SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 27
Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa
Racionalidade Argumentativa e Filosofia
3. Argumentação e Filosofia
3.1. Filosofia, retórica e democracia
___________________________________________________________________________
Regência nº 7 e 8
2º Período
11º B
Orientadora Cooperante: Dr.ª Blandina Lopes
Professora Estagiária: Rafaela Francisca Cardoso
Porto, 2015
Dados de Identificação
Professora Estagiária: Rafaela Francisca Cardoso
Disciplina: Filosofia Ano de Escolaridade: 11º Turma: B
Tema: Racionalidade Argumentativa e Filosofia
Unidade: Argumentação e Filosofia
Subunidade: Filosofia, retórica e democracia
Sumário: Introdução ao tema: Filosofia, Retórica e Democracia. O
aparecimento dos sofistas e a revolução socrático-platónica. Realização de
uma ficha de trabalho.
Data: 14/01/2016 Duração: 50 + 50 minutos Regência nº: 7 e 8 Lição nº: 43/44
Objetivos:
Gerais:
 Contextualizar historicamente Atenas;
 Compreender o surgimento da democracia na Grécia Antiga,
bem como as suas implicações;
 Reconhecer, no âmbito da filosofia socrático-platónica, a
diferença entre o “sofista” e o “filósofo”;
 Relacionar as abordagens em questão.
Específicos:
 Relacionar o surgimento dos sofistas com o contexto democrático
ateniense;
 Caracterizar o movimento sofístico;
 Compreender a importância do conceito de Paideia;
 Esclarecer o posicionamento de Sócrates e de Platão perante os
sofistas;
 Considerar as relações entre filosofia, retórica e democracia.
Conteúdos
Programáticos
Objetivos/Competências Conceitos
Nucleares
Recursos/Estratégias Avaliação Tempo
Racionalidade
Argumentativa e
Filosofia
3. Argumentação e
Filosofia
3.1. Filosofia, retórica e
democracia
Relacionar o surgimento dos
sofistas com o contexto
democrático ateniense;
Caracterizar o movimento
sofístico;
Referir os sofistas mais
importantes da época:
Protágoras e Górgias;
Compreender a importância do
termo Paideia;
Política
Democracia
Sofista
Paideia
Filósofo
Bem
Ser
Lição nº + Sumário
Método dialógico;
Apresentação e
visionamento de um
vídeo;
Apresentação PowerPoint
– com quadro síntese;
Analise de textos;
Análise do quadro síntese;
Pontualidade;
Material;
Interação com os
colegas;
Comportamento;
Participação
pertinente (autónoma
e apropriada);
Adequação e
articulação dos
conceitos previamente
adquiridos.
5 min
10 min
25 min
25 min
10 min
Esclarecer o posicionamento
de Sócrates e de Platão perante
os sofistas;
Analisar (por contraposição)
as diferenças entre os sofistas
e os filósofos;
Considerar as relações entre
filosofia, retórica e
democracia.
Conclusões;
Ficha de Trabalho.
5 min
20 min
Fundamentação Científica
As aulas lecionadas inserem-se no modulo 3. Argumentação e filosofia, mais
especificamente no ponto 3.1. Filosofia, retórica e democracia.
É fundamental uma primeira contextualização da Grécia Antiga, assim em meados do século
V a.C. em Atenas começava a instituir-se uma ordem democrática e aqui abre-se a vida
política à participação dos cidadãos, é importante compreender também o que significava ser
“Cidadão” na Grécia Antiga, uma vez que, era um estatuto que apenas podia ser atribuído aos
homens livres, e no caso de não serem considerados cidadãos, não tinham participação cívica,
não eram assim considerados cidadãos: pessoas com menos de 20 anos, os estrangeiros
denominados por metecos, os escravos e as mulheres.
Era emergente uma formação particular para a conquista do poder, uma formação que
proporcionasse uma boa capacidade de discursar nas assembleias perante os cidadãos, por
forma a persuadir e convencer o auditório, isto porque já se estava perante um cenário de
alterações a vários níveis, alterações como: a atividade agrícola que se via atualmente numa
atividade comercial, o tratamento da justiça que já se encontrava mais centrado no ser
humano, o próprio modelo de educação é alterado sendo o seu fundamento na base de que
argumentar é fundamental para toda e qualquer atividade.
Neste cenário de progresso e, portanto, de uma ordem democrática, surgem os
Sofistas (do seu sentido original de “sábio” e de “especialista”). Os sofistas eram professores
itinerantes que viviam para ensinar os jovens cidadãos, centrando o seu ensino mais na forma
do que no conteúdo, ensinando a técnica de discursar quase como uma arte de realçar e
destacar os seus discursos em função da conveniência de cada um.
Os sofistas com maior destaque foram Protágoras e Górgias, surgem então a partir do início
da segunda metade do séc. V a.C. como professores que iam de cidade em cidade, no que
concerne a Protágoras (490-420 a.C.), autor da célebre frase “o homem é a medida de todas
as coisas”, defendia que a verdade dos discursos é a verdade que serve ao ser humano
(concreto), uma verdade relativa porque é feita à medida das necessidades e circunstâncias de
A vida do homem não pode “ser vivida” repetindo os padrões
da espécie;é ele próprio – cada um de nós – quem deve viver .
- Erich Fromm, Ética e Psicanálise
cada um. Com Górgias (480-380 a.C.), podemos destacar as seguintes palavras: “Nada existe;
se algo existe, esse algo era impossível conhecer; e ainda que a sua existência fosse possível,
o seu conhecimento tornava-se incomunicável”, com esta declaração, Górgias baseia-se na
pluralidade de sentidos encontrada nas palavras, sendo Górgias ainda mais cético do que
Protágoras podemos falar numa complementaridade entre os dois.
A Grécia desta época torna-se palco de um conjunto de transformações que
contribuem para o estabelecimento de condições geográficas, históricas e culturais que se
traduzem no “milagre grego” e, no séc. V a. C. vigorava então em Atenas um regime
democrático que, por um lado convidava à intervenção direta dos cidadãos nas decisões
políticas da cidade (polis) e, por um outro lado, fomentava a competitividade de interesses na
luta pelo poder político, poder este que se conquistava pela retórica: entendida como a arte de
seduzir e convencer. Os sofistas contribuíram ainda para a formação da Paideia, fonte da
formação e cultura ocidentais em que a própria cultura, construída a partir da educação, era
direcionada para que o homem evolui-se, tanto em si mesmo enquanto homem como em
cidadão, e o resultado que se pretendia era que se estivesse perante um processo de
construção e edificação do homem pela sua vida em diante.
Assiste-se a uma visão depreciativa dos sofistas pelos filósofos Sócrates e Platão, bem
como pelos seus discípulos, os filósofos olhavam os sofistas, que cobravam pelo seu ensino,
como praticantes de um relativismo que punha em causa a verdade e valorizava
exclusivamente a retórica como um discurso persuasivo, ao invés da sabedoria. Tinham
assim, os sofistas, o discurso como instrumento de poder, desprovido de verdade e de bem,
em oposição à conduta filosófica que privilegia precisamente o valor de verdade e de bem,
abandonando por completo qualquer intenção do domínio opinativo ou de aparência.
Os sofistas, como vimos, levavam a sua pedagogia ligada à retórica (arte de bem
falar), e à dialética (forma para, posteriormente, destruírem – em situação, o adversário),
sendo a técnica mais usada o diálogo. O ideal de vida que praticavam, passava,
essencialmente, por uma vida prática em que o cidadão tinha de ser interveniente na vida
pública, sendo o seu ideal educativo o de uma aprendizagem de técnicas discursivas que
permitissem a tão desejada intervenção pública, atingindo assim a felicidade pelo sucesso
social e político (poder, prazer e riqueza), estamos então perante um ideal de conhecimento
que, segundo Sócrates e Platão não visa a verdade, pois tem como único objetivo atender a
técnicas de persuasão num dado auditório.
Os filósofos como Sócrates e o seu discípulo Platão recusam então a ideia sofistica
pelo uso que atribuem à palavra e pela forma como encaminhavam os jovens à ideia de
conhecimento que os mesmo tinham e seguiam, perante isto, não podiam aceitar este
relativismo da verdade, esta valorização da retórica como discurso persuasivo sem nunca
valorizarem devidamente a sabedoria, tudo isto aliado ao facto de fazerem os jovens pagar
pelos ensinamentos que deles recebiam, cria este repúdio por parte dos filósofos.
Por isto, através de um método que visa o diálogo e no termino de tudo o que lhe for
oposto, Sócrates e Platão dão inicio à divisão profunda que durante séculos dividirá a
filosofia da retórica. Para melhor percebemos estas diferenças impostas por Sócrates e Platão,
atendamos às mais relevantes diferenças entre um sofista e um filósofo, sendo estas
claramente distintas e, portanto, completamente separáveis: O sofista atende à forma do
discurso enquanto que o filósofo atende ao conteúdo, o sofista procura o discurso eficaz
enquanto o filósofo procura o discurso verdadeiro, o sofista baseia o seu discurso na
aparência e o filósofo na Verdade e no Bem, e enquanto o sofista ensina uma técnica e não
mais que isso, o filósofo procura a verdade absoluta de tudo o que aprende, e posteriormente,
ensina.
É importante, por fim, compreender a relação estre os três conceitos: filosofia,
retórica e democracia, compreendemos em primeiro que nas sociedades democráticas o
regime político tem por base o diálogo e a procura coletiva das melhores soluções para os
problemas da sociedade, e tal como na democracia o poder obtém-se através da palavra usada
e com a devida persuasão em assembleia. Sendo os sofistas tradicionalmente considerados
mestres do saber, que ensinavam a arte da retórica e a democracia depende, em certa medida
da retórica, na medida em que, é através do confronto de ideias que vão chegando a um
consenso, e esse permite resolver os problemas das sociedades. Já a filosofia influência a
retórica, que por si influência a democracia, pois a filosofia usa a retórica para melhorar a
argumentação e a justificação dos seus argumentos ou teses e, neste caso, a retórica vai ser
utilizada na democracia, na qual serão utilizados argumentos filosóficos.
Em jeito de conclusão, e retomando o inicio da presente aula, podemos considerar que
o discurso do sofista representa uma grande possibilidade de levar a linguagem a instâncias
não conhecidas anteriormente; tem o poder de educar e de fazer ignorar, consoante o
interesse de quem está a utilizá-lo. Deste modo, os sofistas foram, na pior das hipóteses, um
mal necessário ou uma etapa que teve que existir, caso contrário seria difícil conceber
Sócrates e Platão sem as suas tentativas de obliterar a prática de uma dialética contraditória.
Fundamentação Pedagógico-Didática
As aulas lecionadas inserem-se no modulo 3. Argumentação e filosofia, mais
especificamente no ponto 3.1. Filosofia, retórica e democracia. Dando inicio à explicitação
dos conteúdos relativos à presente aula, procederemos à mostra dos conteúdos (com uma
contextualização histórica de Atenas no séc. V a.C.), com recurso a PowerPoint e seguindo
slide a slide, onde em cada um decorrerá a devida explicitação dos elementos que integram os
conteúdos a tratar, que se desenvolvem em volta do tema: Argumentação e filosofia.
Um dos recursos a ser utilizado é o PowerPoint, sendo uma das ferramentas mais
utilizadas em contexto de sala de aula, na medida em que, nela podemos inserir imagens,
animações, esquemas, mapas conceptuais, etc., os quais quando em conformidade com a
matéria a lecionar são uma mais valia para os estudantes, na medida em que, promovem a
interação dos alunos e, consequentemente, o seu proveito da aula poderá ser maior. A escolha
deste recurso prende-se com o facto de a matéria a lecionar permitir alguma diversidade de
conteúdo e ser fundamental uma constante ligação do mesmo, assim torna-se mais fácil a
compreensão com recurso a imagens, textos ou vídeos, e com uma apresentação PowerPoint,
podem assim, estar inseridos todos os elementos de uma forma mais simples e, como se
pretende, mais clara.
Durante a análise e explicitação do PowerPoint, será pedido aos estudantes que abram
o manual, para conjuntamente com o professor lerem e analisarem os textos presentes no
