O documento discute o filme "As Sufragistas" sobre o movimento sufragista na Inglaterra no início do século XX, liderado por Emmeline Pankhurst, que lutou pelo direito das mulheres ao voto. O filme acompanha a personagem fictícia Maud Watts em sua jornada de despertar para a causa igualitária ao se envolver com o movimento sufragista.
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Texto introdutório - As Sufragistas
1. PIBID-HISTÓRIA-UEPB-2016
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
ESCOLA: E.E.E.F.M. SOLÓN DE LUCENA
PROFESSORA SUPERVISORA: RAFAEL DA SILVA ABREU
BOLSISTAS: BEATRIZ DOS SANTOS BATISTA
FRANCINE ANDRESKA LIRA DOS SANTOS
JAILSON CAVALCANTE ANDRADE
LILIANE BARBOSA
NATÁLIA CORREIA DE MELO
TURMA: 2º ANO DO ENSINO MÉDIO
DURAÇÃO: AULAS DE 50 MINUTOS
TEXTO INTRODUTÓRIO
Foram diversas as campanhas realizadas a partir de meados do século XIX para
garantir às mulheres da Inglaterra e dos Estados Unidos algo então inédito para elas: o
sufrágio, direito de votar em eleições políticas. Desde as antigas civilizações da Grécia e
de Roma às democracias surgidas na Europa após a Revolução Francesa (1789), o voto
feminino nunca havia sido permitido. “O movimento sufragista tem suas origens na
urbanização e na industrialização do século XIX”, diz a historiadora Lídia Possas da
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Quando mudaram do campo para as cidades,
para trabalhar nas fábricas, as mulheres passaram a se conscientizar mais de seus direitos.
A escritora inglesa Mary Wollstonecraft (1759-1797) foi a grande pioneira da defesa do
voto feminino, em livros e manifestos publicados a partir de 1792.
Suas ideias se espalharam para os Estados Unidos e, décadas depois,
influenciaram duas ativistas da luta contra a escravidão: Elizabeth Cady Stanton (1815-
1902) e Susan Anthony (1820-1906). Em 1852, as duas se uniram para reivindicar
também a participação das mulheres na democracia. Apesar de o movimento ter sido mais
forte na Inglaterra e nos Estados Unidos, o primeiro país a permitir o voto feminino foi à
Nova Zelândia, em 1883.
No filme “As Sufragistas” (Suffragette), drama histórico estrelado por Carey
Mulligan, Meryl Streep e Helena Bonham Carter, acompanhamos o início do movimento
feminista e a luta pelo direito ao voto feminino na Inglaterra.
No filme, Sarah Gravon e a roteirista Abi Morgan usaram Maud Watts (Carey
Mulligan), uma personagem fictícia, para contar a história real de muitas mulheres: o
despertar para o fato de que recebem tratamento inferior ao dispensado aos homens.
2. Maud, mãe e trabalhadora de uma lavanderia, sem educação formal nem formação
política, envolvem-se com o sufrágio e enfrenta a resistência da polícia e do marido.
O filme se passa na Londres do início do século XX e retrata o crescimento das
aparições em público das sufragistas, mulheres que resistiam à opressão de forma passiva,
mas, a partir do momento em que começam a encarar uma crescente agressão da polícia,
decidem se rebelar publicamente. A atriz Carey Mulligan interpreta Maud Watts, que
trabalha com seu marido em uma lavanderia. Um dia, Maud reconhece uma companheira
de trabalho entre os manifestantes de um grande protesto e percebe que deve reivindicar
sua dignidade. Helena Bonham Carter faz Edith Ellyn, uma ex-professora que passou a
ajudar nas campanhas da organização “Women’s Social and Political Union” (WSPU),
quando viajou pela a Inglaterra para mobilizar mulheres a lutar por seus direitos,
incluindo, principalmente, o direito ao voto. Meryl Streep interpreta Emmeline Pankhurst,
líder do movimento pelo sufrágio feminino, fundadora da WSPU.
As sufragistas é o primeiro filme a retratar essa luta (a não ser que você conte o
musical Marry Poppins, de 1964, que tem a questão do voto feminino como pano de
fundo) e, portanto, um marco. Mulheres do mundo todo sejam negras, brancas ou
indianas, ganharam com a conquista das britânicas. Mas ao optar por mostrar apenas uma
etnia, num período histórico o atual em que se pede por mais representação, o filme
diminui o impacto que poderia causar. Não há apenas uma história do sufrágio. É uma
história com muitos rostos diferentes. Pena que “As sufragistas” tenham pintado todos de
branco. Apesar disto de qualquer forma vale a pena assisti-lo.