2. “Principal resposta a variedade de
estímulos que causam injúria tecidual”
Lopes e Siqueira
3. Reação da microcirculação a uma injúria aos tecidos,
com a consequente movimentação de elementos
intravasculares, como fluidos, células e moléculas,
para o espaço extravascular.
9. INFLAMAÇÃO X INFECÇÃO
O objetivo da inflamação é destruir e
eliminar todo o agente agressor do
organismo.
10. DANO TECIDUAL CAUSADO PELAS
BACTÉRIAS
DIRETO
(fatores de virulência)
enzimas
toxinas
produtos metabólicos
INDIRETO
defesas do hospedeiro frente a
persistência da agressão
Autólise
tecidual
12. AGUDA
Exsudato – mediadores que:
iniciam e mantêm os fenômenos vasculares
agem diretamente sobre o agressor
e os que atraem os leucócitos e mantêm a inflamação
Infiltrado inflamatório
neutrófilos e
em menor número, macrófagos
Tipos de inflamações...
13. Calor – aumento do suprimento
sanguíneo para os tecidos
Rubor – dilatação dos vasos
Tumor – saída do fluido vascular para
os tecidos – EDEMA
Dor – ação dos mediadores químicos,
como bradicinina e a pressão do tecido
devido ao edema
Perda da função – devido ao edema e
a dor
Tipos de inflamações...
SINAISCARDEAISDAINFLAMAÇÃO
14. SUCESSÃO DA INFLAMAÇÃO
AGUDA PRESENÇA DE AGENTES
AGRESSORES DE BAIXA
TOXICIDADE
OU
Tipos de inflamações...
CRÔNICA
15. CRÔNICA
Tipos de inflamações...
Linfócitos, macrófagos, plasmócitos
Componentes do processo de reparo:
fibroblastos, vasos neoformados
CÉLULAS IMUNUCOMPETENTES
Reconhecer, neutralizar, inativar e
eliminar os antígenos
DESTRUIÇÃO TECIDUAL
Macrófagos liberam citocinas de
destruição tecidual
ativação dos osteoclastos
REPARO
Longa duração
Baixa sintomatologia
27. ALTERAÇÕES PULPARES
Estímulo de baixa intensidade e longa duração
EVOLUÇÃO DAS PULPITES QUANDO:
POLPA JOVEM
E RESISTENTE
PULPITE HIPERPLÁSICA
DENTES IMATUROS
28. ALTERAÇÕES PULPARES
CARACTERÍSTICAS:
TAMBÉM É UMA FORMA IRREVERSÍVEL DE PULPITE
Dor provocada
Dor Localizada
Leve/moderada
PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA
PRESENÇA DE PÓLIPO PULPAR
=
PROFILEFERAÇÃO DE TECIDO GRANULOMATOSO
30. ALTERAÇÕES PULPARES -
REABSORÇÃO INTERNA
Células clásticas dentro da polpa reabsorvem
paredes internas do espaço pulpar.
Detectável em exames
radiográficos de rotina
CALCIFICAÇÃO PULPAR
Relacionadas à idade, ou a injúrias de baixa
intensidade = irritação crônica da polpa
Calcificação = progressiva deposição de
dentina - diminuição do espaço pulpar
DURANTEPROCESSOINFLAMATÓRIOCRÔNICO
32. ALTERAÇÕES PULPARES -
Assintomática
Pode haver relato de episódio prévio de dor
Presença de cáries, ou restaurações extensas,
podem ter alcançado a polpa
História de traumatismo
Escurecimento da coroa – tom cinza/marrom
CARACTERÍSTICAS:
RESPOSTA AOS TESTES AUXILIARES:
FRIO
◦ negativo
CALOR
◦ Negativo
◦ Positivo – fibras nervosas tipo C - + resist. hipóxia
PRESSÃO
◦ Negativo/positivo
PERCUSSÃO
◦ Negativo/positivo
33. ALTERAÇÕES PULPARES -
Cáries, restaurações extensas, fraturas
coronárias
Dente hígido ( necrose por trauma)
Espaço ligamento periodontal normal, ou
espessado – desenvolvimento de lesão
perirradicular
Necropulpectomia
ACHADOS RADIOGRÁFICOS TRATAMENTO
EVOLUÇÃO:
Pericementite sintomática
Pericementite assintomática
35. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
ORIGEM BIOLÓGICA/MICROBIANA
ALTERAÇÕESPERIAPICAISASSOCIADAS
ÀSRESPOSTASINFLAMATÓRIA
EIMUNOLÓGICADOHOSPEDEIRO
CONTER O AVANÇO DA INFECÇÃO INSTALADA DENTRO
DO CANAL
36. “... portanto está bem definido que a doença periapical é o
resultado das bactérias, seus produtos e a resposta do
hospedeiro a eles.”
