O mercado físico de café arábica no Brasil está paralisado, com produtores retraídos aguardando preços mais adequados e compradores tentando repassar a queda nos futuros de Nova York. Especialistas apontam que as cotações em Nova York estão desconectadas da realidade do setor e influenciadas por fatores especulativos. A safra brasileira de 2015 deve ser menor por causa dos problemas climáticos dos últimos anos.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 09/03/2015
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Mercado físico de café do país está travado, apontam especialistas
Thomson Reuters
09/03/2015
Roberto Samora
Reuters – O mercado físico de café arábica do Brasil está virtualmente paralisado, com os
compradores tentando repassar para as ofertas a baixa registrada nos contratos futuros de Nova
York, e os produtores retraídos, à espera de melhores cotações.
Além disso, a grande oscilação de valores diários, com altas e baixas expressivas em Nova York,
também prejudicou os negócios nesta semana.
Segundo o Escritório Carvalhaes, tradicional corretora de Santos, os produtores aguardam "preços
mais realistas, condizentes com o estado dos cafezais depois da longa seca e das altas
temperaturas" dos dois últimos verões.
"Com a forte crise econômica e política, inflação se aproximando dos 8 por cento ao ano, dólar
ultrapassando a barreira dos 3 reais e, portanto, custos de produção em alta, consideram mais
prudente ficar com o café do que aceitar vendê-lo por preços que acreditam artificialmente
pressionados e fora da realidade", afirmou Carvalhaes nesta sexta-feira em nota.
Os contratos futuros do café arábica negociados em Nova York atingiram nesta semana uma mínima
de 13 meses, com a fraqueza do real frente ao dólar, o que tende a favorecer vendas para a
exportação, além de uma melhora do clima para a safra brasileira, segundo operadores dos EUA.
A moeda norte-americana subiu 1,49 por cento nesta sexta-feira, a 3,0565 reais na venda, maior nível
de fechamento desde 27 de julho de 2004.
Nesta sexta-feira, o contrato maio fechou em alta de 4,85 centavos, ou 3,6 por cento, a 1,399 dólar
por libra-peso, mas encerrou a semana em baixa de 0,4 por cento, a quarta perda semanal
consecutiva. Durante a semana, houve sessões com alta de cerca de 6 por cento e outras com baixa
de 6 por cento.
Na sessão desta sexta-feira, a alta no mercado nova-iorquino impulsionou os preços no Brasil.
O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista,
fechou a 442,03 reais/saca de 60 kg, avanço de 3,12 por cento em relação à véspera.
"Essa constante e forte oscilação nova valores tem deixado o mercado praticamente travado para a
variedade", ressaltou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em nota.
RECUPERAÇÃO?
As coberturas de vendidos em Nova York ocorreram nesta sexta-feira com o mercado parecendo ter
encontrado um piso no curto prazo, segundo operadores em Nova York.
2. Conselho Nacional do Café – CNC
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Por sua vez, o chefe de operações da Organização Internacional do Café (OIC), Mauricio Galindo,
disse nesta sexta-feira que os preços poderão subir nos próximos meses devido a um déficit da oferta
global.
"O clima especulativo é forte no mercado, alimentado pelas incertezas quanto ao volume e à
qualidade da colheita brasileira que se iniciará dentro de dois meses", apontou em nota nesta sexta-
feira o Conselho Nacional do Café (CNC), órgão que representa os produtores.
Mas o CNC ressaltou que a produção em 2015 será fraca, por conta dos problemas climáticos.
"Reiteramos que é nítida, até o momento, a menor quantidade de frutos nos pés, com a má formação
das rosetas, bem como a desuniformidade dos grãos, o que, inegavelmente, já impactará de forma
negativa na safra 2015", disse.
Ainda assim, por conta do cenário externo, o mercado físico brasileiro continuou retraído, confirmou o
CNC.
