2. INTRODUÇÃO
TERMO “CRISTOLOGIA” PROCEDE DE DUAS PALAVRAS GREGAS,
“CHRISTOS”, QUE SIGNIFICA “UNGIDO”, “MESSIAS”, E “LOGIA”,
TRADUZIDO POR “ESTUDO”, “CIÊNCIA” OU “TRATADO”.
3. UNGIDO
Ungido é aquele que passou pelo processo de unção, no qual se passou óleos consagrados ou
aromáticos, para lhe conferir poder ou dignidade, purificação ou extrema-unção.
4. MESSIAS
• PALAVRA HEBRAICA QUE SIGNIFICA O UNGIDO.
• Tem o mesmo significado do termo grego cristo.
• Os antigos hebreus chamavam seus altos sacerdotes e reis de messias, porque tinham
sido ungidos com o óleo sagrado.
5. Cristologia é o estudo
de
• SUA DIVINDADE
•HUMANIDADE
•PESSOA
• OBRA.
6. 1. Importância da doutrina de Cristo: “Todo aquele que tem a doutrina de
Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na
doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho”. (II Jo 1.9).
2. Cristologia: Estuda a revelação bíblica sobre o Senhor Jesus Cristo de
maneira sistematizada, (reduzir a um corpo de doutrina). Isto envolve a
fé e a reflexão da Igreja.
7. Neste curso, nós estudaremos a importância da doutrina de cristo
Para a experiência cristã .
E como essa doutrina se desenvolveu e suas dificuldades que enfrentou
Ao longo da história da igreja.
8.
9. Cristo é o Coração da vida Cristã
O sentido da vida cristã é Cristo (Gl 2v.19-20)
A meta da vida cristã é conhecer a Cristo(Fp 1v.23; 3v.8,10,14)
A essência da vida cristã é a relação com Cristo (Jo 17v.3;
Gn 4v.1; Mt 1v.25)
10. A plenitude dos tempos
“MAS, QUANDO CHEGOU A PLENITUDE DO TEMPO, DEUS ENVIOU SEU FILHO,
NASCIDO DE MULHER, NASCIDO DEBAIXO DA LEI, A FIM DE REDIMIR OS QUE
ESTAVAM SOB A LEI, PARA QUE RECEBÊSSEMOS A ADOÇÃO DE FILHOS”
(GL 4,4,5).
11. •O que Paulo quis dizer com “plenitude do tempo”?
•Quais condições determinaram o envio do filho?
12. •Como podemos observar em Mc 1,15 e Gl 4,4,
•Existe uma delimitação temporal de um conjunto de condições
históricas, políticas, econômicas, sociais e geográficas,
Às quais, para eles, propiciaram a encarnação do verbo, constituindo
assim, o kairós de Deus.
13. A TRADUÇÃO DA BÍBLIA NVI (EDITORA VIDA) APRESENTA O TERMO
“Plenitude do tempo”
Na passagem de Gl 4,4 explicando ainda que se trata do “tempo determinado”
por Deus para seus filhos menores tornarem-se herdeiros adultos.
14. •A bíblia do Peregrino, por sua vez, traduz a passagem de forma diferente da bíblia NVI
(“mas quando se Cumpriu o prazo, Deus enviou seu filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”).
15. •Kairós – vocábulo grego que significa tempo.
Como encontrado no novo testamento, exprime não apenas um dado cronológico, mas acima de
tudo, a ação de Deus no universo, que de acordo com os seus atributos morais e a absolutos,
trabalha os tempos e as estações para que todos os seus planos e conselhos tenham plena
consecução (1ts 5,1).
Kairós é o tempo de Deus.
16. •O cristianismo não é um evento isolado do mundo, ele surgiu num tempo determinado, num
contexto geopolítico singular e em condições históricas propícias que serviram como pano
de fundo para a afirmação da sua influência.
17. A natureza dessa realidade é a
1. Uniformização política propiciada pelo sistema administrativo do império Romano
2. Somadas as contribuições religiosas, dos Judeus
3. E culturais, dos Gregos
Que já faziam parte desse ambiente mundial.
18. O que mais propiciou a rápida expansão do
evangelho foi à busca incansável do ser humano
pelo sentido da vida.
19.
20. • Encarnação é a doutrina cristã que afirma
que Jesus cristo é o próprio Deus
encarnado.
21. •O evangelho de João é o canal de Deus para nos fazer
compreender sobre a presença de jesus, o verbo divino,
entre homens.
