O documento discute o conceito de aconselhamento pastoral na Teologia Prática. Apresenta as origens platônicas do conceito de cura de almas e como isso influenciou a abordagem ocidental. Também discute a concepção bíblica do Antigo Testamento, que não separa mente, alma e corpo. Por fim, define aconselhamento pastoral como uma dimensão da vida comunitária cristã, envolvendo elementos litúrgicos, catequéticos, de missão e diaconia.
1) O documento discute os diferentes modelos de aconselhamento cristão ao longo da história, incluindo aconselhamento para disciplina e aperfeiçoamento espiritual.
2) São identificadas quatro características do aconselhamento cristão: ser realizado por cristãos, centrado em Cristo, alicerçado na Igreja e centrado na Bíblia.
3) Quatro tipos de aconselhamento são descritos: popular, comunitário, pastoral e profissional.
O documento discute a psicologia pastoral e o aconselhamento pastoral. Aconselhar envolve estar presente com alguém e ajudá-los a resolver conflitos emocionais usando princípios bíblicos. Problemas como medo, depressão e abuso sexual levam as pessoas a procurar aconselhamento.
O documento discute diferentes abordagens de aconselhamento pastoral integracionista que combinam princípios bíblicos e psicanalíticos. Apresenta métodos como ouvir atentamente, identificar traumas e distúrbios emocionais, e mudar pensamentos e comportamentos problemáticos para alcançar o objetivo de crescimento espiritual e semelhança com Cristo. Também reflete sobre como os traumas afetam a vida dos fiéis e como a Bíblia lida com situações de angústia.
Aula ministrada pelo Ev. Natalino das Neves–
IBADEP - Igreja Evangélica Assembleia de Deus de São José dos Pinhais
Curso sob a responsabilidade da CIEADEP – Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus do Estado
O documento discute o crescimento da igreja e a liderança. Ele aborda o desafio do crescimento da igreja, as áreas em que os cristãos devem crescer, e as condições para o verdadeiro crescimento. Também discute a importância do líder para o crescimento da igreja, a necessidade de uma liderança espiritual e sacrificial, e as características de uma liderança positiva, incluindo santidade, unção do Espírito Santo, sabedoria e fé.
O documento discute o ecumenismo, incluindo sua arquitetura global e participação de várias igrejas. Apresenta textos sobre a unidade dos cristãos e ecumenismo, enfatizando a diversidade na unidade e a importância da oração e diálogo ecumênicos.
O documento discute os conceitos e benefícios da educação cristã. A educação cristã é um processo sustentado pela Bíblia e pelo Espírito Santo, que visa levar os crentes à maturidade em Cristo e glorificar a Deus. Alguns benefícios incluem o culto, o testemunho e a comunhão, que fortalecem os relacionamentos entre os crentes.
O documento discute a doutrina da predestinação segundo a perspectiva evangélica. Explica que a predestinação se refere à eleição de Deus de um povo para si, a Igreja, para que sejam santos. Indica que os indivíduos são responsáveis por sua própria salvação ao aceitar Jesus através da fé. A predestinação concerne ao corpo de Cristo como um todo, não a indivíduos isoladamente.
1) O documento discute os diferentes modelos de aconselhamento cristão ao longo da história, incluindo aconselhamento para disciplina e aperfeiçoamento espiritual.
2) São identificadas quatro características do aconselhamento cristão: ser realizado por cristãos, centrado em Cristo, alicerçado na Igreja e centrado na Bíblia.
3) Quatro tipos de aconselhamento são descritos: popular, comunitário, pastoral e profissional.
O documento discute a psicologia pastoral e o aconselhamento pastoral. Aconselhar envolve estar presente com alguém e ajudá-los a resolver conflitos emocionais usando princípios bíblicos. Problemas como medo, depressão e abuso sexual levam as pessoas a procurar aconselhamento.
O documento discute diferentes abordagens de aconselhamento pastoral integracionista que combinam princípios bíblicos e psicanalíticos. Apresenta métodos como ouvir atentamente, identificar traumas e distúrbios emocionais, e mudar pensamentos e comportamentos problemáticos para alcançar o objetivo de crescimento espiritual e semelhança com Cristo. Também reflete sobre como os traumas afetam a vida dos fiéis e como a Bíblia lida com situações de angústia.
Aula ministrada pelo Ev. Natalino das Neves–
IBADEP - Igreja Evangélica Assembleia de Deus de São José dos Pinhais
Curso sob a responsabilidade da CIEADEP – Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus do Estado
O documento discute o crescimento da igreja e a liderança. Ele aborda o desafio do crescimento da igreja, as áreas em que os cristãos devem crescer, e as condições para o verdadeiro crescimento. Também discute a importância do líder para o crescimento da igreja, a necessidade de uma liderança espiritual e sacrificial, e as características de uma liderança positiva, incluindo santidade, unção do Espírito Santo, sabedoria e fé.
O documento discute o ecumenismo, incluindo sua arquitetura global e participação de várias igrejas. Apresenta textos sobre a unidade dos cristãos e ecumenismo, enfatizando a diversidade na unidade e a importância da oração e diálogo ecumênicos.
O documento discute os conceitos e benefícios da educação cristã. A educação cristã é um processo sustentado pela Bíblia e pelo Espírito Santo, que visa levar os crentes à maturidade em Cristo e glorificar a Deus. Alguns benefícios incluem o culto, o testemunho e a comunhão, que fortalecem os relacionamentos entre os crentes.
O documento discute a doutrina da predestinação segundo a perspectiva evangélica. Explica que a predestinação se refere à eleição de Deus de um povo para si, a Igreja, para que sejam santos. Indica que os indivíduos são responsáveis por sua própria salvação ao aceitar Jesus através da fé. A predestinação concerne ao corpo de Cristo como um todo, não a indivíduos isoladamente.
O capítulo discute a importância do obreiro governar bem sua família. Ele deve ensinar os filhos e ter autoridade sobre eles, para que possa cuidar também da igreja. A Bíblia ensina que o obreiro deve zelar pela educação dos filhos e ter uma vida de oração e estudo em família.
Este documento resume a primeira aula de um curso de apologética. Ele define apologética como a defesa racional da fé cristã contra críticas e apresenta três propósitos principais da apologética: 1) influenciar a cultura combatendo ideias falsas, 2) fortalecer aqueles que já creem e 3) evangelizar os descrentes. O documento também discute a base bíblica da apologética, citando exemplos de Jesus e dos apóstolos defendendo a fé através de argumentos.
Formação da Apostila 1, Capítulo 6 da Perseverança da Renovação Carismática Católica. Aborda uma introdução sobre importância e fundamentos do Sagrado Magistério da Igreja Católica. Fonte de Consulta em Material da RCC e Professor Felipe Aquino.
O documento discute os princípios e objetivos da catequese renovada pós-Concílio Vaticano II. Ele relembra os principais pontos do documento "Catequese Renovada" da CNBB, como a Bíblia como texto central, o cristocentrismo trinitário e a coerência com a pedagogia divina. Também discute os desafios atuais da catequese de integrar fé e vida, e articular-se com outras pastorais da Igreja.
Discipulado um a um praticado junto as atividades de células, pequenos grupos, home grupos são as ferramentas mais eficientes para o crescimento espiritual saudável e vitorioso individual e das famílias.
Caráter moral, caráter espiritual e caráter familiar. Assistir socialmente as viúvas: tanto as de fala hebraica como as de fala grega. Auxiliar a igreja local através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a visitar os enfermos, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como distribuir os elementos da Ceia do Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e ofertas) e auxiliar
Subsídios de Trabalho e Formação com Catequistas: Vocação, Missão, História da Catequese, Qualidades e Características, Encontro de Catequese, Ministério da Coordenação. Bom Trabalho. Opine sobre o material.
José Vieira dos Santos - Dourados MS
O documento discute a importância do discipulado cristão, enfatizando que os discípulos devem seguir a Jesus e construir sua própria relação com Deus, não com os líderes. Ele também ressalta que o discipulado requer entrega total e viver de acordo com os ensinamentos de Jesus, não apenas ensiná-los. A salvação é gratuita mas o discipulado custa tudo o que temos.
O documento discute o papel e responsabilidades dos diáconos na igreja. Ele explica que diáconos são aqueles que servem aos outros e auxiliam os pastores, cuidando das necessidades práticas e financeiras da igreja para permitir que os pastores se concentrem na palavra e oração. Também discute a importância de escolher diáconos qualificados que estejam cheios do Espírito Santo e sejam bons exemplos espirituais para a congregação.
SÍNTESE ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL (ADP) 2021Paulo David
Este documento apresenta o Plano Diocesano de Pastoral (PDP) para o período de 2019 a 2023, com ênfase nas prioridades e programação para 2021-2023. O PDP define quatro pilares para a ação evangelizadora: 1) Palavra, 2) Eucaristia, 3) Caridade e 4) Missão. Para cada pilar, são detalhadas ações e atividades a serem implementadas nas paróquias e comunidades com o objetivo de fortalecer a vida cristã.
O documento discute o que é e não é aconselhamento bíblico. O aconselhamento bíblico envolve ensinar alguém a viver de acordo com a Bíblia, confortá-lo e incentivá-lo a permanecer em Cristo, visando o desenvolvimento espiritual da pessoa e a glória de Deus. Ele não é reservado para especialistas e tem como propósito glorificar a Deus, não apenas o bem-estar humano.
Este documento descreve os aspectos essenciais da salvação cristã: (1) A salvação é obtida apenas através da morte de Cristo e da fé nele; (2) Todos precisam da salvação devido ao pecado originado por Adão e transmitido a toda a humanidade; (3) A salvação envolve a justificação, regeneração e santificação do crente.
1) O documento discute a importância do aconselhamento cristão e cita exemplos bíblicos. 2) Apresenta brevemente os livros bíblicos de Êxodo, Levítico, Números e alguns de seus principais ensinamentos. 3) Fornece orientações sobre aconselhamento pastoral e a distinção entre cuidado pastoral e psicoterapia.
Lição 6 - A Igreja Atual e alguns DesafiosÉder Tomé
1) O documento discute os desafios atuais da Igreja no contexto pós-moderno, incluindo o relativismo, a imoralidade e o consumismo.
2) Apresenta três desafios principais para a Igreja: a ortodoxia, a ortopraxia e a ortopatia.
3) Argumenta que a Igreja deve manter a coerência entre doutrina, prática e sentimentos para enfrentar esses desafios.
O documento apresenta um plano de aula sobre a história da Igreja, abordando tópicos como a fundação da Igreja no dia de Pentecostes, as ordenações como batismo e ceia do Senhor, as missões da Igreja de pregar o evangelho e edificar os membros, e uma introdução aos principais períodos da história da Igreja desde a era apostólica até a Igreja no Brasil.
