SlideShare uma empresa Scribd logo
Aula 20

Aplica»~es selecionadas da integral
      co
de¯nida

20.1       ¶
           Area de uma regi~o plana
                           a
                      a          co       ³nuas no intervalo [a; b], sendo f (x) ¸ g(x),
Suponhamos que f e g s~o duas fun»~es cont¶
para todo x 2 [a; b].
       Para x 2 [a; b], consideramos, apoiada µ esquerda no ponto x, uma fatia retangular
                                              a
vertical, de base ¢x, e altura h(x) = f (x) ¡ g(x), como na ¯gura 20.1. A ¶rea dessa
                                                                              a
fatia ser¶ dada por ¢A = [f (x) ¡ g(x)]¢x.
         a

                                                              y = f(x)
                           y
                               ∆ A = [f(x) - g(x)] ∆ x




                                                                         y = g(x)

                                  a                  x          b                   x

                                                         ∆x



                                            Figura 20.1.

      Se subdividirmos o intervalo [a; b] em v¶rios sub-intervalos de comprimento ¢x, e
                                              a
sobre cada um deles constru¶³rmos uma ¶rea ¢A, como acima, teremos a ¶rea entre as
                                          a                                 a
duas curvas, compreendida entre as retas verticais x = a e x = b, dada aproximadamente
por                         X            X
                                ¢A =        [f(x) ¡ g(x)]¢x


                                                   180
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                               181


onde, pelo bem da simplicidade, estamos omitidindo ¶
                                                   ³ndices do somat¶rio.
                                                                   a
      A ¶rea entre as duas curvas, compreendida entre as retas verticais x = a e x = b,
        a
ser¶ dada pelo limite de tais somas integrais, quando ¢x ! 0, ou seja, ser¶ dada por
   a                                                                       a
                        X                  Z b
                A = lim  [f(x) ¡ g(x)]¢x =     [f (x) ¡ g(x)] dx
                     ¢x!0                                 a


    Sendo ¢A = [f (x) ¡ g(x)]¢x, ¶ costume simbolizar dA = [f (x) ¡ g(x)]dx.
                                 e
               Rb
Temos ent~o A = a dA.
         a
        E costume dizer que dA = [f(x) ¡ g(x)] dx ¶ um elemento in¯nitesimal de ¶rea,
        ¶                                         e                             a
de altura f(x) ¡ g(x), sobre um elemento in¯nitesimal de comprimento dx. O s¶
                R                                                             ³mbolo
de integra»~o, , prov¶m da forma de um arcaico S, e tem o signi¯cado de soma (veja
            ca         e
       R
isto: oma) de um n¶mero in¯nito de quantidades in¯nitesimais" . Assim, se f(x) ¸ 0,
                     u
Rb
  a
    f (x) dx corresponde, grosso modo, a uma soma de elementos in¯nitesimais de ¶rea,
                                                                                a
de alturas f(x), e base dx, com x variando" de a at¶ b.
                                                     e
                                                                                    p
Exemplo 20.1 Calcular a ¶rea delimitada pelas curvas y = x2 e y =
                        a                                                            x.


                                       y
                                           y=√ x

                                   1



                                                          y = x2

                                   0                  1       x



                                       Figura 20.2.
                                                                                          p
Solu»~o. As curvas dadas se interceptam em x0 = 0 e em x1 = 1 (solu»~es de x2 =
    ca                 p                                           co                      x).
                                2
Para 0 · x · 1, temos x ¸ x . Veja ¯gura 20.2.
    Assim sendo, a ¶rea entre as duas curvas ¶ dada por
                    a                    h e          i1
   R1 p               R 1 1=2                       3
A = 0 [ x ¡ x2 ] dx = 0 [x ¡ x2 ] dx = 2 x3=2 ¡ x
                                          3        3
                                                         =            2
                                                                      3
                                                                          ¡   1
                                                                              3
                                                                                  = 1.
                                                                                    3
                                                                  0



20.2      M¶dia ou valor m¶dio de uma fun»~o
           e              e              ca
Seja f uma fun»~o cont¶
               ca     ³nua no intervalo [a; b]. Em [a; b] tomemos os n + 1 pontos
igualmente espa»ados
               c

                      x0 = a < x1 < x2 < : : : < xn¡1 < xn = b
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                                182


isto ¶, tais que
     e
                                                                           b¡a
                    x1 ¡ x0 = x2 ¡ x1 = : : : = xn ¡ xn¡1 = ¢x =
                                                                            n

A m¶dia aritm¶tica dos n + 1 valores f(x0 ); f (x1 ); f (x2 ); : : : ; f(xn ), ¶ dada por
   e         e                                                                 e

                                      f(x0 ) + f (x1 ) + ¢ ¢ ¢ + f (xn )
                               ¹n =
                                                  n+1

De¯niremos a m¶dia da fun»~o f, no intervalo [a; b], como sendo
              e          ca
                                            ¹
                                            f = lim ¹n
                                                 n!1

      Mostraremos que
                                                Rb
                                          ¹      a
                                                     f (x) dx
                                          f=
                                                     b¡a

                                  b¡a
      De fato, sendo ¢x =                 , temos
                                     n
                   f (x0 ) + f (x1 ) + ¢ ¢ ¢ + f (xn )
         ¹n =
                                 nµ 1
                                   +                                            ¶
                   f (x0 )     1     f (x1 )¢x + f (x2 )¢x + ¢ ¢ ¢ + f(xn )¢x
             =             +
                   n + 1 ¢x                              n+1
                                     µ                                             ¶
                   f (x0 )      n       f (x1 )¢x + f(x2 )¢x + ¢ ¢ ¢ + f (xn )¢x
             =             +
                   n+1 b¡a                                n+1
                   f (x0 )      1         n
             =             +         ¢         (f (x1 )¢x + f(x2 )¢x + ¢ ¢ ¢ + f (xn )¢x)
                   n+1 b¡a n+1
Logo, como os pontos x0 (= a); x1 ; : : : ; xn¡1 ; xn (= b) subdividem o intervalo [a; b] em
n sub-intervalos, todos de comprimento ¢x = (b ¡ a)=n.
                                                                  Ã n             !
                          f (x0 )      1               n             X
           lim ¹n = lim           +          ¢ lim         ¢ lim         f (xi )¢x
          n!1        n!1 n + 1       b ¡ a n!1 n + 1 n!1 i=1
                                     Z b                      Z b
                            1                            1
                   =0+           ¢1¢      f (x) dx =              f (x) dx
                         b¡a           a               b¡a a

Exemplo 20.2 Determine o valor m¶dio de f(x) = x2 , no intervalo a · x · b.
                                e

Solu»~o. O valor m¶dio de f em [a; b], ¶ dado por
    ca            e                    e
                          Z b                   ¯b        µ 3      ¶
                ¹=    1         2         1 x3 ¯¯ = 1      b    a3
               f              x dx =                          ¡
                    b¡a a              b ¡ a 3 ¯a b ¡ a 3       3
                              2         2     2         2
                    (b ¡ a)(a + ab + b )     a + ab + b
                 =                         =
                          3(b ¡ a)                 3
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                        183


20.3      Volume de um s¶lido
                        o



                                                          ∆ V = A(x) . ∆ x



                                    A(x)                              A(x)




                                                                  ∆x


                     a               x               b        x




                                     Figura 20.3.

Na ¯gura 20.3, para cada x, a · x · b, um plano perpendicular a um eixo x corta um
s¶lido (uma batata ?) determinando no s¶lido uma sec»~o transversal de ¶rea A(x). De
 o                                      o            ca                 a
x = a at¶ x = b, s~o determinadas as ¶reas de todas todas as sec»~es transversais desse
         e         a                 a                          co
s¶lido, sendo b ¡ a o seu comprimento". Qual ¶ o seu volume ?
 o                                              e
     Suponhamos que o intervalo [a; b] ¶ subdividido em n sub-intervalos, todos de
                                       e
comprimento ¢x = (b ¡ a)=n.
      Se x ¶ um ponto dessa subdivis~o, determina-se um volume de uma fatia cil¶
            e                       a                                           ³n-
drica", de base" com ¶rea A(x) e altura" ¢x,
                      a

                                   ¢V = V (x) ¢ ¢x

Uma aproxima»~o do volume do s¶lido ¶ dado pelo somat¶rio desses v¶rios volumes
             ca               o     e                o            a
cil¶
   ³ndricos,                X          X
                        V »
                          =      ¢V =      A(x) ¢ ¢x
                                              x
sendo o somat¶rio aqui escrito sem os habituais ¶
               o                                   ³ndices i, para simpli¯car a nota»~o.
                                                                                    ca
Quanto mais ¯nas as fatias cil¶
                               ³ndricas", mais pr¶ximo o somat¶rio estar¶ do volume do
                                                 o              o         a
s¶lido, sendo seu volume igual a
 o

                           X                X                 Z   b
               V = lim         ¢V = lim         A(x) ¢ ¢x =           A(x) dx
                    ¢x!0             ¢x!0                     a

Os cientistas de ¶reas aplicadas costumam dizer que dV = A(x) ¢ dx ¶ um elemento
                 a                                                  e
in¯nitesimal de volume, constru¶ sobre um ponto x, de um cilindro" de ¶rea da base
                               ³do                                     a
A(x) e altura (espessura) in¯nitesimal" dx. Ao somar" os in¯nitos elementos de
               Rb       Rb
volume, temos a dV = a A(x) dx igual ao volume do s¶lido.
                                                      o
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                                       184


Exemplo 20.3 Qual ¶ o volume de um tronco de pir^mide, de altura h, cuja base ¶ um
                     e                            a                           e
quadrado de lado a e cujo topo ¶ um quadrado de lado b ?
                               e

Solu»~o. Posicionemos um eixo x perpendicular µs duas bases. Cada ponto (altura) x,
    ca                                        a
demarcada nesse eixo, corresponde, no tronco de pir^mide, a uma sec»~o transversal
                                                   a                ca
quadrada, de tal modo que x = 0 corresponde µ base quadrada de lado a, e x = h
                                               a
corresponde ao topo quadrado de lado b. Veja ¯gura 20.4.