manual adotado acerca do tema em questão, “na medida em que eles podem constituir-se
como matéria mesma sobre a qual a atividade filosófica, como atividade interpretativa, se
pode exercer (...). Este processo, simultâneo, de descentração e alargamento da experiência
pessoal, cria condições favoráveis ao exercício filosófico da crítica e compreensão”
(Programa de Filosofia, pp. 9). Tendo então em conta a importância do recurso a trabalho de
texto, considera-se o mesmo, um trabalho fundamental na Filosofia, bem como em todo o
processo ensino-aprendizagem. Posteriormente, e já num momento final, é projetado um
quadro que pretende tornar mais claro aos estudantes as diferenças entre a sofistica e a
filosofia socrático-platónica.
Por fim, os estudantes procederão à realização de uma ficha de trabalho, na qual os
estudantes encontram questões de resposta mais curta e questões que lhes exigirão um
trabalho mais minucioso, sendo estas de resposta longa. Os diferentes tipos de questão
procuram ir de encontro não só dos alunos que se identificam mais com respostas curtas, mas
também, dos que encontram a sua expressão através de questões com um teor acrescido ao
nível do desenvolvimento. Nesta medida, a presente ficha de trabalho pretende aferir a
compreensão dos estudantes relativamente aos conteúdos lecionados, e ainda, contribuir para
o modo como consolidam hábitos de trabalho.
Bibliografia
Abrunhosa, M., Leitão, M. (2008). Um outro olhar sobre o mundo. Porto: Edições ASA.
Almeida, A. (2003). Dicionário Escolar de Filosofia. Lisboa: Plátano Editora.
Almeida, A. (2007). Arte de Pensar 11º ano – Vol. 2. Lisboa: Didática Editora.
Almeida, A., Murcho, D. (2014). 50 Lições de Filosofia 11.º Ano. Didática Editora.
Amorim, C., Pires, C. (2012). Percursos 11º Ano. Areal Editores.
Borges, J.F., Paiva, M., &Tavares, O. (2014). Novos Contextos 11º Ano. Porto: Porto Editora.
Henriques, F., Vicente, J., Barros, M. (2001). Programa de Filosofia 10 e 11º Anos.
Anexos
ANEXO I – PowerPoint
+
3. Argumentação e
Filosofia
3.1. Filosofia, retórica e
democracia
Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa
Ano letivo 2015-16
+
+ Meados do Século V. a.C.
Atenas começa a instituir a ordem democrática, abrindo a vida política à participação
dos cidadãos.
A investigação racional sobre a physis (a natureza) é secundarizada pela preocupação
de preparar os jovens para a vida pública.
O ensino tradicional torna-se insuficiente. Assiste-se à necessidade de uma formação
específica para a conquista do poder, uma formação que conferisse capacidade de
discursar nas assembleias de cidadãos, para persuadir e convencer o auditório.
Passagem de uma reflexão mais cosmocêntrica para uma mais antropocêntrica
+ Contexto histórico-cultural (analisar texto 1 da fot.)
“Pelo meado do século V [a.C.], a situação de Atenas modificou-se profundamente. Vitoriosa
na guerra contra a Pérsia, na qual estivera à cabeça da independência helénica, Atenas alcançou
a hegemonia no campo político, económico e intelectual. Designa-se comummente este período
de «Século de Péricles», singularizando-o o facto do génio helénico ter atingido por então o
ponto mais alto da sua actividade criadora, de influência decisiva não só na cultura ulterior,
como na cultura europeia, pois, como pensava Werner Jaegar, é neste século V a.C. que «tem a
sua origem a ideia ocidental de cultura». O plano educativo tradicional tornou-se insuficiente,
tanto mais que o regime da democracia direta, por então o regime político ateniense, assente na
intervenção direta dos cidadãos e na competição das ideias e das correntes de interesses, deu
ensejo ao espírito iluminista, isto é, ao convencimento de que as «luzes» da razão podem
esclarecer e guiar os diversos aspetos da vida social.”
Joaquim de Carvalho, História das Instituições e Pensamento Político, F. C. Gulbenkian
+
“Os sofistas foram os primeiros a reconhecerem o valor formativo do saber e
elaboraram o conceito de cultura (Paideia) que não é a soma de noções, nem
tão pouco apenas o processo da sua aquisição, mas formação do homem no seu
ser concreto, como membro de um povo ou de um ambiente social. Os sofistas
foram mestres da cultura.”
ABBAGNANO, História da Filosofia, vol. I, p. 98
+ Principais Sofistas :
Protágoras (490-420 a.C.)
“O homem é a medida de todas as
coisas”.
Górgias (480-380 a.C.)
“Nada existe; Se algo existe, esse
algo era impossível conhecer; e
ainda que a sua existência fosse
possível, o seu conhecimento
tornava-se incomunicável”.
Relativismo da verdade
+
“O próprio nome de «sofistas», que significa «sábio», desviado do seu sentido original, tornou-se
sinónimo de possuidor de um falso saber, não procurando senão enganar, e fazendo, para isso, um
considerável uso do paralogismo. Aristóteles, seguindo o veredicto do seu mestre Platão, chamará
sofista «ao que tem da sabedoria a aparência, não a realidade», e o «sofisma» será sinónimo de
falso raciocínio. Não só o próprio nome de «sofista» foi desacreditado, mas ainda demasiadas vezes
se expuseram teses mestras dos Sofistas apenas de acordo com a refutação operada pelo
platonismo; deste modo, a imagem da sofística apareceu-nos através de uma distorção, em que os
Sofistas figuram como os eternos vencidos de antemão, que, se existem, é por terem errado. Os
Sofistas possuem (...) personalidade e doutrinas muito diferentes. Quais são, portanto, os traços
comuns que lhes proporcionam uma denominação semelhante? Talvez um determinado número de
temas, como o interesse prestado a problemas sobre a linguagem, à problemática das relações entre
natureza e lei, por exemplo.”
Gilbert Romeyer-Dherbey, Os Sofistas, Edições 70
(analisar texto 2 da fot.)
+ Rutura com o relativismo sofista
Sócrates, Platão e seus discípulos
Não podiam aceitar o relativismo da
verdade, a valorização da retórica em
detrimento da sabedoria
Isto aliado ao facto de os sofistas se
fazerem pagar pelos seus
ensinamentos
Para os sofistas, o discurso só pode ser eficaz,
convincente – a retórica a dominar pelo poder da
palavra (algo com o qual Sócrates e Platão não
concordam)
Uma boa
argumentação,
uma retórica
digna: é aquela
que serve o
filósofo na busca
da verdade.
+ Relação entre os conceitos: filosofia, retórica
e democracia
Filosofia
DemocraciaRetórica
ANEXO II – Analise de textos (a entregar aos estudantes) – Textos 1. e 2.
Pelo meado do século V [a.C.], a situação
de Atenas modificou-se profundamente.
Vitoriosa na guerra contra a Pérsia, na qual
estivera à cabeça da independência helénica,
Atenas alcançou a hegemonia no campo
político, económico e intelectual. Designa-se
comummente este período de «Século de
Péricles», singularizando-o o facto do génio
helénico ter atingido por então o ponto mais
alto da sua actividade criadora, de influência
decisiva não só na cultura ulterior, como na
cultura europeia, pois, como pensava Werner
Jaegar, é neste século V a.C. que «tem a sua
origem a ideia ocidental de cultura».
O plano educativo tradicional tornou-se
insuficiente, tanto mais que o regime da
democracia directa, por então o regime político
ateniense, assente na intervenção directa dos
cidadãos e na competição das ideias e das
correntes de interesses, deu ensejo ao espírito
iluminista, isto é, ao convencimento de que as
«luzes» da razão podem esclarecer e guiar os
diversos aspectos da vida social.”
2.
“O próprio nome de «sofistas», que
significa «sábio», desviado do seu sentido
original, tornou-se sinónimo de possuidor
de um falso saber, não procurando senão
enganar, e fazendo, para isso, um
considerável uso do paralogismo.
Aristóteles, seguindo o veredicto do seu
mestre Platão, chamará sofista «ao que tem
da sabedoria a aparência, não a realidade»,
e o «sofisma» será sinónimo de falso
raciocínio.
Não só o próprio nome de «sofista»
foi desacreditado, mas ainda demasiadas
vezes se expuseram teses mestras dos
Sofistas apenas de acordo com a refutação
operada pelo platonismo; deste modo, a
imagem da sofística apareceu-nos através
de uma distorção, em que os Sofistas
figuram como os eternos vencidos de
antemão, que, se existem, é por terem
errado.
Os Sofistas possuem (...)
personalidade e doutrinas muito diferentes.
Quais são, portanto, os traços comuns que
lhes proporcionam uma denominação
semelhante? Talvez um determinado
número de temas, como o interesse
prestado a problemas sobre a linguagem, à
problemática das relações entre natureza e
lei, por exemplo.”
Gilbert Romeyer-Dherbey, Os Sofistas,
Edições 70
ANEXO III - Conclusões a ditar aos estudantes
Relação entre os conceitos: filosofia, retórica e democracia
A democracia depende da retórica, visto que, é através do confronto de ideias e da
persuasão que se chega a um consenso, permitindo encontrar respostas aos problemas
relacionados com a cidade. A filosofia, por sua vez, serve-se da retórica para aperfeiçoar os
seus argumentos, bem como a sua justificação, visando a procura do conhecimento e da
verdade.
Assim, a retórica irá ser utilizada na democracia, onde irão, igualmente, ser usados
argumentos filosóficos (argumentos esses aperfeiçoados e justificados devido ao uso da
retórica).
ANEXO IV: Proposta de correção da ficha de trabalho
Proposta de correção da ficha de trabalho
1.
1.1. Esta afirmação é falsa, na medida em que, a principal finalidade do sofista consistia em
convencer e manipular o auditório em questão, através da linguagem. Todavia, esta afirmação
seria verdadeira se se referisse ao filósofo.
1.2. Esta afirmação é verdadeira, porque com a chegada da democracia os cidadãos são
convidados a expressarem as suas opiniões e, por isso, a usar livremente a palavra. Devido ao
modelo de educação tradicional, eles não estavam preparados para defender as suas ideias,
daí o surgimento dos sofistas, que vêm colmatar essas falhas, instauradas pelo modelo
educativo tradicional.
1.3. Esta afirmação é falsa, pois as críticas ao movimento sofístico foram dirigidas,
principalmente, por Sócrates e Platão.
1.4. Esta afirmação é verdadeira, visto que, o sofista, mestre da oratória e eloquência, fez da
retórica uma técnica de dar encanto ao discurso, ao recorrer a figuras de estilo, jogos de
palavras e outras estratégias para convencer o auditório. Todas essas estratégias permitiram
que os sofistas fossem associados a excessos estilísticos da retórica.
2. Os principais representantes da revolução contra os sofistas foram Sócrates e Platão. Os
factores que conduziram às críticas destes dois filósofos baseiam-se na finalidade do
movimento sofístico – a manipulação do auditório, através da linguagem –; no caráter
relativo da verdade; e, por conseguinte, devido à verdade ser relativa, o conhecimento reduz-
se à mera opinião (doxa).
3.
3.1. a) A partir das críticas de Sócrates e Platão, o termo «sofista» foi associado ao falso
saber, a uma sabedoria aparente, por oposição ao filósofo. Estas críticas fizeram com que,
durante largos tempos, os sofistas fossem vistos sob um olhar distorcido o que,
consequentemente, enfermou a relação entre a retórica e a filosofia.
3.2. a) Segundo Sócrates, a retórica assume-se como atividade empírica, na medida em que,
tende a produzir «uma certa espécie de agrado e desagrado» e como simulacro da política,
pois não ajuda a encontrar a verdade absoluta, finalidade pretendida pelo filósofo.
4.
Sofista
Filósofo
Caraterísticas: centrado na forma; procura a verdade; desenvolveu a retórica;
desenvolveu a dialética; a finalidade consistia na manipulação do auditório em
questão; centrado no conteúdo do que está a ser proferido; ensinavam a técnica do
discurso com o objetivo de persuadir através da linguagem; professores itinerantes; o
discurso é baseado nos conceitos Verdade e Bem;
ANEXO V – Páginas do manual adotado a utilizar em aula
ANEXO VI - Grelha de observação
Ser e Saber Estar Saber e Saber Fazer
Alunos Pontualidade Material
Comportamento
adequado à sala
de aula
Realiza as
atividades
propostas
Participa
ativamente nas
atividades
propostas
Cuidado na
argumentação
Qualidade e
pertinência nas
respostas solicitadas
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
Classificação:
Não Satisfaz - NS; Satisfaz - S; Bom – B; Muito Bom – MB;

