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Anestesia para Cirurgia de	
  
Revascularização do	
  
Miocárdio
Fabrício Tavares	
  Mendonça	
  TEA/TSA
Introdução
Em 2014, a cirurgia de revascularização do miocardio
completou 50 anos e vem passando por grandes
mudanças
É a cirurgia cardiaca mais realizada nos EUA
• Em relação a cirurgia è aprimoramento da técnica, dos
métodos de proteção miocárdica e da CEC
• Em relação a anestesia è o grande salto de qualidade
ocorreu quando se deu o entendimento global sobre os
determinantes do fluxo sanguíneo coronariano e das relações
entre consumo e oferta de O2
A grande ênfase na diminuição do consumo de O2
• Técnicas anestésicas com altas doses de opióides,
permitindo maior estabilidade hemodinâmica.
è Entretanto, esta abordagem determinava
tempo prolongado Vmec è 18 a 24 h
Atualmente, técnicas de extubação precoce permitem
è boa proteção miocárdica, despertar rápido, menor
tempo de Vmec, menor permanencia na UTI
Introdução
Avaliação Pré-­‐Anestésica
Objetivos da	
  APA:
•Revisar a	
  HC,	
  EF,	
  EC,	
  Testes	
  Cardiacos,	
  Medicações
para	
  estratificar o	
  risco
•Discutir otimizacao pré-­‐operatória com	
  equipe
•Explicar ao paciente a	
  plano anestesico
•Aliviar a	
  ansiedade do	
  paciente
Avaliação Pré-­‐Anestésica
Avaliação	
  Inicial
A	
  avaliação	
  clínica	
  compreende:
①História	
  clínica
②Exame	
  _sico
③Exames	
  laboratoriais
④Ecocardiograma
⑤Ventriculografia
⑥Medicações
Estratificação do	
  
Risco
Avaliação Pré-­‐Anestésica
Fatores	
  de	
  Risco	
  Cardíaco
•IAM
•Baixo	
  risco:	
  angina
•Risco	
  Intermediario:	
  IAM	
  estavel
•Alto	
  risco:	
  IAM	
  instavel,	
  BIA	
  
•ICC:	
  função	
  VE;	
  HAP
•Doença	
  Cerebrovascular:	
  risco	
  de	
  AVC
Avaliação Pré-­‐Anestésica
Fatores	
  de	
  Risco	
  Não	
  Cardíaco
•Irenal pré-­‐existente:	
  risco	
  IRA	
  periop
•Anemia:	
  homem	
  <	
  13;	
  mulher	
  <	
  12
•DM,	
  HAS,	
  DPOC,	
  obesidade
•Cirurgia	
  de	
  Urgência
2014	
  ESC/EACTS	
  Guidelines
Avaliação Pré-­‐Anestésica
Avaliação do	
  risco de	
  morbidade e	
  mortalidade
http://www.euroscore.org/calc.html
Risco de	
  AVC
Date of download: 3/29/2015
Copyright © 2015 American Medical
Association. All rights reserved.
From: Temporal Onset, Risk Factors, and Outcomes Associated With Stroke After Coronary Artery Bypass
Grafting
JAMA. 2011;305(4):381-390. doi:10.1001/jama.2011.37
Date of download: 3/29/2015
Copyright © 2015 American Medical
Association. All rights reserved.
From: Temporal Onset, Risk Factors, and Outcomes Associated With Stroke After Coronary Artery Bypass
Grafting
JAMA. 2011;305(4):381-390. doi:10.1001/jama.2011.37
Avaliação Pré-­‐Anestésica
Medicações/Prescrição de	
  antiagregantes:
① Aspirina – manter
② Inibidores do	
  r	
  plaquetário P2Y12 (Tienopiridínicos)
① Clopidogrel (Plavix®)	
  suspender	
  por 5	
  dias
② Prasugrel suspender	
  por 7	
  dias
③ Ticagrelor suspender	
  por 5	
  dias
④ Ticlopidina suspender	
  5/7	
  dias
• Transfusão de	
  plaquetas se	
  sinais de	
  hemostasia
prejudicada
③ Agrastat® (Inibidor GP	
  IIb/IIIa -­‐ Tirofiban)	
  – suspender	
  infusão
2/4	
  horas
• Pacientes que estão em “ponte”	
  com	
  Clopidogrel
④ Reopro® (Inibidor GP	
  IIb/IIIa -­‐ Abciximab)	
  – suspender	
  por 12h
Arq Bras Cardiol.	
  2013;	
  101(3Supl.3):	
  1-­‐93	
  
Avaliação Pré-­‐Anestésica
Medicações/Prescrição de	
  antiagregantes:
⑤Heparina EV	
  suspender	
  4/6	
  horas
• Pacientes que estão em “ponte”	
  com	
  Warfarin
⑥IECA	
  -­‐ ESC/EACTS	
  Guideline	
  2014	
  à Suspender	
  1-­‐2	
  
dias antes
⑦Estatinas – manter
⑧Betabloqueadores – manter
⑨Vasodilatadores coronarianos – manter
Arq Bras Cardiol.	
  2013;	
  101(3Supl.3):	
  1-­‐93	
  
Avaliação Pré-­‐Anestésica
Medicação pré-­‐anestésica:
①Midazolam	
  7,5	
  mg
②Diazepam	
  5	
  mg
③Clonidina VO	
  à 2	
  a	
  6	
  mcg/kg
June	
  15,	
  2003	
  THE	
  AMERICAN	
  JOURNAL	
  OF	
  
MEDICINE	
  Volume	
  114
MPA
Meta-­‐análise onde foram incluídos 23	
  ensaios clínicos,	
  
envolvendo 3395	
  pacientes:	
  clonidina VO	
  e	
  IV,	
  
dexmedetomidina IV
Wijeysundera DN,	
  Naik JS,	
  Beattie	
  WS.	
  Alpha-­‐2	
  adrenergic	
  agonists	
  to	
  prevent	
  perioperative	
  cardiovas-­‐ cular complications:	
  a	
  meta-­‐analysis.	
  Am	
  J	
  Med,	
  2003;114:742-­‐752.
Stevens	
  RD,	
  Burri H,	
  Tramer MR.	
  Pharmacologicl myocardial	
  protection	
  in	
  patients	
  undergoing	
  noncardiac surgery:	
  a	
  quantitative	
  systematic	
  review.	
  Anesth Analg,	
  2003;97:623-­‐633.
Wallace	
  AW.	
  Clonidine	
  and	
  modification	
  of	
  perioperative	
  outcome.	
  Curr Opin Anaesthesiol,	
  2006;19:	
  411-­‐417.
Os	
  agonistas	
  alfa-­‐2	
  reduziram	
  isquemia	
  miocárdica significativamente	
  (RR	
  
