Identidade, igualdade e diferença no olhar da história

A L U N O S : D A Y A N E T H A Y S L E I T E S O A R E S , E L M I S E L I D E O L I V E I R A , J A N A I N A R O D R I G U E S D E
O L I V E I R A , L I D I A N E Á L V A R E S M E N D E S E R I C A R D O J U L I O J A T A H Y L A U B J R .
SEMINÁRIO: RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, GÊNERO E
ENSINO DE HISTÓRIA
PROFESSORA DOUTORA
FABIANA FRANCISCA MACENA
LINHA DE PESQUISA: ENSINO DE HISTÓRIA, ,MEMÓRIA E PATRIMÔNIO

LIDIANE ÁLVARES MENDES
JANAÍNA R. DE OLIVEIRA
RICARDO J. J. LAUB JR.
ENSINO DE HISTÓRIA

ENSINO DE HISTÓRIA
IDENTIDADE, IGUALDADE E DIFERENÇA: O OLHAR DA HISTÓRIA
MICHEL FOUCAULT E A HISTÓRIA DAS MULHERES
HISTÓRICA DAS MULHERES
MICHELLE PERROT
MICHELLE PERROT
JOAN SCOTT
PROFESSORA DOUTORA
FABIANA FRANCISCA MACENA

AUTORA
(1928) é uma HISTORIADORA E PROFESSORA EMÉRITA
DA UNIVERSIDADE PARIS VII, universidade para qual
mudou nos anos 70 sob o impacto de 1968 após ter
lecionado na Sorbonne, França. Em 2009 ganhou
o Prémio Femina de Ensaio.
Faz parte da geração da Escola Nova Francesa de
Estudos Sociais na Europa e é ESPECIALISTA NA
HISTÓRIA DO SÉCULO XIX. O artigo "Uma história das
mulheres é possível?" é precursor dos estudos sobre
a história das mulheres no ocidente. Defendeu sua
tese de doutorado de Estado sobre o movimento
operário sob a supervisão de Labrousse. Historiadora
engajada participou ao lado de Foucault do grupo de
discussão sobre as prisões.
MICHELLE PERROT

A AUTORA
Promoveu importante debate entre os historiadores
e Michel Foucault publicado no livro que organizou "A
impossível prisão". Dirigiu ao lado de G. Duby a
série História da vida privada e HISTÓRIA DAS
MULHERES NO OCIDENTE. Presente nos meios de
comunicação apresenta o programa semanal
"Segundas-feiras da História" na France Culture.
A CONTRIBUIÇÃO FUNDAMENTAL DA HISTORIADORA É A
SUA LUTA NO MOVIMENTO FEMINISTA
DEMONSTRANDO QUE O TRABALHO HISTÓRICO TAMBÉM
SE FAZ PERMEADO PELA AÇÃO POLÍTICA NO PRESENTE.
A autora figura como umas das mais célebres
historiadoras da causa feminista, assim como da
vertente social da história francesa.
MICHELLE PERROT

A AUTORA
é uma HISTORIADORA NORTE-AMERICANA,
nascida em 18 dezembro de 1941 no Brooklyn,
CUJO TRABALHO, inicialmente dedicado à história
francesa (movimento operário e história
intelectual) foi DIRECIONADO NA DÉCADA DE
1980 PARA A HISTÓRIA DAS MULHERES A
PARTIR DA PERSPECTIVA DE GÊNERO. Ela
atualmente OCUPA A CADEIRA HAROLD F. LINDER
NA INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS DE
PRINCETON.
JOAN WALLACH SCOTT

A AUTORA
Entre suas publicações mais notáveis está o artigo
"GÊNERO: UMA CATEGORIA ÚTIL DE ANÁLISE
HISTÓRICA", publicado em 1986 no American Histórica
Review Este artigo, "sem dúvida, um dos artigos mais
lidos e citados na história da Revista", foi ESSENCIAL
NA FORMAÇÃO DE UM CAMPO DE HISTÓRIA DE
GÊNERO DENTRO DOS ESTUDOS HISTÓRICOS
ANGLO-AMERICANOS. O artigo foi traduzido para o
português e é referência teórica importante no
estabelecimento dos estudos de gênero no Brasil.
JOAN WALLACH SCOTT

A OBRA

IDENTIDADE, IGUALDADE E DIFERENÇA:
O OLHAR DA HISTÓRIA
PARTE: 01 MICHELLE PERROT
Por: LIDIANE ÁLVREZ MENDES
Capitulo 21, p. 467-480

A L U N O S : D A Y A N E T H A Y S L E I T E S O A R E S , E L M I S E L I D E O L I V E I R A , J A N A I N A R O D R I G U E S D E O L I V E I R A ,
L I D I A N E Á L V A R E S M E N D E S E R I C A R D O J U L I O J A T A H Y L A U B J R .
“DORAVANTE, O GÊNERO SE FAZ SEXO, COMO
O VERBO SE FAZ CARNE.” (PAG.470)

8. Diferenças entre
sexos – construção
através dos tempos.
8. Diferenças entre
sexos – construção
através dos tempos.
1. O corpo é lugar de
representação e
poder
1. O corpo é lugar de
representação e
poder
2. Produção a partir da
diferença
2. Produção a partir da
diferença 3. Confrontos entre teoria e
prática x igualdades
3. Confrontos entre teoria e
prática x igualdades
4, Construção da
história pela
dominação
4, Construção da
história pela
dominação
5. Feminismo dividido:
em relação a virilidade
dos fatos impostos
5. Feminismo dividido:
em relação a virilidade
dos fatos impostos
6. Subjetividades nas
análises de gênero
6. Subjetividades nas
análises de gênero
7. Quatro campos podem ser analisados:
Análise dos tempos, análise das práticas,
atitudes das mulheres, composição,
recomposição e decomposição.
7. Quatro campos podem ser analisados:
Análise dos tempos, análise das práticas,
atitudes das mulheres, composição,
recomposição e decomposição.