O documento descreve a importância da Igreja Local baseada em células, conhecida como Modelo de Discipulado Apostólico (MDA). O MDA enfatiza o discipulado individual através de células em pequenos grupos, seguindo o exemplo de Jesus e dos apóstolos. O documento explica que a Igreja Primitiva se reunia nos lares e que o MDA busca restaurar esta estrutura, colocando o ministério nas mãos dos membros da igreja.
Matéria da 1ª Oficina de Discipulado da Assembleia de Deus em Joinville - Santa Catarina. Como formar e liderar um grupo de Discipulado? Qual a melhor forma de realizar uma reunião de Discipulado nos lares? As respostas para estas perguntas estão nesta palestra.
A Capelania Pastoral é uma disciplina da Teologia Prática que estuda o aconselhamento e a capelania cristã como formas de cuidado e ajuda às pessoas em necessidade. A capelania surgiu historicamente como o serviço de sacerdotes que acompanhavam militares e reis, e hoje existe em diversas modalidades como educacional, carcerária, hospitalar e empresarial. O capelão usa ferramentas como a Bíblia, oração e visitação para auxiliar no crescimento integral das pessoas.
Projeto de Pesquisa Aconselhamento Pastoral e psicoterapeuticoMary Kay do Brasil
Este documento discute as semelhanças entre o aconselhamento pastoral e a psicoterapia. A autora observou que algumas pessoas não diferenciam os resultados dos dois tipos de atendimento. Ela investigará se existem pontos em comum nos processos de aconselhamento espiritual e psicológico e quais benefícios pode haver nesta aproximação para aqueles que são atendidos. A metodologia inclui revisão bibliográfica sobre os temas do aconselhamento psicológico e espiritual para clarificar as diferenças
Este documento é uma apostila sobre aconselhamento dividida em 12 seções. A primeira seção define o que é aconselhamento e seus propósitos, enquanto a segunda seção discute os diferentes tipos de aconselhamento. A terceira seção descreve o processo de aconselhamento.
O capítulo discute a importância do obreiro governar bem sua família. Ele deve ensinar os filhos e ter autoridade sobre eles, para que possa cuidar também da igreja. A Bíblia ensina que o obreiro deve zelar pela educação dos filhos e ter uma vida de oração e estudo em família.
Este documento resume a primeira aula de um curso de apologética. Ele define apologética como a defesa racional da fé cristã contra críticas e apresenta três propósitos principais da apologética: 1) influenciar a cultura combatendo ideias falsas, 2) fortalecer aqueles que já creem e 3) evangelizar os descrentes. O documento também discute a base bíblica da apologética, citando exemplos de Jesus e dos apóstolos defendendo a fé através de argumentos.
Formação da Apostila 1, Capítulo 6 da Perseverança da Renovação Carismática Católica. Aborda uma introdução sobre importância e fundamentos do Sagrado Magistério da Igreja Católica. Fonte de Consulta em Material da RCC e Professor Felipe Aquino.
O documento discute os princípios e objetivos da catequese renovada pós-Concílio Vaticano II. Ele relembra os principais pontos do documento "Catequese Renovada" da CNBB, como a Bíblia como texto central, o cristocentrismo trinitário e a coerência com a pedagogia divina. Também discute os desafios atuais da catequese de integrar fé e vida, e articular-se com outras pastorais da Igreja.
Discipulado um a um praticado junto as atividades de células, pequenos grupos, home grupos são as ferramentas mais eficientes para o crescimento espiritual saudável e vitorioso individual e das famílias.
Caráter moral, caráter espiritual e caráter familiar. Assistir socialmente as viúvas: tanto as de fala hebraica como as de fala grega. Auxiliar a igreja local através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a visitar os enfermos, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como distribuir os elementos da Ceia do Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e ofertas) e auxiliar
Subsídios de Trabalho e Formação com Catequistas: Vocação, Missão, História da Catequese, Qualidades e Características, Encontro de Catequese, Ministério da Coordenação. Bom Trabalho. Opine sobre o material.
José Vieira dos Santos - Dourados MS
O documento discute a importância do discipulado cristão, enfatizando que os discípulos devem seguir a Jesus e construir sua própria relação com Deus, não com os líderes. Ele também ressalta que o discipulado requer entrega total e viver de acordo com os ensinamentos de Jesus, não apenas ensiná-los. A salvação é gratuita mas o discipulado custa tudo o que temos.
O documento discute o papel e responsabilidades dos diáconos na igreja. Ele explica que diáconos são aqueles que servem aos outros e auxiliam os pastores, cuidando das necessidades práticas e financeiras da igreja para permitir que os pastores se concentrem na palavra e oração. Também discute a importância de escolher diáconos qualificados que estejam cheios do Espírito Santo e sejam bons exemplos espirituais para a congregação.
SÍNTESE ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL (ADP) 2021Paulo David
Este documento apresenta o Plano Diocesano de Pastoral (PDP) para o período de 2019 a 2023, com ênfase nas prioridades e programação para 2021-2023. O PDP define quatro pilares para a ação evangelizadora: 1) Palavra, 2) Eucaristia, 3) Caridade e 4) Missão. Para cada pilar, são detalhadas ações e atividades a serem implementadas nas paróquias e comunidades com o objetivo de fortalecer a vida cristã.
O documento discute o que é e não é aconselhamento bíblico. O aconselhamento bíblico envolve ensinar alguém a viver de acordo com a Bíblia, confortá-lo e incentivá-lo a permanecer em Cristo, visando o desenvolvimento espiritual da pessoa e a glória de Deus. Ele não é reservado para especialistas e tem como propósito glorificar a Deus, não apenas o bem-estar humano.
Este documento descreve os aspectos essenciais da salvação cristã: (1) A salvação é obtida apenas através da morte de Cristo e da fé nele; (2) Todos precisam da salvação devido ao pecado originado por Adão e transmitido a toda a humanidade; (3) A salvação envolve a justificação, regeneração e santificação do crente.
1) O documento discute a importância do aconselhamento cristão e cita exemplos bíblicos. 2) Apresenta brevemente os livros bíblicos de Êxodo, Levítico, Números e alguns de seus principais ensinamentos. 3) Fornece orientações sobre aconselhamento pastoral e a distinção entre cuidado pastoral e psicoterapia.
Lição 6 - A Igreja Atual e alguns DesafiosÉder Tomé
1) O documento discute os desafios atuais da Igreja no contexto pós-moderno, incluindo o relativismo, a imoralidade e o consumismo.
2) Apresenta três desafios principais para a Igreja: a ortodoxia, a ortopraxia e a ortopatia.
3) Argumenta que a Igreja deve manter a coerência entre doutrina, prática e sentimentos para enfrentar esses desafios.
O documento apresenta um plano de aula sobre a história da Igreja, abordando tópicos como a fundação da Igreja no dia de Pentecostes, as ordenações como batismo e ceia do Senhor, as missões da Igreja de pregar o evangelho e edificar os membros, e uma introdução aos principais períodos da história da Igreja desde a era apostólica até a Igreja no Brasil.
O documento descreve a importância da Igreja Local baseada em células, conhecida como Modelo de Discipulado Apostólico (MDA). O MDA enfatiza o discipulado individual através de células em pequenos grupos, seguindo o exemplo de Jesus e dos apóstolos. O documento explica que a Igreja Primitiva se reunia nos lares e que o MDA busca restaurar esta estrutura, colocando o ministério nas mãos dos membros da igreja.
Matéria da 1ª Oficina de Discipulado da Assembleia de Deus em Joinville - Santa Catarina. Como formar e liderar um grupo de Discipulado? Qual a melhor forma de realizar uma reunião de Discipulado nos lares? As respostas para estas perguntas estão nesta palestra.
A Capelania Pastoral é uma disciplina da Teologia Prática que estuda o aconselhamento e a capelania cristã como formas de cuidado e ajuda às pessoas em necessidade. A capelania surgiu historicamente como o serviço de sacerdotes que acompanhavam militares e reis, e hoje existe em diversas modalidades como educacional, carcerária, hospitalar e empresarial. O capelão usa ferramentas como a Bíblia, oração e visitação para auxiliar no crescimento integral das pessoas.
Projeto de Pesquisa Aconselhamento Pastoral e psicoterapeuticoMary Kay do Brasil
Este documento discute as semelhanças entre o aconselhamento pastoral e a psicoterapia. A autora observou que algumas pessoas não diferenciam os resultados dos dois tipos de atendimento. Ela investigará se existem pontos em comum nos processos de aconselhamento espiritual e psicológico e quais benefícios pode haver nesta aproximação para aqueles que são atendidos. A metodologia inclui revisão bibliográfica sobre os temas do aconselhamento psicológico e espiritual para clarificar as diferenças
Este documento é uma apostila sobre aconselhamento dividida em 12 seções. A primeira seção define o que é aconselhamento e seus propósitos, enquanto a segunda seção discute os diferentes tipos de aconselhamento. A terceira seção descreve o processo de aconselhamento.
1) O documento discute os diferentes modelos de aconselhamento cristão ao longo da história, incluindo aconselhamento para disciplina e aperfeiçoamento espiritual.
2) São identificadas quatro características do aconselhamento cristão: ser realizado por cristãos, centrado em Cristo, alicerçado na Igreja e centrado na Bíblia.
3) Quatro tipos de aconselhamento são descritos: popular, comunitário, pastoral e profissional.
1) O documento discute aconselhamento de casais no contexto eclesial e os desafios que casais enfrentam.
2) Ele revisa literatura sobre como a igreja pode oferecer apoio solidário em situações de crise conjugal.
3) O objetivo é investigar demandas de casais e possibilidades de atuação da comunidade eclesial para apoiar casais em conflitos emocionais.
O documento discute os princípios fundamentais do aconselhamento psicológico segundo Rollo May. Ele divide o trabalho em três partes, cobrindo tópicos como a origem dos problemas de personalidade, empatia como chave para o processo de aconselhamento e como montar um programa de aconselhamento efetivo.
1) O documento discute as características de um bom aconselhamento cristão, incluindo ser centrado em Cristo e nas Escrituras.
2) Ele explica que o aconselhamento bíblico tem como objetivo ajudar as pessoas a resolver problemas e pecados para glorificar a Deus.
3) A empatia, ou capacidade de compreender os sentimentos de outra pessoa, é uma habilidade importante para os aconselhadores.