0,71;	
  IC	
  95%:	
  0,54-­‐0,92;	
  P	
  0,01).	
  Também	
  reduziu	
  a	
  mortalidade (RR	
  0,49;	
  IC	
  
95%:?	
  0,12-­‐1,98;	
  P	
  0,3)	
  e	
  infarto do	
  miocárdio	
  (RR	
  0,83;	
  IC	
  95%:	
  0,35-­‐1,96;	
  P	
  
0,7),	
  embora	
  essas	
  estimativas	
  não	
  alcançou	
  significância	
  estatística.
Segundo	
  estes autores,	
  a	
  dose	
  efetiva de	
  clonidina identificada nestes
estudos está compreendida entre	
  2	
  a	
  6	
  μg/kg	
  administrados por via	
  oral	
  ou
venosa antes	
  da	
  cirurgia
Indicação Cirúrgica
A DAC possui um espectro clínico importante, que deve ser
reconhecido adequadamente
Uma lesão pequena e não importante pode progredir, gradualmente,
até limitar o fluxo sanguíneo e promover angina
• Angina	
  Estável Crônica
• Angina	
  Instável
• Infarto do	
  Miocárdio
• Choque Cardiogênico
Objetivo Anestésico
Assegurar que a	
  oferta pelo menos seja equivalente
ao consumo:
①Otimizar as	
  determinantes de	
  oferta/consumo
②Otimizar o	
  fluxo coronariano
③Monitorizar quanto a	
  isquemia (detecção precoce)
④Selecionar drogas e	
  técnicas coadjuvantes
Otimizar as	
  determinantes da	
  relação oferta versus
consumo
1
Objetivo	
  Anestésico
Otimizar o	
  fluxo sanguíneo coronariano
2
Objetivo	
  Anestésico
Determinantes do	
  fluxo sanguíneo coronário
a) Fatores Físicos
• O fator primário pela perfusão do miocárdio é a pressão aórtica à
gerada pelo próprio coração
• No entanto, o principal fator na regulação do FSCo é a alteração na
resistencia arteriolar provocada pelas mudanças na atividade
metabólica do coração
Fatores hidráulicos
1) Fluxo sanguíneo subendocárdico do	
  VE
Do fluxo coronariano do VE total, 85% ocorrem durante a diástole e
15% ocorrem na sístole (principalmente na região epicárdica)
O fluxo sanguíneo subendocárdio do VE é intermitente e ocorre
apenas durante a diástole.
2)	
  Pressão de	
  perfusão coronariana PPCo
Fatores hidráulicos
2)	
  Pressão de	
  perfusão coronariana PPCo:
Elevações na PDFVE	
  (ICC,	
  isquemia)	
  reduzem o	
  fluxo
sanguíneo subendocárdico
Assim,	
  para	
  otimizar a	
  PPCo,	
  devemos visar a	
  uma
PAD	
  normal	
  a	
  alta,	
  baixa PDFVE	
  e	
  baixa FC
Controleda	
  Resistência Vascular	
  
Coronáriana
•Fatores metabólicos
•Fatores neurais
•Fatores miogênicos
•Fatores endoteliais
•Fatores hormonais
•Fatores anatômicos
è que	
  irão modificar ou a	
  PPCo ou a	
  RVCo
Controle da	
  Resistência Vascular	
  Coronariana
1) Fatores metabólicos (predominante)
èQuando a carga de trabalho miocárdica elevada, há acumulo dos
metabólitos vasoativos e hiperemia reativa secundária
èEntre os fatores implicados na hiperemia reativa:
èHipoxia à adenosina (metabólito vasodilatador)
èÍons hidrogênio,
èÍons potassio,
è bradicinina
èprostaglandinas
èCO2,
èOxido nitrico
èLactato
Aumento da	
  taxa	
  metabólica:
éRVCo
êCO2
éO2
êH+
êRVCoéCO2
é
Adenosina
K+
êO2
éH+	
  e	
  
Lactato
Aumento do	
  FSCo
Figura 23.7
Fluxo Sanguíneo Coronariano
Auto-­‐Regulação Coronáriaè é a capacidade em prover sangue
oxigenado adicional ao miocárdio, podendo aumentar o fluxo 5 a 6x o
valor de repouso
O FSCo é relativamente independente da PPCo entre 45/50 e
120/125/150 mmHg, mas é dependente da pressão fora desta faixa
Isquemia Miocárdica
A	
  IM	
  ocorre quando há um	
  desequilíbrio entre	
  oferta e	
  consumo de	
  O2
pelo miocárdio,	
  ou ainda,	
  quando o	
  FSCo não aumenta em grau
suficiente para	
  alcançar o	
  maior nível de	
  consumo
Monitorização precoce de	
  
isquemia
3
Objetivo	
  Anestésico
Monitorização
ECG
SpO2
PAi
EtCO2
PVC	
  
Temperatura
Glicemia
Débito urinário
Lactato +	
  SvO2/SvcO2
Lab	
  è pH	
  +	
  k+	
  +	
  Htc +	
  Plaq
Coagulograma +	
  TCA
ETE
Catéter de	
  A.	
  Pulmonar
DC
DPP
BIS	
  vs	
  Sedline -­‐ Futuro
ECG
Menos sensíveis a	
  isquemia
Segmento ST
• Depressão è isquemia endocárdica
• Elevação è isquemia transmural
ECG
Menos sensíveis a	
  isquemia
Segmento ST
•Ocorrem 60	
  a	
  120	
  seg após o	
  início
•Definidas como 0,1	
  mV	
  ou 1	
  mm
Cuidados com:
èBloqueios de	
  ramo
è MP
èsobrecarga
Catéter de	
  Artéria Pulmonar
Em pacientes selecionados:
IC
RVS
SvO2
è Detecção de	
  isquemia miocárdica
Hipertensão secundária a incisão cirúrgica, levando a episódio isquêmico demonstrado pelo aparecimento
de ondas A, C e V importantes no traçado da pressão encunhada capilar pulmonar. Essas se resolvem com a
instituição de nitroglicerina intravenosa. Observar a ausência de alterações importantes no ECG durante este
episódio.
Indicacoes do	
  uso do	
  CAP	
  em Cardiaca
• Instabilidade hemodinamica
• Revascularização do	
  Miocardio
• FE	
  <	
  30%
• IAM	
  recente
• Angina	
  grave
• Lesão grave	
  de	
  tronco de	
  CE
• Paciente com	
  doenca valvular
• HAP	
  moderada a	
  severa
• >	
  65	
  anos
• Doenca sistemica grave
Anestesia Cardiaca,	
  uma abordagem pratica 4a	
  ed.	
  2012
Journal of Cardiothoracic and Vascular	
  Anesthesia,	
  Vol ],	
  No	
  ]	
  (Month),	
  2016:pp	
  ]]]–]]]	
  
