Este documento discute os princípios farmacológicos dos antibióticos em oftalmologia, incluindo a farmacocinética, farmacodinâmica e farmacoterapêutica. Também aborda a etiologia bacteriana comum de infecções oculares e a susceptibilidade aos antibióticos. Finalmente, descreve a abordagem dos vários antibióticos disponíveis, incluindo seu mecanismo de ação, espectro e efeitos adversos.
2. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
•Princípios farmacológicos Farmacocinética
Farmacodinâmica
Farmacoterapêuti
ca
Toxicidade
• Etiologia bacteriana
de infecções oculares
• Susceptibilidade aos
AB´s
• Abordagem dos
vários AB´s
disponíveis
Mecanismo de acção
Espectro
Formas de administração
Efeitos adversos
• Associações
3. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Farmacodinâmica:
• actividade biológica e efeito clínico dos fármacos;
• efeito do fármaco após a farmacocinética
Ligação aos receptores
Alterações intra-celulares
5. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Toxicidade:
• efeitos adversos dos fármacos;
• influências da farmacocinética e/ou farmacodinâmica;
absorção pela mucosa olho/nasofaringe
Não há efeito 1ª passagem hepática
Aumento da biodisponibilidade
• Toxicidade local é superior à sistémica;
Reacção de hipersensibilidade tipo I mediada por IgE
6. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Toxicidade:
• Princípios farmacológicos diferentes nos idosos:
- < massa muscular, quantidade de água, albumina;
- aumento do tecido adiposo;
- diminuição da função renal, hepática e enzimática;
- polimedicação;
Alteração da farmacocinética e
farmacodinâmica
7. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Farmacocinética:
• ciclo do fármaco a nível do corpo;
1-Absorção;
2-Distribuição;
3-Metabolismo;
4-Excreção;
• concentração suficiente no local acção
Várias variáveis
Efeito
terapêutico
─ Quantidade;
─ Forma de administração;
─ Ligação tecidual;
─ Circulação de fluídos;
─ Transporte;
─ Biotransformação;
8. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Farmacocinética:
Vias de Administração:
Gel/pomada
•TÓPICA
Colírio
•LOCAL
Injecção Periocular
Injecção Intraocular
Intravenosa
•SISTÉMICA
Oral
Intramuscular
• NOVAS
ABORDAGENS
9. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Via tópica:
-A) Colírio:
- maioria dos fármacos;
-maximiza a concentração no segmento anterior e
adversos;
efeitos
-pouca retenção pelo olho (+- 20% );
-residence time- tempo que um fármaco permanece no
reservatório
lacrimal e no filme lacrimal;
10. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Via tópica:
•manobras para absorção ocular:
- aguardar 5 min antes da próxima instilação;
- compressão do ponto lacrimal;
- oclusão palpebral durante 5 min;
- a viscosidade do veículo;
- sistemas de distribuição farmacológica;
• estrutura corneana impede a passagem do fármaco:
Estrutura lipofílica e hidrofílica simultânea
• conjuntiva é 20x mais permeável a subs. hidrofílicas;
11. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Via tópica:
•Factores que determinam a penetração do fármaco na córnea:
- concentração
do excipiente
- solubilidade
- pH;
- forma iónica;
-tamanho molecular;
-estrutura química;
-surfactantes;
-viscosidade;
-B) Pomada:
• tempo contacto;
• normal/ com alta solubilidade lipídica e alguma solubilidade
aquosa;(ex. fluorometolona, tetraciclina)
12. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Via local:
-A) Injecção Periocular:
• Subtenon: anestesia tópica no quadrante ínfero-temporal, agulha 25G a
2/3mm do fórnix;
• Subconjuntival: anestesia tópica, colocar agulha a alguns mm do
limbo, às 4 ou 8h apontada para o fórnix;
13. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
• Retrobulbar:
Níveis terapêuticos a nível da câmara posterior
Importante em fármacos pouco solúveis
14. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
-B) Injecção Intraocular:
•Intra cameral: em procedimentos intra-operatórios (ex. lidocaína,
viscoelástico,triancinolona);
•Intra vítrea: maximizar o efeito terapêutico e diminuir os efeitos
sistémicos (ex. tratamento de endoftalmites, triancinolona, silicone,
gases);
15. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Via sistémica:
• subs lipofílicas com pouca ligação às proteínas, administ. em bólus;
• via oral, IV e IM(toxina botulínica);
• Via IV:
- Diagnóstico (fluoresceína e indocianina verde)
- Terapêutico (bólus,ampicilina,tetraciclina,dexametasona);
- [] esclera>conjuntiva>h. aquoso>coróide>retina;
• Novas
abordagens:
-prodrogas, composições de libertação prolongada, sistemas transesclerais,lipossomas, lentes contacto com fármacos, iontoforese;
16. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
•Princípios farmacológicos Farmacocinética
Farmacodinâmica