[1] O documento discute a prática do aconselhamento psicológico dentro de organizações para promover a saúde mental e qualidade de vida dos trabalhadores. [2] Uma pesquisa com psicólogos organizacionais mostrou que a maioria reconhece os benefícios do aconselhamento, porém ele não é amplamente oferecido. [3] O documento defende que o aconselhamento psicológico deve ser mais utilizado nas empresas para criar um ambiente saudável e de crescimento.
1) O documento discute o conceito de aconselhamento, diferenciando-o da psicoterapia e destacando que seu objetivo é promover a maturidade cristã.
2) A maturidade envolve obediência a Deus e desenvolvimento do caráter de Cristo, superando problemas de imaturidade como explosividade e autopiedade.
3) Um aconselhamento bem-sucedido depende da resposta obediente do aconselhado, não importando suas circunstâncias, pois Deus oferece recursos para isso.
Este documento é um questionário para aconselhamento espiritual. Contém perguntas sobre a história religiosa e espiritual da pessoa, sentimentos, atitudes e vícios atuais, e envolvimento com práticas religiosas e espirituais diversas. O objetivo é identificar áreas onde a pessoa deseja libertação e cura espiritual.
O documento discute o modelo de aconselhamento pastoral centrado em libertação e crescimento proposto por Howard J. Clinibell. O modelo enfatiza a integralidade humana e o objetivo de libertar pessoas através da poimênica na comunidade de fé e do aconselhamento pastoral para promover seu crescimento. Clinibell fornece definições e orientações sobre como aplicar técnicas de aconselhamento e realizar ensaios de realidade para treinar estudantes de teologia.
1) O documento discute a criação do homem por Deus como um ser tripartido de espírito, alma e corpo. 2) Fala sobre a queda do homem e como isso trouxe consequências emocionais e espirituais. 3) Fornece detalhes sobre as funções do espírito, alma e corpo e como a alma é afetada pela queda.
Este documento fornece modelos básicos de aconselhamento, incluindo o modelo médico, que vê os problemas como sintomas de uma doença subjacente, e o modelo moral, que foca na responsabilidade moral e mudança de comportamento. Também discute características da personalidade humana como anseios, capacidade de avaliar e escolher, e capacidade de sentir, relacionadas à imagem de Deus no homem.
Este livro apresenta várias experiências de Plantão Psicológico em diferentes contextos institucionais no Brasil. O Plantão Psicológico é proposto como uma modalidade de atendimento psicológico aberto e adaptado à realidade cultural e social brasileira.
O documento discute orientações para famílias cristãs. Aborda tópicos como escolha do cônjuge, namoro cristão, noivado, estrutura familiar, comunicação conjugal, finanças e educação de filhos. Reforça que a família deve ter Cristo como fundamento e seguir princípios bíblicos de submissão, amor, respeito e disciplina para prosperar.
Projeto de pesquisa Acons. Pastoral com Pacientes HospitalizadosMary Kay do Brasil
Este documento discute o aconselhamento pastoral de curto prazo para pacientes adultos hospitalizados com doenças cardiovasculares. O objetivo é investigar se o aconselhamento pastoral traz benefícios para a saúde e recuperação dos pacientes, analisando suas questões emocionais e demandas espirituais. O método utilizado inclui revisão bibliográfica e pesquisa de campo com publicações universitárias e cristãs dos últimos 10 anos.
El documento describe la historia de la violación y su tipificación como delito a lo largo de los tiempos. Explica que la violación ya era considerada un delito grave en el Código de Hammurabi de la antigua Mesopotamia y que en la Edad Media era penada como el delito de "forzar o fuerza de mujer". También señala que en la Edad Moderna la violación fue tipificada de acuerdo a los principios de la Revolución Francesa y la Declaración de los Derechos del Hombre. Finalmente, menciona que la
Este documento presenta un resumen de 3 páginas del informe mundial sobre la violencia contra los niños y niñas realizado por Paulo Sérgio Pinheiro, Experto Independiente de las Naciones Unidas. El informe documenta la naturaleza y alcance del problema de la violencia contra los niños, incluyendo los factores de riesgo y el impacto devastador de la violencia. También presenta principios y recomendaciones generales para poner fin a la violencia contra los niños a nivel nacional e internacional.
1) O documento lista os nomes e cargos de membros da liderança da Igreja Pentecostal Shekinah.
2) Ele discute seis tópicos sobre o chamado ministerial: características do chamado, métodos do chamado, finalidade do ministério pastoral, qualificações para o ministério pastoral, o sustento pastoral, e o pastor e a vida familiar.
3) O sustento pastoral é discutido, argumentando que a Bíblia ensina que aqueles que se dedicam ao ensino e pregação da Palavra devem
O documento descreve um curso de Psicologia Pastoral que aborda diversos temas, incluindo o que é Psicologia Pastoral, seus desafios e aplicabilidade no ministério pastoral. O curso é oferecido à distância pelo Seminário Teológico Dom Egmont Machado - SETEK e tem como objetivo fornecer conhecimentos psicológicos para a prática pastoral e auxiliar o desenvolvimento espiritual e das atividades pastorais.
O documento discute a capelania hospitalar, definindo-a como uma expressão específica de cuidado voltada para pessoas internadas. Aborda o significado de cuidar, suas bases bíblicas e relação com a dignidade humana. Também examina o surgimento da "clínica pastoral" e seu contato com a psicologia, visando melhor atender os pacientes.
Este documento discute as interfaces entre psicologia, religião e ética. Apresenta definições de religião e ética e discute visões sobre como a religiosidade pode afetar a saúde mental e o tratamento psicológico de acordo com vários autores. Também resume um estudo sobre a relação entre bem-estar espiritual e qualidade de vida em universitários.
- A teologia sistemática é uma prática teórica que fornece critérios para planejar e avaliar nossas ações através do discernimento. Ela está a serviço da espiritualidade cristã e da missão de Deus.
- Há três paradigmas históricos da teologia: habitual, científica e disciplinar. Nesta última, a teologia sistemática se tornou o principal eixo, enfatizando o diálogo com a filosofia e a elaboração de compêndios sistemáticos.
- O curso abord
O documento discute a internação compulsória de usuários de drogas, abordando seus aspectos científicos, políticos e ideológicos. Também analisa como as igrejas evangélicas oferecem alternativas de tratamento baseadas na fé, e destaca a importância da participação social no debate sobre políticas públicas de drogas.
1) A espiritualidade é uma disciplina teológica relativamente recente que visa ajudar a vivenciar a fé cristã na prática do dia a dia.
2) Existem desafios atuais na compreensão e vivência da espiritualidade, como sincretismos e a visão de que outras espiritualidades são igualmente válidas.
3) A espiritualidade consiste em viver segundo o Espírito de Deus, promovendo a vida como Jesus, através de frutos como paz, alegria e dignidade.
O documento discute a teologia pastoral e seus principais ramos, incluindo psicologia pastoral, eclesiologia, administração eclesiástica, homilética, evangelismo e missões e educação religiosa. Também aborda o papel do pastor na igreja, incluindo suas responsabilidades e autoridade.
Este artigo analisa como as igrejas neopentecostais influenciam a visão de saúde, doença e cura de seus fiéis. Observando cultos e entrevistando membros de uma igreja, percebeu-se que o discurso da igreja fornece sentido e ajuda com problemas diários. A doença é vista como ação demoníaca e a cura requer exorcismo. Além disso, os rituais de cura da igreja e a consulta médica são vistos como quase excludentes.
1. O documento discute o conceito de missão integral a partir do Congresso de Lausanne de 1974, definindo como a expressão foi reduzida a ações sociais e proselitismo.
2. Propõe substituir "missão integral" por "evangelho integral" para significar a aplicação do evangelho a todas as dimensões da vida e das relações humanas.
3. Discute as noções de sagrado e profano, defendendo que atividades seculares podem ser sagradas se desenvolvidas de acordo com Deus.
1. O documento discute o conceito de missão integral a partir do Congresso de Lausanne de 1974, definindo como a expressão foi reduzida a ações sociais e proselitismo.
2. Propõe substituir "missão integral" por "evangelho integral" para significar a aplicação do evangelho a todas as dimensões da vida e das relações humanas.
3. Discute as noções de sagrado e profano, defendendo que atividades seculares podem ser sagradas se desenvolvidas de acordo com Deus.
O documento discute ética eclesiástica e terapêutica. Aborda o que é ética eclesiástica e seus fundamentos nas Escrituras. Também discute psicoterapia eclesiástica e como ela pode ajudar as pessoas a aprimorar suas habilidades através de treinamentos guiados pela ética. Finalmente, discute a importância da ética ministerial e como ela fornece regras de conduta para ministros.
O documento descreve os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso no Brasil, definindo seus objetivos e estrutura. Ele estabelece cinco eixos de conteúdo - Culturas e Religiões, Escrituras Sagradas, Teologias, Ritos e Ethos - e descreve os temas abordados em cada um. O documento busca garantir o ensino do fenômeno religioso de forma pluralista e sem proselitismo nas escolas.
- João Manuel Duque, Teologia das religiões.
- João Manuel Duque, Textos e identidades
- Jacques Derrida, L´écriture et la difference (Paris: Seul, 1967), 99-116.
O livro discute o conceito de "missão integral", que enxerga a missão da igreja como a ação de Deus em Jesus Cristo para transformar a vida humana em todas as suas dimensões, não apenas salvar almas. A missão envolve restaurar a relação do ser humano com Deus, o próximo e a criação. O evangelho se comunica tanto pelas palavras quanto pelas ações concretas. O conteúdo da missão não está apenas na Grande Comissão, mas na expressão da nova vida comunicada pelo Espírito Santo.
Este documento analisa a relação entre a doutrina do "pecado de morte" defendida pela Congregação Cristã no Brasil e o desenvolvimento de quadros depressivos entre seus membros. Historicamente, doenças mentais eram ligadas a fatores espirituais como castigo divino. A Congregação Cristã considera alguns pecados, especialmente os sexuais, como "pecado de morte", que impede a restauração espiritual do pecador. Isso pode influenciar membros a não buscarem tratamento profissional e contribuir para a depressão. A pesquisa
O documento apresenta uma breve história da Psicologia Pastoral, desde suas origens até o século XX. Aborda os principais precursores como Anton Boisen e Oskar Pfister, assim como as principais teorias que influenciaram o campo, como a psicanálise de Jung. Também discute o desenvolvimento da psicologia pastoral no contexto do pós-guerra e a necessidade de diálogo entre teologia e psicologia.
O livro discute duas abordagens à missão da igreja, propõe uma visão que relaciona espiritualidade e justiça social, e argumenta que o culto a Deus deve ter prioridade sobre o evangelismo, pois este depende da paixão pela adoração a Deus.