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cruzadinha de filosofia - A ciência
Cruzadinha de filosofia -    A ciênciaCruzadinha de filosofia -    A ciência
Cruzadinha de filosofia - A ciênciaMary Alvarenga
 
HISTÓRIA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13CHS104) D1/D4
HISTÓRIA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13CHS104) D1/D4HISTÓRIA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13CHS104) D1/D4
HISTÓRIA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13CHS104) D1/D4GernciadeProduodeMat
 
Revisão - Filosofia 1 ano (2º Bimestre)
Revisão - Filosofia 1 ano (2º Bimestre)Revisão - Filosofia 1 ano (2º Bimestre)
Revisão - Filosofia 1 ano (2º Bimestre)João Marcelo
 
Exercicio de filosofia
Exercicio de filosofiaExercicio de filosofia
Exercicio de filosofiaMarcio
 
Prova filosofia 1º ano / I bimestre
Prova filosofia 1º ano /  I bimestreProva filosofia 1º ano /  I bimestre
Prova filosofia 1º ano / I bimestreMary Alvarenga
 
O Que é Filosofia? 1º Ano!
O Que é Filosofia? 1º Ano!O Que é Filosofia? 1º Ano!
O Que é Filosofia? 1º Ano!Lu Rebordosa
 
Lista de exercicios da 1ª série com gabarito em agosto
Lista de exercicios da 1ª série com gabarito em agostoLista de exercicios da 1ª série com gabarito em agosto
Lista de exercicios da 1ª série com gabarito em agostoGleycilene Garcia Lima
 
Questões para prova 2º ano do ensino médio ...
Questões para prova                           2º ano do ensino médio         ...Questões para prova                           2º ano do ensino médio         ...
Questões para prova 2º ano do ensino médio ...maiara260894
 
Simulado de filosofia 1 ano
Simulado de filosofia 1 anoSimulado de filosofia 1 ano
Simulado de filosofia 1 anoKiko Viana
 
Cruzadinha de Filosofia - Política, poder e Estado
Cruzadinha de Filosofia -  Política, poder e EstadoCruzadinha de Filosofia -  Política, poder e Estado
Cruzadinha de Filosofia - Política, poder e EstadoMary Alvarenga
 
