O documento discute diferentes modalidades de aplicação de calor em termoterapia, incluindo métodos superficiais como compressas quentes, banhos de parafina e infravermelho, e métodos profundos como diatermia e ultrassom. Detalha os efeitos fisiológicos do calor, indicações e contraindicações de cada técnica, assim como parâmetros de aplicação como temperatura e tempo de tratamento.
2. Modalidade de Calor
Def:
Aumento da agitação molecular e do metabolismo.
Fontes: químicas, elétricas, magnéticas e
mecânicas.
3. Métodos de aplicação
Calor superficial (aumento da temperatura da
pele para 40°C a 45°C e atingem profundidades
inferiores a 2cm.)
Calor profundo (aumento da temperatura da pele
para 40°C a 45°C e atingem profundidades de 2
a 5cm.)
4. Agentes de calor
Calor Superficial Calor Profundo
Lâmpadas infravermelhas
Compressas quentes
úmidas
Banhos de parafinas
Turbilhões ou imersão
aquecidas
Diatermia de microondas
Diatermia de ondas curtas
Ultra-som
5. Formas de transferência de energia
Condução: transferência de calor entre dois
corpos que estão em contato físico. (colisão de
moléculas)
Convecção: transferência de calor através da
movimentação de um meio, ar ou água. (três
estados da matéria sólido, líquido e gasosos)
Radiação: a transferência de calor ocorre sem
um meio, ocorre pela energia radiante.
Evaporação: a mudança do estado líquido para
o gasosos desencadeia perda de temperatura.
6. Efeitos locais da aplicação do
calor
Vasodilatação
Aumento do metabolismo
Aumento da liberação de leucócitos
Aumento da permeabilidade vascular
Aumento da drenagem venosa e linfática
Formação de edema
Remoção dos resíduos metabólicos
Aumento da elasticidade ligamentar, capsular e
muscular
7. Analgesia
Redução do tônus muscular
Redução de espasmos musculares
Aumento da condução nervosa
- em média de 2m/s para cada 1oC de acréscimo na temperatura;
9. Indicações
Processo inflamatórios subagudos e crônicos
Redução do quadro álgico crônicos e subagudos
Espasmos musculares crônicos e subagudos
Aumento da ADM
Diminuição de hematomas
Encurtamentos musculares
11. Frio & Calor
Efeito Frio Calor
Profundidade da
penetração
5cm 1-2 cm agentes superficias
2-5 cm agentes profundos
Duração dos efeitos Horas Começa a dissipar-se após
remoção do tratamento
Fluxo sanguíneos Diminuído Aumentado
Taxa metabólica Diminuída Aumentado(13% a cada
1ºC)
Consumo de Oxigênio Diminuída Aumentado
Resíduos metabólicos Diminuída Aumentado
Viscosidade dos fluidos Aumentada Diminuída
Permeabilidade capilar Diminuída Aumentada
Processo inflamatório Diminuído Aumentado
Quadro álgico Diminuído Diminuído
Espasmo muscular Diminuído (diminuição do
limiar de excitabilidade)
Diminuído (redução da
isquemia)
Velocidade da contração
muscular
Diminuída (diminuição da
condução nervosa)
Aumentada
12. Formas de Termoterapia(calor
superficial)
Hidroterapia
Parafina
Compressas e bolsas quentes
Compressas úmidas
Bolsas aquecidas eletricamente
Infra vermelho (acrescentar)
14. Aplicação
Pedir ao paciente pra não ligar ou desligar o
aparelho
Encher o turbilhão ate cobrir o seguimento a ser
tratado, porém existe uma profundidade mínima
para o funcionamento do motor
A temperatura terapêutica oscila entre 39 a 43 ºC
Tempo de tratamento de 5` a 30`
15. Indicações
Redução de ADM
Processo inflamatório subagudo e crônica
Lesões de nervos periféricos
16. Precauções
A tomada deve ter aterramento
Manter o paciente acompanhado
O turbilhão aumenta o edema
Paciente com cardiopatias , distúrbios
convulsivos*
18. Banho de contraste
Imersão alternada em água fria e quente
Geralmente utilizado na transição da crioterapia
para termoterapia
Utilizados nas fases subagudos e crônicos com o
objetivo de drenar edemas ou equimoses
A proporção de tempo entre frio e calor não é
bem determinada, mas as mais utilizadas são
3:1 ou 4:1 (3 a 4 minutos em imersão quente
para 1 minuto em imersão fria)
O tratamento pode acabar tanto em água fria
como quente*
Ginástica vascular
19. Aplicação
Prepare dois recipientes com água, sendo a fria
entre 10 a 15º e a quente de 40 a 43º
3 a 4 minutos água quente para 1 minuto de
água fria
Tempo de aplicação 20 a 30 minutos
20. Inicia-se pela imersão em água
quente
O término do tratamento deve ser
em água quente se forem desejados
relaxamento e vasodilatação.
O término do tratamento deve
ocorrer em água fria se for desejada
uma vasoconstrição.
21. Precauções
Mesmos cuidados do turbilhão
Remoção de equimoses
Remoção de edema
Circulação prejudicada
Redução de quadro álgico
Aumento da ADM
Indicações
24. Aplicação
É utilizada uma mistura de cera e óleo mineral na
proporção de 7 partes de cera e 1 parte de óleo
mineral (7:1)
A parafina derretida é mantida a uma
temperatura constante
MMSS – 47 a 52ºC
MMII – 45 a 49ºC
Utilizada para áreas pequenas e irregulares
Apesar de ser calor superficial pode aumentar a
temperatura intra articular em 3ºC
25. Efeitos Fisiológicos
• Vasodilatador (hiperemia);
• Aumento do fluxo sanguíneo;
• Aumento do metabolismo;
• Favorece retorno venoso e linfático
(permeabilidade);
• Nutrição tecidual (amacia e umedece a pele);
• Relaxante (espasmo muscular, cápsulas,
ligamentos);
• Analgésico;
27. • Imersão: (método de mergulho): melhor
método para aumentar a tº do tecido, porém
aumenta o risco de queimaduras.
