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BIBLIOGRAFIA
1. MATOS, Francisco Gomes de - Negociação e
Conflito - Editora: Saraiva, 2014.
2. GARBELINI, Viviane Maria Penteado -
Negociação e Conflito, 2016.
3. MARTINELLI, Dante Pinheiro - Negociação:
Conceitos e Aplicações Práticas - 2ª Edição,
2011.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
1. LEWICKI, Roy J.; SAUNDERS, David M.; BARRY,
Bruce. Fundamentos de negociação – 5ª Edição
- Porto Alegre - Amgh Editora LTDA, 2014.
2. MARTINELLI, Dante P; ALMEIDA, Ana Paula de -
Negociação: como transformar o conforto em
cooperação. - 1ª Edição - São Paulo – Editora:
Atlas, 2009.
3. LAX, David A., SEBENIUS, James K. -
Negociação 3-D
3 Pilares das Relações
1. Conceito
Conflito, segundo o dicionário Priberam (2019),
significa “oposição de interesses, sentimentos, ideias.
Luta, disputa desentendimento. Briga, confusão,
tumulto, desordem”.
Os conflitos surgem quando existem discordância
de opiniões e/ou perspectivas divergentes entre
as instituições sociais (pessoas, grupos,
organizações). Portanto, para que haja conflito, é
preciso que pessoas tenham interesses
diversificados ou desenvolvam atividades
incompatíveis com os interesses de outras, as
quais não se complementam ou não podem
existir simultaneamente, originando disputa entre
as partes envolvidas.
Fonte: Negociação e Conflitos - Galbeline, Viviane Mª Penteado (2016)
Podemos citar o Thomas (1992, p.653), para quem
“o conflito é o processo que começa quando uma
das partes percebe que a outra parte o afetou de
forma negativa, ou que irá afetar de igual forma”.
Fonte: Negociação e Conflitos - Galbeline, Viviane Mª Penteado (2016)
Essa definição de Thomas (1992) envolve três
características:
1. O conflito tem que ser percebido, senão, não existe
conflito;
2. Tem que haver interação;
3. Tem que haver incompatibilidade entre as partes.
Fonte: Negociação e Conflitos - Galbeline, Viviane Mª Penteado (2016)
Neste sentido, podemos concordar com Figueiredo (2012,
p.25), quando diz que o conflito “é um fenômeno social,
multidimensional, parte integrante da existência humana,
essencial para o processo evolutivo da humanidade e para
a transformação social”.
O conflito é classificado de acordo com a percepção das
pessoas em relação a ele:
• Conflito percebido ou latente:
É percebido logo que se apresenta e as partes
compreendem que ele existe quando seus
interesses são diferentes dos interesses da outra
parte. É um conflito claro e aberto.
• Conflito experenciado ou velado:
É o conflito dissimulado, mas bem presente,
vivenciado com certa hostilidade entre as partes
envolvidas, mas, ainda, latente entre os indivíduos
em conflito. Ainda que real, não é revelado.
• Conflito manifesto ou aberto:
Como o próprio nome indica, é percebida e
manifestada não só entre os envolvidos, mas no
grupo em que acontece, gerando, muitas vezes,
mal-estar no ambiente.
Visão positiva do conflito
O conflito é uma fonte para a geração de novas
ideias, levando a discussões abertas sobre
determinados assunto, o que se torna positivo no
sentido de que permite a expressão e exploração
de diferentes pontos de vista, interesses e valores.
Em alguns momentos e em determinados níveis, a
administração de conflitos deve ser considerada
necessária se não quiser entrar num processo de
estagnação.
Assim, os conflitos não são necessariamente negativos e
sim a maneira como lidamos com eles é que pode gerar
algumas reações neste sentido.
Possíveis causas de conflitos
Para que a administração de conflitos seja realizada
corretamente é importante que tenhamos conhecimento
das possíveis causa que levam a seu surgimento. Dentre
elas podemos destacar:
• Experiência de frustração de uma ou ambas as partes
Incapacidade de atingir uma ou mais metas e/ou de
realizar e satisfazer os seus desejos, por algum tipo de
interferência ou limitação pessoal, técnica ou
comportamental.
• Diferenças de personalidade
São invocadas como explicação para as desavenças
tanto no ambiente familiar como no ambiente de
trabalho, e reveladas no relacionamento diário através
de algumas características indesejáveis na outra parte
envolvida.
• Metas diferentes
Muito comum estabelecermos e/ou recebermos
metas/objetivos a serem atingidos e que podem ser
diferentes dos de outras pessoas e de outros
departamentos, o que nos leva geração de tensões em
busca de seu alcance.
• Diferenças em termos de informações e percepções
Costumeiramente tendemos a obter informações e
analisá-las a luz dos nossos conhecimentos e
referenciais sem levar em conta que isto ocorre
também como outro lado com quem temos de
conversar e/ou apresentar nossas ideias, e que este
outro lado pode ter uma forma diferente de ver as
coisas.
