Este documento contém uma lista de termos gramaticais e estilísticos com suas respectivas definições e exemplos. Entre eles estão:
1) Diferentes tipos de orações subordinadas e suas funções;
2) Processos de formação de palavras como derivação e composição;
3) Figuras de estilo como metáfora, metonímia, hipérbole, entre outras.
63. Salvador gostava de Helena.
complemento oblíquo
*Que fazia Salvador de Helena? Gostava.
64. A secretária elegeu a pesca do salmão
como a solução ideal.
predicativo do complemento direto
65. Pôs o telemóvel sob a carteira para
enganar o professor.
modificador do grupo verbal
Que fez para enganar o professor? Pôs o
telemóvel sob a carteira.
97. 7. No último parágrafo [«Falo do tempo e de
pedras, e, contudo, é em homens que penso.
Porque são eles a verdadeira matéria do tempo,
a pedra de cima e a pedra de baixo, a gota de
água que é sangue e é também suor. Porque
são eles a paciente coragem, e a longa espera, e
o esforço sem limites, a dor aceite e recusada —
duzentos anos, se assim tiver de ser.»], são
utilizados vários recursos estilísticos, entre os
quais
(A) a sinestesia e a anáfora. | (B) a ironia e a
sinestesia. | (C) a anáfora e a hipérbole. | (D) a
hipérbole e a ironia.
98. 6. Na expressão «paisagens olfativas»
(linha 27), o autor utiliza
(A) uma metonímia. | (B) um eufemismo. |
(C) um paradoxo. | (D) uma sinestesia.
99. 6. No contexto em que ocorre, a expressão
«grosso volume do romance de Eça de Queirós»
(linha 4 [«Hesitei nesta escolha: pensei que seria
como ler o resumo em lugar de regressar —
como tantas vezes já regressei — ao grosso
volume do romance de Eça de Queirós [= Os
Maias].»]) constitui um exemplo de
(A) perífrase. | (B) hipálage. | (C) eufemismo. | (D)
paradoxo.
100. 1.5. Na expressão «deflagração
extraordinária» (linha 18) [«Não viveu,
porém, e infelizmente, a deflagração
extraordinária operada no seio das
certezas e dos objetos, decomposição
dos seres visíveis e invisíveis que viria a
produzir as grandes experiências
literárias do século XX.»], a autora
recorre a
(A) uma antítese. | (B) um oxímoro. | (C)
uma metáfora. | (D) um eufemismo
101. 1.7. Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça
mudadora» (linha 14; [As casas de papel são modos de
pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que
ele dependeu para ser lido. São modos de pensar nos
autores. Cada autor como um lugar e um abrigo. Um lugar.
Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar nos
objetos para acreditar nos lugares. Oh, nossa
deslumbrante desgraça mudadora, não consigo sentir-me
bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um Kobo.
Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A
ilustração sem pilhas. As letras sem pilhas. Eternas e sem
mudanças. De confiança.]), o autor recorre à
(A) hipálage. | (B) metáfora. | (C) metonímia. | (D)
ironia
102. As antíteses expressam a oposição
entre os valores ensinados aos filhos
(valentia, justiça, lealdade) e a realidade
político-social, na qual vinga quem é
cobarde, injusto e desleal. Deste modo,
Matilde põe em evidência a hipocrisia
instalada na sociedade, que aparenta
defender determinados valores, mas
promove quem não os pratica.
Na sequência da reflexão anterior,
Matilde interroga-se ironicamente sobre a
necessidade de se ensinar a viver em
103. conformidade com a hipocrisia a fim de
alcançar a paz e a felicidade, ainda que tal
signifique uma vida pautada pela
alienação, pelo conformismo e pela
indignidade.
104. A metáfora «São o pão quotidiano dos
grandes» (linhas 12 e 13) associa os
«pequenos», os socialmente frágeis, ao
pão. Assim, tal como o pão acompanha
sempre os outros alimentos, também o
povo é alimento constante para os
poderosos.
Através da metáfora, o orador sublinha,
por um lado, a insaciável ganância dos
poderosos e, por outro, a vulnerabilidade
dos pequenos, submetidos a uma
exploração sem tréguas.
