1. O documento resume um capítulo da obra de Roger Chartier que analisa as origens culturais da Revolução Francesa.
2. Chartier critica interpretações anteriores que viam o Iluminismo como causa direta da Revolução, propondo uma análise mais plural das origens culturais.
3. Ele argumenta que as origens são heterogêneas e complexas, incluindo fatores como o classicismo, a política literária e as diversas interpretações das ideias entre grupos sociais diferentes.
O documento apresenta uma resenha sobre a obra de Roger Chartier "Iluminismo e Revolução; Revolução e Iluminismo" e "As revoluções têm origens culturais?". Chartier desconstrói a ideia de que o Iluminismo determinou a Revolução Francesa, mostrando que as origens de um evento histórico são heterogêneas e complexas. Ele critica a visão de Daniel Mornet de que as ideias se difundiram de forma homogênea na sociedade, levando à Revolução. Para Chartier, é necessário uma an
Este artigo discute a ideia de "circularidade cultural" proposta por Carlo Ginzburg em seu livro "O Queijo e os Vermes", no qual ele argumenta que existia uma influência recíproca entre a cultura das classes dominantes e subalternas na Europa pré-industrial, com elementos culturais circulando entre ambas as classes. O artigo analisa como Ginzburg usa o caso do camponês Menocchio para ilustrar essa circularidade através da apropriação que ele faz de elementos da cultura erudita em suas próprias crenças heterodoxas.
O documento descreve a cultura do salão entre os séculos XVIII e XIX, quando os salões se tornaram centros de vida social e cultural da nobreza e burguesia. Os salões acolhiam reuniões onde eram discutidos assuntos intelectuais e artísticos e recebiam personalidades como escritores, filósofos e músicos como Mozart. O documento também aborda o Iluminismo e suas ideias de razão, progresso e liberdade individual.
Atualidade da Luta de Classes no Brasil. A formação simbólica da ideia de nação. Embate entre teóricos da formação do Brasil. Jornadas de Junho de 2013, eleições de 2014 e o Ódio de Classe.
O documento discute a história e estrutura dos Estudos Culturais, desde suas origens pós-Segunda Guerra Mundial na Inglaterra até seus principais conceitos como interdisciplinaridade e a cultura como construção social. Também aborda a Teoria da Recepção e como as manifestações de 2013 no Brasil foram cobertas pela mídia tradicional versus meios alternativos.
Dos meios às mediações - Jesús Martin-BarbeiroAndréia Pisco
O documento resume as ideias-chave de Jesus Martín-Barbero sobre comunicação, cultura e hegemonia. Ele discute 1) as concepções de povo e cultura popular ao longo da história, 2) o surgimento da noção de massa e sociedade de massa, e 3) como a cultura de massa e as mediações moldaram a hegemonia cultural na América Latina.
Entre 1770 e 1850 ocorreram uma série de revoluções liberais na Europa e América que deram início à Idade Contemporânea. As principais características deste período incluem o liberalismo, o capitalismo industrial e a sociedade de classes. A Revolução Americana de 1775-1783 foi a primeira destas revoluções e resultou na independência dos Estados Unidos da América. A Revolução Francesa de 1789 levou à queda da monarquia absoluta e ao estabelecimento de uma república, porém anos de guerra
Este documento discute a Teoria Crítica e as ideias de Theodor Adorno sobre educação. A Teoria Crítica foi desenvolvida pela Escola de Frankfurt e criticava aspectos do capitalismo como a "indústria cultural" e a "semiformação". Adorno acreditava que a educação deveria promover a formação cultural e resistir à semiformação e banalização causadas pela indústria cultural, de modo a evitar a repetição de horrores como o Holocausto.
O documento apresenta uma resenha sobre a obra de Roger Chartier "Iluminismo e Revolução; Revolução e Iluminismo" e "As revoluções têm origens culturais?". Chartier desconstrói a ideia de que o Iluminismo determinou a Revolução Francesa, mostrando que as origens de um evento histórico são heterogêneas e complexas. Ele critica a visão de Daniel Mornet de que as ideias se difundiram de forma homogênea na sociedade, levando à Revolução. Para Chartier, é necessário uma an
Este artigo discute a ideia de "circularidade cultural" proposta por Carlo Ginzburg em seu livro "O Queijo e os Vermes", no qual ele argumenta que existia uma influência recíproca entre a cultura das classes dominantes e subalternas na Europa pré-industrial, com elementos culturais circulando entre ambas as classes. O artigo analisa como Ginzburg usa o caso do camponês Menocchio para ilustrar essa circularidade através da apropriação que ele faz de elementos da cultura erudita em suas próprias crenças heterodoxas.
O documento descreve a cultura do salão entre os séculos XVIII e XIX, quando os salões se tornaram centros de vida social e cultural da nobreza e burguesia. Os salões acolhiam reuniões onde eram discutidos assuntos intelectuais e artísticos e recebiam personalidades como escritores, filósofos e músicos como Mozart. O documento também aborda o Iluminismo e suas ideias de razão, progresso e liberdade individual.
Atualidade da Luta de Classes no Brasil. A formação simbólica da ideia de nação. Embate entre teóricos da formação do Brasil. Jornadas de Junho de 2013, eleições de 2014 e o Ódio de Classe.
O documento discute a história e estrutura dos Estudos Culturais, desde suas origens pós-Segunda Guerra Mundial na Inglaterra até seus principais conceitos como interdisciplinaridade e a cultura como construção social. Também aborda a Teoria da Recepção e como as manifestações de 2013 no Brasil foram cobertas pela mídia tradicional versus meios alternativos.
Dos meios às mediações - Jesús Martin-BarbeiroAndréia Pisco
O documento resume as ideias-chave de Jesus Martín-Barbero sobre comunicação, cultura e hegemonia. Ele discute 1) as concepções de povo e cultura popular ao longo da história, 2) o surgimento da noção de massa e sociedade de massa, e 3) como a cultura de massa e as mediações moldaram a hegemonia cultural na América Latina.
Entre 1770 e 1850 ocorreram uma série de revoluções liberais na Europa e América que deram início à Idade Contemporânea. As principais características deste período incluem o liberalismo, o capitalismo industrial e a sociedade de classes. A Revolução Americana de 1775-1783 foi a primeira destas revoluções e resultou na independência dos Estados Unidos da América. A Revolução Francesa de 1789 levou à queda da monarquia absoluta e ao estabelecimento de uma república, porém anos de guerra
Este documento discute a Teoria Crítica e as ideias de Theodor Adorno sobre educação. A Teoria Crítica foi desenvolvida pela Escola de Frankfurt e criticava aspectos do capitalismo como a "indústria cultural" e a "semiformação". Adorno acreditava que a educação deveria promover a formação cultural e resistir à semiformação e banalização causadas pela indústria cultural, de modo a evitar a repetição de horrores como o Holocausto.
O documento discute a origem do termo "Barroco" e as principais características do estilo Barroco Holandês, incluindo o culto do contraste, o exagero em relevos e cores, e a preferência por aspectos dolorosos. Ele também lista e descreve obras famosas de mestres holandeses como Rembrandt.
No século XX, as cidades cresceram rapidamente e a população urbana ultrapassou a rural. Isto levou a transformações culturais com a estandardização da cultura e o desenvolvimento de lazer urbano. As mulheres também ganharam novos direitos neste período. As artes modernistas romperam com tradições com movimentos como o cubismo, futurismo e abstracionismo.
Este documento fornece uma introdução aos Estudos Culturais, discutindo seu histórico, principais representantes e métodos. Os Estudos Culturais surgiram na Universidade de Birmingham na Inglaterra e se espalharam rapidamente pelo mundo. Raymond Williams, Richard Hoggart e Edward P. Thompson são considerados pioneiros da área. Os Estudos Culturais enfatizam a análise da subjetividade produzida culturalmente e do papel ideológico da mídia na sociedade.
