1. UFCD 1531 - Gestão de conflitos
Gestão de Conflitos
Isabel Margarida Marques Pereira Lopes Moreira
Especializaçãoem
MarketingDigital
26-01-2017
2. OBJETIVOS GERAIS
Dotar os(as) formandos(as) de conhecimentos e
técnicas que lhes permitam:
Reconhecer a importância da gestão de
conflitos internos e externos a qualquer
organização.
Estimular a revisão de paradigamas e
comportamentos no sentido de melhorar o
desempenho pessoal e profissional.
3. CONTEÚDOS
1. O Conflito
1.1. Conceito
1.2. Partes Envolvidas num Conflito
1.3. Os Diferentes Tipos de Conflitos
1.4. Principais Origens
1.5. Efeitos Positivos e Negativos dos Conflitos
4. CONTEÚDOS
2. Modos de Lidar com os Conflitos
2.1. Comportamentos
(individuais e organizacionais)
2.2. Estratégias Básicas: Resolução de Conflitos
2.3. Estilos de Gestão de Conflitos
2.4. O Papel dos Gestores na Resolução de
Conflitos
9. CONFLITOS I CONCEITO
O que é um Conflito?
O conceito de conflito tem sido alvo de
múltiplas definições, não existindo porém uma
definição simples do mesmo.
“Conflito” vem do latim conflictu que significa
tensão, colisão, luta, choque entre duas coisas,
embate de pessoas ou grupos opostos, que
lutam entre si.
10. CONFLITOS I CONCEITO
Pruitt e Rubin, 1986
“Divergência de interesses ou da crença em
que as aspirações das partes não podem ser
atingidas simultaneamente.”
11. CONFLITOS I CONCEITO
Hampton, 1990
“É o processo que começa quando uma parte
percebe que a outra parte frustrou ou vai
frustrar os seus interesses.”
12. CONFLITOS I CONCEITO
Wisinski, 1994
“É um fenómeno normal e natural. É visto
como uma dinâmica interpessoal e, quando
tratado de maneira correta, pode ser gerido,
muitas vezes resolvido e, provavelmente, terá
resultados bastante criativos.”
13. CONFLITOS I CONCEITO
Almeida, 1995
“É uma situação que se caracteriza por
escassez de recursos e por um sentimento de
hostilidade. Por outras palavras, diria que é uma
situação em que dois ou mais objetivos,
pertencentes a uma ou mais pessoas, são
mutuamente exclusivos, gerando atitudes de
hostilidade.”
14. CONFLITOS I CONCEITO
Bilhim, 1996
“Processo no qual um esforço é
propositadamente feito por A para destruir o
esforço de B, com recurso a qualquer forma de
bloqueio que resulta na frustração de B, no que
concerne à prossecução das suas metas e ao
desenvolvimento dos seus interesses.”
15. CONFLITOS I CONCEITO
Chiavenato, 1999
“Significa a existência de ideias, sentimentos,
atitudes ou interesses antagónicos e colidentes
que podem se chocar.”
16. CONFLITOS I CONCEITO
Robbins, 2005
“Processo que tem início quando uma das
partes percebe que a outra afeta, ou pode
afetar, negativamente alguma coisa que a
primeira considera importante.”
17. CONFLITOS I CONCEITO
Dimas, 2005
“O conflito não é apenas um desacordo ou
divergência, pois implica um elevado
envolvimento na situação, a emergência de uma
certa intensidade de emoções e a perceção da
existência de oposição e de tensão entre as
partes.”
18. CONFLITOS I CONCEITO
McIntyre, 2007
“O conflito é o processo que começa quando
uma das partes percebe que a outra a afetou de
forma negativa, ou que a irá afetar de igual
forma. Deste modo, o conflito tem que ser
percebido, caso contrário não existe. Tem que
existir uma interação e tem que haver uma
incompatibilidade entre as partes.”
19. CONFLITOS I CONCEITO
Dicionário da Língua Portuguesa
“Choque, embate, luta, combate, desavença,
discórdia, disputa, atrito, antagonismo,
desarmonia, controvérsia, hostilidade, desunião,
guerra.”
20. CONFLITOS I CONCEITO
Nestas (e em outras) definições pode-se
constatar que abrangem tanto as confrontações
físicas, como fatores psicológicos, salientando-
se que se trata sempre de ações antagónicas.
Conflito é um fenómeno quotidiano, é um
processo natural de oposição e confronto entre
pessoas, grupos ou partes. É um estado
antagônico de perceções, ideias, objetivos e
interesses (percebidos como incompatíveis).
21. CONFLITOS I CONCEITO
Todas as situações de conflito perturbam a
ação ou a tomada de decisão por parte da
pessoa ou de grupos.
Muitos autores focalizam mais a definição de
conflito nos fatores psicológicos que são
percebidos pelos intervenientes do conflito, mas
que não conseguem ser alcançados
simultaneamente por ambos (como divergência
de ideias, interesses, desejos, etc).
22. CONFLITOS I CONCEITO
O conflito é uma forma de relacionamento ou
interação, em que os indivíduos ou grupos se
percecionam em algum tipo de situação
ameaçadora para os seus objetivos pessoais ou
coletivos.
As ameaças percecionadas podem ser reais ou
imaginadas/falsas.
23. CONFLITOS I CONCEITO
Muitas vezes o conflito é um fenómeno
subjetivo, inconsciente ou de difícil perceção.
As pessoas ou grupos agem de acordo com as
suas próprias perceções porque para estes, as
suas perceções são absolutamente verdadeiras.
24. CONFLITOS I CONCEITO
Conflito é o processo que inicia quando uma
das partes envolvidas julga estar a ser
negativamente influenciada por outra (visão
negativa do conflito).
Uma mera divergência de opiniões sobre
determinada matéria pode culminar num
conflito, cuja causa e objetivo é a luta pela
razão.
25. CONFLITOS I CONCEITO
Tradicionalmente, o conflito era visto como
resultado de comportamentos de indivíduos
indesejáveis, sempre associado à agressividade,
confronto físico, batalha verbal, violência,
guerra, sentimentos e comportamentos
negativos e prejudiciais aos grupos e
organizações.
26. CONFLITOS I CONCEITO
Mas… as ideias inovadoras são quase sempre
resultado de pontos de vista conflituosos que
são partilhados e discutidos abertamente…
assim, e de acordo com a visão atual do
conflito, reconhece-se a utilidade da existência
de um certo grau de conflito para manter a
vitalidade das organizações, dos grupos e das
relações interpessoais.
27. CONFLITOS I CONCEITO
Ao longo dos anos surgiram três Visões
distintas do Conflito nas organizações:
Visão Tradicional;
Visão Comportamental;
Visão Interacionaista.
28. CONFLITOS I CONCEITO
Visão Tradicional:
Todo o conflito é perigoso e prejudicial (mau).
Todo o conflito é destrutivo.
O conflito é sinónimo de violência e
irracionalidade.
É sinal de incompetência e desorganização.
29. CONFLITOS I CONCEITO
Visão Tradicional:
O conflito encontra-se associado a
sentimentos e comportamentos indesejáveis.
A ausência de conflitos é encarada como
expressão de bom ambiente, boas relações e no
caso das organizações, como sinal de
competência.
30. CONFLITOS I CONCEITO
Visão Tradicional:
O conflito é considerado contraproducente.
É por definição prejudicial para a organização
(com impacto negativo) e deve ser sempre
evitado!
31. CONFLITOS I CONCEITO
Visão Comportamental:
Todo o Conflito é natural e inevitável nos
grupos e nas organizações.
Pode ter um impacto positivo ou negativo,
dependendo do modo como o conflito é gerido.
Não podendo ser evitado ou eliminado, deve
ser aceite!
32. CONFLITOS I CONCEITO
Visão Interacionista (atual):
Motor de progresso e desenvolvimento.
Sinal de consciência crítica e conhecimentos
diversificados.
Sinal de tomada de consciência dos
problemas.
Intensificador da comunicação nas relações.
33. CONFLITOS I CONCEITO
Visão Interacionista (atual):
Causa mudanças.
Assume que o conflito é necessário para o
aumento do desempenho nas organizações.
Encoraja os líderes/gestores a manterem um
adequado nível (mínimo constante) de conflitos.
35. CONFLITOS I PARTES ENVOLVIDAS
Partes Envolvidas num Conflito:
Quem inicia o conflito.
Oponente a quem inicia o conflito, constituindo
a parte afetada.
É quem estabelece a existência de um conflito,
ao assumir as suas implicações, considerando as
ações de quem o iniciou.
36. CONFLITOS I PARTES ENVOLVIDAS
Partes Envolvidas num Conflito:
Aqueles que fazem parte do conflito e muitas
vezes constituem a equipa técnica, ou seja, é
composta por aqueles que procuram e geram as
informações para constituir a resolução dos
conflitos.
37. CONFLITOS I PARTES ENVOLVIDAS
Partes Envolvidas num Conflito:
Os que estão fora do processo de formação do
conflito, entre quem gerou e o oponente, mas
que de alguma forma estão envolvidos em
algum momento no processo de resolução de
conflitos.
Geralmente consistem em gestores, técnicos,
árbitros e mediadores.
38. CONFLITOS I PARTES ENVOLVIDAS
Partes Envolvidas num Conflito:
Aqueles que não fazem parte do conflito, mas
que são indiretamente afetados pelos resultados
da negociação e resolução do conflito.
