SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 59
UNIVERSIDADE DE
CUIABA-UNIC
Disciplina de Clínica
Cirúrgica
Apendicite Aguda
INTRODUÇÃO
 ZACHARY COPE:
“ E’ um truísmo dizer que o diagnóstico correto é
a preliminar essencial para um tratamento
correto.O fato de o examinador tirar conclusões
erradas, as quais poderiam ter sido facilmente
evitadas com uma tentativa real de
diferenciação clínica, tem resultados graves”
INTRODUÇÃO
 MARK RAVITCH
“ A medicina moderna tornou-se a ciência
orientada para solicitação de exames, em
vez da arte de escutar e examinar
pacientes”
HISTÓRIA
 1581-TIFLITES E PERITIFLITES
 1827-MELIER
 1886-REGINALD FITZ
 1889-McBURNEY
REGINALD HERBER FITZ (1843-1913)
 Sociedade Medica de Boston - junho de 1886:
não se pode ignorar a enorme importância da detecção
precoce de um apêndice que pode estourar.
“Deve-se pensar na cirurgia imediata para expor o
apêndice e verificar seu estado, se depois de 24hs do
início da dor intensa a peritonite está evidentemente
aumentando e o estado do paciente é grave”
 Mc Burney
“ no adulto médio, o ponto de maior
sensibilidade fica exatamente a 5 cm da
crista ilíaca anterior, sobre uma linha
traçada a partir deste ponto até a cicatriz
umbilical”
EPIDEMIOLOGIA
 Incidência:7% (5-10%) 1 cada 15 pessoas
vem diminuindo nos EUA
 Maior incidência entre 10 a 19 anos
(população geral 11 casos em 10.000/ano,já entre 10 e 19 anos 23,3)
 Homem 2 : 1 Mulher-entre 10-20 anos
 Hereditária
 Raça branca
 Custos de 1,5 milhão de dólares/ano-EUA
ANATOMIA
 O Apêndice se comunica com o Ceco
 Válvula de Guerlach
 A mucosa cecal secreta líquidos
 Localização “habitual” do apêndice:
44% descendente interna
26% subcecal
17% ascendente interna
13% retrocecal
HISTOLOGIA
 O apêndice possui abundância de
folículos linfóides na sua camada sub-
mucosa
ETIOLOGIA
 65% hiperplasia folicular linfóide
 35% fecalitos
 4% corpo estranho
- parasitas
- sementes
- bário
1% TUMORES-ceco,apêndice,tbc,crohn
PATOGENIA
 Obstrução luminal
 Hipertensão luminal
 Obstrução linfática e venosa
 Inflamação
 Edema
 Isquemia
 Gangrena - Perfuração
FASES EVOLUTIVAS
Catarral
Flegmonosa
Gangrenosa
Perfurativa
TIPOS ANATOMOPATOLOGICOS
Edematosa :diminui retorno venoso e linfático-
proliferação bacteriana inflamação
Supurativa :maior proliferação bacteriana-exsudato
mucopurulento microinfiltrados purulentos na
cavidade peritonial
Gangrenosa :comprometimento arterial-isquemia-
microperfurações-lesões ulceradas-proliferação de
anaeróbios- fibrina-plastrão
Perfurativa :líquido purulento-
1-PLASTRÃO APENDICULAR
Aderências (exsudato fibrinoso)
apêndice inflamado
delgado
epiplon maior
2-ABSCESSO APENDICULAR
apêndice digerido
pus (dentro do plastrão)
RELEMBRANDO...
 inflamação constitui um mecanismo de
defesa local, exclusivo de tecidos
mesenquimais lesados. Pode ser definida
como sendo uma...
"... resposta local do tecido vascularizado
agredido, caracterizada por alterações do
sistema vascular, dos componentes líquidos
e celulares, bem como por adaptações do
tecido conjuntivo vizinho".
CLASSIFICAÇÃO DAS INFLAMAÇÕES
Por resultarem em alterações
morfológicas teciduais de diferentes
características, as inflamações
recebem classificações, estas podendo
ser quanto ao tempo de duração ou
quanto ao tipo de elemento tecidual
predominante.
 Flegmão ou celulite: nesse tipo de inflamação
purulenta não há formação da membrana
piogênica, ou seja, a coleção de pus não se
encontra concentrada em uma cavidade, mas
sim, difusa sobre o tecido; além disso, há
predominância dos fenômenos vasculares, com
evidente eritema (hiperemia) e edema. O
exsudato purulento é mais fluido, infiltrando-se
no conjuntivo frouxo adjacente ao local
inflamado. O flegmão é também chamado
de celulite, nome dado para designar a
inflamação do tecido subcutâneo.
 Abscesso: cavidade neoformada encapsulada, com
centro necrótico e purulento, parede interna com
predomínio neutrofílico já em processo regressivo
(essa parede é chamada de membrana piogênica
uma vez que gera o pus) e camada externa com
neovascularização e fenômenos exsudativos. Dessa
última camada partem as respostas cicatrizantes ou
de fibrose, dependendo da evolução do processo.
Essas respostas estão diretamente ligadas à
eliminação do agente etiológico (que é, geralmente,
de origem infecciosa por bactérias piogênicas) e à
saída da coleção de pus existente no local. Em
relação ao último fator, podem-se realizar
procedimentos de drenagem desse pus quando esta
não está presente sob a forma de fístulas ou
ulcerações no local.
DIAGNÓSTICO
 Desafio Clínico
 Inúmeros diagnósticos#
 Urgência no Diagnóstico
 Evolução Natural=Perfuração
 Apresentação Clínica Clássica:50-60%
DIAGNÓSTICO
 Principal fator para o diagnóstico:
-anamnese detalhada
-exame físico minucioso
Combinação dos sintomas
Tempo de progressão
Dor em fossa ilíaca direita
QUADRO CLINICO
História Clínica
 Dor abdominal aguda:
epigástrica ou periumbilical… após 6 a 12hs:
 Anorexia
 Náuseas e vômitos
 Febre baixa… após 12 a 24hs:
DOR LOCALIZADA EM FID
Exame Físico
 Dor em QID
 Blumberg
 Peristaltismo
 Massa palpável
 Distensão abdominal
 Rovsing
1. História Clínica e Exame Físico: (A)
(dados com forte relação estatistíca com o diagnóstico)
Dor no quadrante inferior direito (Q.I.D.)
Dor peri-umbilical com localização no Q.I.D.
Defesa localizada no Q.I.D.
Náuseas / Vômitos
Anorexia
Obs.: São dados de história e de exame físico também importantes, porém com
menor correlação estatística com o diagnóstico:
Alterações urinárias, ginecológicas e de hábito intestinal;
Na palpação abdominal: Sinal de Rovsing, sinal do psoas, sinal do obturador e
pesquisado sinal de Giordano com dor referida pelo paciente na região do Q.I.D.
PADRONIZAÇÃO PARA A ABORDAGEM DIAGNÓSTICA DEPACIENTES COM SUSPEITA DE APENDICITE AGUDA
Preparado por Dr. Octacilio Martins Jr. Coordenadores: Dr. Jorge Mattar e Dr. Francisco Torggler Junho/2002 – revisto em Fev/2004
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
 Apêndice Cecal: tumor carcinoide
 Ceco e Cólon: Ca – doença diverticular
 Hepatobiliar: colecistite aguda
 Intestino Delgado:Meckel- Crohn
 Trato Urinário: litiase - pielonefrite
 Útero/Ovário: torção de ovario-DIP
 Outros: adenite mesenterica - peritonite
primaria.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
2. Exames laboratoriais: (B) ..
Leucocitose (> 12.000 leucócitos)
Obs. 1: História de dor abdominal migratória para Q.I.D. associado com leucocitose