                                                                       x


                                                    b    x=h
                                                          b

                                                                            h


                                                a
                                                         x=0
                                                          a




                                                    Figura 20.4.

     Procurando uma fun»~o a¯m, f (x) = mx + n, tal que f(0) = a e f (h) = b.
                        ca
encontramos f(x) = a + b¡a x.
                        h

      A ¶rea da sec»~o transversal, na altura x, ¶ dada por
        a          ca                            e
                                        µ            ¶
                                              b¡a 2
                               A(x) = a +           x
                                                 h

O volume do tronco de pir^mide ¶ ent~o
                         a     e    a
                                      Z                       Z        µ       ¶
                                          h                        h
                                                                           b¡a 2
                            V =               A(x) dx =                 a+    x dx
                                      0                        0            h

Fazendo u = a + b¡a x, temos du =
                   h
                                                        b¡a
                                                         h
                                                              dx. Al¶m disso, u = a para x = 0, e u = b
                                                                    e
para x = h, e ent~o
                 a
      Z                           Z                       ¯b
              h
                             h        b
                                                   h   u3 ¯    h                h
V =               A(x) dx =                2
                                          u du =      ¢ ¯ =
                                                          ¯         (b3 ¡ a3 ) = (a2 + ab + b2 )
          0                 b¡a   a              b ¡ a 3 a 3(b ¡ a)             3

 Note que o volume do tronco de pir^mide ¶ 1=3 do produto de sua altura pelo valor
                                      a      e
m¶dio das ¶reas das sec»~es transversais (veja exemplo 20.2). Conforme um antigo
  e         a             co
papiro, esta f¶rmula j¶ era conhecida pela antiga civiliza»~o eg¶
              o       a                                   ca    ³pcia do s¶culo 18 a.C.
                                                                          e
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                        185


20.3.1     Volume de um s¶lido de revolu»~o
                         o              ca

Quando rotacionamos uma regi~o do plano xy em torno do eixo x ou do eixo y, real-
                               a
izando uma volta completa, o lugar geom¶trico descrito pelos pontos da regi~o ¶ o que
                                       e                                   a e
chamamos um s¶lido de revolu»~o.
               o              ca
      Suponhamos que um s¶lido de revolu»~o ¶ obtido rotacionando-se, em torno do
                             o             ca e
eixo x, uma regi~o plana delimitada pelas curvas y = f (x), y = g(x), e pelas retas
                 a
verticais x = a e x = b, sendo f (x) ¸ g(x) para a · x · b.
      Para cada x 2 [a; b], um plano perpendicular ao eixo x, cortando este no ponto
x, determina no s¶lido de revolu»~o uma sec»~o transversal. Esta sec»~o transversal ¶
                  o             ca          ca                      ca               e
obtida pela revolu»~o completa, em torno do eixo x, do segmento vertical Ax Bx , sendo
                  ca
Ax = (x; g(x)) e Bx = (x; f(x)). Veja ¯gura 20.5
      A ¶rea dessa sec»~o transversal ser¶ nada mais que a ¶rea de uma regi~o plana
        a             ca                 a                    a                a
                         ³rculos conc^ntricos de centro (x; 0), sendo um menor, de raio
compreendida entre dois c¶           e
g(x), e outro maior, de raio f (x). Como a ¶rea de um c¶
                                             a            ³rculo de raio r ¶ ¼r2 , temos
                                                                           e
que a ¶rea A(x), da sec»~o transversal do s¶lido de revolu»~o, ¶ dada por
      a                ca                   o              ca e
                                        A(x) = ¼[f (x)]2 ¡ ¼[g(x)]2


           y
                   y = f(x)       BX
                                                                   f(x)
                   y = g(x)
                              AX
                                                            g(x)
               a              x           b   x         x                     x
                                       180°




                                                  Figura 20.5.

     Portanto, o volume do s¶lido de revolu»~o ser¶
                            o              ca     a
                       Z b            Z b
                  V =      A(x) dx =      (¼[f(x)]2 ¡ ¼[g(x)]2 ) dx
                                  a                     a


      Se a regi~o plana for delimitada pelo gr¶¯co de y = f (x), pelo eixo x, e pelas
               a                               a
retas x = a e x = b, teremos g(x) = 0, e ent~o
                                             a
                                      Z b
                                 V =      ¼[f (x)]2 dx
                                                    a
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                                  186


Exemplo 20.4 Calcule o volume de uma esfera de raio a.

A esfera de raio a pode ser interpretada como o s¶lido obtido pela revolu»~o da regi~o
                                                 o                       ca         a
               2    2     2
semi-circular x + y · a , y ¸ 0, em torno do eixo x. Uma tal regi~o ¶ delimitada
                  p                                                    a e p
pelas curvas y = a2 ¡ x2 , e y = 0, com ¡a · x · a. Assim, aqui, f (x) = a2 ¡ x2
e g(x) = 0, sendo ent~o
                      a

                      dV = A(x) dx = ¼[f(x)]2 dx = ¼(a2 ¡ x2 ) dx

o elemento de volume a integrar.
    Portanto,
    Z a                 ·         ¸a   µ       ¶    µ        ¶
           2   2          2    x3        3  a3         3  a3    4
V =     ¼(a ¡ x ) dx = ¼ a x ¡       =¼ a ¡      ¡ ¼ ¡a +      = ¼a3
     ¡a                        3 ¡a         3             3     3


20.4       Comprimento de uma curva
                                        a              ca      ³nua f , para a · x ·
Consideremos agora a curva y = f (x), gr¶¯co de uma fun»~o cont¶
b.
       Para calcular o comprimento dessa curva, primeiramente particionamos o intervalo
                                                  b¡a
[a; b] em n sub-intervalos de comprimento ¢x =          , atrav¶s de pontos
                                                               e
                                                    n
                                a = x0 ; x1 ; : : : ; xn¡1 ; xn = b

Em seguida consideramos, no gr¶¯co, os n + 1 pontos correspondentes,
                              a

 A0 = (x0 ; f(x0 )); A1 = (x1 ; f (x1 )); : : : ; An¡1 = (xn¡1 ; f (xn¡1 )); An = (xn ; f (xn ))



                                                                  A n-1

                               y                     y = f(x)             ∆s n A n
                                                ∆ s2
                                        ∆ s1           A2
                                   A0           A1          ...

                                   a           x1      x2            xn-1      b     x
                                   x0                                          xn


                                               Figura 20.6.


     Sendo ¢si = dist(Ai¡1 ; Ai ), para iP 1; : : : ; n, P
                                         =               temos que uma aproxima»~o do
                                                                               ca
                                          n                n
comprimento da curva ¶ dada pela soma i=1 ¢si = i=1 dist(Ai¡1 ; Ai ).
                     e
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                                      187


      Agora,
                                      p
               dist(Ai¡1 ; Ai ) =(xi ¡ xi¡1 )2 + (f (xi ) ¡ f (xi¡1 ))2
                                                     s       µ     ¶2
                               p                               ¢f
                              = (¢x)2 + (¢f )2 = 1 +                    ¢ ¢x
                                                               ¢x

Assumindo que f ¶ diferenci¶vel no intervalo [a; b], pelo teorema do valor m¶dio, teorema
                e          a                                                e
15.1, aula 12,
                           ¢f      f(xi ) ¡ f(xi¡1 )
                                =                     = f 0 (ci )
                           ¢x         xi ¡ xi¡1
para algum ci compreendido entre xi¡1 e xi . Assim,
                           X
                           n                Xp
                                            n
                                  ¢si =            1 + (f 0 (ci ))2 ¢ ¢x
                            i=1             i=1
                                             p
Esta ¶ uma soma integral de '(x) = 1 + (f 0 (x))2 , no intervalo [a; b], correspondente
        e
µ subdivis~o a = x0 ; x1 ; : : : ; xn¡1 ; xn = b, com uma escolha" de pontos intermedi¶rios
a               a                                                                      a
c1 ; c2 ; : : : ; cn . Veja de¯ni»~o µ aula 17.
                                 ca a
Supondo f 0 (x) cont¶
                    ³nua no intervalo [a; b], temos ent~o que o comprimento da curva
                                                       a
y = f(x), a · x · b, ¶ dado por
                      e

                  X                   Xp
                                      n                                   Z bp
      s = lim         ¢s = lim              1+    (f 0 (ci ))2   ¢ ¢x =       1 + (f 0 (x))2 dx
           ¢x!0             ¢x!0                                          a
                                      i=1

      A id¶ia intuitiva que d¶ a integral para o comprimento de arco ¶ ilustrada na ¯gura
          e                  a                                       e
20.7. Para um elemento in¯nitesimal de comprimento dx, corresponde uma varia»~o       ca
in¯nitesimal em y, dy. O elemento in¯nitesimal de comprimento de arco, ds, correspon-
dente µ varia»~o dx, ¶ dado pelo teorema de Pit¶goras:
      a      ca        e                           a
                                       s      µ ¶2
                   p                            dy         p
            ds = (dx)2 + (dy)2 = 1 +                 dx = 1 + (f 0 (x))2 dx
                                                dx


                                  y

                                                  ds
                                                         dy
                                                  dx


                                                                      x


                                            Figura 20.7.
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                             188


20.5       ¶
           Area de uma superf¶ de revolu»~o
                             ³cie       ca
Consideremos a curva y = f (x), gr¶¯co de uma fun»~o f cont¶
                                  a               ca       ³nua, a qual assumiremos
                  0
que tem derivada f tamb¶m cont¶
                        e        ³nua, para a · x · b.
      Rotacionando-se essa curva em torno do eixo x, obtemos uma superf¶ de revo-
                                                                           ³cie
lu»~o. Para o c¶lculo de sua ¶rea, primeiramente particionamos o intervalo [a; b] em n
  ca            a            a
                                      b¡a
sub-intervalos de comprimento ¢x =         , atrav¶s de pontos a = x0 , x1 , : : : , xn¡1 ,
                                                  e
                                        n
xn = b.
     Tomando-se dois pontos dessa subdivis~o, xi¡1 e xi , consideramos os pontos cor-
                                            a
respondentes no gr¶¯co de f , Ai¡1 = (xi¡1 ; f (xi¡1 ) e Ai = (xi ; f (xi )). Este procedi-
                  a
mento geom¶trico est¶ ilustrado na ¯gura 20.6.
           e        a
      Rotacionando-se o segmento Ai¡1 Ai em torno do eixo x, obtemos um tronco de
cone, de geratriz lateral ¢si = Ai¡1 Ai , sendo f (xi¡1 ) e f (xi ) os raios de sua base e de
seu topo. Veja ¯gura 20.8

                                                     Ai
                                           A i -1



                              f(x i -1 )                  f(x i )



                                                             x




                                           Figura 20.8.