Farmacoterapêuti
ca
Toxicidade
• Etiologia bacteriana
de infecções oculares
• Susceptibilidade aos
AB´s
17. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Etiologia bacteriana das infecções
oculares:
-Virulência do
•Patogenicidade microorganismo;
influenciada por:
-Estado anatómico,fisiológico e bioquímico do olho;
-Resposta do hospedeiro;
• Infecção pode ter origem externamente com possível extensão interna
-Estaphylococcus epidermidis
ou mesmo cerebral1;
-Estaphylococcus aureus
• Flora residente:-Corinebacterium diphtheriae
-Estaphylococcus pyogenes
• Diagnóstico clínico;
1-O´Brien and Hazlett,2000
18. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
•Estudo clínico1 efectuado para determinar os agentes bacterianos mais
comuns em algumas infecções oculares externas:
- 286 doentes, diagnóstico clínico + cultura + Gram;
- diagnósticos mais frequentes:Conjuntivite bacteriana (31,8%);
-Blefarite inespecífica(18,3%);
-Blefarite bacteriana(15,8%)
177 isolamentos bacterianos
Gram – (26,55%)
-Enterobacterium(74,47%);
-Outros
1-Hernández-Rodríguez Patricia., M.Sc Quintero
Gladys., M.Sc, Universidad Javeriana. Bogotá Colombia
Gram + (73,45%)
-Estaphylococcus epidermidis (48,46%);
-Estaphylococcus aureus (35,38%);
-Estreptococcus pneumoniae (4,61%);
19. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
GRAM POSITIVAS
DIAGNOSTICO
CLINICO
S. aureus
S.
epidermidis
S.
pneumoniae
S. viridans
Enterococcus
S. grupo D no Corynebact
enterococo
erium sp.
n
%
n
%
n
%
N
%
n
%
n
%
N
%
14
30.40
16
25.40
3
50.00
3
100
4
66.66
1
33.33
3
100
9
11
19.60
23.90
13
12
20.64
19.05
0
1
0
16.67
0
0
0
0
0
1
0
16.67
0
0
0
0
0
0
0
0
4
8.70
10
15.86
1
16.67
0
0
1
16.67
1
33.33
0
0
Blefaroconjuntivitis
4
8.70
5
7.94
1
16.67
0
0
0
0
0
0
0
0
Dacriocistitis
1
2.17
3
4.75
0
0
0
0
0
0
1
33.33
0
0
Celulitis
1
2.17
2
3.18
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
2
46
4.35
100
2
63
3.18
100
0
6
0
100
0
3
0
100
0
6
0
100
0
3
0
99.99
0
3
0
100
Conjuntivitis
bacteriana
B. Bacteriana
B. Inespecífica
Conjuntivitis
inespecífica
Queratitis ulcerativa
periférica
Otro
TOTAL
20. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Tabela 1. Relação dos agentes etiológicos de acordo com seu diagnóstico
Queratite Bacteriana(49,6%)
Número
%
Negativo 48h
202
71.7
S. aureus
20
7
P.aeroginosa
11
3.9
S.epidermidis
6
2.2
S. pneumoniae
7
2.5
K.pneumoniae
2
0.7
outros
34
12
Negativo 48h
82
38,3
S. aureus
49
22.9
Candida sp
14
6.6
S.epidermidis
11
5.2
Conjuntivite (37,3%)
21. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Conjuntivites
Número
%
P. aeroginosa
5
2.4
K.pneumoniae
5
2.4
Outros
48
22.5
Negativo 48h
49
68
S.aureus
4
5
S. epidermidis
2
2.8
S. pneumoniae
3
4.2
Candida sp
1
1.4
Outros
13
18
Endoftalmites (12,7%)
Eliane Usugui et al,Identificação laboratorial dos patogéneos oculares mais frequentes e a sua susceptibilidade in vitro aos
agentes antimicrobianos, Arq. Brasileiro de Oftalmologia 2002;65:339-42;
22. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Tabela 2. Susceptibilidade antimicrobiana in vitro dos agentes
isolados no Laboratório de Microbiologia da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo, no período de 1994 a 1999
S. aureus
Vancomicina(60);oxacilina(46); ciprofloxacina(39);
S. epidermidis
Vancomicina(18); ciprofloxacina(13); oxacilina(13);
P. aeroginosa
Ceftazidima(13);tobramicina(13);gentamicina(12);
ciprofloxacina(12)
Klebesiela pneumoniae
Ceftazidime(8);tobramicina(8);amicacina(8);cefoxitim
a
(7);
Estrept. pneumoniae
Tetraciclina(9);vancomicina(8);cloranfenicol(8);
ofloxacina(8),penicilina(8);eritromicina(8);
( )-nº de casos onde houve sensibilidade do referido AB
23. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
•Princípios farmacológicos Farmacocinética
Farmacodinâmica
Farmacoterapêuti
ca
Toxicidade
• Etiologia bacteriana
de infecções oculares
• Susceptibilidade aos
AB´s
• Abordagem dos
vários AB´s
disponíveis
Mecanismo de acção
Espectro
Formas de administração
Efeitos adversos
25. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Penicilinas e Cefalosporinas:
- AB`s β-lactâmicos - inactivam a transpeptidase;
- algumas bactérias produzem β-lactmases;
- má penetração a nível ocular e cerebral;
- reacções de hipersensibilidade em 0,7-4% com reacção cruzada em
10% com as cefalosporinas;
26. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Penicilinas:
- 5 classes com espectro e resistências diferentes;
•Penicilina G, penicilina V e feneticilina: efectivos contra a maioria dos
Gram+ e Gram- cocus e alguns anaeróbios; Elevada resistência;
• Floxacilina,dicloxacilina, cloxacilina, meticilina e oxacilina: penicilinase
resistentes, via parenteral ou sub-conjuntival;
• Ampicilina,amoxicilina: >espectro, Gram- (Haemophylus influenza,E.