Este documento descreve os principais acontecimentos culturais, científicos e religiosos na Europa entre os séculos XV e XVI, período conhecido como Renascimento. Destaca eventos como a invenção da imprensa por Gutenberg, as descobertas de Copérnico e Galileu que revolucionaram as concepções cosmológicas, e a Reforma Protestante iniciada por Lutero que levou a uma revolução nas concepções religiosas.
Este documento discute as contribuições de Harold Innis e Marshall McLuhan para o pensamento comunicacional canadense. Apresenta as principais ideias e teorias desenvolvidas por esses autores, como a centralidade dos meios de comunicação na análise de Innis e a distinção entre meio e mensagem em McLuhan. Questiona também os limites e possíveis desenvolvimentos desse programa de pesquisa.
O documento descreve como a crise econômica de 1929 e a instabilidade política na Europa após a Primeira Guerra Mundial levaram ao surgimento de regimes autoritários, como o fascismo na Itália sob Benito Mussolini e o nazismo na Alemanha sob Adolf Hitler. Esses regimes totalitários assumiram o controle total do Estado e da sociedade e causaram milhões de mortes.
O documento descreve o Renascimento na Europa, um movimento cultural que marcou a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. Destaca os principais artistas deste período como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Rafael e Botticelli, assim como suas obras mais importantes.
Aula 1 - "A Era dos Extremos" (atualizada)profnelton
O documento discute o período histórico conhecido como "O Breve Século XX" (1914-1991). Ele apresenta o contexto do longo século XIX e como as revoluções industriais e francesa levaram ao surgimento do capitalismo liberal e das classes sociais. Também aborda os principais eventos do século XX como as guerras mundiais e o fim do mundo soviético.
O renascimento e a formação da mentalidade modernaRainha Maga
* O Renascimento surgiu na Itália nos séculos XV-XVI devido a condições favoráveis como a riqueza de alguns estados italianos e a presença de vestígios da arte greco-romana
* Propagou-se pela Europa a partir da Itália, beneficiando da invenção da imprensa por Gutenberg
* Caracterizou-se por valores como o antropocentrismo, individualismo e interesse pelo estudo da natureza e dos clássicos
* Estimulou o desenvolvimento das ciências e das artes como a pintura, esc
1. O movimento realista surgiu na segunda metade do século XIX e buscava retratar a realidade de forma objetiva e racional.
2. Gustave Courbet foi o pioneiro da pintura realista, retratando cenas do cotidiano e pessoas comuns com dignidade.
3. A arquitetura realista passou a responder às novas demandas urbanas da época industrial, como fábricas, estações e moradias para operários.
Resenha do texto historia das mentalidades e historia cultural r vainfasSandra Kroetz
1) O autor discute a história das mentalidades no contexto da Escola dos Annales francesa, que buscava estudar as mentalidades e modo de vida das massas, em contraposição à história focada em eventos políticos e militares.
2) É apresentada a evolução da Escola dos Annales em três fases, com ênfase inicial na economia e, posteriormente, no estudo das mentalidades.
3) O conceito de mentalidades é debatido, com dificuldades em sua definição e delimitação conceitual, contribuindo para seu de
A Bastilha era uma prisão em Paris usada para prender opositores políticos. Em 14 de julho de 1789, uma multidão invadiu e tomou a Bastilha, libertando os prisioneiros. Embora tenha poucos prisioneiros na época, a Tomada da Bastilha simbolizou o fim do absolutismo monárquico e o início da Revolução Francesa.
O documento discute o Renascimento na Itália, período em que a arte passou a valorizar o estudo da natureza. A arte renascentista se desenvolveu em fases como o Trecento, Quattrocento e Cinquecento, tendo Florença e Roma como principais centros. Grandes mestres como Donatello, Botticelli, Rafael e Michelangelo marcaram a Alta Renascença, quando a arte alcançou perfeição e equilíbrio.
Este documento resume uma aula sobre Eric Hobsbawn e os efeitos sociais do desenvolvimento tecnológico. Apresenta as eras históricas de Hobsbawn, incluindo a Era dos Extremos de 1914-1991, dividida entre as catástrofes de 1914-1950 e o período áureo de 1950-1970. Também discute visões criticadas da ciência e riscos globais catastróficos no século XXI, como pandemias e mudanças climáticas.
O documento discute os fluxos migratórios em Portugal, abordando temas como imigração, refugiados, emigração e a União Europeia. Foi realizado um debate com nove grupos representando diferentes perspectivas. Vários pontos foram debatidos, incluindo se a imigração leva à perda da identidade cultural, se os imigrantes tiram empregos de portugueses e se as políticas de integração são eficazes. Opiniões divergiram, com alguns defendendo os benefícios da imigração e outros levantando preocup
1) Os fundadores da etnografia defenderam que o pesquisador deve realizar sua própria pesquisa de campo, observando diretamente a cultura estudada.
2) Franz Boas foi pioneiro em criticar a antropologia evolucionista e defender o relativismo cultural, enfatizando a descrição detalhada e o contexto das culturas.
3) Malinowski desenvolveu o funcionalismo e a observação participante, mostrando que até costumes aparentemente simples revelam aspectos da totalidade da sociedade estudada.
A Guerra Civil Espanhola movimentou diversas facções ideológicas e institucionais presentes na Espanha, na década de 1930, envolvendo padres, anarquistas, civis, socialistas, republicanos, nacionalistas e diversos outros grupos.
O documento descreve as transformações culturais e sociais na Europa entre 1905 e os anos 1960, incluindo as guerras mundiais, a Grande Depressão e o surgimento de novos movimentos artísticos e ideologias como o modernismo e o fascismo.
1. O Iluminismo defendeu a primazia da Razão como motor do progresso, questionando o pensamento religioso e propondo uma sociedade baseada na igualdade.
2. Filósofos como Voltaire e Rousseau criticaram o absolutismo e defenderam direitos naturais, tolerância e educação como forma de promover o progresso humano.
3. As ideias iluministas influenciaram profundamente a França do século XVIII e tiveram como herança conceitos liberdade, igualdade e fraternidade que inspiraram revoluções liberais poster
A Revolução Francesa começou como uma tentativa da aristocracia de recuperar poder do Estado, mas subestimou as intenções da burguesia e a crise socioeconômica. Isso levou o Terceiro Estado a se declarar Assembleia Nacional Constituinte e aprovar a Declaração dos Direitos do Homem. A revolução radicalizou-se com a República Jacobina, mas depois a burguesia retomou o controle sob o Diretório.
Roger Chartier propõe uma nova abordagem para a história cultural, focando nas representações sociais e práticas culturais ao invés de apenas eventos. Ele argumenta que as representações constroem o sentido do presente e que o historiador deve considerar como os textos são apropriados e lidos. Chartier também discute como conceitos de outros teóricos como Foucault, Certeau e Bourdieu influenciaram seu trabalho.
O documento discute a origem do termo "Barroco" e as principais características do estilo Barroco Holandês, incluindo o culto do contraste, o exagero em relevos e cores, e a preferência por aspectos dolorosos. Ele também lista e descreve obras famosas de mestres holandeses como Rembrandt.
No século XX, as cidades cresceram rapidamente e a população urbana ultrapassou a rural. Isto levou a transformações culturais com a estandardização da cultura e o desenvolvimento de lazer urbano. As mulheres também ganharam novos direitos neste período. As artes modernistas romperam com tradições com movimentos como o cubismo, futurismo e abstracionismo.
Este documento fornece uma introdução aos Estudos Culturais, discutindo seu histórico, principais representantes e métodos. Os Estudos Culturais surgiram na Universidade de Birmingham na Inglaterra e se espalharam rapidamente pelo mundo. Raymond Williams, Richard Hoggart e Edward P. Thompson são considerados pioneiros da área. Os Estudos Culturais enfatizam a análise da subjetividade produzida culturalmente e do papel ideológico da mídia na sociedade.