Ecografia Transesofágica
Capaz de	
  avaliar:
① Pré-­‐carga
② Contratilidade
③ Detectar anormalidades de	
  movimento da	
  parede
④ Avaliar o	
  local	
  de	
  canulização aórtica
⑤ Detecta patologia valvar concomitante
⑥ Presença e	
  efeito de	
  derrame pericárdico
⑦ Auxilia na instalação catéter-­‐balão intra-­‐aórtico e	
  catéter de	
  seio
coronário
⑧ Detecção de	
  defeitos septais
Indicacoes do	
  uso do	
  ETE	
  em Cardiaca
• Julgar adequacao de	
  procedimentos de	
  valvuloplastia
• Julgar adequacao de	
  procedimentos de	
  substituicao valvar
• Julgar adequacao de	
  reparo de	
  cardiopatia congenita
• Avaliar funcao ventricular	
  D	
  e	
  E
• Avaliacao de	
  retencao de	
  ar intracardiaca
Anestesia Cardiaca,	
  uma abordagem pratica 4a	
  ed.	
  2012
Selecionar drogas e	
  técnicas coadjuvantes
4
Objetivo	
  Anestésico
Efeitos dos	
  anestésicos sobre a	
  
relação oferta/consumo de	
  
oxigênio do	
  miocárdio (MVO2)
Indução Anestésica
Agentes não opióides intra-­‐
venosos:
① Tiopental
• ê RVS	
  =>	
  ê MVO2
• ê Contratilid.	
  => ê
MVO2
• é FC	
  =>	
  é MVO2
② Propofol
• ê RVS	
  =>	
  ê MVO2
• ê Contratilid.	
  => ê
MVO2
• ≈ FC	
  =>	
  ≈ MVO2
③ Cetamina
• é RVS	
  =>	
  é MVO2
• é Contratilid.	
  => é
MVO2
• é FC	
  =>	
  é MVO2
③ Etomidato
• ≈ FC
• ≈ DC
• ≈ PA
④ Midazolam
• Reduz PA	
  e	
  FC
• Efeito ino neg
• 0,1-­‐0,2	
  mg/kg
• Cuidado c/	
  opióide
⑤ Diazepam
• Reduz a	
  PA	
  e	
  FC	
  
(menos que MDZ)
• O,3-­‐0,6	
  mg/kg
• Cuidado c/	
  opióide
Manutenção
Agentes voláteis
Em geral, diminuem a oferta e o consumo de O2.
①FC
• Sevo è efeito desprezível
• Desfl è aumenta
• Iso è pode aumentar ou diminuir
Manutenção
Agentes voláteis
②Contratilidade
• Todos è diminuem è baixando MVO2
③Pós-­‐carga
• RVS	
  è diminui mais com	
  Iso e	
  Desfl,	
  
moderadamente com	
  enfl e	
  Sevo,	
  mas	
  de	
  
forma	
  alguma com	
  halotano =>	
  baixando DO2 e	
  
MVO2
Manutenção
Agentes voláteis
④Pré-­‐carga
• Agentes voláteis mantêm as	
  pressões de	
  
enchimento
• Portanto,	
  PPCo (PAD	
  – PDFVE)	
  pode diminuir
⑤Furto coronariano è importância duvidosa
④Pré-­‐condicionamento è Todos diminuem os
efeitos deletérios da isquemia de maneira
semelhante ao pré-­‐condicionamento isquêmico.
Pré-­‐condicionamento
anestésico
•Três classes	
  de	
  anestésicos apresentaram
propriedades:
-­‐ Opióides	
  (principalmente morfina)	
  
-­‐ anestésicos voláteis e	
  
-­‐ hipnóticos do	
  grupo etanol (hidrato de	
  cloral)	
  
Zaugg M,	
  Lucchinetti E,	
  Ueckler M	
  et	
  al.	
  -­‐ Anaesthetics and	
  cardiac	
  preconditioning.	
  Part	
  I.	
  Signaling	
  and	
  cytoprotective mechanisms.	
  Br	
  J	
  
Anaesth,	
  2003;91:551-­‐565.	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
Zaugg M,	
  Lucchinetti E,	
  Garcia	
  C	
  et	
  al.	
  -­‐ Anaesthetics and	
  cardiac	
  preconditioning.	
  Part	
  II.	
  Clinical	
  implications.	
  Br	
  J	
  Anaesth,	
  2003;91:566-­‐576.
Pré-­‐condicionamento
anestésico
•A	
   administração	
   de	
   anestésicos	
   voláteis	
   reduz	
   a	
  
lesão	
  causada	
  pela	
  isquemia	
  e	
  pela	
  reperfusão.
•Efeito	
  cardioprotetor	
  persistente
Manutenção
Opióides
①FC
• Todos diminuem è vagotonia centralmente mediada è
MVO2
②Contratilidade
• Pouco efeito em doses	
  clínicas
③Pré-­‐carga è FTN	
  >	
  25	
  mcg/kg	
  è reduz
④Pós-­‐carga è Função VE	
  normal	
  è normaliza PA
• Em pacientes comprometidos, que dependem de tônus
simpático elevado para manter DC e RVS, a perda de tônus
associada a indução pode resultar em queda súbita de
pressão e consequente queda de oferta e consumo.
Manutenção
Opióides
Fentanil è 10	
  a	
  15	
  mcg/kg
Remifentanil fornece boa estabilidade hemodinâmica,
atenuação adequada da resposta de estresse neuro-­‐
humoral e acordar precoce
Sufentanil è 1	
  a	
  3	
  mcg/kg	
  è máx 150/250	
  mcg
2013
Uso de dexmedetomidina perioperatória foi definida como uma infusão intravenosa
(0,24 a 0.6mcg/kg/hr), iniciado após a circulação extracorpórea (CEC) e continuou
por menos de 24 horas de pós-­‐operatório na UTI.
A velocidade de infusão de dexmedetomidina foi ajustado de acordo com a fabrica
bula e ajustadas em resposta a alterações hemodinâmicas do paciente em resposta
à estimulação.
Manutenção
Relaxantes Musculares -­‐-­‐>	
  TOF
① Succinilcolina è disritmias
② Atracúrio è libera histamina è Não é droga para cardiopata
isquêmico
③ Pancurônio è aumento FC	
  em 20%
④ Vecurônio è perfil cardiovascular	
  plano ideal
⑤ Rocurônio infusão contínua è ação vagolítica intermediária entre	
  
pancurônio e	
  vecurônio
⑥ Cisatracúrio è t1/2βcurta
Betabloquedores
Glicemia
• Infusão	
  de	
  insulina	
  intravenosa	
  contínua	
  