NÍVEIS DE CONFLITOS
• Um conflito pode surgir de uma pequena diferença
de opiniões, podendo se agravar e atingir um nível de
hostilidade chamado de conflito destrutivo.
• Nível 1 – Discussão
• Estágio inicial do conflito caracterizado
normalmente por ser racional, aberta e objetiva.
• Nível 2 – Debate
• Nível onde as pessoas fazem generalizações e
buscam demonstrar alguns padrões de
comportamento. O grau de objetividade
existente no Nível 1 começa a diminuir.
Nível 3 – Façanhas
As partes envolvidas no conflito começam a mostrar
grande falta de confiança no caminho ou alternativa
escolhidos pela outra parte envolvida.
Nível 4 – Imagens fixas
Aqui são estabelecidas imagens preconcebidas com
relação outra parte, fruto de experiências anteriores ou
de preconceitos que trazemos, fazendo com que as
pessoas assumam posições fixas e rígidas.
Nível 5 – Loss of face (cara no chão)
Refere-se a postura de “continuo neste conflito custe o
que custar e lutarei até o fim“, o que acaba por gerar
dificuldades para que uma das partes envolvidas se
retire.
Nível 6 – Estratégias
Aqui começam a surgir ameaças e as punições ficam
mais evidentes. O processo de comunicação, uma das
peças fundamentais para solução de conflitos fica cada
vez mais restrito.
Nível 7 – Falta de humanidade
No nível anterior evidenciam-se as ameaças e
punições. Neste, aparecem com muita frequência
os primeiros comportamentos destrutivos e as pessoas
passam a se sentir cada vez mais desprovidas de
sentimentos.
Nível 8 – Ataque de nervos
Nesta fase, a necessidade de se auto preservar e se
proteger passa a ser a única preocupação. A principal
motivação é a preparação para atacar e ser atacado.
Nível 9 – Ataques generalizados
Último nível, e é aqui que chega-se as vias de fato e
não há outra alternativa a não ser a retirada de um dos
dois lados envolvidos ou a derrota de um
deles. Dependendo da importância que se dá ao
conflito – ignorando-o ou reprimindo o, ele tende a
crescer e a se agravar.
 Quando é reconhecido e as ações corretivas são
aplicadas imediatamente, poderá ser resolvido e
transformar-se numa força positiva, capaz de mudar
hábitos e nos estimular a buscar resultados mais
positivos.
DÚVIDAS
Parte II
2. Tipos de Conflitos
Conflito latente
• Não é declarado e não há, mesmo por parte
dos elementos envolvidos, uma clara consciência de
sua existência. Eventualmente não precisam ser
trabalhados.
Conflito percebido
• Os elementos envolvidos percebem racionalmente a
existência do conflito, embora não haja
ainda manifestações abertas do mesmo.
Conflito sentido
• É aquele que já atinge ambas as partes, e em que há
emoção e forma consciente.
Conflito manifesto
• Trata-se do conflito que já atingiu ambas as partes, já é
percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica
da organização.
3. Gestão de conflitos e suas áreas
Duas são as possíveis áreas de classificação dos conflitos:
• Conflito social
Surge em decorrência do grau de complexidade e
implicação social.
Não podemos esquecer que vivemos numa sociedade
altamente evoluída do ponto de vista social e
tecnológico, mas bastante precária em termos de
habilidade para negociações.
A fantasia de todo ser humano seja eliminar uma ideia
adversa à sua, em vez de ter que questionar sua
própria posição.
• Conflitos tradicionais
São aqueles que reúnem indivíduos ao redor dos
mesmos interesses, fortalecendo sua solidariedade. Os
conflitos aparecem por três razões principais:
1. Pela competição entre as pessoas;
2. Por recursos disponíveis mas escassos, pela
divergência de alvos entre as partes,
3. e pelas tentativas de autonomia ou libertação
de uma pessoa em relação a outra.
CONFLITOS
INTERPESSOAIS
• Tais conflitos se dão entre duas ou
mais pessoas e podem ocorrer
por vários motivos:
• Diferenças de idade;
• Sexo;
• Valores;
• Crenças;
• Falta de recursos materiais
ou financeiros;
• Diferenças de papéis.
Podem ser divididos em dois tipos:
• Hierárquicos
Colocam em jogo as relações com a autoridade
existente. Ocorre quando a pessoa é responsável por
algum grupo, não encontrando apoio junto ao seus
subordinados e vice-versa.
Neste caso, as dificuldades encontradas no dia-a-dia
deixam a maior parte das pessoas envolvidas
desamparada quanto à decisão a ser tomada.
• Pessoais
Dizem respeito ao indivíduo, à sua maneira de ser,
agir, falar e tomar decisões. As rixas pessoais fazem
com que as pessoas não se entendam e, portanto, não
se falem.
Em geral esses conflitos surgem a partir de pequenas
coisas ou situações nunca abordadas entre os
interessados.
O resultado é um confronto tácito que reduz em muito
a eficiência das relações.