40. CONFLITOS I TIPOS
A maioria dos autores, apesar de
apresentarem diferentes tipologias de conflito
ou de utilizarem diferentes nomenclaturas,
expõem que os conflitos se distinguem pela
relação entre os objetivos de interesses das
partes e o nível de interesses pessoais,
percebidos por cada uma das partes envolvidas
no conflito.
41. CONFLITOS I TIPOS
O Conflito pode ser:
Latente: não é declarado e as partes
envolvidas não têm clara consciência da sua
existência (está implícito, mas não ocorre).
Eventualmente não precisa ser trabalhado.
42. CONFLITOS I TIPOS
Percebido: os elementos envolvidos
percebem, racionalmente, a sua existência,
embora não haja ainda manifestações abertas
do mesmo.
Sentido: o conflito já atinge as partes
envolvidas, havendo emoção e forma consciente
de atuação.
43. CONFLITOS I TIPOS
Manifesto: o conflito já atingiu todas as
partes, é manifestado sem nenhuma
dissimulação e pode interferir na dinâmica do
grupo ou organização.
44. CONFLITOS I TIPOS
Tipos de Conflitos (Deutsch, 1973):
Destrutivos: quando o conflito tem
consequências destrutivas. Quando, pelo menos
um dos intervenientes, fica desgostoso com os
resultados e sente que perdeu a favor da outra
parte.
Processo competitivo, perspetiva de ganho-
perda.
45. CONFLITOS I TIPOS
Tipos de Conflitos (Deutsch, 1973):
Construtivos: quando o conflito tem
consequências produtivas. Quando ambos os
intervenientes ficam satisfeitos com os
resultados e sentem que ambos ganharam com
o conflito.
Processo cooperativo, perspetiva de ganho-
ganho.
46. CONFLITOS I TIPOS
Tipos de Conflitos (Chiavenato, 2002):
Construtivos: desperta os sentimentos,
estimula energias, fortalece sentimentos de
identidades com os objetivos e interesses,
chama atenção para os problemas e testa a
forma como são ajustadas as diferenças entre
as partes envolvidas.”
47. CONFLITOS I TIPOS
Níveis do Conflito:
A situação de conflito pode assumir o
caráter de:
Conflito Intrapessoal (interno).
Conflito Interpessoal (entre pessoas).
Conflito Organizacional (entre grupos).
48. CONFLITOS I TIPOS
Intrapessoal: situação que ocorre no âmbito
individual, na qual existem pelo menos duas
necessidades simultâneas em que a satisfação
da primeira implica a insatisfação da segunda
necessidade, impelindo a ação da pessoa para
direções diferentes (já que não podem ser
realizadas simultaneamnete), acarretando
desconforto, angústia, confusão, frustração,
entre outros.
49. CONFLITOS I TIPOS
Interpessoal: é a situação na qual duas ou
mais pessoas divergem na perceção ou na
proposta de ação sobre algum ponto em
comum.
O conflito interpessoal é resultado de
ausência de concordância no sistema de
interação entre as pessoas (valores, crenças,
objetivos, experiências e atitudes diferentes).
50. CONFLITOS I TIPOS
Interpessoal:
Começam a surgir pontos de vista, interesses
e opiniões diferentes em relação aos mesmos
problemas que, naquela etapa de
relacionamento, representa um perigo para a
interação saudável.
51. CONFLITOS I TIPOS
Interpessoal:
Muitas vezes as pessoas recorrem a troca de
insultos, tentam responsabilizar o outro, tentam
humilhar, entre muitas outras situações.
Este tipo de comportamento desencadeia um
plano emocional negativo e pode mesmo levar
as partes a ações extremas.
52. CONFLITOS I TIPOS
Interpessoal:
Nestas circunstâncias, torna-se difícil às
pessoas lidar com as suas próprias emoções e,
mesmo após o conflito, muitas pessoas
continuam a sentir emoções negativas durante
um prolongado período de tempo.
53. CONFLITOS I TIPOS
Organizacionais: aquele que acontece entre
dois ou mais grupos de pessoas/ departamentos
da própria organização (intragrupal) ou entre
organizações (intergrupal).
54. CONFLITOS I TIPOS
O conflito emerge quando as decisões a tomar
comportam um grau de incerteza quanto às
consequências que podem gerar ou quando as
divergências existentes no interior do grupo são
concretas.
55. CONFLITOS I TIPOS
Existe ainda quem defenda o conceito de
conflito entre nações, denominado de
internações (relações internacionais).
57. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
O conflito é tão antigo quanto a sociedade
humana (existe desde o início da humanidade).
Fazem parte do processo de evolução dos
seres humanos e são necessários para o
desenvolvimento e o crescimento de qualquer
sistema familiar, social, organizacional e
político.
58. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Reichers, 1986
“Existe incompatibilidade entre objetivos,
valores e necessidades de duas pessoas ou de
uma pessoa e uma outra entidade.”
59. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Crawford & Bodine, 1996
“Geralmente quando se dá um conflito, uma
das preocupações inerente ao indivíduo é a
tentativa de satisfação das necessidades
básicas humanas, prolongando o conflito até à
existência de acordo ou satisfação da
necessidade.”
60. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Berg, 1999
“Para haver conflito, bastam apenas duas
pessoas.”
61. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Chiavenato, 2002
“O surgimento do conflito ocorre quando,
ideias, sentimentos ou interesses opostos se
chocam, ou quando uma parte percebe que a
outra pretende interferir no alcance dos seus
objetivos.”
62. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Deutsch, 2003
“Pode verificar-se conflito sem que haja
necessariamente incompatibilidade de
interesses. Por exemplo, quando dois membros
de uma equipa criativa de uma organização
entram em conflito por divergirem quanto ao
método a praticar no desenvolvimento de um
novo produto, embora os seus objetivos sejam
comuns.”
63. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
A compreensão da origem do conflito é um
requisito muito importante para a resolução do
mesmo.
O conflito surge quando há a necessidade de
escolher entre situações difíceis de conciliar.
Trata-se portanto de um choque de motivos ou
de informações díspares, de uma competição
entre pessoas, forças ou ideias.
64. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
A sociedade é constituída por organizações
sociais, grupos e indivíduos que possuem
perceções e perspetivas próprias da realidade
que os circunda, as quais podem colidir.
O modo como se tenta soluciona-lo poderá
ser uma experiência competitiva/destrutiva ou
uma oportunidade que possibilite o crescimento
dos envolvidos no conflito.
65. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Principais Fonte dos Conflitos:
Conflitos de Interesses/Necessidades:
quando existem diferenças entre as partes
devidas a um problema de conteúdo. Uma das
partes acha necessário que a outra sacrifique a
sua necessidade, para que possa satisfazer a
sua. Pretende-se procurar a forma de satisfazer
os interesses e as necessidades através de uma
solução alternativa de ganho-ganho.
66. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Principais Fonte dos Conflitos:
Conflitos de Relação/Comunicação:
ocorrem quando a comunicação não existe ou é
escassa ou falsa; devido a falsas perceções ou
estereótipos; a fortes emoções negativas ou a
repetidas condutas negativas, dando origem a
conflitos desnecessários.
67. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Principais Fonte dos Conflitos:
Conflitos por Recursos: conflitos baseados
no possuir, emprestar e ceder.
Conflitos por Atividades: conflitos gerados
a partir de desacordo na realização de tarefas
ou trabalhos.
68. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Principais Fonte dos Conflitos:
Conflitos de Informação: acontecem
quando os indivíduos não têm acesso a toda a
informação necessária para poderem tomar
uma decisão acertada em relação a um
determinado assunto, podendo realizar
interpretações desadequadas ou erradas.
69. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Principais Fonte dos Conflitos:
Conflitos Estruturais: ocorrem pela
distribuição desigual ou injusta do poder ou dos
recursos (limitações de tempo, escassez de
recursos físicos, fatores geográficos como
distância ou proximidade ou ambientes
desfavoráveis).
70. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Principais Fonte dos Conflitos:
Conflitos de Valores: conflitos baseados nas
diferenças de princípios, ideologias ou nos
difrentes padrões de avaliação das ideias e
comportamentos, surgindo apenas quando se
verifica a tentativa de imposição da diferença
face ao outro.
71. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Principais Fonte dos Conflitos:
Conflitos Falsos: acontecem quando não há
qualquer objetivo fundamentado para que tal
aconteça, ou seja, quando apenas existem
perceções dos indivíduos e não factos reais para
que ocorra o conflito. Têm origem em falsas
perceções, mas poderão originar um verdadeiro
conflito (ex.º causas emocionais).
72. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Principais Fonte dos Conflitos:
Conflitos Deslocados: sucedem quando as
partes discutem acerca de assuntos errados,
dado que o conflito manifesto e o assunto
discutido não é realmente o conflito que está
subjacente.
73. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Exemplos:
Interdependência de tarefas/funções no
trabalho.
Sequência das operações numa organização.
Estrutura organizacional.
Recursos partilhados, escassos ou não
(tempo, dinheiro, propriedade).
74. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Objetivos e metas divergentes ou
incompatíveis.
Ansiedade, stress e frustrações de uma ou de
ambas as partes.
Diferenças ideológicas ou diferentes padrões
de avaliação das ideias ou comportamentos.
75. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Ausência de informação, informação
insuficiente ou errónea, interpretação e
avaliação distinta de dada informação.
Emoções e comportamentos negativos
persistentes.
Má educação, mal entendidos.
Falta de compromisso/ responsabilidade
profissional.
76. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Falhas de comunicação ou comunicação
deficiente (lateral ou vertical).
Diferenciação de papéis nas organizações.
Diferenças de personalidade.
Frição interpessoal (falta de empatia).
Hostilidade e inveja.
77. CONFLITOS I PRINCIPAIS ORIGENS
Crenças, história pessoal, atitude e filosofia
perante a vida, maturidade, ambiente social.
Prioridades, luta pelo poder, desejo de êxito,
necessidade de status.
Existência de grupos.
Medo de mudanças.
…
79. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
Para além do processo de identificação da
origem do conflito, é também muito importante
saber lidar com as suas implicações/
consequências (positivas ou negativas).
Deve tentar-se minimizar ou evitar as
consequências negativas do conflito e potenciar
os seus aspetos positivos.
80. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
Principais Aspetos Positivos dos Conflitos:
Servem de termômetro indicando que algo
não está bem e necessita ser tratado.
Estimulam a inovação, a criatividade, a
mudança e a adaptação.
Evitam processos de estagnação.
81. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
Fonte de novas soluções, ideias (e de melhor
qualidade).
Evitam processos de estagnação.
Bons elementos de socialização (possibilita
aos participantes a sensação de envolvimento
com dada causa).
Meio para libertar tensões.
82. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
Chamam a atenção para os problemas
existentes, funcionando como mecanismo de
correção, no sentido de evitar problemas mais
sérios.
Tornam o clima organizacional mais
entusiasmante, mais dinâmico e pode mesmo
desvendar problemas escondidos.
83. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
Indivíduos e grupos ao ser forçados a
encontrar novas abordagens/alternativas para
os problemas, quebram rotinas e desafiam a
acomodação de ideias e posições.
Geram motivação e despertam sentimentos e
energia nos membros do grupo, contribuindo
para uma melhor execução das tarefas.
84. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
Indivíduos e grupos podem ser requeridos a
articular e esclarecer as suas posições e pontos
de vista.
O desempenho individual e de grupo podem
ser melhorados.
O processo de decisão organizacional pode ser
melhorado (as pessoas aprendem com o
confronto de ideias).
85. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
Estimulam sentimentos de identidade no
grupo e fortalecem relações (aumenta o nível
de lealdade e sentimentos de inclusão e coesão
no grupo).
Equilibram as relações de poder no seio da
organização e podem construir novas relações.
Reduzem a preguiça social.
86. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
Ajuda a estabelecer a nossa identidade
(particularmente nas fases iniciais da vida).
Crescimento individual e organizacional.
Cria ou modifica regras, normas, leis.
…
87. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
Principais Aspetos Negativos dos Conflitos:
Podem causar frustrações, hostilidades,
ansiedades, stress e insatisfação/desmotivação
no trabalho.
Podem reduzir a comunicação entre indivíduos
ou grupos.
Pode ser desenvolvido um clima de
suspeições, de desconfiança e de incerteza.
88. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
Podem reduzir o desempenho profissional e a
produtividade.
Podem reforçar a resistência à mudança.
Se destrutivo, pode romper relacionamentos.
As pessoas vêm os seus esforços bloqueados
e podem desenvolver sentimentos de
frustração, hostilidade e tensão.
89. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
A responsabilidade, o comprometimento e a
lealdade organizacional podem ser afetados.
Cria ambientes de trabalho desagradáveis.
Pode provocar desgaste nas relações
profissionais.
Criam situações que resultam em desperdício
de tempo e esforços.
90. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
A cooperação pode passar a ser substituída
por comportamentos que reduzem a coesão do
grupo e poderão prejudicar o normal
funcionamento da organização.
A energia criada pelo conflito é dirigida ao
próprio conflito e gasta nele mesmo (perda de
foco nos propósitos pessoais ou
organizacionais).
91. CONFLITOS I VANTAGENS E DESVANTAGENS
A energia/atenção é desviada dos objetivos
reais da organização.
Pode suscitar comportamentos irresponsáveis.
Se não resolvidos e prolongados no tempo
podem provocar danos físicos e mentais.
…
93. CONFLITOS I DINÂMICA DE GRUPO 2
Objetivos: observar os comportamentos e
atitudes perante um conflito, no sentido de
melhorar a capacidade de intervenção e
resposta eficaz ao mesmo.
Intervenientes: ilimitado (2 voluntários e
restante audiência).
Duração: 35 mn.
94. CONFLITOS I DINÂMICA DE GRUPO 2
Desenvolvimento: o conflito desenrola-se na
cozinha de uma casa particular, onde uma
empregada doméstica reivindica os seus direitos
à respetiva patroa.
96. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Dadas as especificidades de cada indivíduo, o
conflito é algo inevitável na vida das pessoas
(ambiente familiar, social e profissional).
O conflito ocorre em relações próximas e/ou
interdependentes em que existe um estado de
insatisfação entre as partes.
É difícil imaginar uma pessoa ou uma
organização sem a presença de conflitos.
97. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Fases do Conflito
Inicial (perceção da sua existência).
Decisiva (tratamento do conflito).
De Manutenção (controlo das ações adotadas,
verificação de resultados e eventuais
correções).
Cessação.
98. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Modos de Encarar o Conflito
Visão Negativa: o conflito é encarado como
sendo algo negativo, como sendo o resultado de
uma ação ou de um comportamento de pessoas
indesejáveis, prejudiciais ao bom
relacionamento entre as pessoas e ao bom
funcionamento da organização - devendo ser
evitado a todo o custo.
99. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Os conflitos não são necessáriamente
negativos, a maneira como lidamos com eles é
que pode gerar algumas reações negativas.
É importante compreender também o papel
das perceções no conflito. Embora estas não
causem o conflito em si, podem agrava-lo e
dificultar a sua resolução.
100. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
As perceções afetam a qualidade da
comunicação e a confiança mútua.
Um grupo normalmente compreende a
mensagem dos seus adversários segundo as
suas próprias perceções e não como os
emissores esperavam que fosse compreendida.
Comportamento gera comportamento!
101. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Visão Positiva: verificar que o conflito pode
resultar em algo benéfico. Pode ser fonte de
ideias novas, podendo levar a discussões
abertas sobre determinados assuntos,
permitindo a expressão e exploração de
diferentes pontos de vista.
102. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Principais Perceções Negativas dos
Conflitos
Destruição
Guerra
Raiva
Desentendimento
Hostilidade
Individualismo
105. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Oportunidade de crescimento
Íntimo
Corajoso
Revelador
Oportuno
Enriquecedor
106. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Conflito Construtivo
Pessoas mudam, tentam novas estratégias,
procuram comunicar de forma diferente,
alteram os objetivos.
Interação com objetivo de aprender em vez
de proteger.
Foco na relação.
107. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Contribui para aumentar o nível individual de
interesse e envolvimento numa questão.
As pessoas podem descobrir habilidades que
possuem, mas que não estavam evidenciadas.
Leva as pessoas ou os grupos a se tornarem
cooperativos entre si.
108. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Conflito Destrutivo
Sensação de insatisfação e desmotivação.
Sensação de perda no final.
Fuga do confronto direto, evitar as pessoas,
reclamar para terceiros, acumular de mágoas.
Manipulação do poder, ameaças, deceções,
vinganças.
109. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Conflito Destrutivo
Inflexibilidade e rigidez.
Sistema de dominação e subordinação (de
não cooperação).
Humilhação verbal.
O conflito torna-se mais significativo do que o
trabalho a realizar.
110. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Chiavenato, 1987
“Conflito e cooperação são elementos
integrados da vida de uma organização (…).
Hoje, considera-se cooperação e conflito como
dois aspetos de atividade social ou, melhor
ainda, dois lados de uma mesma moeda, sendo
que ambos são inseparavelmente ligados na
prática.”
112. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Principais Características Individuais:
Crenças
História pessoal
Filosofia de vida
Idade/ Maturidade
Hábitos
Educação
Ambiente social
113. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Tipos Básicos de “Pessoas Difíceis”:
O hostil, agressivo e ofensivo
O queixoso, rabugente e desagradável
O indiferente e calado
O superagradável e bajulador
O negativista
O sabichão
O indeciso, inseguro e hesitante
114. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
O Hostil, Agressivo e Ofensivo:
Dar tempo para que se acalme sózinho.
Não se preocupar em ser muito polido, agir
como de acordo com as nossas possibilidades.
Conseguir captar a sua atenção, chamando-o
pelo nome e optar pelo posicionamento frente a
frente.
115. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Fazer com que a pessoa se sente.
Manter o contacto visual.
Apresentar as nossas opiniões com clareza e
de modo firme.
Estar disponível para sermos amigáveis.
Mostrar que o levamos a sério.
116. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
O Queixoso, Rabugento e Desagradável:
Escutar atentamente as suas queixas.
Reconhecer a importância no que ele diz.
Não concordar nem se desculpar perante as
suas elegações, ainda que verdadeiras.
Evitar discussões do tipo ping-pong.
117. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Tentar passar para o modo “solução de
problemas”, colocando perguntas específicas e
requerendo informações.
Se tudo falhar perguntar “Como quer que esta
discussão termine?”.
118. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
O Indiferente e Calado:
Em vez de tentar interpretar o seu silêncio,
tentar fazer com que se abra consigo.
Fazer perguntas abertas, curtas e diretas.
Aguardar calmamente uma resposta.
Não preencher as pausas e o silêncio com a
nossa conversa.
119. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Utilizar perguntas de aconselhamento para
ajuda-lo a mexer-se.