     A ¶rea da superf¶ lateral de um tronco de cone, de geratriz lateral ` e raios r e
       a              ³cie
R no topo e na base, ¶ dada por ¼(r + R)`. Assim, rotacionando o segmento Ai¡1 Ai ,
                     e
em torno do eixo x, como acima, a superf¶ resultante ter¶ ¶rea
                                        ³cie            aa

                             ¢Si = ¼[f(xi¡1 ) + f (xi )] ¢ ¢si

e a ¶rea da superf¶ de revolu»~o, da curva y = f (x), a · x · b, em torno do eixo x,
    a             ³cie       ca
ser¶ dada por
   a                                          X
                             S = lim ¢x ! 0       ¢Si
Agora, como argumentado na se»~o anterior (con¯ra),
                             ca
                                        p
                       ¢si = Ai¡1 Ai = 1 + [f 0 (ci )]2 ¢x
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                          189


para algum ci entre xi¡1 e xi . Assim sendo,

                    ¢Si = ¼[f(xi¡1 ) + f (xi )] ¢ ¢si
                                                  p
                        = ¼[f(xi¡1 ) + f (xi )] ¢ 1 + [f 0 (ci )]2 ¢x

Assim,
                              X
                 S = lim           ¢Si
                      ¢x!0
                              X
                   = lim           ¼[f(xi¡1 ) + f (xi )] ¢ ¢si
                      ¢x!0
                              X                            p
                   = lim           ¼[f(xi¡1 ) + f (xi )] ¢ 1 + [f 0 (ci )]2 ¢x
                      ¢x!0

E pode ser mostrado que este ¶ltimo limite ¶ igual a
                              u              e
             X              p                    Z b        p
         lim     2¼f (ci ) ¢ 1 + [f i
                                   0 (c )]2 ¢x =     2¼f (x) 1 + (f 0 (x))2 dx
         ¢x!0                                           a


     Assim, a ¶rea da superf¶ de revolu»~o resultante ¶ dada por
              a             ³cie       ca             e
                                   Rb          p
                              S=    a
                                        2¼f (x) 1 + (f 0 (x))2 dx


20.6      Centro de gravidade de uma ¯gura plana

Se temos, em um plano ou no espa»o n pontos P1 ; P2 ; : : : ; Pn , tendo massas m1 ; m2 ;
                                     c
                                                 ¹
: : : ; mn , respectivamente, o centro de massa P , do sistema de n pontos, ¶ dado por
                                                                             e
                                          Pn
                                            i=1 mi Pi
                                     P = Pn
                                     ¹
                                             i=1 mi

         ¹
ou seja, P = (¹; y ), sendo
              x ¹
                              Pn               Pn
                                i=1 mi xi        i=1 mi yi
                           x = Pn
                           ¹              e y = Pn
                                            ¹
                                 i=1 mi           i=1 mi

     Consideremos uma regi~o plana, delimitada pelos gr¶¯cos das fun»~es cont¶
                            a                            a             co      ³nuas
y = f (x) e y = g(x), e pelas retas verticais x = a e x = b, sendo f (x) ¸ g(x) para
a · x · b.
      Olhando essa regi~o como uma placa plana, de espessura desprez¶
                       a                                            ³vel, suponhamos
que ela possui densidade super¯cial (massa por unidade de ¶rea) ± constante.
                                                          a
      Particionando-se o intervalo [a; b], em intervalos de comprimento ¢x = b¡a ,  n
atrav¶s dos pontos x0 = a; x1 ; : : : ; xn = b, aproximamos essa regi~o por uma reuni~o
     e                                                               a               a
de ret^ngulos, como na ¯gura 20.9, sendo cada ret^ngulo de altura f (x) ¡ g(x) e base
      a                                               a
¢x, sendo aqui x o ponto m¶dio do intervalo [xi¡1 ; xi ].
                            e
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                     190


                         y                                    y = f(x)
                             ∆ A = [f(x) - g(x)] ∆ x




                                                         Px

                                                x i -1        xi
                                 a                       x           b   x

                                                         ∆x
                                        y = g(x)


                                           Figura 20.9.

      Esse ret^ngulo elementar tem ¶rea ¢A = (f (x) ¡ g(x))¢x, seu centro de massa
              a ³              ´       a
                    f (x)+g(x)
¶ o ponto Px = x;
e                        2
                                 , sendo sua massa dada por

                         ¢m = ± ¢ ¢A = ±(f (x) ¡ g(x))¢x

      O centro de massa da reuni~o de todos esses ret^ngulos elementares coincide com
                                a                    a
o centro de massa dos pontos Px , atribuindo-se a cada ponto a massa ¢m do seu
ret^ngulo.
   a
     Assim, uma aproxima»~o do centro de massa da regi~o plana considerada, o centro
                          ca                           a
de massa dos v¶rios ret^ngulos elementares, ¶ dada por
              a        a                    e
                        P             P                P
                  ^ = P ¢ Px = P¢ ¢A ¢ Px = P ¢ Px
                  P
                          ¢m             ±               ¢A
                             ¢m             ± ¢ ¢A         ¢A

     Agora,
                             µ           ¶
                             f(x) + g(x)
         ¢A ¢ Px = ¢A ¢ x;
                                  2
                                     µ                 ¶
                                          f (x) + g(x)
                 = (f (x) ¡ g(x))¢x ¢ x;
                                                2
                   µ                                                  ¶
                                                        f(x) + g(x)
                 = x(f(x) ¡ g(x))¢x; (f (x) ¡ g(x)) ¢               ¢x
                                                             2
                   µ                                             ¶
                                        1        2        2
                 = x(f(x) ¡ g(x))¢x; ([f (x)] ¡ [g(x)] ) ¢ ¢x
                                        2
                              ¹
Finalmente, o centro de massa P da regi~o plana considerada, ser¶ dado por
                                       a                        a
                                              P
                                                 ¢A ¢ Px
                          P = lim P = lim P
                          ¹         ^
                               ¢x!0      ¢x!0      ¢A
                                                      ^              ¹
Portanto, passando ao limite, nas duas coordenadas de P , chegamos a P = (¹; y ),
                                                                          x ¹
sendo
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                       191


                  Rb                             Rb1
                   a
                       x(f (x) ¡ g(x)) dx        a 2
                                                     ([f (x)]2 ¡ [g(x)]2 ) dx
            x = Rb
            ¹                               y=
                                            ¹      Rb
                    a
                        (f (x) ¡ g(x)) dx            a
                                                       (f (x) ¡ g(x)) dx


20.7      Problemas
¶
Areas de regi~es planas
             o
  1. Calcule a ¶rea delimitada pelas curvas y 2 = 9x e y = 3x. Resposta. 1=2.
               a

  2. Calcule a ¶rea delimitada pelas curvas xy = a2 , x = a, y = 2a (a > 0) e o eixo
               a
     x. Resposta. a2 ln 2.

  3. Calcule a ¶rea delimitada pela curva y = x3 , pela reta y = 8 e pelo eixo y.
               a
     Resposta. 12.

  4. Calcule a ¶rea total delimitada pelas curvas y = x3 , y = 2x e y = x. Resposta.
               a
     3=2.
                                            2    2
  5. Calcule a ¶rea delimitada pela elipse x2 + y2 = 1. Resposta. ¼ab.
               a                           a    b
                                                                     b
                                                                       p
     Sugest~o. A ¶rea ¶ delimitada pelos gr¶¯cos de fun»oes y = § a a2 ¡ x2 , com
           a      a     e                    a           c~
     ¡a · x · a. Fa»a a substitui»~o x = a sen t. Na integral resultante, use a
                         c             ca
     f¶rmula de redu»~o de pot^ncias cos2 a = 1+cos 2a .
      o              ca        e                   2

  6. Calcule a ¶rea delimitada pela curva fechada (hipocicl¶ide) x2=3 + y 2=3 = a2=3 .
                a                                            o
                 3   2
     Resposta. 8 ¼a .                                               p
     Sugest~o. A ¶rea ¶ delimitada pelos gr¶¯cos de fun»~es y = § a2=3 ¡ x2=3 , com
            a      a    e                   a           co
     ¡a · x · a. Fa»a a substitui»~o x = a sen3 µ, com ¡¼=2 · µ · ¼=2. Na
                          c            ca
                                                                           1 + cos 2a
     integral resultante, use as f¶rmulas de redu»~o de pot^ncias cos2 a =
                                  o              ca        e                          ,
                                                                               2
               1 ¡ cos 2a
     sen2 a =               .
                     2

Valor m¶dio de uma fun»~o cont¶
       e              ca      ³nua

Determinar o valor m¶dio da fun»~o dada, no intervalo especi¯cado.
                    e          ca

  1. f (x) = x2 , a · x · b. Resposta. f = 1 (a2 + ab + b2 ).
                                       ¹
                                           3
               p                                            p
                                                      2(a+b+ ab)
  2. f (x) =    x, a · x · b (0 · a < b). Resposta.      p p .
                                                       3( a+ b)

  3. f (x) = cos2 x, 0 · x · ¼=2. Resposta. 1=2.
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                                              192


Volumes de s¶lidos
            o

Em cada problema, calcule o volume do s¶lido obtido por revolu»~o, conforme descrito.
                                       o                      ca

                x2 y 2
  1. A elipse      + 2 = 1 gira em torno do eixo x. Resposta. 1 ¼ab2 .
                                                              3
                a2  b
  2. O segmento de reta da origem (0; 0) ao ponto (a; b) gira ao redor do eixo x,
     obtendo-se assim um cone. Resposta. 1 ¼a2 b.
                                         3

  3. A regi~o plana delimitada pela
            a
     hipocicl¶ide x2=3 + y 2=3 = a2=3 gira
             o                                                       y
                                                                     a
     ao redor do eixo x.
     Resposta. 32¼a3 =105.
                                                                             2/3         2/3        2/3
                                                                         x         + y         =a




                                               -a                  0                                a     x




                                                                   -a



  4. O arco de sen¶ide y = sen x, 0 · x · ¼, gira em torno do eixo x. Resposta.
                  o
      2
     ¼ =2.

  5. A regi~o delimitada pela par¶bola y 2 = 4x, pela reta x = 4 e pelo eixo x, gira em
           a                     a
     torno do eixo x. Resposta. 32¼.