Aula 3 a felicidade é coletiva - texto e atividade - Prof. Noe Assunção
Aula 3   a felicidade é coletiva - texto e atividade - Prof. Noe AssunçãoAula 3   a felicidade é coletiva - texto e atividade - Prof. Noe Assunção
Aula 3 a felicidade é coletiva - texto e atividade - Prof. Noe AssunçãoProf. Noe Assunção
 
AVALIAÇÃO FINAL O QUE É FILOSOFIA - Prof.Ms. Noe Assunção.docx
AVALIAÇÃO FINAL O QUE É FILOSOFIA - Prof.Ms. Noe Assunção.docxAVALIAÇÃO FINAL O QUE É FILOSOFIA - Prof.Ms. Noe Assunção.docx
AVALIAÇÃO FINAL O QUE É FILOSOFIA - Prof.Ms. Noe Assunção.docxProf. Noe Assunção
 
Filosofia II bimestre- 2º ano
Filosofia  II bimestre- 2º anoFilosofia  II bimestre- 2º ano
Filosofia II bimestre- 2º anoMary Alvarenga
 
Apostila de filosofia 3º ano
Apostila de filosofia 3º anoApostila de filosofia 3º ano
Apostila de filosofia 3º anoDuzg
 
Atividades de Reflexão - Sociologia 1
Atividades de Reflexão - Sociologia 1Atividades de Reflexão - Sociologia 1
Atividades de Reflexão - Sociologia 1Miro Santos
 

Mais procurados (20)

Cruzadinha de filosofia - A ciência
Cruzadinha de filosofia -    A ciênciaCruzadinha de filosofia -    A ciência
Cruzadinha de filosofia - A ciência
 
HISTÓRIA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13CHS104) D1/D4
HISTÓRIA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13CHS104) D1/D4HISTÓRIA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13CHS104) D1/D4
HISTÓRIA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13CHS104) D1/D4
 
Revisão - Filosofia 1 ano (2º Bimestre)
Revisão - Filosofia 1 ano (2º Bimestre)Revisão - Filosofia 1 ano (2º Bimestre)
Revisão - Filosofia 1 ano (2º Bimestre)
 
Exercicio de filosofia
Exercicio de filosofiaExercicio de filosofia
Exercicio de filosofia
 
Introdução a filosofia
Introdução a filosofiaIntrodução a filosofia
Introdução a filosofia
 
Tópico 3 cidadania e direitos sociais
Tópico 3 cidadania e direitos sociaisTópico 3 cidadania e direitos sociais
Tópico 3 cidadania e direitos sociais
 
Prova filosofia 1º ano / I bimestre
Prova filosofia 1º ano /  I bimestreProva filosofia 1º ano /  I bimestre
Prova filosofia 1º ano / I bimestre
 
O Que é Filosofia? 1º Ano!
O Que é Filosofia? 1º Ano!O Que é Filosofia? 1º Ano!
O Que é Filosofia? 1º Ano!
 
Lista de exercicios da 1ª série com gabarito em agosto
Lista de exercicios da 1ª série com gabarito em agostoLista de exercicios da 1ª série com gabarito em agosto
Lista de exercicios da 1ª série com gabarito em agosto
 
Questões para prova 2º ano do ensino médio ...
Questões para prova                           2º ano do ensino médio         ...Questões para prova                           2º ano do ensino médio         ...
Questões para prova 2º ano do ensino médio ...
 
Simulado de filosofia 1 ano
Simulado de filosofia 1 anoSimulado de filosofia 1 ano
Simulado de filosofia 1 ano
 
Cruzadinha de Filosofia - Política, poder e Estado
Cruzadinha de Filosofia -  Política, poder e EstadoCruzadinha de Filosofia -  Política, poder e Estado
Cruzadinha de Filosofia - Política, poder e Estado
 
Aula 3 a felicidade é coletiva - texto e atividade - Prof. Noe Assunção
Aula 3   a felicidade é coletiva - texto e atividade - Prof. Noe AssunçãoAula 3   a felicidade é coletiva - texto e atividade - Prof. Noe Assunção
Aula 3 a felicidade é coletiva - texto e atividade - Prof. Noe Assunção
 
Atividades filosofia mito
Atividades filosofia mitoAtividades filosofia mito
Atividades filosofia mito
 
AVALIAÇÃO FINAL O QUE É FILOSOFIA - Prof.Ms. Noe Assunção.docx
AVALIAÇÃO FINAL O QUE É FILOSOFIA - Prof.Ms. Noe Assunção.docxAVALIAÇÃO FINAL O QUE É FILOSOFIA - Prof.Ms. Noe Assunção.docx
AVALIAÇÃO FINAL O QUE É FILOSOFIA - Prof.Ms. Noe Assunção.docx
 
Cruzadinha política
Cruzadinha políticaCruzadinha política
Cruzadinha política
 
Filosofia II bimestre- 2º ano
Filosofia  II bimestre- 2º anoFilosofia  II bimestre- 2º ano
Filosofia II bimestre- 2º ano
 
Apostila de filosofia 3º ano
Apostila de filosofia 3º anoApostila de filosofia 3º ano
Apostila de filosofia 3º ano
 
Mito e filosofia
Mito e filosofiaMito e filosofia
Mito e filosofia
 
Atividades de Reflexão - Sociologia 1
Atividades de Reflexão - Sociologia 1Atividades de Reflexão - Sociologia 1
Atividades de Reflexão - Sociologia 1
 

Destaque

Plano de ensino português corrigido
Plano de ensino português corrigidoPlano de ensino português corrigido
Plano de ensino português corrigidosimonclark
 
Guia de planejamento de atividades capitulares(1)
Guia de planejamento de atividades capitulares(1)Guia de planejamento de atividades capitulares(1)
Guia de planejamento de atividades capitulares(1)yurifrazaodm
 
OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
OS PRIMEIROS FILÓSOFOSOS PRIMEIROS FILÓSOFOS
OS PRIMEIROS FILÓSOFOSIsabel Aguiar
 
Sofistas e socrates
Sofistas e socratesSofistas e socrates
Sofistas e socratesUNESC
 
Plano de trabalho proeti
Plano de trabalho proetiPlano de trabalho proeti
Plano de trabalho proetiDag Soares
 
Plano de aula História em quadrinhos
Plano de aula História em quadrinhos Plano de aula História em quadrinhos
Plano de aula História em quadrinhos Miriã Cristina
 
ILUMINISMO SÉCULO XVIII
ILUMINISMO SÉCULO XVIIIILUMINISMO SÉCULO XVIII
ILUMINISMO SÉCULO XVIIIIsabel Aguiar
 
Plano de aula 4º ano História
Plano de aula 4º ano HistóriaPlano de aula 4º ano História
Plano de aula 4º ano HistóriaAndré Moraes
 
Plano de ensino religião
Plano de ensino  religiãoPlano de ensino  religião
Plano de ensino religiãosimonclark
 
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA Isabel Aguiar
 
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASILABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASILIsabel Aguiar
 
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIALA SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIALIsabel Aguiar
 
INDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUAINDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUAIsabel Aguiar
 
O REINADO DE D. PEDRO I
O REINADO DE D. PEDRO IO REINADO DE D. PEDRO I
O REINADO DE D. PEDRO IIsabel Aguiar
 
Rebelioes regenciais blog
Rebelioes regenciais blogRebelioes regenciais blog
Rebelioes regenciais blogIsabel Aguiar
 
A EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIXA EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIXIsabel Aguiar
 
QUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIO
QUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIOQUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIO
QUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIOIsabel Aguiar
 

Destaque (20)

Plano de ensino português corrigido
Plano de ensino português corrigidoPlano de ensino português corrigido
Plano de ensino português corrigido
 
Guia de planejamento de atividades capitulares(1)
Guia de planejamento de atividades capitulares(1)Guia de planejamento de atividades capitulares(1)
Guia de planejamento de atividades capitulares(1)
 
OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
OS PRIMEIROS FILÓSOFOSOS PRIMEIROS FILÓSOFOS
OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
 
Os Sofistas
Os SofistasOs Sofistas
Os Sofistas
 
Sofistas e socrates
Sofistas e socratesSofistas e socrates
Sofistas e socrates
 
Português 4ª série
Português 4ª sériePortuguês 4ª série
Português 4ª série
 
Plano de trabalho proeti
Plano de trabalho proetiPlano de trabalho proeti
Plano de trabalho proeti
 
Plano de aula História em quadrinhos
Plano de aula História em quadrinhos Plano de aula História em quadrinhos
Plano de aula História em quadrinhos
 
ILUMINISMO SÉCULO XVIII
ILUMINISMO SÉCULO XVIIIILUMINISMO SÉCULO XVIII
ILUMINISMO SÉCULO XVIII
 
Plano de aula 4º ano História
Plano de aula 4º ano HistóriaPlano de aula 4º ano História
Plano de aula 4º ano História
 
Plano de ensino religião
Plano de ensino  religiãoPlano de ensino  religião
Plano de ensino religião
 
Introdução ao estudo de História
Introdução ao estudo de HistóriaIntrodução ao estudo de História
Introdução ao estudo de História
 
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA
INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA
 
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASILABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
 
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIALA SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
 
INDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUAINDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUA
 
O REINADO DE D. PEDRO I
O REINADO DE D. PEDRO IO REINADO DE D. PEDRO I
O REINADO DE D. PEDRO I
 
Rebelioes regenciais blog
Rebelioes regenciais blogRebelioes regenciais blog
Rebelioes regenciais blog
 
A EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIXA EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIX
 
QUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIO
QUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIOQUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIO
QUESTÕES DE HISTÓRIA - BRASIL IMPÉRIO
 

Semelhante a Plano de aula reg. nº 7 e 8 corrigido

Profª karoline quinzena 07 - 14.04 a 25.04 - filosofia - 1º ano
Profª karoline   quinzena 07 - 14.04 a 25.04 - filosofia - 1º anoProfª karoline   quinzena 07 - 14.04 a 25.04 - filosofia - 1º ano
Profª karoline quinzena 07 - 14.04 a 25.04 - filosofia - 1º anoKaroline Rodrigues de Melo
 
Ppt 11º b regencias 7 e 8 corrigido
Ppt 11º b regencias 7 e 8 corrigidoPpt 11º b regencias 7 e 8 corrigido
Ppt 11º b regencias 7 e 8 corrigidoj_sdias
 
Guião de aula dia 14 de jan.
Guião de aula   dia 14 de jan.Guião de aula   dia 14 de jan.
Guião de aula dia 14 de jan.j_sdias
 
O conhecimento na Grécia antiga
O conhecimento na Grécia antigaO conhecimento na Grécia antiga
O conhecimento na Grécia antigaMary Alvarenga
 
Filosofia, Retórica e Democracia
Filosofia, Retórica e DemocraciaFilosofia, Retórica e Democracia
Filosofia, Retórica e Democraciaatamenteesas
 
Material de filosofia i (2)
Material de filosofia i (2)Material de filosofia i (2)
Material de filosofia i (2)gabriela_eiras
 
Material de filosofia i (2)
Material de filosofia i (2)Material de filosofia i (2)
Material de filosofia i (2)gabriela_eiras
 
Investigação da Filosofia Antiga
Investigação da Filosofia AntigaInvestigação da Filosofia Antiga
Investigação da Filosofia AntigaLuan Ismar
 
Retórica, Filosofia e democracia
Retórica, Filosofia e democraciaRetórica, Filosofia e democracia
Retórica, Filosofia e democraciamluisavalente
 
Os sofistas e a arte de argumentar
Os sofistas e a arte de argumentarOs sofistas e a arte de argumentar
Os sofistas e a arte de argumentarpuenzo
 
Controle social e cidadania
Controle social e cidadaniaControle social e cidadania
Controle social e cidadaniaAllan Vieira
 
Filosofia
FilosofiaFilosofia
Filosofiamafas_
 
APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...
APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...
APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...LehonanSouza
 
APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...
APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...
APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...LehonanSouza
 
Marketing político aula 01 a
Marketing político aula 01 aMarketing político aula 01 a
Marketing político aula 01 apaula_correa
 
Sócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates, Platão e AristótelesSócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates, Platão e AristótelesBruno Carrasco
 

Semelhante a Plano de aula reg. nº 7 e 8 corrigido (20)

Profª karoline quinzena 07 - 14.04 a 25.04 - filosofia - 1º ano
Profª karoline   quinzena 07 - 14.04 a 25.04 - filosofia - 1º anoProfª karoline   quinzena 07 - 14.04 a 25.04 - filosofia - 1º ano
Profª karoline quinzena 07 - 14.04 a 25.04 - filosofia - 1º ano
 
Ppt 11º b regencias 7 e 8 corrigido
Ppt 11º b regencias 7 e 8 corrigidoPpt 11º b regencias 7 e 8 corrigido
Ppt 11º b regencias 7 e 8 corrigido
 
Guião de aula dia 14 de jan.
Guião de aula   dia 14 de jan.Guião de aula   dia 14 de jan.
Guião de aula dia 14 de jan.
 
O conhecimento na Grécia antiga
O conhecimento na Grécia antigaO conhecimento na Grécia antiga
O conhecimento na Grécia antiga
 
Filosofia, Retórica e Democracia
Filosofia, Retórica e DemocraciaFilosofia, Retórica e Democracia
Filosofia, Retórica e Democracia
 
Material de filosofia i (2)
Material de filosofia i (2)Material de filosofia i (2)
Material de filosofia i (2)
 
Material de filosofia i (2)
Material de filosofia i (2)Material de filosofia i (2)
Material de filosofia i (2)
 
Sofistas
SofistasSofistas
Sofistas
 
Investigação da Filosofia Antiga
Investigação da Filosofia AntigaInvestigação da Filosofia Antiga
Investigação da Filosofia Antiga
 
Retórica, Filosofia e democracia
Retórica, Filosofia e democraciaRetórica, Filosofia e democracia
Retórica, Filosofia e democracia
 
Os sofistas e a arte de argumentar
Os sofistas e a arte de argumentarOs sofistas e a arte de argumentar
Os sofistas e a arte de argumentar
 
Controle social e cidadania
Controle social e cidadaniaControle social e cidadania
Controle social e cidadania
 
Filosofia
FilosofiaFilosofia
Filosofia
 
Sofistas 21m ççç
Sofistas 21m çççSofistas 21m ççç
Sofistas 21m ççç
 
APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...
APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...
APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...
 
APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...
APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...
APRESENTAÇÃO SOBRE OS SOFISTAS E SOCRÁTES - ANTENAS NO SÉCULO V - UMA ÉPOCA D...
 
Marketing político aula 01 a
Marketing político aula 01 aMarketing político aula 01 a
Marketing político aula 01 a
 
Textosiv
TextosivTextosiv
Textosiv
 
Filosofia da educação
Filosofia da educaçãoFilosofia da educação
Filosofia da educação
 
Sócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates, Platão e AristótelesSócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates, Platão e Aristóteles
 

Mais de j_sdias

Ppt 11º c
Ppt 11º cPpt 11º c
Ppt 11º cj_sdias
 
Joana ribeiro
Joana ribeiroJoana ribeiro
Joana ribeiroj_sdias
 
Francisca cardoso
Francisca cardosoFrancisca cardoso
Francisca cardosoj_sdias
 
Maria pontes
Maria pontesMaria pontes
Maria pontesj_sdias
 
Assistências rafaela francisca cardoso
Assistências rafaela francisca cardosoAssistências rafaela francisca cardoso
Assistências rafaela francisca cardosoj_sdias
 
Regência 18 francisca cardoso
Regência 18 francisca cardosoRegência 18 francisca cardoso
Regência 18 francisca cardosoj_sdias
 
Regência 16 e 17 francisca cardoso
Regência 16 e 17 francisca cardosoRegência 16 e 17 francisca cardoso
Regência 16 e 17 francisca cardosoj_sdias
 
Regência 14 e 15 francisca cardoso
Regência 14 e 15 francisca cardosoRegência 14 e 15 francisca cardoso
Regência 14 e 15 francisca cardosoj_sdias
 
Heteroavaliação regência-18
Heteroavaliação regência-18Heteroavaliação regência-18
Heteroavaliação regência-18j_sdias
 
Heteroavaliação regência-14-e-15
Heteroavaliação regência-14-e-15Heteroavaliação regência-14-e-15
Heteroavaliação regência-14-e-15j_sdias
 
Ficha de heteroavaliação joana r ibeiro 3.
Ficha de heteroavaliação joana r ibeiro 3.Ficha de heteroavaliação joana r ibeiro 3.
Ficha de heteroavaliação joana r ibeiro 3.j_sdias
 
Ficha de heteroavaliação joana ribeiro 2.
Ficha de heteroavaliação joana ribeiro 2.Ficha de heteroavaliação joana ribeiro 2.
Ficha de heteroavaliação joana ribeiro 2.j_sdias
 
Ficha de heteroavaliação joana ribeiro 1
Ficha de heteroavaliação joana ribeiro   1Ficha de heteroavaliação joana ribeiro   1
Ficha de heteroavaliação joana ribeiro 1j_sdias
 
Heteroavaliação maria pontes 2.
Heteroavaliação maria pontes 2.Heteroavaliação maria pontes 2.
Heteroavaliação maria pontes 2.j_sdias
 
Heteroavaliação maria pontes 3.
Heteroavaliação maria pontes 3.Heteroavaliação maria pontes 3.
Heteroavaliação maria pontes 3.j_sdias
 
Heteroavaliação maria pontes 1
Heteroavaliação maria pontes   1Heteroavaliação maria pontes   1
Heteroavaliação maria pontes 1j_sdias
 
Auto avaliação 3
Auto avaliação 3Auto avaliação 3
Auto avaliação 3j_sdias
 
Auto avaliação 2
Auto avaliação 2Auto avaliação 2
Auto avaliação 2j_sdias
 
Auto avaliação 1
Auto avaliação  1Auto avaliação  1
Auto avaliação 1j_sdias
 
Nota nº de aulas lecionadas
Nota   nº de aulas lecionadasNota   nº de aulas lecionadas
Nota nº de aulas lecionadasj_sdias
 