Caminhos da Polpa, 2000
“... fluido tecidual estagnado ou tecido pulpar necrótico estéril
e seus produtos de degradação por si só não induzem a
manutenção da periodontite apical.”
Orstavik & Pitt Ford, 2004
39. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
PERIODONTITE APICAL SINTOMÁTICA
Dor espontânea e localizada
Moderada a intensa
“SENSAÇÃO DE DENTE CRESCIDO”
DOR À MASTIGAÇÃO
CARACTERÍSTICAS: RESPOSTA AOS TESTES AUXILIARES:
FRIO e CALOR
◦ negativos
PRESSÃO e PERCUSSÃO
◦ Positivos
PALPAÇÃO APICAL
◦ Indolor, ou levemente sensível
40. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
PERIODONTITE APICAL SINTOMÁTICA
ACHADOS RADIOGRÁFICOS
Ligamento periodontal normal
Aumento de espessura do espaço do
ligamento periodontal apical
Presença cárie, rest. extensas
TRATAMENTO
Necropulpectomia
Retirar o dente de oclusão
EVOLUÇÃO
Abscesso apical agudo – exacerbação do processo
Periodontite apical crônica – redução da intensidade da agressão
Reparo – remoção da agressão
41. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
PERIODONTITE APICAL SINTOMÁTICA – ORIGEM TRAUMÁTICA
Dor espontânea e localizada
Moderada
“SENSAÇÃO DE DENTE CRESCIDO”
DOR À MASTIGAÇÃO
CARACTERÍSTICAS: RESPOSTA AOS TESTES AUXILIARES:
FRIO e CALOR
◦ Positivos – polpa vital alterada reversível
/irreversivelmente
PRESSÃO e PERCUSSÃO
◦ Positivos
PALPAÇÃO APICAL
◦ sensível
TRATAMENTO Remoção do trauma
43. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
ABSCESSO APICAL AGUDO – fase inicial
Dor espontânea e localizada
Pulsátil e intensa
Necrose pulpar
Pode haver extrusão e mobilidade dentária
CARACTERÍSTICAS: RESPOSTA AOS TESTES AUXILIARES:
FRIO e CALOR
◦ negativos
PRESSÃO e PERCUSSÃO - mastigação
◦ Exacerbação exagerada da dor
PALPAÇÃO APICAL
◦ Exacerbação da dor
44. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
ABSCESSO APICAL AGUDO – fase inicial
ACHADOS RADIOGRÁFICOS
Espessamento do ligamento periodontal
TRATAMENTO
Saneamento do canal - neutralização dos produtos
tóxicos
Patência foraminal – drenagem
Retirar o dente de oclusão
Medicação analgésica
Antibiótico, se necessário
46. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
ABSCESSO APICAL AGUDO – em evolução
Dor espontânea e localizada
Pulsátil e intensa
Necrose pulpar
Pode haver extrusão e mobilidade dentária
PRESENÇA DE EDEMA INTRA E/OU EXTRA
ORAL
◦ Consistente , sem ponto de flutuação, aquecido
CARACTERÍSTICAS: RESPOSTA AOS TESTES AUXILIARES:
FRIO e CALOR
◦ negativos
PRESSÃO e PERCUSSÃO - mastigação
◦ Exacerbação exagerada da dor
PALPAÇÃO APICAL
◦ Exacerbação da dor
47. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
ABSCESSO APICAL AGUDO – em evolução
ACHADOS RADIOGRÁFICOS
Espessamento do ligamento periodontal
TRATAMENTO
Saneamento do canal - neutralização dos produtos
tóxicos
Patência foraminal – drenagem mais difícil
Retirar o dente de oclusão
Medicação analgésica
Antibiótico
48. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
ABSCESSO APICAL AGUDO – evoluído
Dor espontânea e difusa
