SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
Fisiologia do músculo esquelético
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 2
Um músculo é...um motor capaz de converter energia química em energia mecânica. É
uma estrutura de natureza singular, pois nenhum motor artificial foi projetado com a
incrível versatilidade de um músculo vivo.
Ralph W. Stacy e John A. Santolucito, em Modern College Physiology, 1966.
Objetivos da aula
• Descrever a organização molecular e elétrica do acoplamento excitação-
contração da célula muscular.
• Definir os elementos do sarcômero que dão suporte à contração do
músculo estriado.
• Distinguir o(s) papel(éis) do Ca2+ na contração dos músculos
• Descrever os mecanismos de contração e relaxamento muscular
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 3
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 4
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 5
Células musculares cardíacas são uni ou binucleadas, comunicam-se por junções gap e
apresentam aspecto estriado em seu interior, além de controle involuntário.
As fibras estriadas esqueléticas têm vários núcleos, são muito longas e apresentam controle
voluntário.
As células musculares lisas são alongadas, uninucleadas e de
controle involuntário.
Músculo estriado esquelético
• Os músculos esqueléticos representam 40 a 50% da massa corporal
• Apresentam funções variadas e bem estabelecidas (locomoção, força, respiração pelo músculo
diafragma, estabilização pelas articulações e, finalmente, a produção de energia (ATP)
• Suas propriedades fisiológicas, são marcadas pela condutividade, excitabilidade, contratilidade e
elasticidade, além da capacidade da fibra de se regenerar.
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 6
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 7
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 8
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 9
• Discos Z. Um sarcômero é formado por dois discos Z e
pelos miofilamentos entre eles. Servem como pontos
de ancoragem para os filamentos finos. Provém de
zwischen, a palavra do alemão para “entre”.
• Banda I. É a banda de coloração mais clara, ocupada
apenas pelos filamentos finos. A abreviação I vem de
isotrópico (regular).
• Banda A. É a banda mais escura, engloba todo o
comprimento de um filamento grosso. Nas porções
laterais da banda A, os filamentos grossos e finos
estão sobrepostos. O centro da banda A é ocupado
apenas por filamentos grossos. A vem de anisotrópico
(Irregular).
• Zona H. Essa região central da banda A é mais clara
do que as porções laterais da banda A, uma vez que a
zona H é ocupada apenas por filamentos grossos. O H
vem de helles, a palavra alemã para “claro”.
• Linha M. Proteínas de ancoragem dos filamentos
grossos. Cada linha M divide uma banda A ao meio.
M é a abreviação para mittel, a palavra alemã para
“meio”.
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 10
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 11
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 12
Contração muscular
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 13
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 14
• Os eventos elétricos do músculo esquelético e os fluxos iônicos subjacentes a eles compartilham
nítidas semelhanças àqueles dos nervos, com diferenças quantitativas em tempo e magnitude. O
potencial de repouso do músculo esquelético é de cerca de -90 m V. O potencial de ação dura 2 a
4 ms e é conduzido ao longo da fibra muscular em cerca de 5 mi s. O período refratário absoluto é
de 1 a 3 ms, e a hiperpolarização, com suas mudanças no limiar do estímulo elétrico, são
relativamente prolongadas.
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 15
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 16
Em repouso, as cadeias de miosina estão ligadas ao difosfato de adenosina e se diz que estão em uma posição engatilhada em relação ao filamento fino, que não
apresenta Ca2+ ligado ao complexo troponina-tropomiosina. B) O Ca2+ ligado ao complexo troponina-tropomiosina induz uma mudança na conformação do filamento
que permite às cabeças de miosina realizarem ligações cruzadas com o filamento fino de actina. C) As cabeças de miosina sofrem uma rotação, movem a actina ligada
e encurtam a fibra muscular, gerando o movimento de potência. D) Ao final do ciclo, o ATP se liga a um sítio agora exposto e provoca um desligamento do filamento
de actina. E) O ATP é hidrolisado em ADP e fosfato inorgânico (P;) e essa energia química É usada para "reengatilhar" a cabeça de miosina. (Com base em Huxley AF,
Simmons RM: Proposed mechanism of force generation in striated muscle. Nature Oct 22;233(5321 ):533-538, 1971 e Squire JM: Molecular mechanisms in muscular
contraction. Trends Neurosci 6:409-413, 1093.)
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 17
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 18
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 19
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 20
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 21
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 22
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 23
Energia para a contração
• Glicólise aeróbica e anaeróbica
• Beta oxidação
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 24
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 25
Rigor muscular
Quando as fibras musculares estão
completamente esgotadas de ATP e
fosfocreatina, elas desenvolvem um estado
de rigidez denominado rigor. Quando isso
ocorre após a morte, a condição é chamada
rigor mortis. No rigor, quase todas as cabeças
de miosina se prendem à actina, mas de um
modo anormal, fixo e resistente. Os
músculos efetivamente são travados e se
tornam muito rígidos ao toque.
Sugestão de leitura
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 26
Distrofia muscular de Duchenne
https://doi.org/10.25248/REAS.e12912.2023
Sugestão de leitura
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 27
Desafios na interpretação dos ensaios de troponina
ultrassensível em terapia intensiva
https://doi.org/10.5935/0103-507X.20190001
Dúvidas?
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 28
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
• Obrigado!
Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 29