Mais de j_sdias (20)

Ppt 11º c
Ppt 11º cPpt 11º c
Ppt 11º c
 
Joana ribeiro
Joana ribeiroJoana ribeiro
Joana ribeiro
 
Francisca cardoso
Francisca cardosoFrancisca cardoso
Francisca cardoso
 
Maria pontes
Maria pontesMaria pontes
Maria pontes
 
Assistências rafaela francisca cardoso
Assistências rafaela francisca cardosoAssistências rafaela francisca cardoso
Assistências rafaela francisca cardoso
 
Regência 18 francisca cardoso
Regência 18 francisca cardosoRegência 18 francisca cardoso
Regência 18 francisca cardoso
 
Regência 16 e 17 francisca cardoso
Regência 16 e 17 francisca cardosoRegência 16 e 17 francisca cardoso
Regência 16 e 17 francisca cardoso
 
Regência 14 e 15 francisca cardoso
Regência 14 e 15 francisca cardosoRegência 14 e 15 francisca cardoso
Regência 14 e 15 francisca cardoso
 
Heteroavaliação regência-18
Heteroavaliação regência-18Heteroavaliação regência-18
Heteroavaliação regência-18
 
Heteroavaliação regência-14-e-15
Heteroavaliação regência-14-e-15Heteroavaliação regência-14-e-15
Heteroavaliação regência-14-e-15
 
Ficha de heteroavaliação joana r ibeiro 3.
Ficha de heteroavaliação joana r ibeiro 3.Ficha de heteroavaliação joana r ibeiro 3.
Ficha de heteroavaliação joana r ibeiro 3.
 
Ficha de heteroavaliação joana ribeiro 2.
Ficha de heteroavaliação joana ribeiro 2.Ficha de heteroavaliação joana ribeiro 2.
Ficha de heteroavaliação joana ribeiro 2.
 
Ficha de heteroavaliação joana ribeiro 1
Ficha de heteroavaliação joana ribeiro   1Ficha de heteroavaliação joana ribeiro   1
Ficha de heteroavaliação joana ribeiro 1
 
Heteroavaliação maria pontes 2.
Heteroavaliação maria pontes 2.Heteroavaliação maria pontes 2.
Heteroavaliação maria pontes 2.
 
Heteroavaliação maria pontes 3.
Heteroavaliação maria pontes 3.Heteroavaliação maria pontes 3.
Heteroavaliação maria pontes 3.
 
Heteroavaliação maria pontes 1
Heteroavaliação maria pontes   1Heteroavaliação maria pontes   1
Heteroavaliação maria pontes 1
 
Auto avaliação 3
Auto avaliação 3Auto avaliação 3
Auto avaliação 3
 
Auto avaliação 2
Auto avaliação 2Auto avaliação 2
Auto avaliação 2
 
Auto avaliação 1
Auto avaliação  1Auto avaliação  1
Auto avaliação 1
 
Nota nº de aulas lecionadas
Nota   nº de aulas lecionadasNota   nº de aulas lecionadas
Nota nº de aulas lecionadas
 

Último

Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 

Último (20)

Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 

Plano de aula reg. nº 7 e 8 corrigido

  • 1. Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa Racionalidade Argumentativa e Filosofia 3. Argumentação e Filosofia 3.1. Filosofia, retórica e democracia ___________________________________________________________________________ Regência nº 7 e 8 2º Período 11º B Orientadora Cooperante: Dr.ª Blandina Lopes Professora Estagiária: Rafaela Francisca Cardoso Porto, 2015
  • 2. Dados de Identificação Professora Estagiária: Rafaela Francisca Cardoso Disciplina: Filosofia Ano de Escolaridade: 11º Turma: B Tema: Racionalidade Argumentativa e Filosofia Unidade: Argumentação e Filosofia Subunidade: Filosofia, retórica e democracia Sumário: Introdução ao tema: Filosofia, Retórica e Democracia. O aparecimento dos sofistas e a revolução socrático-platónica. Realização de uma ficha de trabalho. Data: 14/01/2016 Duração: 50 + 50 minutos Regência nº: 7 e 8 Lição nº: 43/44 Objetivos: Gerais:  Contextualizar historicamente Atenas;  Compreender o surgimento da democracia na Grécia Antiga, bem como as suas implicações;  Reconhecer, no âmbito da filosofia socrático-platónica, a diferença entre o “sofista” e o “filósofo”;  Relacionar as abordagens em questão. Específicos:  Relacionar o surgimento dos sofistas com o contexto democrático ateniense;  Caracterizar o movimento sofístico;  Compreender a importância do conceito de Paideia;  Esclarecer o posicionamento de Sócrates e de Platão perante os sofistas;  Considerar as relações entre filosofia, retórica e democracia.
  • 3. Conteúdos Programáticos Objetivos/Competências Conceitos Nucleares Recursos/Estratégias Avaliação Tempo Racionalidade Argumentativa e Filosofia 3. Argumentação e Filosofia 3.1. Filosofia, retórica e democracia Relacionar o surgimento dos sofistas com o contexto democrático ateniense; Caracterizar o movimento sofístico; Referir os sofistas mais importantes da época: Protágoras e Górgias; Compreender a importância do termo Paideia; Política Democracia Sofista Paideia Filósofo Bem Ser Lição nº + Sumário Método dialógico; Apresentação e visionamento de um vídeo; Apresentação PowerPoint – com quadro síntese; Analise de textos; Análise do quadro síntese; Pontualidade; Material; Interação com os colegas; Comportamento; Participação pertinente (autónoma e apropriada); Adequação e articulação dos conceitos previamente adquiridos. 5 min 10 min 25 min 25 min 10 min
  • 4. Esclarecer o posicionamento de Sócrates e de Platão perante os sofistas; Analisar (por contraposição) as diferenças entre os sofistas e os filósofos; Considerar as relações entre filosofia, retórica e democracia. Conclusões; Ficha de Trabalho. 5 min 20 min
  • 5. Fundamentação Científica As aulas lecionadas inserem-se no modulo 3. Argumentação e filosofia, mais especificamente no ponto 3.1. Filosofia, retórica e democracia. É fundamental uma primeira contextualização da Grécia Antiga, assim em meados do século V a.C. em Atenas começava a instituir-se uma ordem democrática e aqui abre-se a vida política à participação dos cidadãos, é importante compreender também o que significava ser “Cidadão” na Grécia Antiga, uma vez que, era um estatuto que apenas podia ser atribuído aos homens livres, e no caso de não serem considerados cidadãos, não tinham participação cívica, não eram assim considerados cidadãos: pessoas com menos de 20 anos, os estrangeiros denominados por metecos, os escravos e as mulheres. Era emergente uma formação particular para a conquista do poder, uma formação que proporcionasse uma boa capacidade de discursar nas assembleias perante os cidadãos, por forma a persuadir e convencer o auditório, isto porque já se estava perante um cenário de alterações a vários níveis, alterações como: a atividade agrícola que se via atualmente numa atividade comercial, o tratamento da justiça que já se encontrava mais centrado no ser humano, o próprio modelo de educação é alterado sendo o seu fundamento na base de que argumentar é fundamental para toda e qualquer atividade. Neste cenário de progresso e, portanto, de uma ordem democrática, surgem os Sofistas (do seu sentido original de “sábio” e de “especialista”). Os sofistas eram professores itinerantes que viviam para ensinar os jovens cidadãos, centrando o seu ensino mais na forma do que no conteúdo, ensinando a técnica de discursar quase como uma arte de realçar e destacar os seus discursos em função da conveniência de cada um. Os sofistas com maior destaque foram Protágoras e Górgias, surgem então a partir do início da segunda metade do séc. V a.C. como professores que iam de cidade em cidade, no que concerne a Protágoras (490-420 a.C.), autor da célebre frase “o homem é a medida de todas as coisas”, defendia que a verdade dos discursos é a verdade que serve ao ser humano (concreto), uma verdade relativa porque é feita à medida das necessidades e circunstâncias de A vida do homem não pode “ser vivida” repetindo os padrões da espécie;é ele próprio – cada um de nós – quem deve viver . - Erich Fromm, Ética e Psicanálise
  • 6. cada um. Com Górgias (480-380 a.C.), podemos destacar as seguintes palavras: “Nada existe; se algo existe, esse algo era impossível conhecer; e ainda que a sua existência fosse possível, o seu conhecimento tornava-se incomunicável”, com esta declaração, Górgias baseia-se na pluralidade de sentidos encontrada nas palavras, sendo Górgias ainda mais cético do que Protágoras podemos falar numa complementaridade entre os dois. A Grécia desta época torna-se palco de um conjunto de transformações que contribuem para o estabelecimento de condições geográficas, históricas e culturais que se traduzem no “milagre grego” e, no séc. V a. C. vigorava então em Atenas um regime democrático que, por um lado convidava à intervenção direta dos cidadãos nas decisões políticas da cidade (polis) e, por um outro lado, fomentava a competitividade de interesses na luta pelo poder político, poder este que se conquistava pela retórica: entendida como a arte de seduzir e convencer. Os sofistas contribuíram ainda para a formação da Paideia, fonte da formação e cultura ocidentais em que a própria cultura, construída a partir da educação, era direcionada para que o homem evolui-se, tanto em si mesmo enquanto homem como em cidadão, e o resultado que se pretendia era que se estivesse perante um processo de construção e edificação do homem pela sua vida em diante. Assiste-se a uma visão depreciativa dos sofistas pelos filósofos Sócrates e Platão, bem como pelos seus discípulos, os filósofos olhavam os sofistas, que cobravam pelo seu ensino, como praticantes de um relativismo que punha em causa a verdade e valorizava exclusivamente a retórica como um discurso persuasivo, ao invés da sabedoria. Tinham assim, os sofistas, o discurso como instrumento de poder, desprovido de verdade e de bem, em oposição à conduta filosófica que privilegia precisamente o valor de verdade e de bem, abandonando por completo qualquer intenção do domínio opinativo ou de aparência. Os sofistas, como vimos, levavam a sua pedagogia ligada à retórica (arte de bem falar), e à dialética (forma para, posteriormente, destruírem – em situação, o adversário), sendo a técnica mais usada o diálogo. O ideal de vida que praticavam, passava, essencialmente, por uma vida prática em que o cidadão tinha de ser interveniente na vida pública, sendo o seu ideal educativo o de uma aprendizagem de técnicas discursivas que permitissem a tão desejada intervenção pública, atingindo assim a felicidade pelo sucesso social e político (poder, prazer e riqueza), estamos então perante um ideal de conhecimento que, segundo Sócrates e Platão não visa a verdade, pois tem como único objetivo atender a técnicas de persuasão num dado auditório. Os filósofos como Sócrates e o seu discípulo Platão recusam então a ideia sofistica pelo uso que atribuem à palavra e pela forma como encaminhavam os jovens à ideia de
  • 7. conhecimento que os mesmo tinham e seguiam, perante isto, não podiam aceitar este relativismo da verdade, esta valorização da retórica como discurso persuasivo sem nunca valorizarem devidamente a sabedoria, tudo isto aliado ao facto de fazerem os jovens pagar pelos ensinamentos que deles recebiam, cria este repúdio por parte dos filósofos. Por isto, através de um método que visa o diálogo e no termino de tudo o que lhe for oposto, Sócrates e Platão dão inicio à divisão profunda que durante séculos dividirá a filosofia da retórica. Para melhor percebemos estas diferenças impostas por Sócrates e Platão, atendamos às mais relevantes diferenças entre um sofista e um filósofo, sendo estas claramente distintas e, portanto, completamente separáveis: O sofista atende à forma do discurso enquanto que o filósofo atende ao conteúdo, o sofista procura o discurso eficaz enquanto o filósofo procura o discurso verdadeiro, o sofista baseia o seu discurso na aparência e o filósofo na Verdade e no Bem, e enquanto o sofista ensina uma técnica e não mais que isso, o filósofo procura a verdade absoluta de tudo o que aprende, e posteriormente, ensina. É importante, por fim, compreender a relação estre os três conceitos: filosofia, retórica e democracia, compreendemos em primeiro que nas sociedades democráticas o regime político tem por base o diálogo e a procura coletiva das melhores soluções para os problemas da sociedade, e tal como na democracia o poder obtém-se através da palavra usada e com a devida persuasão em assembleia. Sendo os sofistas tradicionalmente considerados mestres do saber, que ensinavam a arte da retórica e a democracia depende, em certa medida da retórica, na medida em que, é através do confronto de ideias que vão chegando a um consenso, e esse permite resolver os problemas das sociedades. Já a filosofia influência a retórica, que por si influência a democracia, pois a filosofia usa a retórica para melhorar a argumentação e a justificação dos seus argumentos ou teses e, neste caso, a retórica vai ser utilizada na democracia, na qual serão utilizados argumentos filosóficos. Em jeito de conclusão, e retomando o inicio da presente aula, podemos considerar que o discurso do sofista representa uma grande possibilidade de levar a linguagem a instâncias não conhecidas anteriormente; tem o poder de educar e de fazer ignorar, consoante o interesse de quem está a utilizá-lo. Deste modo, os sofistas foram, na pior das hipóteses, um mal necessário ou uma etapa que teve que existir, caso contrário seria difícil conceber Sócrates e Platão sem as suas tentativas de obliterar a prática de uma dialética contraditória.
  • 8. Fundamentação Pedagógico-Didática As aulas lecionadas inserem-se no modulo 3. Argumentação e filosofia, mais especificamente no ponto 3.1. Filosofia, retórica e democracia. Dando inicio à explicitação dos conteúdos relativos à presente aula, procederemos à mostra dos conteúdos (com uma contextualização histórica de Atenas no séc. V a.C.), com recurso a PowerPoint e seguindo slide a slide, onde em cada um decorrerá a devida explicitação dos elementos que integram os conteúdos a tratar, que se desenvolvem em volta do tema: Argumentação e filosofia. Um dos recursos a ser utilizado é o PowerPoint, sendo uma das ferramentas mais utilizadas em contexto de sala de aula, na medida em que, nela podemos inserir imagens, animações, esquemas, mapas conceptuais, etc., os quais quando em conformidade com a matéria a lecionar são uma mais valia para os estudantes, na medida em que, promovem a interação dos alunos e, consequentemente, o seu proveito da aula poderá ser maior. A escolha deste recurso prende-se com o facto de a matéria a lecionar permitir alguma diversidade de conteúdo e ser fundamental uma constante ligação do mesmo, assim torna-se mais fácil a compreensão com recurso a imagens, textos ou vídeos, e com uma apresentação PowerPoint, podem assim, estar inseridos todos os elementos de uma forma mais simples e, como se pretende, mais clara. Durante a análise e explicitação do PowerPoint, será pedido aos estudantes que abram o manual, para conjuntamente com o professor lerem e analisarem os textos presentes no manual adotado acerca do tema em questão, “na medida em que eles podem constituir-se como matéria mesma sobre a qual a atividade filosófica, como atividade interpretativa, se pode exercer (...). Este processo, simultâneo, de descentração e alargamento da experiência pessoal, cria condições favoráveis ao exercício filosófico da crítica e compreensão” (Programa de Filosofia, pp. 9). Tendo então em conta a importância do recurso a trabalho de texto, considera-se o mesmo, um trabalho fundamental na Filosofia, bem como em todo o processo ensino-aprendizagem. Posteriormente, e já num momento final, é projetado um quadro que pretende tornar mais claro aos estudantes as diferenças entre a sofistica e a filosofia socrático-platónica. Por fim, os estudantes procederão à realização de uma ficha de trabalho, na qual os estudantes encontram questões de resposta mais curta e questões que lhes exigirão um trabalho mais minucioso, sendo estas de resposta longa. Os diferentes tipos de questão procuram ir de encontro não só dos alunos que se identificam mais com respostas curtas, mas