Pulsátil e moderada
Necrose pulpar
Acentuada extrusão e mobilidade dentária
PRESENÇA DE EDEMA INTRA E/OU EXTRA ORAL
◦ Volumoso, com ponto de flutuação
FEBRE E PROSTRAÇÃO POSSÍVEIS
LIMITAÇÃO FUNCIONAL POSSÍVEL
LINFADENITE REGIONAL POSSÍVEL
CARACTERÍSTICAS: RESPOSTA AOS TESTES AUXILIARES:
FRIO e CALOR
◦ negativos
PRESSÃO e PERCUSSÃO - mastigação
◦ Exacerbação exagerada da dor
PALPAÇÃO APICAL
◦ Exacerbação exagerada da dor
49. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
ABSCESSO APICAL AGUDO – Evoluído
ACHADOS RADIOGRÁFICOS
Espessamento do ligamento periodontal
TRATAMENTO
Drenagem cirúrgica
Antibiótico/analgésico
EVOLUÇÃO:
Abscesso crônico
Angina de Ludwig
Osteomielite
51. VIAS DE DISSEMINAÇÃO DOS ABSCESSOS
Relação anatômica entre o ápice e as inserções musculares:
INTRA OU EXTRA ORAL
Proximidade do ápice com a cortical óssea:
VESTIBULAR OU PALATINO/LINGUAL
SEMPRE PARA AS ÁREAS DE MENOR RESISTÊNCIA
52. DENTE INFERIOR
Drenagem envolvendo simultaneamente ESPAÇOS:
Submentoniano
Sublingual
Submandibular
Avanço espaços faríngeo e cervical - pode resultar em obstrução das vias
aéreas e consequente risco de MORTE!!!!
ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
ANGINA DE LUDWIG
54. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
PERICEMENTITE APICAL CRÔNICA
CARACTERÍSTICAS: RESPOSTA AOS TESTES AUXILIARES:
FRIO e CALOR
◦ negativos
PRESSÃO e PERCUSSÃO
◦ Negativos – possível sensibilidade
PALPAÇÃO APICAL
◦ Negativa – possível sensibilidade
Ausência de dor
Pode haver relato de episódio de dor prévio
Presença de cárie profunda, restauração
extensa, com infiltração, muitas vezes
57. Reabsorção óssea e substituição por tecido granulomatoso
Macrófagos, linfócitos, plasmócitos e neutrófilos
Componentes de reparo – fibroblastos, vasos neoformados
Cápsula fibrosa, circundando
Pode haver presença de filamentos de epitélio – proliferação de restos
epiteliais de Malassez estimulada durante o processo crônico
ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
GRANULOMA APICAL
58. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
GRANULOMA APICAL
Persistência do agente agressor
Ação dos mediadores químicos produzidos pelas
células envolvidas no processo crônico produzirão:
Reabsorção óssea – substituição por tec
granulomatoso
Esse processo visa impedir a disseminação (conter a )
infecção – estabelece equilíbrio entre agressão e
defesa
Na periferia do tec granulomatoso forma-se uma
cápsula de fibras colágenas
Pode ocorrer reabsorção radicular
59. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
GRANULOMA APICAL
CARACTERÍSTICAS: RESPOSTA AOS TESTES AUXILIARES:
FRIO e CALOR
◦ negativos
PRESSÃO e PERCUSSÃO
◦ Negativos – possível sensibilidade
PALPAÇÃO APICAL
◦ Negativa – possível sensibilidade
Assintomático
Pode haver ligeira sensibilidade `a
mastigação
Pode exibir leve aumento volume – rompimento da cortical ,
revelando tecido granulomatoso sob a mucosa
60. “A periodontite apical crônica é uma sequela da infecção
bacteriana do canal radicular.