JESUS NÃO É UMA CRIATURA DE DEUS.
22. •Uma coisa é avaliar, através da bíblia, nas citações dos
apóstolos,
a magistral encarnação do verbo entre nós.
•Outra é poder, na mesma bíblia, ouvir Jesus falando com seus próprios
lábios, identificando-se como aquele que sempre foi, sempre é, e
sempre será o filho.
23. •De forma clara vemos isso na oração sacerdotal, quando ele mesmo
confirma sua existência eterna
“antes que houvesse mundo",
jo 17: 5.
24. A origem
•Enquanto os três outros evangelhos iniciam-se falando
sobre o nascimento de jesus
•João, indo muito mais distante, revela sua existência antes da criação:
“no princípio era o verbo e o verbo estava com Deus... E o verbo era Deus”,
Gn.1: 1
25. •Refere-se a um tempo a que chama de princípio que, em concordância com Gn. 1: 1,
também revela um tempo ocorrido antes da obra criadora de Deus
COL. 1: 17.
26. A ENCARNAÇÃO DO VERBO
•Depois de considerar a existência e capacidade do verbo,
João passa a mostrar em síntese o processo completo de sua
humanização, usando duas palavras
Verbo e Luz
27. Luz dos homens
Primeiro fala da presença do verbo com Deus,
sendo Deus, agindo
como Deus.
para depois falar da Luz,
• Nesse ponto Deus está graciosa e generosamente voltando-se para o homem. Luz é um termo para
homens, é vida, e contrasta com trevas, a morte eterna.
Luz é algo novo, que contrasta com a ideia de antiguidade expressa por “no princípio”.
28. • Nesse ponto Deus está graciosa e generosamente voltando-se para o homem.
Luz é um termo para homens, é vida, e contrasta com trevas, a morte eterna.
Luz é algo novo, que contrasta com a ideia de antiguidade expressa por “no princípio”.
29. O verso 14 relata uma das mais conhecidas
citações em toda a bíblia
“0 verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade,
e vimos sua glória, glória como do unigênito do pai.”
30. •Além de outras grandes lições, esta passagem deixa claro o
ponto básico deste estudo
A encarnação do verbo.
Recebeu forma humana e habitou entre os homens.
31. Ao pronunciarmos o Verbo ou a Palavra, o autor estava se
referindo que o senhor Jesus Cristo
se tornou a própria palavra ou verbo para poder
trazer pessoalmente
ou seja em forma humana a verdadeira palavra de Deus.
32. •Visto que até então a palavra de Deus era passada oralmente e
depois escrita, mas o único que veio a este mundo em forma de
palavra ou verbo foi o nosso senhor jesus cristo.
33.
34. •A teologia reformada afirma a humanidade plena
e a divindade plena de Jesus.
•Tradicionalmente essa visão é chamada de doutrina da união
HIPOSTÁTICA, uma união perfeita entre a natureza humana
e a natureza divina de jesus numa só pessoa
35.
36. Consideremos o assunto à luz do seguinte esboço,
1.A humanidade de cristo.
2.A divindade de cristo.
3.A união destas duas naturezas em uma só pessoa.
37. A humanidade de cristo
JESUS É CHAMADO DE FILHO DO HOMEM 81 VEZES.
PAULO FALA DE JESUS EM GL 4.4 `` ....NASCIDO DE MULHER ´´
HEBREUS 2.14-17
38. Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também
participou dessa condição humana, para que?, por sua morte,
derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse
aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.
Pois é claro que não é a anjos que ele ajuda, mas aos descendentes de Abraão.
39. Sua natureza física.
• Seu nascimento (lc 2: 6,7): jesus não desceu dos céus, e sim nasceu de uma mulher
humana, passando por todas as fases que uma criança normal passaria.
•Sua árvore genealógica (lc 3: 23-38; mt 1:1-17): a bíblia deixa evidente portanto que
jesus teve, por parte de Maria, ancestrais humanos, dos quais provavelmente
herdou características genéticas, como todos os homens o recebem de seus
antepassados.
40. •Seu crescimento: (lc 2:52): cresceu como toda criança normal cresceria,
alimentada por comida e água. Seu corpo não era sobre-humano, e não tinha
características especiais, diferentes de qualquer ser humano normal.
•Suas limitações físicas: em tudo idênticas aos de um ser humano.
• Sentia fome (mt 4:2; mc 11:12).
