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ÉTICA E PSICANÁLISE
É a Ética que da forma e contornos à Psicanálise, toda a sua
conceituação teórica e método terapêutico, suas formas de
tratamento e suas possíveis curas implicam a Ética e se
fundamentam na Ética.
PSICOLOGIA PASTORAL
Por considerarmos que não é possível falar em psicanálise sem
falar em Ética, abordaremos seus conceitos sob uma perspectiva
Ética, em uma tentativa de esclarecer alguns pontos da teoria
que por sua vez podem ajudar na compreensão dessa Ética.
PSICOLOGIA PASTORAL
Não há clínica sem ética assim como não há psicanálise sem
psicanalista. Do psicanalista se exige o dever de “saber manejar a
transferência sem perder-se nela” (Lacan, 1997).
PSICOLOGIA PASTORAL
Nenhum autor detém a totalidade do saber sobre o inconsciente
e seus efeitos, e nenhuma proposta clínica é capaz de dar conta
de todas as formas de sofrimento psíquico.
PSICOLOGIA PASTORAL
A psicanálise é uma práxis. Sigmund Freud inventou a Psicanálise
como uma práxis. Uma práxis regida pela ética do desejo
inconsciente e pelo compromisso que se estabelece entre o
sujeito e o seu desejo.
PSICOLOGIA PASTORAL
E considerando que a formação do psicanalista não pode se dar
apenas na leitura de livros e nos bancos de universidades;
abordaremos a Ética na sua relação com a clínica em
consonância com o discurso de Freud:
PSICOLOGIA PASTORAL
Nas suas ‘Conferencias Introdutórias Sobre Psicanálise' (1915),
Freud já tinha se referido a análise do terapeuta como uma
forma de aprender psicanálise.
PSICOLOGIA PASTORAL
“Aprende-se psicanálise em si mesmo, estudando-se a própria
personalidade. Isso não é exatamente a mesma coisa que a
chamada auto-observação, porém, pode, se necessário, estar
nela submetido. Existe grande quantidade de fenômenos
mentais, muito comuns e amplamente conhecidos, que, após
conhecido um pouco de conhecimento técnico, podem se tornar
objeto de análise na própria pessoa”.
PSICOLOGIA PASTORAL
No texto de 1927 Freud leva em consideração que o ensino
teórico, mesmo sendo sistematizado, não pode dar convicção da
justeza da teoria. Essa convicção (ética) só se adquire tendo a
experiência da justeza desse saber, na própria análise.
PSICOLOGIA PASTORAL
Portanto são os próprios conceitos psicanalíticos (a sexualidade,
o desejo) e o processo analítico que vão configurar e afirmar a
Ética na psicanálise.
PSICOLOGIA PASTORAL
A ética para a psicanálise se define ou concerne ao desejo
(wunsch) dos seres falantes e do real do gozo que o determina.
PSICOLOGIA PASTORAL
A ética está, assim, intimamente associada, a descoberta
freudiana do inconsciente e do desejo (wunsch) indestrutível
que exige satisfação imperiosa. Sendo assim, é importante
fazermos algumas considerações acerca da sexualidade e do
desejo.
PSICOLOGIA PASTORAL
Os conceitos freudianos de sexualidade e a sua abordagem
clínica da mesma requerem - como afirmava Lacan - uma posição
ética radical.
PSICOLOGIA PASTORAL
E essa conversão é definida como a introdução do sujeito
(analista e analisando) na ordem do desejo, nem um nem o
outro podem ser excluídos dessa situação desejante. “Desejo
como desejo do Outro, desejo do Outro que é objeto do desejo”
(Rabinovich, 2000).
PSICOLOGIA PASTORAL
Em A Interpretação dos Sonhos, 1900, Freud afirma “que só o
desejo (wunsch) é capaz de por o aparelho em movimento” a
situação analítica estar, pois marcada pelo desejo (wunsch) tanto
do analisando quanto do analista e esse será o nosso ponto de
partida para a nossa discussão.