Este documento fornece uma introdução à psicologia pastoral, definindo-a como a ciência psicológica que oferece conhecimentos necessários para a assistência espiritual. Ele resume brevemente a história da psicologia pastoral e algumas de suas principais teorias e objetivos, que incluem proporcionar bem-estar espiritual e aconselhamento aos membros da igreja. Finalmente, levanta questões sobre a saúde física e mental do pastor no exercício de seu ministério.
A Doutrina Social da Igreja tem como objetivos principais:
1. Dar uma solução à questão social e evangelizar o homem e o mundo.
2. Formar as consciências de acordo com os princípios evangélicos.
3. Julgar as doutrinas e estruturas sociais segundo os princípios cristãos.
O texto questiona se a cabine de um avião e sua complexidade poderiam ter surgido por acaso ou coincidência, ao invés de terem sido projetados por engenheiros e cientistas. Ele também questiona se a complexidade da vida poderia ser resultado apenas de coincidências biológicas, ao invés de criação.
O documento é uma mensagem da Natureza agradecendo e pedindo respeito. A Natureza diz que dá vida e beleza, mas as pessoas não respeitam a Natureza e devolvem apenas morte. Pede que as pessoas cuidem da Natureza por ela, por si mesmas e por todos.
1) O documento descreve os Dez Mandamentos dados por Deus a Moisés no Monte Sinai.
2) Cada mandamento é explicado com interpretações bíblicas e como foram aperfeiçoados e aplicados por Jesus.
3) Os mandamentos regem a relação correta do homem com Deus e com o próximo e foram dados para o bem e a santificação do povo.
O documento é uma mensagem da Natureza agradecendo e pedindo respeito. A Natureza diz que dá vida e belezas, mas as pessoas não respeitam e devolvem apenas morte. Pede que as pessoas cuidem da Natureza por ela, por si mesmas e por todos.
Este documento apresenta uma declaração sobre disciplina na igreja. Ele define cinco categorias de comportamentos pecaminosos que podem requerer disciplina: 1) falhas menores, 2) pecados não comprováveis, 3) ofensas pessoais, 4) desobediência pública, 5) iniqüidade intolerável. Para cada categoria, o documento explica como a Bíblia instrui a igreja a lidar com esses comportamentos de acordo com passagens como Mateus 18.
O documento resume a história bíblica desde a criação do mundo até Jesus Cristo, mencionando eventos como a queda de Adão e Eva, o dilúvio de Noé, a torre de Babel, os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, José no Egito, a escravidão do povo de Israel no Egito, Moisés levando o povo para a terra prometida, os juízes de Israel, o reino unido de Saul e Davi, a divisão em dois reinos, os profetas, o cativeiro na Babilônia e
O documento discute dois princípios de liderança, Zapp e Sapp. Zapp energiza as pessoas através da confiança, escuta ativa e reconhecimento. Sapp desmotiva as pessoas através da falta de confiança, comunicação e apoio. O documento também fornece exemplos de como Zapp e Sapp afetam as pessoas e cinco princípios de Zapp para manter a autoestima e apoiar os liderados.
1) O documento discute a visão e metodologia de grupos familiares para alcançar a comunidade.
2) Ele descreve estratégias como ter locais de culto acessíveis e uma igreja com dois braços de pequenos grupos e cultos maiores.
3) Cinco princípios são dados para uma igreja saudável: adoração, comunhão, evangelismo, discipulado e missões.
O documento descreve como era a infância nas décadas de 1960, 1970 e 1980 em comparação com os dias atuais, destacando como as crianças tinham mais liberdade e menos regras de segurança, mas ainda assim conseguiam sobreviver e desenvolver suas personalidades.
Este documento apresenta 14 leis básicas para a interpretação correta da Bíblia. A primeira lei discutida é a Lei da Revelação, que afirma que Deus se revelou a humanidade e que precisamos começar pela verdade de que a Bíblia contém a revelação de Deus sobre Si mesmo e Sua vontade.
1) O documento discute os conceitos de evangelismo e evangelismo efetivo, argumentando que este último requer visão e prática para ter impacto;
2) É necessário desenvolver os cinco ministérios do Novo Testamento, incluindo evangelismo, para manter os membros ativos e fazer crescer as igrejas;
3) Características do evangelismo eficaz incluem convivência, grupos pequenos e impacto para alcançar pessoas específicas.
Jesus diz a Pedro que ele será um pescador de homens, chamando-o a seguir sua missão de evangelizar. Ele também compara o reino dos céus a uma rede de pesca que captura pessoas de todos os tipos.
O documento fornece instruções para treinamento de evangelismo. Ele cita Mateus 13:3 para enfatizar a importância de espalhar a palavra de Deus. O treinamento ensina como realizar o evangelismo de forma efetiva.
This document contains a bibliography listing 10 books related to evangelism, church planting, and theology. It includes titles such as "Pioneer Evangelism" by Dr. Thomas Wade Akins, "Theology of Evangelism" by C.E. Autrey, and "Houses That Changed the World" by Wolfang Simson, covering topics like training for evangelism, church planting movements, and biblical narratives.
O documento apresenta um treinamento para evangelizadores dividido em três partes: a primeira parte aborda a visão e métodos do evangelismo; a segunda parte apresenta estudos bíblicos para evangelização individual e em grupo; a terceira parte trata de estudos para integrar novos crentes.
Este documento fornece um plano de treinamento para evangelizadores dividido em três partes. A primeira parte discute a visão, prática, métodos e ministério do evangelismo. A segunda parte apresenta estudos bíblicos individuais e em grupo para evangelização. A terceira parte apresenta cinco lições para integrar novos crentes à igreja.
1) Todo crente tem o dever e privilégio de evangelizar, mas nem todo crente tem habilidade para mobilizar outros. O evangelista tem o dom de evangelizar e treinar outros.
2) As qualificações de um evangelista incluem ser convertido, ter o dom do evangelismo, viver uma vida pura e amar a Deus e as almas perdidas.
3) O poder para o evangelismo vem do Espírito Santo, não de títulos ou posições. O Espírito Santo age em favor dos crentes e descrentes para
1) O documento discute métodos eficazes de evangelismo, incluindo evangelismo casa a casa e como fazer contato, amizade e servir como uma ponte para a comunidade.
2) É fornecido um guia "FÁCIL" para iniciar conversas sobre felicidade, amizade, conhecimento e fé.
3) O plano de salvação é explicado como Deus enviar Jesus para salvar a humanidade, o sacrifício de Cristo na cruz, e a necessidade de fé, confissão e arrependimento.
1. Capítulo 13:
Aconselhamento pastoral
Christoph Schneider-Harpprecht
13.1 - Introdução
O termo "aconselhamento pastoral" é uma tradução para o português
da palavra inglesa pastoral counseling, usada especialmente no contexto
norte-americano do séc. 20. Muitos consideram este termo uma expressão
problemática, pois sugere que aconselhamento seria em primeiro lugar uma
atividade do pastor como ministro ordenado e implicaria uma relação de
poder que não deixa espaço para a livre articulação do seu parceiro de
comunicação e para o desenvolvimento independente do mesmo. Outros
termos técnicos usados nesta área, como a palavra artificial poimênica
(a ciência do agir do pastor [em grego: poimen]), clínica pastoral (o
acompanhamento pastoral na área da saúde), psicologia pastoral (a
interpretação da pastoral sob perspectiva psicológica) ou a definição dos
parceiros na conversação como paciente, cliente, aconselhando também
indicam esse problema de poder. A origem dessas metáforas está na
medicina, na psicanálise e no método psicoterápico de Cari Rogers
(counseling). A tendência de entender a atividade do aconselhamento pastoral
a partir da medicina tem as suas raízes já na Igreja antiga e deve-se à
tradição do platonismo, que transparece no conceito clássico de cura
d'almas, o qual entende como tarefa principal do pastor a salvação da alma
imortal através da confissão e absolvição. Para superar o dualismo
antropológico desta concepção, achamos preferível permanecer na
terminologia comum e refletir criticamente sobre as suas implicações e limites.
Falamos neste capítulo da teoria e prática da poimênica e do aconselhamento
pastoral, destacando que esta atividade não se restringe aos ministros
ordenados, que ela implica uma relativização do poder, pois trata-se, em
princípio, de uma relação livre entre dois parceiros iguais.
Definimos a poimênica como o ministério de ajuda da comunidade
cristã para os seus membros e para outras pessoas que a procuram na área da
saúde através da convivência diária no contexto da Igreja, e definimos o
aconselhamento pastoral como uma dimensão da poimênica que procura
291
2. ajudar através da conversação e outras formas de comunicação
metodologicamente refletidas. Ambos baseiam-se na fé cristã e na tradição
simbólica do cristianismo. O objetivo do aconselhamento pastoral é descobrir
com as pessoas em diferentes situações da sua vida e especialmente em
conflitos e crises o significado concreto da liberdade cristã dos pecadores
cujo direito de viver e cuja auto-aceitação vêm da graça de Deus. O seu
objetivo é também ajudá-las para que possam viver a relação com Deus,
consigo mesmas e com o próximo de uma maneira consciente e adulta. Isto
inclui a capacitação das pessoas para assumirem a sua responsabilidade como
cidadãos que se engajam em favor de uma melhora das condições de vida do
seu povo numa sociedade livre, democrática e justa.
Essa definição interpreta a poimênica e o aconselhamento pastoral em
primeiro lugar como uma expressão da vida da comunidade e não como
uma tarefa reservada para os pastores ou outros especialistas da Igreja.
Aconselhamento acontece sempre e em qualquer cultura quando pessoas
convivem, participam do discurso público e particular e comunicam-se so-
bre as dificuldades no grupo familiar, no trabalho, na Igreja ou congregação
religiosa, nas diferentes relações sociais nas quais estão inseridas. A convi-
vência e a comunicação são o fundamento social do aconselhamento em
geral. O aconselhamento pastoral é uma forma específica do discurso huma-
no. A sua base social é a convivência no contexto da Igreja, a koinonia dos
membros. Esta koinonia tem para os cristãos um significado espiritual: na
convivência da comunidade acontece a comunhão com Jesus Cristo, o Filho
de Deus encarnado que, na sua vida e morte, compartilhou o destino humano
e, conforme a promessa do evangelho, se torna presente "onde dois ou três
se reúnem no nome dele" (Mt 18.20). A metáfora bíblica da Igreja como
corpo de Cristo provavelmente é a expressão mais exata para a
interdependência das relações humanas e da relação espiritual com Cristo na
comunhão dos membros da comunidade cristã.