coli);
• Carbenicilina,ticarcilina- Pseudomonas,Enterobacter;
• Piperacilina- Pseudomonas e Klebesiela,via parenteral ou subconjuntival;
27. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
-Celulite pré-septal;
Usadas sobretudo em idades pediátricas:
-Dacrioadenite;
-Dacriocistite
Efeitos adversos:
-Febre;
• reacções de hipersensibilidade alérgica:-Rash urticariforme;
-Vasculite;
-Síndrome de Stevens-Johnson;
• reacções locais: -Flebite;
-Tromboflebite;
• alterações hidro-electrolíticas;
28. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Cefalosporinas:
- 1ª-4ª geração
diferente susceptibilidade e resistência;
• 1ª geração: cefalotin,cefazolin: Gram+(Estreptococcus e S.aureus);
• 2ª geração: cefuroxime e cefoxitin: alargamento para Gram-(Neisseria
g.);
• 3ª geração: ceftriaxone,ceftazidime,cefotaxime:>Gram- mas<Gram+;
• 4ª geração: cefepima,cefpirome: Gram- igual mas < resistências
29. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Cefalosporinas:
Efeitos adversos:
-Urticária;
• Reacções de hipersensibilidade:-Granulocitopenia;
-Anemia hemolítica;
• Reacção dissulfiram:
-Rubor facial;
-Zumbidos;
-Náuseas e
vómitos;
30. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Fluoroquinolonas:
• Ciprofloxacina, Ofloxacina ,Levofloxacina, Gatifloxacina;
• Espectro alargado;
• Actuam a nível do DNA (inibem a topoisomerase IV e girase);
• Estudos afirmam que a ciprofloxacina inibe 90% dos patogéneos a nível
corneano, necessitando de menores concentrações
< toxicidade;
• Gatifloxacina demonstrou boa penetração ocular e boa acção para os
agentes causadores de Endoftalmite
31. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
• Tratamento de úlceras corneanas devido a S.aureus, S.epidermidis,
S. pneumoniae,P.aeroginosa…., conjuntivites bacterianas;
• Alta taxa de penetração
efeito >12h;
• Elevada eficácia e segurança;
• Efeitos adversos :
oculares:+ freq.:desconforto ocular,olho vermelho,edema facial,dor
ocular, fotofobia,visão enevoada;
sistémicos: alterações articulares, insónias, vertigens, alterações
cardíacas;
32. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Gravidez;
Menor de 18A;
Epilepsia;
Alt. Hidroelectrolíticas;
• 5 fármacos disponíveis:
-ofloxacina 0.3%(Exocin®,Foxedol ®);
-ciprofloxacina HCL 0,3%(Oftacilox®);
-levofloxacina0,5%(Oftaquix®);
-lamefloxacina (Okacin®);
-norfloxacina0,3%(Chibroxol®);
33. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Sulfonamidas:
• Inibem síntese do ácido fólico bacteriano;
• Associar a trimetoprim;
• Sulfacetamida (só em associação-Meocil®);
S.pneumoniae, C.diphtheriae, H. influenzae
• Efeitos adversos (5%):
-Irritação local;
-Edema periorbitário;
-S. Stevens-Johnson;
crianças
e
grávidas/
amamentação
34. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Tetraciclinas:
• clortetraciclina, oxitetraciclina,tetraciclina,doxiciclina,minociclina;
• inibem a síntese proteica;
• espectro alargado: Gram+, Gram-, Mycoplasma pneumoniae, Rickettsiae;
• via sistémica em infecções gl. Meibómio por S.aureus;
• efeitos adversos:
-irritação gástrica;
-descoloração dentes
-diminuição t. protrombina;
-fotossensibilidade;
Crianças
Miastenia Gravis
Grávidas
35. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Cloranfenicol:
• largo espectro, H influenzae, Neisseria g.;
• inibe a síntese proteica bacteriana;
• efeitos adversos: anemia aplásica letal, irritação ocular,teratogénico;
• disponível: cloranfenicol colírio(Clorocil®) 0,5 e 0,8% e
pomada(Micetinoftalmina®) 1%
• não associar gentamicina com cloranfenicol
Selecção de
Pseudomonas
Gravidez;
Insuf. Hepática;
36. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Aminoglicosídeos:
• inibem a síntese proteíca;
• gentamicina, tobramicina e amicacina
Gram(ex.P.mirabilis, P.aeroginosa, Serratia),aeróbios;
• resistências à gentamicina e tobramicina
amicacina;
• colírio, pomada, injecção periocular, via IV ou IM;
• neomicina:alergia ocular em 8%,atraso na reepitelização corneana;
• efeitos adversos:
-ototoxicidade
-nefrotoxicidade;
-Gravidez:
-Miastenia gravis;
-IRC;
37. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Vancomicina:
• tratamento de infecções por E. aureus resitentes a outros AB´s;
• tópico ou intra-ocular em queratites infecciosas ou endoftalmites por
EAMR;
• tratamento empírico de endoftalmite: associado a um aminoglicosídeo;
• via tópica: 50mg/ml; via intra-vítrea: 1mg/0,1ml; via IV: 500mg 6/6h;
• efeitos adversos: ototoxicidade,nefrotoxicidade,febre, anafilaxia;
Eritromicina:
• macrólido que inibe a síntese proteica;
•Legionella pneumophila, M. pneumoniae, Clamydia trachomatis;
38. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Azitromicina e claritromicina:
• grupo dos macrólidos;
• A azitromicina tem espectro amplo, especialmente em infecções por: N.
gonorrheae, H. influenza e Clamydia;
• Azyter ®- comodidade posológica (2 id durante 3 dias);
Polimixina-B:
• detergente catiónico que provoca disrupção das membranas bacterianas
Gram-;
• tópico ou sub-conjuntival:
Conjunctivone®- Neomicina+Polimixina-B;
Conjunctivone-S®- Neomicina+Polimixina-B+ Prednisolona; Colírio
Oftalmotrim®-Trimetoprim+Polimixina-B;
39. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Iodo-povidona:
Hipersensibilidade
• apresenta um largo espectro;
• usado na preparação do campo operatório;
Bacitracina
• actividade Gram +;
• não se usa por via sistémica;
• em associação com neomicina
queratite por Acanthamoeba;
40. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Colírios fortificados:
• Obtidos a partir de AB´s sistémicos ou preparações liofilizadas;
• Indicações: - Queratites severas (diâmetro largo, infiltração
estroma, inflamação câmara anterior, idoso);
- Adjuvante na Endoftalmite bacteriana aguda;
• Desvantagens: -difícil preparação;
• Vantagens: - [AB] no estroma;
-condições de conservaçã
- escolha relativa/ alargada;
• Toxicidade:- toxicidade corneana e conjuntival (aminoglicosídeos);
- dificuldade de reepitelização corneana (aminog., vanco);
41. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
• Amicacina 20mg/ml;
• Gentamicina 16mg/ml;
• Tobramicina 16mg/ml
• Cefazolina- 50mg/ml;
• Ceftazidima 50mg/ml;
• Vancomicina 50mg/ml;
Associações:
- ticarcilina + gentamicina + vancomicina;
- cefazolina + amicacina;
Estudo de comparação de fluoroquinolonas e antibióticos fortificados no
tratamento de úlceras corneanas bacterianas complicadas
- Não há diferença entre as fluoroquinolonas e os antibióticos fortificados(tobramicina1,3% +
cefazolina5%) em termos de melhoria visual.
- Complicações:perfuração córnea, evisceração, enucleação (16,7 vs 2,4%);
- Estadia hospitalar e duração de terapia (4 vs 6);
Fonte: Fluoroquinolone and fortified antibiotics for treating bacterial corneal ulcers, Mark Daniel at al, BJ Ophthalmology
2000;84:378-384.
44. ANTIBIÓTICOS EM OFTALMOLOGIA
Bibliografia
American Academy of Ophthalmology, Fundamentals and Principles of
Ophthalmology, 2007-2008;
Gerhard K.Lang Ophthalmology, A Pocket Textebook Atlas, 2nd
edition, Thieme,2006;
Jack J. Kanski, Clinical Ophthalmology, a Systematic Approach, Elsevier
Limited, 2007;
Myron Yanoff , Jay S. Duker , James J. Augsburger Ophthalmology 2nd
edition, Mosby; 2003;