Comprimentos de curvas

Calcule os comprimentos das curvas descritas abaixo.

  1. Hipocicl¶ide (veja ¯gura) x2=3 + y 2=3 = a2=3 . Resposta. 6a.
             o
            1
           p x3=2 ,
  2. y =     a
                  de x = 0 a x = 5a. Resposta. 335a=27.
                      p         p
  3. y = ln x, de x = 3 a x = 8. Resposta. 1 + 1 ln 3 .
                                                  2   2

  4. y = 1 ¡ ln(cos x), de x = 0 a x = ¼=4. Resposta. ln tg 3¼ .
                                                             8
»~
Aplicacoes selecionadas da integral definida                                            193

¶
Areas de superf¶
               ³cies de revolu»~o
                              ca

Em cada problema, calcule a ¶rea da superf¶ obtida por revolu»~o da curva dada em
                            a             ³cie               ca
torno do eixo especi¯cado.

                                                                             56
  1. y 2 = 4ax, 0 · x · 3a, rotacionada em torno do eixo x. Resposta.         3
                                                                                ¼a2 .

  2. y = 2x, 0 · x · 2,
     (a) rotacionada em torno do eixo x        (b) rotacionada em torno do eixo y.
                      p            p
     Respostas. (a) 8¼ 5 (b) 4¼ 5.

  3. y = sen x, 0 · x · ¼, p
                  p        rotacionada em torno do eixo x.
     Resposta. 4¼[ 2 + ln( 2 + 1)].


Centro de massa (ou de gravidade) de uma regi~o plana
                                             a

Determine as coordenadas do centro de gravidade da regi~o plana especi¯cada.
                                                       a

                                                                     2
                                                             x2
  1. Regi~o no primeiro ¡
         a              quadrante, delimitada pela elipse
                                ¢                            a2
                                                                  + y2 = 1 (x ¸ 0, y ¸ 0).
                                                                    b
                          4a 4b
     Resposta. (¹; y ) = 3¼ ; 3¼ .
                x ¹
                                          x2
  2. Area delimitada pela curva y = 4 ¡
     ¶
                                           4
                                               e o eixo x. Resposta.(¹; y ) = (0; 8=5).
                                                                     x ¹

  3. Area delimitada pela par¶bola y 2 = ax e pela reta x = a. Resposta. (¹; y ) =
     ¶                       a                                            x ¹
     (3a=5; 0).

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04Andrei Bastos
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 06
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  06GEOMETRIA ANALÍTICA cap  06
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 06Andrei Bastos
 
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia CivilApostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Ana Carolline Pereira
 
Resumo teorico matematica afa
Resumo teorico matematica afaResumo teorico matematica afa
Resumo teorico matematica afa
Acir Robson
 
[Robson] 1. Programação Linear
[Robson] 1. Programação Linear[Robson] 1. Programação Linear
[Robson] 1. Programação Linear
lapodcc
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 08
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  08GEOMETRIA ANALÍTICA cap  08
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 08Andrei Bastos
 
Cálculo I engenharias
Cálculo I engenhariasCálculo I engenharias
Cálculo I engenharias
Ana Rodrigues
 
Fórmulas matemáticas
Fórmulas matemáticasFórmulas matemáticas
Fórmulas matemáticas
Fernando Viana
 
Analit rogério
Analit rogérioAnalit rogério
Analit rogério
breneritalo
 
Lista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - CálculoLista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - Cálculo
Carlos Campani
 
As equações do segundo grau são abordadas na história da matemática desde a é...
As equações do segundo grau são abordadas na história da matemática desde a é...As equações do segundo grau são abordadas na história da matemática desde a é...
As equações do segundo grau são abordadas na história da matemática desde a é...leosilveira
 
[Robson] 7. Programação Não Linear Irrestrita
[Robson] 7. Programação Não Linear Irrestrita[Robson] 7. Programação Não Linear Irrestrita
[Robson] 7. Programação Não Linear Irrestritalapodcc
 
Interseção planos
Interseção planosInterseção planos
Interseção planosanacdalves
 

Mais procurados (18)

GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 06
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  06GEOMETRIA ANALÍTICA cap  06
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 06
 
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia CivilApostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
Apostila Calculo 1 - Limites de uma função - Engenharia Civil
 
Derivadas
DerivadasDerivadas
Derivadas
 
Tópico 08 - Derivadas
Tópico 08 - DerivadasTópico 08 - Derivadas
Tópico 08 - Derivadas
 
Resumo teorico matematica afa
Resumo teorico matematica afaResumo teorico matematica afa
Resumo teorico matematica afa
 
Cursocalc1ead
Cursocalc1eadCursocalc1ead
Cursocalc1ead
 
[Robson] 1. Programação Linear
[Robson] 1. Programação Linear[Robson] 1. Programação Linear
[Robson] 1. Programação Linear
 
Derivadas direcionais
Derivadas direcionaisDerivadas direcionais
Derivadas direcionais
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 08
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  08GEOMETRIA ANALÍTICA cap  08
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 08
 
Cálculo I engenharias
Cálculo I engenhariasCálculo I engenharias
Cálculo I engenharias
 
Matemática básica derivada e integral
Matemática básica   derivada e integralMatemática básica   derivada e integral
Matemática básica derivada e integral
 
Fórmulas matemáticas
Fórmulas matemáticasFórmulas matemáticas
Fórmulas matemáticas
 
Analit rogério
Analit rogérioAnalit rogério
Analit rogério
 
Lista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - CálculoLista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - Cálculo
 
As equações do segundo grau são abordadas na história da matemática desde a é...
As equações do segundo grau são abordadas na história da matemática desde a é...As equações do segundo grau são abordadas na história da matemática desde a é...
As equações do segundo grau são abordadas na história da matemática desde a é...
 
[Robson] 7. Programação Não Linear Irrestrita
[Robson] 7. Programação Não Linear Irrestrita[Robson] 7. Programação Não Linear Irrestrita
[Robson] 7. Programação Não Linear Irrestrita
 
Interseção planos
Interseção planosInterseção planos
Interseção planos
 

Destaque

Инструменты поддержки высокотехнологичного экспорта (Российский экспортный це...
Инструменты поддержки высокотехнологичного экспорта (Российский экспортный це...Инструменты поддержки высокотехнологичного экспорта (Российский экспортный це...
Инструменты поддержки высокотехнологичного экспорта (Российский экспортный це...
LAZOVOY
 
Instructivo notificación accidentes inpsasel
Instructivo notificación accidentes inpsaselInstructivo notificación accidentes inpsasel
Instructivo notificación accidentes inpsasel
Eunice62
 
533 1 английский язык. millie-starter. 1кл. учебник в 2ч. ч.1-колтавская а.а...
533 1  английский язык. millie-starter. 1кл. учебник в 2ч. ч.1-колтавская а.а...533 1  английский язык. millie-starter. 1кл. учебник в 2ч. ч.1-колтавская а.а...
533 1 английский язык. millie-starter. 1кл. учебник в 2ч. ч.1-колтавская а.а...
ddfefa
 
Argus smart home pragmatic action pack sept '16
Argus smart home pragmatic action pack sept '16Argus smart home pragmatic action pack sept '16
Argus smart home pragmatic action pack sept '16
James (JD) Dillon
 
106 немецкий язык. 4кл. (мозаика) раб. тетрадь жукова, миронова-2009 -88с
106  немецкий язык. 4кл. (мозаика) раб. тетрадь жукова, миронова-2009 -88с106  немецкий язык. 4кл. (мозаика) раб. тетрадь жукова, миронова-2009 -88с
106 немецкий язык. 4кл. (мозаика) раб. тетрадь жукова, миронова-2009 -88с
ddfefa
 
Станкостроительная отрасль: вчера, сегодня, завтра. Практический взгляд на си...
Станкостроительная отрасль: вчера, сегодня, завтра. Практический взгляд на си...Станкостроительная отрасль: вчера, сегодня, завтра. Практический взгляд на си...
Станкостроительная отрасль: вчера, сегодня, завтра. Практический взгляд на си...
LAZOVOY
 
277 азы программирования. книга для ученика. 5-9 кл. дуванов а.а. и др-2005 ...
277  азы программирования. книга для ученика. 5-9 кл. дуванов а.а. и др-2005 ...277  азы программирования. книга для ученика. 5-9 кл. дуванов а.а. и др-2005 ...
277 азы программирования. книга для ученика. 5-9 кл. дуванов а.а. и др-2005 ...
dfdkfjs
 
