1) Portugal viveu sob domínio espanhol de 1581 a 1640 durante a União Ibérica.
2) Em 1640, um grupo de fidalgos portugueses invadiu o Paço da Ribeira e proclamou D. João IV como novo rei de Portugal, restaurando a independência.
3) A economia portuguesa passou a focar-se mais no Brasil e no comércio atlântico, especialmente o comércio triangular entre Portugal, África e Brasil.
A Disputa dos Mares e a Afirmação do Capitalismo Comercial
1. A disputa dos mares e a afirmação do
capitalismo comercial
Impérios coloniais europeus no século XVII
2. • População escassa para povoar territórios tão vastos e dispersos;
• Ruinosa administração portuguesa no Oriente, agravada pela
corrupção;
• Fracos recursos económicos de Portugal;
• “Política de transporte” seguida por Portugal, tornando o país
dependente das importações estrangeiras;
• Numerosos naufrágios provocados por tempestades, ataques de
piratas e corsários e cargas excessivas dos navios;
• Reanimação das Rotas do Levante pelos Muçulmanos;
• Concorrência dos Holandeses, Ingleses e Franceses, que defendiam a
liberdade de navegação nos mares (mare liberum);
• Ataques de piratas e corsários.
3. Apogeu do Império Espanhol
2ª metade do séc. XVI – A Espanha
torna-se a maior potência colonial e
comercial da Europa.
Nesta época chegam a Sevilha grandes
carregamentos de ouro e prata
Filipe II, Rei de Espanha provenientes das minas da América.
4. A crise da sucessão dinástica e a
União Ibérica
• Em 1578, o rei D. Sebastião morreu na Batalha de
Alcácer Quibir, em Marrocos, no Norte de África.
• A sua morte provocou uma crise dinástica em
Portugal, uma vez que ele não tinha filhos nem
irmãos.
• Sucedeu-lhe o seu tio-avô, o cardeal D.
Henrique, idoso e sem descendentes, tendo falecido
em 1580.
D. Sebastião
Batalha de Alcácer Quibir, 1578
5.
6. • D. António, Prior do Crato, era apoiado pelo povo.
• Filipe II, Rei de Espanha, era o candidato mais poderoso, contava com o apoio de
importantes sectores da nobreza, do alto clero e da burguesia.
• Em 1581, Filipe II, nas Cortes de Tomar, foi aclamado Rei de Portugal, com o título de
Filipe I de Portugal.
União Dinástica
ou
União Ibérica
Portugal e Espanha passaram
a ser governados por um
mesmo rei – “monarquia
dualista”.
Entre 1581 e 1640 Portugal
viveu sob o domínio filipino.
7. Promessas de Filipe II
Nas Cortes de Tomar (1581)
• Respeitar as leis e os costumes do país;
• Atribuir cargos administrativos em Portugal e no Império somente a Portugueses;
• Manter a língua portuguesa como oficial;
• Continuar a cunhar e a usar moeda portuguesa;
• Manter a coroa e os direitos e privilégios de Portugal separados dos de Espanha.
.
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Monarquia Dualista
Filipe II de
Espanha
8. A ascensão económica e colonial da Europa
do Norte
O Império Holandês O Império Inglês
9. O Império Holandês
1ª metade do século XVII – A Holanda ganha
importância como nova potência marítima e
colonial.
Causas:
Frota marítima organizada e poderosa, que
permitia o transporte mais barato das mercadorias
entre o Norte e o Sul da Europa;
Tolerância política e religiosa;
Burguesia forte e empreendedora, que investia
os lucros em novos negócios;
Conquista de algumas colónias portuguesas,
aproveitando o envolvimento de Espanha em
guerras europeias;
Criação de companhias de comércio:
Companhia Holandesa das Índias Orientais (1602)
e Companhia Holandesa das Índias Ocidentais
(1621);
Crise do Império Espanhol, devido à redução da
quantidade de prata americana que chegava a
Sevilha.
10. Outras instituições importantes:
•Banco de Transferências de Amesterdão
•Bolsa Geral de Amesterdão
Vista de Amesterdão em 1617
Na 1ª metade do século XVII, Amesterdão tornou-se o centro da economia
mundial.