(> 12.000 leucócitos/mL) mostra valor preditivo positivo acima de 90% (B) .
Obs. 2: Sucessivas coletas de leucograma não aumentam a possibilidade de
diagnóstico de apendicite e podem confundir o raciocínio clínico .
Snyder, B.K. & Hayden, S. Accuracy of Leukocyte Count in the Diagnosis of Acute Appendicitis. Ann
Emerg Med 33(5): 565-7; 1999.
 Rotina Radiológica de Abdomen Agudo
Sinais Radiológicos da Apendicite
-fecalito em FID
-escoliose antálgica
-apagamento da sombra do psoas
-nível líquido em FID
 Ultra-sonografia (US) – Critérios diagnósticos (B)
 􀂾 Apêndice com diâmetro > 6,0 mm;
 􀂾 Apêndice não compressível;
 􀂾 Presença de apendicolito;
 􀂾 Ausência de peristaltismo;
 􀂾 Ausência de gás no seu interior;
 􀂾 Alteração da gordura periapendicular;
 􀂾 Alteração do fluxo vascular do apêndice inflamado
 Obs.: A US é um exame de fácil realização, não invasivo, não
expõe o paciente à radiação, é um exame dinâmico (permite a
compressão do local a ser avaliado), avalia de certa forma a
vascularização local (Doppler) e é relativamente barato, porém
é operador dependente.
ULTRASSONOGRAFIA
 Dados estatísticos – US (11):
 - sensibilidade: 75 – 90%
 - especificidade: 86 – 100%
 - acurácia: 87 – 96%
 - valor preditivo positivo: 91 – 94%
 - valor preditivo negativo: 89 – 97%
ULTRASSONOGRAFIA: Critérios diagnósticos (B)
Limitações:
-operador dependente
-IMC >25%
-apendicite perfurada
-apendice normal<50% dos pacientes
Tomografia computadorizada(TC)Critérios diagnósticos (B)
 􀂾 Apêndice com diâmetro > 6,0 mm;
 􀂾 Densificação dos planos gordurosos ceco-
apendiculares;
 􀂾 Presença de apendicolito;
 􀂾 Líquido periapendicular;
 􀂾 Presença de ar extraluminar;
 􀂾 Abscesso ou flegmão local;
 􀂾 Não contrastação do apêndice (uso de contraste);
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
 Dados estatísticos - TC (11):
 - sensibilidade: 90 - 100%
 - especificidade: 91 - 99%
 - acurácia: 94 - 98%
 - valor preditivo positivo: 92 - 98%
 - valor preditivo negativo: 95 - 100%
TRATAMENTO
 Apendicite não perfurada:
antibioticoterapia profilática:cefalosporina
de segunda geração.
Apendicite complicada:
antibioticoterapia conforme cobertura da
flora local
ANTIBIOTICOS
1º.) Uso Profilático: Apendicite aguda no momento da indicação cirúrgica (A)
 - - Cefoxitina 1.0 g EV 6/6h por 2 a 4 doses
 Administrar a primeira dose após a indicação cirúrgica, ainda no PA e
completar 2 a 4 doses. Suspender antibioticoterapia após este período nas
apendicites agudas não complicadas (perfurada, gangrenada, abscesso
apendicular ou peritonite). O uso de antibiótico profilático tem grau de
recomendação (A), e a droga utilizada foi consenso nosso. Podem ser
utilizadas alternativamente: Ampicilina-Sulbactam, Cefotetan,
Meropenen,Ticarcilina-Clavulonato, Ertapenen por 24 horas ou menos.
ANTIBIOTICOS
2º.) Uso Terapêutico: No Centro Cirúrgico, se constatada apendicite aguda complicada
(perfurada / gangrenada / abscesso periapendicular ou peritonite), colher 2 amostras da
secreção purulenta - 1 para Gram e 1 para Cultura Geral - e alterar o esquema antibiótico para uma das
associações a seguir, mantendo seu uso por 5 a 7 dias (A) (41, 42):
 - Ceftriaxone (Rocefin ®) 1 g EV 12/12 h. e Metronidazol (Flagyl ®) 0,5 g EV 8/8 h
 - - - - - - - - - Ou - - - - - - - - -
 - Ciprofloxacino (Cipro ®) 400 mg EV 12/12 h (usar quinolona somente
 em pac. > 18 anos) e Metronidazol (Flagyl ®) 0,5 g EV 8/8 h
 - - - - - - - - - Ou - - - - - - - - -
 - Gentamicina (Garamicina ®) 3 a 5 mg/kg/dia EV em dose única
 diária, em 100 ml SF correr em 30 min.(Evitar o uso desta associação em pacientes com risco
 aumentado de insuficiência renal, como em idosos, desidratados, diabéticos e nefropatas.) e
Metronidazol (Flagyl ®) 0,5 g EV 8/8 h
LAPAROSCOPIA X LAPAROTOMIA:
A literatura não é conclusiva quanto à
recomendação preferencial a um dos
métodos.
Revisão The Cochrane Library, 2003
(28)(47 trabalhos)
Apendicectomia laparoscópica x aberta (29):
 􀂾 infecção de ferida: quase 50% a menos na AL.
 􀂾 abscesso intra-abdominal: 3 vezes mais freqüente na AL
(especialmente se apêndices gangrenados/perfurados);
 􀂾 duração da cirurgia: 14 minutos a mais na AL, em média;
 􀂾 dor no 1º P.O.: menor na AL;
 􀂾 estadia hospitalar: menor na AL (0,7 dias a menos, em média);
 􀂾 retorno às atividades normais: AL em média 6 dias antes;
 􀂾 retorno ao trabalho: AL em média 3 dias antes;
 􀂾 retorno aos esportes: AL em média 7 dias antes;
 􀂾 custos: AL é mais onerosa.
Wullstein, C., Barkhausen, S. and Gross, E. Results of. Laparoscopic vs. Conventional
Appendectomy in Complicated Appendicitis. Dis Colon Rectum 44(11): 1700-5; 2001.
TRATAMENTO
 Apendicectomia Aberta
incisão de 4 cm no ponto de McBurney
apêndice na junção das tênias
ligadura da A. apendicular
ligadura do coto apendicular
sutura em bolsa- sepultamento do coto
TRATAMENTO
 Cirurgia Aberta:
TRATAMENTO
 CIRURGIA CONVENCIONAL
TRATAMENTO
 Apendicectomia Videolaparoscopica
anestesia geral
3 portais
ligadura da A.apendicular com clips
ligadura do coto apendicular com
grampeador linear cortante
TRATAMENTO
TRATAMENTO
 CIRURGIA VIDEOLAPAROSCÓPICA
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
 APENDICE NÃO INFLAMADO
 DOENÇA DE CROHN
 DIVERTICULO DE MECKEL
 APENDICECTOMIA INCIDENTAL
COMPLICAÇÕES
 Fístula Digestiva
 Infecção do sítio cirúrgico
 Abscesso cavitário
 Deiscência de sutura
 Obstrução Intestinal
CASOS ESPECIAIS
 Apendicite com PERITONITE DIFUSA
 Apendicite com MASSA
 Apendicite na GRAVIDEZ
 Apendicite CRÔNICA ou RECORRENTE
MUITO OBRIGADO
PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA
ABORDAGEM DO PACIENTE:
 1. História Clínica e Exame Físico: (A)
(dados com forte relação estatistíca com o diagnóstico)
 􀂾 Dor no quadrante inferior direito (Q.I.D.)
 􀂾 Dor peri-umbilical com localização no Q.I.D.
 􀂾 Defesa localizada no Q.I.D.
 􀂾 Náuseas / Vômitos
 􀂾 Anorexia
 Obs.: São dados de história e de exame físico também importantes, porém com
menor correlação estatística com
 o diagnóstico:
 - Alterações urinárias, ginecológicas e de hábito intestinal;
 - Na palpação abdominal: Sinal de Rovsing, sinal do psoas, sinal do obturador e
 pesquisado sinal de Giordano com dor referida pelo paciente na região do Q.I.D.
TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
 Radiologia Brasileira
 Print version ISSN 0100-3984
 Radiol Bras vol.39 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2006
 doi: 10.1590/S0100-39842006000100011
 ARTIGO DE REVISÃO