285 1 лит. чтение. 4кл. раб. тетр. 1-ефросинина_2014 -96с
285 1  лит. чтение. 4кл. раб. тетр. 1-ефросинина_2014 -96с285 1  лит. чтение. 4кл. раб. тетр. 1-ефросинина_2014 -96с
285 1 лит. чтение. 4кл. раб. тетр. 1-ефросинина_2014 -96с
ddfefa
 
พระมโหสถ
พระมโหสถพระมโหสถ
พระมโหสถ
PamPaul
 
271 литературное чтение. 2кл. раб. тетрадь к уч. климановой л.ф бойкина-2013...
271  литературное чтение. 2кл. раб. тетрадь к уч. климановой л.ф бойкина-2013...271  литературное чтение. 2кл. раб. тетрадь к уч. климановой л.ф бойкина-2013...
271 литературное чтение. 2кл. раб. тетрадь к уч. климановой л.ф бойкина-2013...
ddfefa
 
GUÍA PARA DEFENDERÍAS ESCOLARES
GUÍA PARA DEFENDERÍAS ESCOLARESGUÍA PARA DEFENDERÍAS ESCOLARES
GUÍA PARA DEFENDERÍAS ESCOLARES
DrCarlos Arvelo
 
351 литературн. чтение. итог. раб. тип. задан языканова-2016 -96с
351  литературн. чтение. итог. раб. тип. задан языканова-2016 -96с351  литературн. чтение. итог. раб. тип. задан языканова-2016 -96с
351 литературн. чтение. итог. раб. тип. задан языканова-2016 -96с
ddfefa
 

Destaque (18)

Test
TestTest
Test
 
Инструменты поддержки высокотехнологичного экспорта (Российский экспортный це...
Инструменты поддержки высокотехнологичного экспорта (Российский экспортный це...Инструменты поддержки высокотехнологичного экспорта (Российский экспортный це...
Инструменты поддержки высокотехнологичного экспорта (Российский экспортный це...
 
Gandhi cover
Gandhi coverGandhi cover
Gandhi cover
 
Instructivo notificación accidentes inpsasel
Instructivo notificación accidentes inpsaselInstructivo notificación accidentes inpsasel
Instructivo notificación accidentes inpsasel
 
533 1 английский язык. millie-starter. 1кл. учебник в 2ч. ч.1-колтавская а.а...
533 1  английский язык. millie-starter. 1кл. учебник в 2ч. ч.1-колтавская а.а...533 1  английский язык. millie-starter. 1кл. учебник в 2ч. ч.1-колтавская а.а...
533 1 английский язык. millie-starter. 1кл. учебник в 2ч. ч.1-колтавская а.а...
 
WST-WSTWS-EM11803
WST-WSTWS-EM11803WST-WSTWS-EM11803
WST-WSTWS-EM11803
 
Argus smart home pragmatic action pack sept '16
Argus smart home pragmatic action pack sept '16Argus smart home pragmatic action pack sept '16
Argus smart home pragmatic action pack sept '16
 
106 немецкий язык. 4кл. (мозаика) раб. тетрадь жукова, миронова-2009 -88с
106  немецкий язык. 4кл. (мозаика) раб. тетрадь жукова, миронова-2009 -88с106  немецкий язык. 4кл. (мозаика) раб. тетрадь жукова, миронова-2009 -88с
106 немецкий язык. 4кл. (мозаика) раб. тетрадь жукова, миронова-2009 -88с
 
Станкостроительная отрасль: вчера, сегодня, завтра. Практический взгляд на си...
Станкостроительная отрасль: вчера, сегодня, завтра. Практический взгляд на си...Станкостроительная отрасль: вчера, сегодня, завтра. Практический взгляд на си...
Станкостроительная отрасль: вчера, сегодня, завтра. Практический взгляд на си...
 
277 азы программирования. книга для ученика. 5-9 кл. дуванов а.а. и др-2005 ...
277  азы программирования. книга для ученика. 5-9 кл. дуванов а.а. и др-2005 ...277  азы программирования. книга для ученика. 5-9 кл. дуванов а.а. и др-2005 ...
277 азы программирования. книга для ученика. 5-9 кл. дуванов а.а. и др-2005 ...
 
Elxel avanzado 4
Elxel avanzado 4Elxel avanzado 4
Elxel avanzado 4
 
Campina Monumental
Campina MonumentalCampina Monumental
Campina Monumental
 
285 1 лит. чтение. 4кл. раб. тетр. 1-ефросинина_2014 -96с
285 1  лит. чтение. 4кл. раб. тетр. 1-ефросинина_2014 -96с285 1  лит. чтение. 4кл. раб. тетр. 1-ефросинина_2014 -96с
285 1 лит. чтение. 4кл. раб. тетр. 1-ефросинина_2014 -96с
 
Asset Management
Asset ManagementAsset Management
Asset Management
 
พระมโหสถ
พระมโหสถพระมโหสถ
พระมโหสถ
 
271 литературное чтение. 2кл. раб. тетрадь к уч. климановой л.ф бойкина-2013...
271  литературное чтение. 2кл. раб. тетрадь к уч. климановой л.ф бойкина-2013...271  литературное чтение. 2кл. раб. тетрадь к уч. климановой л.ф бойкина-2013...
271 литературное чтение. 2кл. раб. тетрадь к уч. климановой л.ф бойкина-2013...
 
GUÍA PARA DEFENDERÍAS ESCOLARES
GUÍA PARA DEFENDERÍAS ESCOLARESGUÍA PARA DEFENDERÍAS ESCOLARES
GUÍA PARA DEFENDERÍAS ESCOLARES
 
351 литературн. чтение. итог. раб. тип. задан языканова-2016 -96с
351  литературн. чтение. итог. раб. тип. задан языканова-2016 -96с351  литературн. чтение. итог. раб. тип. задан языканова-2016 -96с
351 литературн. чтение. итог. раб. тип. задан языканова-2016 -96с
 

Semelhante a Calculo1 aula20

matematica e midias
matematica e midiasmatematica e midias
matematica e midiasiraciva
 
SLIDEScal2 (3).pdf
SLIDEScal2 (3).pdfSLIDEScal2 (3).pdf
SLIDEScal2 (3).pdf
BrunaGomes935851
 
Ft 8 FunçõEs Racionais
Ft 8 FunçõEs RacionaisFt 8 FunçõEs Racionais
Ft 8 FunçõEs Racionaisdynysfernandes
 
Aplicações da integração
Aplicações da integraçãoAplicações da integração
Aplicações da integração
Carlos Campani
 
2ª prova gab_9ano unid_2_geometria_2011
2ª prova gab_9ano unid_2_geometria_20112ª prova gab_9ano unid_2_geometria_2011
2ª prova gab_9ano unid_2_geometria_2011Joelson Lima
 
Cn2008 2009
Cn2008 2009Cn2008 2009
Cn2008 20092marrow
 
Volumes de sólidos integral
Volumes de sólidos integralVolumes de sólidos integral
Volumes de sólidos integralHugoTavares82
 

Semelhante a Calculo1 aula20 (20)

matematica e midias
matematica e midiasmatematica e midias
matematica e midias
 
SLIDEScal2 (3).pdf
SLIDEScal2 (3).pdfSLIDEScal2 (3).pdf
SLIDEScal2 (3).pdf
 
Ft 8 FunçõEs Racionais
Ft 8 FunçõEs RacionaisFt 8 FunçõEs Racionais
Ft 8 FunçõEs Racionais
 
Aplicações da integração
Aplicações da integraçãoAplicações da integração
Aplicações da integração
 
Calculo1 aula19
Calculo1 aula19Calculo1 aula19
Calculo1 aula19
 
Calculo1 aula19
Calculo1 aula19Calculo1 aula19
Calculo1 aula19
 
Calculo1 aula03
Calculo1 aula03Calculo1 aula03
Calculo1 aula03
 
Calculo1 aula03
Calculo1 aula03Calculo1 aula03
Calculo1 aula03
 
Apostila integrais
Apostila integraisApostila integrais
Apostila integrais
 
2ª prova gab_9ano unid_2_geometria_2011
2ª prova gab_9ano unid_2_geometria_20112ª prova gab_9ano unid_2_geometria_2011
2ª prova gab_9ano unid_2_geometria_2011
 
Integraldefinida
IntegraldefinidaIntegraldefinida
Integraldefinida
 
Cn2008 2009
Cn2008 2009Cn2008 2009
Cn2008 2009
 
Unidade7
Unidade7Unidade7
Unidade7
 
Lista de exercícios 1 ano
Lista de exercícios 1 anoLista de exercícios 1 ano
Lista de exercícios 1 ano
 
Volumes de sólidos integral
Volumes de sólidos integralVolumes de sólidos integral
Volumes de sólidos integral
 
P3 calculo i_ (3)
P3 calculo i_ (3)P3 calculo i_ (3)
P3 calculo i_ (3)
 
Mat logaritmos 005
Mat logaritmos  005Mat logaritmos  005
Mat logaritmos 005
 
Função do 1º grau
Função do 1º grauFunção do 1º grau
Função do 1º grau
 
Calculo1 aula16
Calculo1 aula16Calculo1 aula16
Calculo1 aula16
 
Calculo1 aula16
Calculo1 aula16Calculo1 aula16
Calculo1 aula16
 

Mais de Cleide Soares

Apostila de topografia
Apostila de topografiaApostila de topografia
Apostila de topografiaCleide Soares
 
Apostilaescoamentoemcondutosforados 120822120337-phpapp02
Apostilaescoamentoemcondutosforados 120822120337-phpapp02Apostilaescoamentoemcondutosforados 120822120337-phpapp02
Apostilaescoamentoemcondutosforados 120822120337-phpapp02Cleide Soares
 
Introducao hidrologia
Introducao hidrologiaIntroducao hidrologia
Introducao hidrologiaCleide Soares
 

Mais de Cleide Soares (20)

Topografia aula04
Topografia aula04Topografia aula04
Topografia aula04
 
Topografia aula03
Topografia aula03Topografia aula03
Topografia aula03
 
Topografia aula02
Topografia aula02Topografia aula02
Topografia aula02
 
Topografia aula01
Topografia aula01Topografia aula01
Topografia aula01
 
Apostila de topografia
Apostila de topografiaApostila de topografia
Apostila de topografia
 
