A teoria ética utilitarista de mill

Luis De Sousa Rodrigues
Luis De Sousa RodriguesEsc Sec Reynaldo dos Santos
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL


         UMA ÉTICA CONSEQUENCIALISTA


Considera – se que a ética de Mill é
consequencialista porque defende que o valor
moral de uma acção depende das suas
consequências.
É boa a acção que tem boas consequências ou
dadas as circunstâncias melhores consequências
do que acções alternativas.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL

        CONSEQUÊNCIAS E INTENÇÕES
A acção é avaliada pelas suas consequências e
  o motivo ou a intenção não são decisivos
  porque se referem ao carácter do agente e
  não à acção em si mesma.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL

      ACÇÃO COM BOAS                   ACÇÃO COM MÁS
      CONSEQUÊNCIAS                    CONSEQUÊNCIAS
• Acção cujos resultados       • Acção cujos resultados não
                                 contribuem para um aumento
  contribuem para um             da felicidade (bem – estar) ou
  aumento da felicidade          diminuição da infelicidade do
  (bem – estar) ou               maior número possível de
                                 pessoas por ela afectadas.
  diminuição da infelicidade   • Acção egoísta em que a
  do maior número possível       felicidade do maior número
  de pessoas por ela             não é tida em conta ou em
                                 que só o meu bem – estar ou
  afectadas.                     satisfação é procurado.
• Acção subordinada ao         • Acção que não se subordina
  princípio de utilidade.        ao princípio de utilidade.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL

      Não há acções intrinsecamente boas.
Para o utilitarista, as acções são moralmente correctas
  ou incorrectas conforme as consequências: se
  promovem imparcialmente o bem-estar, são boas.
  Só as consequências as tornam boas ou más. Assim
  sendo, não há, para o utilitarista, deveres que
  devam ser respeitados em todas as circunstâncias.
        Não há deveres morais absolutos.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL

        A ideia central do utilitarismo
Devemos agir de modo a que da nossa acção
 resulte a maior felicidade ou bem - estar
 possível para as pessoas por ela afectadas.
 Uma acção boa é a que é mais útil, ou seja, a
 que produz mais felicidade global ou, dadas
 as circunstâncias, menos infelicidade.
 Quando não é possível produzir felicidade ou
 prazer devemos tentar reduzir a infelicidade.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL


                  O PRINCÍPIO DE UTILIDADE



O critério da moralidade de um acto é o princípio de utilidade.
  Uma acção deve ser realizada somente se dela resultar a
  máxima felicidade possível para as pessoas ou as partes que
  por ela são afectadas. O princípio de utilidade é por isso
  conhecido também como princípio da maior felicidade.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL

         UMA TEORIA ÉTICA HEDONISTA
Todas as actividades humanas têm um objectivo
último, isto é, são meios para uma finalidade que é
  o ponto de convergência de todas. Esse fim é a
               felicidade ou bem-estar.
 Procuramos em todas as actividades a que nos
 dedicamos viver experiências aprazíveis e evitar
   experiências dolorosas ou desagradáveis. Esta
perspectiva que identifica a felicidade com o prazer
    ou o bem-estar tem o nome de hedonismo.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL

    FELICIDADE GERAL E FELICIDADE INDIVIDUAL

A felicidade de que fala o utilitarismo não é
 simplesmente a felicidade individual. Mas também
 não é a felicidade geral à custa da felicidade do
 agente. A minha felicidade é tão importante como a
 dos outros envolvidos, nem mais nem menos.

A minha felicidade não conta mais do que a felicidade
  dos outros.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL

               FELICIDADE E IMPARCIALIDADE
A acção correcta é a que, nas circunstâncias em que ocorre,
  tem mais probabilidade de produzir mais felicidade em
  termos globais do que outra acção. Quando se trata de
  decidir o que é moralmente correcto fazer, não devemos ter
  em conta somente o nosso bem-estar. Devemos ponderar
  sobretudo que consequências a acção vai ter no bem-estar
  de todas as pessoas por ela afectadas. A nossa felicidade não
  conta mais do que a felicidade dessas outras pessoas. E
  quando Mill se refere a outras pessoas não abre excepções
  para as de que mais gostamos, como familiares e amigos.
  Devemos ser estritamente imparciais quando deliberamos.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL

                FELICIDADE E DIGNIDADE HUMANAS
Qual a natureza da felicidade identificada com o prazer? De que tipo
  de hedonismo se trata? Que prazeres segundo Mill promovem a
  felicidade? Estaria Mill de acordo connosco se pensássemos que
  consideraria feliz a pessoa que passa toda a sua vida a comer e
  beber, a ver novelas e futebol, a coleccionar automóveis topo de
  gama e a satisfazer os seus impulsos sexuais?