PSICOLOGIA PASTORAL
Achamos interessante fazer uma breve análise do termo ‘desejo’
em comparação com o termo ‘wunsch’ em alemão em uma
tentativa de proporcionar um melhor entendimento do assunto.
o Dicionário Comentado do Alemão de Freud’ de Luiz Hanns faz
uma distinção dos termos, mostrando as peculiaridades do
‘Wunsch’:
PSICOLOGIA PASTORAL
Wunsch dirige-se ao que é almejado (mais distante e idealizado);
em português, o emprego do termo é mais extenso e inclui com
freqüência aspectos mais imediatos e sexuais. O Wunsch
(desejo) geral coloca em primeiro plano objetos ou situações que
são almejadas ou imaginadas e não aquilo que se visa obter
através do contato com o “Objeto”.
PSICOLOGIA PASTORAL
Ele tenta reconstituir a vivencia de satisfação que está na
memória. Portanto, o desejo (wunsch) do qual Freud fala remete
a esfera do idealizado, do almejado, do onírico. Esse
esclarecimento nos será útil na consideração do que é esse
desejo de trata Freud.
PSICOLOGIA PASTORAL
O DESEJO DO ANALISTA E SUA RENUNCIA ÉTICA:
Se o analista não dá vazão ao seu desejo, desejo sempre
mediatizado pelo outro, sua abstinência favorecerá a alienação
do desejo do analisando que poderá se manifestar. A regra da
abstinência é o correlato direto da livre associação.
PSICOLOGIA PASTORAL
É esta a máxima lacaniana acerca da ética da psicanálise: “Não
ceder quanto ao seu desejo”. A ética da psicanálise propõe ao
analista acolher, mas nunca responder, à demanda que lhe é
dirigida pelo analisando. Demanda que é sempre de amor.
PSICOLOGIA PASTORAL
A psicanálise implica em renúncia à sugestão e o que pode ser
chamado de neutralidade não se resume à indiferença e nem
exclui uma intervenção mais ativa.
PSICOLOGIA PASTORAL
O desejo do analista é um desejo de saber e não deve ser
confundido com o desejo ingênuo de curar.
PSICOLOGIA PASTORAL
Freud nos adverte acerca do analista, dos perigos sobre o desejo
de curar, a ambição de fazer o bem. A ética da psicanálise é a
ética do desejo.
PSICOLOGIA PASTORAL
O furor curandis não levaria em conta o desejo inconsciente do
sujeito e seria uma manifestação de resistência do próprio
analista, produzindo um saber no analisando, aquém da
verdade. “Não há mais que uma única resistência, a resistência
do analista”. (Lacan, 1997).
PSICOLOGIA PASTORAL
Toda cultura e toda a sociedade institui uma moral, isto é,
valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao
proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus
membros. Culturas e sociedades fortemente hierarquizadas e
com diferenças de castas ou de classes muito profundas podem
até mesmo possuir várias morais, cada uma delas referida aos
valores de uma casta ou de uma classe social.
PSICOLOGIA PASTORAL
No entanto, a simples existência da moral não significa a
presença explícita de uma ética, entendida como filosofia moral,
isto é, uma reflexão que discuta problemize e interprete o
significado dos valores morais (CHAUÍ, 2000).
PSICOLOGIA PASTORAL
Chauí (2000) diz ainda que nossos sentimentos, nossas condutas,
nossas ações e nossos comportamentos são modelados pelas
condições em que vivemos (família, classe e grupo social, escola,
religião, trabalho, circunstâncias políticas, etc.). Somos formados
pelos costumes de nossa sociedade, que nos educa para
respeitarmos e reproduzirmos os valores propostos por ela como
bons e, portanto, como obrigações e deveres. Dessa maneira,
valores e deveres parecem existir por si e em si mesmos,
parecem ser naturais e intemporais, fatos ou dados com os quais
nos relacionamos desde nosso nascimento:
PSICOLOGIA PASTORAL
...somos recompensados quando os seguimos punidos quando
os transgredimos. No pensamento filosófico dos antigos a ética
era concebida como educação do caráter do sujeito moral para
dominar racionalmente impulsos, apetites e desejos, para
orientar a vontade rumo ao bem e à felicidade, e para formá-lo
como membros da coletividade sociopolítica. Sua finalidade era
a harmonia entre o caráter do sujeito virtuoso e os valores
coletivos, que também deveriam ser virtuosos.