Carvalhaes: “fora da realidade”, mercado brasileiro de café está parado
Revista Globo Rural
09/03/2015
Raphael Salomão
O mercado físico brasileiro de café (Foto: Rodrigo Lima/Nitro/Editora Globo) está parado e aguarda
preços “mais realistas”. A avaliação foi divulgada pelo Escritório Carvalhaes, de Santos (SP). Em
boletim semanal, a empresa reforçou a avaliação de que a pressão de baixa vinda das cotações do
arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures) é de natureza especulativa e reforçada pelo atual clima
de instabilidade política e econômica no Brasil, maior produtor mundial da variedade.
“Com a forte crise econômica e política, inflação se
aproximando dos 8% ao ano, dólar ultrapassando a
barreira dos três reais e, portanto, custos de produção
em alta, (os produtores) consideram mais prudente ficar
com o café do que aceitar vendê-lo por preços que
acreditam artificialmente pressionados e fora da
realidade”, diz o informe.
Nesta semana, o contrato para maio, o de maior
liquidez na Bolsa de Nova York, acumulou uma leve
valorização, de 0,53%. No primeiro pregão da semana
(2/3), fechou a US$ 1,3835 por libra-peso, encerrando a
sexta-feira (6/3) a US$ 1,3990. Mas o contrato chegou a
fechar abaixo de US$ 1,30 (US$ 1,2975 na terça-feira),
o que “assustou até os mais pessimistas”, segundo
Carvalhaes.
De acordo com a direção da empresa, as recentes
chuvas sobre os cafezais brasileiros também são
usadas pelos operadores de mercado como fator para
pressionar os preços. No entanto, a avaliação é que a situação não condiz com a realidade da cultura
no Brasil, em que cafezais sofreram com seca e altas temperaturas em dois verões seguidos.
3. Conselho Nacional do Café – CNC
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O Conselho Nacional do Café (CNC) reforça o cenário. De acordo com a instituição, desde o início do
ano passado, as temperaturas têm sido altas e as chuvas insuficientes. Desta forma, o retorno
“parcial” das precipitações sobre áreas produtivas apenas possibilita a granação dos frutos que estão
nas plantas, sem possibilidade de recuperação do que já não “vingou”.
“É nítida, até o momento, a menor quantidade de frutos nos pés, com a má formação das rosetas,
bem como a desuniformidade dos grãos, o que, inegavelmente, já impactará de forma negativa na
safra 2015. O estágio de desenvolvimento dos cafezais no campo indica que a produção seguinte
também tende a ser comprometida”, disse o CNC, em seu balanço semanal.
Mercado deficitário – A tendência de queda registrada nos preços do café ocorre mesmo em um
momento de déficit de oferta, de acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), que
realizou, em Londres, a 114ª sessão do Conselho Internacional do Café. O ano-safra 2014/2015 deve
ter uma oferta global de 142 milhões de sacas de 60 quilos, a menor em três anos e 4,6 milhões de
sacas menor que na safra anterior.
“Com isso, o mercado cafeeiro este ano se torna deficitário, embora os estoques dos países
exportadores tenham até agora permitido uma continuação das exportações em ritmo acelerado”,
informou a OIC em relatório referente ao comportamento do mercado durante o mês de fevereiro.
O indicador de preços da entidade atingiu no mês passado a mínima em um ano. O OIC Composto,
que pondera cotações de cafés arábica e robusta de diversas regiões do mundo, iniciou fevereiro a
US$ 1,4421 por libra-peso e terminou a US$ 1,2875 (-10,72%). Entre os grupos analisados, o dos
Naturais Brasileiros teve a maior queda, de 7,1%, e pressionaram o indicador.
A média mensal do OIC Composto em fevereiro foi de US$ 1,4110, a menor dos últimos 12 meses e
4,8% mais baixa que a de janeiro. Nos primeiros dias de março, o índice manteve a trajetória de
queda. Entre os dias 2 e 5, passou de US$ 1,2773 para US$ 1,2539 por libra-peso, chegando a
registrar mínima de US$ 1,2335 durante a semana.