A resposta é não e Mill faz questão de ser bem claro. Nenhuma
  felicidade humana é verdadeiramente possível sem um «sentido
  de dignidade». Nem todos os prazeres se equivalem. Há prazeres
  superiores e prazeres inferiores. Não podemos reduzir a felicidade
  à satisfação dos prazeres físicos. Sem negar estes, Mill afirma
  convictamente que os prazeres do espírito ou os prazeres
  intelectuais são superiores e qualitativamente distintos.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL – O PRINCÍPIO
    DE UTILIDADE E AS NORMAS MORAIS COMUNS

 Normas morais comuns              Princípio de utilidade
Que valor têm normas morais      Nas nossas decisões morais
  como as que proíbem o            devemos ser guiados pelo
  roubo, o assassinato ou a        princípio de utilidade e não
  mentira para um utilitarista     simplesmente           pelas
  como Mill? Umas vezes            normas morais da nossa
  valem outras vezes não?          sociedade. Diz – nos como
                                   devemos agir para que das
                                   nossas acções resultem as
                                   melhores     consequências
                                   possíveis     em     termos
                                   globais.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL – O PRINCÍPIO
   DE UTILIDADE E AS NORMAS MORAIS COMUNS

 Normas morais comuns                Princípio de utilidade
   Não devem ser seguidas        1 - Reduz a diversidade das
  cegamente. Há situações em        normas morais concretas a
       que não seguir uma           um        princípio      geral,
   determinada norma moral          denominado         fundamento,
  terá melhores consequências       que nos diz como devemos
   globais do que respeitá-la.      agir .
O PRINCÍPIO DE UTILIDADE É A     2 – Procura orientar – nos em
 BASE EM QUE NOS DEVEMOS            casos de conflito moral
    APOIAR PARA RESOLVER            retirando       às      normas
      PROBLEMAS MORAIS.             socialmente aprovadas o seu
                                    carácter inviolável.
                                 3 – A melhor acção é a mais útil.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL – O PRINCÍPIO
    DE UTILIDADE E AS NORMAS MORAIS COMUNS
As normas morais comuns estão em vigor em muitas sociedades por
   alguma razão. Resistiram à prova do tempo e em muitas situações
   fazemos bem em segui-las nas nossas decisões.

Nas nossas decisões morais devemos ser guiados pelo princípio de
  utilidade e não pelas normas ou convenções socialmente
  estabelecidas. Dizer a verdade é um acto normalmente mais útil
  do que prejudicial e por isso a norma «Não deves mentir»
  sobreviveu ao teste do tempo. Segui - la é respeitar a experiência
  de séculos da humanidade.

Mas há situações como em que não respeitar absolutamente uma
  determinada norma moral e seguir o princípio de utilidade terá
  melhores consequências globais do que respeitá – la.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL – OS FINS E OS
                      MEIOS

Para Mill, o fim – a felicidade geral – justifica
  frequentemente os meios. Na teoria utilitarista, há um
  primado dos fins da acção em relação aos meios.
Para Mill, é suficiente que a felicidade produzida com a
  acção seja superior ao sofrimento eventualmente
  provocado com a sua realização para que a acção tenha
  valor moral.
É neste sentido que há um primado dos fins da acção (da
  maximização da felicidade para o maior número) sobre
  os meios (mesmo que a acção produza sofrimento a
  algumas pessoas).
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL –
             UTILITARISMO E EGOÍSMO.

         EGOÍSMO                        UTILTARISMO



1. Teoria consequencialista -   1 - Teoria consequencialista -
   uma acção é boa ou má           uma acção é boa ou má
   consoante satisfaz ou não       consoante satisfaz ou não
   os      nossos    próprios      os interesses do agente e
   interesses.                     também das pessoas a
                                   quem a acção diz respeito.
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL –
             UTILITARISMO E EGOÍSMO.

