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Compostos nitrogenados não
proteicos: Avaliação da Função Renal
DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA
PROFº: EDUARDO MACIEL, Esp, MsC
Prof. Dr. Menandes Neto
Sistema Renal
Funções do Rim
Excretora Endócrina
Reguladora
Excretora
Produtos Indesejáveis do Metabolismo
Ureia Creatinina Ácido úrico
Reguladora
↓Na+ e H2O no
sangue ou ↓P.A
Renina
Angiotensinogênio
Angiotensina
Capilares
Renais Vasoconstricção
Supra-Renais Aldosterona
↑Na+ nos
Túbulos e
↑P.A
Endócrina
Testes de Função Renal
Filtração
Glomerular
Reabsorção
Secreção de
Compostos
Endógenos e
Exógenos
Água e
Eletrólitos
Uréia –
Creatinina –
Ácido Úrico
Função Renal
 Marcador ideal de função renal
– Substância 100% filtrada
– Não absorvida nem secretada pelos túbulos
– Concentração constante no meio interno, só
variando com a TFG do plasma
Marcadores de Filtração Glomerular
• EXÓGENOS- Fornecem medida precisa
da TFG
Inulina
Ioexol
Iotalamato sódico
Iotalamato-I125
DTPA-Tc99m
Cr51-EDTA
• ENDÓGENOS
Creatinina, uréia, cistatina C
Custo , execução trabalhosa; no caso
de radioativos, necessidade de licença
especial)
PADRÃO-OURO para
avaliação da TFG
Polímero da frutose de 5.200
Da, encontrado em alguns
vegetais (principalmente
raízes de chicória)
Fibra alimentar solúvel
Fisiologicamente inerte, não
se liga a proteínas
plasmáticas, não é secretada,
reabsorvida, sintetizada ou
metabolizada pelos rins
INULINA
Determinação dos Compostos Nitrogenados Não-
Proteicos
Proteína
Uréia
Amônia
Aminoácidos
Proteólise
Ciclo da Ureia
Transaminação
e Desaminação
Oxidativa
Significados Clínicos da Uréia
Diagnóstico da Insuficiência Renal
Aumento da Uréia
Azotemia
Pré-Renal
Azotemia
Pós-Renal
↓Função
Renal
↑Catabolismo
Protéico
Diminuição da Uréia
Diurese Dieta
Lesão
Hepática
Grave
↑Uso da Proteína
para a Síntese
SIADH
Síndrome
Nefrótica
Aumento da Uréia
Azotemia Pré-Renal
ICC Choque
Depleção de Sais e Água
Azotemia Pós-Renal
Aumento da Uréia
Obstrução
Catabolismo Protéico
Aumentado
Aumento da Uréia
Hemorragia Digestiva
Estresse
IAM
Função Renal
Diminuída
Aumento da Uréia
Diminuição da Uréia
Diurese
Desnutrição
Gravidez
Lesão Hepática Grave Dieta
Dosagem da Creatinina - Fundamento
+
Arginina + Glicina
Guanidinoacetato
Ornitina
Creatina
Amidinotransferase
S- Adenosilmetionina
S-Adenosilhomocisteína
Metiltransferase
Creatina
Fosfato
Creatinina
H2O
ATP
ADP
ATP
ADP H+
Creatina
quinase
Pi
CREATININA  Importância da massa muscular,
sexo, raça e idade!
LIMITAÇÕES DA CREATININA
SÉRICA COMO MARCADOR DA TFG
 DEPENDENTE DA MASSA MUSCULAR
 DEPENDENTE DA DIETA
 5-10% SECRETADA PELO TCD (SECREÇÃO AUMENTA
QUANDO DOENÇA RENAL CRÔNICA PROGRIDE)
 NÃO SE ELEVA NO SANGUE ATÉ QUE 40-50% DA TFG
TENHA SIDO PERDIDA
 MESMO COM A AUTOMATIZAÇÃO DAS
DETERMINAÇÕES, DIFERENTES APARELHOS, DE
DIFERENTES FABRICANTES, UTILIZAM DIFERENTES
TÉCNICAS DE DOSEAMENTO
Depuração da creatinina
Procedimento para a DCE
1. Hidratar o paciente com no mínimo 500 mL de água, evitar a
ingestão de chá, café e drogas durante o dia da prova;
2. A seguir o paciente deve esvaziar completamente a bexiga e anotar
a hora;
3. Recolher toda a urina por um período de tempo determinado (4,12
ou 24 horas), guardando a mesma em refrigerador durante a coleta;
4. Manter o paciente bem hidratado durante a coleta para conseguir
um fluxo urinário igual ou maior que 2 mL/minutos;
5. A amostra de sangue deve ser obtida em qualquer momento
durante o período de colheita da urina;
6. Medir o volume de urina e anotar tanto o volume como o período de
tempo de colheita em minutos;