Este documento descreve os principais acontecimentos culturais, científicos e religiosos na Europa entre os séculos XV e XVI, período conhecido como Renascimento. Destaca eventos como a invenção da imprensa por Gutenberg, as descobertas de Copérnico e Galileu que revolucionaram as concepções cosmológicas, e a Reforma Protestante iniciada por Lutero que levou a uma revolução nas concepções religiosas.
Este documento discute as contribuições de Harold Innis e Marshall McLuhan para o pensamento comunicacional canadense. Apresenta as principais ideias e teorias desenvolvidas por esses autores, como a centralidade dos meios de comunicação na análise de Innis e a distinção entre meio e mensagem em McLuhan. Questiona também os limites e possíveis desenvolvimentos desse programa de pesquisa.
O documento descreve como a crise econômica de 1929 e a instabilidade política na Europa após a Primeira Guerra Mundial levaram ao surgimento de regimes autoritários, como o fascismo na Itália sob Benito Mussolini e o nazismo na Alemanha sob Adolf Hitler. Esses regimes totalitários assumiram o controle total do Estado e da sociedade e causaram milhões de mortes.
O documento descreve o Renascimento na Europa, um movimento cultural que marcou a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. Destaca os principais artistas deste período como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Rafael e Botticelli, assim como suas obras mais importantes.
Aula 1 - "A Era dos Extremos" (atualizada)profnelton
O documento discute o período histórico conhecido como "O Breve Século XX" (1914-1991). Ele apresenta o contexto do longo século XIX e como as revoluções industriais e francesa levaram ao surgimento do capitalismo liberal e das classes sociais. Também aborda os principais eventos do século XX como as guerras mundiais e o fim do mundo soviético.
O renascimento e a formação da mentalidade modernaRainha Maga
* O Renascimento surgiu na Itália nos séculos XV-XVI devido a condições favoráveis como a riqueza de alguns estados italianos e a presença de vestígios da arte greco-romana
* Propagou-se pela Europa a partir da Itália, beneficiando da invenção da imprensa por Gutenberg
* Caracterizou-se por valores como o antropocentrismo, individualismo e interesse pelo estudo da natureza e dos clássicos
* Estimulou o desenvolvimento das ciências e das artes como a pintura, esc
1. O movimento realista surgiu na segunda metade do século XIX e buscava retratar a realidade de forma objetiva e racional.
2. Gustave Courbet foi o pioneiro da pintura realista, retratando cenas do cotidiano e pessoas comuns com dignidade.
3. A arquitetura realista passou a responder às novas demandas urbanas da época industrial, como fábricas, estações e moradias para operários.
Resenha do texto historia das mentalidades e historia cultural r vainfasSandra Kroetz
1) O autor discute a história das mentalidades no contexto da Escola dos Annales francesa, que buscava estudar as mentalidades e modo de vida das massas, em contraposição à história focada em eventos políticos e militares.
2) É apresentada a evolução da Escola dos Annales em três fases, com ênfase inicial na economia e, posteriormente, no estudo das mentalidades.
3) O conceito de mentalidades é debatido, com dificuldades em sua definição e delimitação conceitual, contribuindo para seu de
A Bastilha era uma prisão em Paris usada para prender opositores políticos. Em 14 de julho de 1789, uma multidão invadiu e tomou a Bastilha, libertando os prisioneiros. Embora tenha poucos prisioneiros na época, a Tomada da Bastilha simbolizou o fim do absolutismo monárquico e o início da Revolução Francesa.
O documento discute o Renascimento na Itália, período em que a arte passou a valorizar o estudo da natureza. A arte renascentista se desenvolveu em fases como o Trecento, Quattrocento e Cinquecento, tendo Florença e Roma como principais centros. Grandes mestres como Donatello, Botticelli, Rafael e Michelangelo marcaram a Alta Renascença, quando a arte alcançou perfeição e equilíbrio.
Este documento resume uma aula sobre Eric Hobsbawn e os efeitos sociais do desenvolvimento tecnológico. Apresenta as eras históricas de Hobsbawn, incluindo a Era dos Extremos de 1914-1991, dividida entre as catástrofes de 1914-1950 e o período áureo de 1950-1970. Também discute visões criticadas da ciência e riscos globais catastróficos no século XXI, como pandemias e mudanças climáticas.
O documento discute os fluxos migratórios em Portugal, abordando temas como imigração, refugiados, emigração e a União Europeia. Foi realizado um debate com nove grupos representando diferentes perspectivas. Vários pontos foram debatidos, incluindo se a imigração leva à perda da identidade cultural, se os imigrantes tiram empregos de portugueses e se as políticas de integração são eficazes. Opiniões divergiram, com alguns defendendo os benefícios da imigração e outros levantando preocup
1) Os fundadores da etnografia defenderam que o pesquisador deve realizar sua própria pesquisa de campo, observando diretamente a cultura estudada.
2) Franz Boas foi pioneiro em criticar a antropologia evolucionista e defender o relativismo cultural, enfatizando a descrição detalhada e o contexto das culturas.
3) Malinowski desenvolveu o funcionalismo e a observação participante, mostrando que até costumes aparentemente simples revelam aspectos da totalidade da sociedade estudada.
A Guerra Civil Espanhola movimentou diversas facções ideológicas e institucionais presentes na Espanha, na década de 1930, envolvendo padres, anarquistas, civis, socialistas, republicanos, nacionalistas e diversos outros grupos.
O documento descreve as transformações culturais e sociais na Europa entre 1905 e os anos 1960, incluindo as guerras mundiais, a Grande Depressão e o surgimento de novos movimentos artísticos e ideologias como o modernismo e o fascismo.
1. O Iluminismo defendeu a primazia da Razão como motor do progresso, questionando o pensamento religioso e propondo uma sociedade baseada na igualdade.
2. Filósofos como Voltaire e Rousseau criticaram o absolutismo e defenderam direitos naturais, tolerância e educação como forma de promover o progresso humano.
3. As ideias iluministas influenciaram profundamente a França do século XVIII e tiveram como herança conceitos liberdade, igualdade e fraternidade que inspiraram revoluções liberais poster
A Revolução Francesa começou como uma tentativa da aristocracia de recuperar poder do Estado, mas subestimou as intenções da burguesia e a crise socioeconômica. Isso levou o Terceiro Estado a se declarar Assembleia Nacional Constituinte e aprovar a Declaração dos Direitos do Homem. A revolução radicalizou-se com a República Jacobina, mas depois a burguesia retomou o controle sob o Diretório.
Roger Chartier propõe uma nova abordagem para a história cultural, focando nas representações sociais e práticas culturais ao invés de apenas eventos. Ele argumenta que as representações constroem o sentido do presente e que o historiador deve considerar como os textos são apropriados e lidos. Chartier também discute como conceitos de outros teóricos como Foucault, Certeau e Bourdieu influenciaram seu trabalho.
O documento apresenta um modelo de fichamento de leitura para auxiliar os alunos a registrar as informações essenciais de textos lidos. O modelo inclui seções para identificar a fonte, tema, palavras-chaves, ideias principais, trechos, conceitos, referências e comentários do aluno. O objetivo é permitir que os alunos participem de discussões, estudem o conteúdo e o utilizem no futuro como consulta.
1) No século XIX, a Rússia era atrasada economicamente em relação às potências européias e era governada por um regime autocrático czarista. 2) No início do século XX, surgiram partidos de oposição como os mencheviques e bolcheviques, e a derrota na guerra com o Japão aumentou a instabilidade. 3) A Revolução de Fevereiro derrubou o czarismo, mas os bolcheviques tomaram o poder na Revolução de Outubro de 1917, estabelecendo o primeiro Estado socialista sob a lider
O documento resume as principais ideias e figuras do Iluminismo no século XVIII. O Iluminismo foi um movimento intelectual e filosófico que questionou o Antigo Regime e promoveu ideias como racionalismo, cientificismo, liberdade individual e anticlericalismo. Líderes iluministas como Locke, Montesquieu, Voltaire e Rousseau influenciaram a defesa da democracia, divisão de poderes e soberania popular. Monarcas como Catarina da Rússia também promoveram reformas influenciadas pelas ideias ilumin
O documento resume os processos de independência da América, incluindo a independência dos EUA em 1776, a independência das colônias espanholas na América liderada por Simón Bolívar entre 1810-1833, e a independência do Haiti em 1804 liderada por Toussaint Louverture.