Conseguir uma resposta ou deixar claro o
tempo que tem afeto à conversa.
Quando a pessoa se abrir, prestar atenção e
controlar a sua ansiedade.
Caso continue calado, informar o que
desejamos.
120. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
O Superagradável e Bajulador:
Fazer esforço no sentido de vir à tona os
factos e problemas subjacentes, que o impedem
de agir.
Fazer saber que o valorizamos como pessoa.
Pedir para falar de algum aspeto do seu
trabalho ou sobre si mesmo, que naõ esteja tão
bem como deveria.
121. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
No caso de ameaça de conflito, estar
disponível para nos comprometermos e
negociar.
Observar o humor da pessoa, podem existir
mensagens ocultas nas indiretas ou nos
comentários irónicos.
122. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
O Negativista:
Fazer comentários otimistas (mas realistas)
sobre acontecimentos passados envolvendo
solução de problemas semelhantes.
Não discutir sobre o seu pessimismo.
Não solicitar ações se a pessoa não se sentir
pronta para isso.
123. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
O Sabichão:
Estar muito bem preparado para o diálogo.
Analisar com cuidado toda a informação
pertinente.
Ouvir com atenção e evitar o excesso de
explicações.
124. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Apresentar fatos concretos, corretos ou
opiniões alternativas da maneira mais descritiva
possível.
Oferecer meio de escape de modo à pessoa se
safar sem danos.
Se possível, tratar com a pessoa quando
estiverem sózinhos.
125. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
O Indeciso, Inseguro e Hesitante:
Falar sobre os conflitos e reservas que
impedem a pessoa de tomar uma decisão.
Ouvir as indiretas, hesitações e omissões que
possam fornecer pistas de situações
problemáticas.
Verificar se as reservas da pessoa não são
apenas conosco.
126. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Depois de fazer o problema vir à tona, ajudar
a pessoa a resolver o problema, através de uma
decisão/ação.
Se aplicável, enfatizar os aspetos qualitativos
e técnicos da própria questão.
Ser calmo e paciente.
Oferecer apoio após a resolução do conflito.
127. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
As Organizações
“Constituem-se em verdadeiras arenas para
conflitos individuais e grupais, nos quais os
participantes lutam pelos seus interesses.”
128. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Principais Características Organizacionais
Estrutura organizacional
Cultura organizacional
Valores organizacionais
Cargos
Estratégia da organização
129. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Principais Características Organizacionais
Sistema de incentivos e de recompensas
Sistemas de controlo e coordenação
Estilo de gestão e de liderança
Políticas de RH
…
130. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Tecnicamente falando, gerir conflitos é
chegar a um acordo final que seja satisfatório
para as partes envolvidas (onde os dois lados
são ouvidos e respeitados).
Existem diversas formas de lidar com o
conflito. A forma como lidamos com o conflito
determina, quase invariavelmente, o seu
resultado.
131. CONFLITOS I COMPORTAMENTOS
Para que isso aconteça são selecionadas e
implementadas estratégias e táticas específicas
e adequadas a cada situação em concreto.
133. CONFLITOS I ESTRATÉGIAS
A escolha de uma determinada Estratégia de
Gestão de um Conflito depede essencialmente
de dois fatores:
A intensidade do conflito.
A importância relativa que a pessoa coloca no
binómio “manter boas relações vs. atingir
objetivos”.
134. CONFLITOS I ESTRATÉGIAS
Estratégias Básicas na Resolução do
Conflito
Passividade: o indivíduo procura evitar o
conflito, mesmo que sofra com isso.
- Geralmente apresenta voz hesitante, atitude
defensiva, contacto visual mínimo e costuma ser
uma pessoa quieta.
135. CONFLITOS I ESTRATÉGIAS
Agressividade: o indivíduo aspira vencer,
mesmo que à custa de outras pessoas.
- Tende a ser individualista, dado estar mais
interessado nos seus próprios desejos ou
necessidades, do que com os outros.
- Este comportamento apresenta voz alta e
máximo contacto visual.
136. CONFLITOS I ESTRATÉGIAS
Passividade/Agressividade: o indivíduo
apresenta um comportamento misto.
- São as pessoas que se desejam afirmar, não
possuindo no entanto estrutura para tal.
- Este comportamento apresenta muita irritação,
postura fechada e lacónica.
137. CONFLITOS I ESTRATÉGIAS
Assertividade: o indivíduo aspira a defender
os seus direitos e aceita que as outras pessoas
também os tenham.
- Este comportamento apresenta um tom de voz
moderado.
- As pessoas com este tipo de comportamento
são neutras, imparciais e têm uma postura de
prudência e segurança.
138. CONFLITOS I ESTRATÉGIAS
Estratégias na Resolução do Conflito
“Ganhar-Perder”: uma das partes alcança o
objetivo pretendido e a outra não. Uma das
partes é mais poderosa que a outra e através
do seu poder impõe-se à outra, ou seja, uma
ganha e a outra perde.
A longo prazo, esta estratégia tende por
enfraquecer a autoridade.
139. CONFLITOS I ESTRATÉGIAS
Estratégias na Resolução do Conflito
“Perder-Perder”: os indivíduos em conflito
estão mais empenhados em impedir que o outro
ganhe do que em encontrar uma solução eficaz
para o problema. Pode existir cedência entre as
partes e a resolução final não estar de acordo
com nenhuma das posições.
Nenhuma das partes se pode considerar
vencedora.
140. CONFLITOS I ESTRATÉGIAS
Estratégias na Resolução do Conflito
“Ganhar-Ganhar”: implica que as partes
envolvidas confrontem os seus pontos de vista e
estejam dispostas a resolver as suas diferenças.
Deve permanecer uma comunicação aberta, deve
existir sensibilidade em relação às diferenças e
semelhanças, deve haver uma atitude de confiança e
compreenção, assim como uma complementaridade
de esforços na resolução das questões em causa.
141. CONFLITOS I ESTRATÉGIAS
Nas estratégias de solucionar o conflito
“Ganhar-Perder” e “Perder-Perder” corre-se
o risco de dar continuidade ao mesmo, uma vez
que uma das partes ou as duas percebem que
não atingiram os seus objetivos e retomam o
conflito de modo a tentarem ganhar.
No caso da estratégia “Ganhar-Ganhar”, o
ciclo de continuidade é interrompido.
142. CONFLITOS I ESTRATÉGIAS
Perante cada tipo de conflito, as partes
envolvidas vão assumir diversas estratégias, as
quais vão dar origem e orientar o estilo de
gestão de conflitos.
Nota: À medida que se vai caminhando no
sentido da resolução de conflitos, estas
estratégias poderão mudar.
144. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
O papel de uma pessoa enquanto superior
hierárquico, colega ou subordinado pode
influenciar o estilo de gestão de conflitos a
adotar perante cada situação.
Existem diferenças significativas nos estilos de
gestão de conflito utilizados quer pelos chefes,
subordinados ou colegas.
145. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
Frequentemente, os gestores recorrem a
estilos diferentes de gestão de conflitos de
acordo com a pessoa com quem estão a
interagir.
O relacionamento hierárquico condiciona
muitas vezes o estilo utilizado pela pessoa
envolvida no conflito.
146. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
Estilos de Gestão na Resolução de Conflitos
Evitar.
Acomodar.
Confrontar.
Forçar/ Competir.
Comprometer.
Colaborar/ Negociar.
147. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
ESTILO DESCRIÇÃO EFEITO
Evitar
- Abordagem passiva (não
assertiva), de não cooperação.
- Recuar face a uma situação de
conflito real ou potencial.
- Ignorar, negar ou fugir do
conflito, não contactando os
outros ou não confrontando os
seus interesses.
- Colocar os problemas em
suspenso.
- Utilizado quando o assunto não é
importante; não há perspetiva de
ganhar o conflito; se necessita de
tempo para obter informações ou
quando um conflito pode ser
desvantajoso.
- Não resolve o
problema.
- Não lida com a causa
real do problema.
- Outros que resolvam
o conflito ou com o
tempo é esquecido ou
regressa mais forte.
- Revela-se positivo
quando o assunto é
pouco significativo,
existe falta de
informação, existe
falta de poder, etc.
148. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
ESTILO DESCRIÇÃO EFEITO
Acomodar
- Abordagem passiva (não
assertiva), mas cooperativa.
- Enfatizar os pontos de acordo,
em detrimento dos pontos de
desacordo.
- Uma parte tende a ceder e
apaziguar a situação,
chegando a colocar as
necessidades e os interesses
da outra parte acima dos
seus.
- Resolve os pontos menores de
discordância, deixando os
problemas maiores para
depois.
- Proporciona
apenas uma
solução de
curto prazo
(acalma o
conflito).
- Não lida com a
causa real do
problema.
- Mantem um
clima favorável
à cooperação.
- Uma parte sai
sacrificada e
prejudicada.
149. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
ESTILO DESCRIÇÃO EFEITO
Confrontar
- Trata o conflito através de uma
abordagem frontal.
- Trata o conflito como um problema
a ser resolvido, examinando
alternativas.
- Requer uma atitude de dar e
receber, assim como um diálogo
aberto.
- Proporciona
uma solução
definitiva,
ganho-ganho.
150. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
ESTILO DESCRIÇÃO EFEITO
Forçar/
Competir
- Abordagem assertiva, mas não
cooperativa.
- Abordagem mais agressiva, mais
autoritária, em que a pessoa
defende os seus próprios
interesses neglicenciando os dos
outros e o seu impacto.
