Atuação da fisioterapia na terapia intensiva em pacientes
1. Atuação da fisioterapia na terapia
intensiva em pacientes
coronarianos
Carla Daniela T.T. de Melo
R2 de fisioterapia
Recife/2015
2. Conceituando a doença arterial
coronariana (DAC)
• É um distúrbio no qual depósitos de gordura se acumulam nas
células que revestem a parede de uma artéria coronária e,
consequentemente, obstruem o fluxo sanguíneo.
• Os depósitos de gordura formam-se gradualmente e se
desenvolvem nos grandes ramos das duas artérias coronárias
principais, as quais circundam o coração e proveem sangue ao
mesmo (Straub, 2005).
3. Artérias coronárias
• TCE: irriga quase todo VE, parede
anterolateral, porção anterior do
septo atrioventricular, AE e nó
sinusal.
• Dividi-se :
• DA: irriga 2/3 do septo
atrioventricular e grande parte da
parede anterior. Que também se
divide em ramos diagonais(Dg)-
irriga parede lateral de VE.
• CX: também se divide em Mg, irriga
parte da parede lateral e posterior do
VE.
• TCD: irriga AD, todo VD, nó sinusal e
atrioventricular , porção posterior do
septo interventricular e parte da
parede posterior e inferior do VE
Umeda(2014)
4. Conceituando a doença arterial
coronariana (DAC)
• Existem duas condições representativas da
doença coronariana:
Angina
• É uma condição de dor extrema no
peito causada por restrição no
suprimento de sangue para o coração
que ocorre, em geral, durante
momentos de esforço incomum.
Infarto do miocárdio
• resulta na morte do tecido cardíaco em
resposta à interrupção do suprimento
de sangue para o miocárdio.
(Mansur e cols., 2004)
5. • Pacientes coronarianos descompensados
destacam-se pela:
Pacientes
coronarianos
Excessiva
necessidade
ventilatória
Aumento da
atividade
simpática
Fadiga dos
músculos
inspiratórios
combinação
desses
fatores
Hill, 2006.
6. Fisioterapia e DAC
• As síndromes coronarianas representam um
importante problema de saúde pública.
• A fisioterapia cardiovascular poder ser iniciada
de 12 a 24 horas após o evento
Objetivos :
Diminuir complicações cardiorrespiratórias
Reduzir os efeitos deletérios do repouso prolongado
no leito
Avaliar as respostas clínicas ao aumento progressivo
do esforço.
Diminuir o tempo de internação hospitalar
Hiss (2012)
7. • A partir do momento em que o paciente
coronário é admitido na UTI, exige um ciclo na
atuação do fisioterapeuta.
Avaliação dos sinais vitais.
Avaliação respiratória:
frequência respiratória
Ritmo respiratório
Padrão Respiratório (predomínio da movimentação
torácica, abdominal ou mista durante as incursões
respiratórias
Expansibilidade torácica (mobilidade:
simétrica/assimétrica ; a amplitude :superficial,
profunda ou normal).
8. Avaliação
• Tosse ( seca/ produtiva; se produtiva aspecto da
secreção)
• Tipo de Tórax: Tonel (ou globoso) ,Pectus carinatum
(peito de pombo) , Pectus escavado, Cifoescoliótico .
• Tiragem
• Presença da utilização (ou não) da musculatura
respiratória acessória.
• Dispnéia
9. Avaliação
• Ausculta respiratória(roncos, sibílos, estertores)
• Avaliar a necessidade de oxigênio suplementar
• Avaliar a necessidade de suporte ventilatório
• Avaliar força muscular
12. • Evidências científicas apontam que, uma das
principais complicações pós-IAM é o edema agudo
de pulmão (EAP).
• A fisioterapia intervém nesse caso com a ventilação
não invasiva (VNI) com pressão positiva nas vias
aéreas(CPAP), que reduzir a necessidade de
intubação, a morbidade e mortalidade
14. Oxigenoterapia
• Utilizada em casos em que o paciente apresente redução da SpO2 abaixo de
90%.
• Não há evidências científicas que apoiem seu uso em pctes com Spo2 dentro
da normalidade e sem sinais de dispnéia, pelo contrário, deve ser evitado
quando não houver necessidade, principalmente porque a hiperóxia causa
vasoconstricção coronariana, podendo reduzir ainda mais o fluxo
sanguíneo.
