O documento apresenta os conceitos básicos da eletroterapia, incluindo definições de termos como corrente elétrica, campo elétrico e magnético. Detalha os diferentes tipos de correntes elétricas utilizadas e seus parâmetros, efeitos fisiológicos, equipamentos, eletrodos e contraindicações gerais.
3. Fisioterapeuta, Doutora em Ciências da Educação, Mestre
em Ciências da Reabilitação. Já atuou e atua na
coordenação de cursos de Saúde (Fisioterapia,
Fonoaudiologia e Estética), atuando na supervisão de
clínica escola (fisioterapia e estética). Possui habilidade na
área de gestão, pesquisa, Fisioterapia (atendimento clínico)
e Estética.
5. ELETROTERAPIA
CONCEITO
“Tratamento ou avaliação usando uma das várias
modalidades, incluindo estímulo elétrico, ultrassom,
métodos de aquecimento e resfriamento,
diatermia por ondas curtas e radiação
eletromagnética como infravermelho e terapias de
luz incluindo LASER e ultravioleta” (Robertson, 2009).
“Avaliação ou tratamento usando estímulos
elétricos” (Robertson, 2009).
6. QUAL A IMPORTÂNCIA DE UM
EQUIPAMENTO ELETROTERÁPICO
NOS TRATAMENTOS?
➢ Reduzir o tempo de resposta do
tratamento
➢ Melhorar a qualidade do resultado do
tratamento
➢ Aumentar a rentabilidade da clínica
7. CONHECENDO OS
PARÂMETROS FÍSICOS
• Se pensamos que a eletroterapia é a
aplicação de eletricidade no paciente,
por que não colocarmos o dedo do
paciente na tomada?
8. CONHECENDO OS
PARÂMETROS FÍSICOS
• a) Eletricidade É uma forma básica de energia na
ciência física e pode produzir efeitos sobre os tecidos.
• b) Carga Elétrica É uma propriedade física, com cargas
positivas e negativas.
• Íons: são átomos carregados positivamente ou
negativamente (cátions ou ânions)
9. CARGA ELÉTRICA
• » Átomo: Formado por elétrons e prótons.
• » Íons: São átomos carregados positivamente ou
negativamente.
Cargas iguais se repelem
umas às outras, enquanto
cargas opostas se atraem.
11. CAMPO ELÉTRICO
• Um campo eletromagnético é um espaço onde
agem forças magnéticas, que se formam em torno
de um condutor elétrico.
• Quando há uma corrente elétrica num condutor,
não somente o condutor é submetido a alterações,
mas também a região que o circunda sofre
modificações. Forma-se um campo eletromagnético
em volta do condutor.
• Quanto maior a intensidade da corrente no
condutor, tanto mais forte é o campo
eletromagnético ao seu redor.
13. • Uma onda é um pulso energético que se
propaga através do espaço ou através de
um meio (líquido, sólido ou gasoso), ela
pode se propagar através do vácuo e
transferir energia de um lugar para outro.
ONDA
14. PULSO (MS OU MS)
• Largura de fase da onda, a medida de onde
inicia até onde termina uma onda, em cada pulso
se obtém uma determinada quantidade de
energia já preestabelecida.
15. FREQUÊNCIA (HZ)
• Frequência é a quantidade de pulso em um
determinado tempo.
• Relação Frequência versus largura de pulso – sempre
que for alterada a frequência de um equipamento é o
repouso do pulso que está sofrendo alteração.
• É uma grandeza física associada a movimentos de
característica ondulatória que indica o número de
revoluções (ciclos, voltas, oscilações etc) por unidade
de tempo.
16. CORRENTES DE BAIXA
FREQUÊNCIA
ATÉ 1000 Hz
FES
GALVÂNICA
DIADINÂMICAS MICROCORRENTE
OBS.: O que difere é o tipo de pulso e a maneira
como a corrente é oferecida para a fibra: causando
analgesia ou contração muscular(eletroestimulação
muscular)
17. CORRENTES DE MÉDIA
FREQUÊNCIA
DE 1000 Hz a 100 KHz
RUSSA
2500 Hz
INTERFERENCIAL
2000-4000 Hz
AUSSIE
1Khz e 4 Khz
OBS.: Atinge maior profundidade quanto maior
for a frequência
18. CORRENTES DE ALTA
FREQUÊNCIA
MAIORES QUE 300 KHZ
ONDAS CURTAS
27 MHz MICROONDAS
2450 MHz
RADIOFREQUÊNCIA
O efeito terapêutico vai ocorrer a partir do
campo magnético que essas correntes fazem.
Ultrasson
27 e 3 Hz
19. INTENSIDADE (ΜA OU
MA)
• Quando se aumenta a intensidade no aparelho
aumenta-se a unidade motora recrutada, o tamanho
da área que está sendo atingida e também a
magnitude com que ela está sendo atingida. Serve
também para manter o estimulo sensorial.