1. O CORPO É
LUGAR DE
REPRESENTAÇÃO E
PODER
1. O CORPO É
LUGAR DE
REPRESENTAÇÃO E
PODER

2. PRODUÇÃO A
PARTIR DA
DIFERENÇA
2. PRODUÇÃO A
PARTIR DA
DIFERENÇA

3. CONFRONTOS
ENTRE TEORIA E
PRÁTICA X
IGUALDADES
3. CONFRONTOS
ENTRE TEORIA E
PRÁTICA X
IGUALDADES

4, CONSTRUÇÃO DA
HISTÓRIA PELA
DOMINAÇÃO
4, CONSTRUÇÃO DA
HISTÓRIA PELA
DOMINAÇÃO

5. FEMINISMO DIVIDIDO:
EM RELAÇÃO A VIRILIDADE DOS FATOS
IMPOSTOS
5. FEMINISMO DIVIDIDO:
EM RELAÇÃO A VIRILIDADE DOS FATOS
IMPOSTOS

6. SUBJETIVIDADES
NAS ANÁLISES DE
GÊNERO
6. SUBJETIVIDADES
NAS ANÁLISES DE
GÊNERO

7. QUATRO CAMPOS PODEM SER ANALISADOS:7. QUATRO CAMPOS PODEM SER ANALISADOS:
ANÁLISE DOS TEMPOS
ANÁLISE DAS PRÁTICAS
ATITUDES DAS MULHERES
COMPOSIÇÃO, RECOMPOSIÇÃO
E DECOMPOSIÇÃO

8. DIFERENÇAS ENTRE
SEXOS – CONSTRUÇÃO
ATRAVÉS DOS
TEMPOS.
8. DIFERENÇAS ENTRE
SEXOS – CONSTRUÇÃO
ATRAVÉS DOS
TEMPOS.

SEMINÁRIO: Parte 1 - PERROT, Michelle. Identidade, igualdade e diferença: o olhar da
história. ______. As mulheres e os silêncios da história. Bauru: Edusp, Capitulo
21, p. 467-480, 2005.
05 10

MICHEL FOUCAULT E A HISTÓRIA DAS
MULHERES
PARTE: 02 MICHELLE PERROT
Por: JANAINA R. DE OLIVEIRA
Capitulo 23 p. 489-503

SEUS
OBJETIVOS
SUAS
FORMAS
PENSAR A
CONDIÇÃO
FEMININA
SUAS
ABORDAGENS
OBJETIVOPERROT, MOSTRA COMO
FOUCAULT CONTRIBUI COM A
HISTORIOGRAFIA FEMINISTA

CONFIGURA AS
INSPIRAÇÕES E
INTERESSE DE MICHEL
FOUCAULT SOBRE OS
ESTUDOS DAS
MULHERES.
AS PROBLEMÁTICAS QUE MICHELLE
PERROT APONTA NO TEXTO

REFLETE SOBRE COMO OS
CONCEITOS
FOUCAULTIANOS SÃO
FUNDAMENTAIS PARA A
HISTORIOGRAFIA
FEMINISTA.
A IDEIA CENTRAL

SEMINÁRIO: Parte 2 -PERROT, Michelle. Michel Foucault e a história das mulheres
. ______. As mulheres e os silêncios da história. Bauru: Edusp, Capitulo 23 p.
489-503, 2005.
05 10

JOAN SCOTTPARTE: 03.1
A escritada história:novas perspectivas. São Paulo:UNESP, 1992.p.63-74.
História Das Mulheres. (P.63 – 67)
“Profissionalismo” versus “Política”.
(P. 67 – 74)
Por: RICARDO JULIO JATAHY LAUB JUNIOR

Utilizo o termo “movimento” ,
deliberadamente, para distinguir o
fenômeno atual dos esforços anteriormente
disseminados por alguns indivíduos para
escrever no passado sobre as mulheres,
para sugerir algo da qualidade dinâmica
envolvida nos intercâmbios no nível
nacional e nos interdisciplinares pelos
historiadores das mulheres, e ainda, para
evocar as associações com a política.
(SCOTT, 1992. p.64.)
“TERMO MOVIMENTO” “TERMO MOVIMENTO”
ESFORÇOS ANTERIORMENTE DISSEMINADOS
POR ALGUNS INDIVÍDUOS PARA ESCREVER NO
PASSADO SOBRE AS MULHERES
INTERCÂMBIOS NO NÍVEL NACIONAL E NOS
INTERDISCIPLINARES PELOS HISTORIADORES
DAS MULHERES
ASSOCIAÇÕES COM A POLÍTICA
FENÔMENO ATUAL
HISTÓRICA DAS MULHERESA escritada história:novas perspectivas. São Paulo:UNESP, 1992.p.63-74.