CONSEQUÊNCIAS
DOS CONFLITOS
• Entre os vários aspectos do conflito, alguns
podem ser considerados como negativos e
aparecem com frequência dentro das
organizações. Os mais visíveis podem ser
identificados nas seguintes situações:
• Quando desviam a atenção dos reais objetivos,
colocando em perspectiva os objetivos dos
grupos envolvidos no conflito e mobilizando
os recursos e os esforços para a sua solução;
• Quando tornam a vida uma eterna derrota
para os grupos de perdedores habituais,
interferindo na sua percepção e na
socialização daqueles que entram na
organização;
• Quando favorecem a percepção estereotipada a
respeito dos envolvidos, como ocorre frequentemente
em organizações. Se por um lado existem os
estereótipos genéricos referentes as categorias
profissionais, dentro de cada organização, além dos
tipos que fazem parte de sua cultura individual, como
seus heris, mitos, tipos ideais, começam a surgir seus
perdedores, ganhadores, culpados e inimigos.
Esses aspectos podem ser observados em todas as
organizações e são considerados negativos (salvo diante
de alguns objetivos menos confessáveis).
No entanto, existem potenciais efeitos benéficos dos
conflitos, a saber:
• São bons elementos de socialização, pois oferecem
aos novos participantes de um grupo a sensação de
envolvimento com alguma causa;
• Ajudam a equilibrar as relações de poder dentro da
organização, pois em qualquer episódio de conflito
pode haver diferentes ganhadores;
• Propiciam a formação de alianças com o objetivo de
ganhar num conflito específico mas também de
garantir mais poder.
Administração de conflitos na prática
Para uma eficaz administração de conflitos é preciso
compatibilizar alguns passos a serem seguidos, conhecer e
aplicar alguns “saberes” e também definir o estilo a ser
adotado.
Os 8 passos seguintes são considerados de suma importância
para administrar conflitos:
1. Passo: Criar uma atmosfera afetiva;
2. Passo: Esclarecer as percepções;
3. Passo: Focalizar em necessidades individuais e
compartilhadas;
4. Passo: Construir um poder positivo e compartilhado;
5. Passo: Olhar para o futuro e, em seguida, aprender com o
passado;
6. Passo: Gerar opções de ganhos mútuos;
7. Passo: Desenvolver passos para a ação a ser efetivada;
8. Passo: Estabelecer acordos de benefícios mútuos.
ESTILOS E
CARACTERÍSTICAS
• Alguns estilos que podem ser aplicados na
administração de conflitos e suas principais características:
• Competição
• Busca satisfação dos interesses, independentemente
do impacto que isto possa causar na outra parte
envolvida;
• Tenta convencer a outra parte de que sua conclusão
está correta e a dela está equivocada;
• Leva a outra parte a aceitar a culpa por um problema
qualquer.
Colaboração
• Contempla os interesses das partes envolvidas no
conflito;
• Busca um resultado benéfico para todas as partes
envolvidas.
Evitação
• Trata-se de estilo considerado não-assertivo e não-
cooperativo; Evita todo e qualquer envolvimento com
o conflito, chegando a negar sua existência e o contato
com as pessoas que podem causá-lo.
Acomodação
• Trata-se de estilo considerado não-assertivo e
cooperativo;
• A parte que utiliza este estilo tende a apaziguar a
situação, chegando a colocar as necessidades e
interesses da outra parte acima dos seus.
Compromisso
• Este estilo encontra-se no padrão médio de
assertividade e cooperação, em que uma das partes
envolvidas no conflito desiste de alguns pontos ou
itens, levando a distribuir os resultados entre ambas as
partes.
4. Situações de Conflito: como enfrentá-las
Os conflitos surgem normalmente antes e durante as
negociações; em alguns casos eles podem ser previsíveis,
em outros não.
Sparks (1992:98) apresenta um modelo mental de conflito
que ele considera útil. Seu desenho origina-se da pesquisa
psicológica relativa à administração das interações de
grupo. Com esse modelo, segundo o autor, o negociador
pode tomar duas decisões-chaves em relação a qualquer
conflito dado.
• Quanto a solubilidade;
• Quanto a intensidade.
Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
A primeira decisão é classificar o conflito com base em sua
solubilidade:
1. Conflito terminal – parece impossível de ser
solucionado através de um acordo. Por suas
características, um conflito “ganha-perde”.
2. Conflito paradoxal – parece obscuro; sua solubilidade
é questionável.
3. Conflito litigioso – parece ser solúvel; por suas
características , um conflito “ganha-ganha”.
Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
.
A segunda decisão é classificar o conflito com base em sua
intensidade:
1. Conflitos muito intensos – existem quando os
interesses envolvidos têm muita importância para o
negociador e seu oponente.
2. Conflitos menos intensos – os interesses envolvidos
são de menor importância.
Pode-se ter uma variante desses dois níveis, quando uma
das partes se importa muito com a questão que está sendo
negociada, porém a outra não.
Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
5. Conflitos interdepartamentais e
Interorganizacionais
Conflitos Organizacionais: esses conflitos são gerados a partir
das alterações nas dinâmicas organizacionais (entre empresas,
entre empresa e governo, etc), se externo a empresa, pode ser
subdividido entre intraorganizacional e interorganizacional.
CONFLITOS
INTERDEPARTAMETAIS
• As organizações são fontes inevitáveis de
conflitos. Segundo Jandt (1985:29) “organizar é
introduzir fontes de conflito”. Nota-se, aqui, a
preocupação com o todo, bem como com as
partes que o compõem e com seu
relacionamento; trata-se, portanto, da visão
sistêmica. As partes tanto podem ser
independentes como coordenadas, mas a
tendência é que cada uma delas se veja como
mais importante do que as demais.
• Cada unidade, departamento ou divisão de
uma organização vai desenvolver objetivos,
metas, valores e procedimentos apropriados a
sua missão.
 Evidentemente, quanto maior a organização, maior a
tendência de existirem conflitos. Quanto mais se
expande, maior será a tendência de surgirem divisões e
subdivisões dentro da empresa e, com isso, cresce a
possibilidade de surgirem conflitos.
Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
CONFLITOS
INTERORGANIZACIONAIS
• Com as organizações expandindo suas
fronteiras em áreas mais amplas, encontrar
conflitos interorganizacionais tornou-se
comum.
• Considerando o conflito intraorganizacional
como um atrito dentro de uma organização, o
conflito interorganizacional ocorre quando
duas ou mais organizações entram em atritos.
TIPOS CONFLITOS
INTERORGANIZACIONAIS
• Os três tipos de conflitos interorganizacionais são:
a contradição significativa, o conflito emocional e os conflitos
culturais.
Cada um é tratado de uma forma diferente:
• Significativo:
O contradição significativa ocorre quando um
desentendimento surge entre duas organizações a um nível
fundamental. Por exemplo, o grupo de Tratamento Ético dos
Animais teria um contradição significativa com uma
organização que trabalha com experiências de laboratório
com animais.
• Emocional:
Os conflitos emocionais ocorrem quando os indivíduos
de organizações encontram-se reagindo em um nível
emocional de medo, inveja, ciúme ou teimosia.
• Cultural:
Os conflito interorganizacionais também podem ocorrer
com base em desejos e necessidades culturais. Esses
conflitos são muitas vezes o resultado de má
interpretação.
6. Grupos de interesse – natureza
dos conflitos
Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
Segundo Label (1984), não se pode definir um desacordo
apenas por uma única dimensão. Assim propõe três tipos de
classificação:
a. Quanto ao comportamento;
b. Quanto aos contrários;
c. Quanto ao momento da ação.
Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
Classificação quanto ao comportamentos:
a. Falhas conflitantes – são falhas que não existem a não
ser na aparência, já que não existe um verdadeiro
desacordo latente.
b. Conflitos de opinião – eles provêm de divergências de
opinião ou de julgamento sobre o objeto do
desacordo.
c. Conflitos de interesse – são conflitantes que se
estabelecem entre duas pessoas perfeitamente em
acordo de opinião, mas em desacordo sobre a
distribuição.
Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
Classificação quanto aos contrários:
a. Conflitos individuais – residem no nível interpessoal e
dos conflitos coletivos.
b. Conflitos de igual para igual – são conflitos entre
vizinhos, irmãos ou colegas.
c. Conflitos hierárquicos – são conflitos que envolvem
chefes e subordinados, pai e filho, fornecedor e
cliente.
d. Conflitos raciais – envolvem diferenciação entre raça
por parte dos envolvidos no processo.
e. Conflitos entre as instituições e organizações da
sociedade – envolve disputas entre diferentes
organizações das sociedades nas quais estão
inseridas, normalmente por questões de poder ou
disputa de mercado.
Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
f. Conflitos neutros ideologicamente – são os conflitos
em que os adversários não se separem, tendo apenas
uma contestação de ordem técnica.
g. Conflitos espontâneos e conflitos voluntários – são
resultado de manobra deliberadas.
h. Conflito de posse – trata-se daqueles conflitos
essencialmente preocupados com a partilha de
recursos.
Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
Classificação quanto ao momento da ação:
a. Sobre os fatos – qualquer pessoa percebe os mesmos
fatos de maneiras diferentes, pois a observação passa
por observadores diferentes.
b. Sobre as causas – pode-se estar de acordo sobre um
fenômeno, mas cada um não lhe dá as mesmas
explicações, visto que a interpretação está condicionada
pelos sistemas de referência de cada um.
c. Sobre os obstáculos – são conflitos muito difíceis de
identificar, sobretudo se eles contêm partes ocultas de
nossas intenções.
d. Sobre os objetivos – a curto prazo, nunca se busca
atender aos mesmos objetivos.
e. Sobre os meios – pode-se estar de acordo sobre o
obstáculo, mas a estratégia ou a tática diferem.
f. Sobre os valores – estabelecem-se diferentes critérios de
avaliação.