20. ALGUMAS MODULAÇÕES
EXISTENTES NOS APARELHOS
• » TON/ TOFF – tempo de transmissão da corrente/ tempo de
repouso (sem corrente) – unidade em segundos. A
contração da corrente elétrica é mais fatigante que a
voluntária. Por isso o TON/TOFF é usado exclusivamente em
correntes exitomotoras.
• O tempo on que é composto do tempo de subida e tempo
de descida, é importante devido aos efeitos de
“acomodação”. O tempo off é o tempo em que não existe
corrente passando.
• » Burst ou salva – É o tempo que a corrente fica em TON.
Quando ouvimos a pronuncia burst, logo imaginamos o
tempo que ela está sendo conduzida.
21. ALGUMAS MODULAÇÕES
EXISTENTES NOS APARELHOS
• Repouso (R) – É o que está entre as faces das ondas
Corrente pulsada monofásica, demonstrando o Repouso (R)
Fonte: Nelson, Hayes, Currier. Eletroterapia Clínica
28. EQUIPAMENTOS
• Os equipamentos atuais empregam
diferentes tipos de correntes, onde o
aparelho emite a energia eletromagnética
que é então conduzida através de cabos
condutores até os eletrodos que ficam
aderidos à pele do paciente.
• Outras formas incluem a utilização de
agulhas ao invés de eletrodos, sendo este
emprego mais reservado ao uso para terapia
estética ou para métodos diagnósticos.
29. • Existe uma diversidade de correntes que
podem ser utilizadas na eletroterapia, cada
qual com particularidades próprias quanto
às indicações e contra-indicações.
• Mas todas elas tem um objetivo comum:
produzir algum efeito no tecido a ser
tratado, que é obtido através das reações
físicas, biológicas e fisiológicas que o tecido
desenvolve ao ser submetido à terapia.
Equipamentos
30. ELETRODOS
• Os Eletrodos constituem a interface que
transmite a corrente elétrica através da pele do
paciente. Com isso há uma grande melhora no
desenvolvimento físico do paciente.
• Os eletrodos são fixados à pele do paciente em
duplas, para que a corrente emitida pelo
aparelho passe de um eletrodo para o outro.
• Quando a corrente atinge um eletrodo, a
energia é então transmitida pelo tecido e irá se
propagar através dele até atingir o outro
eletrodo-par.
31. ELETRODOS
QUANTO MENOR O TAMANHO DO
ELETRODO, MAIOR SERÁ A
RESISTÊNCIA DA PELE À PASSAGEM
DA CORRENTE ELÉTRICA E VICE -
VERSA.
QUANTO MENOR O TAMANHO DO
ELETRODO, MAIOR SERÁ A
DENSIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA
PASSANDO PELA ÁREA DO
ELETRODO.
34. TECIDOS E IMPEDÂNCIA ELÉTRICA
• Quanto mais água tem o tecido, melhor é a sua
propriedade de conduzir a corrente elétrica.
Pouco
condutores
Condutores
médios
Bons
condutores
Osso Pele úmida Sangue
Gordura Tendões Linfa
Pele seca Fáscias
grossas
Líquidos
corporais
Pêlos Cartilagens Músculos
Unhas -- Vísceras
-- -- Tecido
nervoso
35. O QUE DEVO FAZER PARA REDUZIR
A IMPEDÂNCIA DA PELE?
1. Higienizar o local
2. Retire o excesso de pelo local;
3. Melhore o aporte sanguíneo anteriormente
utilizando modalidades como massoterapia
ou recursos da hipertermoterapia;
4. Umedeça a pele;
5. Obs.: Faça passar pelo local outra corrente
elétrica. A mais usada é a Difásica Fixa (DF);
6. Dê preferência para os eletroestimuladores
com média frequência (RUSSA ou
INTERFERENCIAL).
36. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA
CORRENTE ELÉTRICA
Ação Vasodilatadora
A corrente elétrica impede a secreção de
noradrenalina produzindo vasodilatação
passiva. A vasodilatação passiva é produzida
pela histamina.
37. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA
CORRENTE ELÉTRICA
Ação Ionizante
Predominante nas correntes unidirecionais que
produzem aumento da permeabilidade da
membrana celular além do fenômeno da
eletrólise, em que os íons são atraídos pelo pólo
oposto da sua carga
38. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA
CORRENTE ELÉTRICA
Efeito Excitomotor
resulta do músculo ser um tecido excitável,
cuja resposta ao estímulo elétrico é a
contração.
39. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA
CORRENTE ELÉTRICA
Efeito Analgésico
a teoria das comportas ou portão é o
mecanismo mais relevante, além da
ativação/produção de substâncias endógenas
como as endorfinas.
40. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA
CORRENTE ELÉTRICA
Efeito Cicatrizante
a corrente elétrica pode favorecer o reparo
tecidual estimulando diretamente as células a
produzirem mais ATP, aumento a síntese de
proteínas, revitalizando a área lesionada.
41. CONTRA-INDICAÇÕES GERAIS
1. Incapacidades cardíacas graves;
2. Marcapasso;
3. Gravidez;
4. Implantes metálicos expostos;
5. Seio carotídeo;
6. Ao redor dos olhos;
7. Obesidade mórbida.