2. A Páscoa sempre representou a PASSAGEM de um tempo de trevas para
outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais
festas da cristandade.
Para os hebreus é Festa em memória a morte dos primogênitos e a saída do
Egito;
Para os Cristãos Festa em memória da ressurreição de Cristo.
3. Para os Hebreus "páscoa" "peschad",
em grego "paskha" e latim "pache" - significa passagem“;
Uma transição anunciada pelo equinócio de primavera, depois do ocorrência
das Dez pragas encerradas com a morte dos primogênitos.
O POVO HEBREU LIBERTADO DA ESCRAVIDÃO EGÍPCIA POR MOISÉS
4. Na época de Moisés, sacrificava-se “E naquela noite comerão a carne
assada no fogo, com pães ázimos;
um cordeiro para agradar á Deus.
com ervas amargosas.” Êxodo 12:8
Não podiam comer a cabeça, os pés e as
vísceras nem quebrar nenhum dos
ossos. Toda a sobra deveria ser
queimada.
O Sangue deveria ser passado nos
umbrais das portas para que o anjo da
morte não entrasse na casa.
“Vendo eu sangue, passarei por cima de
vós, e não haverá entre vós praga de
mortandade, quando eu ferir a terra do
Egito.”
Êxodo 12: 13
“Este é o sacrifício da páscoa ao SENHOR, que passou as casas dos filhos
de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então
o povo inclinou-se, e adorou.” Êxodo 12:27
5. A Páscoa era comemorada no
mês da saída do Egito, no
décimo-quarto dia.
A Páscoa Judaica representa a nossa libertação da ignorância, das mazelas
humanas, para o conhecimento, o comportamento ético-moral.
6. VISÃO ESPÍRITA
A travessia do Mar A Páscoa Cristã, representa a vitória
Vermelho representa as da vida sobre a morte, do sacrifício
dificuldades para a pela verdade e pelo amor.
transformação.
Jesus de Nazaré demonstrou que se pode executar homens, mas não se
consegue matar as grandes ideias renovadoras, os grandes exemplos de
amor ao próximo e de valorização da vida.
7. Assim como o povo hebreu sacrificava o seu cordeiro mais puro em adoração à Deus, temos o
paradigma que Deus teria sacrificado o seu Cordeiro mais puro, Jesus, para nos libertar dos
pecados.
Devemos estar dispostos a contribuir, utilizando os ensinamentos do Cristo como nosso guia.
Porque Jesus não morreu para nos salvar;
Jesus viveu para nos mostrar o caminho da salvação.
“Eu sou o caminho, e a verdade e a vida;
ninguém vem ao Pai, senão por mim.”
João 14:6
EIS O CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRA O PECADO DO MUNDO.
João 1:29
8. Imagem do livro “Sabedoria do Evangelho”
Em 1582 papa Gregório (Carlos Torres Pastorino,volume VII) da
XIII seguindo o primeiro entrada de Jesus em Jerusalém montado
em um jumentinho.
concílio de Nicéia (325
d.C.), decreta a Quarta-
Feira de Cinzas ocorre 46
dias antes da Páscoa e,
portanto, a Terça-Feira
de carnaval, ocorre 47
dias antes da Páscoa.
O domingo anterior ao
domingo de Páscoa é o
domingo de Ramos,
celebrando a entrada de
Jesus Cristo em
Jerusalém.
todos endeusavam a personagem transitória, e que os gritos de alegria
eram apenas exterioridades emotivas: aqueles mesmos gritariam, dias
mais tarde,
"mata-o, crucifica-o"!
9. “Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça;
Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de
Deus.” Lucas 22:15-16
10. Logo após a celebração, foram todos para o Getsêmani, onde os discípulos
invigilantes adormeceram, tendo sido o palco do beijo da traição e da prisão
do Nazareno.
11. Então Pilatos, vendo que o
tumulto crescia, tomando água,
lavou as mãos diante da
multidão, dizendo: Estou
inocente do sangue deste justo.
Considerai isso.
“Jesus vos deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos o do egoísmo, pois, quando o
primeiro, o Justo, vai percorrer as santas estações do seu martírio, o outro
lava as mãos, dizendo: Que me importa! (...).
Emmanuel. (Paris, 1861.)”
