Os cafés de Patrocínio (MG) e Domingos Martins (ES) venceram as categorias "Pulped Naturals" e "Naturals" do Cup of Excellence - Brazil 2017, respectivamente. Cafés das regiões da Mantiqueira de Minas, Matas de Minas e Sul de Minas também se destacaram no 25o Concurso Qualidade Minasul. Uma produtora da Appcer, associação de pequenos produtores do Cerrado Mineiro, venceu o 3o Prêmio de Qualidade de Café Fairtrade.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 23/10/2017
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BSCA: cafés de Patrocínio (MG) e Domingos Martins (ES) vencem o CoE – Brazil 2017
P1 / Ascom BSCA
23/10/2017
Em cerimônia de anúncio e
premiação dos vencedores
do Cup of Excellence – Brazil
2017, realizada na noite de
domingo, 22 de outubro, no
Instituto Federal do Espírito
Santo (Ifes), no Campus de
Venda Nova do Imigrante
(ES), o produtor Henrique
Leivas Sloper de Araújo, com
o café produzido na Fazenda
Camocim, em Domingos
Martins, nas Montanhas do
Espírito Santo, foi o campeão
da categoria "Naturals", com
a nota 93,60 pontos. Já o
café cultivado por Gabriel
Alves Nunes, no Sítio Bom
Jardim, em Patrocínio (MG), na Denominação de Origem do Cerrado Mineiro, sagrou-se
campeão da categoria "Pulped Naturals" com a pontuação de 92,33 pontos.
O Cup of Excellence – Brazil 2017, realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais
(BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
(Apex-Brasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE), é o principal concurso para cafés
especiais do mundo e teve 57 vencedores no total, que obtiveram nota igual ou superior a 86
pontos (escala de zero a 100 pontos) do júri internacional, sendo 32 na categoria "Naturals" e
25 na "Pulped Naturals".
NATURALS
Dos 32 vencedores na categoria dedicada aos cafés colhidos e secos com casca, cinco
obtiveram o título de café presidencial, com nota superior a 90 pontos. Além do campeão
Henrique Sloper de Araújo, os lotes produzidos por Paulo Henrique Miranda, Fazendas Klem e
José Bernardes Santana Junior, na região das Matas de Minas, e por Ismael José de Andrade,
na Denominação de Origem do Cerrado Mineiro, completam o seleto grupo. A categoria
também teve cinco cafés considerados "National Winners", que foram classificados com notas
entre 84,00 e 85,99 pontos.
A região com o maior número de vencedores na categoria "Naturals" foi a Indicação de
Procedência da Mantiqueira de Minas, com 13 amostras (35,1% do total). Na sequência,
vieram a Denominação de Origem do Cerrado Mineiro, com oito amostras (21,6%); Matas de
Minas e a Indicação de Procedência do Sul de Minas, com cinco lotes cada (13,5%); Indicação
de Procedência da Alta Mogiana de São Paulo, com três amostras (8,1%); e Chapada de
Minas, Média Mogiana de São Paulo e Montanhas do Espírito Santo, com uma amostra cada
(2,7%). O resultado completo está disponível no site da BSCA: http://bsca.com.br/assets/CoE-
Brazil-2017-ResFinal-NAT.pdf.
PULPED NATURALS
Já na categoria voltada aos cafés cerejas descascados e/ou despolpados, quatro amostras
receberam o título de café presidencial, também obtendo nota superior a 90 pontos do júri
2. Conselho Nacional do Café – CNC
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internacional. Duas são originárias das Matas de Minas, dos produtores Luiz Henrique Macedo
Teixeira e Luís Mauro Araújo Miranda, uma da Indicação de Procedência da Mantiqueira de
Minas, do cafeicultor Paulo Sergio Noronha Barleta, além do campeão Gabriel Alves Nunes, da
Denominação de Origem do Cerrado Mineiro. Houve, ainda, oito "National Winners", com notas
entre 84,00 e 85,99 pontos.
No total, a região das Matas de Minas se destacou com 13 amostras (39,4% do total)
vencedoras na categoria. Os demais ganhadores são oriundos da Chapada Diamantina, com
cinco lotes (15,2%); Indicação de Procedência da Mantiqueira de Minas e Montanhas do
Espírito Santo, com três amostras cada (9,1%); Denominação de Origem do Cerrado Mineiro,
Média Mogiana de São Paulo, Indicação de Procedência do Norte Pioneiro do Paraná e Sul de
Minas, com dois lotes (6,1%); e Chapada de Minas, com uma amostra (3,0%). O resultado
completo está disponível no site da BSCA: http://bsca.com.br/assets/CoE-Brazil-2017-ResFinal-
PN.pdf.