O aconselhamento pastoral é uma dimensão da koinonia, assim como o
culto, a catequese, a missão e a diaconia. Isto implica que todas essas dimen-
sões de convivência têm também um significado poimênico e, por outro lado,
que o aconselhamento pastoral inclui elementos litúrgicos (oração, canto, con-
fissão de pecados e absolvição...), elementos catequéticos (orientação, infor-
mação, processos de aprendizagem...), elementos de missão (anúncio do evan-
gelho, chamado para a mudança de vida, envio para testemunhar a fé através
da vida...) e elementos diacônicos (visitação, comunhão de mesa, assistência
social aos pobres e enfermos...). O aconselhamento pastoral e as outras di-
mensões da vida comunitária estão interligados como círculos que se cruzam
e assim delimitam uma superfície que têm em comum.
292
3. Naturalmente a diaconia e o aconselhamento pastoral estão mais inter-
ligados. É impossível separar a ajuda psicológica e espiritual da ajuda concreta
pela ação social. As necessidades físicas e sociais elementares do ser
humano têm prioridade. O aconselhamento pastoral que oferecesse consola-
ção espiritual aos famintos seria uma contradição cínica do evangelho que
ninguém pode desejar. No contexto de pobreza que é típico dos países da
América Latina o aconselhamento pastoral precisa ser integrado no trabalho
diaconal da comunidade. Este parte diretamente para a ação concreta de
ajuda, enquanto o aconselhamento pastoral lida com processos de mudança
da identidade, de posturas, pensamentos, sentimentos, relações interpessoais
que se refletem no comportamento das pessoas.
A partir dessa visão é necessário desenvolver na Teologia Prática a
teoria de uma prática interdisciplinar do aconselhamento pastoral que reflita a
sua relação com as outras dimensões da vida comunitária, bem como com as
ciências humanas (psicologia, psicoterapia, teoria da comunicação, sociolo-
gia, antropologia...). Se o aconselhamento pastoral é uma forma específica de
discurso humano no contexto da Igreja inserida numa determinada sociedade,
cultura e tradição, ele está sujeito às regras deste discurso. Por isso a teoria e
prática do aconselhamento pastoral devem levar em consideração os aspectos
psicológicos, sociais e culturais do seu discurso e entrar num diálogo crítico
com as disciplinas que desenvolvem estas perspectivas.
Nesta primeira aproximação à teoria do aconselhamento pastoral
dentro da Teologia Prática já transparecem os temas fundamentais que
devem ser aprofundados neste capítulo: a fundamentação teológica, o pro-
blema da inculturação, a relação entre aconselhamento pastoral e as ciências
humanas e a questão do método. Antes de abordar esses temas, achamos
necessário esboçar uma visão geral da história do aconselhamento pastoral
e analisar os principais modelos atuais que determinam o trabalho de
aconselhamento pastoral nas igrejas do protestantismo histórico na América
Latina.
13.2 - Aspectos históricos do aconselhamento
pastoral
13.2.1 - As origens platônicas
A palavra cura d'almas aparece pela primeira vez no diálogo de Platão
intitulado Laches. Dois pais conversam com Sócrates sobre a educação
correia para os seus filhos e concordam logo com a opinião do filósofo de que
293
4. o caminho certo seria a terapia da alma (psyches terapeia)1. Platão exige de
cada cidadão que ele se preocupe não apenas com o dinheiro, a sua fama e
honra. Deve também procurar o melhor para a sua alma {epimeleisthai tes
psyches) através de conhecimento e verdade2. O caminho para tal é o processo
permanente de autoconhecimento e auto-exame {gnothi seauton). Já na sua
origem o aconselhamento, entendido como cura d'almas, aparece como uma
prática social de disciplinar os cidadãos e tem um significado dualista voltado
contra a realidade física do corpo que durante séculos dominaram o tratamento
da alma no Ocidente. Isto transparece quando Platão exige, no seu escrito
Nomoi ("Leis"), que cada cidadão que não acredita nos deuses seja internado
durante cinco anos numa casa onde, através de contatos com pessoas seletas,
possa melhorar e salvar a sua alma. A psicologia platônica, que divide a alma
em três partes, o lado racional (logistikon) relacionado com o verdadeiro ser
das idéias, o lado do sentimento (timoeides) e o lado da pulsão (epitometikon),
relacionado mais com a realidade física e sensual, determina o processo de
autoconhecimento como fuga constante da mente para fora do mundo físico,
voltando-se para o mundo das idéias e de Deus3. Na Antiguidade a terapia e o
aconselhamento não eram práticas específicas de terapia no sentido atual.
Filosofia, teologia, pedagogia e culto eram em grande parte equivalentes4.
13.2.2 - Poimênica no Antigo Testamento
No mundo do Antigo e do Novo Testamento encontramos uma concep-
ção diferente de alma e, por conseqüência, também outras concepções de
aconselhamento. A alma no AT é idêntica à vida. O sopro que Deus soprou
nas narinas do homem que modelou com a argila do solo é a sua nefesh, ele
mesmo como ser vivente perante Deus (Gn 2.7). Nefesh é sinônimo da
identidade do ser humano nas suas relações com Deus, consigo mesmo e com
o próximo5. A antropologia do AT não separa mente, alma e corpo e entende
o ser humano de maneira integral e relacional. As perturbações da relação
com Deus afetam todo o ser humano. Ele as percebe também de maneira
integral no seu coração (leb) como órgão central das emoções, da autopercepção
e da consciência. Afastada de Deus a nefesh enfraquece, sofre, fica doente,
1 Cf. Thomas BONHOEFFER, Ursprung und Wesen der christlichen Seelsorge, p. 11.
2 Cf. Chrístian MÕLLER, Entstehung und Pragung des Begriffs Seelsorge, p. 9.
3 ID., ibid., p. 10.
4 Cf. Thomas BONHOEFFER, op. cit., p. 11.
5 Cf. Hermann EBERHARDT, Praktische Seel-Sorge-Theologie, p. 19-21.
294
5. segue o mal nos seus atos e pode morrer. A morte é a falta da relação com
Deus, e quem se afastou dessa relação já participa da realidade da morte
enquanto ainda vive fisicamente.
O aconselhamento no AT está centrado na luta do ser humano para
resgatar a sua relação com Deus. O aconselhamento aparece como fenômeno
nas diferentes articulações da vida da comunidade, ligado ao culto, ao sistema
jurídico e à sabedoria popular. Agentes do aconselhamento no AT são os
sacerdotes (Lv 12ss.; 1 Sm 1.9ss.), os anciãos e juízes que tomam decisões em
casos de conflitos (Rt 4), os profetas que desenvolvem na sua prática a admoes-
tação e a consolação individual e coletiva (2 Sm 12; Is 40.1ss.) e, em primeiro
lugar, os sábios, homens do povo que transmitem como pais de família os
conselhos da sabedoria popular para os filhos (Pv 4ss.). Nos Salmos podemos
observar como essa luta pela reintegração na relação com Deus acontecia
dentro da vida de culto do povo de Israel. No culto se articulavam o grito, a
lamentação e a prece por ajuda da pessoa que se encontrava fora da relação com
Deus, que não conseguia mais enxergar o seu rosto. Na dinâmica dos Salmos de
lamentação e penitência (p. ex.: Salmos 13,22,51...) que perpassa a lamentação,
a confissão do pecado até poder voltar ao louvor a Deus aparecem elementos
típicos de um aconselhamento liturgicamente ritualizado e ligado à intervenção
de sacerdotes, que realizavam cerimônias de sacrifício, de purificação ou de
cura para reintegrar o indivíduo espiritual e socialmente.
Os provérbios e os diálogos de Jó com seus amigos nos indicam de que
maneira a admoestação e consolação eram práticas da sabedoria popular.
Conforme o costume de acompanhar enlutados, eles visitam o sofredor para
"compartilhar a dor e o consolar" (Jó 2.11). A solidariedade se exprime em
gestos tradicionais como rasgar as roupas e jogar pó em cima da cabeça, sentar-
se no chão ao lado de Jó e compartilhar sua dor em silêncio durante sete dias e
sete noites (2.12s.). Frente ao sofrimento do justo, o aconselhamento dos
amigos fracassa. Apenas na relação direta com Deus manifesta-se uma solução
para Jó (caps. 38ss.), que apela a Deus como testemunha contra Deus mesmo
(16.19s.). Nesta experiência extrema de um apelo ao Deus justo contra o Deus
ausente que escondeu o seu rosto o AT está sondando profundamente o abismo
da auto-experiência humana e oferece uma figura de pensamento que tornou-se
importante para o aconselhamento pastoral de muitas gerações.
13.2.3 - Poimênica no Novo Testamento
No NT observamos a continuação de uma prática que integra cura
espiritual e física, aconselhamento, culto, interpretação das leis divinas e
295
6. sabedoria popular. O contexto da prática de Jesus e da comunidade primitiva
era uma sociedade multicultural e multirreligiosa, caracterizada pelo
desenraizamento social e cultural de grandes populações, por insegurança
social, injustiça e violência diária. O pensamento apocalíptico que proclama-
va o fim deste mundo e o início do reino de Deus era uma tentativa de manter
a identidade das pessoas contra o perigo da desintegração total6. A mensagem
escatológica de Jesus de que o tempo se cumpriu, o reino de Deus está
próximo e cada um deve converter-se para o novo mundo de Deus que está à
frente (Mc 1.15) ofereceu uma possibilidade de superar o abismo entre o bem
e o mal, entre este mundo e a realidade de Deus. Através de uma negação
radical de si mesmos como seres que fazem parte deste mundo mau, os
seguidores de Jesus conseguiram uma afirmação dialética da sua identidade:
sendo pobres e pecadores, eles eram amados e valorizados perante Deus por
causa do amor que ele lhes transmitia na pessoa de Jesus. Este apresentava-se
na sua pregação e prática como reconciliador entre Deus e os seres humanos
que representa o amor e o perdão divinos. Esta afirmação dialética da própria
identidade perante Deus permaneceu, também após da morte de Jesus na
cruz, um elemento essencial da autocompreensão cristã e continua sendo um
ponto central para o aconselhamento cristão. A partir da experiência da
ressurreição e da fé de que Jesus é idêntico ao futuro juiz do mundo, os
seguidores dele conseguiram superar a experiência da sua morte e entender a
si mesmos como pessoas que vivem do perdão e do amor de Deus por causa
de Jesus Cristo. Ele, o crucificado e ressurreto, tornou-se o centro e a garantia
da sua identidade7. Paulo a testemunha de maneira exemplar quando diz: "Eu
vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim" (Gl 2.20).
Também os escritos joaninos visam uma transformação da pessoa a partir da
nova vida trazida por Jesus, após a sua morte, pelo Paráclito, o Espírito Santo
como advogado. Essa nova vida relativiza o antigo ser.