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Bibliografia e conceitos sobre negociação e conflitos

  • 1.
  • 2. BIBLIOGRAFIA 1. MATOS, Francisco Gomes de - Negociação e Conflito - Editora: Saraiva, 2014. 2. GARBELINI, Viviane Maria Penteado - Negociação e Conflito, 2016. 3. MARTINELLI, Dante Pinheiro - Negociação: Conceitos e Aplicações Práticas - 2ª Edição, 2011.
  • 3. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. LEWICKI, Roy J.; SAUNDERS, David M.; BARRY, Bruce. Fundamentos de negociação – 5ª Edição - Porto Alegre - Amgh Editora LTDA, 2014. 2. MARTINELLI, Dante P; ALMEIDA, Ana Paula de - Negociação: como transformar o conforto em cooperação. - 1ª Edição - São Paulo – Editora: Atlas, 2009. 3. LAX, David A., SEBENIUS, James K. - Negociação 3-D
  • 4. 3 Pilares das Relações
  • 5. 1. Conceito Conflito, segundo o dicionário Priberam (2019), significa “oposição de interesses, sentimentos, ideias. Luta, disputa desentendimento. Briga, confusão, tumulto, desordem”.
  • 6. Os conflitos surgem quando existem discordância de opiniões e/ou perspectivas divergentes entre as instituições sociais (pessoas, grupos, organizações). Portanto, para que haja conflito, é preciso que pessoas tenham interesses diversificados ou desenvolvam atividades incompatíveis com os interesses de outras, as quais não se complementam ou não podem existir simultaneamente, originando disputa entre as partes envolvidas. Fonte: Negociação e Conflitos - Galbeline, Viviane Mª Penteado (2016)
  • 7. Podemos citar o Thomas (1992, p.653), para quem “o conflito é o processo que começa quando uma das partes percebe que a outra parte o afetou de forma negativa, ou que irá afetar de igual forma”. Fonte: Negociação e Conflitos - Galbeline, Viviane Mª Penteado (2016)
  • 8. Essa definição de Thomas (1992) envolve três características: 1. O conflito tem que ser percebido, senão, não existe conflito; 2. Tem que haver interação; 3. Tem que haver incompatibilidade entre as partes. Fonte: Negociação e Conflitos - Galbeline, Viviane Mª Penteado (2016) Neste sentido, podemos concordar com Figueiredo (2012, p.25), quando diz que o conflito “é um fenômeno social, multidimensional, parte integrante da existência humana, essencial para o processo evolutivo da humanidade e para a transformação social”.
  • 9. O conflito é classificado de acordo com a percepção das pessoas em relação a ele: • Conflito percebido ou latente: É percebido logo que se apresenta e as partes compreendem que ele existe quando seus interesses são diferentes dos interesses da outra parte. É um conflito claro e aberto. • Conflito experenciado ou velado: É o conflito dissimulado, mas bem presente, vivenciado com certa hostilidade entre as partes envolvidas, mas, ainda, latente entre os indivíduos em conflito. Ainda que real, não é revelado.
  • 10. • Conflito manifesto ou aberto: Como o próprio nome indica, é percebida e manifestada não só entre os envolvidos, mas no grupo em que acontece, gerando, muitas vezes, mal-estar no ambiente.
  • 11.
  • 12. Visão positiva do conflito O conflito é uma fonte para a geração de novas ideias, levando a discussões abertas sobre determinados assunto, o que se torna positivo no sentido de que permite a expressão e exploração de diferentes pontos de vista, interesses e valores.
  • 13. Em alguns momentos e em determinados níveis, a administração de conflitos deve ser considerada necessária se não quiser entrar num processo de estagnação. Assim, os conflitos não são necessariamente negativos e sim a maneira como lidamos com eles é que pode gerar algumas reações neste sentido.
  • 14.
  • 15. Possíveis causas de conflitos Para que a administração de conflitos seja realizada corretamente é importante que tenhamos conhecimento das possíveis causa que levam a seu surgimento. Dentre elas podemos destacar: • Experiência de frustração de uma ou ambas as partes Incapacidade de atingir uma ou mais metas e/ou de realizar e satisfazer os seus desejos, por algum tipo de interferência ou limitação pessoal, técnica ou comportamental. • Diferenças de personalidade São invocadas como explicação para as desavenças tanto no ambiente familiar como no ambiente de trabalho, e reveladas no relacionamento diário através de algumas características indesejáveis na outra parte envolvida.
  • 16. • Metas diferentes Muito comum estabelecermos e/ou recebermos metas/objetivos a serem atingidos e que podem ser diferentes dos de outras pessoas e de outros departamentos, o que nos leva geração de tensões em busca de seu alcance. • Diferenças em termos de informações e percepções Costumeiramente tendemos a obter informações e analisá-las a luz dos nossos conhecimentos e referenciais sem levar em conta que isto ocorre também como outro lado com quem temos de conversar e/ou apresentar nossas ideias, e que este outro lado pode ter uma forma diferente de ver as coisas.