LEILÃO DOS VENCEDORES
O próximo passo do Cup of Excellence – Brazil 2017 é o disputado leilão, via internet, dos
vencedores de cada categoria, que já pagou mais de *R$ 18 mil por saca ao campeão do
principal concurso de qualidade para cafés especiais em 2016. Para os vitoriosos na "Pulped
Naturals", o leilão dos vencedores ocorrerá no dia 28 de novembro, enquanto para os
vencedores da "Naturals" será realizado em 7 de dezembro. Já os "National Winners" de
ambas as categorias serão ofertados em leilão entre 26 de novembro e 9 de dezembro.
* No leilão dos vencedores da categoria “Pulped Naturals” do Cup of Excellence – Brazil 2016,
cada saca do lote campeão, do produtor José Joaquim Oliveira, da Fazenda Santa Bárbara,
localizada em Piatã (BA), foi vendido por R$ R$ 18.921,67.
Mantiqueira, Matas e Sul de MG: regiões vencem o 25º Concurso Qualidade Minasul
Ascom Minasul
23/10/2017
A Minasul apresentou, em uma
cerimônia realizada na quinta-
feira (19), os lotes vencedores
da 25ª Edição do Concurso
Qualidade Minasul de Café. Os
campeões foram
representados pelas regiões
Mantiqueira de Minas e Sul de
Minas. Na categoria café
natural, o produtor Hudson
Salvador Vilela, da Fazenda
Colina, município de
Luminárias (MG) – Sul de
Minas, atingindo nota de 91,75
pontos. Na categoria café
cereja descascado, o campeão
foi o produtor Renato Pita
Maciel de Moura, da Fazenda Trapiá, em Baependi (MG) - Mantiqueira de Minas - conquistou o
primeiro lugar com a nota de 89,6 pontos.
Cafés presidenciáveis também foram destacados, na categoria natural, com o vice
colocadoNísio Oliveira Lima, da Fazenda Vista Alegre, em Nepomuceno (MG) com 90,93
pontos; e Adelino Semboloni, da Fazenda dos Tachos, em Varginha (MG), com 90,68 pontos,
ficando na terceira posição. O quarto colocado foi Álvaro Mendes de Resende, da Fazenda
Gericó, de Varginha (MG) com 88,81 pontos; e o quinto colocado foi EfrainBotrel, da Fazenda
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Águas Claras, em Ilicínia (MG). Os cinco vencedores da categoria natural representam a região
Sul de Minas.
Na categoria café cereja descascado houve surpresa para os primeiros colocados. Andrea de
Souza Rangel, vice com 88,7 pontos, é casada com o campeão da categoria. Já a terceira
colocada, com a nota de 87,18, Patrícia Ferreira Alves, da Fazenda Boa Vista, em Ilicínia (MG),
Sul de Minas, é esposa do quinto colocado na categoria natural, EfrainBotrel. O quarto lugar foi
para a Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Carmo da Cachoeira (MG), Sul de Minas, do
produtor Helder Chagas Reis, que atingiu 86,81 pontos; e a quinta premiação foi para a região
Matas de Minas, em Entre Rio de Minas (MG), com o produtor Roberto Junqueira Filho, da
Fazenda São Bento, que conquistou 86,68 pontos. (confira todos os vencedores nos quadros
abaixo)
Francisco Lentini, supervisor do Departamento de Cafés Especiais e Diferenciados da Minasul
e juiz principal do concurso, diz que esta 25ª Edição foi um grande sucesso. “Superou todas as
nossas expectativas, desde a fase de inscrições, com um recorde de 320 amostras. Este
Concurso vai ficar marcado, também, pela elevada pontuação e complexidade de atributos”.
Lentini ainda comenta que os resultados mostram que os produtores estão mais preocupados
em atender a demanda do mercado por cafés especiais. “É importante agora que eles
continuem a trabalhar a consistência desses cafés para manter a qualidade”.