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Fisiologia do músculo esquelético

Fisiologia da contração muscular
Fisiologia da contração muscularFisiologia da contração muscular
Fisiologia da contração muscularNathalia Fuga
 
Fisiologia do Coração
Fisiologia do CoraçãoFisiologia do Coração
Fisiologia do CoraçãoPaulo Teixeira
 
1._MUSCULO_ESQUELETICO_-_Slides.pdf
1._MUSCULO_ESQUELETICO_-_Slides.pdf1._MUSCULO_ESQUELETICO_-_Slides.pdf
1._MUSCULO_ESQUELETICO_-_Slides.pdfEstudosAplicados1
 
Fisiologia do tecido muscular
Fisiologia do tecido muscularFisiologia do tecido muscular
Fisiologia do tecido muscularMarcelo Carneiro
 
Palestra: Anatomia muscular.-Filipe Gustavopptx
Palestra: Anatomia muscular.-Filipe GustavopptxPalestra: Anatomia muscular.-Filipe Gustavopptx
Palestra: Anatomia muscular.-Filipe GustavopptxFilipe Francisco
 
SNC - Sistema Nervoso Central
SNC - Sistema Nervoso CentralSNC - Sistema Nervoso Central
SNC - Sistema Nervoso CentralRevila Santos
 
Microsoft power point aula 7 sistema muscular 1
Microsoft power point   aula 7 sistema muscular 1Microsoft power point   aula 7 sistema muscular 1
Microsoft power point aula 7 sistema muscular 1FClaudia Souza
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 03 - microscopia da medula espinhal
Medresumos 2016   neuroanatomia 03 - microscopia da medula espinhalMedresumos 2016   neuroanatomia 03 - microscopia da medula espinhal
Medresumos 2016 neuroanatomia 03 - microscopia da medula espinhalJucie Vasconcelos
 
Regulação nervosa e hormonal nos animais
Regulação nervosa e hormonal nos animaisRegulação nervosa e hormonal nos animais
Regulação nervosa e hormonal nos animaismargaridabt
 
Regulação nervosa e hormonal nos animais
Regulação nervosa e hormonal nos animaisRegulação nervosa e hormonal nos animais
Regulação nervosa e hormonal nos animaismargaridabt
 
Contracção muscular
Contracção muscularContracção muscular
Contracção muscularJosé Nilson
 
Resumo fisiologia musculo estriado
Resumo fisiologia musculo estriadoResumo fisiologia musculo estriado
Resumo fisiologia musculo estriadoMarcelo Junnior
 
Conferencia de tecidos musculat e nervoso
Conferencia de tecidos musculat e nervosoConferencia de tecidos musculat e nervoso
Conferencia de tecidos musculat e nervosoRaimundo Bany
 
TECIDO MUSCULAR - NERVOSO.pptx
TECIDO MUSCULAR - NERVOSO.pptxTECIDO MUSCULAR - NERVOSO.pptx
TECIDO MUSCULAR - NERVOSO.pptxssuser4cb1ab
 

Semelhante a Fisiologia do músculo esquelético (20)

Tecido nervoso
Tecido nervosoTecido nervoso
Tecido nervoso
 
Fisiologia da contração muscular
Fisiologia da contração muscularFisiologia da contração muscular
Fisiologia da contração muscular
 
Muscular
MuscularMuscular
Muscular
 
Tecido nervoso
Tecido nervosoTecido nervoso
Tecido nervoso
 
Fisiologia do Coração
Fisiologia do CoraçãoFisiologia do Coração
Fisiologia do Coração
 
Tecidonervoso 151025142143-lva1-app6892
Tecidonervoso 151025142143-lva1-app6892Tecidonervoso 151025142143-lva1-app6892
Tecidonervoso 151025142143-lva1-app6892
 
1._MUSCULO_ESQUELETICO_-_Slides.pdf
1._MUSCULO_ESQUELETICO_-_Slides.pdf1._MUSCULO_ESQUELETICO_-_Slides.pdf
1._MUSCULO_ESQUELETICO_-_Slides.pdf
 