O documento resume o processo de abolição da escravatura no Brasil em 3 etapas: 1) O movimento abolicionista que pressionou pela abolição através de ideias e propaganda. 2) Leis como a Lei do Ventre Livre que aboliram gradualmente a escravatura. 3) A vida difícil dos libertos após a Lei Áurea sem receber apoio e tendo que competir com imigrantes.
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIALIsabel Aguiar
O documento descreve a descoberta de ouro no Brasil colonial e a subsequente "corrida do ouro", levando milhares de pessoas às regiões de Minas Gerais atrás de enriquecimento fácil. Detalha também o controle do ouro pelo governo português, a revolta de Vila Rica e as mudanças sociais e econômicas trazidas pela mineração no Brasil.
O documento descreve a história da independência dos Estados Unidos da América. As treze colônias americanas eram controladas pela Inglaterra no século XVIII e os impostos metropolitanos sobre os colonos aumentaram após a Guerra dos Sete Anos, levando a protestos. Os colonos se reuniram em dois Congressos da Filadélfia para reivindicar mais autonomia, resultando na Declaração de Independência de 1776 e na guerra pela independência entre 1776-1783, vencida pelos EUA.
D. Pedro I foi o primeiro imperador do Brasil, assumindo o trono em 1822. Seu reinado enfrentou desafios como a Confederação do Equador e a Guerra da Cisplatina. Em 1831, devido à impopularidade, D. Pedro I abdicou do trono brasileiro para tentar reconquistar o trono português.
Durante o Período Regencial, o Brasil sofreu muitas rebeliões devido à insatisfação com o governo dos regentes. As principais foram: (1) a Cabanagem no Pará, liderada por Malcher e Angelim, que queriam terras e fim da escravidão; (2) a Farroupilha no RS, liderada por Bento Gonçalves e Garibaldi, que protestavam contra altos impostos; (3) a Revolta dos Malês em Salvador, liderada por escravos que queriam conquistar o governo da Bah
O documento descreve as transformações socioeconômicas da Europa no século XIX, incluindo a Revolução Industrial, o crescimento das cidades e movimentos sociais. Também aborda teorias como a de Malthus e ideologias como liberalismo, socialismo e anarquismo que surgiram nesse período. Por fim, resume os principais acontecimentos políticos em países como França, Itália e Alemanha.
O documento contém 10 questões de história do Brasil Império abordando tópicos como os principais partidos políticos no reinado de D. Pedro II, as diferenças entre o parlamentarismo brasileiro e inglês, e a Lei Áurea que pôs fim à escravidão no Brasil. O gabarito com as respostas está no final.
Slide imigração e fim trafico negreiro Isabel Aguiar
O documento discute o fim do tráfico de escravos no Brasil no século XIX e a substituição dessa mão-de-obra por imigrantes europeus. A Inglaterra proibiu o tráfico de escravos em 1845 e o Brasil fez o mesmo em 1850. Isso levou a uma maior imigração européia incentivada pelos proprietários de terras que queriam "branquear" a população. Os imigrantes trabalhavam principalmente como colonos nas fazendas de café.
1) O documento descreve a escravidão na África e no Brasil, incluindo as origens da escravidão na África, a travessia forçada para o Brasil e as terríveis condições de vida como escravos.
2) Um ponto importante foi a resistência dos escravos, especialmente o grande quilombo de Palmares, que chegou a ter 15 mil habitantes e durou décadas antes de ser destruído.
3) Ainda hoje existem remanescentes de quilombos no Brasil, e a Constituição recon
O documento descreve o período do Segundo Reinado no Brasil (1840-1889), quando D. Pedro II assumiu o trono aos 15 anos após o Golpe da Maioridade antecipar sua aclamação. O documento também discute as rivalidades entre Liberais e Conservadores, as primeiras eleições fraudulentas, a economia baseada no café, e os inicios da industrialização e modernização do Brasil nesta época através de ferrovias e novas indústrias.
A guerra do Paraguai (1864-1870) foi um conflito entre o Paraguai e os países da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai). As principais causas foram disputas territoriais e pelo controle dos rios da bacia do Prata. O conflito resultou em grandes perdas humanas e territoriais para o Paraguai e custos financeiros altos para o Brasil.
A teoria da Historia e o romance historico em LukacsCarlo Romani
O documento discute a teoria da história após a Revolução de 1848. A revolução levou a uma reorientação dos objetivos burgueses de democracia revolucionária para um liberalismo de compromisso. Isso levou a uma revisão das concepções de progresso histórico, com ênfase na evolução linear em vez do conflito dialético. Muitos historiadores e escritores adotaram visões a-históricas, negando a transformação social. Isso influenciou os romances históricos da época, como Salammbô de
1. O documento resume um livro que analisa a cultura política do Antigo Regime francês e como os princípios revolucionários se desenvolveram nesse contexto.
2. O autor, Keith Michael Baker, estuda eventos políticos como meio de entender a construção gradual da cultura política do período e suas contradições.
3. A análise da cultura política do Antigo Regime pode esclarecer as origens da Revolução Francesa e como ela criou uma nova cultura política moderna.
Há uma concepção utópica no pensamento marxista (revisado maio 2012)GabrielaMansur
Este documento discute se há uma concepção utópica no pensamento marxista. Apresenta diferentes tipos de mentalidade utópica e como Marx e Engels criticaram os socialistas utópicos do século XIX por não levarem em conta as condições reais e a participação das massas. No entanto, argumenta-se que a idealização de uma sociedade socialista após o fim do capitalismo contém um elemento utópico essencial no pensamento marxista, ainda que Marx tenha sido tímido em descrever a nova sociedade.
[1] Roger Chartier é um importante historiador francês cuja vasta obra sobre história cultural ainda é parcialmente conhecida no Brasil. [2] Suas principais linhas de pesquisa incluem a história da educação, das práticas de leitura e impressão, e da cultura política. [3] Além disso, Chartier se dedica à reflexão sobre a prática da historiografia e à divulgação de uma "nova história cultural".
1) O documento discute o humanismo no pensamento de Marx, especialmente nos escritos de sua juventude entre 1841-1845.
2) Marx critica os direitos humanos liberais como direitos do homem egoísta da sociedade burguesa. Ao mesmo tempo, busca definir caminhos para a emancipação humana, revelando um dimensão de humanismo em sua obra.
3) O documento analisa a relação dialética do homem com a natureza no pensamento de Marx, onde o homem só atinge a plenitude quando integra e humaniza
Uma polêmica sobre as frentes "antineoliberais" e os "partidos amplos anticap...Alessandro de Moura
O documento discute as estratégias de partidos de esquerda no contexto da ofensiva neoliberal. A autora argumenta que partidos "amplos" e "anticapitalistas" não são suficientes para superar experiências falidas como o PT, uma vez que não delimitam claramente suas classes ou objetivos revolucionários. Ela defende que um partido marxista deve ter táticas transitórias que aproximem os trabalhadores da independência de classe e da revolução social.
O documento discute o surgimento da sociologia no século XIX como uma resposta às transformações sociais, políticas e econômicas da época, como a Revolução Francesa e Industrial. Três acontecimentos foram fundamentais: 1) mudanças culturais com o Iluminismo; 2) mudanças políticas com a queda da monarquia na França; 3) mudanças econômicas com a Revolução Industrial. Pensadores como Saint-Simon e Comte usaram métodos científicos para entender e racionalizar a nova ordem social trazida pela modernidade
1) O documento discute a Nova História Cultural, abordando seu surgimento a partir da crítica ao paradigma tradicional da história e da influência dos movimentos dos Annales e da história social marxista.
