O documento descreve a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial através da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Inicialmente, o Brasil não se envolveu diretamente no conflito, mas após pressão dos Estados Unidos declarou guerra aos países do Eixo em 1942. A FEB combateu na Itália a partir de 1944 ao lado das forças aliadas, participando de importantes batalhas e sofrendo baixas significativas. Ao final da guerra, os veteranos da FEB retornaram ao Brasil como heróis n
1. Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
Escola Estadual de Ensino Médio e Profissionalizante Dr. Elpídio de Almeida – Estadual da
Prata
Série: 3º Ano/A/Integral Data: 14/09/2016
Professor Supervisor: Eriberto Souto
Bolsistas: Bonnierk Diniz; Emilia Andrade; Jéssica Kaline Vieira; Mylla Christtie; Sabrina
Lopes; Tissiane Emanuella Albuquerque Gomes
TEXTO INTRODUTÓRIO/ATIVIDADE – A FORÇA EXPEDICIONÁRIA
BRASILEIRA
A Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi à divisão do exército brasileiro que
combateu na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados. A Segunda Guerra Mundial teve
início em 1939 tendo como protagonistas a Alemanha e a Itália, países que eram guiados por
doutrinas autoritárias. O nazismo e o fascismo, respectivamente, expandiam-se
territorialmente pela Europa em ações militares. Enquanto isso, o Brasil era governado pelo
presidente Getúlio Vargas. Este, naquele momento, desenvolvia no país uma ditadura baseada
na defesa contra a suposta ameaça comunista, era o chamado Estado Novo.
O governo de Getúlio Vargas era nacionalista e no início da Segunda Guerra Mundial
o país não se envolvia diretamente com o conflito. O Estado Novo tinha certo tipo de ligação
com o fascismo, mas a influência estadunidense na América Latina era mais forte e tinha
também seus reflexos no Brasil. Depois que os Estados Unidos entraram na guerra, passou a
pressionar o Brasil por uma posição bem definida quanto ao conflito que corria no mundo.
Para os estadunidenses foi uma oportunidade de fragmentar o governo nacionalista de Getúlio
Vargas, fazendo-o posicionar-se contra os estados ditatoriais.
2. A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi grandemente influenciada pelos
Estados Unidos, mas um evento foi importante para que a opinião pública passasse a defender
também a entrada. Alguns navios brasileiros naufragaram no litoral Atlântico, supostamente
atingidos por submarinos das forças nazistas. O evento fez com que houvesse mais pressão
para a declaração de guerra contra os países do Eixo, foi o que aconteceu em 22 de agosto de
1942.
Quando o Brasil finalmente declarou guerra aos países do Eixo não estava nada
preparado para enviar combatentes para a batalha. O exército brasileiro dispunha de
equipamentos militares sucateados e combatentes despreparados. Somente em 1944, no dia 2
de julho, foi que os militares brasileiros, chamados pracinhas, tomaram rumo para Europa.
Após algum tempo no Rio de Janeiro em treinamento, o contingente militar foi
dividido entre os militares que ficariam defendendo a capital federal e os militares que iriam
combater nos campos de batalha europeus.
A FEB saiu do Brasil sob o comando do general João Batista Mascarenhas de
Morais com destino à Nápoles. Tendo desembarcado no território italiano, a FEB foi anexada
ao 4º Corpo do Exército dos Estados Unidos, que era comandada pelo general Willis D.
Crittenberger e submetido ao general Mark Clark, onde receberam alimentos, roupas e
armamentos para a guerra. Os recursos da tropa brasileira eram muito escassos e velhos,
tiveram ainda de receber novo treinamento e armamento para só então iniciar campanhas.
A FEB era constituída por uma divisão de infantaria composta por 25.334 membros e
tinha como lema “A cobra está fumando”. A primeira campanha da FEB se deu em setembro
3. de 1944 no norte da cidade de Lucca, onde obteve as primeiras vitórias e tomou Massarosa,
Camaiore e Monte Prano. Os primeiros problemas da FEB se deram em outubro com as
batalhas em Barga. Mas a infantaria brasileira fez muito sucesso com seu desenvolvimento e
conquistas na guerra e foi designada para tomar o monte Castello sozinha e, por isso, teve
derrotas no final de tal mês.
O comandante brasileiro sugeriu então uma operação conjunta com o V Exército dos
Estados Unidos, que foi nomeada de Operação Encore, na qual avançaram juntos e os
brasileiros tomaram Monte Castello e Castelnuevo e os estadunidenses tomaram Belvedere e
Della Torraccia. Essas conquistas foram importantes para a continuação da campanha dos
Aliados, que puderam conquistar mais territórios e finalmente derrotar a chamada Linha
Gótica do exército nazifascista que defendia o norte da Itália.
A FEB entrou no final da guerra, mas foi decisiva. Em 1945 ainda avançou até Susa e
uniu-se aos franceses na defesa da fronteira com a Itália. O saldo da FEB foi de 450 praças,
13 oficiais e 08 pilotos mortos, somando ainda mais aproximadamente 12 mil feridos pelos
combates.
A campanha do Brasil na guerra colocou em xeque o governo de Getúlio Vargas, que
após o fim da mesma acabou sendo deposto do governo. Os militares voltaram ao Brasil
saudados, foram grandes combatentes e aprisionaram 20 mil soldados inimigos, além de 80
canhões, 1500 viaturas e 4 mil cavalos. Mais tarde foi criada a Associação Nacional dos
Veteranos da FEB para manter viva a memória desses bravos combatentes brasileiros.
Referência
http://www.anvfeb.com.br/
Atividade
1. Diante do texto exposto, disserte sobre a participação brasileira na Segunda Guerra
e fale da importância deste conhecimento para a sociedade contemporânea.