11. O Império Inglês
Isabel I (1533-1603)
Filha de Henrique VIII,
rainha de Inglaterra
entre 1558 e 1603.
Francis Drake (1540-
1596), corsário inglês que
atormentou os barcos
portugueses e espanhóis.
A Inglaterra começou, ainda no século XVI, a levar a cabo actos de corso e pilhagem no tempo
de Isabel I.
Francis Drake, o mais famoso dos corsários ingleses, atacava barcos e portos peninsulares com o
apoio da rainha.
12. Esta lei estipulava que os produtos das colónias
inglesas só podiam ser transportados para
Inglaterra em navios ingleses e que os navios
estrangeiros só podiam transportar para
Inglaterra mercadorias produzidas nos
respectivos países.
O Acto de Navegação tinha como objectivos
acabar com os intermediários holandeses e
estimular a construção naval.
Oliver Cromwell – estadista inglês, chefe do
governo entre 1649 e 1658
13. Império colonial da França (sécs. XVII-XIX)
Territórios: América do Norte (Quebec), Caraíbas (Martinica, Guadalupe, S. Pedro
e Miquelão, Haiti), África (Senegal, Argélia, Tunísia…)
- Guerra dos Sete anos com a Inglaterra (1756-1763).
14.
15. A prosperidade dos tráficos atlânticos
portugueses e a Restauração
Crise do Império Viragem do Índico O Brasil e as colónias
Português do Oriente para o Atlântico africanas passaram a
ser mais exploradas
A partir de meados
do séc. XVI, a
produção e a
exportação do açúcar
do Brasil passaram a
ser as actividades
mais importantes do
Reino.
Escravos a trabalhar num engenho de açúcar,
no Brasil
16. Os negros, trazidos do
continente Africano, eram
transportados dentro dos
porões dos navios negreiros.
Devido às péssimas condições
deste meio de
transporte, muitos deles
morriam durante a viagem.
Após o desembarque eles
eram comprados por
fazendeiros e senhores de
engenho, que os tratavam de
forma cruel e desumana.
17. Tráfico de escravos
Os escravos eram trocados por produtos de baixo
valor no litoral africano, sendo depois vendidos a alto
preço nos mercados de escravos , como se fossem
animais.
O tráfico negreiro só terminou no século XIX, tendo
provocado, ao longo de mais de três séculos, uma
verdadeira catástrofe demográfica entre a população
africana.
Anúncio de venda
de escravos
Mercado de
escravos, século XVII
18. O COMÉRCIO TRIANGULAR – SÉCULOS XVII-XVIII
Comércio triangular: Portugal, África e Brasil
Açúcar, algodão, tabaco, pau-brasil.
Nos finais do século XVII os bandeirantes iniciaram a exploração do ouro.
19. A dominação filipina e a restauração da independência
Redução das remessas de ouro e prata
provenientes da América, depois de 1620
Envolvimento da Espanha em
guerras, como a Guerra dos Trinta Anos
(1618-1648) com a França
Concorrência dos Holandeses e Ingleses
pelo controlo do comércio marítimo
Descontentamento da população portuguesa
Os inimigos de Espanha passaram a
ser, também, inimigos de Portugal;
Os territórios orientais iam caindo nas mãos
dos Holandeses e Ingleses;
Os Holandeses fixaram-se no litoral Nordeste
do Brasil, prejudicando a nossa burguesia;
A nobreza estava descontente com a entrega
de cargos e títulos a espanhóis;
O agravamento de impostos que levou a
revoltas populares, como a Revolta do
Manuelinho, em 1637 Revolta do Manuelinho, Évora
20. No dia 1 de Dezembro de 1640, um grupo de 40 fidalgos invadem o Paço da Ribeira, onde
estava a duquesa de Mântua, prima do rei de Espanha, e o seu secretário Miguel de
Vasconcelos, um português que se colocara às ordens dos espanhóis. Após a rendição da
duquesa, o povo de Lisboa vibrou de alegria gritando:
Liberdade! Liberdade!
Viva El-rei D. João IV de Portugal!
A partir desta data iniciou-se a quarta e última dinastia - a Dinastia de Bragança.