TRÊS TEMPOS NO MOVIMENTO
DA HISTÓRICA DAS MULHERES
FEMINISMO
REINVICAÇÕES
POLÍTICAS
A VIDA DAS
MULHERES
A HISTÓRIA
ESPECIALIZADA
GÊNERO
ANÁLISE NEUTRA
ANOS 60
ANOS 70
ANOS 80
FONTE: História e Métodos Prof. Wilhelm Wachholz Acadêmico:
Vanildo Luiz Zugno História das Mulheres Joan Scott Em: BURKE,
Peter (Org). A Escrita da História:

A CONEXÃO ENTRE
HISTÓRIA DAS MULHERES
E ”POLÍTICA”

A conexão entre a história das mulheres e a
política é ao mesmo tempo óbvia e
complexa. Em uma das narrativas
convencionais das origens deste campo, a
política feminista é o ponto de partida..
(SCOTT, 1992. p.64.)
“CONEXÃO” “CONEXÃO OBVIA”
HISTÓRIA DAS
MULHERES
POLÍTICA FEMINISTA
N AR R ATI VA
C O M O P O N T O
D E P A R T I D A
POLÍTICA

“NARRATIVA”
“CONEXÃO OBVIA”
HISTÓRIA DAS
MULHERES
POLÍTICA FEMINISTA
N AR R ATI VA
C O M O P O N T O
D E P A R T I D A
POLÍTICA
DÉCADA 60
UMA HISTÓRIA QUE ESTEBELECESSE HEROINAS
PROVASSE A ATUAÇÃO DAS MULHERES
FORNECESSE EXPLICAÇÃO SOBRE A OPRESSÃO
INSPIRASSE PARA A AÇÃO
INTELCTUALIDADEPOLÍTICA +
FEMINISTAS ACADÊMICAS

METADE E FINAL DA DÉCADA DE 70
HISTÓRIA DAS
MULHERES
POLÍTICA
Ampliou seu campo de
questionamentos, documentando todos
os aspectos da vida das mulheres no
passado, e dessa forma adquiriu uma
energia própria.
(SCOTT, 1992. p.64.)

DÉCADA DE 80
HISTÓRIA DAS
MULHERES
ÉSPAÇO PRÓPRIO
DESPROVIDO DE PROPÓSITO
IDEOLÓGICO
...DA POLÍTOCA PARA HISTÓRIA
ESPECIALIZADA
(SCOTT, 1992.p.65.)

De acordo com a DEFINIÇÃO “TRADICIONAL” DE GÊNERO, este pode ser usado como:
O QUE É PRÓPRIO
DO SEXO
MASCULINO
O QUE É PRÓPRIO
DO SEXO
FEMININO.
DEFINIÇÕES DE GÊNERO
SINÔNIMO
DE “SEXO”
De acordo com a PONTO DE VISTA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E DA PSICOLOGIA
O QUE É PRÓPRIO
DAQUILO QUE DIFERENCIA
SOCIALMENTE AS
PESSOAS
O QUE É PRÓPRIO
DAQUILO QUE DIFERENCIA
SOCIALMENTE AS
PESSOAS
GÊNERO COMO UMA
DAS 3 CATEGORIAS
DE ANALISE DO
HISTORIADOR*
” (SCOTT.1989) p.04.(ONDE SE ENCONTRAM TAMBÉM RAÇA E CLASSE)

DÉCADA DE 80
(SCOTT, 1992. p.65)
POSITIVO NEGATIVO
VARIAÇÕES SIGNIFICATIVAS
O RESGATE DA HISTÓRIA RETIRADA PARA ACADEMIA
DESVIO PARA GÊNERO
DESVIO PARA TEORIA
SINAL DE DESPOLITIZAÇÃO

DÉCADA DE 80
(SCOTT, 1992. p.65)
ARGUMENTO DA AUTORA
[...] a narrativa necessita de alguma reflexão crítica, não apenas
por não ser tão simples, mas também porque representa mal a
história da história das mulheres e seu relacionamento, tanto com
a política, quanto com a disciplina da história. A história deste
campo não requer somente uma narrativa linear, mas um relato
mais complexo, que leve em conta, ao mesmo tempo, a posição
variável das mulheres na história, o movimento feminista e a
disciplina da história.

(SCOTT, 1992. p.66)
A PALAVRA POLÍTICA
1º - significa; atividade dirigida para/ou em governos ou outras autoridades poderosas,
atividade essa que envolve um apelo à identidade coletiva, à mobilização de recursos, à
avaliação estratégica e à manobra tática.
2º - significa; a palavra política é também utilizada para se referir às relações de poder
mais gerais e às estratégias visadas para mantê-las ou contestá-las.
3º - significa; a palavra política é aplicada ainda mais amplamente a práticas que
reproduzem ou desafiam o que é às vezes rotulado de “ ideologia” , aqueles sistemas de
convicção e prática que estabelecem as identidades individuais e coletivas que formam
as relações entre indivíduos e coletividades e seu mundo, e que são encaradas como
naturais, normativas ou auto-evidentes.
(SCOTT, 1992. p.66)
(SCOTT, 1992. p.67)

A PALAVRA POLÍTICA
[...] mas a minha utilização da palavra “ política” para caracterizar tudo
isso sugere que os limites de definição e espaço são indistintos, e que,
inevitavelmente, qualquer utilização tem múltiplas ressonâncias. A
narrativa da história das mulheres que eu desejo fazer depende dessas
múltiplas ressonâncias; é sempre uma narrativa política.
(SCOTT, 1992. p.67)

