SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
A delimitação das letras nas
análises semióticas de
canções
Carlos Vinicius Veneziani dos Santos
Apresentação do trabalho de doutorado
Linha geral de pesquisa
Tema
Seleção das canções
Principais conclusões
Questões trazidas pela banca
Questões a desenvolver
Princípios da semiótica da canção
Letra, música e fala
Relação entre esses elementos é o que dá sentido à canção
Canção popular difere da ópera e de outras linguagens musicais
Modelos de compatibilidade entre letra e melodia
Figuras de locução na canção
Exemplos de diagrama melódico
Exemplos de diagrama melódico
Exemplos de diagrama melódico
Canção e fonograma
Canção é o recorte entoativo e melódico de uma letra produzindo sentido
(virtual).
Esse recorte só é possível dentro de um arranjo.
A canção é sempre, portanto, letra, música e arranjo (atualizada).
Cada atualização de uma canção registrada por meios de gravação é um
fonograma.
Exemplos
“Chão de estrelas” - Silvio Caldas / Mutantes
“Despejo na favela” - Adoniran / Edson Cordeiro
“Sabiá” - Chico / MPB4
“My way” - Elvis / Sex Pistols
Análise do fonograma
Fonograma é um texto, portanto possui uma delimitação física, e é um todo de
sentido (Fiorin).
Cada elemento do fonograma produz sentido para o todo.
Portanto, analisar fonogramas é analisar as canções em sua realização
concreta.
Análise do fonograma é mais detalhista, mais ampla, mas não perde de vista a
canção virtual.
Enunciadores do fonograma
Enunciador é uma instância pressuposta pelo enunciado.
Se algo é cantado, há obviamente um cantor (intérprete).
Mas ele não é o único responsável pela existência da canção.
Há ainda o compositor, os vocalistas de apoio, os instrumentistas, o
arranjador, o editor, o produtor.
“Quero ver você feliz” - Paulo Sérgio.
Componente linguístico do fonograma
As canções têm como característica a presença da voz e do plano verbal.
Tudo o que está no fonograma tem de ser levado em conta na produção do
sentido.
Dessa forma, todos os elementos do plano verbal devem fazer parte, por esse
raciocínio, da letra da canção naquele fonograma específico.
Nem sempre o plano verbal é melodizado musicalmente.
“A vida do viajante” - Gonzaguinha e Gonzagão
Partes faladas das canções
Recursos do plano da expressão: altura, intensidade, duração, timbre,
densidade.
Recursos são mais ou menos explorados conforme intenções expressivas dos
enunciadores.
Em geral, cancionistas produzem canções com maior ou menor
figurativização.
Falas inseridas
Em muitas canções, são adicionados segmentos falados de conteúdo.
Esses segmentos complementam o sentido da letra cantada.
Há falas que são tão eficientes como complementação que acabam se
tornando parte indissociável dos conteúdos.
“Gita” - Raul Seixas / “Aquele abraço” - Gilberto Gil / “O calhambeque” - Roberto
Carlos
Falas calculadas/sampleadas
Não é verdade que uma fala não melodizada na canção esteja totalmente
isenta dos parâmetros de musicalização.
A fala, muitas vezes, precisa “encaixar” no tempo da melodia, para gerar a
continuidade de sentido.
“A dois passos do paraíso” - Blitz
Falas declamadas
As falas declamadas, além da duração condizente com a estrutura do arranjo,
precisam ser realizadas em um ritmo determinado.
A declamação é diferente da entoação coloquial não empostada.
Declamação tende a respeitar o recorte em versos, próprio para leitura.
“Amor, I love you” - Marisa Monte
“Eu sei que vou te amar” - Vinicius de Moraes, Toquinho, Maria Creusa
Canto sem precisão melódica, mas com
ritmo
No rap, o cantor não está fazendo uso da fala coloquial natural. Ninguém fala
da forma como ele canta.
O rapper muitas vezes não explora melodicamente os parâmetros de altura em
seu canto, mas ele está cantando, sem dúvida.
Dentro de muitos raps, há partes faladas, distintas das cantadas.
“Retrato de um playboy” - Gabriel, o Pensador
Canto sem letra em língua de sugestões
Alguma letras de canção são escritas ou redigidas em línguas ou códigos que
não permitem ao ouvinte identificar o conteúdo ao qual elas remetem.
O grupo islandês Sigur Rós compõe canções em Vonlenska, um dialeto próprio,
baseado no islandês, no qual as palavras não possuem conteúdo denotativo,
assemelhando-se a entoações vocalizadas de sugestões sonoras.
Álbum () - Sigur Rós
Afinal, como delimitar a letra da canção?
Hipóteses de trabalho:
1)Todo componente linguístico dentro do fonograma deve ser considerado
como letra da canção para aquele fonograma.
“Tu és o MDC da minha vida” - Raul Seixas
Afinal, como delimitar a letra da canção?
2) A letra da canção não pode ser definida pelo encarte do portador de texto.
“Tropicália” - Caetano Veloso
3) A letra da canção não pode ser segmentada da mesma forma que um
poema, em sua transcrição.
“Cabeça” - Walter Franco
Afinal, como delimitar a letra da canção?
4) A letra da canção não depende da gramaticalidade ou pertinência de sentido
no plano verbal.
“Sigur Rós” - Varud
5) A letra da canção pode receber acréscimos do intérprete, do público, do
editor.
“Pintura íntima” - Kid Abelha / “Anjo” - 509E
Afinal, como delimitar a letra da canção?
6) A letra da canção precisa ser transcrita e recuperada pelo analista do
fonograma.
7) A letra da canção depende da história de assimilação da canção, ou seja, da
comparação de muitos fonogramas.
8) A letra da canção pode ser atualizada historicamente.
“No rancho fundo”
Muito obrigado!
Valeu!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Fonologia - REVISÃO
Fonologia - REVISÃOFonologia - REVISÃO
Fonologia - REVISÃOKeu Oliveira
 