Para o produtor Antônio Bento da Silva, do Sítio Bela Vista, de Varginha - um dos 30 finalistas
selecionados para a fase final - participar da premiação foi um motivo a mais para trabalhar a
qualidade na próxima safra. “Fiquei muito feliz! Esse é o trabalho da minha vida e, participar
pela primeira vez de um concurso como esse, e ainda chegar à fase final é a realização de um
sonho. Ano que vem quero estar aqui dinovo, com um café melhor e contando, sempre, com o
apoio da equipe Minasul”, comentou o produtor.
A Nucoffee Syngenta – Nutrade Comércio Exportação será a compradora dos lotes e
disponibilizará as amostras em leilão virtual.
A 25º Edição do Concurso Qualidade Minasul de Café é uma realização da Minasul com apoio
da Nucoffee Syngenta e órgãos ligados ao Conselho Municipal de Café. Desde 1993 a Minasul
organiza o Concurso de Qualidade Minasul de Café, com o objetivo de promover a qualidade
do café de seus cooperados junto aos mercados nacional e internacional.
Produtor Localização Região Pontos
Renato Pita Maciel de Moura Fazenda Trapiá / Baependi Mantiqueira de Minas 89,60
Andrea de Souza Rangel Fazenda Trapiá / Baependi Mantiqueira de Minas 88,70
Patrícia Ferreira Alves Fazenda Boa Vista / Ilicínea Sul de Minas 87,18
Helder Chagas Reis Fazenda N. Sra. Aparecida / Carmo da Cachoeira Sul de Minas 86,81
Roberto Junqueira Filho Fazenda São Bento / Entre Rios de Minas Matas de Minas 86,68
CATEGORIA CEREJA DESCASCADO
Produtor Localização Região Pontos
Hudson Salvador Vilela Fazenda Colina / Luminárias Sul de Minas 91,75
Nísio Oliveira Lima Fazenda Vista Alegre / Nepomuceno Sul de Minas 90.93
Adelino Semboloni Fazenda dos Tachos / Varginha Sul de Minas 90,68
Álvaro Mendes de Resende Fazenda Gericó / Varginha Sul de Minas 88,81
EfrainBotrel Fazenda Águas Claras / Ilicínea Sul de Minas 88,78
CATEGORIA NATURAL
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Produtora vence 3º Prêmio de Qualidade de Café Fairtrade da APPCER
Comunicação Appcer
23/10/2017
Lena Oliveira
A APPCER – Associação dos
Pequenos Produtores do
Cerrado, com sede em
Patrocínio (MG), no Cerrado
Mineiro, promoveu a terceira
edição do Concurso de
Qualidade de Café Fairtrade
(Comércio Justo). Foram 28
amostras inscritas, com
avaliação sensorial e auditoria
pela Savassi Certificação. O
resultado do concurso foi
apresentado no dia 5 de
outubro, dentro da
programação do 25º
Seminário do Café da Região
do Cerrado Mineiro.
Nesta edição, pela primeira vez, um número expressivo de associadas participou enviando
suas amostras. A estratégia deu certo, pois a classificação de primeiro lugar foi da associada
Ediene da Silveira Silva (foto ao centro), residente na região de Lagoa Seca, município
Patrocínio. O micro lote de café cereja natural, alcançou pontuação de 86,08, tendo
características de frutas vermelhas, morango ao leite, strowberry, chocolate, jabuticaba,
caramelo, jasmim, finalização longa e agradável, corpo cremoso e denso, acidez cítrica/málica
suave e doçura de mel.
“Estou muito feliz e me sentindo reconhecida pelo meu trabalho e de minha família”,
compartilhou Ediene em entrevistas à imprensa. A família Silva ainda teve a felicidade de ter
sido classificada em quinto lugar, com amostra em nome de Adriano Rogério da Silva, com
pontuação de 83,67. O casal e os filhos Pedro Henrique e Maria Eduarda comemoraram
bastante as premiações.
Para o presidente da Appcer, Carlos Behrend é gratificante ver as mulheres tendo destaque na
associação e na cafeicultura. “Nos alegra ver a qualidade dos cafés apresentados neste
concurso. Os primeiros colocados tiveram notas acima de 83 pontos, o que demonstra que
todo empenho da Appcer em dar condições a estes produtores de melhorarem continuamente
sua qualidade está dando certo. Mais felizes ainda ficamos ao ver as produtoras tomando
frente em seus negócios e vindo participar do concurso.”, pontou Behrend.