”PROFISSIONALISMO”
VERSUS
”POLÍTICA”
(SCOTT, 1992. p.67)

”PROFISSIONALISMO” VERSUS ”POLÍTICA”
(SCOTT, 1992. p.67)
FEMINISMO
MOVIMENTO
INTERNACIONAL
CARACTERISTICAS
REGIONAIS
CARACTERISTICAS
PARTICULARES
CARACTERISTICAS
NACIONAIS
NOS ESTADOS UNIDOS:

(SCOTT, 1992. p.67-68)
NOS ESTADOS
UNIDOS:
Ressurgiu nos
anos 60
O FEMINISMO
MOVIMENTO DOS
DIREITOS CIVIS
POLÍTICAS DO
GOVERNO P/ A
EXPANSAO ECONIMICA
Autojustificativa
IGUALDADE
[...] assumiu e criou uma identidade coletiva de mulheres, indivíduos
do sexo feminino com um interesse compartilhado no fim da
subordinação, da invisibilidade e da impotência, criando igualdade e
ganhando um controle sobre seus corpos e sobre suas vidas.

(SCOTT, 1992. p.68)
NOS ESTADOS
UNIDOS:
SURGIU NOS
ANOS 60
NA POLÍTICA
TRADICIONAL
COMISSÃO SOBRE A
CONDIÇÃO DA MULHER
1961
COMISSÃO PARA
OPORTUNIDADES IGUAIS
DE EMPREGO – EEOC -
1964
FORMARAM A
ORGANIZAÇÃO
NACIONAL DAS
MULHERES
1966
[...] as mulheres tornaram-se um grupo identificável (pela primeira
vez desde o movimento sufragista na virada do século)..

(SCOTT, 1992. p.69)
NOS ESTADOS
UNIDOS:
BOLSAS DE
ESTUDO E APOIO
FINANCEIRO
ANOS 60
ESTIMULO PHD
RECONHECIMENTO DO
PRECONCEIRO
NAS PROFISSÕES
INTELECTUALIZADAS
[...] AS MULHERES eram
chamadas para se inserirem
em profissões que
previamente as havia
EXCLUÍDO OU SUBUTILIZADO
[...] O FEMINISMO logo
apareceu para
REIVINDICAR MAIS
RECURSOS para as
mulheres e para
denunciar a persistência
da desigualdade.
[...] As feministas na academia declaravam que os preconceitos contra as
mulheres não haviam desaparecido, ainda que elas tivessem credenciais
acadêmicas ou profissionais, e se organizaram para exigir uma totalidade de
direitos, aos quais suas qualificações presumivelmente lhes davam direito...

A CRITICA DA CONDUTA DAS MULHERES COMO
NAO-PROFISSIONAL.
1969 - O Comitê de Coord. De
Mulheres na Profissão Histórica no
ENCONTRO AHA,
[...] AS MULHERES ROMPERAM AS
NORMAS DE CONDUTA E
DESAFIARAM AS IMPLICAÇÕES DE
TRABALHO [...]
[...] um comitê que publicou um
relatório em 1970 reconhecendo a condição
inferior das mulheres e recomendando várias
medidas punitivas, incluindo a criação de um
comitê permanente sobre as mulheres..
(SCOTT, 1992. p.70)
1970
1970
apresentou Resoluções
melhoria a condição
das MULHERES
RESULTADO 1
RESULTADO 2
A CRITICA DA CONDUTA
DAS MULHERES COMO
NAO-PROFISSIONAL.

A OPOSIÇÃO ENTRE PROFISSIONALISMO E
POLÍTICA NÃO É UMA OPOSIÇÃO NATURAL
(SCOTT, 1992. p.70)
[...] parte da autodefinição da profissão como uma prática especializada
2
ASPECTOS
DISTINTOS
[...] Um deles envolve a natureza do conhecimento produzido, neste
caso DO QUE SE CONSIDERA COMO HISTORIA.
[...] O outro envolve as funções de barreira que estabelecem e
reforçam os padrões mantidos pelos membros da profissão, neste
caso os historiadores Para os historiadores profissionais do século
vinte, A HISTÓRIA É O CONHECIMENTO DO PASSADO OBTIDO POR
MEIO DE INVESTIGAÇÃO DESINTERESSADA E IMPARCIAL (o
interesse e a parcialidade são a antítese do profissionalismo) e
universalmente disponível para quem quer que tenha dominado os
procedimentos científicos requeridos.
A

(SCOTT, 1992. p.70)
2
ASPECTOS
DISTINTOS
[...] Um deles envolve a natureza do conhecimento produzido, neste
caso DO QUE SE CONSIDERA COMO HISTORIA.
[...] O outro envolve as funções de barreira que estabelecem e
reforçam os padrões mantidos pelos membros da profissão, neste
caso os historiadores Para os historiadores profissionais do século
vinte, A HISTÓRIA É O CONHECIMENTO DO PASSADO OBTIDO POR
MEIO DE INVESTIGAÇÃO DESINTERESSADA E IMPARCIAL (o
interesse e a parcialidade são a antítese do profissionalismo) e
universalmente disponível para quem quer que tenha dominado os
procedimentos científicos requeridos.
B

(SCOTT, 1992. p.71)
além das
ESTRURTURAS
HIERARQUICAS
[...] O “domínio” e a “excelência” podem ambos
explicitar JULGAMENTOS DE CAPACIDADE E
DESCULPAS IMPLÍCITAS PARA TENDÊNCIAS
VICIOSAS; na verdade, OS JULGAMENTOS de
capacidade estão com frequência entrelaçados
com avaliações de uma identidade social do
indivíduo que SÃO IRRELEVANTES À COMPETÊNCIA
PROFISSIONAL.