 Tomografia computadorizada sem contraste
intravenoso no abdome agudo: quando e por que
usar*
 CONCLUSÃO
 O termo abdome agudo possui um sentido amplo, englobando entidades distintas, sejam
funcionais ou morfológicas, que requerem atenção clínica ou cirúrgica imediata. A dor abdominal
aguda está entre os três sintomas mais comuns em pacientes admitidos em serviços de
emergência e hospitais(78).
 Mindelzun et al.(6) indicaram, a partir de dados de revisão obtidos pelo Comitê de Pesquisa da
Organização Mundial de Gastroenterologia, que cerca de dois terços dos pacientes com dor
abdominal aguda possuem uma anormalidade que pode ser identificada por intermédio de
estudos de imagem.
 A abordagem tradicional através de estudos radiológicos simples, contrastados ou da US ainda é
predominante. Entretanto, a introdução da TC espiral sem contraste tem aos poucos modificado
essa conduta, pois combina a rapidez do exame radiológico simples com alta resolução espacial
e contraste entre partes moles.
 A sua utilização apresenta grande impacto na determinação da causa e na orientação terapêutica
do paciente com dor abdominal aguda, principalmente naqueles com forte suspeita clínica(78).
 A qualidade das imagens obtidas através da TC sem contraste é inquestionavelmente melhor
quando comparada à radiografia simples, e a literatura tem indicado, com poucas ressalvas,
ganhos diagnósticos significativos que justificam a sua utilização, com destaque na suspeita de
apendicite aguda, cólica nefrética e diverticulite.
 Permanecem, contudo, em discussão, as questões sobre a disponibilidade de equipamentos e
pessoal capacitado, bem como sobre os custos operacionais envolvidos, para que se proceda a
uma adequação progressiva, racional e fundamentada dos algoritmos diagnósticos vigentes.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a apendicite-aguda-aula-unic-uma tentativa

LAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de Caso
LAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de CasoLAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de Caso
LAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de CasoEnfº Ícaro Araújo
 
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORES
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORESTRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORES
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORESdouglas870578
 
ANESTESIA PARA VIDEO-LAPAROSCOPIAEM UROLOGIA - 2008
ANESTESIA PARA VIDEO-LAPAROSCOPIAEM UROLOGIA - 2008ANESTESIA PARA VIDEO-LAPAROSCOPIAEM UROLOGIA - 2008
ANESTESIA PARA VIDEO-LAPAROSCOPIAEM UROLOGIA - 2008Urovideo.org
 
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2008
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2008Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2008
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2008Urovideo.org
 
A p e n d i c i.pptx cassia jose
A p e n d i c i.pptx cassia joseA p e n d i c i.pptx cassia jose
A p e n d i c i.pptx cassia joseCassia Campos
 
Estudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de EnfermagemEstudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de EnfermagemYasmin Casini
 
Estudodecaso 140414212836-phpapp01
Estudodecaso 140414212836-phpapp01Estudodecaso 140414212836-phpapp01
Estudodecaso 140414212836-phpapp01Cleber Lima
 
QUADRIX_001_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_ACESSO DIRETO E AREAS BASICAS.pdf
QUADRIX_001_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_ACESSO DIRETO E AREAS BASICAS.pdfQUADRIX_001_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_ACESSO DIRETO E AREAS BASICAS.pdf
QUADRIX_001_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_ACESSO DIRETO E AREAS BASICAS.pdflohanaVidaurres
 
TRAUMATISMO ABDOMINAL E PE_LVICO.pptx
TRAUMATISMO ABDOMINAL E PE_LVICO.pptxTRAUMATISMO ABDOMINAL E PE_LVICO.pptx
TRAUMATISMO ABDOMINAL E PE_LVICO.pptxPriscila Cunha
 
Apendicite 2022.pptx
Apendicite  2022.pptxApendicite  2022.pptx
Apendicite 2022.pptxBasilio4
 
Pneumonia associada a ventilação mecanica
Pneumonia associada a ventilação mecanicaPneumonia associada a ventilação mecanica
Pneumonia associada a ventilação mecanicajaninemagalhaes
 
Resumo risco cirurgico e pré anestesico
Resumo risco cirurgico e pré anestesicoResumo risco cirurgico e pré anestesico
Resumo risco cirurgico e pré anestesicoTalita Marques
 
Cirurgia do câncer pancreático
Cirurgia do câncer pancreáticoCirurgia do câncer pancreático
Cirurgia do câncer pancreáticofedericoestudio
 
Aula endoscopia - Atualidade
Aula endoscopia - AtualidadeAula endoscopia - Atualidade
Aula endoscopia - AtualidadeVictorAndrade121
 
Avaliação fisioterapêutica e monitorização em UTI.pptx
 Avaliação fisioterapêutica e monitorização em UTI.pptx Avaliação fisioterapêutica e monitorização em UTI.pptx
Avaliação fisioterapêutica e monitorização em UTI.pptxLdioBarbosa
 
cmsfiles195551562860860ebook_complicacoes_pos-operatorias_emendadov2_1.pdf
cmsfiles195551562860860ebook_complicacoes_pos-operatorias_emendadov2_1.pdfcmsfiles195551562860860ebook_complicacoes_pos-operatorias_emendadov2_1.pdf
cmsfiles195551562860860ebook_complicacoes_pos-operatorias_emendadov2_1.pdfAntoniolucaslirasilv
 
abdome agudo texto ler.pdf
abdome agudo texto ler.pdfabdome agudo texto ler.pdf
abdome agudo texto ler.pdfWagnerOseas1
 