Fisiologia do tecido muscular
Fisiologia do tecido muscularFisiologia do tecido muscular
Fisiologia do tecido muscular
 
Palestra: Anatomia muscular.-Filipe Gustavopptx
Palestra: Anatomia muscular.-Filipe GustavopptxPalestra: Anatomia muscular.-Filipe Gustavopptx
Palestra: Anatomia muscular.-Filipe Gustavopptx
 
SNC - Sistema Nervoso Central
SNC - Sistema Nervoso CentralSNC - Sistema Nervoso Central
SNC - Sistema Nervoso Central
 
Microsoft power point aula 7 sistema muscular 1
Microsoft power point   aula 7 sistema muscular 1Microsoft power point   aula 7 sistema muscular 1
Microsoft power point aula 7 sistema muscular 1
 
Medresumos 2016 neuroanatomia 03 - microscopia da medula espinhal
Medresumos 2016   neuroanatomia 03 - microscopia da medula espinhalMedresumos 2016   neuroanatomia 03 - microscopia da medula espinhal
Medresumos 2016 neuroanatomia 03 - microscopia da medula espinhal
 
Regulação nervosa e hormonal nos animais
Regulação nervosa e hormonal nos animaisRegulação nervosa e hormonal nos animais
Regulação nervosa e hormonal nos animais
 
Regulação nervosa e hormonal nos animais
Regulação nervosa e hormonal nos animaisRegulação nervosa e hormonal nos animais
Regulação nervosa e hormonal nos animais
 
Contracção muscular
Contracção muscularContracção muscular
Contracção muscular
 
Resumo fisiologia musculo estriado
Resumo fisiologia musculo estriadoResumo fisiologia musculo estriado
Resumo fisiologia musculo estriado
 
Conferencia de tecidos musculat e nervoso
Conferencia de tecidos musculat e nervosoConferencia de tecidos musculat e nervoso
Conferencia de tecidos musculat e nervoso
 
Roteiro de Estudos - Gabarito Sistema Nervoso
Roteiro de Estudos - Gabarito Sistema NervosoRoteiro de Estudos - Gabarito Sistema Nervoso
Roteiro de Estudos - Gabarito Sistema Nervoso
 
TECIDO MUSCULAR - NERVOSO.pptx
TECIDO MUSCULAR - NERVOSO.pptxTECIDO MUSCULAR - NERVOSO.pptx
TECIDO MUSCULAR - NERVOSO.pptx
 
Contracao muscular
Contracao muscularContracao muscular
Contracao muscular
 

Mais de Menandes Alves De Souza Neto (6)

Aula de Farmacologia para tratamento farmacológico das dislipidemias
Aula de Farmacologia para tratamento farmacológico das dislipidemiasAula de Farmacologia para tratamento farmacológico das dislipidemias
Aula de Farmacologia para tratamento farmacológico das dislipidemias
 
aines.ppt
aines.pptaines.ppt
aines.ppt
 
adrenergicos.ppt
adrenergicos.pptadrenergicos.ppt
adrenergicos.ppt
 
Aula 3 - Indicadores de Saúde.ppt
Aula 3 - Indicadores de Saúde.pptAula 3 - Indicadores de Saúde.ppt
Aula 3 - Indicadores de Saúde.ppt
 
Antiparasitario.pptx
Antiparasitario.pptxAntiparasitario.pptx
Antiparasitario.pptx
 
5. Função Renal.pptx
5. Função Renal.pptx5. Função Renal.pptx
5. Função Renal.pptx
 

Último

BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxPedroHPRoriz
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 

Último (13)

BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 

Fisiologia do músculo esquelético

  • 1. Fisiologia do músculo esquelético Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto
  • 2. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 2 Um músculo é...um motor capaz de converter energia química em energia mecânica. É uma estrutura de natureza singular, pois nenhum motor artificial foi projetado com a incrível versatilidade de um músculo vivo. Ralph W. Stacy e John A. Santolucito, em Modern College Physiology, 1966.
  • 3. Objetivos da aula • Descrever a organização molecular e elétrica do acoplamento excitação- contração da célula muscular. • Definir os elementos do sarcômero que dão suporte à contração do músculo estriado. • Distinguir o(s) papel(éis) do Ca2+ na contração dos músculos • Descrever os mecanismos de contração e relaxamento muscular Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 3
  • 4. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 4
  • 5. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 5 Células musculares cardíacas são uni ou binucleadas, comunicam-se por junções gap e apresentam aspecto estriado em seu interior, além de controle involuntário. As fibras estriadas esqueléticas têm vários núcleos, são muito longas e apresentam controle voluntário. As células musculares lisas são alongadas, uninucleadas e de controle involuntário.
  • 6. Músculo estriado esquelético • Os músculos esqueléticos representam 40 a 50% da massa corporal • Apresentam funções variadas e bem estabelecidas (locomoção, força, respiração pelo músculo diafragma, estabilização pelas articulações e, finalmente, a produção de energia (ATP) • Suas propriedades fisiológicas, são marcadas pela condutividade, excitabilidade, contratilidade e elasticidade, além da capacidade da fibra de se regenerar. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 6
  • 7. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 7
  • 8. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 8
  • 9. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 9
  • 10. • Discos Z. Um sarcômero é formado por dois discos Z e pelos miofilamentos entre eles. Servem como pontos de ancoragem para os filamentos finos. Provém de zwischen, a palavra do alemão para “entre”. • Banda I. É a banda de coloração mais clara, ocupada apenas pelos filamentos finos. A abreviação I vem de isotrópico (regular). • Banda A. É a banda mais escura, engloba todo o comprimento de um filamento grosso. Nas porções laterais da banda A, os filamentos grossos e finos estão sobrepostos. O centro da banda A é ocupado apenas por filamentos grossos. A vem de anisotrópico (Irregular). • Zona H. Essa região central da banda A é mais clara do que as porções laterais da banda A, uma vez que a zona H é ocupada apenas por filamentos grossos. O H vem de helles, a palavra alemã para “claro”. • Linha M. Proteínas de ancoragem dos filamentos grossos. Cada linha M divide uma banda A ao meio. M é a abreviação para mittel, a palavra alemã para “meio”. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 10
  • 11. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 11
  • 12. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 12
  • 13. Contração muscular Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 13
  • 14. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 14 • Os eventos elétricos do músculo esquelético e os fluxos iônicos subjacentes a eles compartilham nítidas semelhanças àqueles dos nervos, com diferenças quantitativas em tempo e magnitude. O potencial de repouso do músculo esquelético é de cerca de -90 m V. O potencial de ação dura 2 a 4 ms e é conduzido ao longo da fibra muscular em cerca de 5 mi s. O período refratário absoluto é de 1 a 3 ms, e a hiperpolarização, com suas mudanças no limiar do estímulo elétrico, são relativamente prolongadas.
  • 15. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 15
  • 16. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 16 Em repouso, as cadeias de miosina estão ligadas ao difosfato de adenosina e se diz que estão em uma posição engatilhada em relação ao filamento fino, que não apresenta Ca2+ ligado ao complexo troponina-tropomiosina. B) O Ca2+ ligado ao complexo troponina-tropomiosina induz uma mudança na conformação do filamento que permite às cabeças de miosina realizarem ligações cruzadas com o filamento fino de actina. C) As cabeças de miosina sofrem uma rotação, movem a actina ligada e encurtam a fibra muscular, gerando o movimento de potência. D) Ao final do ciclo, o ATP se liga a um sítio agora exposto e provoca um desligamento do filamento de actina. E) O ATP é hidrolisado em ADP e fosfato inorgânico (P;) e essa energia química É usada para "reengatilhar" a cabeça de miosina. (Com base em Huxley AF, Simmons RM: Proposed mechanism of force generation in striated muscle. Nature Oct 22;233(5321 ):533-538, 1971 e Squire JM: Molecular mechanisms in muscular contraction. Trends Neurosci 6:409-413, 1093.)
  • 17. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 17
  • 18. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 18
  • 19. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 19
  • 20. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 20
  • 21. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 21
  • 22. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 22
  • 23. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 23
  • 24. Energia para a contração • Glicólise aeróbica e anaeróbica • Beta oxidação Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 24
  • 25. Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 25 Rigor muscular Quando as fibras musculares estão completamente esgotadas de ATP e fosfocreatina, elas desenvolvem um estado de rigidez denominado rigor. Quando isso ocorre após a morte, a condição é chamada rigor mortis. No rigor, quase todas as cabeças de miosina se prendem à actina, mas de um modo anormal, fixo e resistente. Os músculos efetivamente são travados e se tornam muito rígidos ao toque.
  • 26. Sugestão de leitura Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 26 Distrofia muscular de Duchenne https://doi.org/10.25248/REAS.e12912.2023
  • 27. Sugestão de leitura Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 27 Desafios na interpretação dos ensaios de troponina ultrassensível em terapia intensiva https://doi.org/10.5935/0103-507X.20190001
  • 28. Dúvidas? Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 28 Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
  • 29. • Obrigado! Prof. Dr. Menandes A. de S. Neto 29