A OPOSIÇÃO ENTRE PROFISSIONALISMO E POLÍTICA
[...] É TRATAR O DESAFIO DAS MULHERES COMO UMA QUESTÃO DE REDEFINIÇÃO
PROFISSIONAL, [...], SUGERINDO QUE ELAS NÃO ERAM MAIS QUE A ATITUDE HEGEMÔNICA
DE UM PONTO DE VISTA INTERESSADO. Elas não puseram de lado os padrões
profissionais; NA VERDADE, CONTINUARAM A DEFENDER A NECESSIDADE DA EDUCAÇÃO
E DE JULGAMENTOS DE QUALIDADE (instituindo, entre outras coisas, concursos para
trabalhos de valor sobre a história das mulheres). [...] A maior parte dos
HISTORIADORES DAS MULHERES NÃO REJEITAVA A QUESTÃO DO SABER E DO
CONHECIMENTO, que é a base fundamental de uma profissão. Na verdade, ACEITAVAM
AS LEIS DA ACADEMIA E BUSCAVAM RECONHECIMENTO COMO INTELECTUAIS.
(SCOTT, 1992. p.73-74)
OUTRA MANEIRA DE VER O PROBLEMA

A OPOSIÇÃO ENTRE PROFISSIONALISMO E POLÍTICA
[...] De fato, AS HISTORIADORAS FEMINISTAS INSISTIRAM EM QUE NÃO
HAVIA OPOSIÇÃO ENTRE “ PROFISSIONALISMO” E “ POLÍTICA” , introduzindo
um conjunto de questões profundamente perturbadoras sobre as
hierarquias, as bases e as hipóteses que governavam o empreendimento
histórico:
(SCOTT, 1992. p.74)
OUTRA MANEIRA DE VER O PROBLEMA

SEMINÁRIO: Parte 3 - SCOTT, Joan. Histórica das mulheres. In BURKE, Peter (org).
A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992. p.63-74.
05 10

“História” versus “ideologia”.(P 75 – 84)

EMERGÊNCIA DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES COMO UM
CAMPO-DE ESTUDO
CAMPANHAS FEMINISTAS
PARA A MELHORIA DAS
CONDIÇÕES
PROFISSIONAIS
EXPANSÃO DOS LIMITES
DA HISTÓRIA
“História” versus “ideologia”.(P 75-84)
AMBIGUIDADE
PROJETO DA HISTORIA
DAS MULHERES
É UM SUPLEMENTO*
INÓCUO A HISTORIA
ESTABELECIDA
É UM DESLOCAMENTO
RADICAL DESSA
HISTORIA.
(SCOTT, 1992. p.75)
GUME DUPLO

“ freqüentemente parece um pouco estranho,
como se fosse irreal, desequilibrado” , ou seja,
Carente, insuficiente, incompleto. Aparentemente
se afastando da reescrita da história, ela
apresenta como tentativa o que parece ser outra
solução: “ Por q u e ... não acrescentar um
suplemento à história? chamando-o, é claro, por
algum nome discreto, de forma que as mulheres
pudessem ali aparecer sem impropriedade?”
*TERMO SUPLEMENTO
VIRGINIA WOOLF
(SCOTT, 1992. p.75)
INADEQUAÇÕES DA HISTÓRIA

TERMO SUPLEMENTO
[...] “AS MULHERES ESTÃO AO MESMO TEMPO
ADICIONADAS A HISTORIA E PROVOCAM SUA
REESCRITA; ELAS PROPORCIONAM ALGO EXTRA
E SÃO NECESSÁRIAS A COMPLEMENTAÇÃO ” [...]
“[...] SÃO SUPÉRFLUAS E INDISPENSÁVEIS [...]”
O RELACIONAMENTO DA
COM A HISTÓRIA
Jacques Derrida
[...] ele significa tanto uma adição,
quanto uma substituição. E algo
adicionado, extra, supérfluo, acima
e além do que já esta inteiramente
presente; e também uma
substituição para o que esta
ausente, incompleto, carente, por
isso requerendo complementação
ou integralidade.
AS MULHERES

TERMO SUPLEMENTO
[...] “AS MULHERES ESTÃO AO MESMO TEMPO
ADICIONADAS A HISTORIA E PROVOCAM SUA
REESCRITA; ELAS PROPORCIONAM ALGO EXTRA
E SÃO NECESSÁRIAS A COMPLEMENTAÇÃO ” [...]
“[...] SIGNIFICADOS CONTRADITÓRIOS [...]”
O RELACIONAMENTO DA
COM A HISTÓRIA
Jacques Derrida
[...] ele significa tanto uma adição,
quanto uma substituição. E algo
adicionado, extra, supérfluo, acima
e além do que já esta inteiramente
presente; e também uma
substituição para o que esta
ausente, incompleto, carente, por
isso requerendo complementação
ou integralidade.

