2. Injúria Renal Aguda
• Representa uma das doenças agudas do rim;
• Complexa, de caráter multifatorial;
• Afeta milhões de pessoas;
• Alta morbidade e de mortalidade;
• Quanto maior a incidência de IRA, maior a de
DRC.
12. Detecção
• Uniformidade em ensaios clínicos;
• Significado clínico à beira leito desconhecido;
• Aumenta o reconhecimento de casos de IRA;
• Pode haver dissociação entre a creatinina, a TFG e o estágio de
IRA;
• Necessidade de creatinina basal conhecida;
• A concordância entre creatinina sérica e débito urinário não foi
estabelecida;
• Baseada no pico de creatinina e não na duração da IRA;
• IRA como doença única e não síndrome heterogênea, sem levar
em conta a causa.
15. Detecção – KDIGO, 2012
Estágio Creat sérica Diurese
1
Aumento de 1,5 - 1,9 vezes a
linha de base ou ≥ 0,3 mg/dL
<0,5 mL/Kg/h por
6-12h
2
Aumento de 2,0-2,9 vezes a
linha de base
<0,5 mL/Kg/h por ≥
12h
3
Aumento de 3 vezes a linha de
base ou ≥4,0 mg/dL ou início
de SRA ou em pacientes <18
anos uma queda na TFG de 35
mL/min/1,73m2
<0,3 mL/Kg/h por
≥24h ou anúria por
≥12h
16. Detecção – KDIGO, 2012
• Problemas:
– Detecção tardia;
– Disponibilidade de biomarcadores de IRA:
NGAL – Neutrophil gelatinase-associated lipocalin;
Cistatina C;
TIMP 2 – Tissue inhibitor of metalloproteinases 2;
IGFBP7 – Insuline-like growth factor-binding protein 7;
Chitinase 3-like protein 1;
KIM-1 – Kidney Injury Molecule-1.
̶ Biomarcardores = Custo x Benefício?
17.
18.
19. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA IRA
Digestivas:
inapetência, náuseas, vômitos incoercíveis,
sangramento digestivo
Cardiorrespiratório:
dispnéia, edema, hipertensão arterial, insuficiência
cardíaca, edema agudo de pulmão, arritmias,
pericardite, pleurite
Neurológico:
sonolência, tremores, agitação, torpor, convulsão,
coma
Hematológico: sangramentos, anemia, distúrbios plaquetários
Imunológico: depressão imunológica, tendência a infecções
Nutricional: catabolismo aumentado, perda de massa muscular
Cutâneo: prurido
21. Manejo da IRA
Índice IRA pré-renal IRA intrínseca
Osmolaridade urinária > 500 mOsm <350 mOsm
Osmolaridade
urinária/plasmática
>1,3 <1,1
Creatinina urinária/plasmática <40 <20
Sódio urinário <20 mEq/L >40 mEq/L
Fração de excreção de sódio (%) < 1 >3
Fração de excreção de ureia (%) <35 >35
22. Manejo da IRA
Características IRA DRC
Duração/aparecimento Dias a semanas Meses a anos
Sintomas Tendem a ser dramáticos Tendem a ser sutis
Anemia Normalmente ausente
Frequentemente
presente
PTH Normal
Frequentemente
aumentado
DMO-DRC Ausente
Frequentemente
presente
Tamanho renal ao
exame de imagem
Normal ou aumentado Usualmente reduzido
23. Manejo da IRA
• Identificar causas potencialmente reversíveis;
• Avaliar o status hídrico;
• Monitorar pressão intra-abdominal;
• Avaliação do volume, sedimento e índices
urinários;
• Novos biomarcadores.
24. Manejo da IRA – Aval. Laboratorial Inicial
• Variável – a depender das hipóteses:
– Hemograma, TAP, INR e PTTa;
– Ionograma – Na+, K+, Ca++, P;
– Função Renal – ureia, creatinina;
– Gasometria – HCO3
-
– Proteínas totais e albumina séricas e urinárias;
– EAS ou Urina I;
– Sempre avaliar: HBV, HCV, VDRL, HIV, FAN, C3,
C4, CH50, ANCAc, Eletroforese de proteínas.
25. Manejo da IRA – Exames de Imagem
• Ultrassonografia de Aparelho Urinário;
• Ultrassonografia Renal com Doppler;
• Tomografia computadorizada;
• Ressonância Nuclear Magnética;
• Angiografia Renal;
• Medicina Nuclear – Cintilografia x PET.
26. Manejo da IRA – Biópsia Renal
• Apenas após exclusão de causa pré-renal e
pós-renal;
• Dúvida diagnóstica;
• Tempo de IRA > 3-4 semanas;
• Quadro clínico sugere diagnóstico com
tratamento específico (GN’s);
• Pós-Tx Renal.
27. Manejo da IRA – Tratamento
• Depende da causa de base;
• Medidas gerais para evitar novos insultos;
• Suporte Renal Artificial – HD / HDF / DP.
29. Terapia Renal Substitutiva – Indicações:
• Hiperpotassemia > 6,5 mEq/L refratária;
• Hipervolemia: edema periférico, derrames pleural e
pericárdico, ascite, hipertensão arterial e ICC;
• Acidose metabólica grave refratária;
• Outras: hipo ou hiperNa+, hipo ou hiperCa++,
hiperuricemia, hiperMg++, hemorragias devido a
distúrbios plaquetários, ICC refratária, hipotermia e
intoxicação exógena;
30. Terapia Renal Substitutiva – Indicações:
• Uremia:
– Sistema nervoso central (sonolência,
tremores, coma e convulsões);
– Sistema cardiovascular (pericardite e
tamponamento pericárdico);
– Sistema respiratório (congestão pulmonar e
pleurite);
– Aparelho digestório (náuseas, vômitos e
hemorragias digestivas).