PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 21-22
1.
2. • Uso da 1.ª pessoa corta um pouco o
estilo «ode futurista / sensacionista»
• Quando o tema escolhido era
claramente exterior, tornou-se mais fácil
o «pastiche»
– Mais ainda quando era de assunto agitado:
• discoteca
• obras na rua
• concertos
3. • Não assinalei casos de maiúsculas
indevidas, por inferir que podiam ser
propositadas (à futurismo).
• Fui parcimonioso nas emendas de
pontuação (pelo mesmo motivo).
4. Por exemplo, a seguir às interjeições,
deveria vir pontuação (ponto de
exclamação, vírgula, reticências)
Não se confunda:
Oh, que triste que estou!
Ó rodas, ó engrenagens, sois belas.
5. Ah, como Paris é bela!
À luz das velas, Paris é feia.
Há luz em Paris.
6.
7. Ser assíduo (seja indireta seja direta-
mente, ausências refletem-se na
classifica- , ).
9. Fazer os tepecês e entregá-los com
prontidão (tepecês não feitos são tarefas
cuja é 0 valores).
E deve haver algum investimento em cada tarefa. Há
casos em que parece que o trabalho foi feito nos
último cinco minutos da aula que precedeu a de
Português; ou nos primeiros cinco minutos da nossa
aula.
10. Evitar entregar mais do que um tepecê
na mesma folha.
(Aliás, preferia mesmo que os tepecês
só fossem entregues na aula nte à sua
ção.)
11. Se o tepecê for a simples de textos,
não deixar de os mesmo.
12. Verificar as correções que f nas
redações (é uma boa maneira de ir
melhorando a sintaxe e advertindo erros
que se repetem).
13. Rever sempre o que escrevam (há muitos
lapsos de mera distração; repetições
evitáveis; agramaticalidades que se
notariam se houvesse uma re ura final)
-e
14. Não plagi (não usar nunca net, nem
quaisquer sebentas, nem se contentar com
a ajuda de outros, na realização de
escritos).
15. Nas tarefas que impliquem escrita
pequena (em geral, não recolhidas) ser
cuidadoso (e, caso peça eu para ouvir
alguma resposta, ler de forma
audí ).
-a
16. Fazer as tarefas de aula — sobretudo as
relativas à compreensão de textos —
individualmente e sem se demorar muito
em versa.
21. Há uma estrofe que traduz bem a
reflexão que o Pessoa ortónimo fazia em
«Ela canta, pobre ceifeira» e em «Gato
que brincas na rua». É a quinta estrofe.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29. 15 de outubro = data do aniversário
de Álvaro de Campos
13 de junho = a data do aniversário
de Fernando Pessoa.
32. 6 Eu tinha a grande saúde de não
perceber coisa nenhuma
8 E de não perceber as esperanças que
os outros tinham por mim
15 O que fui — ai, meus Deus!, o que só
hoje sei que fui...
36-37 Para, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
33. comparações inesperadas:
estar eu sobrevivente a mim-mesmo
como um fósforo frio
o que eu sou hoje é como a
humidade no corredor do fim da casa
comer o passado como pão de fome
34. metáforas inesperadas:
Raiva de não ter trazido o passado
roubado na algibeira!...
O que eu sou hoje é terem vendido a
casa
comer o passado como pão de fome,
sem tempo de manteiga nos dentes
42. fuga para a recordação e/ou sonho:
vejo tudo outra vez com uma nitidez
que me cega
43. poetização do prosaico, comum e
quotidiano:
O aparador com muitas coisas —
doces, frutas, o resto na sombra
debaixo do alçado —, / As tias velhas,
os primos diferentes
46. O passado era o tempo da infância
feliz, da alegria partilhada pela família,
da inocência e despreocupação.
47. O pretérito imperfeito exprime um
tempo passado que teve duração, a
duração da infância.
48. Na infância, o sujeíto poético era feliz,
mas não sabia que o era. Só no presente,
em que já perdeu essa felicidade
inocente da infância, é que sabe que foi
feliz.
50. A expressão «Vejo tudo outra vez»
inicia a presentificação do passado que,
assim, substitui o presente.
51. À euforia do passado tornado
presente segue-se, na estrofe seguinte,
a disforia da tomada de consciência de
que é impossível recuperar a felicidade
perdida da infância e de que o presente
vazio é a única possibilidade.
54. a. O verso «Quando vim a ter esperanças,
já não sabia ter esperanças.» (v. 9) é
constituído por duas orações, sendo a
primeira uma oração subordinante.
oração subordinada temporal
55. b. Na frase «Quando vim a olhar para a
vida, perdera o sentido da vida.» (v. 10),
a forma verbal «perdera» corresponde,
em relação ao complexo verbal «vim a
olhar», a um tempo anterior.
56. c. A forma verbal «Vejo» (v. 31) funciona,
no contexto em que ocorre, como deítico
pessoal e temporal.
57. d. Os vocábulos «mesa» (v. 32) e
«aparador» (v. 33) são merónimos do
mesmo holónimo.
Hiperónimo móvel
Hipónimos mesa, aparador, cadeira
58. e. As frases dos versos 36 e 37
configuram atos ilocutórios
compromissivos.
Para, meu coração! / Não penses! Deixa o
pensar na cabeça!
Ato ilocutório diretivo
59. (Na nora do quintal da minha casa
O burro anda à roda, anda à roda,
E o mistério do mundo é do tamanho disto.
Limpa o suor com o braço, trabalhador descontente.
A luz do sol abafa o silêncio das esferas
E havemos todos de morrer,
Ó pinheirais sombrios ao crepúsculo,
Pinheirais onde a minha infância era outra coisa
Do que eu sou hoje...)
60. TPC — «Aniversário» (p. 127) e a
estrofe parentética correspondente aos vv.
68-76 de «Ode triunfal» (p. 119) têm em
comum a nostalgia da infância. Este tema,
caro a Álvaro de Campos, é também
frequente no Pessoa ortónimo. Para já,
gostava que relanceasses — em Gaveta de
Nuvens — «Un soir à Lima», um longo
poema do ortónimo (aliás, na verdade, um
poema não assinado), que, tanto quanto se
pode identificar sujeito poético e autor (e
não deve), se diria autobiográfico.