ESTRUTURA
ANALITICA,
CONTEXTOS SOBRE PODER
E CONHECIMENTO QUE
CARACTERIZAM A
EMERGÊNCIA DESTE CAMPO

UMA
RESOLUÇÃO
FÁCIL
UMA
RESOLUÇÃO
FÁCIL
LOGICA
CONTRADITÓRIA
DO SUPLEMENTO
AMBIGUIDADE DA
HISTORIA DAS
MULHERES
FORCA POLITICA
POTENCIALMENTE
CRITICA
+
FORCAQUE DESAFIA
E DESESTABILIZA AS
PREMISSAS
DISCIPLINARES
ESTABELECIDAS
=
UMA
SÍNTESE
UMA
SÍNTESE
NÃO OFERECE
NÃO OFERECE
Resistencia por parte
dos historiadores “
tradicionais”
desejo de resolução, por
parte dos historiadores das
mulheres
+
ESTRUTURA ANALITICA,
CONTEXTOS SOBRE PODER E
CONHECIMENTO QUE
CARACTERIZAM A EMERGÊNCIA
DESTE CAMPO
FAZ SURGIR
FAZ SURGIR
“História” versus “ideologia”.(P75-84)

A IDÉIA DE QUE O SER HUMANO
UNIVERSAL* PODERIA INCLUIR AS MULHERES
E PROPORCIONAR EVIDÊNCIA E
INTERPRETAÇÕES SOBRE AS VÁRIAS AÇÕES E
EXPERIÊNCIAS DAS MULHERESNO PASSADO
*SER HUMANO UNIVERSAL: Moderna historiografia
ocidental, o sujeito tem sido incorporado com muito mais
frequência como um homem branco
A HISTORIA DAS MULHERES
INEVITAVELMENTE SE
CONFRONTA COM O
“DILEMA DA DIFERENCA”INCLUIR AS MULHERES COMO OBJETOS DE ESTUDO, SUJEITOS DA HISTORIA.
[...] ESTE DILEMA SE APRESENTA, PORQUE A
DIFERENÇA E CONSTRUÍDA “ ATRAVÉS DA
VERDADEIRA ESTRUTURA DA NOSSA LINGUAGEM,
QUE EMBUTE ... PONTOS DE COMPARAÇÃO NÃO
ESTABELECIDOS NO INTERIOR DE CATEGORIAS
QUE OCULTAM SUA PERSPECTIVA E IMPLICAM
ERRONEAMENTE UM AJUSTAMENTO NATURAL
COM O MUNDO” . O “UNIVERSAL" IMPLICA UMA
COMPARAÇÃO COM O ESPECIFICO OU O
PARTICULAR, HOMENS BRANCOS COM OUTROS
QUE NÃO SÃO BRANCOS OU NÃO SÃO HOMENS,
HOMENS COM MULHERES.

A IDÉIA DE QUE O SER HUMANO
UNIVERSAL* PODERIA INCLUIR AS MULHERES
E PROPORCIONAR EVIDÊNCIA E
INTERPRETAÇÕES SOBRE AS VÁRIAS AÇÕES E
EXPERIÊNCIAS DAS MULHERESNO PASSADO
A HISTORIA DAS MULHERES
INEVITAVELMENTE SE
CONFRONTA COM O
“DILEMA DA DIFERENCA”I N C L U I R A S M U L H E R E S C O M O O B J E T O S
D E E S T U D O , S U J E I T O S D A H I S T O R I A .
[...] ESTE DILEMA SE APRESENTA, PORQUE A
DIFERENÇA E CONSTRUÍDA “ ATRAVÉS DA
VERDADEIRA ESTRUTURA DA NOSSA LINGUAGEM,
QUE EMBUTE ... PONTOS DE COMPARAÇÃO NÃO
ESTABELECIDOS NO INTERIOR DE CATEGORIAS
QUE OCULTAM SUA PERSPECTIVA E IMPLICAM
ERRONEAMENTE UM AJUSTAMENTO NATURAL
COM O MUNDO” . O “UNIVERSAL" IMPLICA UMA
COMPARAÇÃO COM O ESPECIFICO OU O
PARTICULAR, HOMENS BRANCOS COM OUTROS
QUE NÃO SÃO BRANCOS OU NÃO SÃO HOMENS,
HOMENS COM MULHERES.

[...] necessariamente IR CONTRA AS DEFINIÇÕES DE
HISTORIA e seus agentes já estabelecidos como
“verdadeiros", ou pelo menos, como reflexões acuradas
sobre o que aconteceu (ou teve importância) no passado.
REIVINDICAR A IMPORTÂNCIA DAS MULHERES NA
HISTORIA SIGNIFICA
LUTAR CONTRA PADÕES CONSOLIDADOS
(SCOTT, 1992. p.77)

“O QUE DE CERTEAU AI ENFATIZA NAO
É QUE APENAS AS MULHERES POSSAM
ESCREVER A HISTORIA DAS
MULHERES, MAS QUE A HISTORIA
DAS MULHERES TRAZ A LUZ AS
QUESTOES DE DOMINIO E DE
OBJETIVIDADE SOBRE AS QUAIS AS
NORMAS DISCIPLINARES SAO
EDIFICADAS”. (SCOTT, 1992. p.79)
[...] da crítica a verdadeira
natureza da história como uma
epistemologia centralizada no
sujeito [...] é incompleta, [...] é
necessariamente parcial.