           EGOÍSMO                        UTILTARISMO
2. O egoísta é parcial.          2 – O utilitarista é imparcial .
Devemos procurar agir de         Devemos procurar agir de forma a
                                   promover a felicidade de todos
   forma       a      promover     os que são afectados pela acção
   unicamente       o    nosso     (incluindo a felicidade do próprio
   próprio     bem-estar     e     agente).
                                 A minha acção é correcta se
   felicidade.                     promover de forma imparcial (ou
Esta é para o egoísta ético a      seja,    sem      distinções)   os
                                   interesses de todas e cada uma
   única forma moralmente          das pessoas implicadas pela
   válida de acção.                acção, sendo o interesse de cada
                                   pessoa a obtenção da felicidade].
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A teoria ética utilitarista de mill

  • 1. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL UMA ÉTICA CONSEQUENCIALISTA Considera – se que a ética de Mill é consequencialista porque defende que o valor moral de uma acção depende das suas consequências. É boa a acção que tem boas consequências ou dadas as circunstâncias melhores consequências do que acções alternativas.
  • 2. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL CONSEQUÊNCIAS E INTENÇÕES A acção é avaliada pelas suas consequências e o motivo ou a intenção não são decisivos porque se referem ao carácter do agente e não à acção em si mesma.
  • 3. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL ACÇÃO COM BOAS ACÇÃO COM MÁS CONSEQUÊNCIAS CONSEQUÊNCIAS • Acção cujos resultados • Acção cujos resultados não contribuem para um aumento contribuem para um da felicidade (bem – estar) ou aumento da felicidade diminuição da infelicidade do (bem – estar) ou maior número possível de pessoas por ela afectadas. diminuição da infelicidade • Acção egoísta em que a do maior número possível felicidade do maior número de pessoas por ela não é tida em conta ou em que só o meu bem – estar ou afectadas. satisfação é procurado. • Acção subordinada ao • Acção que não se subordina princípio de utilidade. ao princípio de utilidade.
  • 4. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL Não há acções intrinsecamente boas. Para o utilitarista, as acções são moralmente correctas ou incorrectas conforme as consequências: se promovem imparcialmente o bem-estar, são boas. Só as consequências as tornam boas ou más. Assim sendo, não há, para o utilitarista, deveres que devam ser respeitados em todas as circunstâncias. Não há deveres morais absolutos.
  • 5. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL A ideia central do utilitarismo Devemos agir de modo a que da nossa acção resulte a maior felicidade ou bem - estar possível para as pessoas por ela afectadas. Uma acção boa é a que é mais útil, ou seja, a que produz mais felicidade global ou, dadas as circunstâncias, menos infelicidade. Quando não é possível produzir felicidade ou prazer devemos tentar reduzir a infelicidade.
  • 6. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL O PRINCÍPIO DE UTILIDADE O critério da moralidade de um acto é o princípio de utilidade. Uma acção deve ser realizada somente se dela resultar a máxima felicidade possível para as pessoas ou as partes que por ela são afectadas. O princípio de utilidade é por isso conhecido também como princípio da maior felicidade.
  • 7. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL UMA TEORIA ÉTICA HEDONISTA Todas as actividades humanas têm um objectivo último, isto é, são meios para uma finalidade que é o ponto de convergência de todas. Esse fim é a felicidade ou bem-estar. Procuramos em todas as actividades a que nos dedicamos viver experiências aprazíveis e evitar experiências dolorosas ou desagradáveis. Esta perspectiva que identifica a felicidade com o prazer ou o bem-estar tem o nome de hedonismo.
  • 8. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL FELICIDADE GERAL E FELICIDADE INDIVIDUAL A felicidade de que fala o utilitarismo não é simplesmente a felicidade individual. Mas também não é a felicidade geral à custa da felicidade do agente. A minha felicidade é tão importante como a dos outros envolvidos, nem mais nem menos. A minha felicidade não conta mais do que a felicidade dos outros.
  • 9. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL FELICIDADE E IMPARCIALIDADE A acção correcta é a que, nas circunstâncias em que ocorre, tem mais probabilidade de produzir mais felicidade em termos globais do que outra acção. Quando se trata de decidir o que é moralmente correcto fazer, não devemos ter em conta somente o nosso bem-estar. Devemos ponderar sobretudo que consequências a acção vai ter no bem-estar de todas as pessoas por ela afectadas. A nossa felicidade não conta mais do que a felicidade dessas outras pessoas. E quando Mill se refere a outras pessoas não abre excepções para as de que mais gostamos, como familiares e amigos. Devemos ser estritamente imparciais quando deliberamos.