• Sentia sede (jo 19:28)
• Ficava cansado (jo 4:6)
• Sofria a dor (jo 18:22; 19: 2,3)
41. • Sua percepção pelos homens (I jo 1:1; mt 9: 20-22; 26:12; jo 20: 25,27):
Jesus de fato foi visto e tocado pelos homens a sua volta.
•Não era um espírito com a forma humana, nem um fantasma, mas
um homem real, a ponto de Tomé só acreditar em sua ressurreição após
tocá-lo.
•Mesmo o testemunho do espírito de Deus afirma que jesus tomou
plenamente a forma humana (I jo 4: 2,3a).
42. •Sua morte (lc 23: 46; jo 19: 33,34): jesus podia morrer, como de fato morreu.
• Sua morte não foi aparente, mas verdadeira.
•Seu corpo sucumbiu aos sofrimentos infligidos e de fato expirou à
semelhança de todos os homens.
•Esta é talvez a suprema identificação de jesus com a humanidade, pois
sendo Deus não deveria morrer, mas ao assumir plenamente a humanidade,
torna-se sujeito a possibilidade da morte.
Eis uma verdade tremenda e profunda!
43. Sua natureza psicológica e intelectual
Quanto ao caráter emotivo sentia emoções
(mt 9:36; 14:14; 15:32; 20:34): ainda que sentir emoções não seja uma
prova da humanidade de jesus, uma vez que Deus também se
emociona, elas demonstram a plena humanidade de cristo, como
também deixam claro algumas reações tipicamente humanas.
45. •Se surpreende (lc 7:9; mc 6:6): jesus se mostra genuinamente surpreso perante a fé do
centurião e se admira da incredulidade dos habitantes de nazaré. Não era uma atitude falsa ou de
retórica, jesus realmente era surpreendido em algumas circunstâncias.
• Se sente atormentado (mc 14:33): no getsêmani jesus foi tomado de grande angústia e
pavor. Estava em conflito íntimo e se atormenta pelo fato de não querer ser deixado só, contudo
ainda assim escolhe fazer a vontade do pai. Mesmo na cruz, sua frase "deus meu, deus meu, por
que me desamparaste?" (Mc 15:34), é uma das expressões mais humanas de solidão já registradas na
história dos homens.
46. Quanto ao caráter intelectual
• Seu conhecimento era superior ao dos homens: em termos
intelectuais, jesus possuía um conhecimento que se destacava em
relação aos outros homens.
•Sabia o que pensava os seus amigos e inimigos(lc 6:8; 9:47).
47. •Conhecia coisas sobre o presente, pois sabia que Lázaro estava morto (11:14),
•O passado, uma vez que conhecia o fato da mulher samaritana ter tido cinco
maridos (jo 4:18)
•O futuro das pessoas, ilustrado no fato de antemão ter avisado a simão pedro
de sua negação (lc 22:33).
48. Seu conhecimento não era ilimitado: em algumas passagens
vemos jesus fazendo perguntas retóricas afim de reforçar algum ensinamento (mt
22: 41-45), contudo há outras passagens em que jesus pergunta sinceramente
em busca de informações às quais não possuía. Um exemplo claro foi o caso
do garoto acometido de um espírito de surdez e mudez, onde jesus pergunta ao pai
dele "há quanto tempo isto lhe sucede?" (Mt 9: 20,21).
49. Quanto ao caráter religioso
•Participava regularmente dos cultos na sinagoga (lc 4:16): era de seu
costume ensinar nas sinagogas e visitar e participar dos cultos no
templo quando estava em jerusalém. Humanamente mantinha um
padrão de vida religioso irrepreensível quanto aos parâmetros de deus.
50. •Mantinha uma vida de oração (lc 6:12; 22: 41,42; jo 6:15): várias
ocasiões vemos jesus sair para orar sozinho ou em grupo. Sua
dependência humana do pai era total e a oração era uma prova disso.
Em todas as coisas jesus se mostrou plenamente humano, tanto no
aspecto físico, como no mental. Não havia dúvidas para os autores do
NT que jesus era plenamente homem.
51. Jesus, plenamente homem, singular
Pelos tópicos acima está claro que jesus assumiu
completamente a humanidade, sujeito a todos os reveses que o
estado de humanidade poderia lhe trazer, contudo jesus não é
um homem qualquer, igual a todos os homens.
Vários fatos em sua vida mostram essa santa singularidade
52. O nascimento virginal
Jesus nasceu como todos os homens, no entanto sua concepção no ventre
de maria foi de origem divina, sem a participação do componente sexual
masculino (mt 1:18-25; lc 1:26-38).