7. Determinar a concentração da creatinina plasmática e urinária.
Depuração da
Creatinina
Hidratação Coleta
Urina – 24h Sangue
V Total
mL/ min
Cálculo
U V Total/ 24h
=
S
Mililitros de plasma
depurados por
minuto
__ X
_________
1440 minutos
U = creatinina na urina (mg/mL)
S = creatinina no soro (mg/mL)
V Total/ 24h = volume de urina por
24 horas (mL)
Exemplo
U = 62 mg/mL
S = 1,37 mg/mL
V Total/ 24h = 1872mL
Depuração
da
Creatinina
62
1,37
1872
= ____________
1440
58,8 mL/ min
X
X
=
Depuração
Corrigida
Depuração sem Correção
Superfície Corporal do Paciente
=
X
_____________________________
1,73
A = P 0,425 X H 0,725 X 0,007184
A = superfície corporal (m2)
P = peso em quilogramas
H = altura em centímetros
A = 1,70 m2
P = 59 Kg
H = 172 cm
Depuração
Corrigida = ____________
58,8 1,73
X
1,70 59,8 mL/ min/ 1,73 m2
=
Significados Clínicos da Creatinina
Aumento da Creatinina Diminuição da Creatinina
Dieta
Doença
Muscular
Dano a Função
Renal
Gestação
Significados Clínicos da Creatinina
Aumento da Creatinina
Dieta
Doença
Muscular
Dano
Renal
4 - Clearance de Creatinina
Estimado
 Duas principais fórmulas matemáticas: Cockcroft-
Gault (Nephron – 1976) e MDRD (AJKD – 2000)
 Validadas internacionalmente como métodos tão
ou mais acurados que o cl calculado para avaliar
TFG
 Avaliação: mais práticas, mas limitadas pela
população onde foram criadas, além de extremos
de peso e idade, amputados
• CG: tende a superestimar o clearance
• MDRD: excluiu diabéticos ID, <18 e >70, gestantes,
função renal normal
 TFG = (140 – idade) x Massa (kg)
72 x creatinina sérica
*** Multiplicar por 0,85 se mulher
 TFG = 186 x creatinina sérica¹·¹54 x idadeº·²º³ x
multiplicador
 O multiplicador pode valer:
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Cockroft-
Gault
MDRD
Em ml/min
Em ml/min/1,73m2
Exemplos
1. Paciente masc, 36 anos, com creatinina de
1,1mg/dl; Peso 72 quilos
2. Paciente masc, 68 anos, com creatinina de
1,1mg/dl; Peso 55 quilos
 Calcular clearance de creatinina com Cockroft
Gault:
1. TFG = (140-36) x
72
72 x
1,1
2. TFG = (140-68) x
55
72 x 1,1
= 94,5 ml/min
= 50 ml/min
Exemplos
1. Paciente masc, 36 anos, com creatinina de
1,1mg/dl; Peso 72 quilos. Volume Urinário =
2160ml/24h; Creatinina Urinária = 60 mg/dl
2. Paciente masc, 68 anos, com creatinina de
1,1mg/dl; Peso 55 quilos. Volume urinário
2160ml/24h; Creatinina Urinária = 35 mg/dl
3. Calcular clearance de creatinina em 24 horas
Exemplos
TFG = Volume Urinário x Creatinina urinária
Creatinina Plásmatica
1. TFG = 1,5 x 60
=
1,1
81,8 ml/min
2. TFG = 1,5 x 35
=
1,1
47 ml/min
Conclusões
 Creatinina – marcador razoável da função renal.