(SCOTT, 1992. p.79)
DESLOCAMENTO
PARA OUTRO
TIPO DE TERRENO
O ROTULO “ IDEOLOGICO”
[...] historiadores “tradicionais” defenderam
seu poder como guardiães da disciplina (e por
implicação, seu domínio da historia), invocando
uma oposição entre “historia” (que o
conhecimento obteve através da inquisição
neutra) e “ ideologia” (conhecimento distorcido
por considerações de interesse). [...] a “
ideologia” é descrita como contaminadora, e,
por isso, desqualifica o trabalho intelectual.
“História”versus “ideologia”.(P75-84)

(SCOTT, 1992. p.82)“História” versus “ideologia”.(P75-84)
[...] a categoria “mulheres” assumiu uma existência como entidade
social separada de seu relacionamento conceituai historicamente
situado com a categoria “homens” . [...]
[...] A historia das mulheres passou menos tempo documentando a
vitimização das mulheres e mais tempo afirmando a distinção da
“cultura das mulheres” , criando assim uma tradição histórica a que as
feministas poderiam apelar, como exemplos de atividade das mulheres,
para provar sua capacidade de fazer historia.
COMO RESULTADO

(SCOTT, 1992. p.79)
A emergência da história das mulheres ficou então entrelaçada
com a emergência da categoria das “mulheres” como uma
identidade política, e esta foi acompanhada por uma análise que
atribuía a opressão das mulheres e sua falta de visibilidade
histórica à tendenciosidade masculina. [...] Na verdade, poderia
ser dito que a história das mulheres atingiu uma certa
legitimidade como um empreendimento histórico, quando afirmou
a natureza e a experiência separadas das mulheres, e assim
consolidou a identidade coletiva das mulheres.

05 10

“Política” versus “teoria”. (P 85 – 95)

(SCOTT, 1992. p.85)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
“Política”versus “teoria”.(P 85 – 95)
VARIAS TENSÕES
[...] Trouxe a luz questões sobre os elos entre o
poder e o conhecimento e demonstrou as
interconexões entre a TEORIA E A POLITICA. [...]
“Gênero” foi o termo usado para teorizar a questão
da diferença sexual. [...] as feministas escolheram
enfatizar as conotações sociais de gênero em
contraste com as conotações físicas de sexo.
[...] uma vez que o gênero foi definido como relativo
aos contextos social e cultural, foi possível pensar
em termos de diferentes sistemas de gênero e nas
RELAÇÕES daqueles com outras categorias como
raça, classe ou etnia, assim como em levar em conta
a mudança.

(SCOTT, 1992. p.85)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
VARIAS TENSÕES
[...] Trouxe a luz questões sobre os elos entre o
poder e o conhecimento e demonstrou as
interconexões entre a TEORIA E A POLITICA. [...]
“Gênero” foi o termo usado para teorizar a questão
da diferença sexual. [...] as feministas escolheram
enfatizar as conotações sociais de gênero em
contraste com as conotações físicas de sexo.
[...] uma vez que O GÊNERO foi definido como
relativo aos contextos social e cultural, foi possível
pensar em termos de diferentes sistemas de gênero
e nas RELAÇÕES daqueles com outras categorias
como raça, classe ou etnia, assim como em levar em
conta a mudança.

(SCOTT, 1992. p.85)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
VARIAS TENSÕES
[...] as diferenças fundamentais da experiência
tornaram IMPOSSÍVEL REIVINDICAR uma
IDENTIDADE ISOLADA.. [...] As diferenças cada vez
mais visíveis e veementes entre as mulheres
questionavam a possibilidade de uma política
unificada e sugeriam que os interesses das mulheres
não eram auto-evidentes, mas uma questão de
disputa e de discussão.
[...] A questão das DIFERENÇAS DENTRO DA
DIFERENÇA trouxe à tona um debate sobre o modo e
a conveniência de se articular o gênero como uma
categoria de análise.

[...] Uma dessas articulações serve-se do trabalho
nas CIÊNCIAS SOCIAIS sobre os sistemas ou
estruturas do gênero; presume uma OPOSIÇÃO FIXA
ENTRE OS HOMENS E AS MULHERES, e identidades
(ou papéis) separadas para os sexos, que operam
consistentemente em todas as esferas da vida social.
(SCOTT, 1992. p.88)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
VARIAS TENSÕES

(SCOTT, 1992. p.85)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
VARIAS TENSÕES
[...] Uma dessas articulações serve-se do trabalho
nas CIÊNCIAS SOCIAIS sobre os sistemas ou
estruturas do gênero; presume uma OPOSIÇÃO FIXA
ENTRE OS HOMENS E AS MULHERES, e identidades
(ou papéis) separadas para os sexos, que operam
[...] Também presume UMA CORRELAÇÃO DIRETA
ENTRE AS CATEGORIAS SOCIAIS MASCULINA E
FEMININA e as identidades de sujeito dos homens e
das mulheres, e atribui sua variação a outras
características sociais estabelecidas, como classe ou
raça... [...] AMPLIA O FOCO DA HISTÓRIA DAS
MULHERES [...].