• Controle	
  rigoroso:	
  alvo	
  120
• Controle	
  moderado:	
  alvo	
  120-­‐180	
  à
• Controle	
  brando:	
  alvo	
  180
Superiority	
  of	
  moderate	
  control	
  of	
  hyperglycemia	
  to	
  tight	
  control	
  in	
  patients	
  undergoing	
  coronary	
  artery	
  bypass	
  grafting.	
  J	
  Thorac Cardiovasc Surg 2011;141(2):543–551
É independentemente
associado a	
  menores taxas
de	
  mortalidade e	
  
complicações maioes
Hemoterapia
•Cell-­‐savers
•Estrategias farmacologicas – Acido Tranexamico
•Transfusão de	
  sangue à fator independente de	
  
risco de	
  pior prognostico
•Htc Trigger	
  à 24%	
  é tao seguro quanto 30%
•Transfusão de	
  plaqueta à em pacientes
recentemente expostos a	
  inibidores P2Y12	
  
(clopidogrel,	
  prasugrel,	
  ticagrelor)	
  se	
  sangramento
Ann	
  Thorac Surg 2012;94(2):460–467
Eur J	
  Cardiothorac Surg 2012;42(1)	
  114–120.
JAMA	
  2010;304(14):1559–1567.
Crit Care	
  Med.	
  2014	
  Dec;42(12):2611-­‐24
Grupo Restritivo à 7	
  a	
  9	
  g/gl ou 24	
  a	
  25	
  %
Grupo Liberal	
  à 8	
  a	
  10	
  g/dl	
  ou 30	
  a	
  32	
  %
Mortalidade:	
  (risk	
  ratio,	
  1.12;	
  95%	
  CI,	
  0.65-­‐1.95;	
  p	
  =.60)
IAM:	
  (risk	
  ratio,	
  0.94;	
  95%	
  CI,	
  0.30-­‐2.99;	
  p	
  =.92)
AVC:	
  (risk	
  ratio,	
  1.15;	
  95%	
  CI,	
  0.57-­‐2.32;	
  p	
  =.70)
IRA (risk	
  ratio,	
  0.98;	
  95%	
  CI,	
  0.64-­‐1.49;	
  p	
  =.91),	
  
Infections	
  (risk	
  ratio,	
  1.23;	
  95%	
  CI,	
  0.85-­‐1.78;	
  p	
  =.27),	
  or	
  
length	
  of	
  stay
Crit Care	
  Med.	
  2014	
  Dec;42(12):2611-­‐24
Tecnica restritiva e	
  liberal	
  
à Hgb Δ1g/dl	
  e	
  Htc Δ 6/7%
Analgesia	
  pós-­‐operatória
Uso estratégico de opióides na indução e uso
criterioso depois da amarração esternal produzem
adequada ventilação e analgesia:
①Morfina intratecal è 300	
  a	
  500	
  mcg	
  antes	
  da	
  ind.
②Fentanil <	
  20	
  mcg/kg	
  EV
③Sufentanil <	
  250	
  mcg	
  EV
④Morfina <	
  10	
  mg	
  EV
⑤Bomba de	
  PCA	
  venoso
• Os	
  bene_cios	
  da	
  anestesia	
  peridural	
  torácica	
  na	
  funcão	
  pulmonar	
  e	
  na	
  
analgesia	
   são	
   evidentes,	
   com	
   menor	
   intensidade	
   no	
   controle	
   das	
  
arritmias	
  e	
  sem	
  efeitos	
  no	
  tempo	
  de	
  internacão,	
  UTI	
  e	
  mortalidade.	
  
• Entretanto,	
  os	
  bene_cios	
  devem	
  ser	
  avaliados	
  em	
  relacão	
  ao	
  alto	
  risco	
  
de	
  Hematoma
• A	
   probabilidade	
   de	
   hematoma	
   espinhal	
   em	
   pacientes	
   submetidos	
   a	
  
cirurgia	
   cardíaca	
   com	
   heparinizacão	
   completa	
   é	
   de	
   1:1.528	
   com	
   té
cnicas	
  peridurais	
  e	
  1:3.610	
  com	
  as	
  subaracnóideas.	
  
• Recomenda-­‐se	
  que	
  o	
  bloqueio	
  do	
  neuroeixo	
  seja	
  feito	
  no	
  dia	
  anterior	
  
à	
  cirurgia	
  por	
  causa	
  da	
  heparinizacão	
  cirúrgica	
  completa.	
  
• Pelo	
   fato	
   de	
   o	
   bloqueio	
   neuroaxial	
   em	
   cirurgia	
   cardíaca	
   mostrar	
  
riscos	
  significantes,	
  sem	
  melhoria	
  da	
  morbidade	
  e	
  da	
  mortalidade,	
  é	
  
discutido	
   se	
   anestesia	
   subaracnóidea	
   ou	
   peridural	
   é	
   justificada,	
  
provavelmente	
   com	
   recomendacão	
   de	
   abandono	
   da	
   técnica	
   nesse	
  
grupo.	
  
Consciência intraoperatória
Uma vez que a própria hipotermia (≅ 30ºC) induz
inconsciência, os períodos de alto risco ocorrem, quando o
paciente está quente
èDose	
  adicional de	
  agente sedativo-­‐hipnótico é prudente ou
anestesia inalatória na CEC
è O	
  risco de	
  consciência pode ser reduzido pelo BIS;	
  com	
  
valores <	
  50
Proteção Miocárdica
•Betabloqueadores
•Inalatorios
•Estatinas
•Alfa	
  2	
  agonistas
•Cardioplegia rica em potássio
•Cardioplegia fria
Neuroproteção vs Temperatura
Pacientes aquecidos a	
  34o	
  apresentaram menos deficits	
  
cognitivos que	
  os pacientes aquecidos a	
  37o
CEC
Considerações Anestésicas:
①Hematócrito ALVO	
  à 21	
  A	
  25	
  %	
  à nao ha	
  ideal	
  !!
②PAM	
  mínima à 60	
  mmHg
• Idosos – niveis mais elevados
③RM	
  à temperatura entre	
  32	
  e	
  35ºC	
  leve
④TCA	
  à >	
  400	
  e	
  >	
  700	
  