  • 10. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL FELICIDADE E DIGNIDADE HUMANAS Qual a natureza da felicidade identificada com o prazer? De que tipo de hedonismo se trata? Que prazeres segundo Mill promovem a felicidade? Estaria Mill de acordo connosco se pensássemos que consideraria feliz a pessoa que passa toda a sua vida a comer e beber, a ver novelas e futebol, a coleccionar automóveis topo de gama e a satisfazer os seus impulsos sexuais? A resposta é não e Mill faz questão de ser bem claro. Nenhuma felicidade humana é verdadeiramente possível sem um «sentido de dignidade». Nem todos os prazeres se equivalem. Há prazeres superiores e prazeres inferiores. Não podemos reduzir a felicidade à satisfação dos prazeres físicos. Sem negar estes, Mill afirma convictamente que os prazeres do espírito ou os prazeres intelectuais são superiores e qualitativamente distintos.
  • 11. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL – O PRINCÍPIO DE UTILIDADE E AS NORMAS MORAIS COMUNS Normas morais comuns Princípio de utilidade Que valor têm normas morais Nas nossas decisões morais como as que proíbem o devemos ser guiados pelo roubo, o assassinato ou a princípio de utilidade e não mentira para um utilitarista simplesmente pelas como Mill? Umas vezes normas morais da nossa valem outras vezes não? sociedade. Diz – nos como devemos agir para que das nossas acções resultem as melhores consequências possíveis em termos globais.
  • 12. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL – O PRINCÍPIO DE UTILIDADE E AS NORMAS MORAIS COMUNS Normas morais comuns Princípio de utilidade Não devem ser seguidas 1 - Reduz a diversidade das cegamente. Há situações em normas morais concretas a que não seguir uma um princípio geral, determinada norma moral denominado fundamento, terá melhores consequências que nos diz como devemos globais do que respeitá-la. agir . O PRINCÍPIO DE UTILIDADE É A 2 – Procura orientar – nos em BASE EM QUE NOS DEVEMOS casos de conflito moral APOIAR PARA RESOLVER retirando às normas PROBLEMAS MORAIS. socialmente aprovadas o seu carácter inviolável. 3 – A melhor acção é a mais útil.
  • 13. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL – O PRINCÍPIO DE UTILIDADE E AS NORMAS MORAIS COMUNS As normas morais comuns estão em vigor em muitas sociedades por alguma razão. Resistiram à prova do tempo e em muitas situações fazemos bem em segui-las nas nossas decisões. Nas nossas decisões morais devemos ser guiados pelo princípio de utilidade e não pelas normas ou convenções socialmente estabelecidas. Dizer a verdade é um acto normalmente mais útil do que prejudicial e por isso a norma «Não deves mentir» sobreviveu ao teste do tempo. Segui - la é respeitar a experiência de séculos da humanidade. Mas há situações como em que não respeitar absolutamente uma determinada norma moral e seguir o princípio de utilidade terá melhores consequências globais do que respeitá – la.
  • 14. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL – OS FINS E OS MEIOS Para Mill, o fim – a felicidade geral – justifica frequentemente os meios. Na teoria utilitarista, há um primado dos fins da acção em relação aos meios. Para Mill, é suficiente que a felicidade produzida com a acção seja superior ao sofrimento eventualmente provocado com a sua realização para que a acção tenha valor moral. É neste sentido que há um primado dos fins da acção (da maximização da felicidade para o maior número) sobre os meios (mesmo que a acção produza sofrimento a algumas pessoas).
  • 15. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL – UTILITARISMO E EGOÍSMO. EGOÍSMO UTILTARISMO 1. Teoria consequencialista - 1 - Teoria consequencialista - uma acção é boa ou má uma acção é boa ou má consoante satisfaz ou não consoante satisfaz ou não os nossos próprios os interesses do agente e interesses. também das pessoas a quem a acção diz respeito.
  • 16. A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL – UTILITARISMO E EGOÍSMO. EGOÍSMO UTILTARISMO 2. O egoísta é parcial. 2 – O utilitarista é imparcial . Devemos procurar agir de Devemos procurar agir de forma a promover a felicidade de todos forma a promover os que são afectados pela acção unicamente o nosso (incluindo a felicidade do próprio próprio bem-estar e agente). A minha acção é correcta se felicidade. promover de forma imparcial (ou Esta é para o egoísta ético a seja, sem distinções) os interesses de todas e cada uma única forma moralmente das pessoas implicadas pela válida de acção. acção, sendo o interesse de cada pessoa a obtenção da felicidade].