Analise Intersemiótica da letra da Música “Flor da Idade” de Chico Buarque d...
Analise Intersemiótica da letra da Música  “Flor da Idade” de Chico Buarque d...Analise Intersemiótica da letra da Música  “Flor da Idade” de Chico Buarque d...
Analise Intersemiótica da letra da Música “Flor da Idade” de Chico Buarque d...Lucas Miranda Nascimento
 
Sons fonemas e letras [modo de compatibilidade]
Sons fonemas e letras [modo de compatibilidade]Sons fonemas e letras [modo de compatibilidade]
Sons fonemas e letras [modo de compatibilidade]Marcy Gomes
 
Ficha reforço vogais e semivogais
Ficha reforço vogais e semivogaisFicha reforço vogais e semivogais
Ficha reforço vogais e semivogaisSílvia Baltazar
 
Ensinando Inglês através da Música clips
Ensinando Inglês através da Música clipsEnsinando Inglês através da Música clips
Ensinando Inglês através da Música clipsMarina
 

Mais procurados (15)

Fonologia - REVISÃO
Fonologia - REVISÃOFonologia - REVISÃO
Fonologia - REVISÃO
 
Fonologia
FonologiaFonologia
Fonologia
 
Analise Intersemiótica da letra da Música “Flor da Idade” de Chico Buarque d...
Analise Intersemiótica da letra da Música  “Flor da Idade” de Chico Buarque d...Analise Intersemiótica da letra da Música  “Flor da Idade” de Chico Buarque d...
Analise Intersemiótica da letra da Música “Flor da Idade” de Chico Buarque d...
 
Fonética 3
Fonética 3Fonética 3
Fonética 3
 
Sons fonemas e letras [modo de compatibilidade]
Sons fonemas e letras [modo de compatibilidade]Sons fonemas e letras [modo de compatibilidade]
Sons fonemas e letras [modo de compatibilidade]
 
Fonética maira
Fonética   mairaFonética   maira
Fonética maira
 
Sons e letras 2
Sons e letras 2Sons e letras 2
Sons e letras 2
 
Ficha reforço vogais e semivogais
Ficha reforço vogais e semivogaisFicha reforço vogais e semivogais
Ficha reforço vogais e semivogais
 