A palavra paracalein, paraclesis torna-se o conceito-chave para o
aconselhamento pastoral no NT8. Em Paulo ela significa a oferta da salvação
através da relação com Cristo que a pregação do evangelho leva até as
pessoas. A paraclesis as chama para deixarem a sua participação na vida de
Cristo a partir do Batismo transformar a sua vida quotidiana e afirmá-la
também em situações de sofrimento (2 Co 1.3ss.). Por isso paraclesis pode
ler dois significados diferentes: admoestação e consolação. O seu fundamen-
6 Cf. Thomas BONHOEFFER, op. cit, p. 26.
7 ID., ibid.
8 Cf. Christoph SCHNEIDER-HARPPRECHT, Trost in der Seelsorge, p. 127ss.
296
7. to é a misericórdia de Deus que justifica o pecador (Rm 12.1). A paraclesis
desafia os crentes a realizar uma identificação com Jesus Cristo que os
fortalece, lhes dá paciência e esperança (2 Co 1.6s.). Ela serve para a edificação
do corpo de Cristo.
Dois aspectos no NT são importantes para a futura história do
aconselhamento pastoral. A mensagem da vida no reino de Deus e da ressur-
reição de Cristo transforma a antropologia e abre a porta para a desvaloriza-
ção da corporalidade e a espiritualização da vida que se tornaram dominantes
na medida em que o cristianismo abriu-se para o pensamento grego. A
dialética entre esta vida e a nova vida em Cristo que superou a morte levou
paulatinamente a uma compreensão que identifica a psyche com a verdadeira
vida espiritual, constituída pelo pneuma, o Espírito Santo que mora nos
crentes, enquanto que a psyche como vida neste mundo vai ser identificada
com a existência mortal e pecaminosa na carne. A contradição paulina entre
sarx e pneuma como duas formas da constituição do ser perante Deus vai ser
transformada, nos escritos apócrifos, na contradição entre corpo físico e alma
imortal9.
Os agentes do aconselhamento no NT são todos os crentes. Porém em
Tg 5.13ss. transparece que a visitação aos doentes tornou-se mais e mais uma
atividade específica dos presbíteros da Igreja, que tinham a tarefa de orar com
o doente, ungi-lo com óleo e perdoar os pecados. O tratamento dos doentes
continuou sendo uma prática integral de cura espiritual e física. Tiago coloca
a ênfase ainda na confissão mútua e na oração como meios principais para a
cura, porém destaca que "a oração do justo, feita com insistência, tem muita
força" (5.16), quer dizer, a cura depende da qualidade espiritual da pessoa, e
certos representantes da comunidade parecem ser privilegiados.
13.2.4 - Poimênica na Igreja antiga e
na Idade Média
A integração da tradição bíblica e grega na Igreja antiga transformou a
mensagem escatológica num dogma sobre a verdade eterna e levou ao uso de
novos meios de aconselhamento, como cartas de consolação, processos de
auto-investigação e penitência ritualizada com a finalidade de purificar a alma.
----------------------
9 Cf. Hermann EBERHARDT, op. cit., p. 43ss.
297
8. Os eremitas no deserto do Egito, fundadores do monaquismo oriental, se
submetiam, na solidão de sua caverna, a exames espirituais contínuos,
aprofundaram a cultura da auto-observação e desenvolveram um tipo de acom-
panhamento pastoral por um mestre que assumia o papel de pai espiritual. O
livro de confissões de Agostinho é o documento mais importante do
aconselhamento como processo de auto-experiência perante Deus. Agostinho
reconstrui, reflete e avalia a história da sua vida na forma de uma oração. De
certa forma psicologiza a sua auto-experiência de pecado, culpa, luto, conver-
são e esperança. Assim a torna a fonte mais importante para o seu
aconselhamento. Conhecendo a si mesmo, ele pode ser solidário com outros10.
A centralização do poder no monarquismo episcopal colocou a tarefa do
aconselhamento pastoral nas mãos dos bispos e presbíteros e lhe deu mais e
mais um caráter jurídico. O bispo julgava, punia e perdoava os pecados, era o
guarda da doutrina ortodoxa, decidia sobre a admissão à Santa Ceia e conseguia
assim controlar o pensamento e o comportamento dos fiéis, a sua consciência e
o seu corpo. Essa tendência desembocou na elaboração de um sistema de
penitência que tinha a função de definir o status de uma pessoa em relação com
a salvação e com a Igreja como representante da verdade eterna. O meio
terapêutico dessa poimênica era o castigo, a exclusão do grupo social dominan-
te como castigo social e como meio de educação que permitia, através de um
longo processo de penitência, o reingresso na comunhão dos santos11.
O exemplo mais famoso desse tipo de aconselhamento é o Livro de
pastoral do papa Gregório I (590-604), uma coletânea de casos pastorais que
tornou-se durante um milênio a instrução básica para cada pastor. O meio de
poimênica era a conversação pastoral. Cabia ao ministro examinar a situação
moral e religiosa da pessoa, diagnosticando se ela estava de acordo com as
regras da Igreja para uma vida de fé ou não12.
10 Cf. Alfred SCHINDLER, Augustin, p. 204s.
11 Cf. Thomas BONHOEFFER, op. cit., p. 137. O filósofo Michel Foucault identificava nessa prática de
poimênica "o poder pastoral" como um princípio político que, através de técnicas sistematizadas de
punição e auto-investigação que estavam à disposição dos pastores, disciplinava o corpo e constituiu a
alma cristã como reflexo interno do exercício da penitência. Na análise de Foucault, a idéia de alma
cristã é um produto histórico da internalização da submissão sob "o poder pastoral" através da
poimênica na era patrística e um elemento básico na formação do sujeito ocidental. Isto quer dizer que
o sujeito cristão está, desde o início e na sua essência, submisso ao poder espiritual. A análise de
Foucault exige uma autocrítica da poimênica e o desenvolvimento de uma concepção crítica de
poimênica como libertação do poder eclesiástico, bem como da submissão por técnicas psicológicas de
disciplina social (cf. Michel FOUCAULT, História da sexualidade; Hermann STEINKAMP, Die
"Seele" - "Illusion der Theologen"; Eva ERDMANN, Die Macht unserer Kirchenvãter).
12 Thomas BONHOEFFER, op. cit., p. 56.
298
9. A concepção de penitência de Gregório merece atenção específica, pois
tornou-se a base do sistema de confissão até a época da Reforma. Quem
cometia um pecado devia confessá-lo ao ministro. A condição para conseguir
realmente a absolvição por Deus era a contritio corais, a contrição pelo
próprio pecado. Deus vai ao encontro do pecador pela graça da compunctio,
provocando o reconhecimento da própria indignidade completa perante Deus,
quer dizer, uma autocontrição total que torna a pessoa digna para ouvir a
absolvição. O processo: contritio cordis - confessio oris - absolutio -
satisfactio operis do sistema de confissão em Gregório e na Igreja da Idade
Média dava às obras o valor de uma busca ativa para mudar não apenas a
postura interna, mas de recuperar efetivamente o mal causado pelo pecado13.
13.2.5 - A poimênica da Reforma
O movimento da Reforma se constituiu a partir do protesto de Lutero
contra o abuso desse tipo de aconselhamento pastoral. A partir do seu próprio
processo de luta contra as tentações, a partir de uma profunda experiência
daquilo que significa ser pecador, ser condenado pela voz de Deus na cons-
ciência, de ser anulado, Lutero descobriu na graça pura como dádiva de Deus
por causa da vida e morte de Jesus Cristo o fundamento para uma reconstru-
ção e restruturação da identidade do indivíduo. Era um indivíduo com dois
sujeitos, o verdadeiro sujeito oculto, que é o próprio Cristo ao qual a pessoa
pertence, e o sujeito perante o mundo, dirigido pela razão e pela livre
vontade. Esse sujeito perante o mundo está num processo permanente de
transformação a partir do outro pólo da subjetividade perante Deus. Ou, em
outras palavras: o ser do pecador está sempre sob o juízo da consciência para
ser renovado a partir da fé. Ou, como Lutero disse na primeira das 95 teses de
Wittenberg em 1517: a vida do cristão como um todo é um processo de
penitência. É necessário voltar-se sempre para a primeira identidade definida
no Batismo.
Essa postura tem conseqüências para o aconselhamento pastoral. Sig-
nifica em primeiro lugar que Lutero tirou o peso do ato de penitência
declarando que este não seria mais obrigatório. Por outro lado, tornou a sua
própria experiência quase um padrão para todos os seus contemporâneos.
Sendo cristãos, eles eram confrontados com o questionamento radical em
13 ID., ibid., p. 52.
299
10. relação a Deus e com a consciência de que toda a sua existência era pecami-
nosa e não apenas determinados atos. Por conseqüência, essa dinâmica da
consciência e da afirmação da identidade pessoal através da fé como convic-
ção pessoal era o elemento mais forte na prática do aconselhamento pastoral
em Lutero e no protestantismo14.
Conforme a famosa definição dos "Artigos de Esmalcalde",
aconselhamento pastoral é para Lutero o "mutuum colloquium et consolatio
fratrum"15. Na vida de cada dia na comunidade os irmãos conversam um com
o outro sobre as suas dificuldades e confessam quando erraram ou transgredi-
ram os mandamentos. O irmão vai ouvi-los e consolá-los pela mensagem da
absolvição, pela palavra de Deus e pela oração. A consolação como objetivo
maior da poimênica estabelece de novo a identidade precária lembrando a
pessoa da sua justificação por Deus.
O problema da proposta de Lutero consiste no fato de que ele mesmo
começou, sob a influência das experiências com os entusiastas, a substituir a
concepção do aconselhamento livre dos irmãos na comunidade por um siste-
ma mais controlador e pastorcêntrico, quando introduziu de novo o exame de
fé (exame do conhecimento dos mandamentos e do Catecismo Menor) pelo
pastor como condição para a admissão à Santa Ceia. Na ortodoxia o poder
poimênico das chaves que cabe ao pastor era acompanhado por meios de
disciplina eclesiástica executada pela comunidade ou o governo estadual. A
poimênica luterana aproximou-se assim da prática das igrejas calvinistas,
que, desde as constituições eclesiásticas de Calvino e Bucer, colocaram o
enfoque poimênico na "disciplina" da comunidade. Eles exigiram, a partir de
Mt 18.15-18 e Mt 16.8s., a disciplina como admoestação individual que
confronta os membros da comunidade com a solicitação concreta de viver
conforme a graça concedida na palavra e nos sacramentos16. De fato a
execução da disciplina eclesiástica tornou-se um sistema de controle moral e
político dos cidadãos.
