3. INTRODUÇÃO
EPIDEMIOLOGIA
- A dor torácica é uma das causas mais frequentes de atendimento nas unidades de
emergência
- Maioria desses pacientes tem alta com diagnóstico de dor torácica não específica ou
causa não cardíaca
- 25% do internados recebem o diagnóstico final de SCA
- IAM é a principal causa de morte no Brasil e no Mundo
- DATASUS 2017: IAM representou 10,2% das internações
Mais prevalente em maiores de 50 anos
10. ABORDAGEM INICIAL
1) Caracterização da dor torácica
-Localização
-Duração
-Tipo
-Sintomas associados
-Fatores de piora e melhora
-Equivalente isquêmico: idoso, mulher, DM, DRC, transplantado -> DAC mais grave/extensa
2) História pregressa: fatores de risco, história familiar para DAC, procedimento de revascularização
prévia
Angina em crescendo
Angina de início recente
11. ABORDAGEM INICIAL
3) Exame físico
-Achados de mau prognóstico: sopro sistólico em foco mitral, taquicardia, taquipneia, hipotensão, sudorese, pulsos
finos, terceira bulha, estertores pulmonares
-Diagnóstico diferencial
4) Eletrocardiograma:
-Normal (1-6%)
-Depressão do segmento ST
-Elevação transitória do segmento ST
(angina vasoespástica)
-Inversão da onda T
14. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
Idade > ou = 65 anos
Aumento de biomarcadores
Depressão ST > ou = 0,5mm
Uso de AAS nos últimos 7 dias
3 ou + fatores de risco (HAS, DM, DLP, TBG, HF+)
DAC conhecida
Angina grave recentes nas últimas 24 horas
Baixo Risco: 0-2
Risco Intermediário: 3-4
Alto Risco: 5-7
15. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
Mais acurado
Maior complexidade
Estima o óbito intra-hospitalar ou óbito e
IAM em 6 meses após a alta
17. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DE
SANGRAMENTO
Hematócrito basal
Clearance de creatinina
Frequência cardíaca
Sexo
Doença Vascular prévia
Sintomas de IC
Diabetes Melito
Pressão Arterial Sistólica
Muito baixo risco: < 21 pontos
Baixo risco: 21-30 pontos
Risco moderado: 31-40 pontos
Alto risco: 41-50 pontos
Muito alto risco: > 50 pontos
18. CONDUTA NA EMERGÊNCIA
Oxigênio Analgesia
Controle
glicêmico
Terapia
anti-
isquêmica
Terapia
anti-
trombótic
a
Obs: Há evidência que a morfina reduz o efeito antiplaquetário dos inibidores P2Y12; aumento da mortalidade.
19. Terapia anti-isquêmica
Objetivo: reduzir o consumo de O2 e aumentar sua oferta
1) Nitratos
-Efeito venodilatador diminuindo o retorno venoso e o volume diastólico final do VE e
vasodilatação das artérias coronárias e reduz congestão pulmonar
-Sublingual (5mg 3x) -> Endovenoso (até melhora sintomática/hipertensão)
>>>>Mono ou Dinitrato de Isossorbida/ Tridil 10mcg/min
-Contraindicações: PAS <100mmhg, Sildenafil <24h, Tadalafila <48h, Infarto de VD
-Efeito colateral: cefaleia
-Sem impacto na mortalidade
20. Terapia anti-isquêmica
2) Betabloqueadores
-Inibem os efeitos circulantes das catecolaminas > Diminui a FC, PA e contratilidade
miocárdica, consequentemente o consumo de O2
-Juntamente com os nitratos são as primeiras escolhas
-Uso oral nas primeiras 24h, salvo contraindicações, esteve relacionado com menor
mortalidade intra-hospitalar
-Sem superioridade entre eles; porém em disfunção ventricular é recomendado
Carvedilol, Bisoprolol e Succinato de Metoprolol
-Contraindicação: intoxicação aguda por cocaína, Asma/DPOC
21. Terapia anti-trombótica
1) Antiplaquetários orais: AAS
-Dose de ataque: 150-300mg
-Dose de manutenção: 75-100mg/dia
-Para todos, exceto se contraindicações
2) Inibidor do receptor P2Y12: Clopidogrel
-Dose de ataque 300-600mg
-Dose de manutenção: 75mg/dia
-Tempo de uso por 1 ano (tratamento clínico, percutâneo ou cirúrgico)
-Suspender 5 dias antes de procedimento
-Bloqueio irreversível
22. Terapia anti-trombótica
3) Prasugrel