A dança falada
A dança faladaA dança falada
A dança falada
 
Sons e letras
Sons e letrasSons e letras
Sons e letras
 
Fonologia aula 01
Fonologia aula 01Fonologia aula 01
Fonologia aula 01
 
Fonética e Fonologia
Fonética e FonologiaFonética e Fonologia
Fonética e Fonologia
 
Sons e sílabas
Sons e sílabasSons e sílabas
Sons e sílabas
 
Ensinando Inglês através da Música clips
Ensinando Inglês através da Música clipsEnsinando Inglês através da Música clips
Ensinando Inglês através da Música clips
 
Fonética & fonologia
Fonética & fonologiaFonética & fonologia
Fonética & fonologia
 

Destaque

Fernando Pessoa: informações básicas
Fernando Pessoa: informações básicasFernando Pessoa: informações básicas
Fernando Pessoa: informações básicasvinivs
 
Tropicalismo
TropicalismoTropicalismo
Tropicalismovinivs
 
Semiótica peirceana
Semiótica peirceanaSemiótica peirceana
Semiótica peirceanavinivs
 
Semântica implicações
Semântica   implicaçõesSemântica   implicações
Semântica implicaçõesvinivs
 
Sobre o problema da tipologia da cultura
Sobre o problema da tipologia da culturaSobre o problema da tipologia da cultura
Sobre o problema da tipologia da culturavinivs
 
Definições de linguística e semiótica pelo Dicionário Houaiss
Definições de linguística e semiótica pelo Dicionário HouaissDefinições de linguística e semiótica pelo Dicionário Houaiss
Definições de linguística e semiótica pelo Dicionário Houaissvinivs
 
Concordância verbal
Concordância verbalConcordância verbal
Concordância verbalDon Veneziani
 
Literaturas de expressão portuguesa 3o ano - apresentação geral
Literaturas de expressão portuguesa   3o ano - apresentação geralLiteraturas de expressão portuguesa   3o ano - apresentação geral
Literaturas de expressão portuguesa 3o ano - apresentação geralvinivs
 
Literatura brasileira 1 programação
Literatura brasileira 1 programaçãoLiteratura brasileira 1 programação
Literatura brasileira 1 programaçãovinivs
 
Conceitos básicos da internet
Conceitos básicos da internetConceitos básicos da internet
Conceitos básicos da internetDon Veneziani
 
Ciências humanas e ciências exatas
Ciências humanas e ciências exatasCiências humanas e ciências exatas
Ciências humanas e ciências exatasvinivs
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismovinivs
 
Semântica: anomalias
Semântica: anomaliasSemântica: anomalias
Semântica: anomaliasvinivs
 
Semântica implicações
Semântica   implicaçõesSemântica   implicações
Semântica implicaçõesvinivs
 
Literatura jesuítica
Literatura jesuíticaLiteratura jesuítica
Literatura jesuíticavinivs
 
Acentuação – regras especiais
Acentuação – regras especiaisAcentuação – regras especiais
Acentuação – regras especiaisvinivs
 
Pré modernismo - introdução
Pré modernismo - introduçãoPré modernismo - introdução
Pré modernismo - introduçãovinivs
 
Literatura do século XVII
Literatura do século XVIILiteratura do século XVII
Literatura do século XVIIvinivs
 

Destaque (20)

Fernando Pessoa: informações básicas
Fernando Pessoa: informações básicasFernando Pessoa: informações básicas
Fernando Pessoa: informações básicas
 
Xvi enapol alterado
Xvi enapol   alteradoXvi enapol   alterado
Xvi enapol alterado
 
Tropicalismo
TropicalismoTropicalismo
Tropicalismo
 
Semiótica peirceana
Semiótica peirceanaSemiótica peirceana
Semiótica peirceana
 
Semântica implicações
Semântica   implicaçõesSemântica   implicações
Semântica implicações
 
Sobre o problema da tipologia da cultura
Sobre o problema da tipologia da culturaSobre o problema da tipologia da cultura
Sobre o problema da tipologia da cultura
 
Definições de linguística e semiótica pelo Dicionário Houaiss
Definições de linguística e semiótica pelo Dicionário HouaissDefinições de linguística e semiótica pelo Dicionário Houaiss
Definições de linguística e semiótica pelo Dicionário Houaiss
 