⑤Glicemia <	
  180
Anestesia Cardiaca – Uma	
  abordagem pratica.	
  4a	
  Ed.	
  2012
Journal of Thoracic and Cardiovascular	
  Surgery 2005;	
  129:	
  391–400.
Desmame de	
  CEC
Regra do	
  CVP:
C V P
Frio	
  (Cold) Ventilação Preditores
Condução Vaporizador Protamina
Cálcio Volume Pressão
DC Visualização Pressores
Células MPasso
Coagulação Potássio
Annals	
  of	
  Cardiac	
  Anaesthesia Vol.	
  15:3	
   Jul-­‐Sep-­‐2012
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Desmame difícil de	
  CEC
Diagnóstico Diferencial de	
  IVD	
  após CEC
Pacientes de	
  risco à HAP,	
  isquemia de	
  VD
Tratamento
HIPERTENSAO PULMONAR INSUFICIENCIA VENTRICULAR	
  DIREITA
Hiperventilação pCO2 25-­‐28	
  mmHg Usar terapias listadas ao lado para reduzir pressão na AP
Oxigênio Evitar vasoconstrição hipóxica Dobutamina 2-­‐20	
  mcg/kg/min
NO	
  inalado 0,05-­‐80 ppm Dopamina ≤	
  5	
  mcg/kg/min
Nipride 0,1-­‐4 mcg/kg/min Adrenalina 0,05-­‐0,2	
  mcg/kg/min
Tridil 0,1-­‐7	
  mcg/kg/min Milrinona 0,5-­‐0,75 mcg/kg/min
Alprostadil 0,05-­‐0,4	
  mcg/kg/min Noradrenalina 0,05-­‐0,2	
  mcg/kg/min
Fentolamina 1-­‐20	
  mcg/kg/min Contrapulsação com balão na AP
Contrapulsação com balão intra-­‐aórtico
Journal of Cardiothoracic and Vascular Anesthesia, Vol 29, No 6 (December), 2015: pp 1415–1425
Annals	
  of	
  Cardiac	
  Anaesthesia Vol.	
  15:3	
   Jul-­‐Sep-­‐2012
Fim
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Anestesia para Cirurgia de Revascularização do Miocárdio