PSICOLOGIA PASTORAL
A psicanálise mostra que somos resultado e expressão de nossa
história de vida. Não somos autores nem senhores de nossa
história, mas efeitos dela. O sujeito ético, isto é, a pessoa, só
pode existir se for consciente de si e dos outros, ser dotado de
vontade, capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos,
tendências, sentimentos e capacidade para deliberar e decidir,
ser responsável e ser livre.
PSICOLOGIA PASTORAL
Como princípios da Ética Psicanalítica consideramos o
Psicanalista na relação consigo mesmo, o Profissional e a sua
relação com seus pacientes, sua conduta como Profissional de
interações e a sua relação com a “sua” Sociedade (CHAUÍ, 2000).
PSICOLOGIA PASTORAL
O objetivo desse artigo é abordar alguns conceitos sobre a ética
e no pensar a Ética como uma possibilidade de reflexão sobre a
profissão do analista e sua relação lógica com a realidade, no
que se refere a sua aplicação prática e seus efeitos terapêuticos.
PSICOLOGIA PASTORAL
A ÉTICA E A MORAL
Uma vez que se pretenda estudar a questão ética do analista
neste trabalho, é de fundamental importância definir o conceito
de ética, fazendo uma breve diferenciação com o termo moral -
uma vez que ambos os termos se relacionam e tendem a ser
confundidos um com o outro.
PSICOLOGIA PASTORAL
Etimologicamente, o termo moral vem do latim mos ou mores,
que significa “costume” ou “costumes”, no sentido de conjunto
de normas ou regras adquiridas por hábito.
PSICOLOGIA PASTORAL
Já ética vem do grego ethos que significa “modo de ser” ou
“caráter”, enquanto forma de vida também adquirida ou
conquistada pelo homem.
PSICOLOGIA PASTORAL
Originariamente, portanto, ambos os termos não correspondem
a uma disposição natural, mas sim a algo adquirido ou
conquistado por hábito (SILVA, 1999).
PSICOLOGIA PASTORAL
Quando falamos de ética é quase inevitável pensar na moral. A
definição de ética e moral leva a insinuação de que ambas
assumem a mesma identidade.
PSICOLOGIA PASTORAL
Neste bojo, a ética seria a teoria dos costumes, ou a ciência dos
costumes, enquanto a moral seria tomada como ciência, haja
vista ser o objeto da mesma.
PSICOLOGIA PASTORAL
A Ética é o conjunto de normas morais pelo qual o indivíduo
deve orientar seu comportamento na profissão que exerce e é
de fundamental importância em todas as profissões e para todo
ser humano, para que possamos viver relativamente bem em
sociedade (JORGE, s.d.).
PSICOLOGIA PASTORAL
Contudo, acreditamos que definir o termo “ética”, e, além disso,
diferenciá-lo do termo “moral”, não é tarefa simples, pois
existem várias concepções de ética e de moral, inclusive dentro
do próprio campo psicanalítico.
PSICOLOGIA PASTORAL
Quando tentamos incluir nessas definições uma concepção
também filosófica do problema, como exige nossa análise (que
parte da maneira como o problema ético é construído pela
filosofia, para então criticá-lo à luz das teorizações freudianas), a
questão da definição desses termos se complica ainda mais
(GASPAR, 2007).
PSICOLOGIA PASTORAL
Segundo Martins (1998), a ética se diferenciaria da moral por
meio do respeito à singularidade dos sujeitos, ou às diferenças
que subsistem à revelia das tentativas de padronização
pretendidas pelas regras supostamente universais.
PSICOLOGIA PASTORAL
Nesse sentido, a moral se colocaria contra a singularidade e ao
lado da oposição entre o indivíduo e a sociedade, pois obrigaria
o sujeito a se submeter a um critério externo, a ceder alguma
coisa de sua singularidade em prol da normalização das
condutas.
PSICOLOGIA PASTORAL
Acreditamos que esta diferenciação entre ética e moral está de
acordo com o que Lacan formula sobre esse tema no seminário
sobre A ética da psicanálise.
PSICOLOGIA PASTORAL
Para ele, a moral estaria atrelada à crença em um Bem Supremo
e terminaria sempre por engendrar um ideal de conduta para o
sujeito. A moral incidiria, portanto, sobre o campo do ideal (o
imaginário) (GASPAR, 2007).