Concordância verbal
Concordância verbalConcordância verbal
Concordância verbal
 
Literaturas de expressão portuguesa 3o ano - apresentação geral
Literaturas de expressão portuguesa   3o ano - apresentação geralLiteraturas de expressão portuguesa   3o ano - apresentação geral
Literaturas de expressão portuguesa 3o ano - apresentação geral
 
Literatura brasileira 1 programação
Literatura brasileira 1 programaçãoLiteratura brasileira 1 programação
Literatura brasileira 1 programação
 
Conceitos básicos da internet
Conceitos básicos da internetConceitos básicos da internet
Conceitos básicos da internet
 
Ciências humanas e ciências exatas
Ciências humanas e ciências exatasCiências humanas e ciências exatas
Ciências humanas e ciências exatas
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Internet explorer
Internet explorerInternet explorer
Internet explorer
 
Semântica: anomalias
Semântica: anomaliasSemântica: anomalias
Semântica: anomalias
 
Semântica implicações
Semântica   implicaçõesSemântica   implicações
Semântica implicações
 
Literatura jesuítica
Literatura jesuíticaLiteratura jesuítica
Literatura jesuítica
 
Acentuação – regras especiais
Acentuação – regras especiaisAcentuação – regras especiais
Acentuação – regras especiais
 
Pré modernismo - introdução
Pré modernismo - introduçãoPré modernismo - introdução
Pré modernismo - introdução
 
Literatura do século XVII
Literatura do século XVIILiteratura do século XVII
Literatura do século XVII
 

Semelhante a Delimitação da letra na análise semiótica de canções

CritéRios Para Relacionar Letra E MúSica
CritéRios Para Relacionar Letra E MúSicaCritéRios Para Relacionar Letra E MúSica
CritéRios Para Relacionar Letra E MúSicaHOME
 
Pnaic unidade 3 sea - sistema de escrita alfabetica 1º encontro
Pnaic unidade 3   sea - sistema de escrita alfabetica  1º encontroPnaic unidade 3   sea - sistema de escrita alfabetica  1º encontro
Pnaic unidade 3 sea - sistema de escrita alfabetica 1º encontrotlfleite
 
Pnaic unidade 3 sea - sistema de escrita alfabetica 1º encontro
Pnaic unidade 3   sea - sistema de escrita alfabetica  1º encontroPnaic unidade 3   sea - sistema de escrita alfabetica  1º encontro
Pnaic unidade 3 sea - sistema de escrita alfabetica 1º encontrotlfleite
 
Consciência Fonológica
Consciência FonológicaConsciência Fonológica
Consciência FonológicaShirley Lauria
 
Estrutura das palavras
Estrutura das palavrasEstrutura das palavras
Estrutura das palavrasSeduc/AM
 
Oficina jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética me
Oficina  jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética   meOficina  jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética   me
Oficina jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética meVandilma Salvador Cabral
 
Teaching English through Music - Clips
Teaching English through Music - ClipsTeaching English through Music - Clips
Teaching English through Music - ClipsMarina
 
A Textura no Arranjo Vocal de Música Popular Brasileira.pdf
A Textura no Arranjo Vocal de Música Popular Brasileira.pdfA Textura no Arranjo Vocal de Música Popular Brasileira.pdf
A Textura no Arranjo Vocal de Música Popular Brasileira.pdfAnaCleriaRocha
 
Teoria Musical - Conceitos Estruturais
Teoria Musical  - Conceitos EstruturaisTeoria Musical  - Conceitos Estruturais
Teoria Musical - Conceitos EstruturaisAndrea Dressler
 
Noções de fonética e ortografia
Noções de fonética e ortografiaNoções de fonética e ortografia
Noções de fonética e ortografiaWillianCarvalho60
 
Sea sistema de escrita alfabética slide
Sea   sistema de escrita alfabética  slideSea   sistema de escrita alfabética  slide
Sea sistema de escrita alfabética slidetlfleite
 
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..pptFiguras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..pptFelipeAcioli5
 