(O E.S.E. cap.XI, item 11, O Egoísmo §1° e 2°)
12. Semana Santa celebração da
Crucificação, Morte e Ressurreição de Jesus
“Cristo é a nossa
Páscoa (libertação),
pois Ele é o Cordeiro
de Deus que tira o
pecado do mundo”
(João, 1:29).
Daí dizer-se que Jesus foi o SALVADOR: com o empréstimo de
Sua matéria, permitiu que fosse tudo libertado da força dispersiva que,
levava tudo ao divisionismo e à dispersão, e deu nova orientação.
Foi isso que entendemos da frase de João 11: 52
"morreu também para que os filhos de Deus dispersos, se reunissem em
UM".
13. Na Doutrina Espírita, não há comemoração da Páscoa, pois para o
espiritismo, não existiu ressurreição física, por ser "cientificamente
impossível” fato ratificado pelos Espíritos Superiores responsáveis pela
Codificação.
Segundo o Novo Dicionário Aurélio, ressurreição significa o ato ou efeito
de ressurgir ou reaparecer, ou seja após a morte no Calvário, Jesus
ressurgiu ou reapareceu em espírito, não em carne.
“Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo
natural, há também corpo espiritual. ”
(I Epístola de Paulo aos Coríntios 15:44) e ainda “(...) a carne e o sangue
não podem herdar o reino de Deus” (15:50).
“O espírito é que vivifica, a carne para nada aproveita.”
(João: 6:63)
14. Mas, como explicar,
então as “aparições”
de Jesus, nos
quarenta dias
póstumos,
mencionadas pelos
religiosos na alusão à
Páscoa?
A Ciência Espírita aponta para as manifestações psíquicas
descritas como mediunidades.
15. Podemos estar diante da “materialização”, isto é, a utilização de fluido
ectoplásmico – de seres encarnados ou de elementos da natureza –
para possibilitar que o espírito seja visto por todos.
16. Noutras situações, estamos diante de uma outra manifestação psíquica
conhecida, a mediunidade de vidência, quando, pelo uso de faculdades
mediúnicas, alguém pode ver os espíritos.
17. O Espiritismo não possui dogmas, nem cultos, nem ritos, nem cerimônias, nem
hierarquias, sacerdotes ou amuletos; não pede, nem admite, nenhuma fé cega; quer
que tudo seja compreendido, que se tenha conta de tudo.
Não faz nenhum tipo de discriminação ou crítica a quem quer que seja.
Defende que “Fora da Caridade não Há Salvação”.
Por isso a Doutrina Espírita não relembra o que Jesus viveu, e sofreu, mas o que Ele
ensinou, as lições do Evangelho, sintetizadas na Oração de Francisco de Assis, que
ensina o trabalho, a ação e a atitude de não esperar nada.
18. “Senhor,
Fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
compreender que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.”
19. Que esta Páscoa, sirva para nos
“libertar” de velhos paradigmas,
seguindo as orientações de Paulo
“que, quanto ao trato passado, vos
despojeis do velho homem, que se
corrompe pelas concupiscências do
engano; E vos renoveis no espírito da
vossa mente”.
Efésios 4:22-23
Aproveitemos a oportunidade para
refletir sobre o consumo exagerado
nestes dias, atendendo ao apelo
intenso da mídia às tentações
deliciosas que acentuam os prazeres
puramente do corpo, que desviam
nossas atenções dos compromissos do
Espírito Imortal, comprometido com
o Progresso.
20. “Para despertar um
passarinho basta
um silencioso raio
de sol, enquanto
para acordar uma
rocha torna-se
necessária a
dinamite."
Emmanuel
In: Carlos Torres
Pastorino,
Sabedoria do
Evangelho vol. VII.
21. FONTE:
REVISTA CRISTÃ DE ESPIRITISMO O Espírita e a Páscoa
CORREIO ESPÍRITA - Abril de 2006 Francisco Rebouças
CVDEE - Visão Espírita da páscoa - Amílcar Del Chiaro Filho
VALDIR PEDROSA – A PÁSCOA E A RESSURREIÇÃO - Janeiro/2008
PASTORINO, Carlos Torres. Sabedoria do Evangelho v. II, VI, VII e VIII.
IMAGENS: EXTRAÍDO DA INTERNET
A.E. JSOH
a.e.jesussalveoshumildes@gmail.com