Semelhante a apendicite-aguda-aula-unic-uma tentativa (20)

LAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de Caso
LAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de CasoLAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de Caso
LAPAROTOMIA - Enfermagem Cirúrgica - Estudo de Caso
 
Apendicite aguda
Apendicite agudaApendicite aguda
Apendicite aguda
 
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORES
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORESTRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORES
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES EM MEMBROS INFERIORES
 
SAE aplicada ao DPOC - Enfermagem
SAE aplicada ao DPOC - EnfermagemSAE aplicada ao DPOC - Enfermagem
SAE aplicada ao DPOC - Enfermagem
 
ANESTESIA PARA VIDEO-LAPAROSCOPIAEM UROLOGIA - 2008
ANESTESIA PARA VIDEO-LAPAROSCOPIAEM UROLOGIA - 2008ANESTESIA PARA VIDEO-LAPAROSCOPIAEM UROLOGIA - 2008
ANESTESIA PARA VIDEO-LAPAROSCOPIAEM UROLOGIA - 2008
 
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2008
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2008Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2008
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2008
 
A p e n d i c i.pptx cassia jose
A p e n d i c i.pptx cassia joseA p e n d i c i.pptx cassia jose
A p e n d i c i.pptx cassia jose
 
Estudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de EnfermagemEstudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
Estudo de Caso - Diagnóstico de Enfermagem
 
Estudodecaso 140414212836-phpapp01
Estudodecaso 140414212836-phpapp01Estudodecaso 140414212836-phpapp01
Estudodecaso 140414212836-phpapp01
 
QUADRIX_001_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_ACESSO DIRETO E AREAS BASICAS.pdf
QUADRIX_001_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_ACESSO DIRETO E AREAS BASICAS.pdfQUADRIX_001_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_ACESSO DIRETO E AREAS BASICAS.pdf
QUADRIX_001_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_ACESSO DIRETO E AREAS BASICAS.pdf
 
TRAUMATISMO ABDOMINAL E PE_LVICO.pptx
TRAUMATISMO ABDOMINAL E PE_LVICO.pptxTRAUMATISMO ABDOMINAL E PE_LVICO.pptx
TRAUMATISMO ABDOMINAL E PE_LVICO.pptx
 
Apendicite
ApendiciteApendicite
Apendicite
 
Apendicite 2022.pptx
Apendicite  2022.pptxApendicite  2022.pptx
Apendicite 2022.pptx
 
Pneumonia associada a ventilação mecanica
Pneumonia associada a ventilação mecanicaPneumonia associada a ventilação mecanica
Pneumonia associada a ventilação mecanica
 
Resumo risco cirurgico e pré anestesico
Resumo risco cirurgico e pré anestesicoResumo risco cirurgico e pré anestesico
Resumo risco cirurgico e pré anestesico
 
Cirurgia do câncer pancreático
Cirurgia do câncer pancreáticoCirurgia do câncer pancreático
Cirurgia do câncer pancreático
 
Aula endoscopia - Atualidade
Aula endoscopia - AtualidadeAula endoscopia - Atualidade
Aula endoscopia - Atualidade
 
Avaliação fisioterapêutica e monitorização em UTI.pptx
 Avaliação fisioterapêutica e monitorização em UTI.pptx Avaliação fisioterapêutica e monitorização em UTI.pptx
Avaliação fisioterapêutica e monitorização em UTI.pptx
 
cmsfiles195551562860860ebook_complicacoes_pos-operatorias_emendadov2_1.pdf
cmsfiles195551562860860ebook_complicacoes_pos-operatorias_emendadov2_1.pdfcmsfiles195551562860860ebook_complicacoes_pos-operatorias_emendadov2_1.pdf
cmsfiles195551562860860ebook_complicacoes_pos-operatorias_emendadov2_1.pdf
 
abdome agudo texto ler.pdf
abdome agudo texto ler.pdfabdome agudo texto ler.pdf
abdome agudo texto ler.pdf
 

Último

Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 

Último (13)

Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 

apendicite-aguda-aula-unic-uma tentativa

  • 1. UNIVERSIDADE DE CUIABA-UNIC Disciplina de Clínica Cirúrgica Apendicite Aguda
  • 2. INTRODUÇÃO  ZACHARY COPE: “ E’ um truísmo dizer que o diagnóstico correto é a preliminar essencial para um tratamento correto.O fato de o examinador tirar conclusões erradas, as quais poderiam ter sido facilmente evitadas com uma tentativa real de diferenciação clínica, tem resultados graves”
  • 3. INTRODUÇÃO  MARK RAVITCH “ A medicina moderna tornou-se a ciência orientada para solicitação de exames, em vez da arte de escutar e examinar pacientes”
  • 4. HISTÓRIA  1581-TIFLITES E PERITIFLITES  1827-MELIER  1886-REGINALD FITZ  1889-McBURNEY
  • 5. REGINALD HERBER FITZ (1843-1913)  Sociedade Medica de Boston - junho de 1886: não se pode ignorar a enorme importância da detecção precoce de um apêndice que pode estourar. “Deve-se pensar na cirurgia imediata para expor o apêndice e verificar seu estado, se depois de 24hs do início da dor intensa a peritonite está evidentemente aumentando e o estado do paciente é grave”
  • 6.  Mc Burney “ no adulto médio, o ponto de maior sensibilidade fica exatamente a 5 cm da crista ilíaca anterior, sobre uma linha traçada a partir deste ponto até a cicatriz umbilical”
  • 7. EPIDEMIOLOGIA  Incidência:7% (5-10%) 1 cada 15 pessoas vem diminuindo nos EUA  Maior incidência entre 10 a 19 anos (população geral 11 casos em 10.000/ano,já entre 10 e 19 anos 23,3)  Homem 2 : 1 Mulher-entre 10-20 anos  Hereditária  Raça branca  Custos de 1,5 milhão de dólares/ano-EUA
  • 8. ANATOMIA  O Apêndice se comunica com o Ceco  Válvula de Guerlach  A mucosa cecal secreta líquidos  Localização “habitual” do apêndice: 44% descendente interna 26% subcecal 17% ascendente interna 13% retrocecal
  • 9. HISTOLOGIA  O apêndice possui abundância de folículos linfóides na sua camada sub- mucosa
  • 10. ETIOLOGIA  65% hiperplasia folicular linfóide  35% fecalitos  4% corpo estranho - parasitas - sementes - bário 1% TUMORES-ceco,apêndice,tbc,crohn
  • 11. PATOGENIA  Obstrução luminal  Hipertensão luminal  Obstrução linfática e venosa  Inflamação  Edema  Isquemia  Gangrena - Perfuração
  • 13. TIPOS ANATOMOPATOLOGICOS Edematosa :diminui retorno venoso e linfático- proliferação bacteriana inflamação Supurativa :maior proliferação bacteriana-exsudato mucopurulento microinfiltrados purulentos na cavidade peritonial Gangrenosa :comprometimento arterial-isquemia- microperfurações-lesões ulceradas-proliferação de anaeróbios- fibrina-plastrão Perfurativa :líquido purulento-
  • 14. 1-PLASTRÃO APENDICULAR Aderências (exsudato fibrinoso) apêndice inflamado delgado epiplon maior 2-ABSCESSO APENDICULAR apêndice digerido pus (dentro do plastrão)
  • 15. RELEMBRANDO...  inflamação constitui um mecanismo de defesa local, exclusivo de tecidos mesenquimais lesados. Pode ser definida como sendo uma... "... resposta local do tecido vascularizado agredido, caracterizada por alterações do sistema vascular, dos componentes líquidos e celulares, bem como por adaptações do tecido conjuntivo vizinho".
  • 16. CLASSIFICAÇÃO DAS INFLAMAÇÕES Por resultarem em alterações morfológicas teciduais de diferentes características, as inflamações recebem classificações, estas podendo ser quanto ao tempo de duração ou quanto ao tipo de elemento tecidual predominante.
  • 17.  Flegmão ou celulite: nesse tipo de inflamação purulenta não há formação da membrana piogênica, ou seja, a coleção de pus não se encontra concentrada em uma cavidade, mas sim, difusa sobre o tecido; além disso, há predominância dos fenômenos vasculares, com evidente eritema (hiperemia) e edema. O exsudato purulento é mais fluido, infiltrando-se no conjuntivo frouxo adjacente ao local inflamado. O flegmão é também chamado de celulite, nome dado para designar a inflamação do tecido subcutâneo.
  • 18.  Abscesso: cavidade neoformada encapsulada, com centro necrótico e purulento, parede interna com predomínio neutrofílico já em processo regressivo (essa parede é chamada de membrana piogênica uma vez que gera o pus) e camada externa com neovascularização e fenômenos exsudativos. Dessa última camada partem as respostas cicatrizantes ou de fibrose, dependendo da evolução do processo. Essas respostas estão diretamente ligadas à eliminação do agente etiológico (que é, geralmente, de origem infecciosa por bactérias piogênicas) e à saída da coleção de pus existente no local. Em relação ao último fator, podem-se realizar procedimentos de drenagem desse pus quando esta não está presente sob a forma de fístulas ou ulcerações no local.
  • 19.
  • 20.
  • 21. DIAGNÓSTICO  Desafio Clínico  Inúmeros diagnósticos#  Urgência no Diagnóstico  Evolução Natural=Perfuração  Apresentação Clínica Clássica:50-60%
  • 22. DIAGNÓSTICO  Principal fator para o diagnóstico: -anamnese detalhada -exame físico minucioso Combinação dos sintomas Tempo de progressão Dor em fossa ilíaca direita