-Geração mais recente
-Menor interação medicamentosa
-Contraindicações: AVC, AIT, <60kg, >75 anos, pré-tratamento sem anatomia conhecida
-Suspender 7 dias antes de procedimento
-Bloqueio irreversível
4) Ticagrelor
-Bloqueio reversível dos receptores e não depende da metabolização hepática
-Suspender 3 dias antes de procedimento
24. Terapia anti-trombótica
2) Antagonistas dos receptores Glicoproteicos IIb/IIIa
-GP IIb/IIIa são receptores das plaquetas
-Mecanismo final da agregação plaquetária
-Usados em situações de grande potencial de ativação plaquetária como ICP
complexas e complicações trombóticas
-Abciximab X Tirofiban: aumenta o risco de hemorragia
Age competindo no receptor, impedindo a ligação ao fibrinogênio
Dose: 10mcg/kg em bolus seguido 0,15mcg/kg/min 12-24h após procedimento
Anticorpo monoclonal,
ligação irreversível
27. Terapia anti-trombótica
3) Anticogulantes
-Pacientes em uso de anticoagulante devem ser manejados com cautela
-Urgência: manejo independente da última dose do DOAC
Anticoagulação parenteral está indicada
-Pacientes com risco isquêmico baixo o procedimento deve ser postergado
Cuidado
>100kg
29. AVALIAÇÃOINVASIVA
-A estratégia invasiva inclui angioplastia
ou a cirurgia de revascularização
miocárdica, sendo a decisão baseada na
anatomia coronariana utilizando-se o
SYNTAX Score. Pacientes com escore >
que 22 (intermediário ou alto) tem
maior benefício da revascularização
cirúrgica
31. CONDUTAS DURANTE A INTERNAÇÃO
• Pacientes com SCASSST com risco intermediário e alto devem permanecer
hospitalizados em UCO até que a conduta seja tomada.
• Se ICP – permanecer de 12 a 24 horas após o procedimento, se não houver
complicações
• Oclusão do vaso-alvo / necessidade de RCM de emergência / nova ICP não programada / angina
refratária / óbito
• Se a decisão for por cirurgia de revascularização, permanecer internado no hospital
(UCO ou quarto) até a realização da cirurgia.
33. PRESCRIÇÃO
ANTAGONISTAS CANAIS DE CA •Ação vasodilatadora coronária e
cronotrópica negativa e retardam a
condução AV.
•Não reduzem a incidência de
angina refratária, infarto ou óbito
(diferente dos betabloqueadores)
43. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO COM MÉTODOS COMPLEMENTARES-EXAMEINVASIVO
Cinecoronariografia e Avaliações Coronárias Intravasculares (FFR, IVUS, OCT)>>determinação
da estratégia anatômica para realização de ICP ou Revascularização Miocárdica
MOMENTO DA AVALIAÇÃO INVASIVA
44. REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA (CIRURGIADE
REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA EINTERVENÇÃO CORONÁRIA
PERCUTÂNEA)
- IMEDIATA EM CASOS DE ANGINA REFRATÁRIA, INSTAVILIDADE ELÉTRICA OU
HEMODINÂMICA.
-BASEADO NA ANATOMIA CORONÁRIA: UTILIZAR SINTAX SCORE: > MAIOR BENEFÍCIO DE DE
REVASCULARIZAÇÃO CIRURGICA
45. Alta e Cuidado
Pós- hospitalar ● Mudança de Estilo de Vida
>>> Otimização de adesão medicamentosa
>>> Apoio Familiar
● Cessação do Tabagismo (Principal)
>>> Quatro etapas
● >>> Suporte medicamentoso (nicotina;
bupropiona; vareniclina)
46. Mudanças de Estilo de Vida
• Hábitos Alimentares;
• Reabilitação Cardiovascular (Prevenção Primaria e Secundaria);
• Definir Risco Cardiovascular.
48. Antitrombótico
s
● Troca de agentes P2Y
Clopidogrel Ticagrelor (30 dias):
Ataque de 180 mg Ticagrelor (IB)
49. Duração da
Dupla Terapia
• Tempo Medio: 12 meses
• Prevenção de Trombose de Stent
• Tempo Prolongado em População
isolada: menor incidência de
Evento Cardiovascular
• Aumento de dose de Ticagrelor:
desfecho negativo
• DAPT e Precise-DAPT
55. Rastreamento Pós Alta
• Reavaliação precoce em 2-6 semanas pós alta;
• Reavaliação de Disfunção Ventricular em 8 – 12 semanas;
• Provas não Invasivas de isquemia: Individualizado
;