- Atitude de dominação. Utiliza
jogos de poder e força a
submissão.
- Utilizado quando há necessidade
de tomar uma decisão rápida ou
impopular.
- Uma das partes ganha à custa da
outra. Oferece apenas situações
ganho-perda.
- Pode criar
ressentimentos
que vêm à tona
mais tarde.
- Não lida com a
causa real do
conflito.
- Pode levar a
outra parte a
aceitar a culpa
por um
problema
qualquer.
- Muito difícil de
chegar a uma
solução mútua.
151. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
ESTILO DESCRIÇÃO EFEITO
Comprometer
- Misto de assertividade e
cooperação.
- Procura negociar soluções
que tragam algum grau de
satisfação a todas as
partes envolvidas.
- Uma das partes desiste de
alguns pontos ou itens.
- Geralmente utilizada em
disputas laborais
(objetivos exclusivos).
- Necessidade de se atingir
soluções temporárias para
assuntos complexos.
- Proporciona uma
solução de
compromisso,
que pode não
satisfazer
ninguém.
- Distribuição de
resultados entre
ambas as partes
(satisfação
parcial).
- Pode acarretar
alguns problemas
adicionais (cada
parte abdica de
algo).
152. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
ESTILO DESCRIÇÃO EFEITO
Colaborar/
Negociar
- Abordagem assertiva e
cooperativa.
- Incorpora diversos pontos de
vista e interesses, olhando de
diferentes perspetivas,
procurando conciliar as
diferenças e resolver o
conflito.
- Contempla as necessidades e
interesses de ambas as
partes, levando ao concenso,
entendimento e compromisso.
- Encara o conflito como
desafio e opta pela
comunicaçao aberta.
- Não utilizar se o tempo for
curto.
- Proporciona um
resultado
benéfico ou
aceitável para
ambas as partes
e que minimiza
as perdas para
todos.
- Proporciona uma
solução de longo
prazo ganho-
ganho.
- É dos meios mais
eficazes de
resolução de
conflitos.
153. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
O estilo “colaborar/negociar” é muitas
vezes apontado como a melhor forma de gerir o
conflito de modo construtivo, estimulando a
criatividade e beneficiando todas as partes
envolvidas no conflito.
154. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
O comportamente agressivo não é nada
favorável, dado que dificulta o estabelecimento
de relações de confiança mútua, também
desencadeia respostas agressivas na parte,
criando tensão, ansiedade e insatisfação a longo
prazo.
Muitas vezes a agressividade é utilizada
quando se considera que o ataque é a melhor
defesa.
155. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
Ao nível das organizações, as medidas de
resolução dos conflitos devem ser adotadas com
a finalidade de minimizar as dificuldades
enfrentadas pelos trabalhadores quanto ao bem
estar orgânico e social, dado que a satisfação
no trabalho deve ser considerada como um
determinante para a produtividade e sucesso da
organização.
156. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
No entanto, na escolha de qualquer um destes
estilos na resolução de conflitos, deve ter-se
em consideração cada situação em concreto
(local físico e sua organização, presença de
audiência, existência de uma terceira parte, n.º
de partes envolvidas, etc.), a urgência na
tomada de decisão e a importância da questão
em análise.
157. CONFLITOS I ESTILOS DE GESTÃO
O melhor estilo a adotar numas situações
pode não ser o mais adequado noutras, não
existe uma fórmula ideal de resolução de
conflitos.
O importante é: inicialmente compreender a
natureza do conflito, a sua dinâmica e as suas
variáveis, ou seja, fazer o diagnóstico do
conflito para então poder confrontá-lo e
resolvê-lo adequadamente.
159. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Em qualquer organização a existência de
conflito com baixos níveis deixa a organização
mais vulnerável à estagnação, à tomada de
decisões empobrecidas e mesmo à falta de
eficácia, enquanto que a existência de conflito
em demasia encaminha a organização ao caos.
160. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Nesta perspetiva convém lembrar que o
conflito só por si não é “mau”, devendo existir
um certo nível de conflito para que a
organização tenha níveis máximos e otimizados
de eficiência e eficácia.
A gestão de conflitos revela-se necessária,
podendo passar pela negociação ou qualquer
uma das outras estratégias básicas.
161. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Entretanto, colocam-se então as
seguintes questões:
- Quem ajuda na gestão do conflito?
- Quem tem o poder e a influência necessária à
criação de uma situação em que o conflito se
constitua positivo ou construtivo?
162. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Funções do Gestor na Resolução do Conflito
Prever, coordenar e controlar a ocorrência de
conflitos.
Facilitar a conciliação de postura conflituantes.
Interagir com a equipa, tentando gerir os
aspetos que provocam concorrências internas.
163. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Tentar compatibilizar e otimizar a interação
entre objetivos organizacionais e pessoais.
Conhecer bem o seu ambiente de atuação, as
estruturas organizacionais, as redes de poder,
os processos políticos, etc.
Conhecer bem os membros da equipa e
promover a sua coesão na organização.
164. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Conhecer bem as causas e a forma dos
conflitos, os seus sintomas, a sua dinâmica,
atitudes e as diversas técnicas de atuação.
Garantir que os conflitos sejam utilizados de
forma positiva na organização.
Se envolvido no conflito, tentar não sofrer
pressões devido aos seus próprios interesses
pessoais e emoções.
165. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Agir como mediador, funcionando como uma
terceira parte que tem a finalidade de resolver
os conflitos interpessoais (entre pessoas),
procurando que as partes entrem em
cooperação.
Treinar os indivíduos para reconhecer e lidar
com o conflito, ensinando técnicas de
negociação, de trabalho em equipa, de
cooperação.
166. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Ter capacidade para perceber o conflito
atempadamente, de modo a geri-lo de um
modo mais eficiente e eficaz.
Efetuar uma boa gestão das diferenças de
conhecimentos, ideias, interesses e desejos e
em prol da organização.
Basear a tomada de decisão em factos.
167. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Ao nível da estrutura, pode redefinir papéis,
funções e interdependências; criar regras para
resolução ou mediação de conflitos; estabelecer
grupos de consulta e de participação para
formalizar os conflitos.
Transformar a competição num estímulo
saudável entre colaboradores.
…
168. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Principais Aptidões do Gestor
Boa capacidade de comunicação.
Boa capacidade de negociação.
Capacidade de diagnosticar e avaliar
alternativas necessárias para a compreensão de
um conflito e para a definição de planos de
ação.
169. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Principais Aptidões do Gestor
Facilidade no relacionamento interpessoal.
Assertividade.
Ter visão integral.
Congruência.
Neutralidade (análise objetiva e impessoal).
170. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Principais Aptidões do Gestor
Saber ouvir (escuta ativa).
Saber colocar as questões.
Gerar confiança.
Empatia.
Bom senso.
171. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Principais Aptidões do Gestor
Educação.
Disponibilidade.
Paciência.
Flexíbilidade.
Proatividade.
172. CONFLITOS I PAPEL DOS GESTORES
Resumindo, quando ocorrem conflitos numa
organização, sejam eles relacionados com o
trabalho, negociações com fornecedores,
clientes ou entre departamentos e pessoas, o
importante é o gestor ter a perceção do
conflito e agir atempadamente na tentativa
da sua resolução.
174. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Comunicação Assertiva: expressão direta
das necessidades ou preferências, sentimentos,
opiniões e convicções de forma adequada,
direta e honesta, respeitando a opinião e os
direitos dos outros.
Provoca entendimento e sentimentos de bem-
estar no próprio e nos outros.
176. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Fatores Críticos da Comunicação Assertiva
Saber transmitir (clareza de expressão e
objetividade).
Saber ouvir (escuta ativa).
Saber criar empatia (colocar-se no lugar do
outro).
Saber lidar e controlar emoções.
177. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Tipos de Comunicação
Verbal: o que se diz (oral) ou se escreve
(escrita).
Não verbal: sem ser por palavras -
movimentos corporais, movimentos faciais,
gestos, olhares, entoação de voz, pausas e
silêncio, distância e espaço, vestuário e
acessórios.
179. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Paralisantes de Comunicação Verbal
Ok.
Sim, mas…
Podemos avançar…
É o seu ponto de vista.
Questões fechadas.
…
180. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Estimulantes de Comunicação Não Verbal
Aceno de cabeça.
Contacto visual.
Inclinação do corpo.
Sorriso.
Elevar as sobrancelhas.
Olhar atento.
…
181. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Paralisantes de Comunicação Não Verbal
Olhar para o lado.
Olhar para o relógio.
Bater com a caneta.
Mexer nos papéis.
Pausas e silêncios.
Bocejar.
…
182. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
A comunicação deve ser clara e inequívoca,
sem atacar, culpar ou ferir o outro.
O essencial é apreender o porquê por detrás
do que se diz ou faz, com o intuito de captar as
necessidades e interesses mais profundos da
pessoa com quem estamos a lidar.
183. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
As perceções afetam a qualidade da
comunicação interpessoal ou intergrupos e a
confiança mútua.
Uma pessoa ou grupo, normalmente,
compreende a mensagem segundo as suas
próprias perceções e nem sempre como os
emissores esperavam que fosse compreendida.
185. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
! Atenção:
Aos preconceitos.
Discriminações.
Julgamentos prévios.
Antipatias.
Distrações.
186. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Escuta Ativa: técnica utilizada para auxiliar a
comunicação (técnica de comunicação),
possibilitando às partes a transmissão clara de
mensagens e a confirmação de que foram
ouvidas corretamente.
187. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Principais Objetivos da Escuta Ativa
Mostrar ao interlocutor que a sua mensagem
foi ouvida.
Ajudar o interlocutor a expressar-se e
encorajá-lo a explicar a sua visão da situação e
o que sente.
188. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Ajudar o ouvinte a perceber com clareza o
conteúdo e a emoção da mensagem.
Criar um ambiente que garanta ao interlocutor
liberdade e segurança para discutir a situação.
189. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Procedimentos de Escuta Ativa
Demonstrar que se está a escutar, através de
sinais verbais e não verbais.
Espelhar as nossas impressões.
Deixar o interlocutor confirmar se o reflexo
feito da mensagem e da sua intensidade é ou
não correto.
190. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Princípios Básicos da Escuta Eficaz
Criar um ambiente seguro para o interlocutor
se expressar (reduz o risco de consequências
negativas das mensagens transmitidas).
O ouvinte tem que estar concentrado no que o
interlocutor está a tentar comunicar.
O ouvinte tem que ser paciente e não tirar
conclusões precipitadas.
191. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
O ouvinte tem que conseguir mostrar uma
verdadeira empatia pelo interlocutor.
O ouvinte deve utilizar técnicas que permitam
ao interlocutor verificar ou corrigir a emoção e o
conteúdo da mensagem.
O ouvinte não deve criticar ou fazer juízos de
valor acerca do que o interlocutor está a sentir.
192. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Como alcançar os Objetivos da Escuta
Ativa
Ficar atento.
Estar alerta e não se distrair.
Interessar-se pelas necessidades das outras
pessoas e fazer saber que nos importamos com
o que está a ser dito.
Não criticar nem fazer juízos de valor.
193. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Formas de Ouvir Eficazmente
Utilizar o corpo para criar atmosfera positiva
através do comportamento não verbal (contacto
visual, aceno de cabeça, expressões faciais,
gestos, tom de voz; entre outras).
Sintetizar os pontos de vista fundamentais do
interlocutor à medida que os formos ouvindo.
194. CONFLITOS I COMUNICAÇÃO
Estimular respostas.
Tomar breve notas para não perder o fio à
meada se necessário.
Parafrasear ou reformular o que acabou de ser
dito, utilizando as nossas próprias palavras.
196. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Sherlock Holmes, 1982
“As unhas de um homem, as mangas do seu casaco, as
botas, as joelheiras das calças, os calos no indicador e
no polegar, a expressão do rosto, os punhos da camisa,
os movimentos – cada uma destas coisas revela
claramente o seu ofício. Que não chegam, todas juntas,
para esclarecer o investigador competente,
relativamente a qualquer caso que se lhe depare, é algo
de praticamente inconcebível.”
197. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
O impacto total da transmissão de uma
mensagem é:
- 7% verbal (somente as palavras).
- 38% tom de voz (velocidade, ritmo e
volume).
- 55% linguagem corporal (gestos, expressões
faciais, postura, movimentos).
198. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Não interpretar sinais não verbais
isoladamente, sem considerar outros gestos ou
circunstâncias (agrupamento de gestos).
Considerar os gestos no contexto em que
ocorrem.
Transmitir coerência entre a linguagem verbal
e não verbal.
Não julgue, duvide!
199. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Os sinais emitidos de forma não verbal,
consciente ou inconscientemente, revelam o
que sentimos, quais as intenções ou possíveis
ações seguintes.
Ter consciência e conhecimento destes sinais,
como os interpretar e otimizar, é uma das
maiores vantagens na comunicação do dia-a-
dia.
Atrás de uma expressão, está uma razão!
200. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Através da observação da linguagem
corporal consegue-se desvendar as
características principais e mais vincadas das
pessoas com quem interagimos diariamente,
conseguimos antecipar o seu perfil
comportamental ou seu o “feitio” - pelas
posturas, gestos, expressões e tom de voz.
As palavras transmitem ideias, os gestos,
posturas e expressões transmitem emoções.
201. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Procurar sempre observar um grupo de gestos
ou posturas (pelo menos três), para precisar
um determinado comportamento, atitude ou
intenção.
Devem estar de acordo com as palavras (não
devem trair a atitude e o raciocínio).
Podem ser treinados e controlados (podem ser
usados para induzir a perceção dos outros).
202. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Método de Observação: dividir o corpo em
três partes
Membros (os mais honestos, dada a maior
distancia ao cérebro): para onde apontam os
pés, os joelhos e as pernas; se os braços estão
cruzados, irrequietos ou se tocam.
Tronco: avaliar a inclinação; para onde
aponta o umbigo e qual o movimento dos
ombros.
203. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Cabeça (parte menos fiável, devido à
proximidade com o cerebro, sendo mais fácil
controlar os movimentos conscientemente):
avaliar o rosto, a inclinação da cabeça (o sim e
o não mais verdadeiros são os não verbais), a
pressão dos lábios 8indicam tensão e estado
emocional), os olhos, a testa, as sobrancelhas
(dão mais informações do que os olhos), a
orientação do queixo.
204. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
O Poder da Primeira Impressão
Nos primeiros 4 segundos (tempo máximo)
é mais importante a aparência que a
competência.
Contribuem para que imagem da
pessoa/organização seja construída, mantida ou
recomendada e condiciona o clima geral onde o
eventual conflito se desenrola.
205. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Nos primeiros 4 minutos (até à confirmação
da primeira impressão), a pessoa deve sempre
demonstrar:
- Simpatia.
- Atitude positiva.
- Profissionalismo.
É difícil uma pessoa ter uma 2.ª hipótese para
tentar mudar a impressão inicial.
206. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Otimizar o Processo para influenciar de
modo Positivo a Primeira Impressão
Sorrir (boas intenções e vontade de ligação).
Olhar olhos nos olhos (confiança e
credibilidade).
Palmas das mãos visíveis e viradas para cima.
207. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Numa organização, se a impressão inicial for
negativa… o cliente dificilmente volta.
Os clientes perdem a confiança na
organização e normalmente, os custos para
recuperá-la são elevados, para além de irem
denegrir a imagem e falar mal da organização!!!
É muito mais difícil e mais caro recuperar o
cliente perdido… do que conquistar um novo!
208. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Expressões Corporais Positivas
Sorriso franco e aberto (sentimento de
afetividade – sobrancelhas e bochechas).
Aperto de mão firme (respeito e segurança).
Estabelecer contacto visual com a outra parte
(olhos nos olhos).
Mãos visíveis (honestos e confiantes).
209. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Receber a outra parte de “braços abertos”
(sentimento de recetividade e de acolhimento).
Inclinar ligeiramente a cabeça e o corpo para
o interlocutor (favorece a escuta e empatia,
transmite humildade).
Flash de sobrancelhas para cima (gosta do
que vê).
210. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Usar gestos com as palmas das mãos viradas
para cima.
Sinal de assentimento com a cabeça enquanto
ouve o interlocutor.
Cruzar as pernas acima do joelho (confiança).
Mão no queixo (mais sábio e ponderado).
211. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Expressões Corporais Negativas
Olhar fugidio.
Sobrolho franzido.
Enrugar o nariz (nojo, não gosta).
Pessionar os lábios.
Dedos enterlaçados e juntar as palmas da
mão tipo bola (desacordo).
212. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Queixo erguido – linha do ego (superioridade,
egocentrismo, arrogância).
Braços cruzados à frente dos genitais (medo,
desconforto, insegurnaça).
Punhos cerrados em baixo (agressividade).
Sobrancelhas que baixam (mais desconforto e
sentimentos negativos).
213. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Expressões Corporais de Defesa
Cabeça inclinada para baixo (proteger a
garganta).
Ombros encolhidos (parecer mais pequeno).
Braços cruzados ou próximos do corpo, ao
nível do peito.
214. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Reclinar-se na cadeira ou agarrar braços da
cadeira quando se fala.
“Enfiar” os tornozelos debaixo de uma cadeira.
Pressionar os joelhos um contra o outro.
Colocar objetos entre duas pessoas (criando
uma barreira).
215. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Expressões Corporais de Avaliação
Mão no queixo (tendo em atenção a posição
do polegar e indicador).
Expressão facial concentrada.
Esfregar o queixo (processo de tomada de
decisão).
Movimento do corpo inclinado para trás
(observar de longe).
216. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Expressões Corporais de Dúvida/Incerteza
Levantar os dois ombros ao mesmo tempo.
Testa franzida.
Lábios movimentados para a frente.
Olhar e mãos inquietas.
Movimento de uma sobrancelha a subir e a
outra a descer.
217. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Ausência de contacto visual direto.
Movimentos com as mãos abaixo da cintura.
Cabeça apoiada na mão (falta de interesse e
tédio).
Bater com os dedos sobre a mesa ou bater
com os pés no chão (impaciência).
218. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Expressões Corporais de Desinteresse
Pés direcionados para outro lado (indicam
para onde a pessoa quer ir e estar).
Umbigo apontado para outro lado.
Sorriso forçado.
Abrandamento do ritmo da conversação.
219. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Expressões Corporais de Submissão
Permitir que coloquem a mão no ombro.
Baixar a cabeça ou desviar olhar.
Sobrancelhas elevadas por mais tempo.
Saudação e bochechas coradas.
Inclinar a cabeça para o lado, em exagero.
220. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Expressões Corporais de Mentira
Sorriso assimétrico (levantar um só lado dos
lábios).