300
11. 13.2.6 - O desenvolvimento da poimênica no
contexto da modernidade
O pietismo desenvolveu, contra a rigidez desse sistema de controle
eclesiástico, uma nova forma de aconselhamento que promoveu pela primeira
vez a conversação livre em que uma pessoa podia colocar os seus problemas
independentemente da situação de penitência17. O enfoque na fé pessoal, nas
experiências de conversão e na santificação caracterizava o aconselhamento
pastoral pietista. Instalaram-se pastores como capelães hospitalares cuja tarefa
era exclusivamente a visitação e o acompanhamento dos doentes, porém o
único objetivo dessa prática era a conversão dos pacientes independentemente
da sua situação física, familiar e social18. No racionalismo, o aconselhamento
rompeu com essa tradição, entendendo a conversação pastoral como diálogo
entre amigos em que o pastor tinha a tarefa de animar as pessoas, procurar
melhorá-las moralmente, consolá-las e fornecer ajuda concreta através de
conhecimentos da medicina e psicologia19. A Igreja Metodista, fundada nesta
época por John Wesley, desenvolveu uma prática de aconselhamento pastoral
que integrava os elementos básicos do pietismo com a abertura iluminista
para a razão e o engajamento social.
Elementos da posição do pietismo e do racionalismo entraram nas
concepções poimênicas do protestantismo alemão no séc. 19, as quais, depen-
dendo do enfoque teológico, tomavam um rumo mais pedagógico do
aconselhamento como conversação que devia reintegrar os membros na
comunidade e ajudá-los na vivência autônoma do cristianismo (Schleier-
macher), ou um rumo mais ortodoxo procurando consolação no sofrimento e
soluções concretas para situações conflituosas através da "orthotomia", da
aplicação de textos bíblicos que indicavam concretamente a palavra de Deus
para a respectiva situação (Nitzsch).
O surgimento da psicologia como ciência e da psicanálise no final do
século passado agravou em nosso século o conflito latente entre concepções
de caráter liberal e racional que buscam conhecimentos psicológicos, a
auto-experiência do pastor e a proximidade com a empiria, e concepções
17 Cf. Michael KLESSMANN, Krankenseelsorge, 672, 30ss., em que o autor destaca que especialmente no
moravianismo do conde Zinzendorf o aconselhamento era a "expressão do amor libertador e
participativo".
18 ID., ibid., 672, 20ss.
19 Ibid., 672, 37ss.
301
12. que defendem a primazia da proclamação da Palavra e diminuem ou negam
o valor da contribuição da psicoterapia. Enquanto, por um lado, Eduard
Thurneysen, o representante da teologia dialética, insistiu que na conversa-
ção pastoral deve-se proclamar o evangelho do perdão dos pecados e fazer
oração, limitando o papel da psicologia à função de uma ciência auxiliar,
surgiu nos Estados Unidos, a partir da cooperação de pastores e médicos
(A. Boisen e A. Bryan, R. Dicks e R. Cabot), nos anos 20 e 30 o movimento
da "clínica pastoral", que visa o aconselhamento terapêutico e uma forma-
ção clínica de teólogos. Essa corrente uniu-se nos anos 60 na Europa com o
movimento da psicologia pastoral que promoveu a recepção de conheci-
mentos psicológicos e psicoterápicos no aconselhamento e tem as suas
origens especialmente no trabalho pioneiro do pastor e psicanalista Oskar
Pfister, um amigo suíço de Sigmund Freud. Hoje em dia encontramos nos
países norte-atlânticos um sistema elaborado de formação clínica e teórica
para obreiros da Igreja em aconselhamento pastoral que começa a deixar
marcas também na formação teológica em algumas igrejas evangélicas da
América Latina.
13.3 - Tipos de aconselhamento pastoral na
América Latina
A forma predominante de aconselhamento pastoral na América Latina
ainda consiste no sistema de penitência e na poimênica sacramental (Santa
Ceia, Unção dos Enfermos) da Igreja Católica, porém assumiu, especialmen-
te na convivência das comunidades eclesiais de base, formas e práticas mais
comunitárias. Por causa da dependência histórica das igrejas evangélicas dos
imigrantes europeus no Brasil da teologia produzida no exterior, encontramos
nas comunidades até hoje as diferentes propostas mais ortodoxas ou liberais
de aconselhamento, conforme a respectiva posição do pastor. Porém sempre
existiram fortes tendências de religosidade popular e de práticas de
aconselhamento e terapia integral, como a benzedura e rituais da religiosida-
de afro, que minavam o aconselhamento como instrumento do poder pastoral.
Parece que a maioria das formas de aconselhamento oficial não atinge a
dimensão da cultura popular. Surpreendentemente, na América Latina não se
repetiu ou até se inverteu o conflito entre a psicologia pastoral e o
aconselhamento centrado na Palavra. As alas mais evangelicais das igrejas
promovem a psicologia pastoral e tentam conciliá-la com a crença
fundamentalista, enquanto a teologia da libertação, durante muito tempo,
manteve uma atitude crítica frente à psicologia, uma postura que, após a
302
13. queda do socialismo, está mudando com a redescoberta da importância da
experiência do indivíduo para a teologia da libertação20.
Uma dificuldade com que nos deparamos na apresentação de tipos de
aconselhamento pastoral na América Latina consiste no fato de que a maioria
dos livros sobre o assunto são traduções de textos escritos no contexto norte-
americano que mostram apenas na superfície algumas semelhanças com o
contexto latino-americano (organização congregacionalista das igrejas, sepa-
ração de Igreja e Estado, fortes movimentos fundamentalistas, problemas
raciais, sociedade multicultural de imigrantes). Atualmente constatamos a
importância de quatro modelos teóricos de aconselhamento pastoral na Amé-
rica Latina: a) o modelo fundamentalista, b) o modelo evangelical de psicolo-
gia pastoral, c) o modelo holístico de libertação e crescimento e d) o modelo
contextual de uma poimênica da libertação.
13.3.1 - O modelo fundamentalista
O teólogo norte-americano Jay E. Adams promoveu, em livros internaci-
onalmente divulgados, a visão de um "aconselhamento noutético" que critica
de maneira radical o uso de qualquer psicologia e chama o aconselhamento
para voltar exclusivamente à Bíblia como único fundamento para conduzir a
vida do cristão. O aconselhamento quer levar a pessoa à salvação através da
morte do "velho homem" e da ressurreição para um novo modo de vida seguin-
do Jesus Cristo e agindo conforme as regras divinas de comportamento humano
que são descritas na Bíblia. A Bíblia, que é verbalmente inspirada, revela em
todas as suas partes a verdade de Deus e oferece ao ser humano pecador regras
para conduzir a vida. Ela lhe mostra como a desobediência em relação a Deus
cria todo o sofrimento e a doença nos seres humanos. Deus chama as pessoas
para o arrependimento por causa do pecado e para uma mudança radical de
comportamento. Para Adams também doenças psíquicas têm a sua raiz no pe-
cado concreto da pessoa. O seu método é a conversação que confronta a pessoa
com o mal que ela faz (alcoolismo, medo, falta de fé), a responsabiliza pelos
seus atos e busca uma nova orientação. O aconselhamento pastoral educa a
pessoa por meios diretivos para que ela se aproxime do exemplo de Cristo.
Segundo Adams, o sofrimento serve como meio de educação espiritual21.
20 Cf. Lothar C. HOCH, Seelsorge und Befreiung, p. 135; ID., Aconselhamento pastoral e libertação.
21 Cf. Jay ADAMS, Conselheiro capaz.
303
14. Chama a atenção, neste modelo, a falta de qualquer reflexão sobre o
contexto social, histórico e cultural do aconselhamento. Adams aplica as
verdades transculturais e eternas da Bíblia que valem para cada pessoa. A
mudança do comportamento do indivíduo tem prioridade absoluta; causas
sociais de problemas parecem não ser importantes. Sem dúvida, esse tipo de
aconselhamento pode ter sucesso especialmente entre toxicômanos (alcoolis-
tas e drogados) que mudam com mais facilidade se existe um sistema efetivo
de controle social e um forte ideal-do-eu que possa substituir a droga. Porém
concordamos com os críticos - alguns deles pertencem ao ambiente evangelical
- que perguntam se a "Bíblia foi realmente escrita como um manual de
aconselhamento"22 e mostram que a leitura bíblica de Adams está dominada
por uma visão de obrigação e obediência que não valoriza suficientemente o
aspecto da liberdade cristã e da graça divina23.
13.3.2 - O modelo evangelical
de psicologia pastoral
Entre os autores evangelicais existe uma forte tendência de usar a
psicologia para realizar um aconselhamento mais efetivo. O psicólogo Gary
Collins justifica isto da seguinte forma:
(...) toda verdade tem origem em Deus, inclusive a verdade sobre as pessoas por
ele criadas. Deus revelou esta verdade através da Bíblia, a sua palavra escrita à
humanidade, mas também permitiu-nos descobrir a verdade mediante a expe-
riência e os métodos de investigação científica. A verdade descoberta deve estar
sempre de acordo e ser confrontada com o padrão da verdade bíblica revelada.
Limitamos, no entanto, nossa eficácia no aconselhamento quando assumimos
que as descobertas da psicologia nada têm a contribuir para a compreensão e
solução dos problemas. Comprometemos nossa integridade quando rejeitamos
abertamente a psicologia, mas a seguir, introduzimos clandestinamente os seus
conceitos em nosso aconselhamento - algumas vezes ingenuamente e sem
sequer perceber o que estamos fazendo.24
Segundo Collins, o "alvo ulterior e abrangente" do aconselhamento é
"a evangelização e o discipulado", que os indivíduos tenham "vida em
22 Cf. Gary R. COLLINS, Aconselhamento cristão, p. 15.
23 Cf. Donald CAPPS, Reframing: A New Method in Pastoral Care.
24 Cf. Gary COLLINS, op. cit., p. 16.
304
15. abundância" na terra e "a vida eterna prometida aos crentes"25. Ele visa
autocompreensão, comunicação, aprendizado e modificação de comporta-
mento, auto-realização e apoio. Para os não-crentes é um tipo de "pré-
evangelização", para os que sofrem de prejuízos na vida é uma ajuda para
reconhecer "atitudes prejudiciais inconscientes" e "os recursos íntimos para
enfrentar uma crise"26. O aconselhamento pastoral está integrado na visão de
uma "comunidade terapêutica" de obreiros e leigos engajados. Ela pode
"oferecer apoio aos membros, cura aos indivíduos perturbados e orientação
quando as pessoas tomam decisões e seguem em direção à maturidade"27.