Apostilaescoamentoemcondutosforados 120822120337-phpapp02
Apostilaescoamentoemcondutosforados 120822120337-phpapp02Apostilaescoamentoemcondutosforados 120822120337-phpapp02
Apostilaescoamentoemcondutosforados 120822120337-phpapp02
 
Introducao hidrologia
Introducao hidrologiaIntroducao hidrologia
Introducao hidrologia
 
Hp 50g menor
Hp 50g   menorHp 50g   menor
Hp 50g menor
 
Calculo2lista3
Calculo2lista3Calculo2lista3
Calculo2lista3
 
Calculo2lista2
Calculo2lista2Calculo2lista2
Calculo2lista2
 
Calculo2lista1
Calculo2lista1Calculo2lista1
Calculo2lista1
 
Calculo1 aula18
Calculo1 aula18Calculo1 aula18
Calculo1 aula18
 
Calculo1 aula17
Calculo1 aula17Calculo1 aula17
Calculo1 aula17
 
Calculo1 aula15
Calculo1 aula15Calculo1 aula15
Calculo1 aula15
 
Calculo1 aula14
Calculo1 aula14Calculo1 aula14
Calculo1 aula14
 
Calculo1 aula13
Calculo1 aula13Calculo1 aula13
Calculo1 aula13
 
Calculo1 aula12
Calculo1 aula12Calculo1 aula12
Calculo1 aula12
 
Calculo1 aula11
Calculo1 aula11Calculo1 aula11
Calculo1 aula11
 
Calculo1 aula10
Calculo1 aula10Calculo1 aula10
Calculo1 aula10
 
Calculo1 aula09
Calculo1 aula09Calculo1 aula09
Calculo1 aula09
 

Calculo1 aula20

  • 1. Aula 20 Aplica»~es selecionadas da integral co de¯nida 20.1 ¶ Area de uma regi~o plana a a co ³nuas no intervalo [a; b], sendo f (x) ¸ g(x), Suponhamos que f e g s~o duas fun»~es cont¶ para todo x 2 [a; b]. Para x 2 [a; b], consideramos, apoiada µ esquerda no ponto x, uma fatia retangular a vertical, de base ¢x, e altura h(x) = f (x) ¡ g(x), como na ¯gura 20.1. A ¶rea dessa a fatia ser¶ dada por ¢A = [f (x) ¡ g(x)]¢x. a y = f(x) y ∆ A = [f(x) - g(x)] ∆ x y = g(x) a x b x ∆x Figura 20.1. Se subdividirmos o intervalo [a; b] em v¶rios sub-intervalos de comprimento ¢x, e a sobre cada um deles constru¶³rmos uma ¶rea ¢A, como acima, teremos a ¶rea entre as a a duas curvas, compreendida entre as retas verticais x = a e x = b, dada aproximadamente por X X ¢A = [f(x) ¡ g(x)]¢x 180
  • 2. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 181 onde, pelo bem da simplicidade, estamos omitidindo ¶ ³ndices do somat¶rio. a A ¶rea entre as duas curvas, compreendida entre as retas verticais x = a e x = b, a ser¶ dada pelo limite de tais somas integrais, quando ¢x ! 0, ou seja, ser¶ dada por a a X Z b A = lim [f(x) ¡ g(x)]¢x = [f (x) ¡ g(x)] dx ¢x!0 a Sendo ¢A = [f (x) ¡ g(x)]¢x, ¶ costume simbolizar dA = [f (x) ¡ g(x)]dx. e Rb Temos ent~o A = a dA. a E costume dizer que dA = [f(x) ¡ g(x)] dx ¶ um elemento in¯nitesimal de ¶rea, ¶ e a de altura f(x) ¡ g(x), sobre um elemento in¯nitesimal de comprimento dx. O s¶ R ³mbolo de integra»~o, , prov¶m da forma de um arcaico S, e tem o signi¯cado de soma (veja ca e R isto: oma) de um n¶mero in¯nito de quantidades in¯nitesimais" . Assim, se f(x) ¸ 0, u Rb a f (x) dx corresponde, grosso modo, a uma soma de elementos in¯nitesimais de ¶rea, a de alturas f(x), e base dx, com x variando" de a at¶ b. e p Exemplo 20.1 Calcular a ¶rea delimitada pelas curvas y = x2 e y = a x. y y=√ x 1 y = x2 0 1 x Figura 20.2. p Solu»~o. As curvas dadas se interceptam em x0 = 0 e em x1 = 1 (solu»~es de x2 = ca p co x). 2 Para 0 · x · 1, temos x ¸ x . Veja ¯gura 20.2. Assim sendo, a ¶rea entre as duas curvas ¶ dada por a h e i1 R1 p R 1 1=2 3 A = 0 [ x ¡ x2 ] dx = 0 [x ¡ x2 ] dx = 2 x3=2 ¡ x 3 3 = 2 3 ¡ 1 3 = 1. 3 0 20.2 M¶dia ou valor m¶dio de uma fun»~o e e ca Seja f uma fun»~o cont¶ ca ³nua no intervalo [a; b]. Em [a; b] tomemos os n + 1 pontos igualmente espa»ados c x0 = a < x1 < x2 < : : : < xn¡1 < xn = b
  • 3. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 182 isto ¶, tais que e b¡a x1 ¡ x0 = x2 ¡ x1 = : : : = xn ¡ xn¡1 = ¢x = n A m¶dia aritm¶tica dos n + 1 valores f(x0 ); f (x1 ); f (x2 ); : : : ; f(xn ), ¶ dada por e e e f(x0 ) + f (x1 ) + ¢ ¢ ¢ + f (xn ) ¹n = n+1 De¯niremos a m¶dia da fun»~o f, no intervalo [a; b], como sendo e ca ¹ f = lim ¹n n!1 Mostraremos que Rb ¹ a f (x) dx f= b¡a b¡a De fato, sendo ¢x = , temos n f (x0 ) + f (x1 ) + ¢ ¢ ¢ + f (xn ) ¹n = nµ 1 + ¶ f (x0 ) 1 f (x1 )¢x + f (x2 )¢x + ¢ ¢ ¢ + f(xn )¢x = + n + 1 ¢x n+1 µ ¶ f (x0 ) n f (x1 )¢x + f(x2 )¢x + ¢ ¢ ¢ + f (xn )¢x = + n+1 b¡a n+1 f (x0 ) 1 n = + ¢ (f (x1 )¢x + f(x2 )¢x + ¢ ¢ ¢ + f (xn )¢x) n+1 b¡a n+1 Logo, como os pontos x0 (= a); x1 ; : : : ; xn¡1 ; xn (= b) subdividem o intervalo [a; b] em n sub-intervalos, todos de comprimento ¢x = (b ¡ a)=n. à n ! f (x0 ) 1 n X lim ¹n = lim + ¢ lim ¢ lim f (xi )¢x n!1 n!1 n + 1 b ¡ a n!1 n + 1 n!1 i=1 Z b Z b 1 1 =0+ ¢1¢ f (x) dx = f (x) dx b¡a a b¡a a Exemplo 20.2 Determine o valor m¶dio de f(x) = x2 , no intervalo a · x · b. e Solu»~o. O valor m¶dio de f em [a; b], ¶ dado por ca e e Z b ¯b µ 3 ¶ ¹= 1 2 1 x3 ¯¯ = 1 b a3 f x dx = ¡ b¡a a b ¡ a 3 ¯a b ¡ a 3 3 2 2 2 2 (b ¡ a)(a + ab + b ) a + ab + b = = 3(b ¡ a) 3
  • 4. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 183 20.3 Volume de um s¶lido o ∆ V = A(x) . ∆ x A(x) A(x) ∆x a x b x Figura 20.3. Na ¯gura 20.3, para cada x, a · x · b, um plano perpendicular a um eixo x corta um s¶lido (uma batata ?) determinando no s¶lido uma sec»~o transversal de ¶rea A(x). De o o ca a x = a at¶ x = b, s~o determinadas as ¶reas de todas todas as sec»~es transversais desse e a a co s¶lido, sendo b ¡ a o seu comprimento". Qual ¶ o seu volume ? o e Suponhamos que o intervalo [a; b] ¶ subdividido em n sub-intervalos, todos de e comprimento ¢x = (b ¡ a)=n. Se x ¶ um ponto dessa subdivis~o, determina-se um volume de uma fatia cil¶ e a ³n- drica", de base" com ¶rea A(x) e altura" ¢x, a ¢V = V (x) ¢ ¢x Uma aproxima»~o do volume do s¶lido ¶ dado pelo somat¶rio desses v¶rios volumes ca o e o a cil¶ ³ndricos, X X V » = ¢V = A(x) ¢ ¢x x sendo o somat¶rio aqui escrito sem os habituais ¶ o ³ndices i, para simpli¯car a nota»~o. ca Quanto mais ¯nas as fatias cil¶ ³ndricas", mais pr¶ximo o somat¶rio estar¶ do volume do o o a s¶lido, sendo seu volume igual a o X X Z b V = lim ¢V = lim A(x) ¢ ¢x = A(x) dx ¢x!0 ¢x!0 a Os cientistas de ¶reas aplicadas costumam dizer que dV = A(x) ¢ dx ¶ um elemento a e in¯nitesimal de volume, constru¶ sobre um ponto x, de um cilindro" de ¶rea da base ³do a A(x) e altura (espessura) in¯nitesimal" dx. Ao somar" os in¯nitos elementos de Rb Rb volume, temos a dV = a A(x) dx igual ao volume do s¶lido. o