Limitada por massa muscular, idade, raça, sexo,
laboratório. Amparada por custo e disponibilidade
 Uréia – baixa sensibilidade e acurácia, melhor
como marcador de diálise
 Clearance calculado: se baseado na creatinina,
tem limitações. O ideal é com
inulina/radiosótopos
 Clearance estimado: é bom para pacientes com
disfunção renal, mas limitado para diagnosticar
“normalidade” da função renal
Dosagem da Ácido Úrico- Fundamento
Ácido Úrico + O2 2H2O
+
Uricase Oxidase
+
Alantoína H2O2 + CO2
2H2O2
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Aumento do Ácido Úrico
Gota
Insuficiência
Renal
Destruição
Aumentada de
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Drogas
Acidose
Metabólica
Dieta Miscelânia
Diminuição do Ácido Úrico
Doença de
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Celíaca
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Significados Clínicos do Ácido Úrico
Aumento do Ácido Úrico
Gota
Significados Clínicos do Ácido Úrico
Aumento do Ácido Úrico
Drogas
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Amônia
Significados Clínicos do Ácido Úrico
Destruição Aumentada de Nucleoproteínas
Significados Clínicos do Ácido Úrico
Miscelânia
Síndrome de Lesch-Nyhan
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• Interleucinas 6, 8 e 18.
• Lesão tubular
• RBP
• N-acetyl glucosaminidase
• µ1-microglobulina
Leitura Obrigatória
• SciELO - Brasil - Avaliação da função e da
lesão renal: um desafio laboratorial Avaliação
da função e da lesão renal: um desafio
laboratorial
• Avaliação de Função Renal - Brazilian
Journal of Nephrology (BJN)
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• Avaliação da função renal na doença renal
crônica - Revista RBAC
Avaliação da Função Renal com Marcadores

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Avaliação da Função Renal com Marcadores

  • 1. Compostos nitrogenados não proteicos: Avaliação da Função Renal DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA PROFº: EDUARDO MACIEL, Esp, MsC Prof. Dr. Menandes Neto
  • 3.
  • 4. Funções do Rim Excretora Endócrina Reguladora
  • 5. Excretora Produtos Indesejáveis do Metabolismo Ureia Creatinina Ácido úrico
  • 7.
  • 8. ↓Na+ e H2O no sangue ou ↓P.A Renina Angiotensinogênio Angiotensina Capilares Renais Vasoconstricção Supra-Renais Aldosterona ↑Na+ nos Túbulos e ↑P.A Endócrina
  • 9.
  • 10. Testes de Função Renal Filtração Glomerular Reabsorção Secreção de Compostos Endógenos e Exógenos Água e Eletrólitos Uréia – Creatinina – Ácido Úrico
  • 11. Função Renal  Marcador ideal de função renal – Substância 100% filtrada – Não absorvida nem secretada pelos túbulos – Concentração constante no meio interno, só variando com a TFG do plasma
  • 12. Marcadores de Filtração Glomerular • EXÓGENOS- Fornecem medida precisa da TFG Inulina Ioexol Iotalamato sódico Iotalamato-I125 DTPA-Tc99m Cr51-EDTA • ENDÓGENOS Creatinina, uréia, cistatina C Custo , execução trabalhosa; no caso de radioativos, necessidade de licença especial)
  • 13. PADRÃO-OURO para avaliação da TFG Polímero da frutose de 5.200 Da, encontrado em alguns vegetais (principalmente raízes de chicória) Fibra alimentar solúvel Fisiologicamente inerte, não se liga a proteínas plasmáticas, não é secretada, reabsorvida, sintetizada ou metabolizada pelos rins INULINA
  • 14. Determinação dos Compostos Nitrogenados Não- Proteicos Proteína Uréia Amônia Aminoácidos Proteólise Ciclo da Ureia Transaminação e Desaminação Oxidativa
  • 15. Significados Clínicos da Uréia Diagnóstico da Insuficiência Renal Aumento da Uréia Azotemia Pré-Renal Azotemia Pós-Renal ↓Função Renal ↑Catabolismo Protéico Diminuição da Uréia Diurese Dieta Lesão Hepática Grave ↑Uso da Proteína para a Síntese SIADH Síndrome Nefrótica
  • 16. Aumento da Uréia Azotemia Pré-Renal ICC Choque Depleção de Sais e Água
  • 17. Azotemia Pós-Renal Aumento da Uréia Obstrução
  • 18. Catabolismo Protéico Aumentado Aumento da Uréia Hemorragia Digestiva Estresse IAM
  • 21. Dosagem da Creatinina - Fundamento + Arginina + Glicina Guanidinoacetato Ornitina Creatina Amidinotransferase S- Adenosilmetionina S-Adenosilhomocisteína Metiltransferase Creatina Fosfato Creatinina H2O ATP ADP ATP ADP H+ Creatina quinase Pi
  • 22. CREATININA  Importância da massa muscular, sexo, raça e idade!
