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Os sofistas e a arte de argumentar
Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em
cidade realizando aparições públicas (discursos, etc.) para atrair estudantes, de
quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus
ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de
argumentação. Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus
discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada.
Protágoras (481 a.C.-420 a.C.), Górgias (483 a.C.-376 a.C.), e sócrates (436 a.C.-
338 a.C.) estão entre os primeiros sofistas conhecidos.
Protagoras foi o primeiro sofista a aceitar dinheiro (pagamento) dos seus
ensinamentos
Diversos sofistas questionaram a então sabedoria recebida pelos deuses e a
supremacia da cultura grega (uma idéia absoluta à época). Argumentavam, por
exemplo, que as práticas culturais existiam em função de convenções ou "nomos",
e que a moralidade ou imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do
contexto cultural em que aquele ocorreu. Tal posição questionadora levou-os a
serem perseguidos, inclusive, por aqueles que se diziam amar a sabedoria: os
filósofos gregos.
A conhecida frase "o homem é a medida de todas as coisas" surgiu dos
ensinamentos sofistas. Uma das mais famosas doutrinas sofistas é a teoria do
contra-argumento. Eles ensinavam que todo e qualquer argumento poderia ser
refutado por outro argumento, e que a efetividade de um dado argumento residiria
na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente
verdadeiro) perante uma dada platéia.
Os Sofistas foram considerados os primeiros advogados do mundo,
[1]
ao cobrar de
seus clientes para efetuar suas defesas, dada sua alta capacidade de
argumentação. São também considerados por muitos os guardiões da democracia
na antiguidade, na medida em aceitavam a relatividade da verdade. Hoje, a
aceitação do "ponto de vista alheio" é a pedra fundamental da democracia
moderna.
Sofística era originalmente o termo dado às técnicas ensinadas por um grupo
altamente respeitado de professores retóricos na Grécia antiga. O uso moderno da
palavra, sugestionando um argumento inválido composto de raciocínio especioso,
não é necessariamente o representante das convicções dos sofistas originais, a
não ser daquele que geralmente ensinaram retóricas. Os sofistas só são
conhecidos hoje pelas escritas de seus oponentes (mais especificamente, Platão e
Aristóteles) que dificulta formular uma visão completa das convicções dos sofistas.
Os sofistas são os primeiros a romperem com a busca pré-socrática por uma
unidade originária iniciada com Tales de Mileto e finalizada em Demócrito de
Abdera (que embora tenha falecido pouco tempo depois de Sócrates, tem seu
pensamento inserido dentro da filosofia pré-socrática).
A principal doutrina sofística consiste, em uma visão relativa de mundo (o que os
contrapõe a Sócrates que, sem negar a existência de coisas relativas, buscava
verdades universais e necessárias). A principal doutrina sofística pode ser
expressa pela máxima de Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas".
Tal máxima expressa o sentido de que não é o ser humano quem tem de se
moldar a padrões externos a si, que sejam impostos por qualquer coisa que não
seja o próprio ser humano, e sim o próprio ser humano deve moldar-se segundo a
sua liberdade.
Outro sofista famoso foi Górgias de Leôncio, que afirmava que o 'ser' não existia.
Segundo Górgias, mesmo que se admitisse que o 'ser' exista, é impossível captá-
lo. Mesmo que isso fosse possível, não seria possível enunciá-lo de modo
verdadeiro e, portanto, seria sempre impossível qualquer conhecimento sobre o
'ser'.
Estas visões contrastantes com a de Sócrates (que foram adotadas também por
Platão e Aristóteles, bem como sua "luta" anti-sofista) somada ao fato de ser
estrangeiros - o que lhes conferia um menor grau de credibilidade entre os
atenienses - contribuiu para que seu pensamento fosse sub valorizado até os
tempos recentes.
A sofistica e a arte democrática
Foram os sofistas que deram uma resposta às necessidades da democracia
grega, ou seja, exercer a cidadania por meio do discurso. "Isso não há que se
negar como dado comum a todos os sofistas: são eles homens dotados de
domínio da palavra, e que ensinam a seus auditórios (auditórios abertos ou
círculos de iniciados) a arte da retórica, com vista no incremento da arte
persuasiva.