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..pptFiguras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..pptRozenilda1
 
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..pptFiguras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..pptSandra Lima
 

Semelhante a Delimitação da letra na análise semiótica de canções (20)

CritéRios Para Relacionar Letra E MúSica
CritéRios Para Relacionar Letra E MúSicaCritéRios Para Relacionar Letra E MúSica
CritéRios Para Relacionar Letra E MúSica
 
Pnaic unidade 3 sea - sistema de escrita alfabetica 1º encontro
Pnaic unidade 3   sea - sistema de escrita alfabetica  1º encontroPnaic unidade 3   sea - sistema de escrita alfabetica  1º encontro
Pnaic unidade 3 sea - sistema de escrita alfabetica 1º encontro
 
Pnaic unidade 3 sea - sistema de escrita alfabetica 1º encontro
Pnaic unidade 3   sea - sistema de escrita alfabetica  1º encontroPnaic unidade 3   sea - sistema de escrita alfabetica  1º encontro
Pnaic unidade 3 sea - sistema de escrita alfabetica 1º encontro
 
Consciência Fonológica
Consciência FonológicaConsciência Fonológica
Consciência Fonológica
 
Estrutura das palavras
Estrutura das palavrasEstrutura das palavras
Estrutura das palavras
 
Oficina de ortografia 9 ano
Oficina de ortografia 9 anoOficina de ortografia 9 ano
Oficina de ortografia 9 ano
 
Oficina de ortografia 3 ano
Oficina de ortografia 3 anoOficina de ortografia 3 ano
Oficina de ortografia 3 ano
 
Oficina jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética me
Oficina  jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética   meOficina  jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética   me
Oficina jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética me
 
Teaching English through Music - Clips
Teaching English through Music - ClipsTeaching English through Music - Clips
Teaching English through Music - Clips
 
Fonologia
FonologiaFonologia
Fonologia
 
A Textura no Arranjo Vocal de Música Popular Brasileira.pdf
A Textura no Arranjo Vocal de Música Popular Brasileira.pdfA Textura no Arranjo Vocal de Música Popular Brasileira.pdf
A Textura no Arranjo Vocal de Música Popular Brasileira.pdf
 
Teoria Musical - Conceitos Estruturais
Teoria Musical  - Conceitos EstruturaisTeoria Musical  - Conceitos Estruturais
Teoria Musical - Conceitos Estruturais
 
Sons e letra 1
Sons e letra 1Sons e letra 1
Sons e letra 1
 
Fonologia
FonologiaFonologia
Fonologia
 
Noções de fonética e ortografia
Noções de fonética e ortografiaNoções de fonética e ortografia
Noções de fonética e ortografia
 
Sea sistema de escrita alfabética slide
Sea   sistema de escrita alfabética  slideSea   sistema de escrita alfabética  slide
Sea sistema de escrita alfabética slide
 
Poesia lírica
Poesia líricaPoesia lírica
Poesia lírica
 
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..pptFiguras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
 
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..pptFiguras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
 
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..pptFiguras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
 

Mais de Don Veneziani

Martins Pena e teatro romântico brasileiro
Martins Pena e teatro romântico brasileiroMartins Pena e teatro romântico brasileiro
Martins Pena e teatro romântico brasileiroDon Veneziani
 
Goncalves Dias e I Juca Pirama
Goncalves Dias e I Juca PiramaGoncalves Dias e I Juca Pirama
Goncalves Dias e I Juca PiramaDon Veneziani
 
Alphonsus de Guimaraens
Alphonsus de GuimaraensAlphonsus de Guimaraens
Alphonsus de GuimaraensDon Veneziani
 
Simbolismo no brasil
Simbolismo no brasilSimbolismo no brasil
Simbolismo no brasilDon Veneziani
 
Simbolismo e Baudelaire
Simbolismo e BaudelaireSimbolismo e Baudelaire
Simbolismo e BaudelaireDon Veneziani
 
Articuladores coesivos
Articuladores coesivosArticuladores coesivos
Articuladores coesivosDon Veneziani
 
Principais figuras de linguagem
Principais figuras de linguagemPrincipais figuras de linguagem
Principais figuras de linguagemDon Veneziani
 