  • 17. NÍVEIS DE CONFLITOS • Um conflito pode surgir de uma pequena diferença de opiniões, podendo se agravar e atingir um nível de hostilidade chamado de conflito destrutivo. • Nível 1 – Discussão • Estágio inicial do conflito caracterizado normalmente por ser racional, aberta e objetiva. • Nível 2 – Debate • Nível onde as pessoas fazem generalizações e buscam demonstrar alguns padrões de comportamento. O grau de objetividade existente no Nível 1 começa a diminuir.
  • 18. Nível 3 – Façanhas As partes envolvidas no conflito começam a mostrar grande falta de confiança no caminho ou alternativa escolhidos pela outra parte envolvida. Nível 4 – Imagens fixas Aqui são estabelecidas imagens preconcebidas com relação outra parte, fruto de experiências anteriores ou de preconceitos que trazemos, fazendo com que as pessoas assumam posições fixas e rígidas. Nível 5 – Loss of face (cara no chão) Refere-se a postura de “continuo neste conflito custe o que custar e lutarei até o fim“, o que acaba por gerar dificuldades para que uma das partes envolvidas se retire.
  • 19. Nível 6 – Estratégias Aqui começam a surgir ameaças e as punições ficam mais evidentes. O processo de comunicação, uma das peças fundamentais para solução de conflitos fica cada vez mais restrito. Nível 7 – Falta de humanidade No nível anterior evidenciam-se as ameaças e punições. Neste, aparecem com muita frequência os primeiros comportamentos destrutivos e as pessoas passam a se sentir cada vez mais desprovidas de sentimentos.
  • 20. Nível 8 – Ataque de nervos Nesta fase, a necessidade de se auto preservar e se proteger passa a ser a única preocupação. A principal motivação é a preparação para atacar e ser atacado. Nível 9 – Ataques generalizados Último nível, e é aqui que chega-se as vias de fato e não há outra alternativa a não ser a retirada de um dos dois lados envolvidos ou a derrota de um deles. Dependendo da importância que se dá ao conflito – ignorando-o ou reprimindo o, ele tende a crescer e a se agravar.
  • 21.  Quando é reconhecido e as ações corretivas são aplicadas imediatamente, poderá ser resolvido e transformar-se numa força positiva, capaz de mudar hábitos e nos estimular a buscar resultados mais positivos.
  • 24. 2. Tipos de Conflitos Conflito latente • Não é declarado e não há, mesmo por parte dos elementos envolvidos, uma clara consciência de sua existência. Eventualmente não precisam ser trabalhados. Conflito percebido • Os elementos envolvidos percebem racionalmente a existência do conflito, embora não haja ainda manifestações abertas do mesmo. Conflito sentido • É aquele que já atinge ambas as partes, e em que há emoção e forma consciente.
  • 25. Conflito manifesto • Trata-se do conflito que já atingiu ambas as partes, já é percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica da organização.
  • 26. 3. Gestão de conflitos e suas áreas Duas são as possíveis áreas de classificação dos conflitos: • Conflito social Surge em decorrência do grau de complexidade e implicação social. Não podemos esquecer que vivemos numa sociedade altamente evoluída do ponto de vista social e tecnológico, mas bastante precária em termos de habilidade para negociações. A fantasia de todo ser humano seja eliminar uma ideia adversa à sua, em vez de ter que questionar sua própria posição.
  • 27. • Conflitos tradicionais São aqueles que reúnem indivíduos ao redor dos mesmos interesses, fortalecendo sua solidariedade. Os conflitos aparecem por três razões principais: 1. Pela competição entre as pessoas; 2. Por recursos disponíveis mas escassos, pela divergência de alvos entre as partes, 3. e pelas tentativas de autonomia ou libertação de uma pessoa em relação a outra.
  • 28. CONFLITOS INTERPESSOAIS • Tais conflitos se dão entre duas ou mais pessoas e podem ocorrer por vários motivos: • Diferenças de idade; • Sexo; • Valores; • Crenças; • Falta de recursos materiais ou financeiros; • Diferenças de papéis.
  • 29. Podem ser divididos em dois tipos: • Hierárquicos Colocam em jogo as relações com a autoridade existente. Ocorre quando a pessoa é responsável por algum grupo, não encontrando apoio junto ao seus subordinados e vice-versa. Neste caso, as dificuldades encontradas no dia-a-dia deixam a maior parte das pessoas envolvidas desamparada quanto à decisão a ser tomada.
  • 30. • Pessoais Dizem respeito ao indivíduo, à sua maneira de ser, agir, falar e tomar decisões. As rixas pessoais fazem com que as pessoas não se entendam e, portanto, não se falem. Em geral esses conflitos surgem a partir de pequenas coisas ou situações nunca abordadas entre os interessados. O resultado é um confronto tácito que reduz em muito a eficiência das relações.