O domínio da arte retórica, por parte de homens dotados da técnica da utilização
das palavras, explicam Bittar e Almeida (p. 94), era necessário não somente na
praça pública mas também para atuar perante os magistrados, na tribuna: "As
palavras tornaram-se o elemento primordial para a definição do justo e do injusto.
A técnica argumentativa faculta ao orador, por mais difícil que seja sua causa
jurídica, suplantar as barreiras dos preconceitos sobre o justo e o injusto e
demonstrar aquilo que aos olhos vulgares não é imediatamente visível."
Talvez se tenha noção, vulgarmente, de que os sofistas – muitos deles
estrangeiros - formaram uma única escola, por estarem no cenário das polêmicas
com Sócrates (469-399 a.C) e seu discípulo Platão (427-347 a.C.). "Os sofistas
sempre foram mal interpretados por causa das críticas que a eles fizeram
Sócrates e Platão. A imagem de certa forma caricatural da sofística tem sido
reelaborada na tentativa de resgatar a sua verdadeira importância", assinalam
Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins (p. 120)
Sócrates acusou os sofistas de "prostituição" simplesmente porque estes
ensinavam para aqueles que pudessem pagá-los, sendo os primeiros
"professores", na concepção atual da palavra, ensinam Aranha e Martins (p. 120):
"Cabe aqui um reparo: na Grécia Antiga, apenas a aristocracia se ocupava com o
trabalho intelectual, pois gozava do ócio, ou seja, da disponibilidade de tempo, já
que o trabalho manual, de subsistência, era ocupação de escravos. Ora, os
sofistas, geralmente pertencentes à classe média, fazem das aulas seu ofício, por
não serem suficientemente ricos para se darem ao luxo de filosofarem."
No entanto, os sofistas sistematizaram o ensino, formando um currículo, explicam
Aranha e Martins (p. 120): "gramática (da qual são iniciadores), retórica e dialética;
por influência dos pitagóricos, desenvolvem a aritmética, a geometria, a
astronomia e a música."
Os sofistas foram os primeiros a estabelecer uma diferença entre natureza e a lei
humana sem, no entanto, contrapô-las, explica Flamariam Tavares Leite (p. 23),
na etapa original. O justo e o injusto, para os sofistas, não se originará na natureza
das coisas, mas nas opiniões e convenções humanas, na forma da lei oriunda da
sua opinião Em semelhança ao que versa o positivismo jurídico atual, segundo
eles, o justo é o que está segundo a lei, e injusto o que a contraria. Numa segunda
etapa, os sofistas afirmariam que a natureza se opõe à lei humana. "Nesta,
encontra-se fundada a igualdade natural de todos os homens; naquela, sua
desigualdade antinatural", ensina Leite (p. 23).
Com os sofistas, opositores radicais da tradição surgiam o relativo, o provável, o
possível, o instável, o convencional, afirmam Bittar e Almeida (p. 94) Nessa
segunda etapa, de predomínio da lei humana sobre a natureza, os sofistas
optaram pela prevalência desta, que libertaria os humanos dos laços de barbárie.
A deliberação sobre o conteúdo das leis não teria origem na natureza ou na
divindade (nem mesmo com base nas deusas da justiça, mas na vontade humana.
A justiça é definida por critérios humanos, e não naturais. Se fossem naturais,
todas as leis seriam iguais. Pode parecer democrático tudo isso. Mas atenção.
Alguns cultores da sofística assinalavam que os homens deveriam submeter-se ao
poder daquele que ascendesse ao controle da cidade por meio da força; a justiça
é vantagem para aquele que domina e não para aquele que é dominado.
O conceito de justiça, para os sofistas, é igualado ao de lei. Justo é o que está na
lei, o que foi dito pelo legislador. "Em outras palavras, a mesma inconstância da
legalidade (o que é lei hoje poderá não ser amanhã) passa a ser aplicada à justiça
(o que é justo hoje poderá não ser amanhã). Nada do que se pode dizer absoluto
(imutável, perene, eterno, incontestável...) é aceito pela sofística. Está aberto
campo para o relativismo da justiça.
A sofística não se reduz a psicologia dos pré-socráticos do qual é herdeira, a
superação da psicologia para a metafísica clássica não seria possível sem o
acontecimento da sofística. No Teeteto, o sofista Protágoras em companhia do
pré-socrático Heráclito, afirma de que “conhecimento” não é senão “sensação”.