No final da reunião da OIC, o chefe de operações da entidade, Maurício Galindo, disse acreditar que
os preços voltem a patamares que reflitam o cenário de déficit de oferta e demanda aquecida, a
expectativa é de crescimento de pelo menos 2% na demanda global.
Produção na região de Araguari deve cair para 400 mil scs em 2015
Agência SAFRAS
09/03/2015
Fábio Rübenich
A região de Araguari, no cerrado de Minas Gerais, deve produzir cerca de 400
mil sacas de café em 2015, na comparação com as 600 mil sacas produzidas
no ano passado. A queda é resultado do ciclo bianual da cultura do café
arábica.
Na entrevista reproduzida abaixo, concedida durante a Fenicafé 2015, o
presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), Cláudio Morales
Garcia (foto: divulgação ACA), comenta que as altas temperaturas e a falta de
chuvas durante o mês de janeiro podem afetar a produção da safra que começa
a ser colhida em maio.
4. Conselho Nacional do Café – CNC
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Agência SAFRAS — Até que ponto a escassez de água no Sudeste afeta a irrigação para a
cafeicultura?
Cláudio Morales Garcia — É um ponto crucial. Precisamos ficar atentos para fazer a melhor
utilização da água na cafeicultura. A implicação dos períodos secos que tivemos em 2014 e no início
de 2015 é a afetação da fisiologia do cafeeiro, pois a água serve para transportar os nutrientes no
interior da planta. Com período prolongado de seca, falta água, aumenta o déficit hídrico e há menos
água para que a planta possa fazer este trabalho. O período de enchimento dos frutos acaba sendo
altamente prejudicado.
Agência SAFRAS — As chuvas de fevereiro melhoraram as condições das lavouras na região de
Araguari de forma geral ou isso é mais especulação?
Garcia — No ano de 2014 tivemos aqui um veranico de 60 dias. Então o prejuízo foi grande. Como
ainda temos irrigação de gotejamento, achamos que não teríamos prejuízo. Mas como tivemos
temperaturas com dois graus acima da média vimos que tivemos prejuízo na colheita em termos de
granação e um pouco de perda de safra. Isso gerou perdas de mais ou menos 10 por cento. Agora
em 2015 houve 30 dias no mês de janeiro onde aconteceu a mesma coisa, um veranico. Então ainda
não sabemos quantificar o tamanho da perda.
Agência SAFRAS — Houve perdas mesmo para áreas de café irrigado aqui na região de Araguari?
Garcia — Ainda não sabemos quantificar o tamanho da perda, mas aconteceu a mesma coisa que
ocorreu no ano passado. Temperaturas acima da média em dois graus durante estes 30 dias.
Agência SAFRAS — Qual é a estimativa de produção para este ano na região de Araguari?
Garcia — No ano passado, a região de Araguari produziu 600 mil sacas de 60 quilos. Agora em 2015
houve esqueletamento, um tipo de poda, em 25% da área cultivada. Então, de acordo com a
Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), a produção esperada para a nossa região é de 400
mil sacas.
Agência SAFRAS — Em relação ao mercado, qual é a expectativa de preços para este ano?
Garcia — Está havendo queda nos preços nos últimos 30 a 40 dias, o que nos deixa preocupados.
Agora, sobre os preços do café, ninguém sabe o que que pode acontecer. Só esperamos que a
quebra esperada na produção de arábica faça os preços reagirem.
Agência SAFRAS — Uma hora o mercado vai assimilar que 2015 é mais um ano complicado para a
cafeicultura?
Garcia — O exportador não está percebendo que é um ano complicado, mas eu acredito que ele vai
ser. Eles estão esperando que seja colhida uma quantidade de safra que acreditamos que não
haverá.
Queda nos preços do café arábica é desconectada dos fundamentos, diz Illy
Thomson Reuters
09/03/2015
David Brough
Reuters – A queda dos preços do café arábica para uma mínima de 13 meses esta semana na bolsa
de Nova York foi resultado mais de fluxos financeiros do que de fundamentos de mercado, disse
nesta sexta-feira o presidente-executivo da fabricante italiana de café illycaffe.