  • 1. Anestesia para Cirurgia de   Revascularização do   Miocárdio Fabrício Tavares  Mendonça  TEA/TSA
  • 2. Introdução Em 2014, a cirurgia de revascularização do miocardio completou 50 anos e vem passando por grandes mudanças É a cirurgia cardiaca mais realizada nos EUA • Em relação a cirurgia è aprimoramento da técnica, dos métodos de proteção miocárdica e da CEC • Em relação a anestesia è o grande salto de qualidade ocorreu quando se deu o entendimento global sobre os determinantes do fluxo sanguíneo coronariano e das relações entre consumo e oferta de O2
  • 3. A grande ênfase na diminuição do consumo de O2 • Técnicas anestésicas com altas doses de opióides, permitindo maior estabilidade hemodinâmica. è Entretanto, esta abordagem determinava tempo prolongado Vmec è 18 a 24 h Atualmente, técnicas de extubação precoce permitem è boa proteção miocárdica, despertar rápido, menor tempo de Vmec, menor permanencia na UTI Introdução
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. Avaliação Pré-­‐Anestésica Objetivos da  APA: •Revisar a  HC,  EF,  EC,  Testes  Cardiacos,  Medicações para  estratificar o  risco •Discutir otimizacao pré-­‐operatória com  equipe •Explicar ao paciente a  plano anestesico •Aliviar a  ansiedade do  paciente
  • 9. Avaliação Pré-­‐Anestésica Avaliação  Inicial A  avaliação  clínica  compreende: ①História  clínica ②Exame  _sico ③Exames  laboratoriais ④Ecocardiograma ⑤Ventriculografia ⑥Medicações Estratificação do   Risco
  • 10. Avaliação Pré-­‐Anestésica Fatores  de  Risco  Cardíaco •IAM •Baixo  risco:  angina •Risco  Intermediario:  IAM  estavel •Alto  risco:  IAM  instavel,  BIA   •ICC:  função  VE;  HAP •Doença  Cerebrovascular:  risco  de  AVC
  • 11. Avaliação Pré-­‐Anestésica Fatores  de  Risco  Não  Cardíaco •Irenal pré-­‐existente:  risco  IRA  periop •Anemia:  homem  <  13;  mulher  <  12 •DM,  HAS,  DPOC,  obesidade •Cirurgia  de  Urgência
  • 13. Avaliação Pré-­‐Anestésica Avaliação do  risco de  morbidade e  mortalidade http://www.euroscore.org/calc.html
  • 14.
  • 15.
  • 17. Date of download: 3/29/2015 Copyright © 2015 American Medical Association. All rights reserved. From: Temporal Onset, Risk Factors, and Outcomes Associated With Stroke After Coronary Artery Bypass Grafting JAMA. 2011;305(4):381-390. doi:10.1001/jama.2011.37
  • 18. Date of download: 3/29/2015 Copyright © 2015 American Medical Association. All rights reserved. From: Temporal Onset, Risk Factors, and Outcomes Associated With Stroke After Coronary Artery Bypass Grafting JAMA. 2011;305(4):381-390. doi:10.1001/jama.2011.37
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Avaliação Pré-­‐Anestésica Medicações/Prescrição de  antiagregantes: ① Aspirina – manter ② Inibidores do  r  plaquetário P2Y12 (Tienopiridínicos) ① Clopidogrel (Plavix®)  suspender  por 5  dias ② Prasugrel suspender  por 7  dias ③ Ticagrelor suspender  por 5  dias ④ Ticlopidina suspender  5/7  dias • Transfusão de  plaquetas se  sinais de  hemostasia prejudicada ③ Agrastat® (Inibidor GP  IIb/IIIa -­‐ Tirofiban)  – suspender  infusão 2/4  horas • Pacientes que estão em “ponte”  com  Clopidogrel ④ Reopro® (Inibidor GP  IIb/IIIa -­‐ Abciximab)  – suspender  por 12h Arq Bras Cardiol.  2013;  101(3Supl.3):  1-­‐93  
  • 25. Avaliação Pré-­‐Anestésica Medicações/Prescrição de  antiagregantes: ⑤Heparina EV  suspender  4/6  horas • Pacientes que estão em “ponte”  com  Warfarin ⑥IECA  -­‐ ESC/EACTS  Guideline  2014  à Suspender  1-­‐2   dias antes ⑦Estatinas – manter ⑧Betabloqueadores – manter ⑨Vasodilatadores coronarianos – manter Arq Bras Cardiol.  2013;  101(3Supl.3):  1-­‐93  
  • 26.
  • 27.
  • 28. Avaliação Pré-­‐Anestésica Medicação pré-­‐anestésica: ①Midazolam  7,5  mg ②Diazepam  5  mg ③Clonidina VO  à 2  a  6  mcg/kg
  • 29. June  15,  2003  THE  AMERICAN  JOURNAL  OF   MEDICINE  Volume  114
  • 30.
  • 31. MPA Meta-­‐análise onde foram incluídos 23  ensaios clínicos,   envolvendo 3395  pacientes:  clonidina VO  e  IV,   dexmedetomidina IV Wijeysundera DN,  Naik JS,  Beattie  WS.  Alpha-­‐2  adrenergic  agonists  to  prevent  perioperative  cardiovas-­‐ cular complications:  a  meta-­‐analysis.  Am  J  Med,  2003;114:742-­‐752. Stevens  RD,  Burri H,  Tramer MR.  Pharmacologicl myocardial  protection  in  patients  undergoing  noncardiac surgery:  a  quantitative  systematic  review.  Anesth Analg,  2003;97:623-­‐633. Wallace  AW.  Clonidine  and  modification  of  perioperative  outcome.  Curr Opin Anaesthesiol,  2006;19:  411-­‐417. Os  agonistas  alfa-­‐2  reduziram  isquemia  miocárdica significativamente  (RR   0,71;  IC  95%:  0,54-­‐0,92;  P  0,01).  Também  reduziu  a  mortalidade (RR  0,49;  IC   95%:?  0,12-­‐1,98;  P  0,3)  e  infarto do  miocárdio  (RR  0,83;  IC  95%:  0,35-­‐1,96;  P   0,7),  embora  essas  estimativas  não  alcançou  significância  estatística. Segundo  estes autores,  a  dose  efetiva de  clonidina identificada nestes estudos está compreendida entre  2  a  6  μg/kg  administrados por via  oral  ou venosa antes  da  cirurgia
  • 32. Indicação Cirúrgica A DAC possui um espectro clínico importante, que deve ser reconhecido adequadamente Uma lesão pequena e não importante pode progredir, gradualmente, até limitar o fluxo sanguíneo e promover angina • Angina  Estável Crônica • Angina  Instável • Infarto do  Miocárdio • Choque Cardiogênico
  • 33. Objetivo Anestésico Assegurar que a  oferta pelo menos seja equivalente ao consumo: ①Otimizar as  determinantes de  oferta/consumo ②Otimizar o  fluxo coronariano ③Monitorizar quanto a  isquemia (detecção precoce) ④Selecionar drogas e  técnicas coadjuvantes
  • 34. Otimizar as  determinantes da  relação oferta versus consumo 1 Objetivo  Anestésico
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  • 37. Otimizar o  fluxo sanguíneo coronariano 2 Objetivo  Anestésico
  • 38. Determinantes do  fluxo sanguíneo coronário a) Fatores Físicos • O fator primário pela perfusão do miocárdio é a pressão aórtica à gerada pelo próprio coração • No entanto, o principal fator na regulação do FSCo é a alteração na resistencia arteriolar provocada pelas mudanças na atividade metabólica do coração
  • 39. Fatores hidráulicos 1) Fluxo sanguíneo subendocárdico do  VE Do fluxo coronariano do VE total, 85% ocorrem durante a diástole e 15% ocorrem na sístole (principalmente na região epicárdica) O fluxo sanguíneo subendocárdio do VE é intermitente e ocorre apenas durante a diástole.
  • 40. 2)  Pressão de  perfusão coronariana PPCo