Sócrates traz para ser lembrado como se fosse um enunciado, a mais famosa
sentença de um sofista, a máxima protagórica “o homem é a medida de todas as
coisas, das que são enquanto (como) são, das que não são enquanto (como) não
são” que seria interpretada como um relativismo radical e para entender a parte
em que entra o mobilismo de Heráclito assim aparece o enunciado primordial do
mobilismo “nada nunca é, sempre vem a ser” que depois Aristóteles domesticou,
pois os contemporâneos de Sócrates não diferenciavam claramente entre um
sofista e um filósofo.
O pensamento pré-socrático e a sofística se encontram na frase “todos os
pareceres e todos os fenômenos são verdadeiro. O relativismo protágorico se
desdobra no teor ontológico com implicações políticas,” acerca de cada coisa há
dois discursos opostos um ao outro”,isso é bem sofístico e grego “se não é
possível escolher o melhor que se escolha o menos pior”e seria bem “pós-
moderno” é possível que os sofistas sejam os autênticos representantes da Grécia
clássica, o comentário de agnosticismo de Protágoras sobre os deuses, é
fundamental para o espírito democrático triunfar e foi por causa do mesmo, que
Sócrates surgiu.
É necessário reconhecer que os discursos humanos se movem no plano da dóxa
(aparência e da opinião) nessa época e que pelas mãos de um sofista, Anti-fonte
de Atenas surge o discurso jurídico que simula a situação do tribunal, discurso de
acusação seguida do discurso de defesa, acusação, defesa... “as querelas
humanas na ausência de um onisciente se resolve no plano da verossimilhança e
não no da verdade”, que ninguém é dono da razão, j que, todos tem uma cota
parcial.
A sofística era autêntica filosofia da época e é pelas mãos e boca dos sofistas e a
explicitação da filosofia que eles testemunharam a tomada de consciência do que
difere natureza e lei, tira o homem da clausura das teocracias, joga para si mesmo
o risco da autonomia e novamente por essa causa, pode surgir à democracia e
também Sócrates.
Na política os sofistas e os pré-socráticos se separam na física, até então
caminhavam juntos. A política feita inteiramente de multiplicidade, os sofistas
foram os grandes mestres em ensinar a falar por si e a defender-se, arte das
argumentações sofísticas.
Platão e Xenofonte representam um Sócrates anti-sofístico, mas Sócrates de fato
viveu e morreu como sofista, viveu como refutador, mestre de virtude, desviando a
atenção da juventude, e morreu como um corruptor da juventude e um adulterador
de teologia existente.
Trouxe a filosofia dos céus para a terra, colocando os interesses nas questões
sobre as virtudes, aplica-se também aos sofistas, que eram os mestres das
virtudes na época, Sócrates se opõe ao relativismo dos sofistas na medida, que
busca a unidade e a universalidade, foi o mestre direto ou indireto de quase todos
os fundadores das escolas pós-socráticas, cada um reivindicando para si o melhor
das lições do professor, esses e também os que não fundaram escolas foram
chamados de “socráticos menores”, Platão e Aristóteles “socráticos maiores”
Sócrates dizia freqüentemente que nada sabia, não se apresentava como
“reservatório” de múltiplas doutrinas e todas essas escolas diferentes são
fundadas tendo como modelo o mesmo homem. Ele explica esse paradoxo “que o
que menos saiba, desde que o saiba, seja o mais sábio”. Sócrates tinha uma
missão do deus Delfos de investigar os que diziam sábios e é nesse ponto que ele
é considerado mais anti-sofista, com questionamento e ironia (ignorância
simulada), pela maiêutica ele desbanca a arte das discussões sutis e
argumentações sofísticas, a competência dele para desfazer as verdades prontas,
abrandar a arrogância dos que acham que detêm a verdade. “Saber que não sabe
é saber”.
Sócrates cativou tantos discípulos e cada um tomou rumos diferentes porque a
lição do mestre foi aprendida: Autonomia é o seu nome, a remoção de toda
superstição, preconceito, modismo adesismo, irreflexão, tarefa do professor é a
remoção e a tarefa discípulo a definição.