• Limpe cuidadosamente a parte do corpo a ser
tratada. Mergulhe a área a ser tratada na
parafina e depois remova-a. Deixe a camada
secar.
• Faça este procedimento de 6 a 12 vezes. Em
seguida o paciente mergulha e mantém a
área a ser tratada na parafina durante o
tempo de tratamento.
• Oriente o paciente a evitar tocar os lados e o
fundo da caixa de aço (evitar queimaduras).
• Após o tratamento retire a parafina
28. Método do Revestimento: (luva): mais seguro,
porém, é menos eficiente.
Limpe cuidadosamente a área a ser tratada.
Mergulhe a área a ser tratada na parafina e
depois remova-a. Deixe a camada secar.
Faça este procedimento de 6 a 12 vezes. Após a
última retirada da parafina, cubra a extremidade
com um saco plástico ou folha de alumínio.
Em seguida enrole uma toalha felpuda ao redor
da área e a mantenha por todo o tratamento.
Após o tratamento retire a toalha e a parafina
endurecida e devolva-a para a caixa de aço ou
descarte-a.
29. • Pincelamento: (método do Pincel): Indicada
para regiões do corpo inaptas à imersão ou
quando pretende-se limitar o local de
aplicação.
• Limpe cuidadosamente a área a ser tratada.
• Pincele a área a ser tratada várias vezes até
formar uma camada espessa de parafina.
• Após a última pincelada de parafina, cubra a
extremidade com um saco plástico ou folha de
alumínio. Em seguida enrole uma toalha felpuda
ao redor da área e a mantenha por todo o
tratamento.
• Após o tratamento retire a toalha e a parafina
endurecida e devolva-a para a caixa de aço ou
30. Enfaixamento: Indicada para regiões do corpo
inaptas à imersão ou quando pretende-se
limitar o local de aplicação.
Limpe cuidadosamente a área a ser tratada.
Coloque a faixa (crepom) dentro do tanque de
parafina, segurando pelas bordas e deixando
escorrer.
Em seguida enfaixe a área a ser tratada
Pincele, enfaixe, pincele entre 7 – 8 voltas.
Após o tratamento retire a faixa e a parafina
endurecida e descarte-a.
32. Precauções
• Verificar a integridade da pele do local da aplicação.
• Perguntar (verificar) o grau de sensibilidade do paciente ao
calor.
• Orientar o paciente a não mexer o membro após aplicação.
• O ponto correto da parafina é a formação de nata na
superfície.
• Deve haver um termômetro fixo para verificar a temperatura.
• Avaliar o paciente quanto às contra-indicações e explicar o
uso da técnica.
• A parte a ser tratada deve ser lavada e seca para não
introduzir água na parafina.
• A cera excessivamente aquecida se torna inflamável,
podendo ficar em chamas.
• A cera deixa o piso escorregadio, de modo que o piso deve
ser repetidamente limpo e antiderrapante.
34. Alteração de sensibilidade (hipo ou hiper);
Alergia a parafina;
Feridas abertas – hemorragia, irritam os tecidos;
Infecções cutâneas: ambiente quente e escuro é
excelente para proliferação de bactérias;
Processos inflamatórios agudos;
Dermatite aguda;
Doença vascular periférica;
Contra-Indicações
35. Compressas quentes e úmidas
Podem ser de gel, pois mantém uma temperatura
terapêutica durante 30 a 45 minutos, após o seu
aquecimento em água quente
Calor superficial, normalmente aplicada em áreas
que não podem ser imersas, como coluna
cervical
A sua eficácia diminui em superfícies irregulares,
como mão e tornozelo
36. Aplicação
Coloque toalha entre a compressa e o paciente
A bolsa deve ficar confortável em contato com o
paciente e de preferência sobre o corpo do
mesmo, e não o paciente deitado sobre a bolsa
Pode-se substituir a bolsa após 10 minutos ,
porém deve-se ter cuidado com queimaduras
O tempo de tratamento é de 20 a 30 minutos
37. Precauções
Não permitir que a bolsa entre em contato direto
com a pele do paciente
Se houver troca da compressa durante o
tratamento, aumentar o cuidado com
queimaduras
Cuidado com o paciente deitado sobre a
compressa
40. Infra Vermelho
Transmitem o calor por radiação
Luminoso
Sol
Lâmpada
infra
vermelha
Não
luminoso
Forno de
Bier
41. Aplicação
Dosagem: o paciente terá que relatar um calor
confortável
Temperatura 40 a 45ºC por pelo menos 5 minutos
a 40 cm do corpo
Tempo de tratamento de 10 a 20 minutos
42. Precauções
Cobrir os olhos durante a aplicação
A lâmpada deve incidir a 90º do
seguimento tratado, e se manter a
40cm do mesmo*
Cuidado pois a lâmpada fica muito
quente
Proteger as áreas não tratadas
Exposição a temperatura acima de
46 ºC pode desencadear lesões,
porém o desconforto pela radiação já
ocorre com a temperaturas acima de
43ºC
43. Indicações
Lesões em nervos periféricos
Infecções cutâneas*
Inflamações subagudas e crônicas