  • 5. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 184 Exemplo 20.3 Qual ¶ o volume de um tronco de pir^mide, de altura h, cuja base ¶ um e a e quadrado de lado a e cujo topo ¶ um quadrado de lado b ? e Solu»~o. Posicionemos um eixo x perpendicular µs duas bases. Cada ponto (altura) x, ca a demarcada nesse eixo, corresponde, no tronco de pir^mide, a uma sec»~o transversal a ca quadrada, de tal modo que x = 0 corresponde µ base quadrada de lado a, e x = h a corresponde ao topo quadrado de lado b. Veja ¯gura 20.4. x b x=h b h a x=0 a Figura 20.4. Procurando uma fun»~o a¯m, f (x) = mx + n, tal que f(0) = a e f (h) = b. ca encontramos f(x) = a + b¡a x. h A ¶rea da sec»~o transversal, na altura x, ¶ dada por a ca e µ ¶ b¡a 2 A(x) = a + x h O volume do tronco de pir^mide ¶ ent~o a e a Z Z µ ¶ h h b¡a 2 V = A(x) dx = a+ x dx 0 0 h Fazendo u = a + b¡a x, temos du = h b¡a h dx. Al¶m disso, u = a para x = 0, e u = b e para x = h, e ent~o a Z Z ¯b h h b h u3 ¯ h h V = A(x) dx = 2 u du = ¢ ¯ = ¯ (b3 ¡ a3 ) = (a2 + ab + b2 ) 0 b¡a a b ¡ a 3 a 3(b ¡ a) 3 Note que o volume do tronco de pir^mide ¶ 1=3 do produto de sua altura pelo valor a e m¶dio das ¶reas das sec»~es transversais (veja exemplo 20.2). Conforme um antigo e a co papiro, esta f¶rmula j¶ era conhecida pela antiga civiliza»~o eg¶ o a ca ³pcia do s¶culo 18 a.C. e
  • 6. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 185 20.3.1 Volume de um s¶lido de revolu»~o o ca Quando rotacionamos uma regi~o do plano xy em torno do eixo x ou do eixo y, real- a izando uma volta completa, o lugar geom¶trico descrito pelos pontos da regi~o ¶ o que e a e chamamos um s¶lido de revolu»~o. o ca Suponhamos que um s¶lido de revolu»~o ¶ obtido rotacionando-se, em torno do o ca e eixo x, uma regi~o plana delimitada pelas curvas y = f (x), y = g(x), e pelas retas a verticais x = a e x = b, sendo f (x) ¸ g(x) para a · x · b. Para cada x 2 [a; b], um plano perpendicular ao eixo x, cortando este no ponto x, determina no s¶lido de revolu»~o uma sec»~o transversal. Esta sec»~o transversal ¶ o ca ca ca e obtida pela revolu»~o completa, em torno do eixo x, do segmento vertical Ax Bx , sendo ca Ax = (x; g(x)) e Bx = (x; f(x)). Veja ¯gura 20.5 A ¶rea dessa sec»~o transversal ser¶ nada mais que a ¶rea de uma regi~o plana a ca a a a ³rculos conc^ntricos de centro (x; 0), sendo um menor, de raio compreendida entre dois c¶ e g(x), e outro maior, de raio f (x). Como a ¶rea de um c¶ a ³rculo de raio r ¶ ¼r2 , temos e que a ¶rea A(x), da sec»~o transversal do s¶lido de revolu»~o, ¶ dada por a ca o ca e A(x) = ¼[f (x)]2 ¡ ¼[g(x)]2 y y = f(x) BX f(x) y = g(x) AX g(x) a x b x x x 180° Figura 20.5. Portanto, o volume do s¶lido de revolu»~o ser¶ o ca a Z b Z b V = A(x) dx = (¼[f(x)]2 ¡ ¼[g(x)]2 ) dx a a Se a regi~o plana for delimitada pelo gr¶¯co de y = f (x), pelo eixo x, e pelas a a retas x = a e x = b, teremos g(x) = 0, e ent~o a Z b V = ¼[f (x)]2 dx a
  • 7. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 186 Exemplo 20.4 Calcule o volume de uma esfera de raio a. A esfera de raio a pode ser interpretada como o s¶lido obtido pela revolu»~o da regi~o o ca a 2 2 2 semi-circular x + y · a , y ¸ 0, em torno do eixo x. Uma tal regi~o ¶ delimitada p a e p pelas curvas y = a2 ¡ x2 , e y = 0, com ¡a · x · a. Assim, aqui, f (x) = a2 ¡ x2 e g(x) = 0, sendo ent~o a dV = A(x) dx = ¼[f(x)]2 dx = ¼(a2 ¡ x2 ) dx o elemento de volume a integrar. Portanto, Z a · ¸a µ ¶ µ ¶ 2 2 2 x3 3 a3 3 a3 4 V = ¼(a ¡ x ) dx = ¼ a x ¡ =¼ a ¡ ¡ ¼ ¡a + = ¼a3 ¡a 3 ¡a 3 3 3 20.4 Comprimento de uma curva a ca ³nua f , para a · x · Consideremos agora a curva y = f (x), gr¶¯co de uma fun»~o cont¶ b. Para calcular o comprimento dessa curva, primeiramente particionamos o intervalo b¡a [a; b] em n sub-intervalos de comprimento ¢x = , atrav¶s de pontos e n a = x0 ; x1 ; : : : ; xn¡1 ; xn = b Em seguida consideramos, no gr¶¯co, os n + 1 pontos correspondentes, a A0 = (x0 ; f(x0 )); A1 = (x1 ; f (x1 )); : : : ; An¡1 = (xn¡1 ; f (xn¡1 )); An = (xn ; f (xn )) A n-1 y y = f(x) ∆s n A n ∆ s2 ∆ s1 A2 A0 A1 ... a x1 x2 xn-1 b x x0 xn Figura 20.6. Sendo ¢si = dist(Ai¡1 ; Ai ), para iP 1; : : : ; n, P = temos que uma aproxima»~o do ca n n comprimento da curva ¶ dada pela soma i=1 ¢si = i=1 dist(Ai¡1 ; Ai ). e
  • 8. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 187 Agora, p dist(Ai¡1 ; Ai ) =(xi ¡ xi¡1 )2 + (f (xi ) ¡ f (xi¡1 ))2 s µ ¶2 p ¢f = (¢x)2 + (¢f )2 = 1 + ¢ ¢x ¢x Assumindo que f ¶ diferenci¶vel no intervalo [a; b], pelo teorema do valor m¶dio, teorema e a e 15.1, aula 12, ¢f f(xi ) ¡ f(xi¡1 ) = = f 0 (ci ) ¢x xi ¡ xi¡1 para algum ci compreendido entre xi¡1 e xi . Assim, X n Xp n ¢si = 1 + (f 0 (ci ))2 ¢ ¢x i=1 i=1 p Esta ¶ uma soma integral de '(x) = 1 + (f 0 (x))2 , no intervalo [a; b], correspondente e µ subdivis~o a = x0 ; x1 ; : : : ; xn¡1 ; xn = b, com uma escolha" de pontos intermedi¶rios a a a c1 ; c2 ; : : : ; cn . Veja de¯ni»~o µ aula 17. ca a Supondo f 0 (x) cont¶ ³nua no intervalo [a; b], temos ent~o que o comprimento da curva a y = f(x), a · x · b, ¶ dado por e X Xp n Z bp s = lim ¢s = lim 1+ (f 0 (ci ))2 ¢ ¢x = 1 + (f 0 (x))2 dx ¢x!0 ¢x!0 a i=1 A id¶ia intuitiva que d¶ a integral para o comprimento de arco ¶ ilustrada na ¯gura e a e 20.7. Para um elemento in¯nitesimal de comprimento dx, corresponde uma varia»~o ca in¯nitesimal em y, dy. O elemento in¯nitesimal de comprimento de arco, ds, correspon- dente µ varia»~o dx, ¶ dado pelo teorema de Pit¶goras: a ca e a s µ ¶2 p dy p ds = (dx)2 + (dy)2 = 1 + dx = 1 + (f 0 (x))2 dx dx y ds dy dx x Figura 20.7.
  • 9. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 188 20.5 ¶ Area de uma superf¶ de revolu»~o ³cie ca Consideremos a curva y = f (x), gr¶¯co de uma fun»~o f cont¶ a ca ³nua, a qual assumiremos 0 que tem derivada f tamb¶m cont¶ e ³nua, para a · x · b. Rotacionando-se essa curva em torno do eixo x, obtemos uma superf¶ de revo- ³cie lu»~o. Para o c¶lculo de sua ¶rea, primeiramente particionamos o intervalo [a; b] em n ca a a b¡a sub-intervalos de comprimento ¢x = , atrav¶s de pontos a = x0 , x1 , : : : , xn¡1 , e n xn = b. Tomando-se dois pontos dessa subdivis~o, xi¡1 e xi , consideramos os pontos cor- a respondentes no gr¶¯co de f , Ai¡1 = (xi¡1 ; f (xi¡1 ) e Ai = (xi ; f (xi )). Este procedi- a mento geom¶trico est¶ ilustrado na ¯gura 20.6. e a Rotacionando-se o segmento Ai¡1 Ai em torno do eixo x, obtemos um tronco de cone, de geratriz lateral ¢si = Ai¡1 Ai , sendo f (xi¡1 ) e f (xi ) os raios de sua base e de seu topo. Veja ¯gura 20.8 Ai A i -1 f(x i -1 ) f(x i ) x Figura 20.8. A ¶rea da superf¶ lateral de um tronco de cone, de geratriz lateral ` e raios r e a ³cie R no topo e na base, ¶ dada por ¼(r + R)`. Assim, rotacionando o segmento Ai¡1 Ai , e em torno do eixo x, como acima, a superf¶ resultante ter¶ ¶rea ³cie aa ¢Si = ¼[f(xi¡1 ) + f (xi )] ¢ ¢si e a ¶rea da superf¶ de revolu»~o, da curva y = f (x), a · x · b, em torno do eixo x, a ³cie ca ser¶ dada por a X S = lim ¢x ! 0 ¢Si Agora, como argumentado na se»~o anterior (con¯ra), ca p ¢si = Ai¡1 Ai = 1 + [f 0 (ci )]2 ¢x