A consciência moral é o grande tema de estudo para Sócrates, elabora sua
filosofia e faz história, principal preceito “conhece-te a ti mesmo”, o agente da ação
é responsabilizado pelos seus atos, faz nascer à metafísica que seria tratar as
coisas como sujeita, em Sócrates a origem de reduzir os juízos de valor, a
realidade.

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Os sofistas e a arte de argumentar

  • 1. Os sofistas e a arte de argumentar Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas (discursos, etc.) para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada. Protágoras (481 a.C.-420 a.C.), Górgias (483 a.C.-376 a.C.), e sócrates (436 a.C.- 338 a.C.) estão entre os primeiros sofistas conhecidos. Protagoras foi o primeiro sofista a aceitar dinheiro (pagamento) dos seus ensinamentos Diversos sofistas questionaram a então sabedoria recebida pelos deuses e a supremacia da cultura grega (uma idéia absoluta à época). Argumentavam, por exemplo, que as práticas culturais existiam em função de convenções ou "nomos", e que a moralidade ou imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do contexto cultural em que aquele ocorreu. Tal posição questionadora levou-os a serem perseguidos, inclusive, por aqueles que se diziam amar a sabedoria: os filósofos gregos. A conhecida frase "o homem é a medida de todas as coisas" surgiu dos ensinamentos sofistas. Uma das mais famosas doutrinas sofistas é a teoria do contra-argumento. Eles ensinavam que todo e qualquer argumento poderia ser refutado por outro argumento, e que a efetividade de um dado argumento residiria na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma dada platéia. Os Sofistas foram considerados os primeiros advogados do mundo, [1] ao cobrar de seus clientes para efetuar suas defesas, dada sua alta capacidade de argumentação. São também considerados por muitos os guardiões da democracia
  • 2. na antiguidade, na medida em aceitavam a relatividade da verdade. Hoje, a aceitação do "ponto de vista alheio" é a pedra fundamental da democracia moderna. Sofística era originalmente o termo dado às técnicas ensinadas por um grupo altamente respeitado de professores retóricos na Grécia antiga. O uso moderno da palavra, sugestionando um argumento inválido composto de raciocínio especioso, não é necessariamente o representante das convicções dos sofistas originais, a não ser daquele que geralmente ensinaram retóricas. Os sofistas só são conhecidos hoje pelas escritas de seus oponentes (mais especificamente, Platão e Aristóteles) que dificulta formular uma visão completa das convicções dos sofistas. Os sofistas são os primeiros a romperem com a busca pré-socrática por uma unidade originária iniciada com Tales de Mileto e finalizada em Demócrito de Abdera (que embora tenha falecido pouco tempo depois de Sócrates, tem seu pensamento inserido dentro da filosofia pré-socrática). A principal doutrina sofística consiste, em uma visão relativa de mundo (o que os contrapõe a Sócrates que, sem negar a existência de coisas relativas, buscava verdades universais e necessárias). A principal doutrina sofística pode ser expressa pela máxima de Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas". Tal máxima expressa o sentido de que não é o ser humano quem tem de se moldar a padrões externos a si, que sejam impostos por qualquer coisa que não seja o próprio ser humano, e sim o próprio ser humano deve moldar-se segundo a sua liberdade. Outro sofista famoso foi Górgias de Leôncio, que afirmava que o 'ser' não existia. Segundo Górgias, mesmo que se admitisse que o 'ser' exista, é impossível captá- lo. Mesmo que isso fosse possível, não seria possível enunciá-lo de modo verdadeiro e, portanto, seria sempre impossível qualquer conhecimento sobre o 'ser'.