  • 24. História Clínica  Dor abdominal aguda: epigástrica ou periumbilical… após 6 a 12hs:  Anorexia  Náuseas e vômitos  Febre baixa… após 12 a 24hs: DOR LOCALIZADA EM FID
  • 25. Exame Físico  Dor em QID  Blumberg  Peristaltismo  Massa palpável  Distensão abdominal  Rovsing
  • 26. 1. História Clínica e Exame Físico: (A) (dados com forte relação estatistíca com o diagnóstico) Dor no quadrante inferior direito (Q.I.D.) Dor peri-umbilical com localização no Q.I.D. Defesa localizada no Q.I.D. Náuseas / Vômitos Anorexia Obs.: São dados de história e de exame físico também importantes, porém com menor correlação estatística com o diagnóstico: Alterações urinárias, ginecológicas e de hábito intestinal; Na palpação abdominal: Sinal de Rovsing, sinal do psoas, sinal do obturador e pesquisado sinal de Giordano com dor referida pelo paciente na região do Q.I.D. PADRONIZAÇÃO PARA A ABORDAGEM DIAGNÓSTICA DEPACIENTES COM SUSPEITA DE APENDICITE AGUDA Preparado por Dr. Octacilio Martins Jr. Coordenadores: Dr. Jorge Mattar e Dr. Francisco Torggler Junho/2002 – revisto em Fev/2004
  • 27. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL  Apêndice Cecal: tumor carcinoide  Ceco e Cólon: Ca – doença diverticular  Hepatobiliar: colecistite aguda  Intestino Delgado:Meckel- Crohn  Trato Urinário: litiase - pielonefrite  Útero/Ovário: torção de ovario-DIP  Outros: adenite mesenterica - peritonite primaria.
  • 28. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 2. Exames laboratoriais: (B) .. Leucocitose (> 12.000 leucócitos) Obs. 1: História de dor abdominal migratória para Q.I.D. associado com leucocitose (> 12.000 leucócitos/mL) mostra valor preditivo positivo acima de 90% (B) . Obs. 2: Sucessivas coletas de leucograma não aumentam a possibilidade de diagnóstico de apendicite e podem confundir o raciocínio clínico . Snyder, B.K. & Hayden, S. Accuracy of Leukocyte Count in the Diagnosis of Acute Appendicitis. Ann Emerg Med 33(5): 565-7; 1999.
  • 29.  Rotina Radiológica de Abdomen Agudo Sinais Radiológicos da Apendicite -fecalito em FID -escoliose antálgica -apagamento da sombra do psoas -nível líquido em FID
  • 30.
  • 31.  Ultra-sonografia (US) – Critérios diagnósticos (B)  􀂾 Apêndice com diâmetro > 6,0 mm;  􀂾 Apêndice não compressível;  􀂾 Presença de apendicolito;  􀂾 Ausência de peristaltismo;  􀂾 Ausência de gás no seu interior;  􀂾 Alteração da gordura periapendicular;  􀂾 Alteração do fluxo vascular do apêndice inflamado  Obs.: A US é um exame de fácil realização, não invasivo, não expõe o paciente à radiação, é um exame dinâmico (permite a compressão do local a ser avaliado), avalia de certa forma a vascularização local (Doppler) e é relativamente barato, porém é operador dependente.
  • 33.  Dados estatísticos – US (11):  - sensibilidade: 75 – 90%  - especificidade: 86 – 100%  - acurácia: 87 – 96%  - valor preditivo positivo: 91 – 94%  - valor preditivo negativo: 89 – 97%
  • 34. ULTRASSONOGRAFIA: Critérios diagnósticos (B) Limitações: -operador dependente -IMC >25% -apendicite perfurada -apendice normal<50% dos pacientes
  • 35. Tomografia computadorizada(TC)Critérios diagnósticos (B)  􀂾 Apêndice com diâmetro > 6,0 mm;  􀂾 Densificação dos planos gordurosos ceco- apendiculares;  􀂾 Presença de apendicolito;  􀂾 Líquido periapendicular;  􀂾 Presença de ar extraluminar;  􀂾 Abscesso ou flegmão local;  􀂾 Não contrastação do apêndice (uso de contraste);
  • 39.  Dados estatísticos - TC (11):  - sensibilidade: 90 - 100%  - especificidade: 91 - 99%  - acurácia: 94 - 98%  - valor preditivo positivo: 92 - 98%  - valor preditivo negativo: 95 - 100%
  • 40. TRATAMENTO  Apendicite não perfurada: antibioticoterapia profilática:cefalosporina de segunda geração. Apendicite complicada: antibioticoterapia conforme cobertura da flora local
  • 41. ANTIBIOTICOS 1º.) Uso Profilático: Apendicite aguda no momento da indicação cirúrgica (A)  - - Cefoxitina 1.0 g EV 6/6h por 2 a 4 doses  Administrar a primeira dose após a indicação cirúrgica, ainda no PA e completar 2 a 4 doses. Suspender antibioticoterapia após este período nas apendicites agudas não complicadas (perfurada, gangrenada, abscesso apendicular ou peritonite). O uso de antibiótico profilático tem grau de recomendação (A), e a droga utilizada foi consenso nosso. Podem ser utilizadas alternativamente: Ampicilina-Sulbactam, Cefotetan, Meropenen,Ticarcilina-Clavulonato, Ertapenen por 24 horas ou menos.