Os cinco primeiros colocados foram premiados com valores entre R$ 10mil a R$ 6mil, oriundos
do prêmio recebido pela venda de cafés Fairtrade. A classificação dos cinco primeiros
colocados é:
1º lugar – Edieni de Silveira Silva – Fazenda N. S. da Abadia - Nota 86,08
2º lugar – Cleber Antônio Rossini – Fazenda Chapadão de Ferro – Nota: 85,08
3º lugar – Ernestino da Cunha – Fazenda Serra Negra – Nota: 84,58
4º lugar – Oscar Antônio da Silva – Fazenda Lago Azul – Nota: 84,33
5º lugar – Adriano Rogério da Silva – Fazenda Santo Antônio – Nota: 83,67
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Consumo de café atingiu 155 milhões de sacas e produção 153,9 em nível mundial
Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
23/10/2017
Lucas Tadeu Ferreira, Jamilsen Santos e Eduardo Aiache
O café arábica representou 63,2% da
produção mundial de café no ano cafeeiro
2016/17, com 97,3 milhões de sacas de
60kg, enquanto a produção de robusta foi de
56,6 milhões, ou seja, 36,8% do total. A
produção mundial atingiu 153,9 milhões de
sacas nesse período, representando
aumento de 1,5% em relação ao ano
cafeeiro 2015/16. E o consumo de café, em
nível mundial, no ano cafeeiro 2016/17 foi de
155,1 milhões de sacas.
Esses dados da produção e consumo
mundial do café constam do Relatório sobre
o mercado de Café - Setembro 2017, da
Organização Internacional do Café – OIC, da
qual o Brasil é país-membro, sediada em
Londres – UK, que administra o Acordo
Internacional do Café (AIC), importante instrumento de cooperação dos países produtores e
consumidores de café.
Referido Relatório, que está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio
Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café, também analisa que o volume das exportações
nos 11 primeiros meses do ano cafeeiro 2016/17 foi de 113,3 milhões de sacas, o que
representa aumento de 5,8% (6,2 milhões de sacas) em comparação com o mesmo período do
ano cafeeiro anterior, quando foram exportados 107,1 milhões de sacas. Para a OIC, o ano
cafeeiro compreende o período de outubro a setembro.
No Relatório de setembro, a Organização destacou análises da performance dos três principais
países produtores e exportadores de café no mundo, quais sejam: Brasil, em primeiro lugar;
Vietnã, em segundo; e Colômbia, em terceiro. No caso brasileiro, segundo dados estatísticos
da OIC, a produção de café (ano cafeeiro 2016/17) foi de 55 milhões de sacas de 60kg, o que
significou aumento de 9,2% em relação ao período anterior. E as exportações brasileiras, no
mesmo período, diminuíram 7,3%, enquanto o consumo interno se manteve estável em torno
de 20,5 milhões de sacas.
Quanto ao Vietnã, a produção estimada para o ano cafeeiro 2016/17 foi de 25,5 milhões de
sacas, a qual registrou redução de 11,3% em relação ao mesmo período anterior. Em
decorrência dessa redução, as exportações recuaram 3,4%, para 23,5 milhões de sacas nos 11
primeiros meses de 2016/17, em relação ao ano cafeeiro passado.
Por fim, a Colômbia, terceiro produtor e exportador, produziu 14,5 milhões de sacas no mesmo
ano cafeeiro, maior volume registrado desde 1992/93, e o quinto ano com crescimento
consecutivo. Assim, as exportações desse país registraram aumento de 9,6% e atingiram 12,4
milhões de sacas nos 11 primeiros meses de 2016/17, conforme os dados estatísticos
constantes do Relatório em tela da OIC.
O Relatório da OIC divulga mensalmente análises do mercado cafeeiro, contendo dados de
produção, exportação, consumo, preços indicativos diários dos grupos da Organização:
Arábicas (Colombian Milds, Other Milds e Brazilian Naturals) e Robustas, assim como,
arbitragem entre as bolsas de Nova York e Londres, volatilidade da média dos indicativos de
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preços, diferenciais de preços, volume e valor das exportações mundiais de café, equilíbrio da
oferta/demanda mundial, total das exportações, entre outros dados de interesse do setor.
