Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Desafios da avaliação nos ciclos
1. Benigna Villas Boas – FE/UnB
DESAFIOS DA AVALIAÇÃO
NA ORGANIZAÇÃO DA
ESCOLARIDADE EM
CICLOS
Benigna Maria de F. Villas Boas
Grupo de pesquisa Avaliação e
Organização do Trabalho
Pedagógico – GEPA
mbboas@terra.com.br
http://gepa-avaliacaoeducacional.com.br
2. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Ciclos requerem:
Avaliação formativa
Progressão continuada
Projeto interventivo
Entrelaçam-se e apoiam-se
3. Benigna Villas Boas – FE/UnB
O que são ciclos?
Não são simples agrupamentos de anos ou
séries.
Constituem uma maneira flexível de
organização da escolaridade levando em
conta a conquista das aprendizagens pelos
estudantes.
Os tempos da escola e os tempos dos
estudantes assumem outra dimensão.
Os espaços de aprendizagem são ampliados.
4. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Importante!
A padronização, o regime seriado, a
rigidez, a constituição de turmas fixas e o
funcionamento burocrático da escola
dão lugar
a equipes de estudantes que se renovam
5. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Até agora tivemos no DF o BIA “na escola”
Um salto será dado
Teremos toda a escola organizada
em ciclos
6. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Avaliação: categoria chave na
organização do trabalho pedagógico
Sem que a avaliação se reinvente não há
como promover melhorias na organização do
trabalho escolar
7. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Avaliar é não ficar indiferente
É conhecer para intervir.
É intervir para promover as aprendizagens de
cada estudante.
É promover as aprendizagens para transformar
as condições concretas dos estudantes, da
instituição e da sociedade.
É reconhecer a autoria de cada estudante.
Esta é a avaliação formativa, compatível com os
ciclos
8. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Progressão continuada: dá formato
próprio à educação de cada estudante
Recurso pedagógico que possibilita o avanço
contínuo dos estudantes de modo que não
fiquem presos a grupos ou turmas; progridam
sem interrupções, lacunas ou percalços; não
repitam o que já sabem.
9. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Possíveis mecanismos para a prática
da progressão continuada
Recomposição de turmas ao longo do ano
letivo.
Avanços dos estudantes de um ano a outro,
durante o ano letivo, se os resultados da
avaliação assim indicarem.
10. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Vantagens da progressão continuada
Os professores têm sua atuação valorizada;
eles tendem a sentir prazer com o que fazem.
Reconhecimento pela escola e pais.
Os estudantes são incentivados a continuar
sua trajetória de aprendizagem; aprendem a
traçar novos objetivos; favorecimento da
autoavaliação.
11. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Depoimentos de professores sobre a
progressão continuada
“Se acontecesse na prática seria excelente,
só que ainda há seriação entre os anos”; “na
prática se torna um grande problema,
principalmente para o 3º ano (um depósito de
problemas) e o professor não tem suporte
nenhum”; “é uma tentativa de regularizar o
fluxo dos alunos ao longo dos anos,
superando o fracasso escolar. Mas para isso
acontecer é preciso mudar muitas coisas”.
12. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Sobre a ampliação do bloco
“Vou ser sincera: para nós, professores, a
implantação de ciclos só diminui nosso
trabalho! Deve ser fácil passar o aluno adiante
(confesso que tenho uns alunos dos quais
seria extremamente agradável me livrar) quer
saiba, quer não saiba [...] E nós que, até
agora damos nosso melhor em sala de aula e
continuaremos dando seja ‘ciclo’ seja ‘série’, já
não teremos nosso instrumento de
convencimento mais poderoso em nosso
dia a dia com nosso alunado: a força da
aprovação ou da reprovação!”
13. Benigna Villas Boas – FE/UnB
A “recuperação” cede lugar à
intervenção
O Projeto Interventivo visa criar situações de
aprendizagem para os estudantes que
apresentam necessidades específicas.
Não tem o propósito de “recuperar” notas.
As intervenções se realizam assim que
surgem as necessidades de aprendizagem.
14. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Características do projeto
interventivo
É de responsabilidade de toda a escola; não é
padronizado; contínuo e temporário;
constantemente avaliado; atende a
necessidades específicas e a grupo pequeno
de estudantes; requer condições para a sua
execução; investigam-se as estratégias de
aprendizagem mais adequadas a cada
estudante; os professores são devidamente
formados para nele atuarem.
15. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Outras características do projeto
interventivo
Os pais compreendem os seus propósitos;
toda a dinâmica do trabalho e os seus
resultados são devidamente registrados; os
reagrupamentos dos estudantes são
facilitadores do processo.
16. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Ciclos requerem
Avaliação formativa
Progressão continuada
Projeto interventivo
Entrelaçam-se e apoiam-se
17. Benigna Villas Boas – FE/UnB
Reflexão final
A organização da escolaridade em ciclos que
põe em prática a avaliação formativa, a
progressão continuada e as intervenções
constantes tem o potencial de construir a
escola de que necessitamos HOJE e não a
“escola do futuro”.
18. Benigna Villas Boas – FE/UnB
REFERÊNCIAS
VILLAS BOAS, Benigna M. de F. Portfólio,
avaliação e trabalho pedagógico. Campinas,
SP: Papirus, 2004.
VILLAS BOAS, Benigna M. de F. Virando a
escola do avesso por meio da avaliação.
Campinas, SP: Papirus, 2009.
VILLAS BOAS, Benigna M. de F. Projeto de
intervenção na escola: mantendo as
aprendizagens em dia. Campinas: Papirus,
2010.
VILLAS BOAS, Benigna M. de F. (org.)
Avaliação formativa: práticas inovadoras.
Campinas, SP: Papirus, 2011.