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  • 42. Fatores hidráulicos 2)  Pressão de  perfusão coronariana PPCo: Elevações na PDFVE  (ICC,  isquemia)  reduzem o  fluxo sanguíneo subendocárdico Assim,  para  otimizar a  PPCo,  devemos visar a  uma PAD  normal  a  alta,  baixa PDFVE  e  baixa FC
  • 43. Controleda  Resistência Vascular   Coronáriana •Fatores metabólicos •Fatores neurais •Fatores miogênicos •Fatores endoteliais •Fatores hormonais •Fatores anatômicos è que  irão modificar ou a  PPCo ou a  RVCo
  • 44. Controle da  Resistência Vascular  Coronariana 1) Fatores metabólicos (predominante) èQuando a carga de trabalho miocárdica elevada, há acumulo dos metabólitos vasoativos e hiperemia reativa secundária èEntre os fatores implicados na hiperemia reativa: èHipoxia à adenosina (metabólito vasodilatador) èÍons hidrogênio, èÍons potassio, è bradicinina èprostaglandinas èCO2, èOxido nitrico èLactato
  • 45. Aumento da  taxa  metabólica: éRVCo êCO2 éO2 êH+ êRVCoéCO2 é Adenosina K+ êO2 éH+  e   Lactato Aumento do  FSCo
  • 47. Fluxo Sanguíneo Coronariano Auto-­‐Regulação Coronáriaè é a capacidade em prover sangue oxigenado adicional ao miocárdio, podendo aumentar o fluxo 5 a 6x o valor de repouso O FSCo é relativamente independente da PPCo entre 45/50 e 120/125/150 mmHg, mas é dependente da pressão fora desta faixa
  • 48.
  • 49. Isquemia Miocárdica A  IM  ocorre quando há um  desequilíbrio entre  oferta e  consumo de  O2 pelo miocárdio,  ou ainda,  quando o  FSCo não aumenta em grau suficiente para  alcançar o  maior nível de  consumo
  • 50.
  • 51.
  • 52. Monitorização precoce de   isquemia 3 Objetivo  Anestésico
  • 53. Monitorização ECG SpO2 PAi EtCO2 PVC   Temperatura Glicemia Débito urinário Lactato +  SvO2/SvcO2 Lab  è pH  +  k+  +  Htc +  Plaq Coagulograma +  TCA ETE Catéter de  A.  Pulmonar DC DPP BIS  vs  Sedline -­‐ Futuro
  • 54. ECG Menos sensíveis a  isquemia Segmento ST • Depressão è isquemia endocárdica • Elevação è isquemia transmural
  • 55. ECG Menos sensíveis a  isquemia Segmento ST •Ocorrem 60  a  120  seg após o  início •Definidas como 0,1  mV  ou 1  mm Cuidados com: èBloqueios de  ramo è MP èsobrecarga
  • 56.
  • 57. Catéter de  Artéria Pulmonar Em pacientes selecionados: IC RVS SvO2 è Detecção de  isquemia miocárdica
  • 58. Hipertensão secundária a incisão cirúrgica, levando a episódio isquêmico demonstrado pelo aparecimento de ondas A, C e V importantes no traçado da pressão encunhada capilar pulmonar. Essas se resolvem com a instituição de nitroglicerina intravenosa. Observar a ausência de alterações importantes no ECG durante este episódio.
  • 59. Indicacoes do  uso do  CAP  em Cardiaca • Instabilidade hemodinamica • Revascularização do  Miocardio • FE  <  30% • IAM  recente • Angina  grave • Lesão grave  de  tronco de  CE • Paciente com  doenca valvular • HAP  moderada a  severa • >  65  anos • Doenca sistemica grave Anestesia Cardiaca,  uma abordagem pratica 4a  ed.  2012
  • 60.
  • 61. Journal of Cardiothoracic and Vascular  Anesthesia,  Vol ],  No  ]  (Month),  2016:pp  ]]]–]]]  
  • 62. Ecografia Transesofágica Capaz de  avaliar: ① Pré-­‐carga ② Contratilidade ③ Detectar anormalidades de  movimento da  parede ④ Avaliar o  local  de  canulização aórtica ⑤ Detecta patologia valvar concomitante ⑥ Presença e  efeito de  derrame pericárdico ⑦ Auxilia na instalação catéter-­‐balão intra-­‐aórtico e  catéter de  seio coronário ⑧ Detecção de  defeitos septais
  • 63. Indicacoes do  uso do  ETE  em Cardiaca • Julgar adequacao de  procedimentos de  valvuloplastia • Julgar adequacao de  procedimentos de  substituicao valvar • Julgar adequacao de  reparo de  cardiopatia congenita • Avaliar funcao ventricular  D  e  E • Avaliacao de  retencao de  ar intracardiaca Anestesia Cardiaca,  uma abordagem pratica 4a  ed.  2012
  • 64.
  • 65. Selecionar drogas e  técnicas coadjuvantes 4 Objetivo  Anestésico
  • 66. Efeitos dos  anestésicos sobre a   relação oferta/consumo de   oxigênio do  miocárdio (MVO2)
  • 67. Indução Anestésica Agentes não opióides intra-­‐ venosos: ① Tiopental • ê RVS  =>  ê MVO2 • ê Contratilid.  => ê MVO2 • é FC  =>  é MVO2 ② Propofol • ê RVS  =>  ê MVO2 • ê Contratilid.  => ê MVO2 • ≈ FC  =>  ≈ MVO2 ③ Cetamina • é RVS  =>  é MVO2 • é Contratilid.  => é MVO2 • é FC  =>  é MVO2 ③ Etomidato • ≈ FC • ≈ DC • ≈ PA ④ Midazolam • Reduz PA  e  FC • Efeito ino neg • 0,1-­‐0,2  mg/kg • Cuidado c/  opióide ⑤ Diazepam • Reduz a  PA  e  FC   (menos que MDZ) • O,3-­‐0,6  mg/kg • Cuidado c/  opióide
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  • 73. Manutenção Agentes voláteis Em geral, diminuem a oferta e o consumo de O2. ①FC • Sevo è efeito desprezível • Desfl è aumenta • Iso è pode aumentar ou diminuir
  • 74. Manutenção Agentes voláteis ②Contratilidade • Todos è diminuem è baixando MVO2 ③Pós-­‐carga • RVS  è diminui mais com  Iso e  Desfl,   moderadamente com  enfl e  Sevo,  mas  de   forma  alguma com  halotano =>  baixando DO2 e   MVO2
  • 75. Manutenção Agentes voláteis ④Pré-­‐carga • Agentes voláteis mantêm as  pressões de   enchimento • Portanto,  PPCo (PAD  – PDFVE)  pode diminuir ⑤Furto coronariano è importância duvidosa ④Pré-­‐condicionamento è Todos diminuem os efeitos deletérios da isquemia de maneira semelhante ao pré-­‐condicionamento isquêmico.
  • 76. Pré-­‐condicionamento anestésico •Três classes  de  anestésicos apresentaram propriedades: -­‐ Opióides  (principalmente morfina)   -­‐ anestésicos voláteis e   -­‐ hipnóticos do  grupo etanol (hidrato de  cloral)   Zaugg M,  Lucchinetti E,  Ueckler M  et  al.  -­‐ Anaesthetics and  cardiac  preconditioning.  Part  I.  Signaling  and  cytoprotective mechanisms.  Br  J   Anaesth,  2003;91:551-­‐565.                 Zaugg M,  Lucchinetti E,  Garcia  C  et  al.  -­‐ Anaesthetics and  cardiac  preconditioning.  Part  II.  Clinical  implications.  Br  J  Anaesth,  2003;91:566-­‐576.
  • 77.
  • 78. Pré-­‐condicionamento anestésico •A   administração   de   anestésicos   voláteis   reduz   a   lesão  causada  pela  isquemia  e  pela  reperfusão. •Efeito  cardioprotetor  persistente
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  • 89. Manutenção Opióides ①FC • Todos diminuem è vagotonia centralmente mediada è MVO2 ②Contratilidade • Pouco efeito em doses  clínicas ③Pré-­‐carga è FTN  >  25  mcg/kg  è reduz ④Pós-­‐carga è Função VE  normal  è normaliza PA • Em pacientes comprometidos, que dependem de tônus simpático elevado para manter DC e RVS, a perda de tônus associada a indução pode resultar em queda súbita de pressão e consequente queda de oferta e consumo.
