos a transformar o mal de nossa autoria no bem que devemos realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno Princípio. Compete-nos, pois, anotar que o fluído cósmico ou plasma divino é a força em que todos vivemos, nos ângulos variados da Natureza, motivo pelo qual já se afirmou, e com toda a razão, que “em Deus nos movemos e existimos”. Uberaba, 15/1/58.