2) É apresentada a autora Lynn Hunt e seu livro "A Nova História Cultural", que deu nome ao movimento. Seus principais expoentes como Foucault, Bourdieu e as ideias de longa duração de Braudel também são discutidos.
3) O programa da Nova História Cultural é definido como uma abordagem que privilegia
A sociologia estuda as sociedades humanas e os processos que ligam indivíduos em grupos e instituições. Seu estudo científico começou no século XIX em meio às revoluções industrial e francesa. Dois abordagens principais emergiram: positivistas viam a sociologia como ciência natural, enquanto antipositivistas enfatizavam a compreensão dos significados humanos. Ibn Khaldun é considerado um precursor por analisar a ordem social subjacente aos fenômenos políticos e econômicos.
A Nova História Cultural - resenha e orientaõesMelissaVicente8
1. O documento descreve a obra "A Nova História Cultural" de Lynn Hunt e o contexto em que foi escrita. Apresenta os principais conceitos da Nova História Cultural como uma abordagem que se volta para a cultura e a vida das massas.
2. Destaca os principais pensadores que influenciaram a Nova História Cultural, como os membros da Escola dos Annales, que criticaram a história política tradicional, assim como teóricos como Foucault e Thompson, que deram ênfase aos aspectos sociais e culturais.
3. Ex
Margareth rago o anarquismo e a históriamoratonoise
Este documento discute as semelhanças e diferenças entre o pensamento de Michel Foucault e a tradição anarquista, particularmente o trabalho da anarquista italiana Luce Fabbri. Ambos enfatizam a importância de diagnosticar os problemas do presente e encontrar novas saídas, e criticam o poder em suas manifestações. No entanto, eles divergem na questão do sujeito e no anti-humanismo presente em Foucault.
Este documento resume a Escola de Frankfurt, fundada na Alemanha nos anos 1920. A escola desenvolveu a Teoria Crítica, que aplicou ideias marxistas para criticar aspectos da sociedade moderna e do capitalismo tardio, como a indústria cultural. Os principais membros, como Adorno e Horkheimer, argumentaram que a indústria cultural padroniza os bens culturais apenas para fins de lucro e manipula as massas. A Escola de Frankfurt teve grande influência ao desafiar visões positivistas da razão e defender uma abordagem crí
O documento discute a redescoberta da fraternidade no século XX após a Revolução Francesa de 1789. A fraternidade foi um princípio revolucionário esquecido por muito tempo, mas ganhou nova atenção com o bicentenário de 1789. Estudos importantes nessa época exploraram a relação da fraternidade com a maçonaria e rastrearam seu uso na literatura francesa ao longo de dois séculos.
1) O documento discute as interpretações do pensamento de Nietzsche pelo anarquismo, notando que inicialmente foi visto como individualista, mas que anarquistas e operários também se reconheceram nele.
2) Havia diferenças entre o anarquismo teórico e militante que dificultaram compreender Nietzsche, mas havia afinidades entre ambos em desconstruir distinções modernas.
3) Após as guerras mundiais, só no século XX a leitura filosófica de Nietzsche permitiu ent
Michel Foucault comenta as primeiras reações ao resultado das eleições presidenciais francesas de 1981 que levaram a esquerda ao poder com François Mitterrand. Ele destaca três pontos: 1) questões sociais negligenciadas por muito tempo foram colocadas na agenda política; 2) as primeiras medidas do governo estão alinhadas com uma "lógica de esquerda"; 3) essas medidas não seguem a opinião majoritária em temas como pena de morte e imigração.
1. O documento descreve a trajetória do pensamento utópico socialista, desde as primeiras utopias renascentistas até a morte da utopia como gênero literário na década de 1850.
2. Joseph Déjacque é apresentado como um dos últimos pensadores utópicos socialistas, criando o modelo de sociedade "Humanisfério" baseado na comunidade anarquista.
3. A partir da década de 1850, os anarquistas passaram a se concentrar na análise dos princípios da sociedade capitalista e em estr
1) O documento apresenta a obra "O Estado e a Revolução" de Lênin, escrita em 1917 para esclarecer a teoria marxista do Estado e do papel do proletariado na revolução.
2) Lênin sistematizou as ideias de Marx e Engels sobre o Estado capitalista e a ditadura do proletariado, atualizando a teoria para o capitalismo imperialista do século XX.
3) Apesar de ataques, a obra preserva sua importância teórica e prática para compreender a tomada do poder pelo pro
RAGO_Margareth_O efeito Foucault na historiografia brasileira.pdfElisaCaetano12
O artigo discute como as proposições de Foucault transformaram as concepções de história, levando os historiadores a focar nas bases epistemológicas dos discursos em vez dos fatos. Isso porque Foucault via o passado como discursos que constituíam campos de poder, não uma verdade documental. Embora provocando reações, seu trabalho influenciou a historiografia brasileira a considerar novos temas e abordagens como a genealogia e o simbólico.
O documento descreve as origens das ciências sociais no século XIX, influenciadas pelos pensamentos filosóficos da Revolução Francesa e Revolução Industrial. Teóricos como Locke, Montesquieu, Voltaire e Rousseau defenderam ideias liberais que influenciaram o desenvolvimento das ciências sociais. Auguste Comte é considerado o fundador da sociologia ao introduzir o termo e definir a disciplina.
Semelhante a Resenha origens culturais revolução francesa - Jamille Oliveira Santos B. Cardoso (20)
O documento discute a importância da educação para o desenvolvimento sustentável, destacando que a educação é essencial para promover mudanças de comportamento necessárias para enfrentar os desafios ambientais, sociais e econômicos. A educação para o desenvolvimento sustentável deve ser integrada em todos os níveis educacionais para capacitar as pessoas a tomar decisões informadas e responsáveis sobre questões complexas relacionadas ao meio ambiente e desenvolvimento.
O documento discute a renovação da história política a partir da década de 1980, caracterizada por uma ampliação do conceito de político para além do Estado. O autor defende que o político não deve ser visto como um domínio isolado, mas sim como algo que se comunica com a maioria dos outros domínios e não tem margens definidas.
Este seminário discutirá conceitos e problemas relacionados ao estudo da política, como poder, intelectuais e elites, a partir de diferentes abordagens teóricas. Analisará a emergência da Nova História Política e debaterá questões sobre relações de poder e história das elites. Também introduzirá o estudo dos intelectuais e suas relações com a sociedade e o poder.
1. O documento é uma tese de doutorado sobre as posições políticas de Jean-Paul Sartre em relação ao Terceiro Mundo entre 1947 e 1979.
2. A tese analisa como o contexto histórico da época influenciou as visões políticas de Sartre, especialmente no que se refere à descolonização e emergência dos países do Terceiro Mundo.
3. Os principais temas abordados são as posições de Sartre sobre a Guerra da Argélia, a Revolução Cubana e a Guerra do Vietnã
Este documento apresenta o cronograma de aulas de uma disciplina sobre história política e intelectuais. A primeira aula fará uma introdução ao plano da disciplina. As aulas subsequentes abordarão diversos temas como o conceito de política, a nova história política, as relações de poder na Idade Média, a história das elites, o que são intelectuais e a história dos intelectuais. As últimas aulas serão dedicadas à apresentação e debate dos projetos de pesquisa dos alunos.
A primeira parte do documento discute as páginas de 83 a 113. O conteúdo dessas páginas provavelmente fornece detalhes e informações sobre um determinado tópico ou projeto.
A seção aborda um tópico entre as páginas 60 e 83. Fornece detalhes sobre um assunto específico, mas não inclui informações suficientes para resumir adequadamente o conteúdo sem ler o documento completo.