  • 90. Manutenção Opióides Fentanil è 10  a  15  mcg/kg Remifentanil fornece boa estabilidade hemodinâmica, atenuação adequada da resposta de estresse neuro-­‐ humoral e acordar precoce Sufentanil è 1  a  3  mcg/kg  è máx 150/250  mcg
  • 91. 2013
  • 92. Uso de dexmedetomidina perioperatória foi definida como uma infusão intravenosa (0,24 a 0.6mcg/kg/hr), iniciado após a circulação extracorpórea (CEC) e continuou por menos de 24 horas de pós-­‐operatório na UTI. A velocidade de infusão de dexmedetomidina foi ajustado de acordo com a fabrica bula e ajustadas em resposta a alterações hemodinâmicas do paciente em resposta à estimulação.
  • 93.
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  • 95. Manutenção Relaxantes Musculares -­‐-­‐>  TOF ① Succinilcolina è disritmias ② Atracúrio è libera histamina è Não é droga para cardiopata isquêmico ③ Pancurônio è aumento FC  em 20% ④ Vecurônio è perfil cardiovascular  plano ideal ⑤ Rocurônio infusão contínua è ação vagolítica intermediária entre   pancurônio e  vecurônio ⑥ Cisatracúrio è t1/2βcurta
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  • 99. • Infusão  de  insulina  intravenosa  contínua   • Controle  rigoroso:  alvo  120 • Controle  moderado:  alvo  120-­‐180  à • Controle  brando:  alvo  180 Superiority  of  moderate  control  of  hyperglycemia  to  tight  control  in  patients  undergoing  coronary  artery  bypass  grafting.  J  Thorac Cardiovasc Surg 2011;141(2):543–551 É independentemente associado a  menores taxas de  mortalidade e   complicações maioes
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  • 104. Hemoterapia •Cell-­‐savers •Estrategias farmacologicas – Acido Tranexamico •Transfusão de  sangue à fator independente de   risco de  pior prognostico •Htc Trigger  à 24%  é tao seguro quanto 30% •Transfusão de  plaqueta à em pacientes recentemente expostos a  inibidores P2Y12   (clopidogrel,  prasugrel,  ticagrelor)  se  sangramento Ann  Thorac Surg 2012;94(2):460–467 Eur J  Cardiothorac Surg 2012;42(1)  114–120. JAMA  2010;304(14):1559–1567.
  • 105. Crit Care  Med.  2014  Dec;42(12):2611-­‐24 Grupo Restritivo à 7  a  9  g/gl ou 24  a  25  % Grupo Liberal  à 8  a  10  g/dl  ou 30  a  32  %
  • 106. Mortalidade:  (risk  ratio,  1.12;  95%  CI,  0.65-­‐1.95;  p  =.60) IAM:  (risk  ratio,  0.94;  95%  CI,  0.30-­‐2.99;  p  =.92) AVC:  (risk  ratio,  1.15;  95%  CI,  0.57-­‐2.32;  p  =.70) IRA (risk  ratio,  0.98;  95%  CI,  0.64-­‐1.49;  p  =.91),   Infections  (risk  ratio,  1.23;  95%  CI,  0.85-­‐1.78;  p  =.27),  or   length  of  stay Crit Care  Med.  2014  Dec;42(12):2611-­‐24 Tecnica restritiva e  liberal   à Hgb Δ1g/dl  e  Htc Δ 6/7%
  • 107. Analgesia  pós-­‐operatória Uso estratégico de opióides na indução e uso criterioso depois da amarração esternal produzem adequada ventilação e analgesia: ①Morfina intratecal è 300  a  500  mcg  antes  da  ind. ②Fentanil <  20  mcg/kg  EV ③Sufentanil <  250  mcg  EV ④Morfina <  10  mg  EV ⑤Bomba de  PCA  venoso
  • 108. • Os  bene_cios  da  anestesia  peridural  torácica  na  funcão  pulmonar  e  na   analgesia   são   evidentes,   com   menor   intensidade   no   controle   das   arritmias  e  sem  efeitos  no  tempo  de  internacão,  UTI  e  mortalidade.   • Entretanto,  os  bene_cios  devem  ser  avaliados  em  relacão  ao  alto  risco   de  Hematoma • A   probabilidade   de   hematoma   espinhal   em   pacientes   submetidos   a   cirurgia   cardíaca   com   heparinizacão   completa   é   de   1:1.528   com   té cnicas  peridurais  e  1:3.610  com  as  subaracnóideas.   • Recomenda-­‐se  que  o  bloqueio  do  neuroeixo  seja  feito  no  dia  anterior   à  cirurgia  por  causa  da  heparinizacão  cirúrgica  completa.   • Pelo   fato   de   o   bloqueio   neuroaxial   em   cirurgia   cardíaca   mostrar   riscos  significantes,  sem  melhoria  da  morbidade  e  da  mortalidade,  é   discutido   se   anestesia   subaracnóidea   ou   peridural   é   justificada,   provavelmente   com   recomendacão   de   abandono   da   técnica   nesse   grupo.  
  • 109.
  • 110. Consciência intraoperatória Uma vez que a própria hipotermia (≅ 30ºC) induz inconsciência, os períodos de alto risco ocorrem, quando o paciente está quente èDose  adicional de  agente sedativo-­‐hipnótico é prudente ou anestesia inalatória na CEC è O  risco de  consciência pode ser reduzido pelo BIS;  com   valores <  50
  • 111. Proteção Miocárdica •Betabloqueadores •Inalatorios •Estatinas •Alfa  2  agonistas •Cardioplegia rica em potássio •Cardioplegia fria
  • 112. Neuroproteção vs Temperatura Pacientes aquecidos a  34o  apresentaram menos deficits   cognitivos que  os pacientes aquecidos a  37o
  • 113. CEC Considerações Anestésicas: ①Hematócrito ALVO  à 21  A  25  %  à nao ha  ideal  !! ②PAM  mínima à 60  mmHg • Idosos – niveis mais elevados ③RM  à temperatura entre  32  e  35ºC  leve ④TCA  à >  400  e  >  700   ⑤Glicemia <  180 Anestesia Cardiaca – Uma  abordagem pratica.  4a  Ed.  2012 Journal of Thoracic and Cardiovascular  Surgery 2005;  129:  391–400.
  • 114. Desmame de  CEC Regra do  CVP: C V P Frio  (Cold) Ventilação Preditores Condução Vaporizador Protamina Cálcio Volume Pressão DC Visualização Pressores Células MPasso Coagulação Potássio
  • 115. Annals  of  Cardiac  Anaesthesia Vol.  15:3   Jul-­‐Sep-­‐2012
  • 116. Annals  of  Cardiac  Anaesthesia Vol.  15:3   Jul-­‐Sep-­‐2012
  • 117. Annals  of  Cardiac  Anaesthesia Vol.  15:3   Jul-­‐Sep-­‐2012
  • 118. Desmame difícil de  CEC Diagnóstico Diferencial de  IVD  após CEC Pacientes de  risco à HAP,  isquemia de  VD Tratamento HIPERTENSAO PULMONAR INSUFICIENCIA VENTRICULAR  DIREITA Hiperventilação pCO2 25-­‐28  mmHg Usar terapias listadas ao lado para reduzir pressão na AP Oxigênio Evitar vasoconstrição hipóxica Dobutamina 2-­‐20  mcg/kg/min NO  inalado 0,05-­‐80 ppm Dopamina ≤  5  mcg/kg/min Nipride 0,1-­‐4 mcg/kg/min Adrenalina 0,05-­‐0,2  mcg/kg/min Tridil 0,1-­‐7  mcg/kg/min Milrinona 0,5-­‐0,75 mcg/kg/min Alprostadil 0,05-­‐0,4  mcg/kg/min Noradrenalina 0,05-­‐0,2  mcg/kg/min Fentolamina 1-­‐20  mcg/kg/min Contrapulsação com balão na AP Contrapulsação com balão intra-­‐aórtico
  • 119. Journal of Cardiothoracic and Vascular Anesthesia, Vol 29, No 6 (December), 2015: pp 1415–1425
  • 120. Annals  of  Cardiac  Anaesthesia Vol.  15:3   Jul-­‐Sep-­‐2012