Acenar que “sim” com a cabeça e verbalizar
um “não” (ou vice versa).
Língua visível a meio do lábio superior.
221. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Tocar no nariz, boca ou olhos enquanto se
fala.
Chorar e limpar as lágrimas de um só lado
(choro dissimulado).
Coçar a sobrancelha em momentos de
avaliação.
Ausência de movimento de braços.
222. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Falar rapidamente.
Esconder as mãos nos bolsos ou debaixo da
mesa.
Repetir a pergunta.
Enchimentos verbais.
Ricochete.
223. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Não utiliza pronomes pessoais (não esteve
presente na ação).
Positivismo (transformar ou suavizar os
verbos utilizados na pergunta).
Justificar em demasia.
Utilização de frases tipo.
224. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Descrever uma situação numa ordem não
lógica.
Utilização de tempos verbais no passado para
descrever ações e sentimentos presentes.
Verbalizar uma palavra ou parte dela e
substituir de imediato por outra.
Saltar pormenores.
225. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Alteração do tom de voz e da velocidade da
fala.
Se nos primeiros 4 minutos de uma conversa
a pessoa especificamente, toca na cara, esfrega
as mãos, afasta-se para trás ou cruza os
braços.
Diminuição da frequência de piscar os olhos
enquanto a mentira é construída e verbalizada.
226. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Rir quando se coloca uma pergunta
desagradável.
Tocar na boca ao falar.
Umbigo na direção da porta como tentativa de
fuga.
O corpo fala primeiro e os gestos são feitos
depois das palavras.
227. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Ainda Sobre a Mentira
Os humanos são mestres em mentir.
Não existe nenhum gesto, movimento,
expressão facial, máquina ou técnica que
consiga detetar a mentira a 100%.
Não devemos julgar ninguém, mas sim
perguntar mais!
228. CONFLITOS I LINGUAGEM NÃO VERBAL
Os homens mentem mais, em média o dobro
das mulheres.
As mulheres “mentem melhor”, contam
mentiras mais complexas (melhores a ler
emoções – melhor a manipular os outros).
As pessoas mais bonitas e as mais poderosas
hierárquicamente mentem melhor.
232. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Rahim, 1992
“Gerir adequadamente os conflitos relaciona-
se com a capacidade de contribuir para o
desempenho grupal e organizacional
satisfazendo, simultaneamente, as necessidades
sociais, morais e éticas dos membros do grupo.”
233. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Fraga, 1993
“Ser capaz de constatar a existência do
conflito é apenas parte do problema. Tem de
saber também a que ponto o conflito é grave e
ser capaz de o gerir devidamente.”
234. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Mallory, 1997
“Além do diagnóstico bem feito do conflito é
necessário que, ao lidar com conflitos, a pessoa
tenha habilidades de atuação, as quais nem
sempre são desenvolvidas na educação
sistemática, em ambiente escolar ou em
programas de desenvolvimento profissional.”
235. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Saber gerir conflitos nas organizações tem-
se tornado essencial não só para o sucesso
profissional (individual), como também para as
próprias organizações.
Uma boa Gestão de Conflitos é
simultaneamente uma ciência e uma arte.
236. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Algumas das nossas reações adquiridas são
construtivas, mas muitas outras podem agravar
o conflito e aumentar a intensidade do perigo.
O desafio na gestão do conflito (pessoal ou
organizacional) não é reduzir ou suprimir os
conflitos, mas sim descobrir como lidar com
eles construtivamente.
237. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
O método específico de resolver um conflito
depende de um conjunto de variáveis
situacionais.
A melhor abordagem será aquela que
minimize os obstáculos e ajude a desenvolver a
coesão e a eficácia do grupo.
238. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
A eficaz resolução de conflitos passa pela
cessação dos mesmos, através do acordo entre
as partes envolvidas, satisfazendo os objetivos
ou eliminando as causas que provocaram o
conflito.
Os conflitos são geridos de modo eficaz se
forem (preferencialmente) resolvidos numa
base definitiva.
239. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
A análise objetiva dos diferentes tipos de
conflito com que as partes se deparam ajuda a
determinar as ações e estratégias para gerir as
disputas de forma mais eficaz.
Um conflito não gerido pode voltar com
mais força e tornar-se um retrocesso para a
organização ou equipa envolvida.
240. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
As pessoas procuram Resolver os Conflitos de
diversas formas, em função de três fatores:
Tipo de conflito e importância relativa;
A intensidade do conflito.
Motivação para resolver o conflito numa base
de curto prazo ou numa base de longo prazo.
241. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Salienta-se que os procedimentos/métodos
mencionados não são os únicos a poderem ser
utilizados na gestão de conflitos, servindo
apenas como ponto de referência e não como
regras a serem seguidas por todos, em
qualquer situação conflituosa.
242. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
A). Pode efetuar os seguintes passos:
Diagnosticar a natureza do conflito:
- Qual é realmente o problema?
- Quem está envolvido?
- O que de facto aconteceu?
243. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
- O que se está a passar no momento?
- Desde quando vem acontecendo?
- Onde se desenrolou o desentendimento?
- Porque ocorreu?
- Poderia ter sido evitado?
244. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Procurar alternativas de solução:
- envolver-se e apontar as opções que entende
serem as mais adequadas à resolução do
conflito.
Escolher a melhor alternativa com base
nas informações disponíveis.
Implementar essa alternativa e avaliar o
resultado.
245. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
B). Círculo do Conflito:
Ao examinar e avaliar um conflito de acordo
com cinco categorias – relações, dados,
interesses, estruturas e valores – pode
determinar o que causa a disputa, pode
identificar o setor essencial e avaliar se o
conflito foi causado por incompatibilidade real
de interesses ou por problemas de perceção das
partes envolvidas.
246. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
É uma ferramenta útil para analisar disputas e
revelar as origens do comportamento do
conflito.
247. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
C). Outros Passos Importantes com vista à
Resoluçao Eficaz dos Conflitos:
Criar uma atmosfera afetiva.
Criar ambientes de trabalho agradáveis.
Esclarecer as perceções.
Tratar o conflito como um problema a ser
resolvido, examinando alternativas.
248. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Mostrar às pessoas envolvidas os benefícios
potenciais do tratamento do problema.
Gerar opções de ganhos mútuos (acordos de
benefícios mútuos).
Focalizar em necessidades individuias e
compartilhadas.
Procurar compreender o comportamento das
pessoas envolvidas.
249. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Procurar conhecer as características das
pessoas envolvidas (motivação, personalidade,
valores, etc).
Focar a discussão nos temas envolvidos
evitando ataques pessoais.
Promover uma comunicação eficaz.
Incorporar diferentes pontos de vista,
permitindo diferentes ideias e perspetivas.
250. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Evitar a situação de utilização de recursos
partilhados.
Não agir apenas emocionalmente.
Saber ouvir atentamente (escutar ativamente)
e até ao fim (tendência para ficar a pensar no
que se pretende dizer).
Não interromper o interlocutor.
251. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Demonstrar interesse (genuíno) na mensagem
do interlocutor.
Fazer perguntas para que o interlocutor
clarifique o pensamento e argumentos.
Estar atento às suas expressões faciais, não
revelando arrogância, negativismo ou rejeição,
face ao qeu diz o interlocutor.
252. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Dizer com frequência “eu compreendo…”.
Conquistar o direito a ser ouvido.
Falar de forma serena e calma.
Não impor as nossas ideias, mas sim propor e
reconhecer a dos outros.
Evitar criticar ou dirigir a conversa.
253. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Revelar empatia e disponibilidade para chegar
a uma solução de concenso.
Adotar uma posição afirmativa, mostrando
respeito pela outra pessoa.
Saber colocar as questões de modo a orientar
a conversa com o interlocutor.
254. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Promover a motivação para o trabalho e a
auto estima.
Evitar ser precipitado.
Conter as tensões emocionais.
Estabelecer diálogos e ter mentes abertas.
Desfazer defesas e eventuais resistências.
255. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Enfatizar os pontos comuns e aspetos
positivos da outra parte.
Aprender com os erros (muitas vezes não
apresentam apenas um lado negativo, estes
podem acabar por ser sinalizadores de futuras
mudanças).
Consultar terceiros que possam ter vivido
situações semelhantes.
256. CONFLITOS I GESTÃO EFICAZ
Se necessário, contar com uma terceira
pessoa para auxiliar no encaminhamento da
solução, a qual não se encontre diretamente
envolvida (mediador).
Acompanhar o cumprimento dos acordos.
258. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Negociação de Conflitos
Conceito: processo através do qual as partes
que se encontram em confronto tentam
voluntariamente encontrar uma decisão
conjunta, com vista a que ambas as partes
fiquem satisfeitas (em vez de recorrer à força, à
violência ou outras).
259. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
O processo de negociação envolve , além
dos meios de comunicação, uma preparação e
um planeamento adequado, por parte do
negociador.
A negociação é um processo complexo,
devendo atender às origens culturais de cada
um, às suas características pessoais, ao meio
envolvente, ao ponto de vista da outra parte,
etc.
260. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Preparar uma negociação é algo que pode
demorar, e o importante é ser rápido e objetivo.
A negociação não visa apenas o resultado
positivo para uma das partes, mas sim o
resultado positivo para todas as partes
envolvidas (otimização de interesses mútuos).
261. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Quando as relações são ameaçadas ou se
deterioram, em contexto de forte desconfiança
e violência, a negociação como abordagem de
resolução de problemas é a mais adequada
(ainda que particularmente difícil…).
262. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Principais Etapas da Negociação de
Conflitos
Planeamento: conhecer bem o objeto da
negociação, procurar informações, analisar o
ambiente envolvente, estabelecer objetivos,
analisar interesses, necessidades e expetativas,
planear eventuais concessões, estabelecer
prioridades, antecipar possíveis impasses, entre
outros.
263. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Abertura: criação de um bom clima, iniciar a
negociação com alusão a assuntos amenos e
objetivos e interesses comuns, tentar ser
compreensivo, tomada de posição procurando
sempre ter um ponto de vista lógico,
preparação para enfrentar eventuais
resistências, entre outros.
264. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Exploração: aplicar a tática do ouvinte, saber
quais os interesses, necessidades e expetativas
da outra parte, reavaliar estratégias se
necessário, explorar e tentar compreender
todas as variáveis envolvidas.
265. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Argumentação: altura para utilizar uma
comunicação assertiva e eficaz, invocando
argumentos com base nas informações obtidas
anteriormente, momento da tomada de
decisões com base efetiva na busca por
resultados recíprocos (ganhar-ganhar).
266. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Acordo: traçar todos os detalhes da negociação
(garantindo a compreensão dos mesmos por todos
os envolvidos); ouvir atentamente objeções e
responder com calma; tentar acatar as razões da
outra parte; apresentar soluções, vantagens ou
desvantagens se ainda restarem dúvidas, redação
do acordo e retificação do mesmo se necessário;
recapitular os benefícios mútuos alcançados com a
negociação.
267. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Fecho: foco na solução, envolve um
compromisso de ambas as partes.
Seguimento: após o fecho, é necessário
manter um bom relacionamento com a outra
parte, procurando enfatizar que a tomada de
decisão foi acertada e benéfica para todos,
visando o alcance do sucesso de uma futura
negociação.
268. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Principais Erros numa Negociação de
Conflitos:
Evitar o conflito, em vez de o gerir.
Prender-se a detalhes e esquecer o todo.
Provocar ressentimentos explorando as
fraquezas da outra parte.
269. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Improvisar muito, abusando do jogo de
cintura e ignorando o planeamento.
Não cumprir prazos ou promessas (perde
credibilidade).
Preocupar-se apenas com o seu lado.
Ignorar as diferenças e desrespeitar a lógica
da outra parte.
270. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Confiar demais nas próprias habilidades/
capacidades.
Assumir com frequência uma postura
defensiva.
Estar mais preocupado em falar do que em
ouvir.
Utilizar linguagem inacessível/desadequada.
271. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Não explorar convenientemente o fator tempo
e tornar-se impaciente.
Ser pouco flexível.
Lidar com objetivos não tangíveis.
Encarar os problemas como ameaças (e não
como oportunidades).
272. CONFLITOS I NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS
Não saber colocar-se no papel do outro.
Não dar a devida importância aos resultados
da negociação.
Não acompanhar os efeitos da negociação,
depois do fecho.
273. CONFLITOS I MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
Mediação de Conflitos
Conceito: é o processo de intervenção
pacífica de uma terceira parte, para ajudar as
pessoas ou grupos em conflito a resolverem as
suas diferenças e para produzir um acordo.
O mediador tem que ser bem aceite e visto
pelos envolvidos no conflito como sendo
independente, neutro, imparcial.
274. CONFLITOS I MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
A mediação é um processo voluntário
(nenhuma das partes pode ser coagida).
O mediador estrutura o processo de modo a
criar um ambiente seguro para que as partes
envolvidas discutam o conflito e encontrem
soluções que satisfaçam os seus interesses.
A solução será sugerida e não imposta.
275. CONFLITOS I MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
O mediador ajuda as partes a encontrar as
suas próprias soluções.
O mediador não decide quem tem ou não
razão.
O mediador decide o processo, não o
resultado.
276. CONFLITOS I MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
Principais Vantagens da Mediação
As partes ganham tempo para se acalmar.
A comunicação pode ser melhorada.
O mediador prioriza os aspetos mais
importantes da questão em causa.
O clima organizacional pode ser melhorado.
277. CONFLITOS I MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
A intervenção do mediador pode fazer com
que as partes procurem melhorar o seu
relacionamento.
O tempo para resolver a questão pode ser
encurtado.
O mediador ajuda os intervenientes a
encontrar o melhor caminho.
278. CONFLITOS I MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
O mediador ajuda as partes envolvidas a
negociarem de maneira mais afetiva.
O mediador ouve as partes isoladamente e em
conjunto, identificando interesses comuns.
O mediador ajuda os intervenientes a alcançar
um acordo.
280. CONFLITOS I DINÂMICA DE GRUPO 1
Objetivos: observar os comportamentos e
atitudes perante um conflito, no sentido de
melhorar a capacidade de intervenção e
resposta eficaz ao mesmo.
Intervenientes: ilimitado (3 voluntários e
restante audiência).
Duração: 35 mn.
281. CONFLITOS I DINÂMICA DE GRUPO 1
Desenvolvimento: o conflito desenrola-se
num hospital público, quando um familiar de um
doente, preocupado e desesperado com a falta
de informação quanto ao seu estado de saúde,
entra em conflito com uma enfermeira que ía a
passar no corredor. No sentido de tentar mediar
e resolver a situação, a enfermeira requer a
presença do segurança de serviço, se aplicável.
283. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Autoridade: direito atribuído a um
profissional de decidir sobre assuntos
especificados, sem necessidade de consultar os
seus superiores e, de ser obedecido por outros
proficionais.
284. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Cliente: quem compra o produto ou adquire o
serviço (pode não ser quem utiliza).
Consumidor: quem utiliza o produto ou o
serviço (pode não ser quem compra).
285. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Cultura Organizacional: representa o
sistema de comportamentos, normas e valores
sociais aceites e partilhados por todos os
membros de uma organização e que a tornam
única.
Desacordo: diferenças de opinião (diferente
de conflito, o qual pode significar guerra, luta,
combate, etc.)
286. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Eficácia: grau de cumprimento dos objetivos
estabelecidos (fins).
Eficiência: medida do nível de utilização dos
recursos (meios), para atingir os objetivos
estabelecidos.
287. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Empresa: conjunto de meios técnicos,
humanos e financeiros, organizados com vista à
concretização de um determinado fim
económico (lucro), o qual passa pelo exercício
de uma atividade orientada para a satisfação
das necessidades das várias partes interessadas
(clientes, trabalhadores, acionistas, credores,
fornecedores, Estado, entre outros).
288. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Estratégia Empresarial: pode ser definida
como a determinação dos objetivos de longo
prazo de uma organização e a alocação dos
recursos necessários à consecução desses
mesmos objetivos.
289. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Estrutura Organizacional: atribuição de
diferentes tarefas e das condições para as
executar aos indivíduos/grupos de uma
organização.
Conjunto de relações formais entre os
indivíduos/grupos que a constituem.
290. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Ética: conjunto de valores organizacionais
aceites e partilhados, que definem o
comportamento correto e determinam o modo
de controlar os comportamentos incorretos.
Missão (numa organização): define a
organização e os motivos pelo qual foi criada.
Representa, basicamente, o propósito da
organização existir, a sua razão de ser e o papel
na sociedade.
291. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Organização: conjunto de duas ou mais
pessoas que executam funções (em grupo ou
individualmente), de modo coordenado e
controlado, atuando num determinado contexto
ou ambiente, com vista a atingir um objetivo
pré-determinado através da afetação eficaz de
diversos meios e recursos disponíveis
(humanos, tecnológicos, financeiros, materiais).
292. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Objetivo: algo em cuja direção o trabalho
deve ser orientado, um resultado a ser obtido,
um produto ou serviço a ser realizado.
Organização Funcional: forma de estrutura
organizacional tradicional, com estruturas
hierárquicas de dependência.
293. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Prevenção de Conflitos: esforços para
evitar a eclosão de situações de violência,
devendo centrar-se preferencialmente não
apenas na contenção de uma situação
potencialmente violenta, mas também no
tratamento das causas fundamentais do
conflito.
294. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Responsabilidade: obrigações ou deveres
das pessoas para a realização das atividades
inerentes às suas funções. Obrigação de se
empenharem da melhor forma possível na
realização dessas mesmas funções.
295. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Resolução de Conflitos: implica que o
conflito pode ser resolvido quando são
abordadas as suas causas essenciais.
Consequentemente, este conceito está
associado a uma abordagem centrada na
identificação dessas mesmas causas e na
procura de soluções através de um processo de
resolução conjunta de problemas.
296. CONFLITOS I CONCEITOS COMPLEMENTARES
Valores Organizacionais: conjunto de
princípios que orientam a atuação de uma
organização e que dão uma personalidade à
mesma, definindo uma "ética" para a atuação
das pessoas e da organização como um todo.
Visão Organizacional: representa onde a
organização quer chegar, o seu objetivo
principal e o que deseja alcançar num futuro
próximo.
298. CONFLITOS I REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FOWLER, Alan – “Resolvendo Conflitos” –
São Paulo: Nobel, 2001.
NETO, Álvaro Francisco Fernandes – “Gestão
de Conflitos”, 2005.
299. CONFLITOS I REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHAL, E. – “Negociação e
Administração de Conflitos” , 3. ed. – Rio de
Janeiro: FGV, 2012.
MONTEIRO, Alexandre – “os Segredos que o
Nosso Corpo Revela” – 1.ª edição, Lisboa -
Manuscrito, 2017.