Umeda(2014)
15. Ventilação invasiva
• O objetivo da ventilação mecânica no paciente cardiopata é adequar
a oxigenação e a ventilação, e assegurar o débito cardíaco.
• Alcançar SpO2 ≥94%, por meio da menor FiO2.
• A retirada da VM deve ser gradual, podendo ser realizada a pressão
de suporte (PSV).
• A retirada da ventilação mecânica no paciente cardiopata segue as
recomendações do paciente não cardiopata. O uso de VNI deve ser
priorizado para facilitar o processo de retirada de ventilação
mecânica, devendo ser aplicada imediatamente após à extubação.
16. Resalva
• Altos níveis de PEEP :
• Diminuem o retorno venoso,
• Aumentam a resistência vascular pulmonar
• Aumentam o volume diastólico final do ventrículo
direito.
• O aumento do volume diastólico final do ventrículo
direito pode desviar o septo interventricular para a
esquerda e diminuir a complacência do ventrículo
esquerdo, o débito cardíaco e a oferta de oxigênio
aos tecidos
Lima(2011)
17. EFEITOS DELETÉRIOS DO REPOUSO NO
LEITO
O REPOUSO PROLONGADO NO LEITO PROMOVE :
AUMENTO DAS RESPOSTAS DA FC AOS ESFORÇOS,
DA PA E DA ANSIEDADE
DIMINUIÇÃO DO TÔNUS MUSCULAR E
DA VOLEMIA
INADAPTABILIDADE ÀS
MUDANÇAS POSTURAIS
(HIPOTENSÃO postural)
DIMINUIÇÃO DA
CAPACIDADE
FUNCIONAL
18.
19. Contraindicações absolutas da
reabilitação em pacientes Pós-IAM
• Angina instável
• PAS>200 mmhg e/ou PAD >100 mmhg em repouso
• Sintomas graves de doença valvar cardíaca
• Arritmia ventricular complexa
• Taquicardia supraventricular paroxística no repouso
• Endocardite
• Pericardite
• Infecção sistêmica descontrolada
• Tromboembolismo arterial
• Tromboflebite
MORAES(2005)
20. Critérios para interromper o exercício
• Dor torácica coronariana
• Dispnéia Intensa
• Cianose de extremidades
• Aumento da FC por mais de 20 bpm ou redução de
mais de 10 bpm
• Arritmia cardíaca significativa provocada pelo
exercício físico
• Redução da PA por mais de 10-15 mmhg ou
aumento excessivo da PA(PAS>200mmhg e
PAD>110 mmhg
Piotrowics (2008)
21. • O acompanhamento fisioterapêutico integral dos
pacientes coronarianos desde a UTI promove o
Aumento da capacidade funcional, redução de
sintomas, benefícios cardiorrespiratórios, auxílio no
controle de fatores de risco, retorno mais precoce ao
trabalho possível melhora da sobrevida.
Chermont(2011)
22. Bibliografia
• Exercício para pacientes com doença arterial coronariana. Rev Bras Med Esporte [online].
1998, vol.4, n.4, pp. 122-126. ISSN 1517-8692.
• BARBAS, Carmen Sílvia Valente et al. Recomendações brasileiras de ventilação mecânica
2013. Parte 2. Rev. bras. ter. intensiva [online]. 2014, vol.26, n.3, pp. 215-239. ISSN 0103-
507X.
• Abreu-Rodrigues, M. & Seidl, E. M. F. (2008). Apoio social em pacientes coronarianos.
• Repercussão da pressão positiva expiratória final na pressão de perfusão cerebral em
pacientes adultos com acidente vascular hemorrágico Rev Bras Ter Intensiva. 2011;
23(3):291-296
• Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica – 2013
• Anatomia coronária com angiografia por tomografia Computadorizada multicorteRadiol
Bras 2006;39(3):233–236
• Segurança da intervenção fisioterápica precoce após o infarto agudo do miocárdio
• Consenso sobre tratamento do pós-infarto do miocárdio Reabilitação após infarto do agudo
do miocárdioArq Bras Cardiol
• volume 64, (nº3), 1995