  • 23.
  • 24. LIMITAÇÕES DA CREATININA SÉRICA COMO MARCADOR DA TFG  DEPENDENTE DA MASSA MUSCULAR  DEPENDENTE DA DIETA  5-10% SECRETADA PELO TCD (SECREÇÃO AUMENTA QUANDO DOENÇA RENAL CRÔNICA PROGRIDE)  NÃO SE ELEVA NO SANGUE ATÉ QUE 40-50% DA TFG TENHA SIDO PERDIDA  MESMO COM A AUTOMATIZAÇÃO DAS DETERMINAÇÕES, DIFERENTES APARELHOS, DE DIFERENTES FABRICANTES, UTILIZAM DIFERENTES TÉCNICAS DE DOSEAMENTO
  • 25. Depuração da creatinina Procedimento para a DCE 1. Hidratar o paciente com no mínimo 500 mL de água, evitar a ingestão de chá, café e drogas durante o dia da prova; 2. A seguir o paciente deve esvaziar completamente a bexiga e anotar a hora; 3. Recolher toda a urina por um período de tempo determinado (4,12 ou 24 horas), guardando a mesma em refrigerador durante a coleta; 4. Manter o paciente bem hidratado durante a coleta para conseguir um fluxo urinário igual ou maior que 2 mL/minutos; 5. A amostra de sangue deve ser obtida em qualquer momento durante o período de colheita da urina; 6. Medir o volume de urina e anotar tanto o volume como o período de tempo de colheita em minutos; 7. Determinar a concentração da creatinina plasmática e urinária.
  • 26. Depuração da Creatinina Hidratação Coleta Urina – 24h Sangue V Total mL/ min Cálculo U V Total/ 24h = S Mililitros de plasma depurados por minuto __ X _________ 1440 minutos U = creatinina na urina (mg/mL) S = creatinina no soro (mg/mL) V Total/ 24h = volume de urina por 24 horas (mL)
  • 27. Exemplo U = 62 mg/mL S = 1,37 mg/mL V Total/ 24h = 1872mL Depuração da Creatinina 62 1,37 1872 = ____________ 1440 58,8 mL/ min X X = Depuração Corrigida Depuração sem Correção Superfície Corporal do Paciente = X _____________________________ 1,73 A = P 0,425 X H 0,725 X 0,007184 A = superfície corporal (m2) P = peso em quilogramas H = altura em centímetros A = 1,70 m2 P = 59 Kg H = 172 cm Depuração Corrigida = ____________ 58,8 1,73 X 1,70 59,8 mL/ min/ 1,73 m2 =
  • 28.