  • 42. ANTIBIOTICOS 2º.) Uso Terapêutico: No Centro Cirúrgico, se constatada apendicite aguda complicada (perfurada / gangrenada / abscesso periapendicular ou peritonite), colher 2 amostras da secreção purulenta - 1 para Gram e 1 para Cultura Geral - e alterar o esquema antibiótico para uma das associações a seguir, mantendo seu uso por 5 a 7 dias (A) (41, 42):  - Ceftriaxone (Rocefin ®) 1 g EV 12/12 h. e Metronidazol (Flagyl ®) 0,5 g EV 8/8 h  - - - - - - - - - Ou - - - - - - - - -  - Ciprofloxacino (Cipro ®) 400 mg EV 12/12 h (usar quinolona somente  em pac. > 18 anos) e Metronidazol (Flagyl ®) 0,5 g EV 8/8 h  - - - - - - - - - Ou - - - - - - - - -  - Gentamicina (Garamicina ®) 3 a 5 mg/kg/dia EV em dose única  diária, em 100 ml SF correr em 30 min.(Evitar o uso desta associação em pacientes com risco  aumentado de insuficiência renal, como em idosos, desidratados, diabéticos e nefropatas.) e Metronidazol (Flagyl ®) 0,5 g EV 8/8 h
  • 43. LAPAROSCOPIA X LAPAROTOMIA: A literatura não é conclusiva quanto à recomendação preferencial a um dos métodos. Revisão The Cochrane Library, 2003 (28)(47 trabalhos)
  • 44. Apendicectomia laparoscópica x aberta (29):  􀂾 infecção de ferida: quase 50% a menos na AL.  􀂾 abscesso intra-abdominal: 3 vezes mais freqüente na AL (especialmente se apêndices gangrenados/perfurados);  􀂾 duração da cirurgia: 14 minutos a mais na AL, em média;  􀂾 dor no 1º P.O.: menor na AL;  􀂾 estadia hospitalar: menor na AL (0,7 dias a menos, em média);  􀂾 retorno às atividades normais: AL em média 6 dias antes;  􀂾 retorno ao trabalho: AL em média 3 dias antes;  􀂾 retorno aos esportes: AL em média 7 dias antes;  􀂾 custos: AL é mais onerosa. Wullstein, C., Barkhausen, S. and Gross, E. Results of. Laparoscopic vs. Conventional Appendectomy in Complicated Appendicitis. Dis Colon Rectum 44(11): 1700-5; 2001.
  • 45. TRATAMENTO  Apendicectomia Aberta incisão de 4 cm no ponto de McBurney apêndice na junção das tênias ligadura da A. apendicular ligadura do coto apendicular sutura em bolsa- sepultamento do coto
  • 48. TRATAMENTO  Apendicectomia Videolaparoscopica anestesia geral 3 portais ligadura da A.apendicular com clips ligadura do coto apendicular com grampeador linear cortante
  • 51. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS  APENDICE NÃO INFLAMADO  DOENÇA DE CROHN  DIVERTICULO DE MECKEL  APENDICECTOMIA INCIDENTAL
  • 52. COMPLICAÇÕES  Fístula Digestiva  Infecção do sítio cirúrgico  Abscesso cavitário  Deiscência de sutura  Obstrução Intestinal
  • 53. CASOS ESPECIAIS  Apendicite com PERITONITE DIFUSA  Apendicite com MASSA  Apendicite na GRAVIDEZ  Apendicite CRÔNICA ou RECORRENTE
  • 55. PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA ABORDAGEM DO PACIENTE:  1. História Clínica e Exame Físico: (A) (dados com forte relação estatistíca com o diagnóstico)  􀂾 Dor no quadrante inferior direito (Q.I.D.)  􀂾 Dor peri-umbilical com localização no Q.I.D.  􀂾 Defesa localizada no Q.I.D.  􀂾 Náuseas / Vômitos  􀂾 Anorexia  Obs.: São dados de história e de exame físico também importantes, porém com menor correlação estatística com  o diagnóstico:  - Alterações urinárias, ginecológicas e de hábito intestinal;  - Na palpação abdominal: Sinal de Rovsing, sinal do psoas, sinal do obturador e  pesquisado sinal de Giordano com dor referida pelo paciente na região do Q.I.D.
  • 58.  Radiologia Brasileira  Print version ISSN 0100-3984  Radiol Bras vol.39 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2006  doi: 10.1590/S0100-39842006000100011  ARTIGO DE REVISÃO   Tomografia computadorizada sem contraste intravenoso no abdome agudo: quando e por que usar*
  • 59.  CONCLUSÃO  O termo abdome agudo possui um sentido amplo, englobando entidades distintas, sejam funcionais ou morfológicas, que requerem atenção clínica ou cirúrgica imediata. A dor abdominal aguda está entre os três sintomas mais comuns em pacientes admitidos em serviços de emergência e hospitais(78).  Mindelzun et al.(6) indicaram, a partir de dados de revisão obtidos pelo Comitê de Pesquisa da Organização Mundial de Gastroenterologia, que cerca de dois terços dos pacientes com dor abdominal aguda possuem uma anormalidade que pode ser identificada por intermédio de estudos de imagem.  A abordagem tradicional através de estudos radiológicos simples, contrastados ou da US ainda é predominante. Entretanto, a introdução da TC espiral sem contraste tem aos poucos modificado essa conduta, pois combina a rapidez do exame radiológico simples com alta resolução espacial e contraste entre partes moles.  A sua utilização apresenta grande impacto na determinação da causa e na orientação terapêutica do paciente com dor abdominal aguda, principalmente naqueles com forte suspeita clínica(78).  A qualidade das imagens obtidas através da TC sem contraste é inquestionavelmente melhor quando comparada à radiografia simples, e a literatura tem indicado, com poucas ressalvas, ganhos diagnósticos significativos que justificam a sua utilização, com destaque na suspeita de apendicite aguda, cólica nefrética e diverticulite.  Permanecem, contudo, em discussão, as questões sobre a disponibilidade de equipamentos e pessoal capacitado, bem como sobre os custos operacionais envolvidos, para que se proceda a uma adequação progressiva, racional e fundamentada dos algoritmos diagnósticos vigentes.