CIÊNCIAS SOCIAIS sobre os sistemas ou estruturas
do gênero; presume uma OPOSIÇÃO FIXA ENTRE OS
HOMENS E AS MULHERES, e identidades (ou papéis)
separadas para os sexos, que operam
[...] PLURALIZOU A CATEGORIA DAS “MULHERES” e
produziu um conjunto brilhante de histórias e de
identidades coletivas; mas também esbarrou em um
conjunto aparentemente intratável de problemas que
se seguiram ao reconhecimento das diferenças entre
as mulheres [...].
(SCOTT, 1992. p.88)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
VARIAS TENSÕES
(SCOTT, 1992. p.89)

(SCOTT, 1992. p.85)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
VARIAS TENSÕES
[...] PÓS-ESTRUTURALISMO. Aqui a ênfase se afasta
da documentação da oposição binária macho versus
fêmea, para questionar como ela é estabelecida, da
suposição de uma identidade preexistente das
“mulheres” para investigar o processo de sua
construção, do estabelecimento de um significado
inerente para as categorias como “homens” e
“mulheres” , para analisar como seu significado é
assegurado.

(SCOTT, 1992. p.85)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
VARIAS TENSÕES
[...] PÓS-ESTRUTURALISMO.
[...] Freqüentemente usa a TEORIA PSICANALÍTICA
(particularmente as leituras lacanianas de Freud),
para discutir a complexidade e a instabilidade de
quaisquer identificações de sujeito. A masculinidade e
a feminilidade são encaradas como posições de
sujeito, não necessariamente restritas a machos ou
fêmeas biológicos.

(SCOTT, 1992. p.90)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
VARIAS TENSÕES
[...] PÓS-ESTRUTURALISMO para PENSAR SOBRE A
DIFERENÇA.
[...] SE A DEFINIÇÃO DO HOMEM PERMANECE NA
SUBORDINAÇÃO DA MULHER, então uma
MODIFICAÇÃO NA CONDIÇÃO DA MULHER requer (e
provoca) UMA MODIFICAÇÃO EM NOSSA
COMPREENSÃO DO HOMEM (um simples pluralismo
cumulativo não funciona). [...] AMEAÇA RADICAL
colocada pela história das mulheres situa-se
exatamente neste tipo de DESAFIO À HISTÓRIA
ESTABELECIDA;

(SCOTT, 1992. p.90)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
VARIAS TENSÕES
[...].
[...];

(SCOTT, 1992. p.90)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
VARIAS TENSÕES
[...] DIFERENTEMENTE DA ABORDAGEM DA CIÊNCIA
SOCIAL, que aceita tacitamente a identidade e a
experiência das mulheres, A ABORDAGEM PÓS-
ESTRUTURALISTA relativiza a identidade e a priva de
suas bases em uma “ experiência” essencializada,
ambos elementos cruciais, na maior parte das
definições padronizadas de política, para a
mobilização dos movimentos políticos.
[...] apresentaram INTERPRETAÇÕES DINÂMICAS DO
GÊNERO QUE ENFATIZAM A LUTA, a contradição
ideológica e as complexidades das relações de poder
em mutação;

(SCOTT, 1992. p.91)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
VARIAS TENSÕES
[...] Mas o trabalho influenciado pelo PÓS-
ESTRUTURALISMO ESBARRA em alguns dos mesmos
problemas encontrados por aqueles que preferem as
abordagens científicas sociais. Como declarou Denise
Riley, se a categoria das “mulheres” , e assim a
identidade e a experiência das mulheres, são
instáveis, porque são historicamente variáveis,
QUAIS SÃO OS CAMPOS PARA A MOBILIZAÇÃO
POLÍTICA?
[...] Riley [...] é possível pensar-se e organizar-se a
política com categorias instáveis, o que na verdade
sempre tem sido feito, mas exatamente COMO FAZÊ-
LO É ALGO QUE NECESSITA DE DISCUSSÃO.;

(SCOTT, 1992. p.92)
RESTRIÇÃO E
SEGREGAÇÃO DA
HISTÓRIA DAS
MULHERES.
final dos anos 70
VARIAS TENSÕES
[...] os dilemas causados por nossa NECESSIDADE
DE PENSAR A POLÍTICA EM NOVOS TERMOS,
desenvolveu-se um debate polarizado sobre a
utilidade do pós-estruturalismo para o feminismo,
que é engastado em um contexto entre a “ teoria” e a
“política” .
[...] Creio que a OPOSIÇÃO ENTRE “TEORIA” E
“POLÍTICA” É UMA OPOSIÇÃO FALSA, que busca
silenciar os debates que devemos realizar sobre que
teoria é mais útil para o feminismo, para tornar
apenas uma teoria aceitável como “política” . [...] a
HISTÓRIA DAS MULHERES É UM CAMPO
INEVITAVELMENTE POLÍTICO.

05 10

CONCLUSÃO

PERGUNTAS?

MERCI
fin

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. Tradução de Cristine Rufino Dabat. Recife:
SOS-Corpo. mimeo, 1988.
REFERÊNCIAS:
PERROT, Michelle. As mulheres ou os silêncios da história. Edusc, 2005.
PERROT, Michelle. Identidade, igualdade e diferença: o olhar da história. ______. As mulheres e os silêncios da
história. Bauru: Edusp, Capitulo 21, p. 467-480, 2005.
PERROT, Michelle. Michel Foucault e a história das mulheres . ______. As mulheres e os silêncios da história.
Bauru: Edusp, Capitulo 23 p. 489-503, 2005.
SCOTT, Joan. Histórica das mulheres. In BURKE, Peter (org). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo:
UNESP, 1992. p.63-95.

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