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SIMBOLISMO NO BRASIL
Aspectos gerais
ASPIRAÇÕES
• Parnasianismo voltava-se para a paixão do efeito estético.
• Simbolismo tenta reencontrar o sentimento de totalidade.
• Busca integrar a poesia à vida cósmica.
• Busca conferir à poesia estatuto filosófico ou religioso.
• Simbolismo é reação às perspectivas realistas da poesia.
• Desgosto pela racionalidade mecânica (burguesia industrial em ascensão).
• Arte está além do aspecto técnico e do aspecto palpável.
• Poesia sonda um fundo comum, associado a Natureza, Absoluto, Deus, Nada.
TRAÇOS CARACTERÍSTICOS
• Símbolo, tomado no sentido religioso, vincula as partes a um todo universal.
• Vivência do símbolo foi minada por cientismo, determinismo, realismo, no final do
século XIX;
• Oposição vigorosa ao triunfo da coisa e do fato sobre o sujeito.
• Otimismo do progresso não se realiza para boa parte dos indivíduos.
• Influências: Dostoievski, Strindberg, Wagner, Nietzsche, Baudelaire, Hopkins,
Rimbaud, Blok.
• Busca da apreensão direta dos valores transcendentais, em oposição à razão
calculista e anônima.
• Bem, Belo, Verdadeiro, Sagrado.
MAIS CARACTERÍSTICAS
• Evocação da paixão e do sonho.
• Arte associada às forças do inconsciente.
• Analogias sensórias e espirituais, formando uma espécie de liturgia.
• Ideia de coesão última de todos os seres.
• Tensão entre Absoluto-Nada, poemas como janela para o não-ser.
• Ascese para tocar o infinito.
• Simbolistas chamados de decadentistas. Investimento em evasão e loucura.
• Belas imagens e melodias.
FORÇA HISTÓRICA
• Simbolismo malogra rapidamente como visão de mundo.
• Dinamizou o léxico, transformando conotações e cargas emotivas.
• Ofereceu novos ritmos a uma métrica petrificada em esquemas.
• Segundo Bosi, não conseguiu fincar raízes na realidade histórica.
• Irracionalismo literário, alheamento da ciência e da técnica.
• Traduziu a cisão entre o sistema liberal e a opressão do homem moderno.
• Expressão de um mal-estar da condição humana.
• Influenciou os modernistas a partir de sua corrente crepuscular, menor, investindo
em versos livres. Influenciou outras vanguardas.
NO BRASIL
• José Veríssimo vê o Simbolismo como modismo importado da França.
• Parnasianismo dominava como reação às ingenuidades românticas.
• Poetas simbolistas tiveram formação muito semelhante à dos parnasianos.
• Parnasianismo e simbolismo têm diferença de grau: em um, culto da forma, em
outro, religião do Verbo.
• Para os parnasianos, foco no objeto; para os simbolistas, foco no sujeito.
• Do ponto de vista formal, têm em comum a fome do estilo.
• Cruz e Sousa: condição humana transcendente; Alphonsus: cadências elegíacas e
morte como tema constante.
• Crepusculares: versos intimistas e com sonoridades econômicas.
NO BRASIL
• Simbolismo no Brasil foi menos influente que na Europa.
• Simbolismo europeu influenciou imagismo, surrealismo, expressionismo,
hermetismo, poesia pura.
• No Brasil, não conseguiu estender-se no tempo, sendo encarado como uma moda
poética.
• Simbolismo não vingou no Brasil porque não dialogava com os maiores problemas
da realidade nacional.
• Ao mesmo tempo, realismo-parnasianismo acompanhou os modos de pensar e
instituiu-se com oficialidade.
• Neoparnasianismo e grupos simbolistas correram em paralelo no início do século
XX.

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  • 2. ASPIRAÇÕES • Parnasianismo voltava-se para a paixão do efeito estético. • Simbolismo tenta reencontrar o sentimento de totalidade. • Busca integrar a poesia à vida cósmica. • Busca conferir à poesia estatuto filosófico ou religioso. • Simbolismo é reação às perspectivas realistas da poesia. • Desgosto pela racionalidade mecânica (burguesia industrial em ascensão). • Arte está além do aspecto técnico e do aspecto palpável. • Poesia sonda um fundo comum, associado a Natureza, Absoluto, Deus, Nada.
  • 3. TRAÇOS CARACTERÍSTICOS • Símbolo, tomado no sentido religioso, vincula as partes a um todo universal. • Vivência do símbolo foi minada por cientismo, determinismo, realismo, no final do século XIX; • Oposição vigorosa ao triunfo da coisa e do fato sobre o sujeito. • Otimismo do progresso não se realiza para boa parte dos indivíduos. • Influências: Dostoievski, Strindberg, Wagner, Nietzsche, Baudelaire, Hopkins, Rimbaud, Blok. • Busca da apreensão direta dos valores transcendentais, em oposição à razão calculista e anônima. • Bem, Belo, Verdadeiro, Sagrado.
  • 4. MAIS CARACTERÍSTICAS • Evocação da paixão e do sonho. • Arte associada às forças do inconsciente. • Analogias sensórias e espirituais, formando uma espécie de liturgia. • Ideia de coesão última de todos os seres. • Tensão entre Absoluto-Nada, poemas como janela para o não-ser. • Ascese para tocar o infinito. • Simbolistas chamados de decadentistas. Investimento em evasão e loucura. • Belas imagens e melodias.
  • 5. FORÇA HISTÓRICA • Simbolismo malogra rapidamente como visão de mundo. • Dinamizou o léxico, transformando conotações e cargas emotivas. • Ofereceu novos ritmos a uma métrica petrificada em esquemas. • Segundo Bosi, não conseguiu fincar raízes na realidade histórica. • Irracionalismo literário, alheamento da ciência e da técnica. • Traduziu a cisão entre o sistema liberal e a opressão do homem moderno. • Expressão de um mal-estar da condição humana. • Influenciou os modernistas a partir de sua corrente crepuscular, menor, investindo em versos livres. Influenciou outras vanguardas.
  • 6. NO BRASIL • José Veríssimo vê o Simbolismo como modismo importado da França. • Parnasianismo dominava como reação às ingenuidades românticas. • Poetas simbolistas tiveram formação muito semelhante à dos parnasianos. • Parnasianismo e simbolismo têm diferença de grau: em um, culto da forma, em outro, religião do Verbo. • Para os parnasianos, foco no objeto; para os simbolistas, foco no sujeito. • Do ponto de vista formal, têm em comum a fome do estilo. • Cruz e Sousa: condição humana transcendente; Alphonsus: cadências elegíacas e morte como tema constante. • Crepusculares: versos intimistas e com sonoridades econômicas.
  • 7. NO BRASIL • Simbolismo no Brasil foi menos influente que na Europa. • Simbolismo europeu influenciou imagismo, surrealismo, expressionismo, hermetismo, poesia pura. • No Brasil, não conseguiu estender-se no tempo, sendo encarado como uma moda poética. • Simbolismo não vingou no Brasil porque não dialogava com os maiores problemas da realidade nacional. • Ao mesmo tempo, realismo-parnasianismo acompanhou os modos de pensar e instituiu-se com oficialidade. • Neoparnasianismo e grupos simbolistas correram em paralelo no início do século XX.