Teologicamente chamamos a isso de Concepção virginal
53. A impecabilidade de jesus
Outra prova da singularidade de jesus como homem é o fato de
não ter pecado:
"...Antes foi ele (jesus) tentado em todas as coisas, à nossa semelhança,
mas sem pecado."(Hb 4:15)
54. •A bíblia mostra jesus como um sumo sacerdote totalmente
sem mancha e feito mais alto que os céus (hb 7:26; 9:14).
•Pedro nos ensina que jesus é o santo de Deus (jo 6:69)
e que não cometeu pecado (II pe 2:2).
55. •João, afirma que em jesus não existe pecado (I jo 3:5)
•Paulo que Cristo não conheceu pecado
(II co 5:21).
56. Algumas pessoas da época deixaram bem claro a
inocência de jesus:
A esposa de pilatos (mt 27:19): "não te envolvas com o sangue deste
justo".
O ladrão na cruz (lc 23:41): "este nenhum mal fez".
-
Judas, o traidor (mt 27:4): "pequei, traindo sangue inocente".
57. A bíblia deixa claro portanto a impecabilidade de jesus, mas isso não
invalida as tentações que sofreu
Foram as tentações genuínas, e embora jesus pudesse pecar era
certo que não pecaria.
Diz Morris que "o homem que cede a certa tentação não sente todo o seu poder“
58. Uma outra pergunta que fica no ar é:
Se jesus não pecou, ele era realmente humano?
Se respondermos: Não
Deus criou o homem naturalmente pecador e portanto ele é
a causa do pecado e o criador de uma natureza má
e corrompida.
59. Somos tão humanos quanto jesus?
Esta pergunta nos remete a verdade que não temos a humanidade em
toda a sua plenitude.
60. • Do ponto de vista bíblico só houve três seres humanos completamente humanos:
Adão e Eva (antes da queda), e Jesus.
Todo o restante da humanidade é apenas uma
sombra da humanidade original.
61. A divindade de cristo
A afirmação da Divindade de Cristo é a característico
principais do Cristianismo.
•O ponto é que se Cristo não é Deus, ele não pode salvar.
62. A PRE-EXISTÊNCIA DE CRISTO
Por pré-existência se entende o fato de que Cristo existiu antes de vir ao mundo.
Os diversos textos do AT que apresentam discretamente a Trindade provam que
Cristo já existia antes de Sua vinda ao mundo.
“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves
dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os
répteis que rastejam pela terra” (Gênesis 1.26).
63. Por profecias:
Como em gênesis 3.15, há uma linha percorrendo todo o AT, o que nos fala
Profeticamente de cristo e de sua obra.
64. O próprio Senhor Jesus Cristo ensinou a Sua pré-existência:
“E, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que
eu tive junto de ti,antes que houvesse mundo” (João 17.5).
66. A unidade na pessoa de jesus
Jesus é também singular no que diz respeito a sua pessoa. Sendo ele Deus perfeito e
homem perfeito, não é duas pessoas ao mesmo tempo.
Ingular no que diz respeito a sua pessoa. Sendo ele Deus perfeito e homem perfeito,
não é duas pessoas ao mesmo tempo.
Jesus ao assumir a forma humana, adquire atributos humanos, mas não desiste de
sua natureza divina (fp 2: 6,7).
67. •Quando Paulo fala em FIL. que jesus se esvaziou assumindo a
forma de servo, é da posição de igualdade com Deus que jesus
se esvazia e não da natureza divina.
Esta discussão, geralmente, leva o título de a ‘doutrina da
kenosis’.
.
68. A palavra kenosis é um termo que entrou na discussão teológica de Fil 2.6-7,
onde o verbo grego é ekenosis, e Significa ‘esvaziou’.
A kenosis (substantivo), então, se tornou o termo técnico referente à
Humilhação do filho de Deus na encarnação.
69. •Jesus se submete funcionalmente ao pai e ao espírito santo
no período da encarnação.
Cristo agiu na dependência do Espírito Santo
(Mateus 12.28; Lucas 4.14-18).
70. • Mantém todos os atributos divinos (cl 2:9), mas os submete voluntária e humildemente ao pai, não fazendo uso
deles a não ser que seja esta a vontade
daquele que o enviou.
Cristo velou ou ‘encobriu’ a sua plena glória (joão 17.5), porém,
não se despojou Dela (joão 1.17; 18.6)