PSICOLOGIA PASTORAL
CONCLUSÃO
A questão da ética pode ser entendida como uma questão
intrínseca ao fazer analítico, e a falta de ética ocorre quando o
analista se afasta de seu campo, quando dá respostas
antecipadas ao analisante. Por isso, é importante que na sua vida
fora da clínica, o analista encontre vários níveis de
compensações, suficientes que o preservem da tentação de se
satisfazer com seus pacientes. Seu desejo não deve interferir no
desejo do analisando. A Ética está presente tanto na formação
teórica da psicanálise quanto na sua aplicação prática (clínica).
PSICOLOGIA PASTORAL

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ética e psicanálise

  • 2. É a Ética que da forma e contornos à Psicanálise, toda a sua conceituação teórica e método terapêutico, suas formas de tratamento e suas possíveis curas implicam a Ética e se fundamentam na Ética. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 3. Por considerarmos que não é possível falar em psicanálise sem falar em Ética, abordaremos seus conceitos sob uma perspectiva Ética, em uma tentativa de esclarecer alguns pontos da teoria que por sua vez podem ajudar na compreensão dessa Ética. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 4. Não há clínica sem ética assim como não há psicanálise sem psicanalista. Do psicanalista se exige o dever de “saber manejar a transferência sem perder-se nela” (Lacan, 1997). PSICOLOGIA PASTORAL
  • 5. Nenhum autor detém a totalidade do saber sobre o inconsciente e seus efeitos, e nenhuma proposta clínica é capaz de dar conta de todas as formas de sofrimento psíquico. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 6. A psicanálise é uma práxis. Sigmund Freud inventou a Psicanálise como uma práxis. Uma práxis regida pela ética do desejo inconsciente e pelo compromisso que se estabelece entre o sujeito e o seu desejo. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 7. E considerando que a formação do psicanalista não pode se dar apenas na leitura de livros e nos bancos de universidades; abordaremos a Ética na sua relação com a clínica em consonância com o discurso de Freud: PSICOLOGIA PASTORAL
  • 8. Nas suas ‘Conferencias Introdutórias Sobre Psicanálise' (1915), Freud já tinha se referido a análise do terapeuta como uma forma de aprender psicanálise. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 9. “Aprende-se psicanálise em si mesmo, estudando-se a própria personalidade. Isso não é exatamente a mesma coisa que a chamada auto-observação, porém, pode, se necessário, estar nela submetido. Existe grande quantidade de fenômenos mentais, muito comuns e amplamente conhecidos, que, após conhecido um pouco de conhecimento técnico, podem se tornar objeto de análise na própria pessoa”. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 10. No texto de 1927 Freud leva em consideração que o ensino teórico, mesmo sendo sistematizado, não pode dar convicção da justeza da teoria. Essa convicção (ética) só se adquire tendo a experiência da justeza desse saber, na própria análise. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 11. Portanto são os próprios conceitos psicanalíticos (a sexualidade, o desejo) e o processo analítico que vão configurar e afirmar a Ética na psicanálise. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 12. A ética para a psicanálise se define ou concerne ao desejo (wunsch) dos seres falantes e do real do gozo que o determina. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 13. A ética está, assim, intimamente associada, a descoberta freudiana do inconsciente e do desejo (wunsch) indestrutível que exige satisfação imperiosa. Sendo assim, é importante fazermos algumas considerações acerca da sexualidade e do desejo. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 14. Os conceitos freudianos de sexualidade e a sua abordagem clínica da mesma requerem - como afirmava Lacan - uma posição ética radical. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 15. E essa conversão é definida como a introdução do sujeito (analista e analisando) na ordem do desejo, nem um nem o outro podem ser excluídos dessa situação desejante. “Desejo como desejo do Outro, desejo do Outro que é objeto do desejo” (Rabinovich, 2000). PSICOLOGIA PASTORAL