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"O declínio dos preços foi motivado por fundamentos financeiros --o fortalecimento do dólar e a
realocação de dinheiro do mercado de commodities para os mercados de ações", disse Andrea Illy
em uma entrevista à Reuters.
"Isso cria uma situação complexa, difícil de decifrar", acrescentou ele, no intervalo de um encontro da
Organização Internacional do Café (OIC).
Ele não quis projetar uma tendência para os preços do arábica.
Mais cedo, o diretor de operações da OIC, Maurício Galindo, disse acreditar que os preços deverão
subir nos próximos meses devido à expectativa de um déficit no mercado global.
O segundo contrato do arábica na bolsa ICE Futures caiu para uma mínima de 13 meses, a 1,288
dólar por libra-peso na terça-feira, depois que chuvas no Brasil reduziram os temores de problemas
nos cafezais, que enfrentaram forte estresse hídrico nos últimos meses.
Um enfraquecimento do real ante o dólar acelerou as vendas por parte dos produtores brasileiros que
buscam garantir a rentabilidade na moeda local ante os preços denominados em dólar.
Crescimento do consumo global de café deve acelerar em 2015, diz OIC
Thomson Reuters
09/03/2015
David Brough
Reuters – O consumo global de café deverá crescer pelo menos 2 por cento em
2015, projetou nesta sexta-feira o diretor de operações da Organização Internacional
do Café (OIC), Maurício Galindo.
Segundo ele, o consumo cresceu 1,8 por cento em 2014.
Galindo disse em uma conferência de imprensa que os preços do café deverão subir
nos próximos meses devido a um déficit na oferta global.
Breno Mesquita visita Fenicafé e participa de reunião sobre cafeicultura
Ascom FAEMG
09/03/2015
A Fenicafé completou 20 anos e recebeu cerca de quaro
mil visitantes durante os três dias de evento. Além da
exposição de máquinas agrícolas e de empresas ligadas
ao setor, o evento promoveu uma série de palestras com
temas principalmente ligados a crise hídrica. O presidente
da Comissão de Café da Federação, Breno Mesquita,
participou pela segunda vez da feira e ressaltou que “a
feira é a disponibilidade de tecnologia ao alcance do
produtor que vem aqui absorver conhecimento e discutir sistemas de produção parecidos”.
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Araguari faz parte da Região do Café do Cerrado Mineiro, são 55 municípios cerca de quatro mil e
quinhentos produtores. A área de cafeicultura ocupa 200 mil hectares e produz cerca de cinco
milhões de sacas por ano. Breno Mesquita falou sobre a importância da região para a cafeicultura
mineira e quais os principais desafios do setor: “Principalmente para essa região é a questão hídrica,
o uso de forma racional da água. Tivemos um período de seca que deve trazer reflexos para 2016 e
acredito que o principal desafio seja facilitar os recursos para o uso da água pelos cafeicultores”.
Minas é o maior produtor do país, responde por mais de 50% da produção nacional. “Chapada, Matas
de Minas, Sul de Minas e Cerrado produzem cafés diferentes mas com algo em comum: a excelente
qualidade. Graças a Deus os consumidores de outros países perceberam e essa demanda pelo café
que aqui se produz muito bem só vem crescendo”, disse.
O presidente da comissão também participou da reunião do Núcleo dos Sindicatos dos Produtores
Rurais do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba que participam representantes de 45 sindicatos da
região. Na reunião, Breno Mesquita falou sobre as dificuldades por causa da seca e as ações da
Comissão para ajudar os cafeicultores. No fim da reunião ele recebeu uma homenagem do núcleo
pela atuação na FAEMG em contribuição ao agronegócio.
Ainda durante o encontro, o gerente regional da Emater Uberaba, Flávio Silveira, também recebeu
troféu de homenagem pelo trabalho de parceria desenvolvido pelo SENAR MINAS com o Núcleo.