  • 29. Significados Clínicos da Creatinina Aumento da Creatinina Diminuição da Creatinina Dieta Doença Muscular Dano a Função Renal Gestação
  • 30. Significados Clínicos da Creatinina Aumento da Creatinina Dieta Doença Muscular Dano Renal
  • 31. 4 - Clearance de Creatinina Estimado  Duas principais fórmulas matemáticas: Cockcroft- Gault (Nephron – 1976) e MDRD (AJKD – 2000)  Validadas internacionalmente como métodos tão ou mais acurados que o cl calculado para avaliar TFG  Avaliação: mais práticas, mas limitadas pela população onde foram criadas, além de extremos de peso e idade, amputados • CG: tende a superestimar o clearance • MDRD: excluiu diabéticos ID, <18 e >70, gestantes, função renal normal
  • 32.  TFG = (140 – idade) x Massa (kg) 72 x creatinina sérica *** Multiplicar por 0,85 se mulher  TFG = 186 x creatinina sérica¹·¹54 x idadeº·²º³ x multiplicador  O multiplicador pode valer:  1,21 para negros  0,742 para mulheres não-negras  1 para todas outras pessoas Cockroft- Gault MDRD Em ml/min Em ml/min/1,73m2
  • 33. Exemplos 1. Paciente masc, 36 anos, com creatinina de 1,1mg/dl; Peso 72 quilos 2. Paciente masc, 68 anos, com creatinina de 1,1mg/dl; Peso 55 quilos  Calcular clearance de creatinina com Cockroft Gault: 1. TFG = (140-36) x 72 72 x 1,1 2. TFG = (140-68) x 55 72 x 1,1 = 94,5 ml/min = 50 ml/min
  • 34. Exemplos 1. Paciente masc, 36 anos, com creatinina de 1,1mg/dl; Peso 72 quilos. Volume Urinário = 2160ml/24h; Creatinina Urinária = 60 mg/dl 2. Paciente masc, 68 anos, com creatinina de 1,1mg/dl; Peso 55 quilos. Volume urinário 2160ml/24h; Creatinina Urinária = 35 mg/dl 3. Calcular clearance de creatinina em 24 horas
  • 35. Exemplos TFG = Volume Urinário x Creatinina urinária Creatinina Plásmatica 1. TFG = 1,5 x 60 = 1,1 81,8 ml/min 2. TFG = 1,5 x 35 = 1,1 47 ml/min
  • 36. Conclusões  Creatinina – marcador razoável da função renal. Limitada por massa muscular, idade, raça, sexo, laboratório. Amparada por custo e disponibilidade  Uréia – baixa sensibilidade e acurácia, melhor como marcador de diálise  Clearance calculado: se baseado na creatinina, tem limitações. O ideal é com inulina/radiosótopos  Clearance estimado: é bom para pacientes com disfunção renal, mas limitado para diagnosticar “normalidade” da função renal
  • 37. Dosagem da Ácido Úrico- Fundamento Ácido Úrico + O2 2H2O + Uricase Oxidase + Alantoína H2O2 + CO2 2H2O2 Peroxidase 4-aminoantipirina Diclorofenolsulfonato 4H2O2 + + + Antipirilquinoneimina Absorbância Filtro de 520nm ↑[Cromógeno vermelho ] ↑[Ácido Úrico]
  • 38. Significados Clínicos do Ácido Úrico Aumento do Ácido Úrico Gota Insuficiência Renal Destruição Aumentada de Nucleoproteínas Drogas Acidose Metabólica Dieta Miscelânia Diminuição do Ácido Úrico Doença de Wilson Síndrome de Fanconi Acromegalia Doença Celíaca Neoplasia Xantinúria
  • 39. Significados Clínicos do Ácido Úrico Aumento do Ácido Úrico Gota
  • 40. Significados Clínicos do Ácido Úrico Aumento do Ácido Úrico Drogas Furosemida Levodopa Amônia
  • 41. Significados Clínicos do Ácido Úrico Destruição Aumentada de Nucleoproteínas
  • 42. Significados Clínicos do Ácido Úrico Miscelânia Síndrome de Lesch-Nyhan Doença de von Gierke Chumbo Rim Policistico Down Hipoxantina guanina fosforiboxiltransferase
  • 43. Significados Clínicos do Ácido Úrico Diminuição do Ácido Úrico Indometacina ACTH
  • 44. Classificação dos Biomarcadores • Taxa de filtração glomerular Cistatina C. • Função renal • KIM-1 • NHE3 • Actina • Inflamação associada com lesão renal • Interleucinas 6, 8 e 18. • Lesão tubular • RBP • N-acetyl glucosaminidase • µ1-microglobulina
  • 45. Leitura Obrigatória • SciELO - Brasil - Avaliação da função e da lesão renal: um desafio laboratorial Avaliação da função e da lesão renal: um desafio laboratorial • Avaliação de Função Renal - Brazilian Journal of Nephrology (BJN) (bjnephrology.org) • Avaliação da função renal na doença renal crônica - Revista RBAC