105. Com o recurso à interrogação
retórica, o orador conduz o auditório à
tomada de consciência de que a
exploração dos «pequenos» por parte dos
poderosos é um comportamento
condenável.
Assumida esta condenação por parte
do auditório, Vieira acusa-o de ter, também
ele, um comportamento em tudo
semelhante ao anteriormente apontado.
122. 1
O poema refere um «país» imaginado
— «em sonho triste» (v. 1); «Nos meus
desejos existe» (v. 2) —, vago e impreciso,
dado que só existe em sonhos
—«longinquamente» (v. 3); «Nesse país
por onde erra / Meu longínquo divagar.»
(vv. 14-15). A imagem final que é dada
desse país — um «impossível jardim» (v.
20) — acentua o seu carácter irreal.
123. 2
De acordo com a segunda estrofe, a
experiência da passagem do tempo é
marcada pela espontaneidade ou
inconsciência — «Vive-se como se nasce /
Sem o querer nem saber» (vv. 6-7) — e pela
renovação cíclica da vida — «O tempo
morre e renasce / Sem que o sintamos
correr.» (vv. 9-10).
Deste modo, tratando-se de um tempo
circular, não-linear, não há consciência da
sua passagem.
124. 3
O verso «É uma infância sem fim.» (v.
17) constitui uma representação
metafórica própria do «ser feliz» (v. 5) e
relaciona-se com vários elementos: a
anulação do «sentir» (v. 11), do «desejar»
(v. 11) e do «amor» (v. 13); a ausência de
sofrimento — «Tão suave é viver assim»
(v. 19); a não consciência da passagem do
tempo — «Sem que o sintamos correr.»
(v. 10); o carácter onírico dessa felicidade.
125.
126. No v. 1, há uma hipálage. Justifica e
explica a expressividade deste recurso.
127. A expressão «sonho triste» constitui
uma hipálage, já que o adjetivo «triste»,
que, numa interpretação gramatical
(denotativa), modifica o nome «sonho»,
caracteriza, no fundo, o sujeito poético
(o «proprietário» do sonho) no momento
em que sonha. Ao longo do texto
percebe-se que o sonho em causa até
concretizaria uma vivência «suave» (v.
19), onde se seria «feliz» (v. 4); é a
tristeza presente do eu que o faz desejar
o sonho (v. 2).
128. Como se pode interpretar a presença
de duas palavras da mesma família, o
advérbio «longinquamente» (v. 3) e o
adjetivo «longínquo» (v. 15)?
129. O advérbio e o adjetivo acentuam o
afastamento do mundo sonhado pelo
sujeito lírico relativamente ao mundo real.
Fica assim mais demarcada, e inacessível,
a felicidade que envolve o sonho.
130. Explica como na última estrofe o
sujeito poético caracteriza o sonho que
foi esboçando ao longo do poema.
131. O sonho — ou a felicidade que conota
— é identificado com a infância (e, ao
contrário da verdadeira, «sem fim»). Ao
mesmo tempo, o sujeito poético tem
noção de que esse paraíso (esse «jardim»)
é «impossível» (v. 20).
132.
133. «Às vezes, em sonho triste»
(Fernando Pessoa / Beto Betuk)
Às vezes, em sonho triste
Nos meus desejos existe
Longinquamente um país
Onde ser feliz consiste
Apenas em ser feliz.
134. Vive-se como se nasce
Sem o querer nem saber.
Nessa ilusão de viver
O tempo morre e renasce
Sem que o sintamos correr.
135. O sentir e o desejar
São banidos dessa terra.
O amor não é amor
Nesse país por onde erra
Meu longínquo divagar.
136. Nem se sonha nem se vive:
É uma infância sem fim.
Parece que se revive
Tão suave é viver assim
Nesse impossível jardim.
137.
138.
139.
140.
141. TPC — (1) Lê os textos ensaísticos
nas pp. 318-319; (2) Procura ir fixando a
classificação das orações (até
memorizando as principais conjunções
que as introduzem).