O documento apresenta um resumo de um capítulo do livro "Identidade, Igualdade e Diferença: o olhar da história" que discute a obra da historiadora Michelle Perrot. O capítulo aborda 7 pontos principais sobre a análise de gênero na história: 1) o corpo como lugar de representação e poder; 2) a produção a partir da diferença; 3) os confrontos entre teoria e prática em relação à igualdade.
Este documento apresenta as instruções de formatação para uma dissertação de mestrado, incluindo especificações para elementos como capa, folha de rosto, sumário, introdução e referências. As normas tratam da formatação do texto, citações, notas de rodapé e margens a serem utilizadas.
O documento discute a política entre os Yanomamis. Apresenta que os Yanomamis fazem política através de uma organização sem estado, com hierarquia própria e economia comunal, baseada na abundância da natureza e modo de vida sustentável. Sua política é sustentável e sem propriedade privada ou trabalho assalariado.
O documento discute os conceitos de apropriação, prática e representação propostos por Roger Chartier para a história cultural. Segundo Ronaldo Vainfas, Chartier sugere estudar a cultura como prática e utilizar as categorias de representação e apropriação. A representação é vista como forma de ver algo ausente ou exibir uma presença.
Objetivo do ensaio: desvendar a origem da memória nas ciências humanas, mais especificamente na História e Antropologia, elencando alguns pontos da utilização da memória no campo da psicologia/psiquiatria. Relação entre Linguagem e Memória: a utilização da linguagem falada e/ou escrita torna-se uma forma de armazenamento da memória de cada indivíduo internamente. Contraponto da memória: amnésia (Esquecimento), que se configura como uma perturbação no indivíduo pela falta ou per
1. O documento discute o uso da gasolina como fonte de energia pela classe burguesa entre 1870-1935.
2. Ele busca responder três perguntas sobre os interesses, articulações e impactos da gasolina no estabelecimento de um modo de produção capitalista e sua estrutura social.
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Resenha origens culturais revolução francesa - Jamille Oliveira Santos B. Cardoso
1. 1
RESENHA
Jamille Oliveira Santos B. Cardoso
CHARTIER, Roger. “Iluminismo e revolução; Revolução e iluminismo”; “As
revoluções têm origens culturais?”. In: Origens culturais da Revolução Francesa.
Edunesp, 2009, pp. 25-47; 245-275.
As Origens culturais da Revolução Francesa é uma das obras notáveis do
historiador francês Roger Chartier, ligado a terceira geração da escola dos Annales;
Chartier se destaca em importantes obras que versam sobre a história das instituições de
ensino e das sociabilidades intelectuais, a história do livro e da leitura, temas
relacionados à linha de pesquisa que ele se insere a História Cultural, que perpassa todo o
conjunto de sua obra. Sua reflexão teórica inovadora abriu novas possibilidades para os
estudos em história cultural e estimula a permanente renovação nas maneiras de ler e
fazer a história.
A obra aqui examinada analisa a Revolução Francesa a partir de um viés cultural,
através de um diálogo historiográfico com outros autores que se debruçam no tema. Ao
refletir sobre a Revolução Francesa Chartier não propõe uma análise acabada, mas
pretende sugerir dúvidas e interrogações ao fazer uma análise cultural dos processos que
desencadearam a Revolução. Nessa análise Chartier privilegia a pesquisa sociológica
cultural em lugar da tradicional história das ideias. Para ele é mais interessante analisar as
condições culturais que gestaram as mudanças de crenças e percepções capazes de gerar
uma destruição rápida e profunda da ordem social e política estabelecida, do que analisar
se os fatos estavam presentes nas noções que anunciavam essa transformação. Como
intuito de não mais estabelecer as causas da Revolução, mas destacar as condições que a
tornaram possível.
Aqui serão analisados dois capítulos específicos: “Iluminismo e revolução;
Revolução e iluminismo” e “As revoluções têm origens culturais?” para observamos
mais nitidamente algumas ideias formuladas pelo autor. A começar pelo primeiro
capítulo onde Chartier analisa e relativiza a possibilidade de se estabelecer relações de
causa e efeito entre Iluminismo e Revolução Francesa. Ao iniciar sua análise Chartier
resgata a obra clássica de Daniel Mornet Les origines intellectuelles de la Révolution
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2. 2
Française- 1715-1787 [As origens intelectuais da Revolução Francesa – 1715-1787], essa
obra que vai nortear a análise de Chartier marcou profundamente a historiografia ao
formular uma conexão “entre progresso de novas ideias através do século XVIII e a
emergência da Revolução como acontecimento.” Os trabalhos subsequentes vão transitar
no espaço delimitado por Mornet. Segundo Mornet as novas ideias penetram na
sociedade de cima para baixo, ou seja, das classes altas até chegar ao povo, e do centro
para a periferia, em outras palavras, da capital para as províncias, esse processo de
penetração teria se acelerado no decorrer do século XVIII, e, isso o leva a afirmar que as
ideias teriam, em parte, determinado a Revolução Francesa. Nesse sentido, Mornet
encaixa o iluminismo como força motriz para a crise da monarquia e por fim à
Revolução. Ao longo da análise vamos notar que Chartier desconstrói essas ideias, dando
lugar a uma interpretação mais plural que privilegia a análise cultural capaz de abarcar a
dinamicidade e a complexidade presentes nos processos históricos. Isso o leva a enxergar
a origens culturais para além do Iluminismo, ou antes, dele, no classicismo que vai ter
grande importância ao estruturar o pensamento filosófico.
O objetivo de Chartier ao se debruçar sobre a obra de Mornet não é só sugerir
dúvidas e interrogações, mas levantar algumas questões que não tinham ocorrido a
Mornet. Já que o tempo em que escreve Chartier é diferente do de Mornet, e o que o
incita a olhar para o passado não são as mesmas inquietações que surgiram a Mornet
setenta anos antes, o conhecimento se acrescentou e a historiografia ao passar por novos
debates se transformou, assim sendo, o olhar do historiador incorporou novas dimensões.
No primeiro tópico Chartier faz uma revisão das ideias de Mornet, tecendo algumas
críticas aos conceitos que lhe serviram para a formação das origens intelectuais da
revolução francesa. Chartier mostra que o problema em buscar as origens repousa no
processo de seleção e homogeneização para o estabelecimento de causas, já que este
“pressupõe um processo de seleção que retém, dentre as inúmeras realidades que
constituem a história de uma época, apenas a matriz do evento futuro” , assim sendo dá
unidade as possíveis origens que na realidade são “heterogêneas em sua natureza e
descontinuas em sua realização” . Em outras palavras isso pressupõe que as origens de
um evento estavam presentes de forma homogênea, no pensamento e nas ações, antes
deste acontecer. Uma interpretação assim, como mostra Chartier, não vislumbra e não dá
lugar
as
complexidades,
diversidades
e
descontinuidades
que
perpassam
o
desenvolvimento de um evento histórico como a Revolução Francesa.
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Nesse sentido Chartier nos aponta para os riscos de uma interpretação que se
baseia nesses pressupostos (continuidade, homogeneidade etc.) as leituras teleológicas
que compreendem o evento a partir de seu resultado. Como bem coloca Chartier essa
interpretação teleológica incorre no risco de reproduzir o discurso de interpretação
clássica, de que o Iluminismo produziu a Revolução Francesa. Como mostra o autor as
causas da Revolução são criadas a posteriore para a legitimação de um evento político,
nesse caso a Revolução Francesa. Chartier evidencia que os revolucionários construíram,
a partir de uma seleção de textos que serviam para legitimar suas ações, uma idéia de
iluminismo como sendo gerador da Revolução Francesa. A Revolução Francesa teria
criado o iluminismo, como sua origem, a partir de uma interpretação ideológica, a
histórica, que a legitima. Para contornar essa dificuldade que Chartier substitui as origens
intelectuais por origens culturais, para dá pluralidade a compreensão das origens da
Revolução. Inserindo-as numa dinâmica social, para perceber as transformações que
estão ocorrendo nas formas de pensar, nos valores, e como esses inseridos numa
dinâmica cultural são diversificados e resignificados de uma realidade para outra ou de
um grupo para o outro, pensamentos que não são homogêneos e podem até ser
conflitantes entre si. Isso serve para demonstra que a Revolução não foi planejada.