  • 9. também, dos que encontram a sua expressão através de questões com um teor acrescido ao nível do desenvolvimento. Nesta medida, a presente ficha de trabalho pretende aferir a compreensão dos estudantes relativamente aos conteúdos lecionados, e ainda, contribuir para o modo como consolidam hábitos de trabalho.
  • 10. Bibliografia Abrunhosa, M., Leitão, M. (2008). Um outro olhar sobre o mundo. Porto: Edições ASA. Almeida, A. (2003). Dicionário Escolar de Filosofia. Lisboa: Plátano Editora. Almeida, A. (2007). Arte de Pensar 11º ano – Vol. 2. Lisboa: Didática Editora. Almeida, A., Murcho, D. (2014). 50 Lições de Filosofia 11.º Ano. Didática Editora. Amorim, C., Pires, C. (2012). Percursos 11º Ano. Areal Editores. Borges, J.F., Paiva, M., &Tavares, O. (2014). Novos Contextos 11º Ano. Porto: Porto Editora. Henriques, F., Vicente, J., Barros, M. (2001). Programa de Filosofia 10 e 11º Anos.
  • 11. Anexos ANEXO I – PowerPoint + 3. Argumentação e Filosofia 3.1. Filosofia, retórica e democracia Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa Ano letivo 2015-16 +
  • 12. + Meados do Século V. a.C. Atenas começa a instituir a ordem democrática, abrindo a vida política à participação dos cidadãos. A investigação racional sobre a physis (a natureza) é secundarizada pela preocupação de preparar os jovens para a vida pública. O ensino tradicional torna-se insuficiente. Assiste-se à necessidade de uma formação específica para a conquista do poder, uma formação que conferisse capacidade de discursar nas assembleias de cidadãos, para persuadir e convencer o auditório. Passagem de uma reflexão mais cosmocêntrica para uma mais antropocêntrica + Contexto histórico-cultural (analisar texto 1 da fot.) “Pelo meado do século V [a.C.], a situação de Atenas modificou-se profundamente. Vitoriosa na guerra contra a Pérsia, na qual estivera à cabeça da independência helénica, Atenas alcançou a hegemonia no campo político, económico e intelectual. Designa-se comummente este período de «Século de Péricles», singularizando-o o facto do génio helénico ter atingido por então o ponto mais alto da sua actividade criadora, de influência decisiva não só na cultura ulterior, como na cultura europeia, pois, como pensava Werner Jaegar, é neste século V a.C. que «tem a sua origem a ideia ocidental de cultura». O plano educativo tradicional tornou-se insuficiente, tanto mais que o regime da democracia direta, por então o regime político ateniense, assente na intervenção direta dos cidadãos e na competição das ideias e das correntes de interesses, deu ensejo ao espírito iluminista, isto é, ao convencimento de que as «luzes» da razão podem esclarecer e guiar os diversos aspetos da vida social.” Joaquim de Carvalho, História das Instituições e Pensamento Político, F. C. Gulbenkian
  • 13. + “Os sofistas foram os primeiros a reconhecerem o valor formativo do saber e elaboraram o conceito de cultura (Paideia) que não é a soma de noções, nem tão pouco apenas o processo da sua aquisição, mas formação do homem no seu ser concreto, como membro de um povo ou de um ambiente social. Os sofistas foram mestres da cultura.” ABBAGNANO, História da Filosofia, vol. I, p. 98 + Principais Sofistas : Protágoras (490-420 a.C.) “O homem é a medida de todas as coisas”. Górgias (480-380 a.C.) “Nada existe; Se algo existe, esse algo era impossível conhecer; e ainda que a sua existência fosse possível, o seu conhecimento tornava-se incomunicável”. Relativismo da verdade
  • 14. + “O próprio nome de «sofistas», que significa «sábio», desviado do seu sentido original, tornou-se sinónimo de possuidor de um falso saber, não procurando senão enganar, e fazendo, para isso, um considerável uso do paralogismo. Aristóteles, seguindo o veredicto do seu mestre Platão, chamará sofista «ao que tem da sabedoria a aparência, não a realidade», e o «sofisma» será sinónimo de falso raciocínio. Não só o próprio nome de «sofista» foi desacreditado, mas ainda demasiadas vezes se expuseram teses mestras dos Sofistas apenas de acordo com a refutação operada pelo platonismo; deste modo, a imagem da sofística apareceu-nos através de uma distorção, em que os Sofistas figuram como os eternos vencidos de antemão, que, se existem, é por terem errado. Os Sofistas possuem (...) personalidade e doutrinas muito diferentes. Quais são, portanto, os traços comuns que lhes proporcionam uma denominação semelhante? Talvez um determinado número de temas, como o interesse prestado a problemas sobre a linguagem, à problemática das relações entre natureza e lei, por exemplo.” Gilbert Romeyer-Dherbey, Os Sofistas, Edições 70 (analisar texto 2 da fot.) + Rutura com o relativismo sofista Sócrates, Platão e seus discípulos Não podiam aceitar o relativismo da verdade, a valorização da retórica em detrimento da sabedoria Isto aliado ao facto de os sofistas se fazerem pagar pelos seus ensinamentos Para os sofistas, o discurso só pode ser eficaz, convincente – a retórica a dominar pelo poder da palavra (algo com o qual Sócrates e Platão não concordam) Uma boa argumentação, uma retórica digna: é aquela que serve o filósofo na busca da verdade.
  • 15. + Relação entre os conceitos: filosofia, retórica e democracia Filosofia DemocraciaRetórica
  • 16. ANEXO II – Analise de textos (a entregar aos estudantes) – Textos 1. e 2. Pelo meado do século V [a.C.], a situação de Atenas modificou-se profundamente. Vitoriosa na guerra contra a Pérsia, na qual estivera à cabeça da independência helénica, Atenas alcançou a hegemonia no campo político, económico e intelectual. Designa-se comummente este período de «Século de Péricles», singularizando-o o facto do génio helénico ter atingido por então o ponto mais alto da sua actividade criadora, de influência decisiva não só na cultura ulterior, como na cultura europeia, pois, como pensava Werner Jaegar, é neste século V a.C. que «tem a sua origem a ideia ocidental de cultura». O plano educativo tradicional tornou-se insuficiente, tanto mais que o regime da democracia directa, por então o regime político ateniense, assente na intervenção directa dos cidadãos e na competição das ideias e das correntes de interesses, deu ensejo ao espírito iluminista, isto é, ao convencimento de que as «luzes» da razão podem esclarecer e guiar os diversos aspectos da vida social.” 2. “O próprio nome de «sofistas», que significa «sábio», desviado do seu sentido original, tornou-se sinónimo de possuidor de um falso saber, não procurando senão enganar, e fazendo, para isso, um considerável uso do paralogismo. Aristóteles, seguindo o veredicto do seu mestre Platão, chamará sofista «ao que tem da sabedoria a aparência, não a realidade», e o «sofisma» será sinónimo de falso raciocínio. Não só o próprio nome de «sofista» foi desacreditado, mas ainda demasiadas vezes se expuseram teses mestras dos Sofistas apenas de acordo com a refutação operada pelo platonismo; deste modo, a imagem da sofística apareceu-nos através de uma distorção, em que os Sofistas figuram como os eternos vencidos de antemão, que, se existem, é por terem errado. Os Sofistas possuem (...) personalidade e doutrinas muito diferentes. Quais são, portanto, os traços comuns que lhes proporcionam uma denominação semelhante? Talvez um determinado número de temas, como o interesse prestado a problemas sobre a linguagem, à problemática das relações entre natureza e lei, por exemplo.” Gilbert Romeyer-Dherbey, Os Sofistas, Edições 70
  • 17. ANEXO III - Conclusões a ditar aos estudantes Relação entre os conceitos: filosofia, retórica e democracia A democracia depende da retórica, visto que, é através do confronto de ideias e da persuasão que se chega a um consenso, permitindo encontrar respostas aos problemas relacionados com a cidade. A filosofia, por sua vez, serve-se da retórica para aperfeiçoar os seus argumentos, bem como a sua justificação, visando a procura do conhecimento e da verdade. Assim, a retórica irá ser utilizada na democracia, onde irão, igualmente, ser usados argumentos filosóficos (argumentos esses aperfeiçoados e justificados devido ao uso da retórica).
  • 18. ANEXO IV: Proposta de correção da ficha de trabalho Proposta de correção da ficha de trabalho 1. 1.1. Esta afirmação é falsa, na medida em que, a principal finalidade do sofista consistia em convencer e manipular o auditório em questão, através da linguagem. Todavia, esta afirmação seria verdadeira se se referisse ao filósofo. 1.2. Esta afirmação é verdadeira, porque com a chegada da democracia os cidadãos são convidados a expressarem as suas opiniões e, por isso, a usar livremente a palavra. Devido ao modelo de educação tradicional, eles não estavam preparados para defender as suas ideias, daí o surgimento dos sofistas, que vêm colmatar essas falhas, instauradas pelo modelo educativo tradicional. 1.3. Esta afirmação é falsa, pois as críticas ao movimento sofístico foram dirigidas, principalmente, por Sócrates e Platão. 1.4. Esta afirmação é verdadeira, visto que, o sofista, mestre da oratória e eloquência, fez da retórica uma técnica de dar encanto ao discurso, ao recorrer a figuras de estilo, jogos de palavras e outras estratégias para convencer o auditório. Todas essas estratégias permitiram que os sofistas fossem associados a excessos estilísticos da retórica. 2. Os principais representantes da revolução contra os sofistas foram Sócrates e Platão. Os factores que conduziram às críticas destes dois filósofos baseiam-se na finalidade do movimento sofístico – a manipulação do auditório, através da linguagem –; no caráter relativo da verdade; e, por conseguinte, devido à verdade ser relativa, o conhecimento reduz- se à mera opinião (doxa). 3. 3.1. a) A partir das críticas de Sócrates e Platão, o termo «sofista» foi associado ao falso saber, a uma sabedoria aparente, por oposição ao filósofo. Estas críticas fizeram com que, durante largos tempos, os sofistas fossem vistos sob um olhar distorcido o que, consequentemente, enfermou a relação entre a retórica e a filosofia.
  • 19. 3.2. a) Segundo Sócrates, a retórica assume-se como atividade empírica, na medida em que, tende a produzir «uma certa espécie de agrado e desagrado» e como simulacro da política, pois não ajuda a encontrar a verdade absoluta, finalidade pretendida pelo filósofo. 4. Sofista Filósofo Caraterísticas: centrado na forma; procura a verdade; desenvolveu a retórica; desenvolveu a dialética; a finalidade consistia na manipulação do auditório em questão; centrado no conteúdo do que está a ser proferido; ensinavam a técnica do discurso com o objetivo de persuadir através da linguagem; professores itinerantes; o discurso é baseado nos conceitos Verdade e Bem;
  • 20. ANEXO V – Páginas do manual adotado a utilizar em aula
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26. ANEXO VI - Grelha de observação Ser e Saber Estar Saber e Saber Fazer Alunos Pontualidade Material Comportamento adequado à sala de aula Realiza as atividades propostas Participa ativamente nas atividades propostas Cuidado na argumentação Qualidade e pertinência nas respostas solicitadas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15.