A formação do granuloma e as mudanças na estrutura óssea
ocorrem lentamente. A extensão da lesão é, em parte,
dependente da quantidade de bactérias no canal.”
(Sundqvist 1976).
61. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
GRANULOMA APICAL
ACHADOS RADIOGRÁFICOS
Área radiolúcida ápice/lateralmente
Perda da integridade da lâmina dura
Presença de cáries e/ou restaurações
extensas
Presença de tratamento endodôntico
insatisfatório
TRATAMENTO
Necropulpectomia
EVOLUÇÃO
Manutenção
Cisto
Reagudecimento
63. Originado de um granuloma epiteliado
Mantida a infecção, a proliferação epitelial aumenta, gerando
lojas no interior das aglomerações de células epiteliais
NEM TODO O GRANULOMA SE TORNARÁ UM CISTO!
ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
CISTO APICAL
64. “Cavidade preenchida por líquido, ou material semi-sólido,
revestida por epitélio e circundada por tecido conjuntivo que
contém todos os elementos do granuloma apical.”
Torabinajad & Walton, 2009
ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
CISTO APICAL
65. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
CISTO APICAL
CARACTERÍSTICAS: RESPOSTA AOS TESTES AUXILIARES:
Assintomático
Pode haver ligeira sensibilidade `a
mastigação
Possível abaulamento da cortical
FRIO e CALOR
◦ negativos
PRESSÃO e PERCUSSÃO
◦ Negativos – possível sensibilidade
PALPAÇÃO APICAL
◦ Negativa – possível sensibilidade
66. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
CISTO APICAL
ACHADOS RADIOGRÁFICOS
Semelhantes ao granuloma
Lesões periapicais evidentes - maiores de 1 cm ?
Lesões extensas podem causar deslocamento
radicular dos dentes envolvidos
Halo radiopaco em torno da lesão?
TRATAMENTO
Necropulpectomia
Cirurgia paraendodôntica
Cuidar com irrigação – extravasamento
Tampão MTA
69. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
ABSCESSO APICAL CRÔNICO
Irritantes do canal, frente à necrose, induzem formação de
exsudato purulento no interior do granuloma
Cronificação do abscesso apical agudo
70. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
ABSCESSO APICAL CRÔNICO(Periodontite apical supurativa)
Assintomático
PRESENÇA DE FÍSTULA – drenagem
INTRA OU EXTRA ORAL
CARACTERÍSTICAS: RESPOSTA AOS TESTES AUXILIARES:
FRIO e CALOR
◦ negativos
PRESSÃO e PERCUSSÃO
◦ Negativos – possível sensibilidade
PALPAÇÃO APICAL
◦ Negativa – possível sensibilidade
71. ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
ABSCESSO APICAL CRÔNICO
ACHADOS RADIOGRÁFICOS
Área radiolúcida periapical, com limites menos
definidos que o granuloma e o cisto
TRATAMENTO
Necropulpectomia
Obturar o canal após o desaparecimento da fístula
EVOLUÇÃO
Manutenção
Reagudecimento
73. LESÃO RADIOPACA DE ORIGEM ENDODÔNTICA
Crianças/jovens adultos/idosos
Aumento no osso trabecular como resposta a uma irritação persistente, de baixa
intensidade, originada no canal radicular
Polpa inflamada ou necrótica
Área radiopaca uniforme, localizada adjacente ao ápice de dente - PMI E MI
Geralmente assintomática, podendo haver sensibilidade à percussão
ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS
OSTEÍTE CONDENSANTE OU OSTEOMIELITE FOCAL ESCLEROSANTE
TRATAMENTOENDODÔNTICO
76. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Respostas aos testes de vitalidade pulpar normais
Lâmina dura ao redor dos ápices dentários está intacta (nem
sempre)
História do paciente
TESTAR VITALIDADE
PULPAR SEMPRE!!!!
ALTERAÇÕES PERIAPICAIS INFLAMATÓRIAS