  • 31. CONSEQUÊNCIAS DOS CONFLITOS • Entre os vários aspectos do conflito, alguns podem ser considerados como negativos e aparecem com frequência dentro das organizações. Os mais visíveis podem ser identificados nas seguintes situações: • Quando desviam a atenção dos reais objetivos, colocando em perspectiva os objetivos dos grupos envolvidos no conflito e mobilizando os recursos e os esforços para a sua solução; • Quando tornam a vida uma eterna derrota para os grupos de perdedores habituais, interferindo na sua percepção e na socialização daqueles que entram na organização;
  • 32. • Quando favorecem a percepção estereotipada a respeito dos envolvidos, como ocorre frequentemente em organizações. Se por um lado existem os estereótipos genéricos referentes as categorias profissionais, dentro de cada organização, além dos tipos que fazem parte de sua cultura individual, como seus heris, mitos, tipos ideais, começam a surgir seus perdedores, ganhadores, culpados e inimigos. Esses aspectos podem ser observados em todas as organizações e são considerados negativos (salvo diante de alguns objetivos menos confessáveis).
  • 33. No entanto, existem potenciais efeitos benéficos dos conflitos, a saber: • São bons elementos de socialização, pois oferecem aos novos participantes de um grupo a sensação de envolvimento com alguma causa; • Ajudam a equilibrar as relações de poder dentro da organização, pois em qualquer episódio de conflito pode haver diferentes ganhadores; • Propiciam a formação de alianças com o objetivo de ganhar num conflito específico mas também de garantir mais poder.
  • 34. Administração de conflitos na prática Para uma eficaz administração de conflitos é preciso compatibilizar alguns passos a serem seguidos, conhecer e aplicar alguns “saberes” e também definir o estilo a ser adotado. Os 8 passos seguintes são considerados de suma importância para administrar conflitos: 1. Passo: Criar uma atmosfera afetiva; 2. Passo: Esclarecer as percepções; 3. Passo: Focalizar em necessidades individuais e compartilhadas; 4. Passo: Construir um poder positivo e compartilhado; 5. Passo: Olhar para o futuro e, em seguida, aprender com o passado;
  • 35. 6. Passo: Gerar opções de ganhos mútuos; 7. Passo: Desenvolver passos para a ação a ser efetivada; 8. Passo: Estabelecer acordos de benefícios mútuos.
  • 36. ESTILOS E CARACTERÍSTICAS • Alguns estilos que podem ser aplicados na administração de conflitos e suas principais características: • Competição • Busca satisfação dos interesses, independentemente do impacto que isto possa causar na outra parte envolvida; • Tenta convencer a outra parte de que sua conclusão está correta e a dela está equivocada; • Leva a outra parte a aceitar a culpa por um problema qualquer.
  • 37. Colaboração • Contempla os interesses das partes envolvidas no conflito; • Busca um resultado benéfico para todas as partes envolvidas. Evitação • Trata-se de estilo considerado não-assertivo e não- cooperativo; Evita todo e qualquer envolvimento com o conflito, chegando a negar sua existência e o contato com as pessoas que podem causá-lo.
  • 38. Acomodação • Trata-se de estilo considerado não-assertivo e cooperativo; • A parte que utiliza este estilo tende a apaziguar a situação, chegando a colocar as necessidades e interesses da outra parte acima dos seus. Compromisso • Este estilo encontra-se no padrão médio de assertividade e cooperação, em que uma das partes envolvidas no conflito desiste de alguns pontos ou itens, levando a distribuir os resultados entre ambas as partes.
  • 39. 4. Situações de Conflito: como enfrentá-las Os conflitos surgem normalmente antes e durante as negociações; em alguns casos eles podem ser previsíveis, em outros não. Sparks (1992:98) apresenta um modelo mental de conflito que ele considera útil. Seu desenho origina-se da pesquisa psicológica relativa à administração das interações de grupo. Com esse modelo, segundo o autor, o negociador pode tomar duas decisões-chaves em relação a qualquer conflito dado. • Quanto a solubilidade; • Quanto a intensidade. Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
  • 40. A primeira decisão é classificar o conflito com base em sua solubilidade: 1. Conflito terminal – parece impossível de ser solucionado através de um acordo. Por suas características, um conflito “ganha-perde”. 2. Conflito paradoxal – parece obscuro; sua solubilidade é questionável. 3. Conflito litigioso – parece ser solúvel; por suas características , um conflito “ganha-ganha”. Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
  • 41. . A segunda decisão é classificar o conflito com base em sua intensidade: 1. Conflitos muito intensos – existem quando os interesses envolvidos têm muita importância para o negociador e seu oponente. 2. Conflitos menos intensos – os interesses envolvidos são de menor importância. Pode-se ter uma variante desses dois níveis, quando uma das partes se importa muito com a questão que está sendo negociada, porém a outra não. Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
  • 42. 5. Conflitos interdepartamentais e Interorganizacionais Conflitos Organizacionais: esses conflitos são gerados a partir das alterações nas dinâmicas organizacionais (entre empresas, entre empresa e governo, etc), se externo a empresa, pode ser subdividido entre intraorganizacional e interorganizacional.