  • 3. Estas visões contrastantes com a de Sócrates (que foram adotadas também por Platão e Aristóteles, bem como sua "luta" anti-sofista) somada ao fato de ser estrangeiros - o que lhes conferia um menor grau de credibilidade entre os atenienses - contribuiu para que seu pensamento fosse sub valorizado até os tempos recentes. A sofistica e a arte democrática Foram os sofistas que deram uma resposta às necessidades da democracia grega, ou seja, exercer a cidadania por meio do discurso. "Isso não há que se negar como dado comum a todos os sofistas: são eles homens dotados de domínio da palavra, e que ensinam a seus auditórios (auditórios abertos ou círculos de iniciados) a arte da retórica, com vista no incremento da arte persuasiva. O domínio da arte retórica, por parte de homens dotados da técnica da utilização das palavras, explicam Bittar e Almeida (p. 94), era necessário não somente na praça pública mas também para atuar perante os magistrados, na tribuna: "As palavras tornaram-se o elemento primordial para a definição do justo e do injusto. A técnica argumentativa faculta ao orador, por mais difícil que seja sua causa jurídica, suplantar as barreiras dos preconceitos sobre o justo e o injusto e demonstrar aquilo que aos olhos vulgares não é imediatamente visível." Talvez se tenha noção, vulgarmente, de que os sofistas – muitos deles estrangeiros - formaram uma única escola, por estarem no cenário das polêmicas com Sócrates (469-399 a.C) e seu discípulo Platão (427-347 a.C.). "Os sofistas sempre foram mal interpretados por causa das críticas que a eles fizeram Sócrates e Platão. A imagem de certa forma caricatural da sofística tem sido reelaborada na tentativa de resgatar a sua verdadeira importância", assinalam Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins (p. 120)
  • 4. Sócrates acusou os sofistas de "prostituição" simplesmente porque estes ensinavam para aqueles que pudessem pagá-los, sendo os primeiros "professores", na concepção atual da palavra, ensinam Aranha e Martins (p. 120): "Cabe aqui um reparo: na Grécia Antiga, apenas a aristocracia se ocupava com o trabalho intelectual, pois gozava do ócio, ou seja, da disponibilidade de tempo, já que o trabalho manual, de subsistência, era ocupação de escravos. Ora, os sofistas, geralmente pertencentes à classe média, fazem das aulas seu ofício, por não serem suficientemente ricos para se darem ao luxo de filosofarem." No entanto, os sofistas sistematizaram o ensino, formando um currículo, explicam Aranha e Martins (p. 120): "gramática (da qual são iniciadores), retórica e dialética; por influência dos pitagóricos, desenvolvem a aritmética, a geometria, a astronomia e a música." Os sofistas foram os primeiros a estabelecer uma diferença entre natureza e a lei humana sem, no entanto, contrapô-las, explica Flamariam Tavares Leite (p. 23), na etapa original. O justo e o injusto, para os sofistas, não se originará na natureza das coisas, mas nas opiniões e convenções humanas, na forma da lei oriunda da sua opinião Em semelhança ao que versa o positivismo jurídico atual, segundo eles, o justo é o que está segundo a lei, e injusto o que a contraria. Numa segunda etapa, os sofistas afirmariam que a natureza se opõe à lei humana. "Nesta, encontra-se fundada a igualdade natural de todos os homens; naquela, sua desigualdade antinatural", ensina Leite (p. 23). Com os sofistas, opositores radicais da tradição surgiam o relativo, o provável, o possível, o instável, o convencional, afirmam Bittar e Almeida (p. 94) Nessa segunda etapa, de predomínio da lei humana sobre a natureza, os sofistas optaram pela prevalência desta, que libertaria os humanos dos laços de barbárie. A deliberação sobre o conteúdo das leis não teria origem na natureza ou na divindade (nem mesmo com base nas deusas da justiça, mas na vontade humana. A justiça é definida por critérios humanos, e não naturais. Se fossem naturais, todas as leis seriam iguais. Pode parecer democrático tudo isso. Mas atenção.