  • 16. Em A Interpretação dos Sonhos, 1900, Freud afirma “que só o desejo (wunsch) é capaz de por o aparelho em movimento” a situação analítica estar, pois marcada pelo desejo (wunsch) tanto do analisando quanto do analista e esse será o nosso ponto de partida para a nossa discussão. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 17. Achamos interessante fazer uma breve análise do termo ‘desejo’ em comparação com o termo ‘wunsch’ em alemão em uma tentativa de proporcionar um melhor entendimento do assunto. o Dicionário Comentado do Alemão de Freud’ de Luiz Hanns faz uma distinção dos termos, mostrando as peculiaridades do ‘Wunsch’: PSICOLOGIA PASTORAL
  • 18. Wunsch dirige-se ao que é almejado (mais distante e idealizado); em português, o emprego do termo é mais extenso e inclui com freqüência aspectos mais imediatos e sexuais. O Wunsch (desejo) geral coloca em primeiro plano objetos ou situações que são almejadas ou imaginadas e não aquilo que se visa obter através do contato com o “Objeto”. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 19. Ele tenta reconstituir a vivencia de satisfação que está na memória. Portanto, o desejo (wunsch) do qual Freud fala remete a esfera do idealizado, do almejado, do onírico. Esse esclarecimento nos será útil na consideração do que é esse desejo de trata Freud. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 20. O DESEJO DO ANALISTA E SUA RENUNCIA ÉTICA: Se o analista não dá vazão ao seu desejo, desejo sempre mediatizado pelo outro, sua abstinência favorecerá a alienação do desejo do analisando que poderá se manifestar. A regra da abstinência é o correlato direto da livre associação. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 21. É esta a máxima lacaniana acerca da ética da psicanálise: “Não ceder quanto ao seu desejo”. A ética da psicanálise propõe ao analista acolher, mas nunca responder, à demanda que lhe é dirigida pelo analisando. Demanda que é sempre de amor. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 22. A psicanálise implica em renúncia à sugestão e o que pode ser chamado de neutralidade não se resume à indiferença e nem exclui uma intervenção mais ativa. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 23. O desejo do analista é um desejo de saber e não deve ser confundido com o desejo ingênuo de curar. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 24. Freud nos adverte acerca do analista, dos perigos sobre o desejo de curar, a ambição de fazer o bem. A ética da psicanálise é a ética do desejo. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 25. O furor curandis não levaria em conta o desejo inconsciente do sujeito e seria uma manifestação de resistência do próprio analista, produzindo um saber no analisando, aquém da verdade. “Não há mais que uma única resistência, a resistência do analista”. (Lacan, 1997). PSICOLOGIA PASTORAL
  • 26. Toda cultura e toda a sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus membros. Culturas e sociedades fortemente hierarquizadas e com diferenças de castas ou de classes muito profundas podem até mesmo possuir várias morais, cada uma delas referida aos valores de uma casta ou de uma classe social. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 27. No entanto, a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta problemize e interprete o significado dos valores morais (CHAUÍ, 2000). PSICOLOGIA PASTORAL
  • 28. Chauí (2000) diz ainda que nossos sentimentos, nossas condutas, nossas ações e nossos comportamentos são modelados pelas condições em que vivemos (família, classe e grupo social, escola, religião, trabalho, circunstâncias políticas, etc.). Somos formados pelos costumes de nossa sociedade, que nos educa para respeitarmos e reproduzirmos os valores propostos por ela como bons e, portanto, como obrigações e deveres. Dessa maneira, valores e deveres parecem existir por si e em si mesmos, parecem ser naturais e intemporais, fatos ou dados com os quais nos relacionamos desde nosso nascimento: PSICOLOGIA PASTORAL
  • 29. ...somos recompensados quando os seguimos punidos quando os transgredimos. No pensamento filosófico dos antigos a ética era concebida como educação do caráter do sujeito moral para dominar racionalmente impulsos, apetites e desejos, para orientar a vontade rumo ao bem e à felicidade, e para formá-lo como membros da coletividade sociopolítica. Sua finalidade era a harmonia entre o caráter do sujeito virtuoso e os valores coletivos, que também deveriam ser virtuosos. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 30. A psicanálise mostra que somos resultado e expressão de nossa história de vida. Não somos autores nem senhores de nossa história, mas efeitos dela. O sujeito ético, isto é, a pessoa, só pode existir se for consciente de si e dos outros, ser dotado de vontade, capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos, tendências, sentimentos e capacidade para deliberar e decidir, ser responsável e ser livre. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 31. Como princípios da Ética Psicanalítica consideramos o Psicanalista na relação consigo mesmo, o Profissional e a sua relação com seus pacientes, sua conduta como Profissional de interações e a sua relação com a “sua” Sociedade (CHAUÍ, 2000). PSICOLOGIA PASTORAL