  • 43. CONFLITOS INTERDEPARTAMETAIS • As organizações são fontes inevitáveis de conflitos. Segundo Jandt (1985:29) “organizar é introduzir fontes de conflito”. Nota-se, aqui, a preocupação com o todo, bem como com as partes que o compõem e com seu relacionamento; trata-se, portanto, da visão sistêmica. As partes tanto podem ser independentes como coordenadas, mas a tendência é que cada uma delas se veja como mais importante do que as demais. • Cada unidade, departamento ou divisão de uma organização vai desenvolver objetivos, metas, valores e procedimentos apropriados a sua missão.
  • 44.  Evidentemente, quanto maior a organização, maior a tendência de existirem conflitos. Quanto mais se expande, maior será a tendência de surgirem divisões e subdivisões dentro da empresa e, com isso, cresce a possibilidade de surgirem conflitos. Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida
  • 45. CONFLITOS INTERORGANIZACIONAIS • Com as organizações expandindo suas fronteiras em áreas mais amplas, encontrar conflitos interorganizacionais tornou-se comum. • Considerando o conflito intraorganizacional como um atrito dentro de uma organização, o conflito interorganizacional ocorre quando duas ou mais organizações entram em atritos.
  • 46. TIPOS CONFLITOS INTERORGANIZACIONAIS • Os três tipos de conflitos interorganizacionais são: a contradição significativa, o conflito emocional e os conflitos culturais. Cada um é tratado de uma forma diferente: • Significativo: O contradição significativa ocorre quando um desentendimento surge entre duas organizações a um nível fundamental. Por exemplo, o grupo de Tratamento Ético dos Animais teria um contradição significativa com uma organização que trabalha com experiências de laboratório com animais.
  • 47. • Emocional: Os conflitos emocionais ocorrem quando os indivíduos de organizações encontram-se reagindo em um nível emocional de medo, inveja, ciúme ou teimosia. • Cultural: Os conflito interorganizacionais também podem ocorrer com base em desejos e necessidades culturais. Esses conflitos são muitas vezes o resultado de má interpretação.
  • 48. 6. Grupos de interesse – natureza dos conflitos Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida Segundo Label (1984), não se pode definir um desacordo apenas por uma única dimensão. Assim propõe três tipos de classificação: a. Quanto ao comportamento; b. Quanto aos contrários; c. Quanto ao momento da ação.
  • 49. Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida Classificação quanto ao comportamentos: a. Falhas conflitantes – são falhas que não existem a não ser na aparência, já que não existe um verdadeiro desacordo latente. b. Conflitos de opinião – eles provêm de divergências de opinião ou de julgamento sobre o objeto do desacordo. c. Conflitos de interesse – são conflitantes que se estabelecem entre duas pessoas perfeitamente em acordo de opinião, mas em desacordo sobre a distribuição.
  • 50. Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida Classificação quanto aos contrários: a. Conflitos individuais – residem no nível interpessoal e dos conflitos coletivos. b. Conflitos de igual para igual – são conflitos entre vizinhos, irmãos ou colegas. c. Conflitos hierárquicos – são conflitos que envolvem chefes e subordinados, pai e filho, fornecedor e cliente. d. Conflitos raciais – envolvem diferenciação entre raça por parte dos envolvidos no processo. e. Conflitos entre as instituições e organizações da sociedade – envolve disputas entre diferentes organizações das sociedades nas quais estão inseridas, normalmente por questões de poder ou disputa de mercado.
  • 51. Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida f. Conflitos neutros ideologicamente – são os conflitos em que os adversários não se separem, tendo apenas uma contestação de ordem técnica. g. Conflitos espontâneos e conflitos voluntários – são resultado de manobra deliberadas. h. Conflito de posse – trata-se daqueles conflitos essencialmente preocupados com a partilha de recursos.
  • 52. Fonte: Negociação e Solução de conflitos – Dante P. Martinelli, Ana Paula de Almeida Classificação quanto ao momento da ação: a. Sobre os fatos – qualquer pessoa percebe os mesmos fatos de maneiras diferentes, pois a observação passa por observadores diferentes. b. Sobre as causas – pode-se estar de acordo sobre um fenômeno, mas cada um não lhe dá as mesmas explicações, visto que a interpretação está condicionada pelos sistemas de referência de cada um. c. Sobre os obstáculos – são conflitos muito difíceis de identificar, sobretudo se eles contêm partes ocultas de nossas intenções. d. Sobre os objetivos – a curto prazo, nunca se busca atender aos mesmos objetivos. e. Sobre os meios – pode-se estar de acordo sobre o obstáculo, mas a estratégia ou a tática diferem. f. Sobre os valores – estabelecem-se diferentes critérios de avaliação.

Notas do Editor

  1. Aula do dia 17/03/2020
  2. ADM8AM
  3. ADM8AM