A psicologia pastoral de autores como Collins, León, Ellens e outros
representantes do "Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos" tenta integrar
a psicologia moderna e o cristianismo bíblico numa visão psicoteológica do
ser humano que leva, por um lado, a uma prática psicologicamente bem
refletida, porém, por outro lado, deixa fora a parte da crítica psicológica da
religião, leva a uma psicologização da fé e a uma teologização da psicologia
que não deixa de ser problemática. A psicologia pastoral de Jorge A. León,
um dos modelos mais desenvolvidos deste tipo de reflexão, baseia-se numa
"perspectiva psicoteológica" do ser humano como um "prisma trilateral", um
ser "psico-neumo-somático" em que a dimensão espiritual predomina. A
psicologia pastoral aborda cada dimensão sob as perspectivas psicológicas e
teológicas com o "objetivo de ajudar o ser humano a ser mais humano e
melhor cristão"28. A cada dimensão correspondem determinados tipos de
psicoterapia: ao espiritual a logoterapia de V. Frankl, que parte das idéias da
busca inconsciente de Deus e da "neurose noógena", ao psíquico a psicanáli-
se de S. Freud e J. Lacan, ao corporal as terapias reichianas, gestáltica e o
psicodrama. O esforço enorme de León de respeitar os limites entre as
perspectivas psicqlógicas e teológicas não o preserva de curtos-circuitos
argumentativos. Tentando, numa postura apologética, identificar as "verda-
des" da psicologia também na teologia e da teologia também na psicologia,
afirma, p. ex., que "antes de Jaques Lacan se referir às estruturas do psiquismo,
nosso Senhor Jesus Cristo já nos havia apresentado, na parábola do semeador,
uma tipologia de, pelo menos, quatro maneiras do ser humano se expres-
sar"29. Subordina a psicologia quando nega que ela possa possibilitar um
25 ID., ibid., p. 19.
25 Ibid.
27 Ibid., p. 14.
28 Jorge A. LEÓN, Introdução à psicologia pastoral, p. 18.
29 ID., ibid., p. 14.
305
16. crescimento integral que leve o indivíduo a ser pessoa no sentido pleno, pois
o indivíduo colocado "sob Jesus Cristo" se torna pessoa como se a integralidade
da pessoa esteja reservada exclusivamente aos cristãos30. Apesar da orienta-
ção comunitária e do forte engajamento na questão da família, o modelo não
fornece instrumentos para um trabalho que inclua o contexto social e político
de pobreza e marginalização.
13.3.3 - O modelo holístico de libertação e
crescimento
A palavra-chave para a poimênica e o aconselhamento pastoral de
Howard Clinebell é "integralidade centrada no Espírito"31. O modelo de
Clinebell parte de uma visão holística do ser humano a qual baseia-se na
antropologia bíblica que descreve o ser humano como imagem de Deus,
criado à sua semelhança como pessoa na integralidade de corpo, mente e
espírito e em relação com os outros, a comunidade. A libertação das pessoas
para terem vida em abundância (Jo 10.10) era o alvo da vinda de Jesus32. Por
conseqüência, é "o alvo da vida cristã" desenvolver a personalidade com
todas as suas possibilidades num processo de crescimento33.
Clinebell define poimênica como "o ministério amplo e inclusivo de
cura e crescimento mútuo dentro de uma congregação e de sua comunidade".
Aconselhamento pastoral, como "uma dimensão da poimênica, é a utilização
de uma variedade de métodos de cura (terapêuticos) para ajudar as pessoas a
lidar com seus problemas e crises de uma forma mais conducente ao cresci-
mento"34. Clinebell diferencia seis dimensões da integralidade humana e
deriva das mesmas seis dimensões da poimênica e do aconselhamento pasto-
ral. Elas servem para avivar a mente, revitalizar o corpo, renovar e enriquecer
os relacionamentos íntimos de uma pessoa, "aprofundar a sua relação com a
natureza e a biosfera, crescer em relação às instituições significativas em sua
vida, aprofundar e vitalizar seu relacionamento com Deus"35 nas mais diversas
situações durante o ciclo da vida. O aconselhamento faz uso de métodos e
3 Ibid., p. 35.
0
3 Howard CLINEBELL, Aconselhamento pastoral, p. 25.
3 ID., ibid., p. 48.
3 Ibid.
3 Ibid., p. 25.
4
3 Ibid., p. 29.
306
17. técnicas de uma variedade de terapias de crescimento humano36. O ministério
poimênico cabe à "congregação inteira", que assume a função de uma rede de
apoio. Os pastores têm a tarefa de "inspirar e supervisionar as pessoas leigas
no ministério de poimênica"37.
O modelo de Clinebell abriu-se para impulsos da psicologia humanística,
porém tenta fundamentá-los biblicamente. Uma visão aberta para o pluralismo
religioso nas sociedades modernas, a ênfase no aspecto comunitário, a sensi-
bilidade para os problemas causados pelo sexismo e a injustiça social nas
sociedades do norte e na relação norte-sul do planeta aproximam esta concep-
ção das necessidades da realidade latino-americana38. Por conseqüência, a
ênfase é colocada na "poimênica de grupos e instituições" e num trabalho de
conscientização sobre as raízes sociais do sofrimento dos indivíduos39 que
busca especialmente a valorização das experiências de mulheres e a integração
espiritual dos dois sexos. Porém o otimismo da perspectiva da integralidade
holística desperta certo mal-estar. Será que o pecado é apenas uma "resistên-
cia" quantitativa ao processo universal de crescimento, como Clinebell afir-
ma? Apesar do reconhecimento da limitação e finitude do crescimento,
permanece a tendência de contar com um desenvolvimento constante do
reino de Deus, entendido como "nova era de integralidade" (Mt 6.IO)40.
Parece que a confiança no progresso constante, típica do "American way of
life", assumiu um papel forte na interpretação do cristianismo e da poimênica
neste modelo. A pergunta central em relação a qualquer concepção holística é
se ela realmente leva a sério que a vida é sempre um fragmento, que não é a
plenitude da presença de Deus, mas a experiência da ausência de sentido
frente à morte, ao sofrimento e à injustiça, a experiência da carência de ser
que domina o ser humano e faz com que ele, como ser falante, esteja sempre a
caminho, em busca de sentido e de um futuro diferente41.
36 Ibid., p. 36.
37 Ibid., p. 33.
38 "O ponto fraco de boa parte da poimênica tem sido seu hiperindividualismo. A poimênica e o aconse-
lhamento pastoral privatizados (juntamente com uma religião privatizada em geral) ignoram as formas
penetrantes pelas quais racismo, sexismo, preconceito de idade, classismo, preconceito de espécie,
nacionalismo, militarismo, exploração econômica e opressão política mutilam a integralidade humana
em escala maciça em todas as sociedades." (Ibid., p. 31.)
39 Ibid.
40 Ibid., p. 58.
41 Cf. Henning LUTHER, Leben ais Fragment.
307
18. 13.3.4 - O modelo contextual de uma poimênica
da libertação
Ainda não existem pesquisas sobre o processo de aconselhamento
mútuo em comunidades eclesiais de base e em movimentos populares. À
primeira vista destaca-se o caráter ecumênico de um trabalho solidário de
leigos que são atingidos por determinado problema (barragens, sem terra,
sem teto, pacientes com AIDS...)- O aconselhamento tem um caráter de apoio
solidário na luta popular e acontece dentro do contexto específico de grupos e
encontros. Ele é exercido pelos próprios atingidos ou por representantes
especializados que trabalham com o objetivo de capacitar as vítimas de
problemas e injustiças sociais para defender os seus interesses vitais.
A reflexão ainda rudimentar sobre uma poimênica da libertação, repre-
sentada especialmente pelo teólogo luterano Lothar Carlos Hoch, parte da
dimensão da encarnação, que leva o/a aconselhador/a a fazer uma opção
pelos pobres e expor-se ao sofrimento do povo42. Esse deslocamento para o
lugar do pobre submete o aconselhador à experiência de sua impotência para
mudar a situação e à crítica de qualquer atitude paternalista de assistência
pastoral e ensino. A transformação da situação dos pobres exige entrar no
caminho da convivência solidária no contexto da vida das pessoas conforme
o exemplo de Jesus.
Compartilhando o sofrimento, a poimênica deve mudar a sua com-
preensão de pecado e passar de uma compreensão individualista de pecado,
que leva o povo pobre a desvalorizar-se ainda mais, para uma compreensão e
denúncia profética do pecado estrutural. A poimênica precisa capacitar as
pessoas para descobrir o pecado estrutural da sociedade injusta na sua vida
individual, familiar e social e ajudá-las a questionar a sua situação e tornar-se
ativas na luta pela libertação43. O critério decisivo para a poimênica é a sua
contribuição para a conscientização política e o progresso nesta luta44. Inte-
grada na prática libertadora, a poimênica torna-se tarefa de todos e todas e
serve para que as pessoas e os grupos populares achem a sua identidade e
cresçam em conjunto. Metodologicamente o aconselhamento em grupos tem
a mesma importância que o aconselhamento individual, o qual, por sua vez,
mantém sempre uma perspectiva grupai. O aconselhamento parte do sofri-
______
42 Cf. Lothar C. HOCH, Aconselhamento pastoral e libertação; ID., Seelsorge und Befreiung, p. 138.
43 ID., ibid., p. 139s.
44 Ibid., p. 140.
308
19. mento atual das pessoas. Os seus instrumentos, ouvir e falar, servem para dar
uma voz ao sofrimento, para articular o protesto e partir para a ação45. A
psicologia, cuja importância para a teologia da libertação Hoch defende46,
integra-se nesta tarefa. No trabalho da poimênica da libertação ela transfor-
ma-se numa psicologia pastoral contextualizada.
Para as igrejas históricas surge a dificuldade de integrar o modelo
contextual com as necessidades dos membros de classe média e a estrutura
das comunidades tradicionais. Futuramente será importante para o trabalho
de aconselhamento pastoral superar as barreiras das classes sociais e criar
mais comunicação e cooperação entre os integrantes dessas classes. A reali-
dade da variedade de estilos de viver a fé dentro da Igreja exige também uma
maior cooperação entre os diferentes modelos de poimênica e aconselhamento
pastoral. Parece ser óbvio que a psicologia pastoral evangelical e os modelos
de poimênica integral e contextual têm muito em comum, especialmente a
orientação comunitária que valoriza o trabalho dos leigos, aspectos de uma
antropologia integral, o diálogo com a psicologia e psicoterapia, a visão
libertadora, colocando a ênfase na cooperação de aconselhamento pastoral e
diaconia.
45 Ibid., p. 142.
46 Cf. Lothar C. HOCH, Psicologia a serviço da libertação.
309