Como observa Chartier é necessário um equilíbrio, já que não se pode escapar
totalmente de uma análise teleológica, pois uma história descontínua estaria fadada a
enumeração de fatos desconexos, é necessário trabalhar no terreno delimitado por Mornet
e ao mesmo tempo “considerar que nenhuma abordagem de um problema histórico seja
possível fora do discurso historiográfico que a elaborou”. Assim sendo, é possível
levantar questões a partir da obra Mornet. Em seu livro há duas referências fundamentais
Hippolyte Taine e Aléxis Tocqueville, suas obras são, respectivamente L‟Ancien Régime
[O Antigo Regime] e L‟Ancien Régime et la Révolution [O Antigo Regime e a
Revolução]. Chartier mostra como Mornet utilizou as ideias desses autores discutindo-as
e refutando-as. A interpretação de Taine é estritamente intelectual, Mornet o critica nesse
aspecto, pois ele restringe a sua análise a apenas uma literatura filosófica, não mostrando
que as ideias para a Revolução são extraídas de outros locais. Nesse sentido Mornet tem
a preocupação de inserir além da literatura filosófica a experiência das pessoas comuns.
Mornet também critica a idéia de uma Revolução planejada mostrando que a
História da Revolução tem sua dinâmica própria e não pode se limitar as origens. Mas
para Chartier, a despeito de que ao elaborar o conceito de “espírito revolucionário” esteja
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4. 4
reforçando a idéia de uma Revolução planejada, há também contribuições da obra de
Taine que devem ser analisadas, pois ele já sinaliza para as raízes da Revolução Francesa
no classicismo. Ao apontar para a contribuição do espírito clássico na formação do
espírito revolucionário, Taine mostra que esse espírito deu bases para o pensamento que
norteou a Revolução. Amparados na razão que se estrutura no classicismo os
revolucionários propõem uma transformação dos valores vigentes e das estruturas
sociais.
Já Tocqueville ver a Revolução como o desfecho inevitável de um processo que
ocorria na França; a crise do antigo regime. Mas também traz contribuições ao dá ênfase
a política literária. Mostrando como os homens de letras ao serem excluídos da prática do
poder começam a escrever sobre política, criticam a administração e se colocam contra a
centralização que os baniu. Como expõe Chartier a política literária era poderosa, mas no
exercício da política, assim como a entendemos hoje, não tinha poder algum. Tocqueville
quebra a idéia de que o pensamento filosófico, contrário as estruturas hierárquicas, era
burguês, mostrando que ele era de todos que se sentiam excluídos desse poder. O
processo de centralização pela Monarquia teria gerado a “aristocracia literária” e a
opinião pública. Para Chartier esse processo não é tão simples assim, ele discorda com
um pressuposto dessas ideias; o de uma centralização absoluta. Para Chartier a
centralização não é unicamente a causa da formação da opinião pública e o discurso
filosófico, pois não há uma homogeneidade nessas instâncias e dentro do discurso
filosófico há correntes rivais. Ele mostra também, a partir da inovação de Mornet, que no
interior da cultura política do Antigo Regime a opinião pública, que é perpassada de uma
heterogeneidade, se faz principalmente nas formas de sociabilidade dentro das
instituições que são importantes para divulgação do conhecimento, as sociétés de pensée.
Nessas instituições eram desenvolvidas formas de exercer política e de pensá-la. Ao
discutirem essa política, os homens dessa época, não aceitam mais as ordens
estabelecidas, aqui começa a ser cultivado um pensamento crítico que vai solapar o
Antigo Regime. Esse pensamento, longe de ser puramente homogêneo ganha diversas
significâncias no interior dos diversos grupos sociais. Isso serve para salientar que a
opinião pública é experimentada de formas diferentes e que a opinião popular, e a sua
cultura, não são um reflexo pálido do pensamento filosófico elitista, mas obedece a uma
dinâmica própria que encontra diversidade em seu interior. Como nos mostrou também o
historiador Robert Darnton em sua obra Boemia Literário e Revolução o submundo das
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letras no Antigo Regime. Darnton salienta a capacidade criativa das massas em criar um
discurso que critica a ordem estabelecida. Nesse ponto e em outros a obra de Chartier
dialoga com a obra de Darnton. Dialogam também na relativização do iluminismo. No
último tópico do primeiro capítulo ao analisar o que é o iluminismo Chartier mostra mais
uma vez o objetivo de se debruçar sobre a obra de Mornet, a análise do pensamento deste
em relação ao “espírito filosófico” que em Chartier vai gerar uma série de questões.
Assim sendo, ele apresenta a necessidade de passar do “intelectual” para o “cultural”.
Para Chartier o termo cultural é mais amplo, pois possibilita a análise de como os textos
são apropriados, lidos, interpretados e reinterpretados. Essa troca de termos permite
salientar o papel da opinião pública na transformação e readaptação das ideias, e
visualizar as discordâncias que existem dentro dos discursos que propunham a
reorganização social. O termo intelectual, não abarca essa complexidade, pois pressupõe
mais um pensamento filosófico homogêneo. É dentro dos limites culturais que se pode
visualizar a difusão das ideias e perceber que essa difusão
“não pode ser considerada uma simples imposição. A recepção sempre envolve
apropriação, que transforma, reformula e transcende o percebido. A opinião não é de
maneira alguma um receptáculo, e tampouco uma superfície mole sobre a qual se pode
escrever. A circulação de pensamentos ou modelos culturais é sempre um processo
dinâmico e criativo.”
Por isso uma análise das origens da Revolução Francesa deve privilegiar a
reflexão em torno das condições históricas específicas que levaram ao nascimento da
opinião pública e os diversos discursos que foram formulados e reformulados em seu
interior, essas condições são analisadas por Chartier no capítulo oito. O que permite ver
as complexidades e diversidades dentro dos processos históricos. Para além de uma única
causa ou origem, a Revolução Francesa, vista por um viés cultural, está atrelada em
diversos fatores complexos que possibilitaram seus rumos. Esses fatores serão discutidos
no segundo capítulo aqui analisado.
Mas, resta saber, se realmente as revoluções tem origens culturais é o que vai
analisar Chartier no oitavo capítulo de sua obra. Nesse capítulo o autor insere as ideias de
Lawrence Stone sobre a Revolução Inglesa. Com o objetivo de comparar as duas
revoluções para perceber se as questões que possibilitaram a Revolução Inglesa também
são válidas para a França pré-revolucionária. Stone mostra que as revoluções não
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acontecem por meros acidentes, nem são inevitáveis dentro dos processos históricos,
estão sim inscritas em suas próprias causas. Chartier deseja perceber os fatores culturais
nessas causas para a Revolução Francesa. Stone enumera em sua obra as cinco
precondições intelectuais e culturais da Revolução Inglesa. Essas precondições repousam
em elementos que minaram a antiga ordem política e religiosa. Chartier vai se apropriar
desses fatores para ver como estes se desencadearam na França pré-revolucionária, e
investigar as semelhanças entre esses processos distintos. Segundo Stone os elementos
que se encontram no germe da Revolução Inglesa são: “1) Aspiração religiosa
(puritanismo), 2) referência jurídica (a lei comum a toda Inglaterra), 3) um ideal cultural
(a ideologia do „país‟ em oposição à corte real), 4) uma atitude mental (o
desenvolvimento do ceticismo) 5) uma frustração intelectual.” Chartier vai analisar um
por um desses fatores na França e ver como eles contribuíram para a desarticulação do
Antigo Regime.