Acordo Internacional do Café (AIC) – Para saber mais sobre a participação do Brasil no AIC,
acesse o site da OIC (http://www.ico.org/pt/ica2007p.asp). No contexto desse Acordo, a
Embrapa Café, por meio do Comitê Diretor do Acordo Internacional (CDAI), do Conselho
Deliberativo da Política do Café – CDPC/Mapa, participa da análise, discussão, aprovação e
gestão das ações, projetos e programas relacionados ao panorama dos mercados externos do
café.
Leia na íntegra o Relatório sobre o mercado de Café setembro 2017, da OIC, e saiba mais
sobre a conjuntura mundial do café pelo link:
http://consorciopesquisacafe.com.br/arquivos/consorcio/publicacoes_tecnicas/OICsetembro201
7.pdf
Procafé: poda de cafeeiros em “safra zero” é a salvação da cafeicultura de montanha
Fundação Procafé
23/10/2017
J.B. Matiello, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé
A poda de esqueletamento em cafeeiros, que leva a zerar a safra baixa, permitindo ter uma
safra alta e mais econômica a cada 2 anos, com certeza, é a forma mais racional para alcançar
maior competitividade e, mesmo, a própria sobrevivência da cafeicultura de montanha.
A cafeicultura de montanha no Brasil é composta por cerca de 700 mil ha de cafezais,
cultivados em áreas de topografia acidentada, onde a mecanização normal é impraticável. Com
isso, os tratos realizados, em sua maior parte, de forma manual, vêm exigindo o uso de mão de
obra em grande quantidade, onerando os custos de produção.
Várias práticas alternativas tem procurado facilitar os tratos culturais e a colheita nas lavouras
de café de montanha. A abertura de micro-terraços nas ruas do cafezal e o emprego de
derriçadoras motorizadas, de operação manual, são exemplos de evoluções importantes na
adaptação do terreno e no maquinário.
A adaptação na lavoura, entretanto, é a pratica que consideramos essencial para dar base para
toda economia na lavoura. Como o principal fator de uso de mão de obra e,
consequentemente, na elevação dos custos, é o trabalho com a colheita e conhecendo que
essa operação é mais cara em cafeeiros, a maneira de reduzir custos, como temos visto, nas
pesquisas e na prática dos cafeicultores, é concentrar a safra a cada 2 anos.
A poda de esqueletamento, ao cortar os ramos laterais, produtivos, evita ou zera a safra baixa
e possibilita uma colheita alta, mais barata, a cada 2 anos, de quase a mesma quantidade de
café que seria colhido nas duas safras. Ao mesmo tempo, permite economias paralelas aos
trabalhos de colheita. Pode-se economizar, no primeiro ano pós-poda, na adubação. Pode-se
fazer uma colheita com maior vigor, podendo, até, quebrar alguns galhos, pois, vai-se corta-los
na poda em seguida. Pode-se, ainda, aproveitar a própria poda dos ramos para efetuar a
colheita dos frutos desses ramos após a poda.
Por isso tudo, os Técnicos de AT e os cafeicultores das montanhas precisam adotar mais o
sistema de poda para safra zero, como, aliás, já vem ocorrendo em grande escala, nas áreas
planas. É muito evidente que este sistema é ainda mais adequado às lavouras onde não se
pode mecanizar. Ali a poda de esqueletamento é, sem duvidas, a “salvação da lavoura”.
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Sul de MG: fim da colheita do café derruba a geração de empregos no 3º trimestre
G1 Sul de Minas
23/10/2017
O fim da colheita do café derrubou a geração de empregos nas 10 maiores cidades do Sul de
Minas no 3º trimestre do ano, conforme os últimos dados divulgados pelo Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgados nesta quinta-
feira (19). Se no 2º semestre foram geradas 4.824 vagas de trabalho somente na agropecuária,
nos últimos três meses, com o fim da colheita, 3.826 dessas vagas foram cortadas.
No ano, a geração de empregos segue positiva nas maiores cidades da região, com saldo de
+5.228 vagas de trabalho. No entanto, a retração no 3º trimestre, graças ao impacto na
agropecuária, foi de - 1.286 postos de trabalho.
A boa notícia é que o comércio e a indústria estão em plena recuperação. O comércio chegou
ao segundo trimestre consecutivo de geração de empregos positiva, enquanto a indústria se
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recuperou da baixa sofrida entre os meses de abril e junho. O setor de serviços é o único que
apresenta geração positiva na região desde o início do ano.