  • 32. O objetivo desse artigo é abordar alguns conceitos sobre a ética e no pensar a Ética como uma possibilidade de reflexão sobre a profissão do analista e sua relação lógica com a realidade, no que se refere a sua aplicação prática e seus efeitos terapêuticos. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 33. A ÉTICA E A MORAL Uma vez que se pretenda estudar a questão ética do analista neste trabalho, é de fundamental importância definir o conceito de ética, fazendo uma breve diferenciação com o termo moral - uma vez que ambos os termos se relacionam e tendem a ser confundidos um com o outro. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 34. Etimologicamente, o termo moral vem do latim mos ou mores, que significa “costume” ou “costumes”, no sentido de conjunto de normas ou regras adquiridas por hábito. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 35. Já ética vem do grego ethos que significa “modo de ser” ou “caráter”, enquanto forma de vida também adquirida ou conquistada pelo homem. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 36. Originariamente, portanto, ambos os termos não correspondem a uma disposição natural, mas sim a algo adquirido ou conquistado por hábito (SILVA, 1999). PSICOLOGIA PASTORAL
  • 37. Quando falamos de ética é quase inevitável pensar na moral. A definição de ética e moral leva a insinuação de que ambas assumem a mesma identidade. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 38. Neste bojo, a ética seria a teoria dos costumes, ou a ciência dos costumes, enquanto a moral seria tomada como ciência, haja vista ser o objeto da mesma. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 39. A Ética é o conjunto de normas morais pelo qual o indivíduo deve orientar seu comportamento na profissão que exerce e é de fundamental importância em todas as profissões e para todo ser humano, para que possamos viver relativamente bem em sociedade (JORGE, s.d.). PSICOLOGIA PASTORAL
  • 40. Contudo, acreditamos que definir o termo “ética”, e, além disso, diferenciá-lo do termo “moral”, não é tarefa simples, pois existem várias concepções de ética e de moral, inclusive dentro do próprio campo psicanalítico. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 41. Quando tentamos incluir nessas definições uma concepção também filosófica do problema, como exige nossa análise (que parte da maneira como o problema ético é construído pela filosofia, para então criticá-lo à luz das teorizações freudianas), a questão da definição desses termos se complica ainda mais (GASPAR, 2007). PSICOLOGIA PASTORAL
  • 42. Segundo Martins (1998), a ética se diferenciaria da moral por meio do respeito à singularidade dos sujeitos, ou às diferenças que subsistem à revelia das tentativas de padronização pretendidas pelas regras supostamente universais. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 43. Nesse sentido, a moral se colocaria contra a singularidade e ao lado da oposição entre o indivíduo e a sociedade, pois obrigaria o sujeito a se submeter a um critério externo, a ceder alguma coisa de sua singularidade em prol da normalização das condutas. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 44. Acreditamos que esta diferenciação entre ética e moral está de acordo com o que Lacan formula sobre esse tema no seminário sobre A ética da psicanálise. PSICOLOGIA PASTORAL
  • 45. Para ele, a moral estaria atrelada à crença em um Bem Supremo e terminaria sempre por engendrar um ideal de conduta para o sujeito. A moral incidiria, portanto, sobre o campo do ideal (o imaginário) (GASPAR, 2007). PSICOLOGIA PASTORAL
  • 46. CONCLUSÃO A questão da ética pode ser entendida como uma questão intrínseca ao fazer analítico, e a falta de ética ocorre quando o analista se afasta de seu campo, quando dá respostas antecipadas ao analisante. Por isso, é importante que na sua vida fora da clínica, o analista encontre vários níveis de compensações, suficientes que o preservem da tentação de se satisfazer com seus pacientes. Seu desejo não deve interferir no desejo do analisando. A Ética está presente tanto na formação teórica da psicanálise quanto na sua aplicação prática (clínica). PSICOLOGIA PASTORAL