A começar pela religião, Chartier analisa como o processo de dessacralização se
deu na França. No caso francês não houve o puritanismo, que questionava as estruturas
vigentes, como na Inglaterra, mas o autor mostra que a França experimentou um
processo semelhante através do jansenismo. Que usa a religião para tecer críticas radicais
ao despotismo da Igreja e o despotismo ministerial. Esse movimento, inserido numa
dinâmica de mudança social, vai contribuir para a emergência de uma nova visão de
mundo onde as pessoas passam a confiar menos nas autoridades constituídas. E passam a
ter uma nova relação com o sagrado, que não se restringe mais a Igreja, mas também
incorpora outras instituições sociais, uma transferência de sociabilidade. Essa mudança
de percepção pela qual passam os homens dessa época é propagada nos salões e em
outros espaços sociais. Nesse sentido Chartier mostra que o jansenismo se equiparou ao
protestantismo, ao menos em intensidade.
Além do discurso religioso que está sendo apropriado pela população e vai
colocar as autoridades constituídas em cheque, há o discurso legal, presente
principalmente nos cahiers de doléances (cadernos de queixa), que servem de fonte para
medir o descontentamento do povo. Nesse contexto as pessoas comuns começam a se
apropriar da linguagem jurídica para reivindicar seus direitos. Assim fazendo questionam
a ordem estabelecida e aranham a estrutura vigente, nesse sentido contribuem junto com
outros fatores para o desenvolvimento de um pensamento crítico e revolucionário. Os
cadernos de queixa são o meio de expressão jurídica de uma sociedade que está
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insatisfeita, esses cadernos são produzidos principalmente por advogados, que estão
excluídos do governo e dos seus privilégios e aproveitam para tecer críticas a hierarquia e
ao sistema de privilégios que os baniu. Essa questão é também trabalhada por Darnton,
ao mostrar o cenário de uma França pré-revolucionária abarrotada de intelectuais que não
encontram lugar em Le monde, e por isso tendem a direcionar lhe duras críticas.
Além da dessacralização das autoridades constituídas, da apropriação das massas
da linguagem do direito, outro processo ajudou a minar a velha ordem social. Esse
processo diz respeito a perda de importância da corte, esse espaço vai sofrer também
duras críticas por parte das várias formas de sociabilidade (salões, clubes e revistas). À
medida que vai decorrendo o século XVIII, a corte vai perdendo o seu papel deixando de
se constituir um padrão de etiqueta e bons costumes. Grande parte dos libelos políticos
analisados por Darnton em sua obra Os Best-sellers proibidos da França prérevolucionária são direcionados a corte especialmente a figura do rei, e vão contribuir
para a dessacralização desse espaço. “Explicita ou implicitamente, todos esses textos
traçavam uma ligação entre a corrupção do soberano e os cortesãos, a degeneração da
Monarquia num despotismo oriental, o desperdício de fundos públicos e a miséria do
povo.” Esses textos vão ter grande circulação e aceitação popular, incitando o povo
contra a corte e as ordens estabelecidas.
Outro elemento analisado por Chartier como fator que serviu para minar as
estruturas vigentes é o conflito que distingue capital e províncias. A capital sempre foi
tida como centro da atividade intelectual, isso gera uma crítica por parte dos provincianos
à vida na capital, já que muitos jovens, das outras partes do reino eram atraídos pelo
brilho de Paris. Muitos escritos provincianos mostram a capital como perniciosa e
pervertida. Isso gera uma série de tensões. Tensões e conflitos que são percebidos pelo
sociólogo Norbert Elias também no interior da corte. Que estará lutando pelo poder entre
si, mas em muitos momentos vão se unir na defesa dos seus interesses comuns. Isso leva
Chartier reinterar a complexidade das relações sociais na França as vésperas da
Revolução desconstruindo a idéia de uma revolução a partir da luta de um grupo contra o
outro. Já que como ele mostra a partir das considerações de Elias que não se deve reduzir
“o processo social que culminou na Revolução a uma oposição super-simplificada
entre aristocracia e a burguesia – super-simplificada porque pelo menos alguns grupos
dentro da aristocracia e da burguesia constituíam elites monopolistas privilegiadas e
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eram, sob esse aspecto, tão vinculadas entre si quanto a competição existente entre eles
(talvez ainda mais).”
Aqueles que estão excluídos dessa dinâmica de poder vão atacar a Corte, isso vai
gerar uma erosão da autoridade, pois os ataques e denúncias vão destruir um dos pilares
fundamentais da Monarquia a sacralização dos seus símbolos que servem para legitimar
o seu poder. Os homens da França pré-revolucionária vão experimentar de forma análoga
aos homens das vésperas da Revolução Inglesa, um processo de ceticismo e descrédito
pela autoridade que vai corroer as crenças nos valores tradicionais e hierárquicos pelos
quais estavam pautados e se estruturavam as velhas ordens.
Uma atitude crítica gerada por esse processo será especialmente percebida nos
intelectuais frustrados, que estão excluídos dos privilégios e hierarquias. Chartier vai
analisar como esse processo vai se intensificar com o crescimento no número de
intelectuais especialmente bacharéis em direito, a partir do método da história serial.
Chartier nota que isso gerou uma “supersafra” de intelectuais que o sistema não tinha
capacidade de absorver são esses intelectuais que vão questionar com veemência a ordem
estabelecida.
Processo semelhante aconteceu com aqueles que Darnton vai chamar de
subliteratos, e Chartier vai classificar como intelectuais frustrados, os advogados também
o são, que excluídos da posição e dos privilégios que muito aspiravam vão criticar e
denunciar o sistema que os exclui. “Ambos os grupos desempenharam um papel decisivo
no processo pré-revolucionário- os escritores pelo crescente número de panfletos e
libelos escritos; os advogados demonstrando liderança em campanhas do partido patriota
e na preparação da Assembléia geral” . Isso também gerava um conflito entre os filósofos
que estavam incluídos no sistema de privilégios e aqueles que dele estavam fora. Esses
grupos vão tecer intensas críticas à forma elitista dos privilégios pelos quais os filósofos
do le monde estão amparados defendendo uma nova ordem que possa os incluir pelo
talento contra os privilégios herdados, já que pelas tendências elitistas eles estavam
excluídos. Assim fazendo esses intelectuais vão propor uma mudança, conscientes ou
inconscientes, sem precedentes na história francesa.
Após a comparação dos pontos levantados por Stone, Chartier conclui que ambas
as Revoluções, inglesa e francesa tem alguns pontos em comum. Não deixa de salientar
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também as diferenças que repousam no tempo e no espaço. Já que a França tem suas
próprias especificidades. Mas, é importante destacar que:
“essas duas situações históricas mostram uma configuração semelhante,
combinando o desapontamento de um largo segmento das classes intelectuais, a erosão
de uma autoridade todo-poderosa, a imputação dos males sociais à pessoa que detinha o
poder soberano e uma esperança amplamente compartilhada por uma nova era. Esse
complexo de pensamentos e afetos, talvez constitua a condição necessária para trazer
todas as revoluções para o campo do possível. Em todo caso, isso foi claramente
evidente, com suas modalidades particulares, no reino que viria a produzir a Revolução
de 1789.”
Essa conclusão serve para reiterar, o que foi analisado no primeiro capítulo que
não há uma única origem para a Revolução, mas um conjunto de diferentes fatores que
atrelados e unidos a processos complexos, que se complementam, vão desencadear a
Revolução Francesa.
Para além das conclusões apontadas pelo próprio autor é importante salientarmos
a relevância da obra de Chartier, que lança um novo olhar sobre os processos históricos,
onde os homens não estão alheios aos processos de mudança social, mas os efetivam, já
que nenhuma história pode ser despida dos seus personagens e protagonistas, na análise
de Chartier eles podem ser tanto o grande filósofo quanto o escritor de libelos. Essa
análise é importante também para perceber como as mudanças são sentidas e realizadas
em todas as instâncias sociais, desde as classes mais refinadas às camadas populares.
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