Entre os municípios, destaque para Pouso Alegre e Varginha, que apresentam a melhor
geração de empregos entre as 10 maiores cidades da região no ano. Poços de Caldas, que é a
cidade com o pior saldo entre as maiores, segue em recuperação no acumulado dos últimos
seis meses.
SIC oferece programação intensa e variada que contempla toda cadeia produtiva
SIC 2017
23/10/2017
A 5° edição da Semana
Internacional do Café (SIC)
está chegando com uma
programação diversificada
que vai contemplar toda a
cadeia produtiva. Serão 25
eventos simultâneos
acontecendo entre os dias
25 e 27 de outubro no
Expominas, que incluem
palestras, seminários, cursos, workshops e concursos para produtores, empresários,
apreciadores e interessados no universo da produção de cafés no Brasil e no exterior.
A programação foi estrategicamente pensada para contemplar grandes temas que são pautas
recorrentes do setor: Mercado & Consumo, Conhecimento & Inovação e Negócios &
Empreendedorismo foram os três eixos que irão contemplar atividades para milhares de
profissionais de todo o mundo, além da presença de 60 palestrantes que vão apresentar as
novidades e tendências do universo cafeeiro.
Mercado & Consumo tem o objetivo de integrar a cadeia produtiva do café, além de promover
ações com foco no mercado atual e no aumento do consumo do café no Brasil e no mundo. O
Workshop Geoportal do Café, um mapeamento do Parque Cafeeiro de Minas Gerais que será
realizado no dia 26; os encontros de Organização Fairtrade, de Produtores e das Indicações
Geográficas; a Degustação de Cafés de Regiões Brasileiras e a Copa Barista são as principais
atividades que compõe esse braço da programação.
Em Conhecimento & Inovação a SIC vai apresentar conteúdos relevantes nos formatos de
palestras, cursos e fóruns sobre campo, certificação, classificação, torra, cafeterias, tendências
e negócios. Realizado no dia 25, o DNA Café – Seminário Internacional reunirá atores da
cadeia do café nacional e internacional que debaterão tendências, desafios e ações para o
futuro do mercado de café mundial. Além dele, eventos como o Fórum da Agricultura
Sustentável, o Re:Verb Roast, um simpósio de cafés especiais; o Roast Lab, uma jornada
completa sobre torra com renomados profissionais do mercado nacional, e os cursos Torra
Lab, além dos Técnicos promovidos pela Associação Americana de Cafés Especiais (SCA),
são outras atividades desse eixo.
Ainda seguindo essa temática, o Sebrae e o Sistema FAEMG também vão promover uma
programação especial. O Sebrae vai montar a Sala Educampo, onde vai oferecer capacitação
técnica e gerencial de produtores rurais, a partir de reuniões internas com os consultores do
projeto para desenvolver aspectos de gestão da propriedade. Já o Sistema FAEMG vai
disponibilizar o Espaço Café+Forte para realizar a transferência de tecnologia nas áreas de
gestão e cursos para os produtores participantes do programa. No Seminário Interagro Café,
parceria entre FAEMG, CNA e Apex, o foco será apresentar, ao cafeicultor, os caminhos da
exportação; seus desafios e oportunidades.
9. Conselho Nacional do Café – CNC
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O eixo Negócios & Empreendedorismo traz como foco os eventos voltados para a geração de
negócios diretos, além de apresentar ideias e tendências para novos empreendimentos no
setor de café no Brasil. Espaços de exposição de estandes; a Cafeteria Modelo e a Sala
Cupping & Negócios estarão abertos todos os dias para estimular as ações de networking e a
troca de informações. Com o mesmo objetivo, a temática vai promover também os encontros
IWCA Brasil, realizado pela Aliança Internacional das Mulheres do Café do Brasil; Meet the
Green Buyers, que busca estreitar relacionamento entre os diversos setores do café, como
produtores, cooperativas e expositores e o Business Experience. Além disso, o Coffee of the
Year 2017 apresentará o resultado da degustação às cegas dos 10 melhores cafés feita pelo
público que vai eleger o melhor café do ano.
Os detalhes completos da programação estão disponíveis no site da SIC, no endereço:
www.semanainternacionaldocafe.com.br.
Serviço: Semana Internacional do Café 2017
Data: 25 a 27 de outubro
Local: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Inscrições e informações no site www.semanainternacionaldocafe.com.br