Tópicos de parágrafos
Tópicos de parágrafosTópicos de parágrafos
Tópicos de parágrafosDon Veneziani
 
Texto literário e texto não literário
Texto literário e texto não literárioTexto literário e texto não literário
Texto literário e texto não literárioDon Veneziani
 

Mais de Don Veneziani (19)

Martins Pena e teatro romântico brasileiro
Martins Pena e teatro romântico brasileiroMartins Pena e teatro romântico brasileiro
Martins Pena e teatro romântico brasileiro
 
Goncalves Dias e I Juca Pirama
Goncalves Dias e I Juca PiramaGoncalves Dias e I Juca Pirama
Goncalves Dias e I Juca Pirama
 
Alvares de azevedo
Alvares de azevedoAlvares de azevedo
Alvares de azevedo
 
Visconde de Taunay
Visconde de TaunayVisconde de Taunay
Visconde de Taunay
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Castro Alves
Castro AlvesCastro Alves
Castro Alves
 
Cruz e Sousa
Cruz e SousaCruz e Sousa
Cruz e Sousa
 
Alphonsus de Guimaraens
Alphonsus de GuimaraensAlphonsus de Guimaraens
Alphonsus de Guimaraens
 
Augusto dos Anjos
Augusto dos AnjosAugusto dos Anjos
Augusto dos Anjos
 
Pedro Kilkerry
Pedro KilkerryPedro Kilkerry
Pedro Kilkerry
 
Simbolismo no brasil
Simbolismo no brasilSimbolismo no brasil
Simbolismo no brasil
 
Simbolismo e Baudelaire
Simbolismo e BaudelaireSimbolismo e Baudelaire
Simbolismo e Baudelaire
 
Articuladores coesivos
Articuladores coesivosArticuladores coesivos
Articuladores coesivos
 
Principais figuras de linguagem
Principais figuras de linguagemPrincipais figuras de linguagem
Principais figuras de linguagem
 
Tópicos de parágrafos
Tópicos de parágrafosTópicos de parágrafos
Tópicos de parágrafos
 
O parágrafo
O parágrafoO parágrafo
O parágrafo
 
Correio eletrônico
Correio eletrônicoCorreio eletrônico
Correio eletrônico
 
Texto literário e texto não literário
Texto literário e texto não literárioTexto literário e texto não literário
Texto literário e texto não literário
 
Descricao tecnica
Descricao tecnicaDescricao tecnica
Descricao tecnica
 

Último

PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 

Último (20)

PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 

Delimitação da letra na análise semiótica de canções

  • 1. A delimitação das letras nas análises semióticas de canções Carlos Vinicius Veneziani dos Santos
  • 2. Apresentação do trabalho de doutorado Linha geral de pesquisa Tema Seleção das canções Principais conclusões Questões trazidas pela banca Questões a desenvolver
  • 3. Princípios da semiótica da canção Letra, música e fala Relação entre esses elementos é o que dá sentido à canção Canção popular difere da ópera e de outras linguagens musicais Modelos de compatibilidade entre letra e melodia Figuras de locução na canção
  • 7. Canção e fonograma Canção é o recorte entoativo e melódico de uma letra produzindo sentido (virtual). Esse recorte só é possível dentro de um arranjo. A canção é sempre, portanto, letra, música e arranjo (atualizada). Cada atualização de uma canção registrada por meios de gravação é um fonograma.
  • 8. Exemplos “Chão de estrelas” - Silvio Caldas / Mutantes “Despejo na favela” - Adoniran / Edson Cordeiro “Sabiá” - Chico / MPB4 “My way” - Elvis / Sex Pistols
  • 9. Análise do fonograma Fonograma é um texto, portanto possui uma delimitação física, e é um todo de sentido (Fiorin). Cada elemento do fonograma produz sentido para o todo. Portanto, analisar fonogramas é analisar as canções em sua realização concreta. Análise do fonograma é mais detalhista, mais ampla, mas não perde de vista a canção virtual.
  • 10. Enunciadores do fonograma Enunciador é uma instância pressuposta pelo enunciado. Se algo é cantado, há obviamente um cantor (intérprete). Mas ele não é o único responsável pela existência da canção. Há ainda o compositor, os vocalistas de apoio, os instrumentistas, o arranjador, o editor, o produtor. “Quero ver você feliz” - Paulo Sérgio.
  • 11. Componente linguístico do fonograma As canções têm como característica a presença da voz e do plano verbal. Tudo o que está no fonograma tem de ser levado em conta na produção do sentido. Dessa forma, todos os elementos do plano verbal devem fazer parte, por esse raciocínio, da letra da canção naquele fonograma específico. Nem sempre o plano verbal é melodizado musicalmente. “A vida do viajante” - Gonzaguinha e Gonzagão
  • 12. Partes faladas das canções Recursos do plano da expressão: altura, intensidade, duração, timbre, densidade. Recursos são mais ou menos explorados conforme intenções expressivas dos enunciadores. Em geral, cancionistas produzem canções com maior ou menor figurativização.
  • 13. Falas inseridas Em muitas canções, são adicionados segmentos falados de conteúdo. Esses segmentos complementam o sentido da letra cantada. Há falas que são tão eficientes como complementação que acabam se tornando parte indissociável dos conteúdos. “Gita” - Raul Seixas / “Aquele abraço” - Gilberto Gil / “O calhambeque” - Roberto Carlos
  • 14. Falas calculadas/sampleadas Não é verdade que uma fala não melodizada na canção esteja totalmente isenta dos parâmetros de musicalização. A fala, muitas vezes, precisa “encaixar” no tempo da melodia, para gerar a continuidade de sentido. “A dois passos do paraíso” - Blitz
  • 15. Falas declamadas As falas declamadas, além da duração condizente com a estrutura do arranjo, precisam ser realizadas em um ritmo determinado. A declamação é diferente da entoação coloquial não empostada. Declamação tende a respeitar o recorte em versos, próprio para leitura. “Amor, I love you” - Marisa Monte “Eu sei que vou te amar” - Vinicius de Moraes, Toquinho, Maria Creusa
  • 16. Canto sem precisão melódica, mas com ritmo No rap, o cantor não está fazendo uso da fala coloquial natural. Ninguém fala da forma como ele canta. O rapper muitas vezes não explora melodicamente os parâmetros de altura em seu canto, mas ele está cantando, sem dúvida. Dentro de muitos raps, há partes faladas, distintas das cantadas. “Retrato de um playboy” - Gabriel, o Pensador
  • 17. Canto sem letra em língua de sugestões Alguma letras de canção são escritas ou redigidas em línguas ou códigos que não permitem ao ouvinte identificar o conteúdo ao qual elas remetem. O grupo islandês Sigur Rós compõe canções em Vonlenska, um dialeto próprio, baseado no islandês, no qual as palavras não possuem conteúdo denotativo, assemelhando-se a entoações vocalizadas de sugestões sonoras. Álbum () - Sigur Rós
  • 18. Afinal, como delimitar a letra da canção? Hipóteses de trabalho: 1)Todo componente linguístico dentro do fonograma deve ser considerado como letra da canção para aquele fonograma. “Tu és o MDC da minha vida” - Raul Seixas
  • 19. Afinal, como delimitar a letra da canção? 2) A letra da canção não pode ser definida pelo encarte do portador de texto. “Tropicália” - Caetano Veloso 3) A letra da canção não pode ser segmentada da mesma forma que um poema, em sua transcrição. “Cabeça” - Walter Franco
  • 20. Afinal, como delimitar a letra da canção? 4) A letra da canção não depende da gramaticalidade ou pertinência de sentido no plano verbal. “Sigur Rós” - Varud 5) A letra da canção pode receber acréscimos do intérprete, do público, do editor. “Pintura íntima” - Kid Abelha / “Anjo” - 509E
  • 21. Afinal, como delimitar a letra da canção? 6) A letra da canção precisa ser transcrita e recuperada pelo analista do fonograma. 7) A letra da canção depende da história de assimilação da canção, ou seja, da comparação de muitos fonogramas. 8) A letra da canção pode ser atualizada historicamente. “No rancho fundo”