  • 5. Alguns cultores da sofística assinalavam que os homens deveriam submeter-se ao poder daquele que ascendesse ao controle da cidade por meio da força; a justiça é vantagem para aquele que domina e não para aquele que é dominado. O conceito de justiça, para os sofistas, é igualado ao de lei. Justo é o que está na lei, o que foi dito pelo legislador. "Em outras palavras, a mesma inconstância da legalidade (o que é lei hoje poderá não ser amanhã) passa a ser aplicada à justiça (o que é justo hoje poderá não ser amanhã). Nada do que se pode dizer absoluto (imutável, perene, eterno, incontestável...) é aceito pela sofística. Está aberto campo para o relativismo da justiça. A sofística não se reduz a psicologia dos pré-socráticos do qual é herdeira, a superação da psicologia para a metafísica clássica não seria possível sem o acontecimento da sofística. No Teeteto, o sofista Protágoras em companhia do pré-socrático Heráclito, afirma de que “conhecimento” não é senão “sensação”. Sócrates traz para ser lembrado como se fosse um enunciado, a mais famosa sentença de um sofista, a máxima protagórica “o homem é a medida de todas as coisas, das que são enquanto (como) são, das que não são enquanto (como) não são” que seria interpretada como um relativismo radical e para entender a parte em que entra o mobilismo de Heráclito assim aparece o enunciado primordial do mobilismo “nada nunca é, sempre vem a ser” que depois Aristóteles domesticou, pois os contemporâneos de Sócrates não diferenciavam claramente entre um sofista e um filósofo. O pensamento pré-socrático e a sofística se encontram na frase “todos os pareceres e todos os fenômenos são verdadeiro. O relativismo protágorico se desdobra no teor ontológico com implicações políticas,” acerca de cada coisa há dois discursos opostos um ao outro”,isso é bem sofístico e grego “se não é possível escolher o melhor que se escolha o menos pior”e seria bem “pós- moderno” é possível que os sofistas sejam os autênticos representantes da Grécia clássica, o comentário de agnosticismo de Protágoras sobre os deuses, é
  • 6. fundamental para o espírito democrático triunfar e foi por causa do mesmo, que Sócrates surgiu. É necessário reconhecer que os discursos humanos se movem no plano da dóxa (aparência e da opinião) nessa época e que pelas mãos de um sofista, Anti-fonte de Atenas surge o discurso jurídico que simula a situação do tribunal, discurso de acusação seguida do discurso de defesa, acusação, defesa... “as querelas humanas na ausência de um onisciente se resolve no plano da verossimilhança e não no da verdade”, que ninguém é dono da razão, j que, todos tem uma cota parcial. A sofística era autêntica filosofia da época e é pelas mãos e boca dos sofistas e a explicitação da filosofia que eles testemunharam a tomada de consciência do que difere natureza e lei, tira o homem da clausura das teocracias, joga para si mesmo o risco da autonomia e novamente por essa causa, pode surgir à democracia e também Sócrates. Na política os sofistas e os pré-socráticos se separam na física, até então caminhavam juntos. A política feita inteiramente de multiplicidade, os sofistas foram os grandes mestres em ensinar a falar por si e a defender-se, arte das argumentações sofísticas. Platão e Xenofonte representam um Sócrates anti-sofístico, mas Sócrates de fato viveu e morreu como sofista, viveu como refutador, mestre de virtude, desviando a atenção da juventude, e morreu como um corruptor da juventude e um adulterador de teologia existente. Trouxe a filosofia dos céus para a terra, colocando os interesses nas questões sobre as virtudes, aplica-se também aos sofistas, que eram os mestres das virtudes na época, Sócrates se opõe ao relativismo dos sofistas na medida, que busca a unidade e a universalidade, foi o mestre direto ou indireto de quase todos os fundadores das escolas pós-socráticas, cada um reivindicando para si o melhor
  • 7. das lições do professor, esses e também os que não fundaram escolas foram chamados de “socráticos menores”, Platão e Aristóteles “socráticos maiores” Sócrates dizia freqüentemente que nada sabia, não se apresentava como “reservatório” de múltiplas doutrinas e todas essas escolas diferentes são fundadas tendo como modelo o mesmo homem. Ele explica esse paradoxo “que o que menos saiba, desde que o saiba, seja o mais sábio”. Sócrates tinha uma missão do deus Delfos de investigar os que diziam sábios e é nesse ponto que ele é considerado mais anti-sofista, com questionamento e ironia (ignorância simulada), pela maiêutica ele desbanca a arte das discussões sutis e argumentações sofísticas, a competência dele para desfazer as verdades prontas, abrandar a arrogância dos que acham que detêm a verdade. “Saber que não sabe é saber”. Sócrates cativou tantos discípulos e cada um tomou rumos diferentes porque a lição do mestre foi aprendida: Autonomia é o seu nome, a remoção de toda superstição, preconceito, modismo adesismo, irreflexão, tarefa do professor é a remoção e a tarefa discípulo a definição. A consciência moral é o grande tema de estudo para Sócrates, elabora sua filosofia e faz história, principal preceito “conhece-te a ti mesmo”, o agente da ação é responsabilizado pelos seus atos, faz nascer à metafísica que seria tratar as coisas como sujeita, em Sócrates a origem de reduzir os juízos de valor, a realidade.