Bureau divulga nova edição do Relatório Internacional de Tendências do Café
Embrapa Café
09/03/2015
Clarissa Ratton e Lucas Tadeu Ferreira
O Bureau de Inteligência Competitiva do Café divulgou mais uma
edição do Relatório Internacional de Tendências do Café (vol 3.
n°12). O Bureau é um programa que busca oferecer in formações
e análises relevantes para o setor cafeeiro nacional que auxiliem
os agentes da cadeia agroindustrial do café no planejamento e na
tomada decisões.
O documento – disponível no Observatório do Café, do Consórcio
Pesquisa Café, e no Centro de Inteligência de Mercados da
Universidade Federal de Lavras - apresenta, em nível mundial, os principais destaques do
agronegócio café e as tendências do setor, com foco na produção, indústrias, cafeterias, entre outros.
Trata-se de uma iniciativa do Centro de Inteligência em Mercados (CIM), ligado ao Departamento de
Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras - Ufla, instituição co-fundadora do
Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Análises e tendências – Nesta edição, o relatório analisa a produção do café na América Central,
América do Sul, Ásia e África, além da atuação de grandes indústrias, cafeterias e demais empresas
do varejo do setor. O Relatório demonstra ainda que a situação de muitas regiões produtoras de café
ainda é precária e decorre, em parte, da própria realidade dos países produtores, com reflexo nas
condições de vida dos cafeicultores. E que também é comum culpar a volatilidade dos preços ou o
poder de mercado dos grandes players desse mercado por essa situação. Mas é preciso reconhecer
que a realidade política e econômica desses países são fatores impactantes nas condições de vida
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dos cafeicultores. Contudo, o Relatório enfatiza, nos ‘insights', que a viabilidade econômica da
atividade cafeeira depende diretamente de boas práticas agrícolas e de gestão.
No que diz respeito às indústrias, o relatório explica que os consumidores compram cada vez mais
cápsulas de café e deixam de lado os pacotes de torrado e moído. As cápsulas são práticas,
oferecem variedade, qualidade e sofisticação, mas também poluem. Cientistas, políticos e a
sociedade, de modo geral, estão cada vez mais preocupados com a preservação do meio ambiente,
o que gera cobranças quanto ao crescimento das vendas das cápsulas de café. A busca por
alternativas de destinos das cápsulas usadas, que não sejam o lixo comum, é uma tendência e, cada
vez mais, empresas terão que buscar suas próprias soluções para o problema. Com o rápido
crescimento das vendas desse segmento no Brasil, as empresas nacionais também precisarão lidar
com esse desafio.
O relatório ressalta ainda que a demanda por café é crescente no mundo. E aponta que, para
empresas brasileiras, pode ser interessante a expansão para outros países, diversificando sua
atuação e se tornando mais resiliente a possíveis crises. Contudo, vale lembrar que, para entrar em
um novo mercado, a indústria precisa também conhecer bem a cultura, a legislação e as
especificidades de seu alvo de expansão.
Relatório Internacional de Tendências Competitiva do Café – O relatório faz parte do Plano de
ação do projeto do Consórcio denominado "Criação e Difusão de Inteligência Competitiva para
Cafeicultura Brasileira". O projeto, financiado pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé,
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, tem o intuito de monitorar, analisar e
difundir informações e indicadores relevantes para a competitividade da cafeicultura brasileira, bem
como propor soluções estratégicas para os problemas enfrentados pelo setor. Acesse o relatório nos
sites do Bureau de Inteligência Competitiva do Café (http://www.icafebr.com.br) e do Consórcio
Pesquisa Café (http://www.consorciopesquisacafe.com.br).
Bureau de Inteligência Competitiva do Café – Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de Minas Gerais – Fapemig, com interveniência da Secretaria de Estado de Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior – Sectes, e apoio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento de Minas Gerais - Seapa e do o Pólo de Excelência do Café e do Instituto Nacional de
Ciência e Tecnologia do Café - INCT.