  • 10. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 189 para algum ci entre xi¡1 e xi . Assim sendo, ¢Si = ¼[f(xi¡1 ) + f (xi )] ¢ ¢si p = ¼[f(xi¡1 ) + f (xi )] ¢ 1 + [f 0 (ci )]2 ¢x Assim, X S = lim ¢Si ¢x!0 X = lim ¼[f(xi¡1 ) + f (xi )] ¢ ¢si ¢x!0 X p = lim ¼[f(xi¡1 ) + f (xi )] ¢ 1 + [f 0 (ci )]2 ¢x ¢x!0 E pode ser mostrado que este ¶ltimo limite ¶ igual a u e X p Z b p lim 2¼f (ci ) ¢ 1 + [f i 0 (c )]2 ¢x = 2¼f (x) 1 + (f 0 (x))2 dx ¢x!0 a Assim, a ¶rea da superf¶ de revolu»~o resultante ¶ dada por a ³cie ca e Rb p S= a 2¼f (x) 1 + (f 0 (x))2 dx 20.6 Centro de gravidade de uma ¯gura plana Se temos, em um plano ou no espa»o n pontos P1 ; P2 ; : : : ; Pn , tendo massas m1 ; m2 ; c ¹ : : : ; mn , respectivamente, o centro de massa P , do sistema de n pontos, ¶ dado por e Pn i=1 mi Pi P = Pn ¹ i=1 mi ¹ ou seja, P = (¹; y ), sendo x ¹ Pn Pn i=1 mi xi i=1 mi yi x = Pn ¹ e y = Pn ¹ i=1 mi i=1 mi Consideremos uma regi~o plana, delimitada pelos gr¶¯cos das fun»~es cont¶ a a co ³nuas y = f (x) e y = g(x), e pelas retas verticais x = a e x = b, sendo f (x) ¸ g(x) para a · x · b. Olhando essa regi~o como uma placa plana, de espessura desprez¶ a ³vel, suponhamos que ela possui densidade super¯cial (massa por unidade de ¶rea) ± constante. a Particionando-se o intervalo [a; b], em intervalos de comprimento ¢x = b¡a , n atrav¶s dos pontos x0 = a; x1 ; : : : ; xn = b, aproximamos essa regi~o por uma reuni~o e a a de ret^ngulos, como na ¯gura 20.9, sendo cada ret^ngulo de altura f (x) ¡ g(x) e base a a ¢x, sendo aqui x o ponto m¶dio do intervalo [xi¡1 ; xi ]. e
  • 11. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 190 y y = f(x) ∆ A = [f(x) - g(x)] ∆ x Px x i -1 xi a x b x ∆x y = g(x) Figura 20.9. Esse ret^ngulo elementar tem ¶rea ¢A = (f (x) ¡ g(x))¢x, seu centro de massa a ³ ´ a f (x)+g(x) ¶ o ponto Px = x; e 2 , sendo sua massa dada por ¢m = ± ¢ ¢A = ±(f (x) ¡ g(x))¢x O centro de massa da reuni~o de todos esses ret^ngulos elementares coincide com a a o centro de massa dos pontos Px , atribuindo-se a cada ponto a massa ¢m do seu ret^ngulo. a Assim, uma aproxima»~o do centro de massa da regi~o plana considerada, o centro ca a de massa dos v¶rios ret^ngulos elementares, ¶ dada por a a e P P P ^ = P ¢ Px = P¢ ¢A ¢ Px = P ¢ Px P ¢m ± ¢A ¢m ± ¢ ¢A ¢A Agora, µ ¶ f(x) + g(x) ¢A ¢ Px = ¢A ¢ x; 2 µ ¶ f (x) + g(x) = (f (x) ¡ g(x))¢x ¢ x; 2 µ ¶ f(x) + g(x) = x(f(x) ¡ g(x))¢x; (f (x) ¡ g(x)) ¢ ¢x 2 µ ¶ 1 2 2 = x(f(x) ¡ g(x))¢x; ([f (x)] ¡ [g(x)] ) ¢ ¢x 2 ¹ Finalmente, o centro de massa P da regi~o plana considerada, ser¶ dado por a a P ¢A ¢ Px P = lim P = lim P ¹ ^ ¢x!0 ¢x!0 ¢A ^ ¹ Portanto, passando ao limite, nas duas coordenadas de P , chegamos a P = (¹; y ), x ¹ sendo
  • 12. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 191 Rb Rb1 a x(f (x) ¡ g(x)) dx a 2 ([f (x)]2 ¡ [g(x)]2 ) dx x = Rb ¹ y= ¹ Rb a (f (x) ¡ g(x)) dx a (f (x) ¡ g(x)) dx 20.7 Problemas ¶ Areas de regi~es planas o 1. Calcule a ¶rea delimitada pelas curvas y 2 = 9x e y = 3x. Resposta. 1=2. a 2. Calcule a ¶rea delimitada pelas curvas xy = a2 , x = a, y = 2a (a > 0) e o eixo a x. Resposta. a2 ln 2. 3. Calcule a ¶rea delimitada pela curva y = x3 , pela reta y = 8 e pelo eixo y. a Resposta. 12. 4. Calcule a ¶rea total delimitada pelas curvas y = x3 , y = 2x e y = x. Resposta. a 3=2. 2 2 5. Calcule a ¶rea delimitada pela elipse x2 + y2 = 1. Resposta. ¼ab. a a b b p Sugest~o. A ¶rea ¶ delimitada pelos gr¶¯cos de fun»oes y = § a a2 ¡ x2 , com a a e a c~ ¡a · x · a. Fa»a a substitui»~o x = a sen t. Na integral resultante, use a c ca f¶rmula de redu»~o de pot^ncias cos2 a = 1+cos 2a . o ca e 2 6. Calcule a ¶rea delimitada pela curva fechada (hipocicl¶ide) x2=3 + y 2=3 = a2=3 . a o 3 2 Resposta. 8 ¼a . p Sugest~o. A ¶rea ¶ delimitada pelos gr¶¯cos de fun»~es y = § a2=3 ¡ x2=3 , com a a e a co ¡a · x · a. Fa»a a substitui»~o x = a sen3 µ, com ¡¼=2 · µ · ¼=2. Na c ca 1 + cos 2a integral resultante, use as f¶rmulas de redu»~o de pot^ncias cos2 a = o ca e , 2 1 ¡ cos 2a sen2 a = . 2 Valor m¶dio de uma fun»~o cont¶ e ca ³nua Determinar o valor m¶dio da fun»~o dada, no intervalo especi¯cado. e ca 1. f (x) = x2 , a · x · b. Resposta. f = 1 (a2 + ab + b2 ). ¹ 3 p p 2(a+b+ ab) 2. f (x) = x, a · x · b (0 · a < b). Resposta. p p . 3( a+ b) 3. f (x) = cos2 x, 0 · x · ¼=2. Resposta. 1=2.
  • 13. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 192 Volumes de s¶lidos o Em cada problema, calcule o volume do s¶lido obtido por revolu»~o, conforme descrito. o ca x2 y 2 1. A elipse + 2 = 1 gira em torno do eixo x. Resposta. 1 ¼ab2 . 3 a2 b 2. O segmento de reta da origem (0; 0) ao ponto (a; b) gira ao redor do eixo x, obtendo-se assim um cone. Resposta. 1 ¼a2 b. 3 3. A regi~o plana delimitada pela a hipocicl¶ide x2=3 + y 2=3 = a2=3 gira o y a ao redor do eixo x. Resposta. 32¼a3 =105. 2/3 2/3 2/3 x + y =a -a 0 a x -a 4. O arco de sen¶ide y = sen x, 0 · x · ¼, gira em torno do eixo x. Resposta. o 2 ¼ =2. 5. A regi~o delimitada pela par¶bola y 2 = 4x, pela reta x = 4 e pelo eixo x, gira em a a torno do eixo x. Resposta. 32¼. Comprimentos de curvas Calcule os comprimentos das curvas descritas abaixo. 1. Hipocicl¶ide (veja ¯gura) x2=3 + y 2=3 = a2=3 . Resposta. 6a. o 1 p x3=2 , 2. y = a de x = 0 a x = 5a. Resposta. 335a=27. p p 3. y = ln x, de x = 3 a x = 8. Resposta. 1 + 1 ln 3 . 2 2 4. y = 1 ¡ ln(cos x), de x = 0 a x = ¼=4. Resposta. ln tg 3¼ . 8
  • 14. »~ Aplicacoes selecionadas da integral definida 193 ¶ Areas de superf¶ ³cies de revolu»~o ca Em cada problema, calcule a ¶rea da superf¶ obtida por revolu»~o da curva dada em a ³cie ca torno do eixo especi¯cado. 56 1. y 2 = 4ax, 0 · x · 3a, rotacionada em torno do eixo x. Resposta. 3 ¼a2 . 2. y = 2x, 0 · x · 2, (a) rotacionada em torno do eixo x (b) rotacionada em torno do eixo y. p p Respostas. (a) 8¼ 5 (b) 4¼ 5. 3. y = sen x, 0 · x · ¼, p p rotacionada em torno do eixo x. Resposta. 4¼[ 2 + ln( 2 + 1)]. Centro de massa (ou de gravidade) de uma regi~o plana a Determine as coordenadas do centro de gravidade da regi~o plana especi¯cada. a 2 x2 1. Regi~o no primeiro ¡ a quadrante, delimitada pela elipse ¢ a2 + y2 = 1 (x ¸ 0, y ¸ 0). b 4a 4b Resposta. (¹; y ) = 3¼ ; 3¼ . x ¹ x2 2. Area delimitada pela curva y = 4 ¡ ¶ 4 e o eixo x. Resposta.(¹; y ) = (0; 8=5). x ¹ 3. Area delimitada pela par¶bola y 2 = ax e pela reta x = a. Resposta. (¹; y ) = ¶ a x ¹ (3a=5; 0).